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ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2 GERÊNCIA SETORIAL 2 CARROCERIAS E CABINES ESTAMPARIA PESADA

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Academic year: 2021

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ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 2

GERÊNCIA SETORIAL 2

CARROCERIAS E CABINES

ESTAMPARIA PESADA

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ÍNDICE

1. PANORAMA GERAL...1 2. ESTAMPARIA PESADA...3 2.1. Peças de Reposição...4 2.2. Comerciais Leves...4 2.3. Peças Internas...4 3. CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO...5 3.1. Corte...5 3.2. Estampagem...5 3.2.1 Ferramentaria...6 3.2.2 Prensas Transfer...7 3.3. Soldagem...7 3.4. Pintura...8 4. ESTRUTURA DA OFERTA...8 4.1. Montadoras...9 4.1.1 Automóveis...9 4.1.2 Comerciais leves...9 4.1.3 Caminhões...9 4.2. Centros de Serviço... 11 4.3. Estamparias Independentes... 11 4.3.1 Aethra... 12 4.3.2 Thera... 12 4.3.3 Brasinca Minas... 13 4.3.4 Caterina... 13 4.3.5 Torque... 13 4.3.6 Nakayone... 13 4.3.7 Delga/Tamet... 14 4.3.8 Stola... 14 4.3.9 Benteler... 14 4.3.10 Karmann Ghia... 14 5. CONCLUSÃO... 15

1. Panorama Geral

A atividade de estamparia faz parte do setor metal -mecânico, tendo como principal equipamento produtivo a prensa. Na área automotiva abrange uma grande diversidade de produtos como dobradiças,

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caixas de roda, alavancas, suportes, travessas de suspensão, eixos dianteiros e traseiros, bem como partes internas e externas de carroceria.

Não existe uma divisão formal das peças estampadas (pequenas ou leves, médias e grandes ou pesadas), que são estabelecidas de acordo com a capacidade das prensas e com a complexidade, peso e tamanho das peças. Como referencial, pode-se considerar a seguinte divisão:

• estamparia pesada - prensas acima de 400 ton;

• estamparia média - prensas na faixa de 200 a 400 ton;

• estamparia leve – prensas de até 200 ton.

A estamparia pesada caracteriza-se por ser intensiva em capital e em tecnologia, tanto na produção das peças quanto no desenho e confecção das ferramentas, e por necessitar de forte capacidade logística (entrega e transporte). Neste segmento destaca-se a produção peças e conjuntos das carrocerias e cabines dos veículos.

No Brasil, teve início recentemente o processo de transferência desta atividade de dentro das montadoras (fabricação in-house) para empresas especializadas e/ou independentes, definindo um mercado em crescimento. Some-se a este fato o aumento da produção de veículos no país, inclusive com a entrada de novos fabricantes, cujas plantas já incorporarão novos conceitos. Observe-se, no entanto, que os investimentos requeridos são bastante elevados e envolvem equipamentos modernos e automatizados, visando ganhos de produtividade.

Neste trabalho será abordado o segmento referente à estamparia pesada que abrange as peças internas e externas de carroceria (ou cabine) dos veículos, como as laterais da porta, capôs, assoalhos, caçambas, etc. A escolha foi baseada na sua importância no processo de fabricação de veículos, e, como dito anteriormente, por estar sendo parcialmente transferido das montadoras para estamparias independentes, com as implicações desta transferência no parque existente.

Apesar do enfoque do trabalho ser a estamparia pesada, deve ser registrado que as exigências das montadoras, em relação a seus fornecedores de forma geral, vem tendo reflexos em todo o segmento de estampados.

O setor é antigo no país, com muitas empresas produzindo uma ampla gama de peças leves e médias. As estamparias pesadas são em menor número e poucas fornecem peças e conjuntos diretamente para as montadoras.

De um universo de 70 empresas fabricantes de peças estampadas, 55 apresentam faturamento inferior a US$ 20 milhões, enquanto 17 possuem certificado ISO 9000. O grande número de empresas ofertantes concentra-se no segmento de peças leves e médias, devido, principalmente, às seguintes características deste segmento:

• peças leves e médias são menos sofisticadas;

• investimentos em máquinas são pequenos;

• ferramental, de modo geral é fabricado no país;

• os equipamentos são antigos, há poucos instrumentos de medição e de controle de

qualidade;

• a escala é pequena;

• administração é familiar e de capital nacional;

• há dificuldades para obtenção de recursos para investimento em novos processos.

Tanto estamparias leves quanto médias precisam atender a padrões de qualidade, de entrega e de custos, bem como obter os certificados ISO e QS. Na maioria dos casos, estas estamparias são, hoje,

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fornecedores de 2ª ou 3ª linha da montadora, ou seja, poucos são os que fazem entregas diretas à montadora.

