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PESQUISA. Descritores: Adolescência; Gestação na adolescência; Relações mãe-criança; Recém-nascidos prematuros; Unidade de Tratamento Intensivo.

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Academic year: 2021

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Mães adolescentes em unidade neonatal: pistas para apoio ao protagonismo materno Adolescent mothers in neonatal unit: tracks to support of maternal protagonism Madres adolescentes en una unidad neonatal: pistas para apoyar el protagonismo materno

Fernanda de Moura Soares1, Laura Lamas Martins Gonçalves2, Roberta Costa3, Clarice Maria Ribeiro de Paula

Gomes4, Denise Streit Morsch5, Zeni Carvalho Lamy6

RESUMO

Objetivo: Compreender experiências de adolescentes, mães de recém-nascidos pré-termo internados em Unidade Neonatal no exercício do cuidado materno. Métodos: Pesquisa qualitativa realizada a partir de observações, análise de prontuários e entrevistas semiestruturadas com 20 adolescentes com filhos nascidos pré-termo internados em uma maternidade do nordeste brasileiro. Resultados: A análise de conteúdo deu origem a três modalidades temáticas: Exercício da maternidade em mães adolescentes de filhos pré-termo; Apoio da família e da equipe de saúde no exercício dos cuidados maternos. Em direção ao protagonismo materno. Conclusão: Estas categorias permitiram reconhecer condutas das famílias, da equipe de saúde e das mães adolescentes quanto aos cuidados maternos para com seus recém-nascido; respostas das mães quanto a presença de acompanhantes durante a internação neonatal, indicando pistas para o trabalho da equipe de saúde no apoio ao protagonismo materno em mães adolescentes de recém-nascidos pré-termo.

Descritores: Adolescência; Gestação na adolescência; Relações mãe-criança; Recém-nascidos prematuros; Unidade de Tratamento Intensivo.

ABSTRACT

Objective: To understand the experiences of adolescents mothers of preterm newborns admitted to the neonatal unit in the exercise of maternal care. Methods: Qualitative research Field observations, analysis of medical records and semi-structured interviews were carried out with 20 adolescents whose preterm infants were hospitalized in a maternity hospital in northeastern Brazil. Results: Content analysis found to three thematic modalities: exercise of motherhood in teenage mothers of premature children; support from the Family and the health team in the exercise of maternal care; towards maternal protagonism. Conclusion: These categories made it possible to recognize the behavior of families, the health team and adolescent mothers in relation to the proposal of maternal care for their health team and adolescent mothers in relation to the proposal of maternal care for their newborns; responses of mothers regarding the presence of companions during neonatal hospitalization, indicanting clues for the work of the health team to facilitate maternal protagonism in adolescent mothers of preterm newborns.

Descriptors: Adolescent; Pregnancy in adolescence; Mother-child relations; Infant premature; Intensive care units.

RESUMEN

Objetivo: Comprender las vivencias de las adolescentes, madres de recién nacidos prematuros ingresados en la Unidad Neonatal en el ejercicio del cuidado materno. Método: Investigación cualitativa realizada em base a las observaciones, análisis de historias clínicas y entrevistas semiestructuradas a 20 adolescentes cuyos bebés prematuros fueron hospitalizados en una maternidad del noreste de Brasil. Resultados: El análisis de contenido dio lugar a tres modalidades temáticas: Ejercicio de la maternidad en madres adolescentes de niños prematuros; Apoyo de la familia y del equipo de salud en el ejercicio del cuidado materno; Hacia el protagonismo materno. Conclusión: Estas categorías permitieron reconocer la conducta de las familias, el equipo de salud y las madres adolescentes en cuanto al cuidado materno del recién nacido; respuestas de las madres sobre la presencia de acompañantes durante la hospitalización neonatal, indicando pistas para el trabajo del equipo de salud en el apoyo al protagonismo materno en madres adolescentes de recién nacidos prematuros.

