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Marchetaria-um Guia Para Iniciante

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Academic year: 2021

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Marchetaria

Marchetaria

Um Guia para Iniciantes

Um Guia para Iniciantes

Traduzido por Mario Ruben

Traduzido por Mario Ruben

Visite a Staffordshire Marqutry Group home page Visite a Staffordshire Marqutry Group home page

Este guia está baseado em um folheto escrito por Quentin Smith em 1995, para acompanhar o Este guia está baseado em um folheto escrito por Quentin Smith em 1995, para acompanhar o primeiro curso de treinamento do Grupo. Passou desde então a auxiliar os novos sócios do grupo, primeiro curso de treinamento do Grupo. Passou desde então a auxiliar os novos sócios do grupo, que não poupam elogios a esta iniciativa.

que não poupam elogios a esta iniciativa.

Este documento é considerado de domínio público e pode ser reproduzido sem fins lucrativos com Este documento é considerado de domínio público e pode ser reproduzido sem fins lucrativos com a finalidade de avançar os conhecimento em Marchetaria. Sua reprodução por qualquer meio, em a finalidade de avançar os conhecimento em Marchetaria. Sua reprodução por qualquer meio, em parte ou por completo, para propósitos comerciais sem a permissão escrita do autor é proibida. parte ou por completo, para propósitos comerciais sem a permissão escrita do autor é proibida. © Quentin Smith, 1995, 1999 & 2001.

© Quentin Smith, 1995, 1999 & 2001. Nota do tradutor:

Nota do tradutor:

Este guia foi escrito pela Staffordshire Marquetry Group, Grupo ingles de marcheteiros que pelo

Este guia foi escrito pela Staffordshire Marquetry Group, Grupo ingles de marcheteiros que pelo

visto preferem utilizar cola branca de PVC em seus trabalhos, desta forma várias técnicas descritas

visto preferem utilizar cola branca de PVC em seus trabalhos, desta forma várias técnicas descritas

neste guia são especificas para este tipo de adesivo.

neste guia são especificas para este tipo de adesivo.

No Brasil é mais comum a utilização de cola de contato, portanto analisem bem técnicas descritas

No Brasil é mais comum a utilização de cola de contato, portanto analisem bem técnicas descritas

pois podem não serem adequadas ao uso de cola de contato.

pois podem não serem adequadas ao uso de cola de contato.

Conteúdo

Conteúdo

Introdução

Introdução Dedicação, Sobre o Autor, Sobre esta Introdução, o que é Marchetaria? ADedicação, Sobre o Autor, Sobre esta Introdução, o que é Marchetaria? A História de Marchetaria, A Sociedade de Marchetaria,

História de Marchetaria, A Sociedade de Marchetaria, Materiais

Materiais Laminados, Ferramentas e Equipamento.Laminados, Ferramentas e Equipamento. Técnicas Básicas

Técnicas Básicas O Método de Janela, Borders & Stringers, Rodapés, Edges & Backs,O Método de Janela, Borders & Stringers, Rodapés, Edges & Backs, Esfregando Abaixo, Polindo, Terminando,

Esfregando Abaixo, Polindo, Terminando, Técnicas avançadas

Técnicas avançadas Matização de areia, Linhas Boas, Tijolos, Azulejos e Reflexões, MudandoMatização de areia, Linhas Boas, Tijolos, Azulejos e Reflexões, Mudando a cor de Laminados,

a cor de Laminados, Parquetaria

Parquetaria Gabaritos de corte, Tábua de Xadrez, Textura de Cesta, O Louis Cube,Gabaritos de corte, Tábua de Xadrez, Textura de Cesta, O Louis Cube, Bibliografia

Bibliografia

Glossário de termos Glossário de termos

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Introdução

Introdução

Bem-vindo ao mundo fascinante da marchetaria, e de algumas das técnicas que o permitirão Bem-vindo ao mundo fascinante da marchetaria, e de algumas das técnicas que o permitirão produzir artigos bonitos de um material natural e atraente como a madeira.

produzir artigos bonitos de um material natural e atraente como a madeira.

Dedicação

Dedicação

Esta introdução para Marchetaria é dedicada aos meus muitos amigos na Sociedade de Esta introdução para Marchetaria é dedicada aos meus muitos amigos na Sociedade de

Marchetaria que me ajudaram e me encorajaram a desenvolver e melhorar minha marchetaria, e Marchetaria que me ajudaram e me encorajaram a desenvolver e melhorar minha marchetaria, e para minha esposa, Christine, pelo apoio dela e por agüentar as bagunças eu pareço tão

para minha esposa, Christine, pelo apoio dela e por agüentar as bagunças eu pareço tão freqüentemente fazer.

freqüentemente fazer.

Sobre o Autor

Sobre o Autor

Quentin Smith se interessou por marchetaria em 1987, unindo-se então ao Thurrock Group Quentin Smith se interessou por marchetaria em 1987, unindo-se então ao Thurrock Group recentemente formado da Sociedade de Marchetaria em Essex. Ele expôs regularmente na recentemente formado da Sociedade de Marchetaria em Essex. Ele expôs regularmente na Exibição Nacional da Sociedade de Marchetaria, recebendo prêmios em pictórico, aplicado, Exibição Nacional da Sociedade de Marchetaria, recebendo prêmios em pictórico, aplicado,

miniatura e marchetaria de arte de retratista. Ele é agora elegível para competir na Primeira Classe miniatura e marchetaria de arte de retratista. Ele é agora elegível para competir na Primeira Classe da Sociedade e foi um sócio do grupo de juízes para a Exibição Nacional de 1995.

da Sociedade e foi um sócio do grupo de juízes para a Exibição Nacional de 1995.

Sobre esta Introdução

Sobre esta Introdução

Marchetaria é um assunto complexo com muitas facetas. Esta introdução tem por objetivo Marchetaria é um assunto complexo com muitas facetas. Esta introdução tem por objetivo

apresentar alguns dos fundamentos básicos para que o novato, iniciante, seja estimulado a saber apresentar alguns dos fundamentos básicos para que o novato, iniciante, seja estimulado a saber mais, estando assim definitivamente "fisgado" pela marchetaria.Neste caminho da busca de mais, estando assim definitivamente "fisgado" pela marchetaria.Neste caminho da busca de maiores conhecimentos sobre o assunto, sem dúvida a melhor fonte de informação serão outros maiores conhecimentos sobre o assunto, sem dúvida a melhor fonte de informação serão outros grupos de marchetaria que podem ser contatados pela Internet. Eles invariavelmente oferecerão grupos de marchetaria que podem ser contatados pela Internet. Eles invariavelmente oferecerão bons conselhos, freqüentemente contraditórios, que certamente disponibilizarão duas ou mais bons conselhos, freqüentemente contraditórios, que certamente disponibilizarão duas ou mais soluções para seu problema, e você poderá selecionar o que for mais conveniente.

soluções para seu problema, e você poderá selecionar o que for mais conveniente.  As referên

 As referências pucias publicadas blicadas em portugem português suês são muito rarão muito raras, mas é as, mas é posspossível encontraível encontrar referêncr referências emias em inglês, francês e outros que podem ser adquiridos via Internet.

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O que é marchetaria?

O que é marchetaria?

Marchetaria, também às vezes chamada intarsia, é a arte e arte de produzir quadros e decorações Marchetaria, também às vezes chamada intarsia, é a arte e arte de produzir quadros e decorações pelo uso hábil da característica e cor de laminados finos de madeira e outros materiais. Em

pelo uso hábil da característica e cor de laminados finos de madeira e outros materiais. Em marchetaria o trabalho é aplicado a um material básico preparado, que pode ser um quadro uma marchetaria o trabalho é aplicado a um material básico preparado, que pode ser um quadro uma caixa, um móvel etc, onde são deixadas faixas decorativas ou desenhos, em madeira, para caixa, um móvel etc, onde são deixadas faixas decorativas ou desenhos, em madeira, para embelezamento.

embelezamento.

 A História da marchetaria

 A História da marchetaria

 As orige

 As origens da marchns da marchetaria setaria são incerão incertas. Porétas. Porém hieróglm hieróglifos e pifos e pinturas indinturas indicam que icam que laminadlaminadosos cortados com enxós de bronze foram aplicados a caixões no Egito Antigo. Nesta época o trabalho cortados com enxós de bronze foram aplicados a caixões no Egito Antigo. Nesta época o trabalho com mosaicos já era bem difundido, assim podemos imaginar que não levou muito tempo para que com mosaicos já era bem difundido, assim podemos imaginar que não levou muito tempo para que artesões começassem a experimentar desenhos utilizando laminados diferentes.

artesões começassem a experimentar desenhos utilizando laminados diferentes.

