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Palavras-Chave: Cartografia. Oficina Temática. Vestibular.

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Academic year: 2021

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CONGRESSO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO – CONPEDUC 2017 Política e Educação: desafios contemporâneos

ISSN 2179-068X

Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Universitário de Rondonópolis 10 a 13 de outubro de 2017

OFICINA TEMÁTICA PARA PRÉ-VESTIBULANDOS: CARTOGRAFIA ESCOLAR

Lívia Regina Magalhães UFMT/CUR GT 01 – Formação de Professores

Werlen Gonçalves Raasch UFMT/CUR GT 01 – Formação de Professores

Resumo

O presente estudo tem por objetivo realizar uma oficina temática de cartografia proporcionando aos discentes o conhecimento de uma importante área da geografia e que estão presentes constantemente em processos seletivos como o ENEM e demais Exames Vestibulares. Os materiais utilizados para o desenvolvimento das atividades foram os seguintes: folhas de papel ofício no formato A4, contendo questões referentes a cartografia para análise e fixação de conteúdo, lápis grafite, canetas esferográficas, borrachas, Data show e computador portátil para exposição dos conteúdos ofertados na oficina. A técnica de ensino foi de aula expositiva dialogada, com exposição dos conteúdos. Após a explicação abriu-se espaço para que os alunos questionassem e debatessem junto aos tutores o conteúdo abordado. Foi realizada um levantamento das principais dificuldades apresentadas pelos alunos em relação à cartografia. As principais deficiências diagnosticadas a partir do levantamento foram: localização e orientação no espaço geográfico, dúvidas relacionadas aos conceitos e identificação de latitude e longitude e a questão dos fusos horários em seus conceitos e no próprio cálculo. A partir do diagnóstico obtido foi dado encaminhamento da atividade prática, a oficina de cartografia foi dividida em três momentos: abertura, apresentação dos principais conceitos cartográficos e aplicação de um questionário para assimilação e fixação de conteúdo. Do ponto de vista dos bolsistas do projeto PIBID que atuaram enquanto monitores da atividade, as expectativas em relação à oficina de cartografia foram superadas. A interação entre os alunos ocorreu de forma saudável e, as atividades aplicadas tiveram sucesso em seu desenvolvimento.

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INTRODUÇÃO

A preparação de pré-vestibulandos em vésperas de aplicações de provas é uma intensa maratona, tanto para professores responsáveis por transmitir conhecimento e amenizar dúvidas referentes a assuntos pertinentes aos exames, quanto no que dizem respeito aos principais interessados, os alunos, que são responsáveis por obter o conhecimento necessário para então conseguir o passaporte de entrada no nível superior.

A grande quantidade de conteúdos abordados nos exames e o pouco tempo disponível para trabalhar de forma mais detalhada, busca entender as dificuldades e anseios dos alunos em relação aos assuntos abordados, tornando assim, os resultados obtidos não muito satisfatórios.

Por meio de observações foi possível constatar que, grande quantidade dos alunos da rede de educação básica do ensino público não frequenta cursinhos preparatórios devido às baixas condições econômicas que não os permitem arcar com as mensalidades cobradas em troca da prestação de serviços dos mesmos.

A literatura também expõe esse fato, pois de acordo com Alvarenga et al. (2012) resultados e prospecções do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), mostram a carência da educação pública quando comparada a educação privada de nível fundamental e médio onde a discrepância da eficiência entre as redes citadas chegou a ser de 2,7 representando uma grande lacuna na educação do país.

Após a referida análise realizada pelos bolsistas de iniciação à docência do Subprojeto de Geografia, que atuam na Escola Estadual Major Otávio Pitaluga, surge então à necessidade de manifestação e intervenção no processo de preparação dos alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio da referida escola.