A tendência observada é de existir um fornecedor de 1ª linha que irá gerenciar a entrega de conjuntos estampados às montadoras. Deste conjunto, apenas algumas peças são fabricadas pelo fornecedor direto. As demais são originárias dos subfornecedores, que devem também atender às exigências de qualidade. Neste sentido, o fornecedor de 1ª linha precisa desenvolver uma rede de subfornecedores, arcar com custos de logística, capital de giro, etc. No caso das novas plantas das montadoras, situadas em regiões onde são poucas as empresas de autopeças, o desenvolvimento de fornecedores locais é prioritário, principalmente nos aspectos de redução de custos e entrega just-in-time.

Há hoje um grupo de fornecedores sendo avaliados pelas montadoras, principalmente para conjuntos estampados, usados em áreas não aparentes do carro, como caixa de roda, suportes, alavancas de câmbio, etc, e que têm possibilidades de melhoria em qualidade e produtividade. As montadoras vêm insistindo com seus fornecedores para que façam investimentos em qualidade e obtenham ganhos de escala, bem como definam seu core business, especializando-os em algumas peças ou conjuntos.

A tendência de redução do número de fornecedores, que ocorre no setor automobilístico, certamente irá atingir os fabricantes de estampados leves e médios, em função destes programas de avaliação das montadoras.

A estamparia pesada, até recentemente realizada exclusivamente pelos fabricantes de veículos, sendo, inclusive, considerada operação estratégica, vêm sofrendo um processo de desverticalização nas montadoras, processo este que ocorre de forma diferenciada para cada empresa.

A busca de redução de operações internas (in-house), associadas à necessidade de ganhos de espaço e redução de custos, está alterando a produção e incorporando novas empresas fabricantes.

Tendo em vista a relevância do produto, as montadoras vêm exigindo padrões de qualidade, sistemas de entrega e processos de produção superiores àqueles verificados até recentemente. Também estão sendo demandados conjuntos de peças estampadas, envolvendo, portanto, operações de soldagem.

2. Estamparia pesada

As maiores estamparias pesadas do país estão localizadas dentro das montadoras de veículos, com produção cativa às suas respectivas linhas de montagem e ao mercado de reposição de seus modelos, tanto veículos de passeio e comerciais leves, como caminhões1.

Atuando de forma independente, existem dois grupos de estamparias:

• as fornecedoras das montadoras, tanto para peças da linha de montagem quanto

para peças originais de reposição;

• as empresas voltadas somente ao mercado de reposição, produzindo peças não

originais.

O mercado de estampados pesados pode ser dividido, ainda, em peças internas e peças de superfície (externas, também chamadas pele). As montadoras estão repassando gradativamente a produção de determinadas peças e conjuntos estampados para terceiros, porém em graus diferenciados.

Basicamente, pode-se considerar este processo de terceirização de estampados pesados em 3 segmentos:

1 Os fabricantes de carrocerias para ônibus, empresas chamadas de encarroçadoras, utilizam outro tipo de operação, basicamente corte e dobramento de chapa, e não estão sendo abordadas neste estudo.

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2.1. Peças de Reposição

Como os fabricantes de veículos são obrigados a atender ao mercado de reposição por até 10 anos após o veículo ter saído de linha, esta é uma atividade que não interessa ser mantida dentro da fábrica. A General Motors, por exemplo, pretende construir uma estamparia em Mogi das Cruzes, distante de suas linhas de montagem, para atender, principalmente, este mercado.

Uma outra opção é a montadora ceder todo o ferramental da carroceria dos modelos fora de linha para uma das estamparias independentes, que passa então a produzir e a estocar as peças. Alguns destes veículos possuem mercado de reposição altamente atrativo, devido ao tamanho de sua frota, como os modelos antigos dos veículos Gol, Passat, Kombi, Chevette, Monza e Uno, por exemplo.

No entanto, a montadora ainda permanece proprietária do ferramental e responsável pela distribuição das peças às concessionárias.

Observe-se que este é um mercado onde a concorrência de estamparias não qualificadas (ou mesmo das chamadas fundos de quintal) e de oficinas de desmanche (ferros velhos) é bastante grande. Uma exceção a estas empresas é a Zito Pereira, estamparia pesada que atua somente na reposição e possui boas referências de qualidade.

Os proprietários destes veículos dificilmente recorrem às concessionárias, ou exigem peças originais, principalmente onde a segurança dos passageiros não está sendo comprometida, como no caso de portas, paralamas ou capôs.

2.2. Comerciais Leves

No caso específico dos comerciais leves, devido à pequena escala, existe a possibilidade de as montadoras transferirem a montagem das cabines das chamadas picapes derivadas (como Saveiro, Pampa, Courrier e Fiorino) para uma linha administrada por uma das estamparias independentes, que produzam, ainda, partes definidas da carroceria, como caçamba ou assoalho.

Na verdade este é um procedimento que já foi utilizado no Brasil por montadoras de caminhões e nas picapes de grande porte, como a antiga D-20 da GM.

