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UNINGÁ UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ FACULDADE INGÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA CAMILA CALETTI

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UNINGÁ – UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR INGÁ

FACULDADE INGÁ

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA

CAMILA CALETTI

MATERIAIS PROTETORES UTILIZADOS NO TRATAMENTO

CONSERVADOR DA POLPA DENTÁRIA

PASSO FUNDO

2009

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CAMILA CALETTI

MATERIAIS PROTETORES UTILIZADOS NO TRATAMENTO

CONSERVADOR DA POLPA DENTÁRIA

PASSO FUNDO

2009

Monografia apresentada à unidade de Pós-graduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia.

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CAMILA CALETTI

MATERIAIS PROTETORES UTILIZADOS NO TRATAMENTO

CONSERVADOR DA POLPA DENTÁRIA

Aprovada em ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA:

________________________ Prof. Dr. José Roberto Vanni - Orientador

________________________________________________

________________________________________________

Monografia apresentada à comissão julgadora da Unidade de Pós-graduação da Faculdade Ingá – UNINGÁ – Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Léo e Odete, pois sem eles nada na minha vida seria possível.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente aos meus pais, Léo e Odete... Pela educação, carinho, preocupação, suporte emocional, financeiro... Se cheguei onde estou hoje, os responsáveis por isso são vocês! Tudo o que construo na minha vida é com o objetivo de fazer com que vocês se orgulhem mais e mais de mim. Me aguardem porque o Mestrado vem aí! Obrigada por tudo sempre!

Muitas pessoas foram importantes para que esse trabalho pudesse realmente existir...

Prof. Dr, José Roberto Vanni... Em primeiro lugar: muito obrigada por ser meu Amigo! Grande caráter, competente e responsável em tudo o que faz. Construímos uma grande amizade, com os melhores sentimentos que pode haver nesse tipo de relação: lealdade, companheirismo, compreensão... E lá se vão divertidos 6 anos! Meu amor pela Endodontia foi despertado por você ainda na Graduação. Se escolhi este caminho, foi pelo seu incansável incentivo. Temos coisas grandes para conquistarmos juntos ainda, a próxima é o Mestrado! Quero ser para os meus alunos o mesmo professor que você é para mim. Só não posso me espelhar 100% em ti afinal, você é colorado! Isso vai radicalmente contra meus princípios.

Meu irmão Leonardo, meus primos Ernani e Julia... Sei que tive surtos, andei chata e estressada... Mas fiquem felizes! Acabou!!!!

Meu cachorro Siso... Obrigada pela companhia durante a leitura dos artigos e as brincadeiras para me divertir!

Minhas colegas e amigas do consultório Ms. Daniela Martins Meira e Ms. Daniela Disconzi Seitenfus...

Meira... Identifiquei-me logo de cara contigo assim que te conheci! Nunca pensei que pudesse existir uma criatura mais doida que eu, mas você me supera sempre! Tanto que adotei o “Estilo Meira de Ser”: não cultivo mais o remorso de mandar extrair um dente, já que o principal interessado (o paciente) não cuidou dele durante todos estes anos. Meus almoços de quarta-feira são muito mais divertidos na sua presença porque nossas teorias sobre a vida sentimental e os relacionamentos sociais são fantásticas! Obrigada por ter se prontificado a me ajudar, procurar meus artigos, deixar de lado tua dissertação em meu auxílio.

Disconzi... A calma em pessoa que esconde uma veia sarcástica incrível! A dancinha do Popeye e as imitações de Ana Maria Braga são impagáveis!!! Minhas manhãs sem você na clínica do Moinhos demoram para passar, faz muita falta! Obrigada por se unir à Meira na busca dos artigos, ir para a PUC na tua folga debaixo de chuva só para me ajudar.

Gurias! Sem vocês, este trabalho se resumiria a 20 páginas... Obrigada por toda a ajuda e, principalmente, obrigada pela amizade de vocês! Contem comigo sempre!

Meus amigos de Passo Fundo, Alessandro, Valesca, Isadora e Marina... Nem a distância contribuiu para que vocês se livrassem de mim! Agradeço a hospitalidade nesses 20 longos meses de estadia mensal, sempre me recebendo com muito carinho! Sem o apoio de vocês minhas viagens se tornariam bem mais complicadas. O que cultivamos é uma amizade mais do que verdadeira, que se iniciou a 6 anos atrás e a distância não modificará, nunca! Adoro demais vocês!

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Gaspar... Minha dupla insubstituível! Só a gente se entende e com apenas uma troca de olhares... Grande amigo, parceiro e profissional. Acredite sempre e nunca desista amigo! Nós iremos longe!

Cibele... A personificação da Yoga que pratica, me transmite uma calma fantástica! Obrigada pelas caronas e os cafés da manhã amiga!

Cris e Lucivane... Obrigada pela companhia de vocês no almoço, pela amizade, pelo empréstimo da jaqueta em dias frios quando a pessoa aqui viaja jurando que não vai esfriar na amada Passo Fundo.

Prof. Ms. Lilian Rigo... Agradeço a amizade, o apoio, a disponibilidade em responder toda e qualquer dúvida com o maior carinho do mundo.

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EPÍGRAFE

"Chega a um ponto que você acorda e se pergunta o que está acontecendo. Quando percebe que as coisas que te davam tremenda euforia já não lhe causam mais

tanta emoção. Que aquilo que te feria amargamente já não lhe causa tanto impacto.

Você se questiona se a vida te anestesiou... Até perceber que novas coisas lhe trazem novas emoções. Coisas que você nunca valorizou passam a ser fundamentais em sua vida. Tudo aquilo que nunca imaginou agora você se percebe fazendo. E ainda com o maior prazer! Descobre em si mesmo forças que nunca pensou possuir e emoções que chegou a duvidar

que existissem. Você anda mais um pouco, pára e se pergunta se aquele ali ainda é você.

Você se acha estranho. A euforia passou e no lugar dela, tomou conta uma felicidade terna e constante... Então você percebe que a coisa que mais te assustava já não lhe é mais tão assombrosa. Percebe que depois de subir um degrau na escada da vida, não se pode mais voltar a ver

as coisas sob o mesmo ângulo.

Então você viu que cruzou o oceano, chegou à outra margem e, sem mesmo perceber, queimou seu próprio barco para se permitir ali permanecer, pois já não há mais vontade de voltar..."

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RESUMO

O tratamento conservador da polpa é um procedimento comumente utilizado na clínica endodôntica diária. Sua realização está fundamentada inicialmente pela correta indicação do mesmo, seguida pela condição favorável do remanescente pulpar, emprego de uma técnica menos traumática possível durante a sua realização e finalizando com a escolha do material ideal para a sua proteção. O objetivo desta revisão de literatura é apresentar os diferentes materiais utilizados para a proteção do tecido pulpar na terapêutica do tratamento conservador da polpa. A literatura aponta o formocresol como indicação exclusiva para dentes decíduos, limitando com isto a sua utilização. Por sua vez o hidróxido de cálcio, que já foi num passado recente o material de referência para tal, apresenta o inconveniente de solubilizar a longo prazo. O mineral trióxido agregado é o material mais referenciado atualmente, apresentando os melhores resultados clínicos, radiográficos e histológicos que apontam para o sucesso deste procedimento conservador.

