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Wendel Uhren Meira 08/11/2012

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Academic year: 2021

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Wendel Uhren Meira 08/11/2012

Sequência Didática – Trabalho Concludente

Tema: A Imigração no Estado de São Paulo e suas diferentes facetas.

Justificativa: É fator de grande importância para esse período considerar o

processo de Imigração que ajudou a engrossar as fileiras de trabalhadores do

campo e da cidade. Através da documentação histórica, e da análise de fontes

primárias, explorar as divergências entre o discurso oficial que incentivou a

vinda de diferentes grupos estrangeiros e a realidade que se apresentou de

fato, no estabelecimento dessas colônias no Brasil. Incentivar a percepção e

desenvolvimento de análise crítica em relação ao discurso oficial e a realidade

apreendida pela análise das fontes.

Objetivos: elaborar e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para

a compreensão dos processos histórico-geográficos; comparar processos de

formação socioeconômica, relacionando-os com seu contexto histórico e

geográfico. A partir de textos e documentos históricos, analisar os processos

de transformação histórica, identificando suas principais características

econômicas, políticas e sociais. Reconhecer que as transformações da história

não decorrem, apenas, da ação das chamadas grandes personagens.

Levar ao

conhecimento dos alunos fontes documentais primárias para apreensão da

concepção ideológica motivadora da imigração no Brasil.

Componente curricular: História -

Segundo

Reinado no Brasil; abolição e

imigração (República Velha ou Primeira República).

Série:

2º ano do ensino médio - 4º bimestre - situação de aprendizagem 3

"Abolição e imigração" – (4ª apostila).

Tempo previsto: 3 aulas

Bibliografia de apoio:

NAXARA, MARCIA REGINA CAPELARI. Estrangeiros em sua própria terra:

representações do brasileiro, 1870-1920. São Paulo, Ed. Annablume 1998.

HALL, MICHAEL & STOLCKE, VERENA. A introdução do trabalho livre nas

(2)

Atividades propostas: disponibilização do material em formato de fotocópias,

leitura em sala de aula das fontes e comentários explicativos. Documentos da

Imigração do APESP. Solicitar aos alunos recortes de jornais e de outros

veículos noticiosos que comentem a cerca da imigração e da relação dos

imigrantes com o país ou, da comunidade.

Plano de aulas – Sequência didática

1° Aula:



Aula expositivo-participativa.

DOCUMENTO 01

(3)

Qual o órgão produtor da revista O Immigrante? Qual a data da publicação?

Que imigrantes chegaram ao Brasil de acordo com as rotas? Em que cidade do

Brasil desembarcavam? Qual Estado era o foco da imigração?

DOCUMENTO 02

DOCUMENTO 03

(4)

O que o governo de São Paulo espera com o povoamento do Estado? Qual o

tipo de projeto de povoamento do Governo Estadual? De acordo com a

propaganda do Governo que benefícios teriam os imigrantes? Por que o

periódico é escrito em diferentes idiomas?

Alunos respondem as questões propostas e elencam outros elementos

importantes conforme observação e conhecimentos prévios da temática.

2° Aula:



Aula expositivo-participativa.

Apresentação de textos para exercício comparativo.

TEXTO 01

“Até a década de 1850 os escravos formavam o grosso do contingente de

trabalhadores necessários a uma agricultura de exportação em larga escala.

Contudo, em meados do século dezenove, à medida que cresciam os ataques

à escravidão, alguns fazendeiros de café de São Paulo começaram a fazer

experiências com o trabalho livre... Após 1850* os cafeicultores mais

previdentes percebiam nitidamente que um meio de substituir o trabalho

escravo, ou pelo menos complementa-lo, deveria ser encontrado num futuro

razoavelmente próximo, a fim de proporcionar o volume de trabalhadores

exigido por esta cultura de trabalho tão intensivo... Na ausência de uma reserva

de mão de obra local disponível, os fazendeiros paulistas recorreram ao uso de

trabalhadores imigrantes. Entretanto, a sua experiência com escravos os tinha

tornado profundamente cientes da necessidade de formas efetivas de controle

do trabalho. Por isso, a questão enfrentada pelos fazendeiros durante a

segunda metade do século dezenove não era apenas encontrar uma nova

fonte de mão de obra, mas também, cada vez mais, como organizar o controlar

com eficiência o trabalho livre. O desenvolvimento e organização da força de

trabalho livre destinada às fazendas de café de São Paulo foi um processo ao

mesmo tempo econômico e político. A dinâmica da situação decorreu tanto das

razões econômicas dos fazendeiros, como do poder de barganha utilizado

pelos trabalhadores ao resistir às suas imposições.”

(5)

HALL, MICHAEL & STOLCKE, VERENA. A introdução do trabalho livre nas

fazendas de café de São Paulo, p. 80,81.