Durante alguns anos a Brasinca teve linhas exclusivas para montagem das carrocerias da Saveiro (VW), de caminhões Scania e da própria D-20 (GM), fazendo, inclusive, a estampagem de grande número de peças e a pintura do primer (camada base de proteção anti-corrosiva). A cor final ficava a cargo do fabricante.

A Aethra vem fazendo algo semelhante com a picape derivada do modelo Uno da Fiat (modelos Fiorino e furgão), produzindo o autotelaio (parte interna da carroceria totalmente montada e soldada) destes veículos. As peças de superfície são soldadas na montadora e depois realizada a pintura.

2.3. Peças Internas

A forma que as montadoras encontraram para descarregar efetivamente sua linha de prensas, ou seja, ampliar a capacidade instalada para estampar peças nobres, foi terceirizar algumas peças da parte interna da carroceria, como o assoalho, as travessa das portas e a caixa de roda (parte interna do paralama), por exemplo.

Neste caso, a maior atenção da montadora está voltada para logística e a confiabilidade nos prazos de entrega, pois estas peças fazem parte da linha de montagem. Também aqui o ferramental permanece de propriedade da montadora.

A tendência é que estas estamparias passem a fornecer conjuntos montados, o que as levará a se capacitarem para operações de solda.

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As chamadas peças de superfície dos veículos que têm grande escala de produção são de difícil terceirização, principalmente pelo nível de exigência das montadoras para com a pintura e o acabamento final, uma vez que esta é a primeira visão que o cliente tem do carro.

Apesar disso, a maioria das novas fábricas que estão sendo construídas pelas montadoras, a nível mundial, prevêem toda a estampagem feita por uma empresa independente, ou mesmo uma subsidiária, observando a estreita proximidade física entre as linhas de prensas e a linha de pintura e montagem final do veículo.

Ou seja, as montadoras admitem a total terceirização da estamparia, desde que a empresa que for prestar este serviço esteja instalada em terreno contíguo ao da montagem do veículo.

Em resumo constata-se comparativamente o seguinte quadro:

TERCEIRIZAÇÃO IN-HOUSE PEÇAS INTERNAS § original e de reposição para

carros, comerciais leves e caminhões

PEÇAS DE SUPERFÍCIE § original de comerciais leves e

caminhões

§ reposição para carros, comerciais leves e caminhões

§ original e reposição de carros de linha

3. Características da produção

A estamparia pesada caracteriza -se pelo elevado investimento em prensas e em desenvolvimento e construção de ferramentas. Estabelecido um novo modelo de veículo, há um trabalho fundamental de desenvolvimento das ferramentas que vão dar o formato das peças.

A fabricação de cabines e carrocerias envolve as seguintes operações principais: 3.1. Corte

Inicialmente as chapas laminadas de aço plano, na forma de bobinas, são desbobinadas e cortadas nos tamanhos pré-estabelecidos para cada peça a ser fabricada. Estas chapas cortadas são denominadas blanks e farão a alimentação das prensas. Caso seja feito nos blanks algum trabalho de recorte, como, por exemplo, o corte de uma janela em uma chapa para estampagem de uma porta, esta peça passa a ser dita platina.

Esta operação vem sendo assumida por siderúrgicas (CSN e Usiminas), ou por distribuidores de aço ligados a estas empresas, que hoje fornecem bobinas às montadoras. Através de associação com estamparias independentes são criados os chamados Centros de Serviço. Os principais interesses das siderúrgicas são agregar valor ao produto e recuperar uma quantidade considerável de sucata.

3.2. Estampagem

Nesta operação, os blanks ou platinas passam por uma série de pesadas prensas, em geral de 4 a 7, onde é feita a conformação da chapa, dando-lhe o formato de uma porta, teto, capô, lateral, assoalho, paralama, etc.

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Estas são as peças de maiores dimensões e irão compor a superfície externa do veículo. Associada a cada uma destas, são preparadas as peças internas, com função basicamente estrutural.

Assim, o rigor de acabamento exigido nas peças internas é bastante inferior ao das de superfície, bem como a dificuldade de estampagem. A produção destas peças internas vem sendo repassadas para estamparias independentes, na medida em que há capacidade do fornecedor absorver os novos encargos, como o aumento da necessidade de capital de giro, máxima eficiência logística e atualização tecnológica, entre outros.

3.2.1 Ferramentaria

Um fator de suma importância para o setor de estamparia é o desenvolvimento e a fabricação do ferramental das prensas. Na maioria das vezes, isto é feito pelas próprias montadoras, que possuem quadros especializados para desenvolvimento e fabricação das ferramentas.

Estas ferramentas consistem em blocos de aço usinados com o contorno das peças a serem estampadas, formando os moldes. Este molde é chamado ferramenta ou ferramental ou ainda almofada, existindo um para a parte superior e outro para a parte inferior das prensas. Geralmente, a parte inferior da prensa é fixa, enquanto a superior desce sobre a chapa de aço (ou blank ou platina ou painel), conformando-a. O grau de complexidade da peça vai determinar o número de operações necessárias para que seja obtida a forma final, e, portanto, o número de ferramentas.