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ABSTRACT

Pulp conservative treatment is a common procedure used in daily endodontic clinic. Its application is justified initially for its proper indication, followed by favorable pulp reminiscent, less traumatic technique possible procedure and ending with an ideal material choice for its protection. The literature review aim is show different treatment pulp materials used for tissue protection in conservative pulp treatment. Literature describes formocresol as exclusive indication to primary teeth, limiting for this reason its use. Calcium hydroxide, recently used for this treatment alternative, presented the long term disadvantage of solubilize. Mineral trioxide aggregate is the most current referenced material, presenting the best clinical, radiographic and histological results that point to this conservative procedure success.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLO

C. Albicans – Candida Albicans

beta TCP – beta-tricálcio fosfato

CP – Cimento de Portland

FDA – Federação Dental Americana

FC – Formocresol

HC – Hidróxido de Cálcio

MTA – Mineral Trióxido Agregado

mm – milímetros

PB – Portland Branco

PMTA – ProRoot MTA

SF – Sulfato Férrico

ZOE – Óxido de Zinco e Eugenol

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 11

2 REVISÃO DE LITERATURA... 13

2.1 FORMOCRESOL ... 14

2.2 HIDRÓXIDO DE CÁLCIO... 16

2.2.1 Hidróxido de cálcio na pulpotomia ... 17

2.3 MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO... 18

2.3.1 MTA na pulpotomia... 20

2.4 COMPARAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES MATERIAIS... 22

3 CONCLUSÃO... 29

REFERÊNCIAS...

APÊNDICE ... 30

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1 INTRODUÇÃO

A manutenção de qualquer órgão do corpo humano em condições fisiológicas normais deve sempre prevalecer frente às indicações para tratamento (ESTRELA, 2004).

Muito utilizado no serviço social, o tratamento conservador da polpa sinaliza para a preservação pulpar como primeira opção aos demais tipos de tratamento. Não só sob o aspecto social, como também nos casos onde a anatomia endodôntica não permite o tratamento radical, em pacientes especiais onde o mesmo não colabora para o tratamento ou pacientes imunodeprimidos, principalmente aqueles submetidos a procedimentos de radioterapia. Nestas situações, a reunião de todos os esforços para a manutenção do remanescente pulpar em condições saudáveis é sempre oportuna.

Para a realização de um tratamento conservador, a condição pulpar é o fator mais importante a ser considerado. O prognóstico do mesmo passa a ser definido para resultados positivos, quando o exame clínico nos revela uma polpa em condições de reversibilidade do seu quadro inflamatório, e ao remover o agente etiológico, que normalmente é a cárie, o sangramento apresentado seja de cor vermelho vivo e não abundante.

As duas técnicas conservadoras comumente utilizadas são o capeamento pulpar direto e a pulpotomia. O capeamento pulpar direto consiste na aplicação de um medicamento, curativo ou material dentário na polpa exposta na tentativa de preservar sua vitalidade. A pulpotomia nada mais é do que a remoção da polpa coronária inflamada seguida da colocação de um material que induza a formação de tecido mineralizado no sítio exposto (COHEN e HARGREAVES, 2007).

Vários materiais têm sido utilizados para esta prática ao longo dos anos na Odontologia e muitos surgem como novas alternativas de auxílio ao tratamento. Dentre os de maior utilização hoje em dia podemos citar o hidróxido de cálcio, o formocresol e o mineral trióxido agregado (MTA). Escassos estudos descrevem sobre a utilização de agentes de união, glutaraldeído e corticosteróides. O sucesso da terapia é definido pela correta seleção dos casos e competência do profissional que irá realizar o procedimento. O profissional deve apresentar domínio dos

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métodos de diagnóstico e, também, das técnicas de tratamento conservador, que asseguram a precisa indicação do tratamento.

O objetivo desta revisão de literatura é apresentar os diferentes materiais de proteção pulpar utilizados em tratamentos conservadores. Isto é justificado também pela importância dos mesmos em relação ao prognóstico deste procedimento clínico.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

A polpa dentária é formada por tecido conjuntivo, similar ao de outras partes do organismo, com reações idênticas em condições patológicas e fisiológicas normais. Sua localização anatômica e a presença de células especializadas em formar dentina, representam diferenças expressivas frente aos demais tecidos conjuntivos. Em função da localização anatômica, a polpa enfrenta momentos críticos, por apresentar limitada capacidade de aumentar de volume ou de se expandir durante a vasodilatação e o aumento da permeabilidade vascular, o que faz com que o edema eleve a pressão interna a limites insuportáveis (ESTRELA, 2004).

Ainda segundo Estrela (2004), vários agentes etiológicos podem ser responsáveis por danos ao tecido pulpar, dentre eles a cárie dentária, o preparo cavitário, o agente protetor etc. A intensidade da agressão influencia a resposta pulpar, que está diretamente relacionada à indicação correta da pulpotomia. O quadro abaixo demonstra os aspectos clínicos pulpares determinantes para a indicação deste procedimento.

O capeamento direto e a pulpotomia envolvem a aplicação de um medicamento, curativo ou material dentário sobre a polpa exposta, na tentativa de conservar a sua vitalidade. A pulpotomia difere do capeamento pulpar somente porque uma parte da polpa remanescente é removida antes da aplicação do

ASPECTOS CLÍNICOS FUNDAMENTAIS PARA A INDICAÇÃO DA PULPOTOMIA

SINAIS FATORES FAVORÁVEIS FATORES DESFAVORÁVEIS

Sangramento

- Normal após o corte do tecido

pulpar - Ausente

- Sangue: cor vermelho / vivo - Muito escuro

- Muito claro (amarelado)

Remanescente

Pulpar - Polpa consistente corpo (resistência à ação da cureta)

- Polpa sem consistência que degrada facilmente

- Aspecto pastoso/ liquefeito

Coroa Dentária

- Quase íntegra ou com paredes espessas e resistentes

- Grande destruição coronária necessitando de colocação de retentor intracanal

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medicamento. Tais procedimentos têm sido usados nas exposições da polpa por cárie, por traumatismos e por causas mecânicas – com um índice elevado de sucesso avaliado radiograficamente e pela ausência de sinais e sintomas clínicos (COHEN e HARGREAVES, 2007).

Devido ao envelhecimento normal da polpa, a possibilidade de sucesso do capeamento pulpar diminui com a idade. Nas polpas mais velhas, pode-se observar o aumento de fibras e de calcificações e uma redução do volume pulpar. Dentes que apresentam calcificações na câmara pulpar e nos canais radiculares não são candidatos aos procedimentos de capeamento pulpar. As calcificações constituem indícios de respostas inflamatórias anteriores ou trauma e reduzem a capacidade da polpa de responder à terapia conservadora (COHEN e HARGREAVES, 2007).

A localização das exposições pulpares é uma consideração importante no que diz respeito ao prognóstico. Se a exposição ocorrer na parede axial da polpa, deixando tecido em direção coronária, em relação ao ponto de exposição, esse tecido poderá ser privado de suprimento sanguíneo e sofrer necrose, causando fracasso. Então, em vez do capeamento, deve-se optar pela pulpotomia ou pulpectomia (COHEN e HARGREAVES, 2007).

O tratamento ideal para todas as exposições por cárie, com exceção daquelas em dentes com rizogênese incompleta, deve ser a extirpação pulpar e a obturação radicular; no entanto, ainda existem indicações para o capeamento pulpar direto. Economia, tempo e dificuldade de se realizar a obturação do canal radicular em alguns dentes são algumas razões que um clínico pode cogitar para realizar o capeamento pulpar em vez de outras formas de terapia pulpar. No caso de insucesso do capeamento pulpar direto, a opção da terapia endodôntica deve ser considerada (COHEN e HARGREAVES, 2007).

2.1 FORMOCRESOL

Recomendado no tratamento dos dentes decíduos com exposição pulpar pela cárie. Se houver evidência de hiperemia depois da remoção da polpa coronária, indicando a existência de inflamação além da porção coronária da polpa, a técnica deve ser abandonada em favor da pulpectomia ou da extração do dente (MC DONALD e AVERY, 1991; COHEN e HARGREAVES, 2007).