Uma potencial forma para preencher a lacuna citada anteriormente é o uso de oficinas pedagógicas, pois se trata de um importante recurso didático para ser utilizado no ensino de conteúdos relacionados à Educação Básica, favorece tanto o ensino como a aprendizagem, que trata de algo de grande deficiência no cotidiano das escolas do Ensino Fundamental e Médio do Brasil.

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Partindo da necessidade de interferência neste processo de preparação, o presente estudo tem por objetivo realizar uma oficina temática de cartografia proporcionando aos discentes o conhecimento de uma importante área da geografia e que estão presentes constantemente em processos seletivos como o ENEM e demais Exames Vestibulares.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados para o desenvolvimento das atividades foram os seguintes: folhas de papel ofício no formato A4, contendo questões referentes a cartografia para análise e fixação de conteúdo, lápis grafite, canetas esferográficas, borrachas, Data show e computador portátil para exposição dos conteúdos ofertados na oficina.

A técnica de ensino foi de aula expositiva dialogada, com exposição dos conteúdos. Após a explicação abriu-se espaço para que os alunos questionassem e debatessem junto aos tutores o que foi abordado durante a abordagem dos conteúdos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Escola Estadual Major Otavio Pitaluga - EEMOP

A instituição educacional é um estabelecimento de Ensino Público conforme determinação do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso e da Secretária de Educação do Estado de Mato Grosso (SEDUC/MT).

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A escola localiza-se no centro da cidade de Rondonópolis/MT, próximo à Praça Brasil, na Avenida Amazonas n° 789, com coordenadas a 16°28'20"S 54°37'56"W (Foto 1).

Foto 1- Entrada da EEMOP no Centro de Rondonópolis

RAASCH, W.G. (2017)

A escola possui aproximadamente 1400 alunos matriculados em três turnos (matutino, vespertino e noturno), sendo oriundos de toda a região da cidade. A EEMOP tem como proposta o Ensino Médio Inovador, dessa forma, planeja e executa vários projetos anualmente, em parceria sobretudo com os pibidianos.

Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID - na EEMOP

O Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica.

O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino.

Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.

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Nesse sentido, alunos dos cursos de licenciatura de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso – Câmpus Universitário de Rondonópolis, desenvolve no decorrer do ano letivo, desde o ano de 2013, vários projetos com as turmas do Ensino Médio da Escola, como a “Oficina Temática para Pré-Vestibulandos: Cartografia Escolar”.

Cartografia na Escola

De acordo com o IBGE (1999) a Associação Cartográfica Internacional (ACI) define cartografia como “O conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização”.

O processo cartográfico se inicia com a coleta de dados partindo então para a observação, análise e estudo. Após todas as etapas se faz a representação de fatos, fenômenos e dados referentes aos variados campos de estudos científicos que estão de alguma forma entrelaçados à superfície terrestre.

Explanar questionamentos acerca desse tema na Educação Básica é necessário tanto para os educandos quanto para os docentes, principalmente entre os que ministram a disciplina geografia. Pandin (2006, p. 10) confirma a ideia quando diz que “[...] a cartografia é um instrumento necessário ao seu cotidiano”.

Por meio da oficina realizada os bolsistas também obtiveram amadurecimento acadêmico enquanto tutores, que serão inseridos no mercado de trabalho da educação, permitindo a experiência de se fazer de forma prática o planejamento, junto ao uso das tecnologias em torno de certa criatividade que é necessária para que se haja uma filtração das informações e de como elas serão transmitidas.

São consideradas oficinas, as atividades que independentemente do conteúdo a ser trabalhado acontecem em grupo (Afonso, 2006). Há de se considerar, uma questão central a ser tratada e proposta dentro de um contexto social, já que a ideia é a atividade grupal.

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Segundo Afonso (2006, p.9) “A oficina pode ser útil nas áreas de saúde, educação e ações comunitárias”. No presente estudo, a intenção que se tem é de complemento à educação, tendo em vista a transmissão do entendimento cartográfico.