Mesmo terceirizando a produção, os fabricantes de veículos permanecem com a propriedade do ferramental, pois, além dos custos serem bastante elevados, difíceis de serem assumidos pelas empresas independentes, as montadoras estão resguardadas de qualquer problema que ocorra no relacionamento com o fornecedor.

Como exemplo, um conjunto de ferramentas para estampar uma porta dianteira direita tem seus custos estimados em mais de US$ 1 milhão. Com base nisso, um exercício de cálculo permitiria estimar o custo de ferramental para um modelo de 4 portas (1 conjunto de ferramentas para cada porta, mais 2 laterais, 2 paralamas, 1 capô, 1 tampa traseira, 1 teto e 1 assoalho), num total de 12 conjuntos, em algo como US$ 12 milhões, somente para as peças de superfície.

O desenvolvimento das ferramentas é uma atividade importante, envolvendo capacidade de engenharia e conhecimento da tecnologia, além de mão-de-obra experiente. As únicas empresas que fabricam ferramental para as montadoras são a TEC (do Grupo Aethra), Vigorelli e a Karmann-Ghia. Recentemente foi fechada a ferramentaria da Brasinca. As montadoras fabricam internamente a maior parte de suas necessidades (a GM, por exemplo, possui a maior ferramentaria da América Latina, com cerca de dois mil funcionários) ou importam de seus fornecedores mundiais.

Algumas montadoras estão subcontratando a fabricação do ferramental para projetos específicos. A engenharia, incluindo o desenho da ferramenta e suas especificações, ainda fica in-house.

Grande parte das ferramentas utilizadas no Brasil para estampagem de peças de carroceria e cabine é importada. Como o desenvolvimento dos veículos não é feito no país e como alguns modelos são lançados primeiramente na Europa e nos EUA, são utilizados os projetos do ferramental existente, desenvolvido com um fornecedor global, o que significa redução de custo e tempo.

No caso dos veículos mundiais, como as ferramentas foram desenvolvidas com fornecedores da matriz da montadora, possuindo, portanto, todo o projeto, é comum a importação do ferramental.

Segundo uma das empresas do setor, há a tendência de que todo o ferramental para estampos grandes, assim como dispositivos auxiliares, seja importado. Neste caso, as ferramentarias do país ficariam só com as peças pequenas.

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As plantas de concepção mais moderna procuram a terceirização total da estamparia, tendo, no entanto, as prensas na mesma área onde está instalada a montagem, quer seja no mesmo terreno, seja em terrenos contíguos. Em geral, os investimentos feitos por estas estamparias independentes estão garantidos por contratos de fornecimento de longo prazo (de 5 a 10 anos) com a montadora.

A demanda crescente de carros tem levado à construção de novas plantas e investimentos em equipamentos aperfeiçoados, porém o que se observa é que as montadoras estão transferindo prensas para fornecedores selecionados.

No entanto, a escala é um fator determinante. Segundo uma das entrevistas realizadas, seria necessário uma produção de pelo menos 100.000 veículos anuais (300 carros/dia) para justificar o investimento em uma estamparia. Esta escala pode variar em função do número de peças fornecidas, pois caso produza todas as peças internas, por exemplo, a escala pode ser menor. No entanto, tendo em vista a pressão de algumas montadoras para que empresas instalem unidades próximas às suas plantas, vêm sendo realizados projetos neste sentido. Como dito anteriormente, na maioria dos casos estes investimentos precisam estar garantidos por contratos de longo prazo.

Finalmente, têm-se observado, nesta onda de terceirização das estamparias, a intenção das montadoras em repassar as prensas, em comodato, para os fornecedores de peças, enquanto elas próprias adquirem equipamentos de última geração, como as prensas transfer.

3.2.2 Prensas Transfer

A tendência nas estamparias na última década tem sido de instalar as chamadas prensas tri axis

transfer e cross bar transfer, no lugar de uma linha de 4 a 6 prensas individuais. Estes equipamentos

consistem em uma série de ferramentas (almofadas) alinhadas em uma só estrutura, com um sistema de carga e descarga automático (automatic shuttler system) para transferir os painéis entre as almofadas. São desenhadas para rápidas mudanças de ferramentas (5 a 20 minutos) e, pelo seu alto custo e alta produtividade, é econômico controlá-las por um sistema sofisticado de automação. As prensas transfer são produzidas, hoje, por poucos fabricantes, como Hitachi Zosen, Komatsu e Schuller, e custam desde US$ 8 milhões até US$ 30 milhões cada.

Observe-se, no entanto, que mesmo com prensas convencionais, é possível alcançar altas taxas de automação, como os mecanismos de mudança rápida de ferramentas.

É difícil para um fabricante remover todas as suas antigas prensas e substituí-las por prensas

transfer novas, tendo em vista o custo do investimento. As empresas que estão expandindo têm vantagens

em aumento de produtividade, pois ao instalar uma nova linha, ou construir uma nova unidade, está apta a adotar os mais recentes métodos de trabalho e técnicas de produção.