Descriptores: Adolescencia; Embarazo adolescente; Relaciones madre-hijo; Recién nacidos prematuros; Unidad de Cuidados Intensivos.

1 Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (UFMA), docente do Centro Universitário Christus. Rua Professor Otávio Lobo, Cocó, Fortaleza-CE, CEP 60192-290. E-mail:

fernanda.soares@unichristus.edu.br

2 Doutora em Saúde Coletiva (UNICAMP), docente do Curso de Psicologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Rua Ponciano Pacheco da Silveira, 172, casa

28 Porto Alegre/RS CEP 91770-660. E-mail: laulmg@gmail.com

3 Doutora em Enfermagem/UFSC, departamento de Enfermagem da UFSC, docente. Rua Papa João XXIII, n215, Coqueiros, Florianópolis/SC. Cep: 88085-700. E-mail:

robertacosta@ufsc.com.br

4 Graduada em medicina, Hospital Universitário da UFMA, Médica Residente em Pediatria. Rua Fortaleza, Qd. 01, n.38,Planalto Turu I, 6506-6668, São Luiz, MA. E-mail:

clariceribeirogomes@hotmail.com.

5 Doutora em Saúde da Criança e da Mulher-IFF/FIOCRUZ. Consultora Nacional Método Canguru. Rua Dona Mariana, 136A ap 304, Rio de Janeiro, RJ -22280-020. E-mail:

denisemorsch@yahoo.com.br.

6 Doutora em Saúde da Criança e da Mulher, IFF/FIOCRUZ, Departamento de Saúde Pública-UFMA, docente, Coordenadora da Atenção Humanizada ao Recém-Nascido-

Método Canguru/MS, Rua Turmalina n 13, Calhau, São Luiz-MA. E-mail: zenilamy@gmail.com

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A adolescência, considerada um período de transição da infância para a vida adulta é, em si, um período de reestruturação, reajustamento pessoal e social, repleto de mudanças físicas, cognitivas, afetivas e sociais, podendo ser vivido como um período de instabilidade e de inexperiência. Socialmente, é um momento de aproximação com o grupo de iguais, desejo de independência da família, de liberdade e busca de autonomia. A tarefa principal é estabelecer sua identidade pessoal, a partir do convívio em sociedade e dos desafios de independência emocional, o que lhe exige ajustamento em diferentes dimensões vitais (MAZZINI et al., 2009).

Dados do Sistema de Informação dos Nascidos Vivos demonstram que no ano de 2016, no Brasil, mais de 500 mil crianças nasceram de gestantes com idade entre 10 e 19 anos. A proporção de uma adolescente a cada cinco mulheres brasileiras grávidas, vem se mantendo ao longo do tempo (BRASIL, 2019).

A gestação na adolescência, sobretudo quando não planejada, traz consigo sentimento de perda, seja de identidade, da expectativa do futuro e do vínculo familiar (DAMACENA et al., 2018). Essa situação tem sido considerada um problema de saúde pública, por aumentar os fatores de risco para o parto prematuro, baixo peso ao nascer e aborto espontâneo, contribuindo assim para as elevadas taxas de morbimortalidade materna e infantil no país e necessidade de cuidados intensivos após o nascimento (BULHÕES et al., 2017).

Situações em que adolescentes se deparam com o nascimento prematuro de seu bebê e a internação em Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal (UTIN) aumentam a complexidade do exercício do cuidado materno, em um momento em que poderiam viver experiências proporcionadas pela adolescência. Essas jovens mães, passam a vivenciar exigências distantes daquelas esperadas, pois as necessidades de cuidados com o filho se sobressaem àquelas próprias de sua idade. Especialmente a situação de prematuridade e internação em UTIN, que representam novos desafios em qualquer fase da vida, tornam-se fator de risco para a construção da maternagem e do protagonismo materno (BRASIL, 2017).

