Inspecção Tributária:
problemas e soluções
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Famalicão, Junho 2007
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as
características gerais
da actividade de inspecção tributária
a
quantificação
da obrigação tributária
a
marcha
do procedimento de inspecção tributária
os
direitos, deveres e garantias
da entidade inspeccionada
as
infracções
fiscais
a
responsabilidade
dos administradores, directores e gerentes
os
crimes
e as
contra-ordenações fiscais
o
procedimento criminal
fiscal
o
procedimento contra-ordenacional
fiscal
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enquadramento legal:
o
decreto-lei n.º 413/98, de 31 de Dezembro
entrou em vigor em
1 de Janeiro de 1999
aprovou o Regime Complementar do
Procedimento de Inspecção Tributária
(RCPIT)
Características Gerais da Actividade de
Inspecção Tributária
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Regime Complementar do Procedimento de
Inspecção Tributária (RCPIT)
“Complementar”
o
o presente diploma regula o
procedimento de inspecção
tributária, definindo, sem prejuízo de legislação especial,
os
princípios e as regras
aplicáveis aos actos de inspecção
(art. 1.º)
o
sem prejuízo do disposto na LGT, o exercício do direito de
inspecção tributária constará do
diploma regulamentar
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“Procedimento”
o
a sucessão ordenada de
actos e formalidades
tendentes à formação e manifestação da vontade
da Administração Pública ou à sua execução (art.
1.º/1 do Código de Procedimento Administrativo)
Regime Complementar do Procedimento de
Inspecção Tributária (RCPIT)
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“Inspecção Tributária”
o
âmbito objectivo: O procedimento de
inspecção tributária visa a observação das
realidades tributárias
, a verificação do
cumprimento das
obrigações tributárias
e
a prevenção das
infracções tributárias
(art. 2.º)
Regime Complementar do Procedimento de
Inspecção Tributária (RCPIT)
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infracções
tributárias
inventariação
e avaliação
de bens,
móveis ou
imóveis
inventariação
e avaliação
de bens,
móveis ou
imóveis
¿
perícias
ou
exames
técnicos
outras
acções
de averiguação
ou investigação
factos
tributários
não
declarados
confirmação
dos
elementos
declarados
prestação de informações oficiais,
em matéria de facto, nos
processos de reclamação e
impugnação judicial dos actos
tributários ou de recurso
contencioso de actos
administrativos
estudos indiv
iduais, sector
iais ou
territoriais so
bre o compor
tamento
dos sujeitos p
assivos e a ev
olução
dos sectores
económicos
em que
se insere a su
a actividade
estudos indiv
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iais ou
territoriais so
bre o compor
tamento
dos sujeitos p
assivos e a ev
olução
dos sectores
económicos
em que
se insere a su
a actividade
informação sobre os
pressupostos de facto
dos benefícios fiscais,
ou de direitos
Invocados perante a
Administração Fiscal
esclarecimento e a
orientação dos sujeitos
passivos sobre o
cumprimento dos
seus deveres
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Intern
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Actuações da
Inspecção Tributária
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Princípios Estruturantes
o procedimento de inspecção obedece a
princípios
o
a
verdade material
o
a
proporcionalidade
o
o
contraditório
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Competência para a prática dos Actos de
Inspecção
a Direcção de Serviços de Prevenção e Inspecção Tributária
(DSPIT), relativamente aos sujeitos passivos que devam ser
inspeccionados pelos serviços
centrais
da DGCI, de acordo
com os critérios de selecção previstos no
PNAIT
ou fixados pelo
Director-Geral dos Impostos
nos termos do RGIT
os
serviços regionais
, relativamente aos sujeitos passivos com
domicílio ou sede fiscal na sua área territorial
os
serviços locais
, relativamente aos sujeitos passivos com
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Ónus da prova
lei geral tributária
(artigo 74.º)
o
o ónus da prova dos factos constitutivos dos direitos da
administração tributária ou dos contribuintes recai sobre
quem os invoque
.
o
quando os elementos de prova dos factos estiverem em
poder da
administração tributária
, o ónus previsto
no
número anterior considera
-se
satisfeito caso o
interessado
tenha proc
e
dido à sua correcta identificação junto da
administração tributária.
o
em caso de determinação da matéria tributável por
métodos
indirectos
, compete à
administração tributária
o ónus da
prova da verificação dos pressupostos da sua aplicação,
cabendo ao
sujeito passivo
o ónus da prova do excesso na
respectiva quantificação.