Concluindo, a permanência da estamparia dentro da montadora justifica-se pelo elevado investimento requerido tanto em prensas como em ferramentas, que são viabilizados pelo alto volume de produção. A automação crescente dos processos de estampagem bem como de soldagem é também outro fator que torna a estamparia pesada uma atividade cara.

3.3. Soldagem

Uma vez que todas as peças foram conformadas (estampadas), estas são reunidas formando uma carroceria ou cabine, que será levada à linha de solda. A maior parte das operações de solda são automatizadas e realizadas por grupos de robôs, que fazem o fechamento da carroceria, ou seja, tornam o conjunto estruturalmente estável, chamado, então auto-telaio.

Os robôs desempenham a maioria das operações da carroceria. Na Europa e nos EUA, pelo menos 80% das operações no setor de soldagem da carroceria (body welding shop) são automatizadas. Em algumas plantas japonesas situa-se entre 93% e 97%.

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3.4. Pintura

Esta é a última etapa de produção da cabine ou carroceria, e é de fundamental importância em termos de proteção anti-corrosiva, bem como para o aspecto final do veículo.

Basicamente consiste em diver sas operações de limpeza, na aplicação do primer, responsável pela proteção à corrosão, e na pintura na cor final.

O sistema consagrado mundialmente é o da pintura eletroforética, usado por todas as montadoras instaladas no Brasil. Somente uma das estamparias independentes, a Brasinca Minas, possui este sistema de pintura.

4. Estrutura da oferta

As montadoras possuem as principais linhas de estamparia pesada no país, no entanto com produção dedicada. Os novos fabricantes que vêm se incorporando a este mercado, em função do processo de desverticalização, pretendem possuir mais de um cliente, principalmente por questões de escala.

Embora a política de terceirização venha se desenvolvendo de forma diferenciada entre os fabricantes de veículos, existe a tendência de que as peças externas dos carros permaneçam sendo estampadas nas montadoras, inclusive internacionalmente, devido às características das peças, bem como o aspecto logístico.

No Brasil, nas plantas já existentes verifica-se também a importação de peças de outras unidades da montadora. Recentemente, passaram a ser transferidas peças internas de comerciais leves e externas de reposição e as internas de carros.

Até o momento, dentre as montadoras instaladas no país, a Fiat foi a que mais terceirizou, enquanto GM, Ford e VW ainda estampam quase a totalidade da carroceria, inclusive as peças internas da cabine.

Com as novas plantas, ainda em construção, verifica-se a perspectiva de demanda também por algumas partes externas da carroceria, embora isto não seja um comportamento geral. Por exemplo, a Thera, joint venture da Aethra com a Gestamp, irá fornecer a totalidade das peças da carroceria, inclusive as de superfície, para a planta da Renault. A Benteler será também um importante fornecedor de peças e conjuntos para a carroceria do Classe A da Mercedes Benz em Juiz de Fora.

A Audi pretende terceirizar apenas algumas peças internas, e deverá construir uma estamparia própria para as peças de superfície. A fábrica da PSA (Peugeot-Citroën) no Rio de Janeiro iniciará sua produção sem estamparia própria, basicamente por uma questão de escala, e deverá investir em uma estamparia, ou atrair algum fornecedor independente, quando atingir produção superior a 70.000 veículos anuais.

As poucas estamparias independentes atendem o mercado de reposição de modelos que estão

fora de linha ou saindo de linha porém a comercialização e distribuição ainda é feita pelas montadoras.

Em alguns casos foram transferidas linhas de comerciais leves, como o antigo modelo da Saveiro (VW) com a Brasinca e a Fiorino, derivado do Uno (Fiat), com a Aethra.

Em resumo, o mercado de estamparia pesada pode ser dividido em três segmentos: montadoras, centros de serviço e estamparias independentes.

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4.1. Montadoras 4.1.1 Automóveis

No caso das fábricas mais antigas, observa-se as seguintes tendências:

as peças externas, tanto as destinadas à linha de montagem quanto às de reposição dos

veículos de linha, permanecem sendo estampadas in-house, envolvendo ou não a modernização dos equipamentos da mo ntadora;

as peças externas dos carros fora de linha começam a ser repassadas para estamparias

independentes, mas ainda permanecem sendo comercializadas e distribuídas pela montadora;

• as peças internas de modelos de linha encontram-se em processo de terceirização, com a

crescente exigência por conjuntos montados e soldados. No caso das fábricas novas observa-se:

• terceirização total da estamparia, interna e externa, e da montagem de alguns

subconjuntos;

• construção de estamparia própria apenas para peças de superfície, com linhas

transfer e altíssima automação.

4.1.2 Comerciais leves

Também neste caso existem dois grupos: o das picapes derivadas dos modelos de passeio e as picapes full size. As primeiras seguem a tendência dos carros de passeio, enquanto nas full size o processo de transferência tanto de peças de superfície quanto as internas deve ser mais intenso.