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Cohen e Hargreaves (2007) citam oito contra-indicações para a pulpotomia com formocresol no dente decíduo: dente que não pode ser restaurado, dente prestes a ser esfoliado ou sem osso que cubra a coroa do dente permanente, história de dor espontânea (não causada por papilite, resultante da impacção alimentar), evidência de periapicopatia ou de envolvimento da área de furca, a polpa que não sangra, impossibilidade de controlar a hemorragia depois da amputação da polpa coronária, polpa com drenagem serosa ou purulenta e presença de fístula.

O fracasso da pulpotomia utilizando formocresol é detectado, usualmente, pelas radiografias. O primeiro sinal do fracasso é a reabsorção interna da raiz adjacente à área onde o formocresol é aplicado. Essa pode ser acompanhada de reabsorção externa, especialmente com o passar do tempo. Algumas vezes a reabsorção interna é autocorrigida pela deposição de tecido calcificado (COHEN e HARGREAVES, 2007).

Segundo os autores acima, nos molares decíduos apare c e u m a radiotransparência na área de furca. Nos dentes anteriores, a radiotransparência pode ocorrer nos ápices ou na parte lateral das raízes. Com a destruição maior, o dente apresentará mobilidade excessiva e normalmente aparece uma fístula. No fracasso da pulpotomia que utilizou formocresol, a ocorrência de dor é rara.

Bahrololoomi et al. em 2008, observaram que o formocresol foi utilizado pela primeira vez por Sweet em 1904 e desde então, vem sendo o medicamento de escolha na pulpotomia de dentes decíduos por ser de fácil utilização e apresentar altos níveis de sucesso clínico. No entanto, o formocresol está sob observação por questões de segurança no que diz respeito à sua toxicidade.

Os mesmos autores realizaram em 2008, um estudo clínico randomizado, onde compararam o sucesso clínico e radiográfico da pulpotomia eletrocirúrgica ou com formocresol em molares decíduos. Foi realizada a pulpotomia em 70 molares decíduos em crianças de 5 a 10 anos de idade. Os dentes foram tratados usando a técnica convencional com formocresol (35 dentes) ou a técnica eletrocirúrgica (35 dentes). Depois de realizada a pulpotomia, o sucesso clínico e radiográfico foi avaliado em três, seis e nove meses. Os critérios de avaliação foram presença de dor, abscesso, fístula, mobilidade, reabsorção interna e externa e, por fim, radiolucidez. Depois de nove meses de acompanhamento, o sucesso clínico e radiográfico foi de 96 e 84% respectivamente no grupo eletrocirúrgico e 100 e 96,8% respectivamente no grupo do formocresol. Não houve diferença estatística

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significativa entre os dois grupos (p>0.05). Os autores concluíram que os resultados obtidos com a pulpotomia eletrocirúrgica foram iguais aos da pulpotomia com formocresol. Mas a pulpotomia eletrocirúrgica é uma alternativa livre de fármacos que apresenta resultados favoráveis. Recomendaram que novos estudos fossem realizados com a avaliação de maior amostragem por um período mais longo de tempo.

Aminabadi, Farahani e Gajan (2008) avaliaram clínica e radiograficamente pulpotomia versus pulpectomia em incisivos decíduos. Um total de 100 incisivos em 50 pacientes (27 femininos e 23 masculinos) com idade entre três e quatro anos foram alocados para a pulpotomia com formocresol (45 dentes) e para a pulpectomia usando óxido de zinco e eugenol (46 dentes). As avaliações clínica e radiográfica dos resultados do tratamento foram realizadas em 12 e 24 meses após o procedimento. História de dor espontânea, restaurações perdidas, cáries recorrentes, mobilidade e sensibilidade à percussão, fístula, eritema e inchaço foram investigados. A análise dos dados foi baseada em duas amostras proporcionais de teste. Os resultados apontaram sucesso clinico de 86,9% na pulpotomia e 95,6% na pulpectomia. A avaliação radiográfica não exibiu sinais patológicos em 76,08% das amostras do grupo da pulpotomia e 91,3% das amostras do grupo da pulpectomia e a diferença estatística foi significante (p<0.05). O achado patológico mais freqüente foi o alargamento periodontal seguido de reabsorção interna/externa. Radiolucidez periapical e fístula em dentes que receberam a pulpotomia foram significativamente maiores quando comparados aos dentes tratados com pulpectomia (p<0.05). O estudo concluiu que a pulpectomia em incisivos decíduos pode ser uma alternativa de tratamento mais eficiente do que a pulpotomia neste grupo de dentes.

2.2 HIDRÓXIDO DE CÁLCIO

Em 1991, para Mc Donald e Avery o material de escolha para o capeamento pulpar era o hidróxido de cálcio (HC). Introduzido por Hermann em 1920, o material foi um marco na odontologia conservadora, por ter demonstrado capacidade de induzir a formação de uma barreira mineralizada sobre o tecido pulpar.

A pulpotomia com hidróxido de cálcio é recomendada no tratamento dos dentes permanentes com polpa exposta pela cárie, quando existe alteração patológica da mesma no ponto da exposição. Este procedimento é particularmente

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indicado nos dentes permanentes com desenvolvimento incompleto das raízes, mas com tecido pulpar saudável nos canais. Também é indicada em dentes permanentes com exposição pulpar resultante de fratura coronária (MC DONALD e AVERY, 1991).

Devido à sua alcalinidade (pH 12), o material é tão cáustico que, quando em contato com a polpa viva, a reação provoca uma necrose superficial do tecido. As propriedades irritantes parecem estar relacionadas à sua capacidade de estimular a formação de uma barreira calcificada. A área necrosada superficial da polpa, que aparece sob o hidróxido de cálcio, é delimitada do tecido pulpar normal subjacente por uma zona nova, que se cora intensamente, contendo elementos basófilos do curativo de hidróxido de cálcio. Um mês depois do capeamento, evidencia-se radiograficamente uma ponte calcificada, cuja espessura continua aumentando nos 12 meses seguintes. O tecido pulpar permanece com vitalidade e essencialmente livre de células inflamatórias. O hidróxido de cálcio serve de padrão ou de material de controle nas experiências relacionadas aos agentes de capeamento (COHEN e HARGREAVES, 2007).

2.2.1 Hidróxido de cálcio na pulpotomia

Quando o hidróxido de cálcio é aplicado diretamente sobre a polpa, ocorrem necrose do tecido adjacente e inflamação do tecido contíguo. Há formação da ponte de dentina na junção do tecido necrosado com o tecido vivo inflamado. Embora o hidróxido de cálcio atue eficazmente, o seu exato mecanismo de ação não está esclarecido. Os compostos de alcalinidade semelhante (pH 11), quando são aplicados no tecido pulpar, causam necrose por liquefação. O hidróxido de cálcio conserva um estado de alcalinidade local necessária para a formação de osso ou dentina. Abaixo da região de necrose por coagulação, as células da polpa que compreendem o tecido pulpar subjacente diferenciam-se em odontoblastos e elaboram a matriz de dentina (COHEN e HARGREAVES, 2007).

Durante muitos anos, o hidróxido de cálcio foi realmente considerado como única alternativa para tratamentos de microexposições pulpares. Para Tuna e Ölmez (2007), sua efetividade é incontestável, mas a longo prazo ele acaba perdendo propriedade no que diz respeito à sua solubilidade.