No século 14 a marchetaria foi desenvolvida no norte da Itália como um método de decoração para No século 14 a marchetaria foi desenvolvida no norte da Itália como um método de decoração para catedrais, e melhorada através dos séculos por escolas da França, Alemanha e Holanda. Durante catedrais, e melhorada através dos séculos por escolas da França, Alemanha e Holanda. Durante os 16º a 18º séculos muito trabalho primorosos foram produzidos para decorar mobília.

os 16º a 18º séculos muito trabalho primorosos foram produzidos para decorar mobília. Hoje há algum marcheteiros profissional, mas são os amadores que produzem os melhores Hoje há algum marcheteiros profissional, mas são os amadores que produzem os melhores

trabalhos. Estando livres de preocupações comerciais eles tem maiores condições de desenvolver trabalhos. Estando livres de preocupações comerciais eles tem maiores condições de desenvolver novas técnicas que elevam nosso passatempo a melhores padrões de qualidade.

novas técnicas que elevam nosso passatempo a melhores padrões de qualidade.

A Sociedade de Marchetaria

A Sociedade de Marchetaria

 A Socied

 A Sociedade de ade de MarchetarMarchetaria foi ia foi fundada efundada em 1952 pm 1952 para avançaara avançar o desr o desenvolvimento envolvimento da arte eda arte e prática da marchetaria, atualmente conta com aproximadamente 1,000 sócios mundialmente. Há prática da marchetaria, atualmente conta com aproximadamente 1,000 sócios mundialmente. Há mais de 30 grupos de marchetaria filiados à Sociedade, Temos prazer em dar boas-vindas aos mais de 30 grupos de marchetaria filiados à Sociedade, Temos prazer em dar boas-vindas aos sócios novos e passar ajuda e conselho ao novato entusiasmado.

sócios novos e passar ajuda e conselho ao novato entusiasmado.  A Socied

 A Sociedade puade publica ublica uma revista trma revista trimestral, "imestral, "The MarqThe Marquetarianuetarian" que é r" que é reconheeconhecido acido amplamentemplamente como a melhor publicação especialista em seu campo. É anfitrião de sua Exibição Nacional em como a melhor publicação especialista em seu campo. É anfitrião de sua Exibição Nacional em uma jurisdição de REINO UNIDO diferente cada ano, junto com uma gama de Dias Abertos e uma jurisdição de REINO UNIDO diferente cada ano, junto com uma gama de Dias Abertos e Demonstrações onde os sócios costumam discutir a arte e melhorar suas técnicas informalmente. Demonstrações onde os sócios costumam discutir a arte e melhorar suas técnicas informalmente. Para detalhes das atividades da Sociedade e de seus membros faça contato gratuito com:

Para detalhes das atividades da Sociedade e de seus membros faça contato gratuito com: Mr. Peter Metcalfe

Mr. Peter Metcalfe, Hon. General Secretary, The Marquetry Society, Hon. General Secretary, The Marquetry Society 33 Marchwood Avenue, Stannington, Sheffield, S6 5LG

33 Marchwood Avenue, Stannington, Sheffield, S6 5LG +44 (0)114 233 5105

+44 (0)114 233 5105 E-mail:

E-mail: peter@marquetry.freeserve.co.ukpeter@marquetry.freeserve.co.uk Web Site:

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Materiais

Materiais

Laminados

Laminados

Método de Preparação

Método de Preparação

Laminados eram serrados de troncos à mão ou através de serra-moinho, resultando em folhas de Laminados eram serrados de troncos à mão ou através de serra-moinho, resultando em folhas de aproximadamente até 1/4" de espessura e gerando tanta serragem quanto laminado utilizável. aproximadamente até 1/4" de espessura e gerando tanta serragem quanto laminado utilizável. Hoje os laminados são cortados através de maquinaria pesada fatiando. Troncos são pré-tratados Hoje os laminados são cortados através de maquinaria pesada fatiando. Troncos são pré-tratados saturando ou cozidos em vapor para amolecer as fibras e são fatiados girando-se o tronco contra saturando ou cozidos em vapor para amolecer as fibras e são fatiados girando-se o tronco contra uma lâmina. O corte pode ser realizado em vários ângulos em relação aos anéis de crescimento do uma lâmina. O corte pode ser realizado em vários ângulos em relação aos anéis de crescimento do tronco, resultando em figuras diferentes como "corte de coroa", "rotativo", "esquartejamento" e tronco, resultando em figuras diferentes como "corte de coroa", "rotativo", "esquartejamento" e "meio-esquartejamento ". Você não precisa se preocupar com estas denominações, mas se você "meio-esquartejamento ". Você não precisa se preocupar com estas denominações, mas se você está interessado em descobrir mais então estas descrições são citadas em vários livros de ensino. está interessado em descobrir mais então estas descrições são citadas em vários livros de ensino.

Considerações ecológicas

Considerações ecológicas

Existe muita preocupação atualmente sobre os dano ecológicos causados pelo corte de árvores, Existe muita preocupação atualmente sobre os dano ecológicos causados pelo corte de árvores, especialmente em florestas tropicais. Porém, boa parte da retirada de madeira atualmente é feita especialmente em florestas tropicais. Porém, boa parte da retirada de madeira atualmente é feita de forma a não devastar, mas somente clarear a floresta para proporcionar terra cultivável ou de forma a não devastar, mas somente clarear a floresta para proporcionar terra cultivável ou pasto. Para desânimo do marcheteiros e ecologistas, as madeiras exóticas são freqüentemente pasto. Para desânimo do marcheteiros e ecologistas, as madeiras exóticas são freqüentemente queimadas onde caem.

queimadas onde caem.  A marcheta

 A marchetaria não ria não devasdevasta estes ta estes recursos nrecursos naturais impoaturais importantes ertantes e, na real, na realidade, pidade, pode seode servir dervir de alguma forma para os preservar.

alguma forma para os preservar.

Primeiramente usa a madeira rara e exótica do modo mais econômica, enquanto exibe sua beleza Primeiramente usa a madeira rara e exótica do modo mais econômica, enquanto exibe sua beleza em maior extensão. Uma árvore de caoba grande provê bastante laminado para cobrir dois

em maior extensão. Uma árvore de caoba grande provê bastante laminado para cobrir dois campos de futebol americano. Além disto é a madeira áspera e nodosa, freqüentemente de campos de futebol americano. Além disto é a madeira áspera e nodosa, freqüentemente de pequeno uso como madeira sólida, que rende os laminados com figurações selvagens e rádicas pequeno uso como madeira sólida, que rende os laminados com figurações selvagens e rádicas mais valorizados para a marchetaria.

mais valorizados para a marchetaria.

Em segundo lugar a marchetaria dá valor à madeira, e fazendo isto incentiva as comunidades Em segundo lugar a marchetaria dá valor à madeira, e fazendo isto incentiva as comunidades locais a preservarem e administrarem o ambiente melhor, de forma a prover um recurso contínuo. locais a preservarem e administrarem o ambiente melhor, de forma a prover um recurso contínuo. Realmente, muitos laminados vêm agora de florestas administradas onde são plantadas várias Realmente, muitos laminados vêm agora de florestas administradas onde são plantadas várias árvores no lugar de cada árvore madura derrubada.

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Qual laminado eu deveria usar?

Se você está montando um kit, que é o modo mais fácil de iniciar a resposta é simples - use os que foram fornecidos! Porém você pode preferir obter uma seleção de laminados e fazer sua própria interpretação de um quadro ou desenho.

É difícil sugerir quais laminados um iniciante deveria obter, pois isto dependerá até certo ponto do projeto planejado. O marcheteiro deve, dentro do possível, ver o que ele esta comprando e não comprar às cegas. A maioria dos grupos locais da Sociedade de Marchetaria tem uma "loja" com uma seleção de laminados, e os comerciantes freqüentemente assistem a exposições de

marchetaria.

Entretanto existem vários laminados que os novatos devem evitar, tais como os listados abaixo. Ébano (celebica de Diospyros) - Duro cortar através de faca e caro, mas um laminado bonito para tabuleiros de jogos.

Wenge (spp de Millettia.) - tão duro quanto pregos e muito difícil cortar através de faca.

Mansonia (altíssima de Mansonia), Iroko (excelsa de Chlorophora) e Cedro Vermelho Ocidental (plicata de Thuja) - Todo estes, quando lixados, produzem um pó muito irritante. Mansonia

também estraga depressa e pode deteriorar seu quadro.

Padauk (dalbergoides de Pterocarpus) - Um vermelho bonito, mas um que é muito propenso a "sangrar" no polimento e produzir manchas sórdidas pelo seu quadro.

Olho de passarinho (saccharum de Acer) - Outro laminado bonito, mas que se expande e torce severamente quando molhado. Qualquer coisa maior que uma polegada quadrada requer

manipulação especial se cola à base de água for usada.

Ferramentas e Equipamentos

Empunhadura da Lâmina

Qualquer faca fina, afiada e de lamina reta é satisfatória para marchetaria, e a escolha do melhor tipo é melhor deixar para o usuário.