4.1.3 Caminhões

Devido às menores escalas, este é um segmento onde as empresas independentes sempre tiveram maior penetração, a nível mundial. No Brasil, algumas montadoras já possuem linhas de cabines de caminhões totalmente estampadas e montadas por empresas independentes. Outras produzem toda a cabine in-house.

No momento, observa-se o seguinte comportamento das montadoras com relação às peças estampadas, conjuntos soldados e cabines:

a) VW

peças externas dos modelos de passeio novos fabricadas in house;

peças externas de veículos phase out repassadas para empresas autorizadas;

• peças externas de comerciais leves repassadas;

• peças internas e conjuntos repassados;

• as cabines dos caminhões são produzidas pela Delga no Consórcio Modular de

Resende.

b) GM

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• pretende construir uma estamparia em Mogi das Cruzes para atender exclusivamente o mercado de reposição;

• tem a intenção de repassar a montagem total da cabine de comerciais leves, como

era feito com a picape D-20.

c) Ford

a maior parte das peças são fabricadas in-house, porém já inicia a terceirização de

peças internas e subconjuntos;

• a nova fábrica no Rio Grande do Sul deverá ter estamparia própria;

parte das peças deverá ser fornecida pela BSB, joint venture entre a Usiminas,

Karmann Ghia, Polynorm e Active, criada especialmente para atender a Ford RS.

d) Fiat

a carroceria dos carros de linha é praticamente toda estampada in-house;

• algumas peças internas e subconjuntos são fornecidos pela Aethra;

• diversas peças e subconjuntos de modelos fora de linha já foram repassadas à

Aethra e à Caterina;

• a estamparia italiana Stola está se instalando no Brasil para atender à fabricação dos

novos picapes derivados do Palio.

e) MBB - Juiz de Fora

• irá fazer a maior parte das peças e subconjuntos na estamparia da unidade de

caminhões em São Bernardo;

• as demais peças deverão ser fornecidas pela Benteler.

f) Renault

• todas as peças da carroceria serão entregues pela Thera, instalada em terreno

próximo ao de sua fábrica no Paraná (cerca de 10 km);

• a Thera também será responsável pelo gerenciamento dos subfornecedores;

• o fechamento da carroceria (soldagem) será feito pela própria Renault.

g) Peugeot-Citroën

• deverá iniciar a produção no Brasil importando peças e conjuntos da sua filial na

Argentina;

• no futuro, poderá contar com uma estamparia própria, dimensionada para peças

estratégicas, como as de superfície;

• no momento, procura uma das estamparias independentes para produção em

terreno próximo à linha de montagem.

h) Honda

• no momento, está importando a cabine completa, devido à pequena escala de

produção, mas pretende montar uma estamparia própria;

• ainda está buscando um fornecedor nacional para peças internas e subconjuntos.

i) Toyota

• pela escala de produção prevista, tende a permanecer com importação das cabines

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j) Scania

• dentre as montadoras de caminhão era a mais terceirizada, mas recentemente

inaugurou uma fábrica de cabines.

j) Volvo

• produz em estamparia própria toda a cabine de seus caminhões.

4.2. Centros de Serviço

Embora as montadoras tendam a permanecer com suas próprias estamparias, apesar de redimensionadas, estas vêm incentivando os fornecedores de aço plano, as grandes siderúrgicas, e as estamparias independentes, por sua experiência, em criar Centros de Serviço para produção de blanks e

platinas. Com isso, a matéria-prima das estamparias das montadoras já viria preparada para entrar

diretamente nas prensas.

Para as siderúrgicas, e também para seus principais distribuidores, este tem sido um mercado interessante, uma vez que agrega valor a seus produtos. Este tipo de operação – entrega de blanks e

platinas - incorpora também um novo tipo de empresa, responsável pela entrega das peças/conjuntos à

montadora, como também pela construção e operação de entrepostos e centros de distribuição.

Esta situação já é vista na Europa através, principalmente, de associações entre siderúrgicas e empresas de estamparia e, no Brasil, a Usiminas tem caminhado nesta direção através de associações com a Brasinca, AGSimpson, Karmann Ghia, Polynorm e Active.

Com relação aos centros de serviço, no momento a posição das 3 únicas siderúrgicas brasileiras que fornecem bobinas para as montadoras é a seguinte:

Usiminas - implantação de um Centro de Serviço próximo a Betim, para atender à Fiat,

entregando blanks e platinas

CSN - intenção de criar Centros de Serviço em associação com a Thyssen Cosipa - não se tem notícia de nenhuma atividade neste sentido

4.3. Estamparias Independentes

As montadoras possuem diversos fornecedores de estampados porém neste segmento de peças grandes/pesadas o número de empresas é reduzido. Até 1997, as principais características destas poucas empresas eram de possuir capital fechado e ser, em sua grande maioria, de capital nacional e de manter uma administração familiar.