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Sönmez e Durutürk (2008), analisaram os resultados de pulpotomias com HC para investigar a incidência de reabsorções internas e a relação existente entre elas e a reabsorção fisiológica das raízes. Foram feitas pulpotomias em 84 molares decíduos. Os dentes foram agrupados de acordo com o tipo da exposição pulpar (mecânica ou cárie) e se a reabsorção fisiológica da raiz já havia iniciado ou não. As amostras foram acompanhas durante 12 meses. Os resultados apontaram que nos dentes onde a exposição por cárie foi maior, o índice de sucesso foi menor (65,5%). Reabsorção interna foi relatada em 15 amostras de 17 fracassos (88,2%). Não houve diferença estatística significativa na relação da reabsorção interna com os dentes onde a reabsorção fisiológica da raiz já havia iniciado ou não (19,6% e 15,8% respectivamente, p > 0.5). Os autores concluíram que quanto maior a área exposta pela cárie, menor o índice de sucesso da pulpotomia. A reabsorção interna é a principal razão de fracasso; entretanto, ela não é afetada pela reabsorção fisiológica da raiz.

2.3 MINERAL TRIÓXIDO AGREGADO

O Mineral Trióxido Agregado (MTA) tem sido utilizado como material de capeamento em exposições pulpares, na indução de formação apical em dentes com rizogênese incompleta e no reparo das perfurações radiculares. Torabinejad foi o pesquisador que introduziu este material na odontologia na década de 80. Segundo ele, em 1993, a capacidade única que o MTA possui para a formação de cemento é atribuída a uma série de fatores, tais como: boa capacidade de selamento, manutenção da alcalinidade e biocompatibilidade.

Al-Nazhan e Al-Judai (2003) investigaram num estudo in vitro o efeito antifúngico do MTA usando um teste de tubo-diluição. O material foi testado recém misturado e 24 horas depois recebeu Candida Albicans. Os tubos foram incubados com C. Albicans por 1 hora, 24 horas e 3 dias. Os resultados mostraram que o tubo contendo MTA recém misturado foi efetivo na morte dos organismos do teste fúngico após um dia de contato; ao passo que o tubo de teste de 24 horas mostrou que o MTA foi efetivo três dias após a incubação. O estudo concluiu que o MTA (recém misturado e 24 horas depois) apresentou características antimicrobianas.

Aminoshariae, Hartwell e Moon (2003) fizeram um estudo com o objetivo de determinar se a adaptação do MTA pode variar quando colocado em canais

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simulados de vários comprimentos utilizando-se duas técnicas de condensação diferentes. Condensação manual foi comparada à condensação com ultrasom. Oitenta tubos de polietileno foram divididos em quatro grupos de 20 tubos cada um. Os tubos dos quatro grupos foram preparados para receber camadas de 3, 5, 7 e 10 milímetros de MTA respectivamente. Cada grupo de 20 tubos foi subdividido; em 10 amostras o material foi condensado manualmente e, nas outras 10, com o auxílio do ultrasom. Após a condensação, as amostras foram avaliadas em microscópio óptico e por radiografias para se evidenciar o grau de adaptação do MTA nas paredes do tubo e a presença de espaços vazios, sem preenchimento do material. A condensação manual resultou numa melhor adaptação nas paredes do tubo e numa menor quantidade de espaços vazios em comparação à condensação com ultrasom. Não houve diferença estatística significante entre nenhuma das espessuras de material nas amostras em que o MTA foi condensado manualmente. Os autores concluíram que a condensação manual é o método de escolha mais acertado para a colocação do MTA.

Segundo Fridland e Rosado (2005), muitos estudos in vivo e in vitro mostram que o MTA previne a microinfiltração, é biocompatível e promove a regeneração dos tecidos quando colocado em contato com a polpa dental ou os tecidos periradiculares. Estes mesmos autores realizaram um estudo longitudinal avaliando a solubilidade do MTA e concluíram que o material é capaz de manter o pH elevado durante muito tempo. Esta elevação pode ter significância clínica quando usada como barreira apical desde que a alcalinidade crie um ambiente favorável à divisão celular e formação de matriz.

Camilleri e Pitt Ford (2006) fizeram uma revisão sistemática de literatura nos constituintes e na biocompatibilidade do MTA, conduzidos pelo banco de dados Medline. A primeira publicação sobre o material foi em novembro de 1993. A pesquisa da Medline encontrou 206 artigos publicados de novembro de 1993 a agosto de 2005. Achados específicos sobre constituintes e biocompatibilidade do MTA, contudo, renderam poucas publicações. Inicialmente todos os resumos foram lidos, identificados e ajustados em uma das duas categorias requeridas para a revisão, constituintes ou biocompatibilidade. Baseados nesta avaliação e na revisão dos atigos, 13 foram inclusos na categoria de constituintes e 53 na de biocompatibilidade. Concluíram que, relativamente poucos artigos abordam os

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constituintes do MTA, enquanto avaliações citológicas são amplamente utilizadas nos testes de biocompatibilidade.

Islam, Chng e Yap (2006) avaliaram e compararam o pH, radiopacidade, tempo de presa, solubilidade, alteração dimensional e resistência à compressão do ProRoot MTA (PMTA), ProRoot MTA cor branca (WMTA), cimento de Portland branco (PB) e cimento de Portland comum (CP). Os resultados mostraram que o PMTA e o cimento de Portland possuem propriedades físicas muito parecidas. No entanto, a radiopacidade do cimento de Portland é muito menor que a do PMTA. A resistência à compressão do PMTA é melhor que a do cimento de Portland em 28 dias. O maior constituinte do PMTA é o cimento de Portland. Devido ao baixo custo do cimento de Portland e propriedades similares quando comparado ao PMTA, é aceitável considerar o cimento de Portland como substituto do PMTA nos procedimentos endodônticos. No entanto, não existem recomendações clínicas que assegurem o uso do material no corpo humano. Mais estudos in vivo e in vitro devem ser feitos, especialmente no que diz respeito à biocompatibilidade, para que o material preencha os requisitos da FDA e obtenha liberação para ser utilizado no âmbito médico.

2.3.1 MTA na pulpotomia

Faraco Junior e Holland (2004) realizaram um estudo histomorfológico em dentes de cães onde avaliaram o capeamento da polpa com MTA. A polpa de 15 dentes de cães foi exposta experimentalmente e capeadas com MTA branco (WMTA). Os animais foram sacrificados dois meses depois e as amostras preparadas para o estudo morfológico. A polpa capeada com WMTA mostrou um processo cicatricial com a completa formação de ponte de dentina densa em todas as amostras. Em alguns casos, não apresenta a forma de dentina tubular, mas apenas uma estrutura com um interessante aspecto morfológico selando o sítio exposto. Apenas duas amostras apresentaram inflamação pulpar. Os dados obtidos na pesquisa levaram a concluir que o WMTA possui as propriedades necessárias a um material de capeamento pulpar.

O potencial de biocompatibilidade do MTA estimula o reparo pulpar promovendo um bom selamento após a manobra de capeamento. O MTA pode ser considerado um material efetivo no capeamento no que diz respeito à sua

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capacidade de induzir a formação de dentina reparadora (PATEL e COHENCA, 2006).

Barrieshi-Nusair e Qudeimat (2006) avaliaram o sucesso da utilização do MTA na pulpotomia parcial em primeiros molares permanentes com exposição pulpar por cárie. Trinta e um primeiros molares de 23 pacientes foram utilizados como amostra. Após o isolamento, as cáries foram removidas e a polpa exposta. Controlado o sangramento, 2 a 4 mm de MTA foram colocados sobre a polpa exposta. O assoalho da cavidade foi coberto por uma base de ionômero de vidro. Os dentes foram restaurados com amálgama ou receberam coroas protéticas. As amostras foram avaliadas clínica e radiograficamente em intervalos de três, seis, 12 e 24 meses. Vinte e duas amostras tratadas não apresentaram nenhum sinal de fracasso clínico ou radiográfico durante todo o acompanhamento. Seis dentes não responderam ao teste de vitalidade no final do período de avaliação; no entanto, nenhum sinal de fracasso radiográfico ou sintoma clínico foi detectado. Os autores concluíram que o MTA é um material apropriado para pulpotomias em dentes permanentes jovens que tiveram suas polpas expostas em função da cárie.