 As citadas a seguir são comuns, e extensamente usadas: Faca Swann Morton para arte

Uma empunhadura de plástico pequena e barata que segura a lâmina com firmeza. É fornecida com lâminas, mas também segurará bem as lâminas de bisturis cirúrgicos melhores. Alguns usuários acham o recartilhado do parafuso incômodo para os dedos.

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Punho de lâmina Exacto

Uma empunhadura redonda de metal com um recartilhado que fecha um anel. É fornecida com robustas lâminas, retas e afiadas.

Faca para Arte Ernie Ives

Endossado por um dos gurus de marchetaria, A faca Ernie Ives tem um punho de plástico curto, e redondo que pode receber uma gama de diferentes lâminas firmemente.

Bisturi Cirúrgico Swann Morton

Existem vários tipos de empunhaduras de metal e plástico disponíveis entre os quais o nº 3 de metal e mais popular. Estas facas são muito úteis para cortes grandes e retos e também para limpar cola e fitas de quadros, mas não são realmente muito boas para cortes detalhados, porque tem uma parte muito grande de lâmina exposta o que permite dobramento e até quebra da lâmina durante o uso. Estas empunhaduras pode ser útil para segurar lâminas para amolar extremidades cortantes novas.

Claro que, algum marcheteiros fazem suas próprias facas amolando lâminas a partir de lâminas de serra quebradas!

Lâmina de Facas

O novato será bem servido por qualquer lâmina, com uma lâmina reta, como a lâmina de Exacto, lâmina Swann Morton ou fazendo suas próprias lâminas. Lâminas de bisturi Swann Morton são populares, o nº 10a e 11 são os de tamanho mais favoráveis.

Porém, depois que uma pequena prática, concluímos que as lâminas de uso geral são muito grossas para trabalhos finos, e neste ponto muitos marcheteiros investem em um estoque das lâminas "11E" mais finas. Estas são mais caras, e mais frágeis, mas produzem um corte bom e mantém uma boa ponta de corte.

Vale considerando que algumas lâminas têm um ângulo de corte duplo em ambas as

extremidades, e outras são só duplo de corte em um lado. A precisão do marcheteiro sempre deveria ser fazer um corte perfeitamente vertical e por isto alguns podem preferir usar uma lâmina de duplo de corte em apenas um lado.

Tábua de corte

Uma superfície plana e firme é necessária, como uma folha de 1/2 “madeira compensada. Mas é necessário que seja coberta com um material mais macio para proteger a lâmina enquanto corta o laminado. Uma folha de papelão grosso bastará para o novato, mas até melhor é melhor um pedaço de linóleo ou azulejo de piso de vinil.

Há vários tipos de tábuas de corte já prontas no mercado, o que permite que o marcheteiro escolha a mais apropriada.

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Pedra para amolar

 Até mesmo uma lâmina de aço cirúrgico de boa qualidade perderá rapidamente sua ponta quando usada em laminados duros como ébano ou wenge. Em geral não é possível afiar as extremidades da lâmina de duplo ângulo para produzir uma extremidade nova, desta forma a melhor maneira de reaproveitar esta lâmina é passar uma pedra de afiar de granulação fina na parte de trás da lâmina para produzir uma nova ponta. (Vide figura abaixo)

Régua

Uma boa régua de aço reta é necessária para cortar e juntar bordas. Deve ter pelo menos 12", e preferivelmente 18" de comprimento. Existem algumas réguas de engenharia com uma

empunhadura elevada no centro muito boas, que mantém seus dedos longe da área de perigo devido a um deslize da lâmina de corte.

Fita

Muitos marcheteiros têm sua marca e tipo de fita favorito. Da fita marrom antiquada, tipo fita durex até fitas específicas para laminados. Para o trabalho geral um rolo de fita tipo durex invisível, é satisfatório. Devemos lembrar que estas fitas costumam deixar um resíduo pegajoso no laminado se mantidas no lugar para mais de alguns dias ou se usado em uma prensa.

Papel carbono

Tenha certeza você está usando um carbono preto, e não o tipo azul às vezes encontrados em talões de duplicata. O carbono azul é encerado e tende a penetrar no grão do laminado. Pior, estes pequenos traços correrão e sangrarão quando os acabamentos e os polimentos forem aplicados, causando uma mancha azul em seu quadro. Se você está trabalhando em laminados muito escuros é possível comprar papel "carbono" branco ou amarelo que dá linhas que são muito mais fáceis de ver.

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Adesivos

Existem dois processos distintos de colagem durante a fabricação de um quadro de marchetaria. O primeiro - colando os pequenos marchetes nas suas respectivas janelas conforme o quadro é montado - requer uma cola de madeira tipo PVA ou cola de resina de Evostik o W. O segundo processo - colando direto o quadro acabado em sua base - permite o uso de uma gama maior de tipos de adesivo diferentes, cada qual com suas vantagens. Em geral, o novato se dará melhor usando a cola de PVA satisfatoriamente. Adesivos de contato como cascola, podem ser úteis para recobrir superfícies curvas, mas eles podem ser difíceis de usar, tem cheiro desagradável e

permanecem flexíveis durante algum tempo, podendo causar rachaduras no acabamento. Resina de uréia-formaldeído, como Cascamite, é a favorita de alguns trabalhadores, mas ela requer uso cuidadoso e uma vez colado não permite qualquer "salvamento" se alguma coisas der errado .

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Técnicas básicas

O Método da Janela

História

 Antigamente marchetaria era feita geralmente cortado com uma serra ou "cavalete de marchetaria" (um tipo de serra horizontal). Este realmente era o único modo satisfatório de trabalhar com os folheados antigos, pesados e com ¼” de espessura. Atualmente estão disponíveis folheados mais finos, cortados com máquinas que permitem cortar usando apenas uma faca. Com finalidade de hobby os quadro de marchetaria tendiam a serem cortados um a um e colados diretamente sobre a tábua de base. Este método geralmente conduz a juntas imperfeitas que exigirão enchimento com outros materiais, entretanto alguns dos melhores marcheteiros produziram trabalhos de qualidade excepcional por este método.

Não está claro onde o "método de janela" originou, nem como rapidamente se tornou o método preferido por quase todos os marcheteiros. É o método recomendado pela Sociedade de

Marchetaria e é descrito em detalhes em vários livros e na folha de métodos para kits de marchetaria produzidos pela Companhia de Laminado de Arte.

Como Fazer - Básico

O projeto é traçado sobre o laminado utilizando-se um papel carbono preto. O marchete é cortado, tomando-se o cuidado de manter a faca na vertical de forma que a borda do corte é limpo e

vertical.

O laminado a ser inserido é colocado então atrás do buraco resultante, ou "janela", e movido até que o efeito exigido de cor, textura e grão seja alcançado. O laminado a ser inserido é então fixado no lugar com alguns pedaços pequenos de fita e o pedaço de laminado escolhido é cortado,

enquanto usamos a borda da "janela" como uma guia de corte. O pedaço a ser inserido é afastado de sua folha, suavemente encaixado na “janela” e fixado na posição com fita. É passada cola nas  juntas para firmar o suplemento no lugar e logo após a secagem a fita pode ser removida. Cada

pedaço é adicionado deste modo, terminando-se com o quadro acabado como se fosse uma única folha de laminado.

Como Fazer - Detalhe

Para praticar, vamos cortar uma pequena folha desenhada conforme abaixo. Isto será feito utilizando-se o pedaço para prática inserido no kit de folheados de arte e é bastante simples, e introduz uma gama de técnicas de corte. O laminado de fundo deve ser claro, marfim é o ideal, mas para fazer as coisas ligeiramente mais difíceis de forma e mostrar os problemas que você poderá encontrar em uma figura, tente um laminado mais frágil como cinza. O ramo e seções de

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Note que as pequenas setas indicam a direção do grão. Serão achadas setas semelhantes em projetos para kits de quadros, mas se você decidir trabalhar com outros motivos, você terá que tomar suas próprias decisões.

Fixando o Desenho

Pegue um pedaço do laminado de cinza e prenda o desenho à borda do topo com um pedaço de fita como uma dobradiça. Isto permite retirar-se o desenho durante o corte e poder recolocá-lo sobre o laminado novamente, perfeitamente na mesma posição quando for necessário traçar outra parte do projeto.

Lixe ligeiramente a superfície do laminado com um pedaço de papel de lixa fina e então trace seguindo o desenho usando papel carbono e um lápis afiado cuidadosamente. Não aperte muito forte, só o bastante para transferir o desenho claramente.

Cortando a Janela

Comece recortando a metade de cima da folha, tomando cuidado de manter a lâmina de faca vertical todo o tempo. A maioria dos novatos tenta cortar o laminado de uma só passada e ainda tentando seguir a linha de carbono. Isto tende a fazer a lâmina desviar quando encontra o veio do laminado.