Esta situação alterou-se com a entrada de diversas empresas estrangeiras neste segmento, com a política de desverticalização e as novas plantas das montadoras e a reformulação do mercado de reposição, fatores que vem aumentando a necessidade de ofertantes.

O quadro a seguir relaciona os fabricantes de veículos com algumas das principais estamparias independentes. Estas estamparias já possuem certificados ISO 9000 e caminham para a obtenção da QS 9000.

MONTADORA ESTAMPARIA

VW Torque, Caterina, Benteler, Delga

GM Brasinca, Nakayone

Ford Caterina, Nakayone

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O movimento de terceirização em grande escala da estamparia pesada é muito recente, mesmo a nível mundial. Nos casos em que a montadora terceiriza totalmente a estamparia, o fornecedor deve ficar dentro da própria fábrica, administrando as linhas de prensas, ou construir seu galpão bastante próximo, gerenciando os subfornecedores.

Este processo vem exigindo investimentos nas empresas já instaladas, necessários para adequarem-se tanto em termos de processo de produção como de controle de qualidade e de localização. Este último aspecto denota a importância do controle do processo e logístico. Assim é que se verifica a transferência das atividades, mas exige-se que o fabricante situe-se ao lado da montadora. Mesmo terceirizada a estampagem, a propriedade das prensas, além do ferramental, é muitas vezes da montadora, que são cedidas em comodato.

Estão em fase de investimento em novas plantas ou em modernização as empresa Aethra, Nakayone e Caterina e Benteler.

A entrada de estamparias pesadas estrangeiras no país vem ocorrendo preferencialmente através de joint ventures como é o caso de Polynor, Gonvarre, Benteler, Active e Gestamp.

Assim é que tem-se o seguinte provável quadro para as novas unidades:

NOVA PLANTA FORNECEDOR DE ESTAMPADOS

Ford (RS) BSB

Renault (PR) Thera

Iveco/Fiat (MG) Stola e Aethra

Peugeot-Citroën (RJ) importação da unidade Argentina

Mercedes Benz (MG) Benteler, Karmann Ghia

A seguir são apresentadas algumas informações sobre as principais estamparias independentes:

4.3.1 Aethra

• localizada na Grande Belo Horizonte, faz parte do Grupo Rhea, que possui, ainda,

TEC (ferramentaria), Hammer (autopeças) e Brasil Design (engenharia);

• seu controle acionário é de capital nacional;

• apresentou um faturamento da ordem de US$ 200 milhões em 1997;

• tem como principal cliente a Fiat da qual vem recebendo a maior parte dos sistemas

terceirizados;

• os principais produtos são peças estampadas e conjuntos montados, suspensão

dianteira, eixo traseiro e tanque de combustível.

4.3.2 Thera

• localizada em São José dos Pinhais (PR) – em construção;

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• principais clientes: Renault (todas as peças e conjuntos da carroceria) e Audi (algumas peças).

4.3.3 Brasinca Minas

• localizada em Pouso Alegre (MG), faturou cerca de US$ 75 milhões em 1997;

• desde 1996 é uma associação entre a Brasinca Industrial e a Usiminas;

• a Brasinca Industrial tinha uma das mais importantes ferramentarias do país,

localizada na região do ABC, mas foi fechada em 1997;

• principais clientes: GM, Scania, Volvo, VW, Fiat, Ford e Mitsubishi;

• produz peças estampadas, conjuntos montados e cabines e carrocerias completas,

inclusive com instalações de pintura do primer;

• principais produtos: portas, capôs, tampas traseiras, tetos, paralamas, assoalhos,

frontais e cabines completas.

4.3.4 Caterina

• possui duas fábricas localizadas no estado de São Paulo - em Arujá (matriz) e em

São Paulo (unidade de montagem de parachoques e assoalhos) - e uma em Minas Gerais – em Betim;

• apresentou um faturamento da ordem de US$ 130 milhões em 1997;

• possui acordos de tecnologia com a Tower Automotive que tem demonstrado

interesse em adquirir parte do seu capital;

• principais clientes: VW, Fiat, Ford, Mercedes Benz, Scania e GM;

• principais produtos: painel frontal, reforço de coluna, defletores de calor,

subconjuntos montados e soldados para a VW, car cross bean – estrutura do painel de instrumentos para o Ford Fiesta (joint venture com a Tower), assoalhos montados para ônibus VW e Ford, parachoques de caminhões e estruturas metálicas para assentos.

4.3.5 Torque

• localizada em Araras (SP), apresentou um faturamento da ordem de US$ 100

milhões, dos quais 80% são provenientes das atividades de estamparia;

• tradicional fabricante de bens de capital sob encomenda;

• empresa de capital nacional e estrutura familiar;

• principais produtos: peças estampadas para o interior da carroceria;

• recentemente a VW assumiu a administração da estamparia, arrendando as

instalações. 4.3.6 Nakayone

• possui unidades fabris localizadas em Ferraz de Vasconcelos (SP) e Ribeirão Pires

(SP), e apresentou um faturamento de cerca de US$ 60 milhões em 1997;

(15)

• empresa de capital nacional e administração familiar;

• está instalando uma nova unidade em Cabreúva visando a demanda de pesados das

montadoras, especialmente da VW;

• principais clientes: VW , GM, Ford e Mercedes Benz.