Moretti et al. (2007), relataram o caso de pulpotomia em um segundo molar decíduo, em paciente com agenesia do sucessor permanente. O dente sofreu exposição pulpar durante a remoção do tecido cariado. A câmara pulpar foi lavada com solução salina e o tecido pulpar remanescente recebeu a cobertura de 2 mm de MTA. O dente foi restaurado com cimento de ionômero de vidro e acompanhado durante 24 meses. A terapia obteve sucesso na preservação do elemento dental e sua vitalidade pulpar. Os autores concluíram que o MTA pode ser considerado como uma alternativa para pulpotomia em molares decíduos, pois preserva a vitalidade pulpar e prolonga a vida útil do dente.

A efetividade do MTA quando usado como material de capeamento em dentes decíduos foi avaliado por Tuna e Ölmez em 2007. O grupo para o estudo compreendeu 25 pares de molares decíduos, com cárie oclusal, em 25 pacientes na faixa etária de cinco a oito anos. As polpas expostas durante o preparo cavitário foram capeadas diretamente com MTA ou hidróxido de cálcio. As cavidades foram forradas com cimento de ZOE e restauradas com amálgama. Controles clínicos e radiográficos foram feitos depois de um, três, seis, nove, 12, 18 e 24 meses. Vinte e dois pacientes cumpriram o período de acompanhamento de 24 meses. Um paciente falhou no retorno para avaliação depois de um mês, um no retorno após nove meses

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e outro depois de 12 meses. Os resultados não apontaram nenhum insucesso clínico ou radiográfico tanto nas amostras de MTA como nas de hidróxido de cálcio. Concluíram que o MTA se mostrou um material mais promissor que o hidróxido de cálcio quando utilizado no capeamento direto de dentes decíduos no tratamento a longo prazo, devido à solubilidade do hidróxido de cálcio. Porém, mais estudos histológicos são necessários para embasar estes achados.

O sucesso histológico do MTA na pulpotomia para tratamento de pulpites irreversíveis em dentes de humanos foi investigado no presente estudo. Quarenta molares que seriam extraídos de pacientes entre 16 e 28 anos de idade foram selecionados. O critério de seleção incluía exposição pulpar por cárie com história de dor. Após o isolamento, remoção de cárie e exposição pulpar, o MTA foi utilizado como agente capeador. Pacientes foram avaliados para controle da dor após 24 horas. Dois pacientes foram perdidos no estudo. Doze dentes foram extraídos após dois meses e preparados histologicamente. O exame de sensibilidade confirmou que nenhum dos pacientes teve dor depois da pulpotomia. A observação histológica revelou que todas as amostras tiveram formação de ponte de dentina completa, conservaram a vitalidade e estavam livres de inflamação. Apesar dos resultados serem a favor da utilização do MTA como material para pulpotomia, mais estudos com amostragem maior e período de acompanhamento de sensibilidade mais extenso são sugeridos para justificar o uso do MTA no tratamento de pulpites irreversíveis em dentes permanentes humanos (EGHBAL et al., 2009).

2.4 COMPARAÇÕES ENTRE OS DIFERENTES MATERIAIS

Aeinehchi et al. (2002), compararam o MTA com o hidróxido de cálcio quando utilizados como material de capeamento pulpar em dentes humanos. Onze pares de terceiros molares superiores de pacientes entre 20 e 25 anos de idade foram submetidos a uma exposição pulpar mecânica. As exposições pulpares foram capeadas com MTA ou hidróxido de cálcio, cobertas com cimento de óxido de zinco e eugenol (ZOE) e restauradas com amálgama. No total 14 dentes foram extraídos depois dos períodos de uma semana (2 molares), dois meses (3 molares), três meses (5 molares), quatro meses (2 molares) e seis meses (2 molares). A avaliação histológica demonstrou menor inflamação, hiperemia e necrose na parte densa da

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ponte de dentina e uma formação odontoblástica mais freqüente em direção ao MTA do que ao hidróxido de cálcio. Os autores concluíram que embora os resultados tenham se mostrado a favor do uso do MTA, mais estudos devem ser feitos com amostragens maiores e um tempo de acompanhamento mais longo.

Chacko e Kurikose (2006) estudaram as mudanças histológicas na polpa dental durante a pulpotomia com MTA e hidróxido de cálcio. Os procedimentos de pulpotomia foram feitos em pré-molares que seriam extraídos por razões ortodônticas. A polpa radicular foi capeada com MTA ou hidróxido de cálcio e restaurada com cimento de óxido de zinco e eugenol. Os dentes foram extraídos com intervalos entre quatro e oito semanas, fixados em formalina 10% e então mantidos em ácido nítrico a 5% por 28 dias para desmineralização. Após este período, as amostras foram seccionadas longitudinalmente e analisadas em um microscópio óptico. As polpas capeadas com MTA (ao término das quatro e das oito semanas) mostraram formação de ponte de dentina mais homogênea e contínua quando comparadas às polpas capeadas com hidróxido de cálcio. A ocorrência de inflamação pulpar também foi menor no grupo do MTA quando comparado ao grupo do hidróxido de cálcio no final das quatro e das oito semanas.

Briso (2006) analisou a resposta biológica de polpas submetidas a diferentes materiais capeadores. O objetivo do estudo foi observar a resposta da polpa de cães ao capeamento com MTA ou HC. Trinta e sete dentes foram divididos em dois grupos, de acordo com o material capeador utilizado. Com os cães anestesiados, realizou a e xposição padronizada da polpa, proteção com MTA ou HC, selamento das cavidades com cimento de ionômero de vidro modificado por resina e restaurou os dentes com resina composta. Após 60 dias os animais foram sacrificados e as amostras analisadas por microscopia. Concluiu que o MTA apresentou maior índice de sucesso em relação ao hidróxido de cálcio por ter demonstrado menor ocorrência de infecção e necrose pulpar.

Qudeimat et al. (2007), fizeram um estudo prospectivo comparando a relação de sucesso clínico do MTA e HC utilizados como agentes capeadores na pulpotomia parcial de molares permanentes. Sessenta e quatro molares com polpas expostas por cárie foram divididos aleatoriamente em dois grupos, HC ou MTA. Após o sangramento pulpar ter sido controlado, as polpas foram capeadas com HC ou MTA cinza e cobertas por cimento de ionômero de vidro. Os dentes foram restaurados com amálgama ou receberam coroas metálicas de acordo com seu grau de

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destruição. As amostras foram avaliadas em três, seis, 12 meses e um ano após o tratamento. Trinta e quatro pacientes submeteram-se à avaliação, totalizando 51 dentes de amostragem. Não houve diferença estatística significante na avaliação de sucesso entre as amostras tratadas com HC (91%) em comparação às tratadas com MTA (93%). Radiograficamente, a formação de tecido mineralizado foi observada em 12 amostras no capeamento com HC (55%) e em 18 amostras de MTA (64%). O estudo concluiu que o MTA apresenta maior sucesso clínico em relação ao hidróxido de cálcio quando estes materiais são utilizados como agentes capeadores em molares permanentes vítimas de exposições pulpares por cárie.