Um método melhor é cortar em umas séries de passos. Comece fazendo um corte pequeno na extremidade exterior da folha, pelo ramo. Este corte é realmente só uma referência, com a lâmina mantida quase verticalmente, e gume que aponta para baixo da folha, para seu ponto exterior. Certifique-se que a posição do trabalho está adequada ao seu estilo de corte. Tendo feito este corte, vire o trabalho de forma que a folha fique apontando para fora de você. Gradualmente

estenda o corte ao longo da borda da folha movendo aproximadamente 5 mm ao longo da borda e então volte e corte novamente sobre o corte anterior, até separar totalmente o laminado. Desta forma há pouca chance da faca escorregar em cima devido à curta distância e será mais fácil seguir, e mesmo que não dê certo desta vez. Não tente cortar o laminado de uma só vez faça vários cortes uns sobre os outros suavemente até que você consiga um bom controle. Repita o processo no lado exterior da folha.

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Evitando Colar na linha de corte futura

Quando nós vamos para o lado de "veia" da metade superior da folha, nós realmente não

queremos cortar exatamente na linha. Se fizermos isto, nós teremos cola exatamente onde vamos cortar para inserir a segunda metade da folha. Então corte abaixo da linha, na área do fundo da metade da outra folha - como mostrado pela linha pontilhada. O excesso será cortado quando nós fizemos a janela para a segunda parte da folha, desta forma os cortes deste lado podem ser linhas retas simples.

Fazendo a Janela

Uma vez que você cortou em toda volta da metade superior da folha a peça deveria sair. Mas isto provavelmente não acontecerá, porque será retido por fibras que não foram completamente

cortadas. Não force para retirar o pedaço, mas cuidadosamente alivie até ver onde está pegando e corte novamente até que o pedaço saia completamente. O objetivo é produzir uma janela limpa com lados verticais e nenhum bigode perdido ao redor da borda.

Cortando o Machete

Pegue o pedaço de laminado de nogueira e lixe ligeiramente o lado da face. Posicione por trás da  janela e mude a posição até que o sentido do veio esteja correndo na direção certa e você esteja

contente com o visual. Esta é a vantagem do método de janela - você pode ver o que você vai conseguir exatamente, e pode experimentar vários laminados sem perda.

Uma vez que você está satisfeito com a posição aplique alguns pedaços pequenos de fita em qualquer ponto conveniente para unir firmemente os dois laminados. Se você estudar o veio do laminado que você verá que no ramo final da folha o veio corre direito para um ponto, porém do outro lado o veio corre transversal à linha de corte e nesta área haverá mais perigo de quebra da ponta. Para evitar esta quebra antes de cortar cole sobre o laminado, nesta área, um pedaço de fita. . Os pedaços ainda podem quebrar, mas ficará fixo à fita e ainda poderá ser usado.

Segurando a faca quase verticalmente e mantendo-a próxima a borda da janela, marque o projeto sobre o laminado escuro. Mantenha o lado da lâmina de faca apertado contra a borda da janela enquanto está marcando o marchete, e se estiver usando uma lâmina com angulo de fio duplo em apenas um dos lados mantenha o lado da lâmina com o fio simples apoiado contra a borda da  janela. Mantenha a lâmina vertical e suavemente "pique" ao longo da forma. Não tente cortar

direito, concentre-se em marcar toda a linha, especialmente ao redor das curvas mais difíceis. A linha de marcas deveria ser logo visível no outro lado do laminado do marchete. Se qualquer área não estiver bem marcada, marque novamente.

Uma vez o esboço inteiro é marcado, remova o laminado de baixo e recorte o marchete seguindo as marcas cuidadosamente. Novamente, o objetivo é conseguir um pedaço com lados limpos, verticais.

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Ajustando o inserto (Marchete)

Marcheteiros discordam se o machete deveria ser encaixado pela frente ou por trás. Alem disto algumas pessoas cortam seus quadro pela frente enquanto outros cortaram por trás e existem muitas opiniões diferentes sobre este assunto. Eu prefiro cortar pela frente - de forma que o quadro é visto como se aparecerá no final - e ajusto o marchete por trás. Isto normalmente produz juntas que ficam mais apertadas à superfície de trás do que à superfície da frente, o que dá a impressão que o quadro está lixado pronto para polir, as juntas ficam bem melhores!

Ponha o pedaço de marchete na tábua e então posicione o pedaço do fundo sobre ele.

Cuidadosamente manobre a janela de forma que o machete encaixe dentro da janela. Aperte o suplemento cuidadosamente para dentro, aliviando suavemente com a ponta da faca se

necessário. Coloque um pedaço de fita em cima do marchete na frente do trabalho e então

suavemente remova qualquer fita da parte de trás do marchete e do fundo. Tome cuidado especial nas áreas aonde o veio é transversal à linha do corte.

Uma vez removida a fita, aplica-se uma pequena gota de cola de PVA na parte de trás e empurre a cola para dentro da junta com ajuda de uma ferramenta – a empunhadura do estilete é ideal. A cola faz as fibras incharem ligeiramente e formarem uma junta apertada. Esfregue a cola com seu dedo até que não esteja mais úmido, então remova qualquer excesso de cola raspando

suavemente a superfície com uma lâmina (não use seu melhor estilete para isto) de forma que a parte de trás do trabalho é mantida limpa. Qualquer excesso de cola será mais difícil de remover após seu completo endurecimento, mas tenha cuidado de remover apenas o excesso de forma a não prejudicar uma boa colagem do trabalho.

Permita a cola seque durante alguns minutos (quando trabalhando em um quadro, enquanto aguarda a secagem da cola, você pode trabalhar cortando outra janela em outro lugar) e então remova a fita com cuidado para não arrancar nenhum pedaço pequeno.

Completando a Prática

Trace a veia de folha sobre o primeiro inserto e então recorte a segunda parte da folha – A parte externa desta peça deverá ser cortada com cuidado para ajustar-se perfeitamente. A linha do veio deve ser cortada sobreposta à peça anterior (sobrecorte). Note como cortando em sobrecorte o primeiro pedaço de folha agora adquira uma borda limpa ao longo da veia de folha. Corte no segundo pedaço de folha como acima.

O ramo também é cortado exatamente do mesmo modo, mas desta vez é o fundo, e não o

machete que tem pedaços com veio transversal que podem quebrar. Previna este acontecimento colando uma fita na parte de trás do trabalho antes de cortar a janela e tomando cuidado ao cortar as partes arredondadas e os detalhes finais do ramo.

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Vantagens

 As vantagens fundamentais do método de "janela" são duas. Primeiramente o laminado do

machete pode ser movido atrás da janela para mostrar o efeito exato, permitindo assim um melhor uso do sentido do grão, cor e veios do laminado. Secundariamente a janela é usada como

gabarito, e o suplemento tem que ajustar perfeitamente na janela.

Mais Dicas

Ordem de Corte

Em geral, os quadros devem ser cortados do fundo para o primeiro plano. Assim no quadro simples abaixo as colinas seriam inseridas primeiro, como um pedaço, antes da árvore. Se as colinas são inseridas depois da árvore o grão nos dois pedaços separados da colina pode não se alinhar e o visual fica torcido.

Preenchendo os "Buracos"

 Ao cortar peças com centros ocos - como as letras "O", "Q", "D", etc. assegure-se sempre que na parte central a direção de grão seja a mesma do fundo. Assim para a carta "Q", primeiro corte o contorno, mas retenha a parte removida. Corte e insira o laminado para a letra. Corte a janela para o centro da carta, então prenda o pedaço previamente removido atrás da janela nova e corte o suplemento.

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Bordas & Faixas

Introdução

 Apesar de não existirem regras rígidas, quadros de marchetaria geralmente não são emoldurados.  Ao invés disto, a face do quadro inclui uma borda decorativa no mesmo nível da superfície do

quadro. Esta borda pode incluir tiras finas de laminado contrastante chamadas "stringers" para somar valor decorativo. Faixas decorativas (Gregas) comercial estão disponíveis, mas podem introduzir problemas adicionais se sua espessura for maior que os laminados utilizados no trabalho.

Escolhendo os Laminados para a Borda

Laminados selecionando para bordas são tão difíceis de escolher quanto os selecionando para uso no quadro. Não há nenhuma regra definida, mas as diretrizes seguintes são merecedoras de

consideração.

A borda deve aumentar o quadro, não diminuí-lo.

Usar para a borda o mesmo laminado usado no quadro dá um senso global de unidade.Bordas claras projetam o quadro adiante, bordas escuras tendem a dar um sentimento de

profundidade.

Uma Guia para corte Simples

Nada parece pior que faixas e bordas que não são uniformes. Para evitar isto deve ser tomado muito cuidado durante o corte. O melhor método é construir uma guia de corte simples. Isto pode levar um pequeno tempo no princípio, mas o esforço será logo recompensado. O material

necessário é uma tábua plana, grande bastante para acomodar o tapete cortante, com uma régua de metal ou madeira robusta e perfeitamente retilínea presa a um dos lado mais longo.