Sendo a cartografia, a questão central para ser tratada na oficina foi realizada um levantamento das principais dificuldades apresentadas pelos alunos em relação ao assunto proposto com auxílio dos professores supervisores do Subprojeto PIBID de Geografia na EEMOP.

As principais deficiências diagnosticadas a partir do levantamento foram: localização e orientação no espaço geográfico, dúvidas relacionadas aos conceitos e identificação de latitude e longitude e a questão dos fusos horários em seus conceitos e no próprio cálculo.

A partir do diagnóstico obtido foi dado encaminhamento da atividade prática, a oficina de cartografia foi dividida em três momentos: abertura, apresentação dos principais conceitos cartográficos e aplicação de um questionário para assimilação e fixação de conteúdo.

Na abertura foram apresentados os bolsistas responsáveis pelo monitoramento da oficina e o tema da mesma. No momento de conceituação foram abordados os seguintes temas:

• Localização e orientação: trabalhados utilizando o sol como referência e em seguida apresentada a rosa dos ventos;

• Apresentação do conceito de coordenadas geográficas, sua divisão em paralelos e meridianos;

• Histórico e conceitos sobre medição do tempo e os fusos horários, começando pelos fusos mundiais e terminando com a apresentação dos fusos do território brasileiro.

O questionário aplicado após a conceituação foi elaborado a partir de questões relacionadas aos temas abordados extraídas de processos seletivos de concursos e vestibulares. Cabe ressaltar que, o uso das referidas questões é uma ferramenta interessante para mostrar aos alunos que esses conceitos são importantes e podem ser um elemento diferencial para seu conhecimento na área de geografia.

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Inicialmente a cartografia é vista como uma ferramenta de interações, permeando por um período em estagnação e após isso retorna à interatividade (Ramos, 2005).

Partindo desse ponto de vista, a oficina pedagógica age como estímulo a interatividade entre os conteúdos ministrados e os discentes, facilitando também na interação entre professor e aluno. O que diferencia uma oficina de uma aula convencional são as formas lúdicas e descontraídas de se tratar de assuntos que seriam pouco aproveitados e assimilados em aulas expositivas tradicionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto observamos que o uso de oficinas pedagógicas se apresenta como uma ferramenta importante no que diz respeito ao fluxo do processo de ensino-aprendizagem de tópicos de geografia, tal qual a cartografia, que em muitas vezes não é percebida, mas que está atrelada ao cotidiano.

Do ponto de vista dos bolsistas do projeto PIBID que atuaram enquanto monitores da atividade, as expectativas em relação à oficina de cartografia foram superadas. A interação entre os alunos ocorreu de forma saudável e, as atividades aplicadas tiveram sucesso em seu desenvolvimento.

A oficina ainda proporcionou aos acadêmicos, certo amadurecimento profissional, destacando os pontos de planejamento, uso de criatividade, interação e trabalho em grupo.

Quanto aos alunos pré-vestibulandos que participaram, esperamos que o uso de oficina temática seja para trabalhar com os conteúdos da geografia e cartografia, permitindo aos discentes observarem, escutarem, discutiram e praticarem, assim, proporcionando melhor assimilação e aprendizagem dos conteúdos, e consequentemente possa atingir melhor desempenho em seu atual anseio, o de ingressar em um curso superior.

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AFONSO, Maria Lucia M. Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.

ALVARENGA, Carolina Faria.et.al. Desafios do ensino superior para estudantes

de escolas pública: um estudo na UFLA. Revista Pensamento Contemporâneo em

Administração. v. 6. N. 1. p. 55-71, 2012.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Noções Básicas de

Cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999.

PANDIN, Andréia Rodrigues. Oficina pedagógica de cartografia: uma proposta metodológica para o ensino de geografia. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Geografia) Universidade Estadual de Londrina. Departamento de Geociências. 78p. 2006.

RAMOS, Cristiane da Silva. Visualização cartográfica multimídia: conceitos e tecnologias. São Paulo: EdUNESP, 2005.

Referências

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