Muitos trabalhos na literatura abordam os desafios na construção dos cuidados maternos na adolescência em nascimentos a termo ou ainda em mulheres adultas diante da internação do filho pré-termo em relação ao exercício do cuidado materno (VERONEZ et al., 2017; ERFINA et al., 2019), mas não o exercício dos cuidados maternos entre adolescentes com bebês pré-termos internados em UTIN.

Em busca nas principais bases de dados sobre a relação de mães adolescentes com seus filhos pré-termo foram encontradas poucas pesquisas apesar de ter sido observado um aumento nestes estudos nos últimos anos (BARROSO; PONTES; ROLIM, 2015; CHVATAL et al., 2017). Na literatura nacional e internacional, esta temática que associa gravidez na adolescência, nascimento prematuro, internação neonatal e construção da maternidade, ainda é escassa. Desta forma, o objetivo deste estudo é compreender experiências de adolescentes mães de RN pré-termo internados em Unidade Neonatal (UN) no exercício do cuidado materno.

Estudo qualitativo, realizado em maternidade pública do Nordeste brasileiro, referência para

gestação de risco, que garante a permanência da mãe junto ao RN em cuidados neonatais. Fizeram INTRODUÇÃO

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parte deste estudo mães adolescentes, com filhos pré-termo internados na UN: UTIN, Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) ou Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). Foi adotado como critério de inclusão tempo de internação maior que cinco dias e como critérios de exclusão mães com deficiência auditiva ou grave déficit cognitivo que levassem a dificuldades de comunicação. O tamanho amostral foi definido pelo critério de saturação (MINAYO, 2014).

Foram utilizadas informações de fontes primárias obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas, observação nos ambientes de internação como técnica complementar e fontes secundárias obtidas no livro de admissão e prontuários dos RN. Os instrumentos utilizados foram: 1. questionário estruturado com dados sociodemográficos, obstétricos e perinatais; 2. roteiro semiestruturado com as seguintes questões norteadoras: como se sente em relação aos cuidados com o filho em UN; como recebe orientações sobre os cuidados com o filho; o que dificulta e o que facilita o exercício dos cuidados; e 3. roteiro de observação visando compreender a dinâmica das interações entre equipe, mães e acompanhantes e suas implicações nos cuidados exercidos pelas mães adolescentes.

O primeiro passo para a coleta de dados foi a identificação das mães adolescentes no livro de admissão da unidade, seguido do convite para sua participação no estudo. Após o aceite, era

assinado o Termo de Assentimento, pela adolescente e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por um responsável, em geral a mãe da adolescente. Para a realização das entrevistas foi pactuado um horário conveniente para as entrevistadas e escolhido um local, no hospital, fora do setor de internação. As entrevistas tiveram duração entre 30 minutos e uma hora e foram realizadas e transcritas pela mesma pesquisadora.

Foi realizada análise de conteúdo, na modalidade temática, que busca os significados manifestos e latentes no material empírico. A primeira etapa dessa modalidade é descrita como pré-análise, na qual são organizados os dados coletados, realizada exploração do material com leitura flutuante das transcrições e pré-análise. A segunda etapa busca alcançar o núcleo de compreensão do texto por meio da categorização do material, classificando os dados em busca das unidades temáticas e identificação dos núcleos de sentido - unidades de compreensão do texto. Na terceira etapa é realizado o tratamento dos resultados, inferência e interpretação.

A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, respeitando-se as diretrizes da

Resolução 466/12, sob o CAAE

21525713.6.0000.5214. Para assegurar o anonimato, as mães adolescentes foram identificadas com nomes de flores, seguido da idade e local onde foi realizada a entrevista.

Participaram do estudo 20 mães adolescentes com idade entre 13 e 19 anos. Destas, 13 relataram viver em união estável, na casa dos pais, com renda familiar mensal de até dois salários-mínimos. A maioria possuía menos de sete anos de estudo. Oito relataram ter planejado a gravidez, 10 não haviam planejado, mas aceitaram e duas relataram tentativa de abortamento.