Aeinehchi et al. (2007), realizaram um estudo randomizado onde compararam durante seis meses a aplicação do formocresol e do MTA na pulpotomia de molares decíduos. Cento e vinte e seis crianças (entre 5 e 9 anos) com cáries em molares decíduos foram selecionadas para a pulpotomia. Após a randomização, o procedimento de pulpotomia tradicional foi realizado, a polpa coronária removida e o sangramento controlado. No grupo pertencente ao formocresol, bolinhas de algodão com o material foram colocadas em contato com a polpa por cinco minutos. No grupo do MTA, 1 mm do material em forma de pasta foi utilizado para a pulpotomia. As coroas dentárias de ambos os grupos foram restaurados com amálgama ou cimento de ionômero de vidro. Os dentes de 100 pacientes foram avaliados e comparados clínica e radiograficamente depois de três e seis meses. Nenhum sinal de fracasso clínico foi observado nas avaliações entre três e seis meses. Não houve diferença estatística significante nos achados radiográficos após três meses. No entanto, após seis meses de acompanhamento, um número significativamente maior de casos com reabsorção radicular foi visto no grupo do formocresol. Nenhum caso de reabsorção foi evidenciado nas amostras do MTA. O estudo concluiu que, após seis meses, a pulpotomia com MTA foi associada a poucos casos de reabsorção radicular e doença pós-tratamento. O MTA se apresenta como uma alternativa viável de material para ser utilizado na pulpotomia de molares decíduos.

Zurn e Seale (2007) realizaram um estudo prospectivo onde compararam o hidróxido de cálcio foto-ativado com o formocresol diluído na pulpotomia de molares decíduos. A seleção dos dentes incluía ausência de sintomatologia nos molares homólogos que já tivessem sido capeados. Selecionados os dentes, o paciente era randomizado para receber o hidróxido de cálcio foto-ativado ou o formocresol como medicamento na pulpotomia. Todos os dentes foram restaurados com coroas

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25

metálicas pré-fabricadas. Vinte pacientes (34 pares de dentes) foram acompanhados clínica e radiograficamente durante mais ou menos um ano. Dois examinadores cegos em relação ao estudo, padronizados e calibrados avaliaram e atribuíram escores a cada radiografia de acordo com sinais de patologia, baseados sobre uma escala modificada previamente proposta. Os achados foram agrupados em: (a) 0 – 6; (b) 7 – 12 e (c) 13 – 24 meses de intervalo. O escore radiográfico favoreceu o grupo do formocresol de 7 – 12 e 13 – 24 meses de intervalo. O sucesso clínico foi similar para o hidróxido de cálcio (94%) e formocresol (97%) em 12 meses ou menos. Além dos 12 meses, o sucesso clínico variou mais (HC – 84%, FC 97%), mas não significativamente (p=.08). A combinação de todos os critérios de sucesso foi menor no grupo do hidróxido de cálcio (56%) do que no do formocresol (94%). O estudo concluiu que o hidróxido de cálcio foto-ativado não serve como alternativa viável ao formocresol diluído como agente de pulpotomia.

Moretti et al. (2008), compararam a efetividade do MTA, hidróxido de cálcio (HC) e formocresol (FC) na pulpotomia de dentes decíduos. Quarenta e cinco molares decíduos cariados de 23 crianças entre cinco e nove anos foram tratados com a técnica convencional de pulpotomia. Os dentes foram separados aleatoriamente no grupo experimental (HC ou MTA) ou no grupo controle (FC). Após a remoção da polpa coronária e hemostasia, o tecido pulpar remanescente foi coberto com uma pasta de MTA ou HC nos grupos experimentais. No grupo controle, o FC diluído foi colocado em contato com o tecido pulpar por 5 minutos e removido. O tecido pulpar foi coberto por pasta de óxido de zinco e eugenol (ZOE). Todos os dentes foram restaurados com uma base reforçada de ZOE e ionômero de vidro modificado por resina. O acompanhamento clínico e radiográfico foi realizado em três, seis, 12, 18 e 24 meses depois. Os resultados apontaram nos grupos de MTA e FC, 100% de sucesso clínico e radiográfico. A formação de ponte de dentina foi observada em 29% dos dentes tratados com MTA. No grupo do HC, ocorreram 64% de insucessos clínicos e radiográficos durante todo o período avaliado. Os autores concluíram que o MTA foi superior ao HC e igualmente efetivo ao FC na pulpotomia de molares decíduos. Reabsorção interna foi um achado frequente nos 24 meses de controle das pulpotomias com HC.

Shayegan, Petein e Abbeele (2008) avaliaram e compararam os efeitos do formocresol (FC), sulfato férrico (SF), mineral trióxido agregado (MTA), cimento de Portland (CP) e beta-tricálcio fosfato (beta TCP) na pulpotomia de dentes decíduos

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de suínos. Cinqüenta dentes de três suínos com três meses de vida receberam pulpotomia com estes materiais. Três semanas depois, os animais foram sacrificados e as amostras preparadas para o exame histológico. Os resultados apontaram a ausência de diferença estatística significativa entre beta-TCP, MTA e CP em termos de resposta pulpar primária, formação tecidual e preservação do tecido normal da polpa. Entretanto, SF e FC irritaram o tecido pulpar e provocaram resposta inflamatória pulpar. O estudo concluiu que o beta-TCP, MTA e CP são histologicamente mais efetivos como agentes de pulpotomia que o formocresol e o sulfato férrico em dentes decíduos de suínos.

Coser, Gondim e Giro (2008) avaliaram duas técnicas de tratamento de molares decíduos com necrose pulpar e lesão de furca através de exames em radiografias durante 48 meses. Cinqüenta e um molares inferiores decíduos foram avaliados em crianças entre quatro anos e meio e seis anos e meio. Os dentes com necrose pulpar e lesão de furca foram diagnosticados desta forma através de exame radiográfico. Os dentes foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (28 dentes) – pulpotomia com formocresol e obturação coronária com cimento de óxido de zinco e eugenol. Grupo 2 (23 dentes) – pulpectomia com pasta de hidróxido de cálcio e obturação coronária com pasta densa de hidróxido de cálcio. Radiografias estandartizadas foram feitas imediatamente após as obturações e decorridos 12, 24, 36 e 48 meses. As radiografias foram digitalizadas e analisadas com um software que delineava por fora e media a radioluscência da bifurcação. Os resultados apontaram que a radioluscência da bifurcação reduziu significativamente ou reparou completamente nos dois tratamentos nos primeiros 12 meses. Uma menor redução da lesão radiográfica foi observada dos 12 para os 24 meses. Não houve redução significante da área radiolúcida remanescente dos 24 aos 48 meses após o tratamento. Os autores concluíram que as duas técnicas avaliadas demonstraram resultados similares. O maior efeito do tratamento nos que diz respeito ao reparo da lesão foi obtido no primeiro ano de tratamento.

A necrose pulpar em dentes imaturos causada pela cárie provoca um maior impacto a longo prazo na retenção de dentes. O objetivo da terapia para conservar a vitalidade pulpar é manter sua viabilidade para eliminar bactérias do complexo dentino-pulpar e estabilizar o ambiente para que a apicogênese possa ocorrer. Um fator complicador para tratar dentes imaturos é a dificuldade no que diz respeito aos danos que podem ser causados ao degrau pulpar. A capacidade do clínico em

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preservar a saúde do tecido pulpar remanescente durante o procedimento é essencial. Atualmente, o melhor método para se controlar a hemorragia pulpar é utilizando hipoclorito de sódio. O mineral trióxido agregado é nos dias de hoje um ótimo material para ser usado na terapia conservadora da vitalidade pulpar. Comparado com o material tradicionalmente usado nesta finalidade, o hidróxido de cálcio, o MTA é superior na capacidade de selamento a longo prazo e estimula a formação de uma dentina reparadora extensa e de excelente qualidade. Numa avaliação em médio prazo, o material demonstrou altos índices de sucesso. Deste modo, o MTA apresenta-se como um bom substituto ao hidróxido de cálcio nos procedimentos relativos à vitalidade pulpar (WITHERSPOON, 2008).

