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Bebidas alcoólicas o que são e quais os seus efeitos

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Academic year: 2021

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Apresentação

O alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde no Brasil e em todo o mundo. E deve ser tratado como a doença que é. Além de afetar a vida profissional, o alcoolismo prejudica o dia a dia do trabalhador junto à família, entre os amigos e colegas.

Mas esse é um problema com solução. Como toda doença, o alcoolismo tem sintomas fáceis de identificar, o que pode levar ao diagnóstico e ao tratamento. E o combate ao alcoolismo no setor do transporte é fundamental porque pode ajudar a reduzir riscos para o trabalhador, seus colaboradores, passageiros e toda a comunidade.

Temos, então, um papel muito importante nessa cruzada em defesa da vida. E esta apresentação deve funcionar como uma ferramenta poderosa para nos auxiliar.

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Bebidas alcoólicas – o que são e quais os seus efeitos

Há uma enorme variedade de bebidas alcoólicas vendidas no Brasil; algumas são mais fortes e outras, mais fracas. O que todas têm em comum é uma substância chamada álcool etílico.

Também conhecido como etanol, o álcool etílico é considerado uma droga lícita na maior parte do mundo, incluindo o Brasil. Ele causa dois efeitos principais sobre as pessoas: o psicoativo e o depressor.

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Efeito psicoativo

Drogas psicoativas agem no sistema nervoso central, alterando o funcionamento do cérebro e mudando, por algum tempo, a percepção, o humor, a consciência e o comportamento da pessoa.

Outras drogas psicoativas são maconha, cocaína, LSD e ecstasy. Existem também medicamentos psiquiátricos com efeitos psicoativos, como ansiolíticos, antidepressivos e antipsicóticos.

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Efeito depressor

Substâncias depressoras também influenciam o sistema nervoso central, principalmente o cérebro. O efeito é de diminuição do nível de atividade cerebral, o que faz o organismo ficar mais lento.

As drogas depressoras são muito importantes para a medicina. Entre elas estão a morfina, sedativos e outros anestésicos. Já entre as drogas depressoras de uso ilegal estão a heroína e o lança-perfume.

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O que é o teor alcoólico?

Há no mercado uma grande variedade de bebidas alcoólicas disponíveis, cada uma com seu teor alcoólico. Quanto mais alta for a porcentagem de álcool, maiores os seus efeitos e maiores os riscos para a pessoa, em caso de abuso.

Confira os níveis de álcool das bebidas mais consumidas:

Bebida Teor alcoólico

Cerveja 0,5% a 5%* Chope 4,5% a 5% Vinho 8,6% a 14% Saquê 13% a 16% Licor 15% a 54% Rum 35% a 54% Tequila 36% a 54% Vodca 36% a 54% Cachaça 38% a 48% Uísque 38% a 54% Gim 40% a 50% Conhaque 40% a 60%

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O que é o alcoolismo?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se refere ao alcoolismo como Síndrome de Dependência do Álcool (SDA). Ela é definida como “um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que podem se desenvolver após o uso repetido de uma substância”.

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Outra descrição, feita pela Sociedade Americana de Medicina da Dependência, lista várias características do alcoolismo: - Doença influenciada por fatores genéticos, ambientais e psicossociais

- Doença geralmente progressiva: os sintomas e o agravamento da doença avançam com o tempo - Doença geralmente fatal: pode levar à morte

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O alcoolismo e a direção: perigo permanente

Por conta das características do álcool, é mortal dirigir sob influência da substância. Fatores como a perda da coordenação motora e a lentidão no raciocínio podem causar acidentes de trânsito gravíssimos.

Todos os motoristas devem estar sóbrios ao assumir o volante, para evitar tragédias. Lembramos que o Código de Trânsito Brasileiro determina que dirigir sob a influência de álcool é uma infração gravíssima, penalizada com multa e suspensão do direito de dirigir (artigo 165). E não se trata apenas de infração, mas também de crime, que prevê de seis meses a três anos de prisão (artigo 306).

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Você sabia?