TEXTO 02

“A importação de imigrantes europeus tornou-se pauta importante nas discussões, a partir

da construção mítica de um determinado trabalhador imigrante – o trabalhador ideal –

aquele que reunia em si, enquanto agente coletivo, de forma acabada, todas as qualidades

do bom trabalhador – sóbrio e morigerado. Elemento capaz de, por si só, promover a

recuperação da decadente raça brasileira nos mais diversos aspectos: sangue novo,

trabalhador, poupador, ambicioso... No extremo oposto desse imaginário, como

contrapartida, estava o brasileiro – vadio, indisciplinado, mestiço, racialmente inferior. Foi,

portanto, da depreciação do brasileiro enquanto tipo social que emergiu a valorização do

imigrante. Do ponto de vista daqueles que defendiam intransigentemente a imigração, a

desqualificação do brasileiro constituiu argumento importante para consolidação e

justificativa da sua opção. Da mesma forma, a ideia dominante (embora não única) de que

não havia trabalhadores com que substituir os escravos (como se estes não fossem

conservar existência física após a abolição) e instituir o trabalho livre, apontou a

necessidade, aparentemente natural, de promover a vinda de determinados trabalhadores

estrangeiros.”

NAXARA, MARCIA REGINA CAPELARI. Estrangeiros em sua própria terra:

representações do brasileiro, 1870-1920, p. 76, 77.

Leitura e trabalho dissertativo anotando as diferenças e permanências do

processo social de imigração e do discurso oficial do Estado.

Solicitação de recortes de notícias recentes (revistas, jornais, noticiário

eletrônico) com o tema de imigração para aula seguinte.

3° Aula:



Aula expositivo-participativa,



debate.

DOCUMENTO 04

Brasil tem 600 mil imigrantes ilegais, diz entidade.

A maioria é formada por imigrantes vindos de países vizinhos ao Brasil.

(6)

Atualmente, o Brasil tem, pelo menos, 600 mil imigrantes ilegais, segundo estimativas do Serviço Pastoral dos Migrantes, entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

"A grande maioria é formada por bolivianos, paraguaios, peruanos, chilenos, argentinos e colombianos", disse à BBC Brasil Luiz Bassegio, fundador da pastoral, que presta assistência a imigrantes em diferentes partes do Brasil.

"Nós achamos que a tendência é aumentar a presença do imigrante (irregular), a partir do momento em que países do primeiro mundo que antes os recebiam, como Portugal e Espanha, passaram a fechar as portas para os latinos", acrescentou.

A estimativa oficial é bem inferior à de 600 mil. Segundo o ministério do Trabalho, os ilegais no Brasil estariam em torno de 180 mil, total que representa cerca de 20% do número de estrangeiros registrados no país. "Esse é um cálculo que se aplica, normalmente, no mundo, dependendo do perfil migratório de cada país", explicou coordenador geral de Imigração do Ministério do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida.

Os dados mais recentes do cadastro ativo da Polícia Federal (PF) mostram um acumulado, até fevereiro deste ano, de 877.286 imigrantes regularizados.

Condições precárias

Os milhares de clandestinos que buscam no Brasil oportunidades melhores de vida e a chance de enviar recursos para seus países de origem enfrentam, em muitos casos, problemas comuns a brasileiros no exterior como preconceito, horas excessivas de trabalho e dificuldades para legalização.

Segundo Bassegio, apesar do acordo assinado recentemente de regularização entre Brasil e Bolívia, por exemplo, um pequeno número dentro do universo de cerca de 75 mil ilegais bolivianos estimados pela pastoral, foi beneficiado.

"Muitos dos que nos procuraram não tiveram dinheiro para pagar os gastos dessa formalização e outros não apareceram por medo de represálias diante da irregularidade", contou.

Na opinião do coordenador do Centro de Apoio ao Imigrante, Paulo Iles, os imigrantes da região andina sofrem ainda com o "preconceito" de alguns setores da sociedade brasileira.

"O imigrante boliviano ou peruano acha que não vai se integrar nunca à sociedade brasileira. Ele é discriminado e pensa: não sei o idioma, sou diferente, sou andino, ando diferente", disse.

Iles lembra que, na semana em que o governo brasileiro reagiu contra a devolução de brasileiros que tentavam entrar na Espanha, 58 bolivianos foram barrados na fronteira por falta de documentação. "Assim como para o brasileiro, países como Estados Unidos, Japão, Alemanha e Espanha são o sonho do progresso, para muitos habitantes dos países vizinhos do Brasil, como Paraguai, Bolívia e Peru, o País é a chance para melhorar de vida", afirmou [...].

BRASIL tem 600 mil imigrantes ilegais, diz entidade. Globo.com, 27 mar. 2008. Disponível em:

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL365307-5598,00.html. Acesso em: Acesso em 17 jan. 2011.

Leitura conjunta do documento. Debate a partir das apreensões da sequência

de aulas e do material solicitado.

Referências

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