A reação do tecido pulpar frente ao uso do MTA com ou sem a adição de cloreto de cálcio foi estudada por Bortoluzzi et al., em 2008. Foram feitas pulpotomias em quatro caninos e oito pré-molares de dois cães com oito meses de vida. Os animais foram sacrificados após 90 dias e as amostras processadas para análise microscópica. A resposta do tecido pulpar foi similar no MTA com ou sem adição de cloreto de cálcio. Foi constatada vitalidade pulpar em todas as amostras, juntamente com o reparo pulpar e formação de pontes de tecido mineralizado. Foi concluído que a adição do cloreto de cálcio ao MTA não modifica as propriedades do material necessárias à formação da barreira mineralizada após a pulpotomia.

Nair et al. (2009), investigaram a resposta pulpar do capeamento direto com MTA na saúde dentária humana tendo o hidróxido de cálcio como controle. Vinte terceiros molares humanos com as polpas expostas foram capeados diretamente com MTA. Outros 13 dentes capeados com hidróxido de cálcio foram utilizados como controles. Os dentes foram restaurados com cimento de óxido de zinco e eugenol, clinicamente revisados e extraídos com intervalos de tempo pré-determinados (uma semana, um mês e três meses). As amostras foram fixadas, descalcificadas, subdivididas axialmente nas duas metades do plano orobucal, seccionadas e avaliadas qualitativamente e quantitativamente com o auxílio do microscópio eletrônico de varredura. Os resultados apontaram que as pulpotomias realizadas com MTA não apresentaram nenhuma inflamação depois de uma semana de tratamento e três meses após o capeamento já foi evidenciada formação de tecido mineralizado. No grupo controle tratado com hidróxido de cálcio houve uma discreta formação de barreira tecidual e inúmeros defeitos (formação de túneis). A presença de inflamação pulpar por um longo período após o capeamento (3 meses)

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foi um achado comum nas amostras tratadas com hidróxido de cálcio. O estudo concluiu que o MTA é clinicamente mais fácil de ser utilizado como agente capeador direto, resultou numa diminuição da inflamação pulpar e é o material que predispõe a formação da barreira de tecido mineralizado quando comparado ao hidróxido de cálcio. O MTA ou os materiais equivalentes a ele apresentam-se como material de escolha nos procedimentos de capeamento pulpar direto ao contrário dos cimentos de hidróxido de cálcio.

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29

3 CONCLUSÃO

Através desta revisão de literatura, foi possível concluir que:

- O formocresol ainda é uma alternativa viável e bem aceita apenas na pulpotomia de dentes decíduos.

- O hidróxido de cálcio vem sendo ultrapassado pelo MTA, em razão de seu alto potencial de solubilização, que com o passar do tempo poderá influenciar negativamente no prognóstico do tratamento conservador.

- O MTA é a alternativa mais acertada no tratamento conservador da polpa de dentes decíduos e permanentes pelas suas características de biocompatibilidade, menor índice de inflamação pulpar pós-tratamento e capacidade de induzir a formação de dentina mineralizada.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

ESTUDO AMOSTRA OBJETIVOS DA PESQUISA MÉTODOS DA AVALIAÇÃO RESULTADOS/CONCLUSÕES AEINEHCHI, M. et al. (2002) 11 pares de terceiros molares superiores – pacientes entre 20 e 25 anos de idade Comparar o MTA com o hidróxido de cálcio quando utilizados como material de capeamento pulpar em dentes humanos No total 14 dentes foram extraídos. Avaliação histológica

Menor inflamação, hiperemia e necrose na parte densa da ponte de dentina e uma formação odontoblástica mais freqüente em direção ao MTA do que ao hidróxido de cálcio. AL-NAZHAN, S.; AL-JUDAI, A. (2003) Investigar num estudo in vitro o efeito antifúngico do MTA usando um teste de tubo-diluição O material foi testado recém misturado e 24 horas depois recebeu C. Albicans. Os tubos foram incubados com C. Albicans por 1 hora, 24 horas e 3 dias

O estudo concluiu que o MTA (recém misturado e 24 horas depois) apresentou características antimicrobianas. AMINOSHARIAE, A., HARTWELL, G.R., MOON, P. C. (2003) 80 tubos de polietileno Determinar se a adaptação do MTA pode variar quando colocado em canais simulados de vários comprimentos utilizando-se duas técnicas de condensação diferentes Cada grupo de 20 tubos foi subdividido; em 10 amostras o material foi condensado manualmente e, nas outras 10, com o auxílio do ultrasom. Após a condensação, as amostras foram avaliadas em microscópio óptico e por radiografias

Os autores concluíram que a condensação manual é o método de escolha mais acertado para a colocação do MTA. FARACO JUNIOR, I.M.; HOLLAND, R. (2004) 15 dentes de cães Avaliar o capeamento da polpa com MTA branco (WMTA) Os animais foram sacrificados dois meses depois e as amostras preparadas para o estudo morfológico

Os dados obtidos na pesquisa levaram a concluir que o WMTA possui as propriedades necessárias a um material de capeamento pulpar

FRIDLAND, M.; ROSADO, R. (2005)

Avaliar a

solubilidade do MTA

Estudo longitudinal O material é capaz de manter o pH elevado durante muito tempo

BARRIESHI-NUSAIR, K.M.; QUDEIMAT, M.A. (2006) 31 primeiros molares de 23 pacientes Avaliar o sucesso da utilização do MTA na pulpotomia parcial em primeiros molares permanentes com exposição pulpar por cárie As amostras foram avaliadas clínica e radiograficamente em intervalos de três, seis, 12 e 24 meses

Os autores concluíram que o MTA é um material apropriado para pulpotomias em dentes permanentes jovens que tiveram suas polpas expostas em função da cárie

BRISO, A. L. F. (2006) 37 dentes de cães Observar a resposta da polpa de cães ao capeamento com MTA ou HC Após 60 dias os animais foram sacrificados e as amostras analisadas por microscopia

Concluíram que o MTA apresentou maior índice de sucesso em relação ao hidróxido de cálcio por ter demonstrado menor ocorrência de infecção e necrose pulpar CAMILLERI, J.; PITT FORD, T.R. (2006) Banco de dados Medline Revisão sistemática de literatura nos constituintes e na biocompatibilidade Os resumos foram lidos, identificados e ajustados em uma das duas categorias

Concluíram que, relativamente poucos artigos abordam os constituintes do MTA, enquanto avaliações citológicas são amplamente utilizadas nos testes

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do MTA requeridas. Baseados nesta avaliação e na revisão dos papers, 13 foram inclusos na categoria de constituintes e 53 na de biocompatibilidade de biocompatibilidade CHACKO, V.; KURIKOSE, S. (2006) Pré-molares que seriam extraídos por razões ortodônticas Estudar as mudanças histológicas na polpa dental durante a pulpotomia com MTA e hidróxido de cálcio Após 28 dias, as amostras foram seccionadas longitudinalmente e analisadas em um microscópio óptico

A ocorrência de inflamação pulpar foi menor no grupo do MTA quando comparado ao grupo do hidróxido de cálcio no final das quatro e das oito semanas ISLAM, I.; CHNG, H.K.; YAP, A.U.J. (2006) Avaliar e comparar o pH, radiopacidade, tempo de presa, solubilidade, alteração dimensional e resistência à compressão do ProRoot MTA (PMTA), ProRoot MTA cor branca (WMTA), cimento de Portland branco (PB) e cimento de Portland comum (PC)

Devido ao baixo custo do cimento de Portland e propriedades similares quando comparado ao PMTA, é aceitável considerar o cimento de Portland como substituto do PMTA nos procedimentos endodônticos. No entanto, não existem recomendações clínicas que assegurem o uso do material no corpo humano