O fato de oito adolescentes terem planejados suas gestações, demonstra que a gravidez pode tomar diferentes significados para as adolescentes podendo representar um projeto de vida, a busca de autonomia, o desejo de ser amada por alguém, uma nova identidade como mãe, delimitar um espaço na família e RESULTADOS E DISCUSSÃO

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reconhecimento do grupo (FERNANDES et al., 2017).

Ainda sobre as mães adolescentes participantes do estudo, 16 eram primíparas, três estavam na segunda gestação e uma na terceira, todas vivenciando a primeira experiência de ter um filho pré-termo. Destaca-se que apenas cinco realizaram pré-natal. O parto normal prevaleceu entre as entrevistadas (11). Os RN eram, em sua maioria, do sexo masculino, com idade gestacional entre 27 e 35 semanas, prevalecendo de 30 a 34 semanas e peso ao nascer, entre 850 e 2.345 gramas, com predomínio daqueles com muito baixo peso ao nascer (menores que 1.500 gramas).

A partir da análise dos dados foram identificadas três categorias: exercício da maternidade em mães adolescentes de filhos pré-termo, apoio da família e da equipe de saúde para o exercício dos cuidados maternos e em direção ao protagonismo materno.

Exercício da maternidade em adolescentes mães de recém-nascidos pré-termo

Algumas entrevistadas expressaram a vontade de continuar agindo como adolescentes, saindo com os amigos, desenvolvendo atividades próprias de seus grupos sociais, embora reconhecessem que isto não seria mais possível. A exemplo de Girassol, para quem a gestação e a maternidade significaram o fim de suas brincadeiras.

“Eu fiquei muito... foi ruim quando estava grávida, porque, de primeiro, eu brincava muito e agora não podia” (Girassol, 15 anos, UCINCa, PN 1.455g).

A chegada de um filho, que gera profundas mudanças na vida das mulheres em geral, se intensifica na experiência das adolescentes, que deixam de realizar atividades próprias da idade e assumem responsabilidades para as quais podem não se sentir preparadas. Com o nascimento do bebê, há uma rápida transição no ciclo de vida, em que a adolescente, deixa de ser apenas filha e passa também a exercer o papel de mãe, sendo

convocada a assumir responsabilidades da vida adulta. Necessita amadurecer de forma precoce deixando de lado vivências da adolescência com intensa reestruturação e reajustamento pessoal e social, mudança de identidade e uma redefinição de papéis, articuladas com modificações orgânicas e psíquicas.

Em suas falas, várias adolescentes trouxeram considerações muito sensíveis, que podem surpreender pela idade, mas que representam essa redefinição de papéis.

“Porque a vida da gente é torta, nem tudo é maravilha, tem que passar pelas dificuldades” (Íris, 18 anos, UTIN, PN 700 g).

“Eu amo a minha filha demais, apesar de ter pouco tempo, foi eu que botei no mundo, eu tive consciência de fazer, eu vou ter consciência de criar” (Petúnia, 15 anos, UTIN, PN 1.455g). “Por causa que eu sou muito nova para ter bebê, mas a gente se acostuma, a gente fez e tem que se responsabilizar agora. E a responsabilidade é grande! Você, de menor, cuidando de outra criança é muito complicado” (Violeta, 16 anos, UCINCa, PN 1.400g).

A gestação nesta fase da vida representa um fator adicional com o qual a adolescente precisa lidar (BULHÕES et al., 2017). Pode acarretar mudanças significativas, independente das razões que a levaram a engravidar – decisão consciente, falta de conhecimento ou de acesso aos métodos contraceptivos, dentre outras. Os sentimentos advindos da gravidez são ambivalentes, envolvendo medo, angústia e rejeição, mas podem se transformar, a partir de múltiplos fatores, incluindo aceitação, possibilitando vivenciar prazerosas emoções.