Corte paralelo usando a Guia

O laminado à ser cortado é primeiramente aparado utilizando-se uma lâmina afiada e uma régua de metal, a lateral aparada é então encostada na régua fixa da guia de corte e a régua de metal para corte é posicionado utilizando-se dois espaçadores iguais, conforme mostrado abaixo.

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Tome cuidado em manter o laminado apertado contra a guia fixa, e a régua de corte apertada contra os espaçadores, a tira de laminado é cortada suavemente com vários passes de uma lâmina afiada. Moedas, deitadas ou em pé, e várias arruelas de tamanho diferentes ou porcas hexagonais podem ser usadas como espaçadores, sendo bom manter uma coleção variada. Lembre-se que são necessários quatro pedaços emparelhando que deve ser pelo menos duas larguras de borda mais longo que as dimensões de quadro. Para prevenir erros, prepare seis tiras, cada uma duas larguras de borda mais longa do que a maior lateral do quadro. Se um erro for cometido em um dos lados mais longo, esta peça ainda pode ser aproveitada para o lado menor, dando bastante chances para recuperar erros. Se tudo correr bem, as tiras não usadas podem ser mantidas em uma biblioteca pequena que ajudará ao escolher bordas para projetos posteriores.

Montando Bordas & tiras

Bordas complexas que contêm tiras ficam melhores quando reunidas em uma única unidade antes de ser presa ao quadro. Cada elemento da borda é cortado na guia que usa espaçadores de tamanho apropriado e unido por uma fita. Para prevenir dobras na montagem é melhor que a fita fique presa a uma das extremidades (direta) como mostrado.

 Algum marcheteiros deixariam a borda colada na fita até precisar utilizar, mas eu acho melhor esfregar em uma pouca cola de PVA para se manter unido as tiras durante o manuseio. Depois disto a maioria da fita pode ser removida, com exceção de pedaços protetores pequenos em cada extremidade que reduz a chance de danos nas pontas do laminado. Desta forma podemos reduzir também o resíduo deixado pela fita se esta permanecer muito tempo aderida ao laminado

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Como colar Bordas

Há pelo menos duas escolas de pensamento no melhor modo de colar quadros e bordas. Já tentei vários métodos, mas freqüentemente trabalho sem bordas!

Método 1 - Prendendo a Borda ao Quadro Antes de Colar

Esquadreje o quadro definindo a primeira lateral e traçando a lateral oposta paralela a primeira. Defina a posição da linha superior e corte, com auxilio de um esquadro à 90º das laterais, a linha inferior pode ser traçada com esquadro ou paralela À superior.

Verifique se o quadro é um verdadeiro retângulo medindo as diagonais que deveriam ser

exatamente iguais e ajuste se necessário. Fixe as bordas com fita em cada lado sobrepondo os cantos. Corte cuidadosamente ambas as borda do canto do quadro para o canto exterior como mostrado (não corte de fora para dentro, pois qualquer deslize danificará o quadro).

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Vantagens & Desvantagens:

Com este método é relativamente fácil alcançar resultados aceitável, mas bastante difícil conseguir uma colagem final na placa base com precisão, sendo difícil coincidir exatamente aos cantos. Método 2 – Adicionar as Bordas Depois de Colar

Esquadreje o trabalho e então cole sobre uma placa base maior (limpe qualquer cola que escoa sobre a face da tábua).

Use uma fita paralela com a mesma espessura da borda que você pretende fazer e marque a placa base ( ou marque com um graminho), corte então a placa base no tamanho desejado. Lixe as extremidades e os cantos (veja Extremidades e Cantos) fixe as bordas adjacentes com fita sobrepostas nos cantos e corte (usando como referência o canto do trabalho e a quina externa da placa base. Repita a operação para os quatro cantos. Suavemente dependa as bordas da fita, aplique cola à base e reponha as bordas na posição. Aplique pedaços pequenos de fita para puxar cada parte apertando e colocar na prensa.

Vantagens & Desvantagens:

É mais fácil de adquirir cortes precisos nos cantos da tábua por este método, mas envolve uma fase urgente extra e há possibilidade de danificar o quadro já colado a tábua base.

Obs do tradutor: Este método só deve ser utilizado por aqueles que utilizam cola de PVA e prensa para fixação dos trabalhos na placa base. No Brasil é mais comum a utilização de “cola de contato”, com a qual este método pode ser problemático.

Método 3 (do tradutor) utilizando cola de contato

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Placa Base

Materiais

Existem vários fatores À considerar ao selecionar materiais de placa base. Primeiramente a placa base não dever ser muito grossa, especialmente se o quadro é pequeno. Foi surpreendente a quantidade de miniaturas exibidas pela Sociedade de Marchetaria Exibição Nacional que estavam montadas em placas base grossas que deterioram o equilíbrio global do quadro. Como uma regra geral, podemos considerar que os quadros A5 e menores não deveria ser montado em bases mais grossas que aproximadamente 6 mm e quadros entre A5 e A4 não deveria estar em bases mais grossas que 12 mm.

Realmente há três escolhas de material - madeira sólida, madeira compensada e combinações. Materiais compostos

Estes incluem tábuas artificiais como aglomerado e "fibra de média densidade" (MDF). MDF é fácil de trabalhar e estável em uso, é muito recomendado ao novato utilizar este material para seus primeiros projetos. MDF está disponível em várias espessuras, 6, 9 e 12 mm que são as mais comuns e úteis.

. Em geral, o aglomerado é muito desigual para ser usado, pois qualquer irregularidade passará a marca para a superfície do trabalho final.

Madeira compensada

Madeira compensada é um material de base satisfatório, entretanto deveria ser tomado cuidado para selecionar madeira compensada de boa qualidade com uma superfície bem preparada. Pode ser necessário encher aberturas nas extremidades com massa de serragem e cola para assegurar um bom apoio e uma boa adesão do laminado nas extremidade. Para maior estabilidade do quadro e evitar deformações, procure cortar a madeira compensada de forma que a direção de grão da superfície de madeira compensada esteja à 90° da direção de grão predominante do quadro. Madeira sólida

Surpreendentemente, este é provavelmente é o material menos adequado para montar quadros. Primeiramente é um desperdício usar madeira cara quando a maior parte dela vai ser coberta com laminado e outra razão é o fato da madeira sólida ser mais propensa a deformação que os

materiais artificiais.

Um marceneiro experiente pode gostar de utilizar coma base madeira sólida para artigos como tábuas de jogo de forma a ser possível produzir bordas molduradas utilizando uma Tupia. Porém, tais técnicas estão fora do escopo deste manual.

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Cortando e Preparando

Bordas e Cantos

Placas base deveriam ser cortadas cuidadosamente assegurando-se que todos os cantos e extremidades estão exatamente com 90º. As extremidades deveriam ser lixadas sem serem abauladas, e para alcançar este resultado deve-se usar um bloco corrediço durante o lixamento como mostrado.

Coloque a Placa base em um bloco (A) que deve ser de tal tamanho que a tábua fique bem apoiada, mas tem suas bordas para fora.

Envolva uma lixa de grão médio (150) ao redor de um bloco (B) e coloque isto sobre outro bloco (C). É importante que a face revestida do bloco (B) seja perfeitamente plana.

Coloque a montagem acima (bloco C serve como trava da lixa que envolve o bloco B) sobre a superfície da placa base e deslize (B) e (C) juntos com suave pressão, tomando cuidado para que o bloco não ultrapasse muito a borda, para não correr o risco de arredondar os cantos da placa. Esta é uma técnica simples e útil que nós veremos novamente quando as extremidades do quadro tiverem que ser lixadas.

Madeira compensada pode ter aberturas ocasionais nas laterais onde pedaços pequenos da madeira de enchimento fugiram durante o corte. Estas “aberturar” devem ser preenchidas com algum tipo de massa (Cola de PVA com serragem fina por exemplo)que devemos permitir secar bem antes de preparar conforme acima. Se estas aberturas não forem preenchidas, teremos nas extremidades áreas “fofas” que dificultarão o lixamento e o polimento final do trabalho.

Superfície

 A superfície deveria estar preparada para assegurar boa adesão. MDF tem um conteúdo alto de adesivo que tende a formar uma cobertura na superfície em particular e prejudicar a adesão. Isto precisa ser removido lixando-se ligeiramente com uma lixa de grão médio. Lembre-se de preparar ambas as superfícies da tábua e tome cuidado para não “arredondar” os cantos ou laterais.

 Algum marcheteiros sugerem o uso de uma plaina dentada ou uma lâmina dentada boa para encrespar a superfície da placa base e prover uma melhor ancoragem para o adesivo. Em minha opinião isto se torna desnecessário se uma lixa razoavelmente grossa for usada.