AEINEHCHI, M. et al. (2007) Cento e vinte e seis crianças (entre 5 e 9 anos) com cáries em molares decíduos foram selecionadas para a pulpotomia O estudo randomizado objetiva comparar durante seis meses a aplicação do formocresol e do MTA na pulpotomia de molares decíduos Os dentes de 100 pacientes foram avaliados e comparados clínica e radiograficamente depois de três e seis meses

O MTA se apresenta como uma alternativa viável de material para ser utilizado na pulpotomia de molares decíduos MORETTI, A. B. S. et al. (2007) Caso de pulpotomia em um segundo molar decíduo, em paciente com agenesia do sucessor permanente

Relato de caso O dente foi

restaurado com cimento de ionômero de vidro e acompanhado durante 24 meses

Os autores concluíram que o MTA pode ser considerado como uma alternativa para pulpotomia em molares decíduos, pois preserva a vitalidade pulpar e prolonga a vida útil do dente

QUDEIMAT, M. A. et al. (2007)

64 molares Estudo prospectivo

comparativo da relação de sucesso clínico do MTA e HC utilizados como agentes capeadores na pulpotomia parcial de molares permanentes As amostras foram avaliadas em três, seis, 12 meses e um ano após o tratamento.Trinta e quatro pacientes submeteram-se à avaliação, totalizando 51 dentes de amostragem

O estudo concluiu que o MTA apresenta maior sucesso clínico em relação ao hidróxido de cálcio quando estes materiais são utilizados como agentes capeadores em molares permanentes vítimas de exposições pulpares por cárie

TUNA, D.; ÖLMEZ, A. (2007) 25 pares de molares decíduos, com cárie oclusal, em 25 pacientes na Avaliar a efetividade do MTA quando usado como material de capeamento em Controles clínicos e radiográficos foram feitos depois de um, três, seis, nove, 12, 18 e 24 meses

Concluíram que o MTA se mostrou um material mais promissor que o hidróxido de cálcio quando utilizado no capeamento direto de dentes decíduos no tratamento a longo prazo

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35 faixa etária de cinco a oito anos dentes decíduos ZURN, D.; SEALE, N. S. (2007) 20 pacientes (34 pares de dentes) Estudo prospectivo comparativo entre o hidróxido de cálcio foto-ativado com o formocresol diluído na pulpotomia de molares decíduos Dois examinadores cegos em relação ao estudo, padronizados e calibrados avaliaram e atribuíram escores a cada radiografia de acordo com sinais de patologia

O estudo concluiu que o hidróxido de cálcio foto-ativado não serve como alternativa viável ao formocresol diluído como agente de pulpotomia

AMINABADI, N.A., FARAHANI, R.M.Z; GAJAN, E.B. (2008) 100 incisivos de 50 pacientes (27 femininos e 23 masculinos) com idade entre três e quatro anos Avaliar clínica e radiograficamente pulpotomia versus pulpectomia em incisivos decíduos As avaliações clínica e radiográfica dos resultados do tratamento foram realizadas em 12 e 24 meses após o procedimento

O estudo concluiu que a pulpectomia em incisivos decíduos pode ser uma alternativa de tratamento mais eficiente do que a pulpotomia neste grupo de dentes BAHROLOLOOMI, Z. et al. (2008) 70 molares decíduos em crianças de 5 a 10 anos de idade Estudo clínico randomizado, comparando o sucesso clínico e radiográfico da pulpotomia eletrocirúrgica ou com formocresol em molares decíduos Depois de realizada a pulpotomia, o sucesso clínico e radiográfico foi avaliado em três, seis e nove meses

Os autores concluíram que os resultados obtidos com a pulpotomia eletrocirúrgica foram iguais aos da pulpotomia com formocresol

BORTOLUZZI, E. A. et al. (2008) 4 caninos e 8 pré-molares de 2 cães com 8 meses de vida Estudar a reação do tecido pulpar frente ao uso do MTA com ou sem a adição de cloreto de cálcio Feitas a pulpotomias, os animais foram sacrificados após 90 dias e as amostras processadas para análise microscópica

Foi concluído que a adição do cloreto de cálcio ao MTA não modifica as propriedades do material necessárias à formação da barreira mineralizada após a pulpotomia COSER, R.M.; GONDIM, J.O.; GIRO, E.M.A. (2008) 51 molares inferiores decíduos de crianças entre 4 anos e meio e 6 anos e meio Avaliar duas técnicas de tratamento de molares decíduos com necrose pulpar e lesão de furca através de exames em radiografias durante 48 meses As radiografias foram digitalizadas e analisadas com um software que delineava por fora e media a

radioluscência da bifurcação

Os autores concluíram que as duas técnicas avaliadas demonstraram resultados similares. O maior efeito do tratamento nos que diz respeito ao reparo da lesão foi obtido no primeiro ano de tratamento MORETTI, A. B. S. et al. (2008) 45 molares decíduos de 23 crianças entre 5 e 9 anos Comparar a efetividade do MTA, hidróxido de cálcio (HC) e formocresol (FC) na pulpotomia de dentes decíduos O acompanhamento clínico e radiográfico foi realizado em três, seis, 12, 18 e 24 meses depois

Os autores concluíram que o MTA foi superior ao HC e igualmente efetivo ao FC na pulpotomia de molares decíduos

SHAYEGAN, A.; PETEIN, M.; ABBEELE, A.V. (2008) 50 dentes de 3 porcos com 3 meses de vida Avaliar e comparar os efeitos do formocresol (FC), sulfato férrico (SF), mineral trióxido agregado (MTA), cimento de Portland (CP) e beta-tricálcio fosfato (beta TCP) na pulpotomia de dentes decíduos de Três semanas depois, os animais foram sacrificados e as amostras preparadas para o exame histológico

O estudo concluiu que o beta-TCP, MTA e CP são histologicamente mais efetivos como agentes de pulpotomia que o formocresol e o sulfato férrico em dentes decíduos de porcos

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porcos SÖNMEZ, D.; DURUTÜRK, L. (2008) 84 molares decíduos Analisar os resultados de pulpotomias com HC para investigar a incidência de reabsorções internas e a relação existente entre elas e a reabsorção fisiológica das raízes As amostras foram acompanhas durante 12 meses

Os autores concluíram que quanto maior a área exposta pela cárie, menor o índice de sucesso da pulpotomia. A reabsorção interna é a principal razão de fracasso; entretanto, ela não é afetada pela reabsorção fisiológica da raiz EGHBAL, M.A. et al. (2009) 40 molares que seriam extraídos de pacientes entre 16 e 28 anos Investigar o sucesso histológico do MTA na pulpotomia para tratamento de pulpites irreversíveis em dentes de humanos

Doze dentes foram extraídos após dois meses e

preparados histologicamente

Apesar dos resultados serem a favor da utilização do MTA como material para pulpotomia, mais estudos com amostragem maior e período de acompanhamento de sensibilidade mais extenso são sugeridos

NAIR, P.N.R. et al. (2009) 33 terceiros molares humanos Investigar a resposta pulpar do capeamento direto com MTA na saúde dentária humana tendo o hidróxido de cálcio como controle

As amostras foram fixadas, descalcificadas, subdivididas axialmente nas duas metades do plano orobucal, embebidas em plástico, seccionadas e avaliadas qualitativamente e quantitativamente com o auxílio do microscópio eletrônico de varredura

O estudo concluiu que o MTA é clinicamente mais fácil de ser utilizado como agente capeador direto, resultou numa diminuição da inflamação pulpar e é o material que predispõe a formação da barreira de tecido mineralizado quando comparado ao hidróxido de cálcio

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Referências

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