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Quantificação da Obrigação Tributária
os
métodos indirectos
o
a avaliação indirecta visa a determinação do
valor dos rendimentos ou bens tributáveis a
partir de
indícios, presunções ou outros
elementos
de que a administração tributária
disponha
o
a competência
o
a subsidiariedade
o
a admissibilidade
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a
iniciativa
da inspecção
a
participação
a fiscalizaç
ão
a pedido
do contribuinte ou de
terceiro
o
procedimento-regra:
comunicação prévia
a excepção
: a “
visita surpresa
”
a
recolha de elementos
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o prazo
o
os prazos e a sua
contagem
o
a
prescrição
e a
caducidade
o
o
horário
e a
duração
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Marcha do Procedimento
o
local
o
a entrada no domicílio
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Marcha do Procedimento
as
notificações
o
as
pessoas singulares
o
as
pessoas colectivas
o
os
não-residentes
o
os
mandatários
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o direito de
audição
o
concluída a prática de actos de inspecção e caso os
mesmos possam originar actos tributários ou em matéria
tributária desfavoráveis à entidade inspeccionada, esta deve
ser notificada no prazo de 10 dias do
projecto de conclusões
do relatório
, com a identificação desses actos e a sua
fundamentação
o
a notificação deve fixar um prazo entre 8 e 15 dias para a
entidade inspeccionada se
pronunciar
sobre o referido
projecto de conclusões
o
a entidade inspeccionada pode pronunciar-se por
escrito ou
oralmente
, sendo neste caso as suas declarações reduzidas
a termo
o
no prazo de 10 dias após a prestação das declarações
referidas no número anterior, será elaborado o
relatório
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direito
de
audição
Marcha do Procedimento
o procedimento de
Inspecção tem um
carácter meramente
preparatório ou acessório
dos actos tributários
insindicabilidade
relatório
final
projecto de
conclusões
do relatório
ordem
de serviço
nota de
diligência
aviso
prévio
revisão da
matéria
tributável
liquidação
do
imposto
impugnação
judicial
Pagamento
execução
fiscal
5 dias
actos
de
inspecção
10 dias
10/15
dias
10 dias
+ 10
30 dias
30 dias
90 dias
30 dias
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Marcha do Procedimento
o
sigilo bancário
o
o acesso a
informações
e
documentos
bancários
o
a
fundamentação
o
o
recurso judicial
o
as
contas bancárias
afectas à actividade da
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a
burla tributária
a
frustração de créditos
a
associação criminosa
a
desobediência qualificada
a
violação de segredo
a
fraude
e a
fraude qualificada
o
abuso de confiança
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a notícia do
crime
o
inquérito
o
a competência
para a investigação
o
a
duração
o
a
suspensão
o
o
encerramento
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Contra-ordenações Fiscais
em regra dão lugar
a uma
coima
o
a
recusa
de entrega, exibição
ou apresentação de escrita
e de
documentos fiscalmente
relevantes
o
a
falta de entrega
da prestação
tributária
o
a violação de
segredo fiscal
o
a
falta ou atraso
de declarações
o
a
falta ou atraso
na apresentação
ou exibição de
documentos ou de
declarações
o
a
falsificação, viciação e alteração
de documentos fiscalmente
relevantes
o
as
omissões e inexactidões
nas declarações ou em outros
documentos fiscalmente relevantes
o
a
inexistência
de contabilidade ou de livros fiscalmente relevantes
o
a
não organização da contabilidade
de harmonia com as regras de
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o
a falta de apresentação, antes da respectiva utilização,
dos
livros de escrituração
o
a violação do dever de emitir ou exigir
recibos ou
facturas
o
a falta de designação de
representantes
o
o pagamento indevido de
rendimentos
o
o pagamento ou colocação à disposição de rendimentos
ou ganhos conferidos por ou associados a
valores
mobiliários
o
a inexistência de prova da apresentação da declaração de
aquisição e alienação de
acções
e
outros valores
mobiliários
ou da
intervenção de entidades relevantes
o
a
transferência para o estrangeiro
de rendimentos
sujeitos a tributação
o
a impressão de documentos por
tipografias não
autorizadas
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decisão
decisão
recurso
judicial
defesa
auto
de
notícia
pagamento
n
o
ti
fi
ca
çã
o
execução
fiscal
n
o
ti
fi
ca
çã
o
Procedimento
Contra-ordenacional
infracção
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