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Bordas Laterais & Parte de trás

Por que se preocupar?

Tendo gastado muito tempo trabalhando na face de seu quadro você podem sentir menos inclinado à dispensar sua atenção às extremidades e parte de trás. Porém, estas áreas importantes não deveriam ser negligenciadas.

Como o quadro será montado em uma Base entre 6 e 12 mm de espessura, as extremidades laterais serão facilmente visíveis quando o quadro for exibido. Logo estas laterais deveriam ser acabadas em um laminado que combine com a borda. A parte de trás não será visível, mas deve ser estruturada de forma a evitar deformações devido ao “repuxe” do laminado. Não é essencial polir a parte de trás, entretanto convencionalmente marcheteiros polem as parte de trás de quadros no mesmo padrão da face.

Escolha do Laminado

Nos projetos iniciais, o novato é recomendado a usar o mesmo laminado para extremidades e bordas. Isto resulta em um efeito global simples e agradável. Porém há outras possibilidades que você pode desejar experimentar.

Extremidades de contraste

Em vez de combinar com o laminado de borda, podem ser usadas laterais de tons contrastantes. É preciso um pouco de cuidado para fazer seleções satisfatórias mas, por exemplo, laterais pretas caem muito bem em quadros de estilo "japonês.”.

Laterais de quadro

Um efeito interessante pode ser alcançado levando o motivo do quadro sobre a lateral da tábua base. Para isto é necessário que o trabalho seja maior que a tábua base de forma que as tiras para as laterais possam ser removidas. É preciso ter grande cuidado para assegurar que todas as

laterais e a face estão precisamente alinhadas na hora de colar, mas esta é uma prática mais utilizada e muito útil para preparar projetos de marchetaria aplicados à caixas de jóia.

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Escolha da Direção de Grão

Laterais de veios longos

 As laterais mais simples usam uma tira reta cortada ao longo do grão que corre ao longo da extremidade de quadro. Estas laterais são simples aplicar, lixar e polir, porém há outras possibilidades.

Laterais com veios cruzados

Neste casos, as tiras para as laterais são cortadas no sentido transversal de forma que os veios do laminado “corram” da frente para trás do quadro. Estas laterais são relativamente simples de fazer, mas exige um maior cuidado para prevenir quebra da tira durante aplicação (Usar uma fita nas costas da tira é uma boa solução). As tiras cortadas transversalmente permitem o uso de laminados com folhas menores que a lateral do quadro, como o veio está transversal a união é virtualmente invisível. Este tipo de tiras funcional muito bem ao redor de superfícies curvas, por exemplo as extremidades de quadros redondos.

Extremidades "sólidas”

Quando o desenho do quadro é cortado em um único laminado base, um efeito muito interessante pode ser alcançado usando-se um par de tiras de veio longo do mesmo laminado nas laterais e tiras de veio transversal no topo e na base, tal que o veio das laterais parecerão ser uma extensão do veio na face de quadro. O efeito global imita o uso de um pedaço sólido de madeira.

Melhor ainda para este tipo de efeito é ter o trabalho um pouco maior que a placa base de forma a ser possível tirar as tiras laterais do próprio trabalho, conseguindo-se uma continuidade perfeita dos veios em todas as laterais.

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Ordem de Aplicação

Para que o menos número de juntas fique visível a parte de trás e as laterais deveriam ser aplicados na seguinte ordem - atrás, topo fundo, então laterais esquerda e direita.

O laminado de parte de trás pode ser aplicado ao mesmo tempo que o quadro se as bordas de quadro forem aplicadas depois, caso contrário a parte de trás deveria ser aplicada primeiro.

Revestindo a Parte de trás

Método 1 - Passando a ferro

Esta é uma técnica que o novato deveria achar relativamente simples, mas que só é realmente aplicado à placas base até tamanho de A5.

Corte o laminado do fundo aproximadamente 2 à 5 mm maior em toda volta da placa base. Aplique uma camada fina de adesivo de PVA na parte de trás do laminado e permita secar até que a cola fique transparente. Pode-se usar um secador de cabelo para acelerar este processo se necessário.  Alguns laminados tendem a se enrolar quando molhado e pode ser necessário prendê-lo a uma

tábua com uma fita até que a cola seque.

Da mesma forma cubra a superfície da placa base com uma camada fina de adesivo e deixe secar.  Alguns materiais, MDF em particular, absorve muito o adesivo e então uma camada adicional fina

deve ser aplicada, aguardando-se novamente a secagem.

Coloque a face da placa base para baixo (lado de cola para cima) e posicione o laminado unindo as superfícies com cola. Coloque uma folha de papel marrom em cima do laminado e então suavemente passe o ferro sobre toda a superfície (usar um ferro doméstico que não seja à vapor) regulado para uma temperatura média. O calor amolece o adesivo e adere as superfícies. Trabalhe suavemente em cima da tábua por igual, evitando aquecimento prolongado em uma só área.

Uma vez todo o laminado foi passado a ferro remover o papel, inverta a tábua base sobre uma superfície plana e aplique um peso até a tábua esfriar (o adesivo não aderirá completamente até que a tábua esfrie).

Verifique a tábua fria para verificar se a aderência do laminado foi total. Se for verificada alguma região sem aderência passe novamente o ferro. Não deverão surgir problemas se ambas as superfícies foram cobertas corretamente com adesivo. Novamente corra Suavemente o ferro em ângulo em cima de cada lateral e bem para assegurar uma boa adesão nestes áreas.

Uma vez que o laminado está firmemente colado, corta o excesso usando uma lâmina afiada e termina lixando as laterais (veja Extremidades e Cantos).

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Método 2 - Usando uma Prensa

Se uma prensa está disponível o laminado do fundo poderá ser aplicado como se segue.

Corte o laminado 3-5 maior em todo contorno da placa base. Coloque várias camadas de papel (jornal por exemplo), coloque uma folha de polietileno em cima destas folhas e o apoio o laminado no polietileno.

 Aplique uma camada de adesivo à superfície da parte de trás da tábua base e coloque isto diretamente sobre o laminado apoiado, assegure-se que está alinhado corretamente. Segure a prensa firmemente e aperte até o fim. Adesivos à base de Urea-formaldeído (Cola Coqueiro) devem secar por 24 horas para aderência total, mas colas de PVA secarão em algumas horas.  Após este período o trabalho deve ser removido da prensa, caso contrário depois deste tempo

manchas de descoloração podem aparecer devido a crescimento de fungos ou reações de

substância química com o adesivo a base de água. O trabalho deve ser deixado durante 24 horas em um lugar morno para secar totalmente. Depois disto o laminado em excesso deve ser cortado e as laterais lixadas como acima.

Aplicando as Laterais

É possível colar as laterais utilizando várias configurações de braçadeiras e cunhas, mas é provável que o novato ache o método com ferro mais adequado.

 As laterais da placa base, o topo, parte de baixo e laterais de placa base devem ser

cuidadosamente preparadas (veja Extremidades e Cantos)com aplicação de cola (veja Passando a ferro Em). O laminado é então passado a ferro à partir de uma das extremidades, Tomando-se cuidado em aplicar calor e pressionar em toda a superfície e extremidades. Uma vez que o topo e a parte de baixo das laterais estão coladas no lugar o excesso é aparado usando-se uma faca afiada. O ideal é pressionar o canto a ser cortado para baixo (apoiado em uma tábua de corte) com um pequeno ângulo, só assim a pressão ficará concentrada na ponta protegendo o laminado durante o corte. Se necessário, os lados deveriam ser lixados novamente antes de preparar para a aplicação dos laminados laterais.

Acabamento

O acabamento que pode ser alcançado em um trabalho de marchetaria dependente muito do cuidado tomado com a preparação da superfície do laminado.São estes cuidados que

proporcionam a produção de uma superfície perfeitamente plana. Para que isto aconteça é necessário utilizar um bloco com superfície perfeitamente plana para apoio da lixa durante o processo de lixamento. A utilização de papel abrasivo (Lixa), usando os dedos como apoio, desbasta a madeira de forma irregular e não é aconselhada, principalmente quando temos

laminados macios e duros juntos (que é a maioria dos caso dos trabalhos em marchetaria) pois os macios se desgastarão mais rápidamente.

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O lixamento deve ser feito cuidadosamente à mão. O lixamento com máquina, em mão não qualificadas, implica em um grande risco de deteriorar todo seu trabalho muito depressa.

Deve ser tomado cuidado para não lixar em demasiar as extremidades e cantos. É recomendado o uso de um bloco de 3" quadrado pelo menos, que não deve ser movido mais que 1" em cima de qualquer extremidade, como mostrado.

Papeis abrasivos (Lixas)

Uma grande variedade de lixas está disponível, mas o novato requer muito poucas. O lixamento inicial deve ser feito usando lixa grão150 de carboneto de silicone e, após esta deve ser usada pelo menos uma lixa grão 240 ou 320.