4.3.7 Delga/Tamet

• a Tamet possui uma unidade fabril no município de Diadema (SP);

• a Delga foi criada para atender ao Consórcio Modular de Resende (caminhões e

ônibus da VW) e possui uma fábrica em Diadema e uma linha de montagem das cabines em Resende (RJ);

• empresa de capital nacional e administração familiar;

• produz peças estampadas leves e pesadas;

• principais clientes: VW;

• principais produtos: portas, assoalhos, tetos, laterais, reforços estruturais,

subconjuntos montados e soldados de pára-lamas e assoalhos e cabine completa de caminhões VW.

4.3.8 Stola

• o grupo italiano Stola está instalando uma unidade em Betim (MG), dedicada à

Fiat/Iveco, com previsão para início de operação ao final de 1998;

• faturamento previsto é da ordem de US$ 65 milhões;

• principais produtos: peças estampadas, subconjuntos montados e soldados e

carrocerias de comerciais leves. 4.3.9 Benteler

• localizada em Campinas (SP);

• é uma associação entre a empresa alemã de autopeças Benteler (65%) e a

Mercedes Benz do Brasil (35%);

• principais clientes: Mercedes Benz e VW;

• irá produzir diversas peças da carroceria do modelo Classe A da Mercedes Benz,

cuja fábrica encontra-se em construção em Juiz de Fora (RJ). 4.3.10 Karmann Ghia

• tradicional estamparia e ferramentaria localizada no ABC;

• principais clientes: VW, Ford e Mercedes Benz;

• em associação com Usiminas, Polynorm e Active formou a BSB, que deverá fornecer

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5. Conclusão

O setor de estamparia é composto por um grande conjunto de empresas que produzem uma infinidade de produtos. Em função da estrutura de oferta do setor e do processo de desverticalização em andamento espera-se uma transformação significativa neste segmento.

Os custos das peças estampadas ainda são superiores aos do mercado internacional. Tomando como base o preço na CEE e nos EUA, estas peças colocadas no Brasil custariam cerca de 25% mais, enquanto a peça produzida no país custaria 40% mais (15% pelo custo do aço e 25% pelo processo).

Os fatores de concorrência estão relacionados a diversos aspectos, entre os quais destacam-se inicialmente o processo produtivo e a redução de custo. É fator fundamental possuir equipamentos modernos para dar maior produtividade.

A capacidade de engenharia e a utilização de sistemas CAD/CAM também são itens relevantes para este segmento. Os principais indicadores de eficiência estão associados ao tempo de set up (troca de ferramenta na prensa) e índice de devolução de peças.

A capacidade de investimento em equipamentos mais modernos é outro item considerável para acompanhar as novas demandas. As linhas transfer ainda são pouco utilizadas pelas estamparias instaladas no país, tendo em vista seu custo, embora, em algumas das empresas que fazem parte de programas de fornecimento às montadoras, estas linhas estavam em processo de aquisição.

O investimento necessário para uma linha de prensas, assim como para robôs, é elevado e precisa de um volume de produção de veículos alto. Nem sempre isto ocorre e verifica-se, para algumas plantas novas, a exigência da montadora de que o fornecedor instale uma planta próxima. Para isso, é necessário um contrato de fornecimento de longo prazo para diluir o risco.

Outro fator importante é a necessidade de investir rápido. O aumento do porte de forma muito rápida pode tornar-se incompatível com a estrutura administrativa e financeira da empresa, incluindo controle de custos, capital de giro e logística, apesar da capacidade técnica.

Pelas características dos produtos, a importação é pequena sendo mais adequado atrair novos fornecedores para o país.

Destaque-se ainda que um fornecedor direto de conjuntos estampados precisa desenvolver e administrar uma rede de subfornecedores e ter domínio logístico.

Finalmente, conclui-se que é um mercado em ascensão devido à terceirização implementada pelas montadoras. Com este processo, são necessários investimentos neste setor, principalmente para modernização dos equipamentos, automatização das prensas, controle de qualidade, instrumentação, mesas de medição e reorganização de lay-out.

Em resumo, os novos fornecedores de peças estampadas de carroceria devem atender aos seguintes requisitos básicos :

• modernização de equipamentos;

• automação de processos;

• utilização de sistemas CAD/CAM;

• programas de redução de custos;

• programas de controle de qualidade;

• desenvolvimento e controle de rede de fornecedores;

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Elaboração:

Angela Mª Medeiros M. Santos – Gerente Setorial Caio Márcio de Avila Pinhão - Engenheiro

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