O álcool está relacionado a 21 dos acidentes de trânsito no Brasil. Em uma pesquisa de 2013, o Detran de São Paulo revelou que, entre as vítimas, 22,3 dos motoristas, 21,4 dos pedestres e 17,7% dos passageiros tinham sinais de embriaguez.

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Doenças causadas pelo abuso do álcool

O uso moderado do álcool, nas horas e lugares adequados, sempre acompanhou o homem ao longo da História. Mas a ciência provou que, além dos efeitos imediatos do álcool no corpo, algumas doenças – identificadas a seguir – são geradas pelo consumo prolongado de álcool.

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- Pelo menos dez tipos de câncer, entre eles os de estômago, pâncreas e esôfago.

- Esteatose: acúmulo de gordura no fígado que, em sua forma mais grave, pode provocar a cirrose hepática, uma doença terminal.

- Angina de peito: obstrução nas artérias que causa baixo abastecimento de sangue no coração e dores agudas.

- Diabetes: grupo de doenças nas quais se observa alto nível de glicose no sangue, com sérias consequências para a saúde do paciente.

- Gastrite: inflamação no revestimento do estômago.

- Úlcera: o álcool em excesso causa lesões nas paredes do intestino.

- Cálculos renais: mais conhecidos como pedras nos rins, podem obstruir a uretra, o canal por onde a urina é expelida, e causar dores fortíssimas.

- Cálculos biliares: formação de pedras na vesícula biliar, que podem provocar dores fortes e inflamações. - Hepatite A: doença infecciosa aguda que ataca o fígado.

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- Osteoporose: degradação dos ossos, que pode facilitar fraturas.

- Doença de Parkinson: causa dificuldades nos movimentos e no controle do corpo. - Linfomas: formação de tumores nas células do sangue.

- Pancreatite: Inflamação grave no pâncreas, órgão responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue e ajudar na digestão.

- Artrite reumática: doença autoimune, ou seja, que faz com que as células ataquem o próprio corpo do paciente, gerando dor e inflamação nas articulações, como cotovelos e joelhos.

- Doença de Alzheimer: pessoas que consomem álcool em excesso podem ter maiores chances de desenvolver essa forma de demência, marcada pela perda de memória.

O alcoolismo também aumenta muito as chances de ocorrência de pressão alta, enfartes, AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais) e aterosclerose, quando gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias e limitam o fluxo sanguíneo.

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Você sabia?

O álcool, assim que é ingerido, muda toda a rotina do corpo humano. O fígado precisa metabolizar a substância para eliminá-la. Os rins, que filtram o sangue, trabalham dobrado para separar o álcool e jogá-lo fora pela urina. O cérebro passa pelas fases de estimulação (alegria, perda de inibição) e depressão (perda de coordenação motora e de autocontrole).

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Causas do alcoolismo

Uma pessoa pode desenvolver síndrome de dependência do álcool por muitas razões. Algumas são de nascença e relacionadas à saúde. Outras, resultados de hábitos e influências externas. Entre elas, estão:

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Quantidade e frequência do consumo de álcool

Quem bebe muito e de forma constante desenvolve resistência aos efeitos do álcool. Por isso, precisa aumentar cada vez mais as doses para sentir os mesmos efeitos. Esse consumo excessivo pode gerar o alcoolismo.

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Fatores genéticos

Segundo uma pesquisa recente da universidade de Purdue, nos EUA, existem 930 genes que podem levar a pessoa a beber em excesso. Esses fatores genéticos fazem o cérebro ter compulsão por álcool. Não há apenas um gene responsável pelo desejo da bebida: cada um dessas centenas de genes exerce uma pequena influência.

Fatores psicológicos

Fatores ambientais

Problemas psicológicos como ansiedade, pânico e depressão podem levar a pessoa à síndrome de dependência do álcool. Quem está passando por dificuldades, como desemprego, uma crise amorosa ou a morte de alguém próximo também pode se tornar mais propenso ao alcoolismo.