Resultados semelhantes foram evidenciados em uma pesquisa realizada na região Nordeste com 14 gestantes adolescentes que também reforçaram a presença da ambiguidade de sentimentos existentes nesse período (LIMA et al., 2017).

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No caso das adolescentes participantes deste trabalho, estes sentimentos discutidos anteriormente potencializam-se diante do nascimento de um filho pré-termo e da consequente necessidade de internação. Por um lado, o medo de não ser uma boa mãe e não saber cuidar adequadamente de seu filho, e por outro, a felicidade de ver seu filho e de estar com ele.

“Na hora que eu vi ele com um bocado de aparelhinho, eu pensei que ele não iria aguentar. Eu fiquei muito preocupada, pensei que ele iria morrer! Fiquei triste! Não aguentei não, comecei logo a chorar” (Violeta, 16 anos, UCINCa, PN 1.400g). “Eu me senti feliz e ao mesmo tempo triste quando ele nasceu, porque era criança de risco. Era muito pequeno, o peso era de risco, na hora que nasceu, já foram intubando ele [...] Eu fiquei feliz, e ao mesmo tempo um pouco triste” (Bromélia, 17 anos, UTIN, PN 970g).

“Esses sentimentos contraditórios aparecem também durante a internação, como relatado por Margarida e Rosa.

“Ontem ela estava meio assustadinha. Assim... chorando! Eu fiquei triste, também chorei. [...]Eu fico feliz com ela, quando estou com ela eu me sinto bem” (Margarida, 16 anos, UTIN, PN 2.345g).

“Eu sinto medo de às vezes não tá cuidando dele do jeito certo. De que possa, às vezes, acontecer alguma coisa com ele” (Rosa, 18 anos, UCINCa, PN 1.770g).

As entrevistas evidenciaram a intensidade da experiência, marcada por um lado pela felicidade do nascimento do filho e pelo desejo de exercerem a função materna e, por outro, pela tristeza do nascimento pré-termo, necessitando de cuidados intensivos neonatais. Para as participantes deste estudo há um somatório de fenômenos como idade, a experiência da hospitalização, o peso e tamanho do RN, que geram sentimentos como medo da morte do filho, comumente expresso pelas mães e famílias.

Apoio da família e da equipe de saúde no exercício dos cuidados maternos

O local do estudo garantiu às mães adolescentes, mesmo na condição de acompanhantes dos filhos internados, o direito de terem, elas próprias, seu acompanhante - algum familiar ou pessoa de sua rede social que lhes oferecesse apoio. Esse cuidado é assegurado por muitas UN, que se apoiam para isso no Estatuto da Criança e do Adolescente que garante direito ao acompanhante para crianças e adolescentes internados.

Das 20 entrevistadas, 11 estavam acompanhadas. Destas, seis tiveram a própria mãe como acompanhante, duas as tias, duas os companheiros e uma a sogra. As nove que não tinham acompanhante eram residentes do interior do estado e se deslocaram para a capital em busca de assistência especializada e recebiam visitas esporádicas de familiares. Silva e Melo (2020) indicam que, no cenário de UTIN, para as mães adolescentes, a relação com a mãe e companheiro/namorado, o pai do bebê, ganham destaque. A maioria das adolescentes mencionou, dentre as mulheres da família, a importância de ter sua própria mãe como principal apoio para enfrentar este momento.

“Significa muito ter minha mãe aqui, porque assim... Ela me ajuda, eu ajudo ela, ambas se ajudam, e ela também passa confiança, responsabilidade, que é isso tudo que eu quero passar para neném” (Jasmin, 16 anos, UCINCa, PN 1.715g).

As adolescentes têm uma percepção positiva do suporte oferecido pela própria mãe. A competência atribuída a elas advém do fato de serem mulheres, terem mais experiência e conhecimento e de já terem vivenciado a maternidade (DEMORI et al., 2018) A transmissão transgeracional de conhecimentos das mulheres da família que já vivenciaram a maternidade contribui para a construção da maternagem.