Método

Lixe a parte de trás do quadro primeiro, caso contrário existe possibilidade de danificar a face lixada do quadro por irregularidades na parte de trás. Lixe as extremidades usando o método do bloco corrediço (veja Extremidades e Cantos).

Esfregue de um lado para outro na direção do grão predominante do quadro. Mantenha uma suave pressão e trabalhe o quadro por inteiro de forma que a superfície seja uniformemente lixada.

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Removendo o Pó

Tendo lixado a parte de trás, face e extremidades o pó resultante devem ser removidos para restabelecer a verdadeira cor do laminado. O melhor método é usar uma escova de aço pequena, macia do tipo usada por limpar camurça. Suavemente escove na direção do grão soprando o pó fora (ou melhor ainda aspirando-o com um aspirador de pó).

Polindo

Há vários modos de produzir a superfície polida final em um quadro de marchetaria, cada um deles tem seus especialistas. O método descrito aqui, utiliza um selador à base de celulose, e é

relativamente simples para o novato tentar, com a vantagem de permitir “correções" se coisas derem errado!

Seladores à base de celulose estão facilmente disponíveis, comercialmente em lojas de tintas.

Advertência de segurança

Muitos dos seladores, vernizes e coberturas de superfícies disponíveis, são baseados em

solventes. O processo de endurecimento destes produtos ocorre por evaporação destes solventes.  Assim sendo Assegure-se que está trabalhando em uma área bem ventilada e não fume. Sempre

siga as instruções indicadas nos rótulos dos produtos.

Aplicando o Selador

 A aplicação do primeiro selador é a hora mais excitante - pela primeira vez você verá a verdadeira cor dos laminados e terá uma idéia da aparência final de seu quadro.

 Ache um bloco baixo que apoiará o quadro deixando 1/2" das laterais para fora e cubra o bloco com uma sacola plástica limpa. Coloque a face do quadro para baixo no bloco de forma a permitir que as laterais e o fundo recebam a cobertura do selador de uma só vez.

Misture bem o selador, mas não agite para não produzir pequenas bolhas de ar que causam imperfeições na superfície. Coloque uma quantidade pequena em um prato raso ou jarro e feche bem o recipiente principal. Não devolva a sobra do selador ao recipiente principal para não

introduzir pó ou partículas. Use luvas de "borracha" para proteger a pele, ou pelo menos um dedo cortado de uma luva, mergulhe seu dedo no selador e esfregue firmemente na superfície da parte de trás, continue o movimento até o selador começar a secar, repita este procedimento até cobrir toda a superfície do fundo e das laterais.

 Aguarde durante aproximadamente 15-20 minutos até que a superfície seque ao toque, então inverta o quadro, a sacola plástica em cima do bloco evitará a aderência da camada ao bloco. Repita o processo de aplicação do selador na face do quadro e laterais da mesma maneira

anterior. Desta forma as extremidades recebem duas vezes a camada de selador, como a parte de trás e com a face. Aguarde novamente a secagem durante outros 15-20 minutos.

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Acabamentos adicionais

 Agora que a superfície está "selada" que uma nova camada de selador deve ser aplicada. Vire a face do quadro novamente para baixo. Verta sobre a superfície aproximadamente uma colher de chá de selador e espalhe suavemente em cima da superfície usando um pedaço de laminado ou plástico - um cartão de crédito velho é o ideal. O processo é semelhante a espalhar uma camada grossa de mel sobre pão bastante macio! Certamente haverá alguns escorrimentos pelas laterais. Alise estes escorrimentos com o dedo, com luva, conforme feito anteriormente.  A camada mais grossa provavelmente exigirá aproximadamente 30 minutos para secar antes de

ser possível virar o quadro para procedermos a mesma cobertura do outro lado. Repita estas operações até que ambas as superfícies tenham recebido 06 camadas.

O trabalho deve ser deixado agora para que o selador endureça completamente. Isto levará 72 horas pelo menos, mas se possível deixe o quadro secar durante várias semanas. Como a evaporação do solvente o selador encolhe e logo o Veio de alguns laminados (ou qualquer junta aberta) poderá se mostrar na superfície. Mas isto não é problema.

Alisando

Os seladores não formam uma camada muito dura e o objetivo final é uma camada fina. Para alcançar esta superfície ideal, é necessário lixar com papel lixa seco ou molhado.

Embrulhe um bloco o de madeira com uma lixa d’agua grão 300, borrife alguns gotas de água sobre a parte de trás do quadro e esfregue suavemente, assegure-se que toda a superfície é lixada uniformemente. Lubrifique o bloco com uma pequena gota de detergente líquido se este começar a "aderir" como a superfície quando esta estiver mais plana.

Seque a superfície e examine-a contra uma luz oblíqua. Esta deve se apresentar uniformemente, mas provavelmente terá algumas manchas lustrosas pequenas. Estas são áreas onde a camada do selador está mais baixa que a superfície e não foi atingido pela lixa. Neste caso você deve escolher entre continuar lixando com risco de atingir a base do laminado, ou aplicar mais camadas de selador e lixar novamente. Todo marcheteiro teve, em algum trabalho, necessidade de

acrescentar camadas adicionais de selador, portanto não fique abatido se as coisas não derem certo na primeira vez.

Uma vez que superfície está quase plana, com apenas minúsculas manchas lustrosas, mude para uma lixa grão 600, continue lixando molhado, até que a superfície esteja uniformemente plana.

Acetinado ou Lustrado?

 A escolha de acetinado ou lustrado depende da natureza do trabalho e preferência pessoal. O acetinado é mais fácil e mais rápido alcançar, e também esconde imperfeições secundárias muito melhor que um acabamento de alto brilho.

Acabamento Acetinado - Um acabamento acetinado é obtido esfregando-se a superfície do selador com uma esponja de aço 000 ( tipo Bom-Bril ) com um pouco de cera para móveis. O movimento da esponja deve ser suave e na direção predominante do grão do laminado.

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Polimento acetinado - Vários graus de brilho podem ser alcançados polindo o acetinado suavemente no final com um espanador macio e seco.

Acabamento lustrado- Para alcançar um acabamento de alto brilho a superfície do selador deve ser polido com uma nata abrasiva tipo limpador de metal (por exemplo "Brasso") ou pasta para polir carros (por exemplo "T-corte"). Trabalhe de cada vez em áreas de aproximadamente 2" quadradas até que a superfície inteira seja tratada. Então lave a superfície usando água morna e detergente líquido para remover qualquer resíduo. Seque a superfície e examine. Um brilho realmente alto requererá bastante trabalho.

Cuidados com o acabamento

Geralmente é necessário apenas tirar o pó. Pequenos arranhões podem ser removidos com uma flanela ou com um novo enceramento, mas arranhões mais severos ou outros danos precisarão de um completo repolimento.

Depois de 6 meses ou mais o veio da madeira pode se mostrar na superfície ou rachaduras podem aparecer. Este problema tende a ser mais pronunciado se o acabamento for um pouco mais

espesso. A única solução para este caso é lixar fora o polimento, e repetir o processo de acabamento.

Outros Acabamentos

Há uma gama extensa de acabamentos disponíveis. Alguns tipos mais comumente usados são descritos aqui, com alguns conselhos meus sobre a conveniência deles.

Laca catalítica - Estes acabamento, é como uma cobertura de plástico, exigem misturar a base da laca com um catalisador antes de uso. Eles são aplicados do mesmo modo como um selador, entretanto cada demão deve ser aplicado antes da cura total da demão anterior. Eles produzem um acabamento muito duro que terá um alto brilho. Este acabamento geralmente são resistentes à agua e ao calor, sendo ideal para artigos como uma tábua para queijos por exemplo.

Lacas acrílicas - Estes "vernizes" são à base de água e poderão causar problemas se usados diretamente na superfície do laminado, especialmente se um adesivo à base de água também foi usado! Para utilizar este tipo de Laca a superfície do laminado deve ser selada 2vezes com selante á base de nitrocelulose antes de aplicar esta laca acrílica. Uma vez endurecida a laca pode ser polida alcançando-se um alto brilho.

Tung Oil - Também conhecido como óleo chinês ou óleo dinamarquês. Este óleo é pincelado liberalmente sobre a superfície, permitindo-se saturar durante alguns minutos e então o excesso é removido. O processo é repetido 5 ou 6 vezes a intervalos de alguns horas. O óleo se fixa através de uma reação de oxidação e forma uma película à prova d’agua, Este é o tipo de acabamento que vemos freqüentemente em mobília escandinava. Não preenche o grão (ou juntas ruins) e desta forma não é tão satisfatório para marchetaria complexa.

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Verniz - Em geral estes produzem uma camada grossa que tenderá a ir amarelando com idade. Geralmente não são recomendados com exceção de posições ao ar livre robustas - como nomes de casa e números.