Estar com frequência em ambientes onde outras pessoas consomem bebidas alcoólicas pode estimular o consumo. Uma pesquisa publicada na Revista de Saúde Pública, em 2005, ouviu 91 caminhoneiros, dos quais 63 afirmaram beber principalmente para acompanhar os amigos.

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Você sabia?

Uma pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas) apontou que Brasil é o terceiro país que registra mais mortes por conta do consumo de álcool em todo o continente americano (América do Norte, América Central e América do Sul). As Américas apresentam um consumo médio de álcool superior a todos os outros continentes.

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Como identificar o alcoolismo

Há muitos sinais que identificam uma pessoa que sofre de alcoolismo. Quanto mais sintomas o indivíduo apresentar, maior a gravidade da doença. Entre estes sintomas estão:

- Desejo forte ou incontrolável de beber;

- Dificuldade de controlar o consumo de álcool e tendência a beber mais do que o planejado; - Consumo repetido apesar dos efeitos negativos;

- Atividades do dia a dia prejudicadas pelo consumo de álcool;

- Consumo de álcool visto como prioridade em relação a outras atividades e obrigações;

- Aumento da tolerância ao álcool: o indivíduo sente menos os efeitos e precisa de doses cada vez maiores;

- Síndrome de abstinência: caso esteja há muito tempo sem consumir álcool, o doente apresenta sintomas como sudorese (suor excessivo), tremedeira, ansiedade, irritação, náuseas e vômitos.

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Há tratamento

O SEST SENAT tem unidades de atendimento por todo o Brasil. Em grandes centros urbanos, também é possível ser atendido por profissionais de psicologia, que podem orientá-lo em relação ao alcoolismo.

Os Serviços realizam campanhas nacionais de conscientização e prevenção de doenças, inclusive o alcoolismo, em datas comemorativas. As principais campanhas acontecem na Semana Mundial da Saúde (na semana de 7 de abril), no Dia do Caminhoneiro (30 de junho) e no Dia do Motorista (25 de julho). As atividades do SEST SENAT incluem palestras, seminários, exames e orientações.

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Porém, o primeiro passo para tratar a doença é admitir que ela está afetando seu dia a dia. Pode parecer óbvio, mas muitas vezes a maior dificuldade é fazer o doente reconhecer que tem um problema. E quanto antes isso acontecer, mais fácil será a recuperação. Como acontece com muitas outras doenças, o alcoolismo é melhor tratado se for identificado e combatido no início.

Consultas médicas, centros de atendimento e o apoio de entidades como os Alcoólicos Anônimos (AA) também são muito importantes na luta contra a síndrome de dependência do álcool.

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Você sabia?

A família e os amigos próximos têm um papel fundamental no tratamento da síndrome de dependência do álcool. A orientação é do jornalista Ricardo Vespucci e do médico Emanuel Vespucci, autores de O Livro das Respostas: Alcoolismo. O aconselhamento para casais e a terapia familiar muitas vezes são recomendados para unir as famílias na luta contra o alcoolismo.

O tratamento pode ser feito em consultórios, ambulatórios, hospitais, instituições de repouso e até em casa, dependendo do grau de evolução da doença.

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Desintoxicação

É o movimento de cortar completamente, mas com segurança, o consumo de álcool. Todo doente que estiver se tratando precisa passar por isso.

Medicamentos

Só devem ser utilizados sob a supervisão de profissionais da saúde, sempre seguindo rigorosamente as orientações específicas de dosagem. Alguns medicamentos diminuem a compulsão pelo álcool e outros desenvolvem no paciente a aversão à substância.

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Evitar as recaídas

Durante o tratamento, com ajuda profissional, o doente será capaz de identificar o que pode levá-lo às recaídas e criar maneiras de lidar com essas “tentações”. Todo cuidado é pouco! Uma única dose de álcool pode fazer alguém que sofreu de alcoolismo voltar ao estágio mais grave da doença.

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É importante lembrar que essas orientações não devem estar limitadas ao paciente, mas se estendem à família e aos amigos. Em caso de qualquer dúvida, o SEST SENAT está sempre disponível para ajudar, em todo o Brasil.

Referências

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