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Se, por um lado, este acompanhante funciona como apoio e facilita suas descobertas neste momento de transição, em alguns casos fragiliza o protagonismo materno. As observações de campo nos espaços de cuidado dos RN demonstraram que, muitas vezes, a acompanhante assumiu totalmente os cuidados com o RN. Essa postura, também foi identificada na fala das adolescentes entrevistadas:

“Minha mãe ficou muito feliz, porque ela sempre quis também ter um nenenzinho. Ela adora muito criança. Já criou minha sobrinha. Aí quando eu fiz a ultrassom, deu que era um homem. Aí ela ficou muito feliz. Um casal, para ela criar” (Violeta, 16 anos, UCINCa, PN 1.400g).

“Quem faz os cuidados do bebê é ela [avó paterna], eu só ajudo!” (Magnólia, 17 anos, UCINCa, PN 2.150g)

Com frequência, parece haver nas acompanhantes que assumem o cuidado do RN a percepção de imaturidade ou mesmo de pouca habilidade desta jovem mãe como cuidadora de seu filho. Além disso, sua mãe ou sua sogra, tendem a sentir-se muito próximas de uma idade em que cuidar de filhos pequenos está incluído nas atividades próprias do ciclo de desenvolvimento em que se encontram. A mãe adolescente pode compactuar com uma ou ambas destas duas prováveis situações, abdicando de seu lugar como mãe e permanecendo apenas em seu lugar de filha. A transferência dessas funções, decorrente do exercício efetivo da maternidade pela avó, pode colocar a adolescente na condição de "irmã do filho" intensificando ainda mais o desafio bastante presente nessa etapa de construção de uma identidade (DEUS; DIAS, 2020).

Alguns autores concordam que, na presença do familiar, as adolescentes apresentam maior dificuldade para exercer a maternidade. Estudo de revisão revelou que na companhia dos pais, a adolescente permanece no seu papel de filha dependente, não se autorizando a assumir

funções maternas. Assim, o bebê fica sob responsabilidade dos avós que, acabam assumindo a função de pais da criança. Isto foi visto em algumas falas nesta investigação, especialmente quando a adolescente identifica a sua mãe como a responsável pelos cuidados do RN. Com o nascimento prematuro, isso se potencializa e pode ser mais um motivo para que esse cuidado seja exercido pelas avós.

Frente a esses sentimentos, a rede de apoio familiar, que tem como função preservar a autoestima e evitar maiores traumas psicológicos decorrentes das transformações vindas de uma gestação na adolescência, deve ser uma grande preocupação para a equipe de saúde. É ela que tem função de proporcionar apoio emocional para o enfrentamento da nova realidade e das mudanças que irão ocorrer, agora, em todo puerpério (CREMONESE et al., 2017) e, mais ainda, quando esse se dá no contexto destacado por este estudo.

Estudos sobre a maternidade na adolescência, em situação de nascimento a termo, demonstram a importância de uma rede de apoio para que a mãe adolescente assuma, gradualmente, os cuidados do filho e expressam também a necessidade de uma atenção direcionada para essa faixa etária, com ações que favoreçam a interação entre mãe e filho, levando em consideração os contextos familiares, sociais e culturais nos quais está inserida (LIMA et al., 2017; MERINO et al., 2013).

A necessidade de apoio fica mais presente em adolescentes como as participantes deste estudo pois, além de lidar com as particularidades da maternidade, têm que lidar com um RN de risco, em situação de internação hospitalar. Portanto, além do apoio familiar, a equipe de saúde passa a ter importante papel e devem estar preparadas para isto (QUOSDORF et al., 2020). Neste sentido, as entrevistadas fizeram uma avaliação positiva quanto ao apoio recebido da equipe:

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“Na hora que a gente chama, eles estão perto, estão explicando, estão fazendo de tudo. Se é uma coisa difícil para se entender, eles explicam de algum jeito que a gente possa entender” (Lírio, 17 anos, UCINCa, PN 1.275g).