Polimento Francês o polonês - Um acabamento maravilhoso, mas sua aplicação é uma arte própria. Já tentei todos os meios para consegui-lo - se você acha um modo fácil por favor me deixe saber! Em geral superfícies Polidas francesas não são resistentes ao calor ou água.

Terminando

Penduradores

Supondo que sua obra-prima está pronta e você quer exibi-la para que todos possam ver, mas para isto é necessária alguma maneira para pendurá-lo em uma parede. Algum marcheteiros tomam pouco cuidado com este detalhe , e com estes a sociedade de marchetaria faz uma

brincadeira sugerindo que usem anéis de abrir latas como pendurador, até que alguém faça isto de fato.

Há vários tipos de cabides disponível e na maioria dos casos qualquer um é satisfatório. Descrevemos a seguir alguns dos tipos geralmente usados por aqui.

Olhal e Corda - Estes são pequenos olhais bronze ou de aço que são atarraxados na parte de trás do quadro e que têm uma corda ou arame presa entre eles. O posicionamento exato na parte de trás do quadro não é crítico contanto que eles sejam simétricos. Tenha certeza o comprimento do parafuso é menos que a espessura do quadro!

Única Volta - Este consiste em um único anel de metal preso por uma corrente pequena que é atarraxada ao quadro. Se não for posicionado precisamente centrado o quadro tenderá a pender desigualmente. Este tipo de ajuste pode ser difícil, e por isto pode ser extremamente impopular principalmente se a exibição é grande e por pouco tempo.

Corda escondida - Este é um modo muito dissimulado de prender corda que é descrito em

detalhes no livro por Alan Townsend e David Middleton. Basicamente são perfurados dois buracos pequenos na parte de trás do quadro, com cuidado para não atravessar o quadro, e então são colados tarugos entalhados nestes lugares para firmara uma corda nodosa. Isto produz um fixação limpo que é quase perfeita. Deve-se preocupar em usar uma corda forte porque caso arrebente não pode ser substituída.

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Proteção em Trânsito

Se você pretende exibir seu trabalho este no transporte certamente precisará de proteção.

Quadros pequenos podem ser empacotados e despachados em bolsas acolchoadas, mas isto não os protegerá completamente. O ideal mesmo é fazer uma caixa simples e robusta. Há muitos possíveis projetos, e os dois mais usados estão descritos abaixo.

Caixa 1 - UMA caixa de madeira simples feita de " madeira aplanada de 1" x 1/2” com um fundo de compensado fino ou eucatex colado e fixado . O interior de caixa dever ser aproximadamente 1" maior em toda volta do quadro e deve ser forrado com espuma ou um outro material macio. A tampa também é uma folha de compensado ou eucatex que é fixada por um par de tarugos e presa no lugar com uma fita de borracha grande ou velcro.

Caixa 2 - Uma caixa construída aproximadamente com o mesmo tamanho como descrito acima mas de folhas de papelão corrugado coladas juntas com cola para papel de parede industrial. A abertura interna para o quadro pode ser bastante justa como folga só para uma camada de pano macio, como uma flanela, para proteger o quadro. O topo e fundo devem ter pelo menos três

camadas grossas e os lados devem ter pelo menos 1" de largura. Os cantos devem ser reforçados. Detalhes da construção destas caixa de papelão estão disponíveis na Sociedade de Marchetaria.

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Técnicas avançadas

Algo um pouco mais complicado?

É provável que durante a confecção de seus quadros você ache que aqueles pedaços simples de laminado não combinam satisfatoriamente durante muitos anos os marcheteiros desenvolveram várias técnicas para aumentar as opções para seus quadros, e nas seções seguintes eu descrevi algumas que eu considerei úteis. Embora possam parecer muito complexas, as técnicas não são difíceis e os resultados muito significantes e gratificantes.

Sombreamento com areia

Muito poucas superfícies na vida real são exatamente de uma só cor quando observadas. Nós sabemos que uma parede recentemente pintada tem uma cor uniforme, mas quando olhamos vemos muitos outros tons devido a sombras. Desta forma é improvável que com uma

representação simples que usa um único pedaço seja possível obter uma aparência adequada. Da mesma forma se as sombras são representadas utilizando-se de um segundo laminado mais escuro, esta união não conseguirá representar bem a suave mudança do claro para o escuro que ocorre na natureza. Durante muitos anos, marcheteiros tem contornado este problema

escurecendo suavemente laminados mais claros para produzir uma transição gradual - podem ser vistos bons exemplos deste processo em mobílias antigas.

Tradicionalmente o método mais usado é o de areia quente. Para isto é necessário uma areia fina e clara que deve ser aquecida em um recipiente metálico raso. Uma frigideira de ferro é o ideal e não é aconselhável utilizar alumínio pois as temperaturas envolvidas são muito altas. O laminado deve ser imerso na areia utilizando-se pinças ou a areia quente pode ser aplicada sobre a folha do laminado utilizando-se uma colher. Nada é muito preciso neste método - eu nunca vi a temperatura da areia mencionada em qualquer texto – Desta forma o efeito desejado deve ser alcançado por tentativa e erro.

Nota do tradutor: Na falta de areia fina pode ser usado pó de mármore, que pode ser adquirido em Pet Shops. É aquele pó utilizado para banho seco de chinchilas e hamsters

Sombreamentos simples podem ser alcançados chamuscando o laminado com um ferro de solda grande - não um tipo eletrônico moderno mas um mais brutos grandes com pelo menos 85 watts, ou preferivelmente de 100 watts. O laminado a ser escurecido só é aproximado da superfície do ferro e deve ser mantido nesta posição lugar até o escurecimento desejado. Para linhas escuras encaracoladas a extremidade do laminado pode ser tocada contra o ferro.

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Sombreando tanto com areia quente ou com um ferro, o laminado tende a ressecar, o que pode causar rachaduras ou deformações. Eu normalmente coloco cada pedaço sombreado sobre folhas de papel de cozinha úmido durante alguns segundos, então removo e toco de leve com papel seco. Se o pedaço não for usado imediatamente deverá ser colocado embaixo de um peso para não empenar. O papel úmido restabelece alguma da umidade perdida e esfria o laminado

rapidamente deixando-o pronto para uso. (Só no caso de utilização de cola à base de agua, PVA por exemplo. Se for utilizar cola de contato aguarde que o laminado seque)

Linhas finas

Navios velejando são assuntos ideais para quadros de marchetaria – com muita ação com rolar mares e ondular velas. Infelizmente navios velejando sem equipamentos ficam muito estranhos, Desta forma devemos nos esforçar para representar em marchetaria a teia de linhas e amarras destes navios.

 A técnica por produzir linhas finas basicamente envolve a execução de um corte e inserção de uma lasca de laminado. Se houver só alguns linhas para serem inseridas um corte simples é tudo que precisamos. Porém se houver muitos linhas então algum laminado deve ser removido, caso contrário a largura de todas as lascas ficará significante e causará uma deformação visível. Geralmente o corte deve ser feito a mão livre, já que muito poucas linhas são realmente retas.  Após o primeiro corte, um segundo corte é feito paralelamente à uma fração de milímetro, de forma

que uma lasca do laminado do trabalho é removido. Isto requer um grande cuidado, especialmente se o corte for transversal ao veio do laminado, que tenderá a “puxar” a lâmina do bisturi e desviá-lo. Lembre-se que retirar mais do que o necessário é fácil e que esta parte retirada não poderá mais ser reposta.

 A lasca a ser inserida é cortada de um pedaço de laminado no sentido do veio da madeira. A cor não é tão importante quanto o seu efeito na linha que será vista. Laminados pretos tingidos às vezes são bastante frágeis e é melhor evitá-los para este tipo de trabalho. A lasca é cortada da beira de uma folha que acompanhe o veio da madeira e deve ser mais fina que a espessura do laminado. Tendo cortado uma lasca satisfatória (que normalmente custa alguns tentativas) coloque-a lateralmente em uma tábua e corra a empunhadura do estilete ao longo , espremendo para afiná-la ainda mais.

 Aplique uma pequena pincelada de cola de PVA a uma ponta da lasca e empurre-a no final do corte. Aponte a lasca no corte e corte cuidadosamente fora o excesso. Pode ser necessário aliviar o corte ligeiramente para ajudar inserção da lasca, mas isto não deveria ser necessário - se for ou corte é muito estreito ou a lasca é muito larga! Aperte a lasca para dentro do corte e Uma vez inserida, a lasca deve ser fixada esfregando um pouco de cola de PVA normalmente.

Se você pensa que esta técnica é difícil, pense no marcheteiro que produziu um bonito quadro de amoras-pretas, cada baga com destaques, sombreando as folhas e com espinhos individuais nos talos, e então cortou uma teia de aranha em cima da coisa inteira. O resultado estava sensacional -mas que coragem!

Referências

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