“Elas ensinavam. Quando eu cheguei lá, ela perguntou se eu queria pegar na menina no primeiro dia e eu disse que não. Ela disse ‘não faz medo não’. Ela me ensinou a trocar fralda, me ensinou a pegar nela” (Tulipa, 19 anos, UCINCo, PN 1.310g).

“Hoje mesmo, eu dei banho nele sozinha e ela ficou só de perto olhando” (Violeta, 16 anos, UTIN, PN 1.400g).

A construção do lugar materno em situação de internação em UN está muito relacionada com os cuidados e práticas que os serviços de saúde oferecem para as mães. À medida que a instituição se organiza e cria alternativas para atender às especificidades da mulher, é possível sua inserção nas práticas de cuidado ao filho hospitalizado. Muitas modificações vêm ocorrendo ao longo dos anos no cuidado em UN.

O cuidado tradicional alicerçado no modelo biologicista, centrado na doença do RN, vem cedendo espaço para um modelo humanizado que entende a presença dos pais e a incorporação da família nos cuidados como fundamentais para uma atenção de qualidade.

No Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu o Método Canguru (MC) como modelo de atenção humanizada ao RN e o adotou como política pública de saúde desde 2000. Apesar disto, a fala da Petúnia que estava acompanhando seu filho na UTIN indica uma desautorização por parte da equipe, não explícita, mas subentendida, a partir de demasiadas recomendações, orientações, especialmente focadas em higienização e na fragilidade do bebê.

“A única coisa que faço é tirar o leite. Até a fralda eu tentei trocar, mas elas não deixaram” (Petúnia, 15 anos, UTIN, PN 1.455g).

Isso pode colaborar para que não se autorizem ao exercício de cuidados que

contribuem para a construção do seu lugar como mães, e deixem que esses sejam exercidos, pelas avós e/ou equipe, que consideram mais experientes. De fato, as entrevistadas, muitas vezes, achavam que o bebê estava mais seguro sob os cuidados da equipe do que delas próprias.

“Toda hora tem meio mundo de gente ali. Um monte de enfermeiro, de médico, pegando ele para fazer as coisas, saber como é que tá. Aí me deixa mais tranquila, porque eu tenho medo de pegar” (Beladona, 19 anos, UTIN, PN 1.475g).

O cuidado materno como pode ser visto aqui, sofre influência da rotina hospitalar, que pode ser desfavorável ou não ao seu exercício A equipe de saúde precisa ter clareza e sensibilidade para abrir espaço para os cuidados familiares sendo facilitadora para a inserção especialmente da mãe, no processo de cuidado do RN. Tal prática exige do profissional uma postura diferenciada, especialmente em se tratando de mães adolescentes, que demandam cuidados e orientações que estimulem seu compromisso, seu envolvimento e poder decisório na assistência a ser prestada ao filho internado (CHVATAL et al., 2017).

Como contraponto, muitas entrevistas ocorreram quando as adolescentes estavam com seus filhos na UCINCa, um espaço privilegiado para trocas entre a equipe e as mães. A estabilidade clínica das crianças bem como a maior autonomia no desempenho do cuidado materno que pode ser adquirido nas primeiras fases da internação, se mostraram um grande auxílio na desmistificação de temores e medos na execução de cuidados junto ao RN. Tulipa demonstra que as orientações podem transformar condutas maternas na fala abaixo.

“Não precisa a gente ter medo não, porque o cuidado a gente aprende ligeirinho. Eu peguei, estou cuidando dela. Eu fiquei com medo de cuidar nos primeiros dias, mas agora já sei” (Tulipa, 19 anos, UCINCa, PN 1.310g).

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Por outro lado, suas experiências anteriores com crianças da família já haviam possibilitado a elas uma aprendizagem que pode se expressar agora, nesta situação, como afirma Rosa:

“Quero que as pessoas vejam que a gente tem capacidade de cuidar e elas parem de falar. Porque muita gente critica pela minha idade, ser nova. Muitas pessoas criticam eu ser mãe. Eu sempre fui cuidadosa, minha irmã teve neném e eu sempre cuidei dele” (Rosa, 18 anos, UCINCa, PN 1.770g).

A convivência e o cuidado com irmãos e sobrinhos menores permitem o desenvolvimento de competências da maternagem. A equipe de saúde deve considerar as histórias destas mães adolescentes pois, para muitas, o cuidado com bebês ou pequenas crianças já fez parte de sua vida. É clara a necessidade de os profissionais de saúde estarem atentos aos seus posicionamentos em relação à mãe adolescente e sua rede de apoio. As adolescentes buscam na equipe de saúde uma possibilidade de orientação, mas também de escuta, acolhimento e compreensão diferente daquela esperada de sua família.

O grande desafio é o efetivo estabelecimento de uma rede de apoio profissional capacitada na avaliação das melhores possibilidades da mãe adolescente em utilizar seus recursos no cuidado com o filho. Que seja capaz de estabelecer uma comunicação que a informe da realidade do que se passa com sua criança e que a auxilie na busca do melhor percurso para seu exercício materno.

Em direção ao protagonismo materno

Em alguns casos, a presença permanente do acompanhante, no lugar de apoiar o protagonismo no exercício dos cuidados maternos, pode inibir a capacidade desta mãe em tomar iniciativas ou mesmo assumir suas funções. Trata-se de uma situação delicada, que requer olhar e escuta sensíveis por parte da equipe de saúde para que possam orientar e estimular os familiares a

oferecerem apoio para que a mãe, de forma gradativa, se sinta fortalecida para exercer os cuidados com seu filho.

Um achado muito interessante, foi que algumas adolescentes manifestaram desejo de ter mais independência e autonomia, indicando uma vontade de assumir compromissos da vida adulta. Violeta trouxe, em sua fala, uma posição diferenciada e exerceu protagonismo no cuidado do filho a partir de sua escolha de não ter um acompanhante.

“Eles foram me perguntar se eu queria acompanhante, eu falei que não, porque queria ficar sozinha com ele para aprender mais” (Violeta, 16 anos, UCINCa, PN 1.400 g).

Esta fala convoca à ampliação do olhar sobre necessidades particulares neste grupo de mães. Reside aqui uma questão que envolve não apenas a família, mas também as equipes de UN. Essa possibilidade/direito de um acompanhante tem função terapêutica e apoiadora para uma maternagem mais segura, mas não pode ser uma regra obrigatória para todas as adolescentes.

O desejo da adolescente, assim como a observação de sinais indicativos da dificuldade do familiar/acompanhante em auxiliar a mãe adolescente a assumir habilidades e competências maternas merece uma delicada intervenção por parte da equipe de saúde. Auxiliar a execução de tarefas e orientar a família a observar e valorizar as conquistas realizadas por esta jovem mãe nos cuidados de rotina para com o filho, pode interferir positivamente em toda dinâmica familiar.

É função da equipe de saúde destacar para os familiares, especialmente as avós, a importância de estimularem a adolescente a assumir os cuidados maternos. Ela é filha, mas agora também é mãe, o que exige um funcionamento familiar que permita essa transição essencial para o estabelecimento da maternagem e a intervenção da equipe pode auxiliar no mais adequado mapeamento das funções familiares.

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A proximidade, observações e, até mesmo, intervenções da equipe junto à família, podem facilitar a transição de papeis provocada pela chegada do bebê, determinando que, além de filha, a mãe adolescente passe a ser mãe e que, sua mãe, assuma o lugar de avó. A atuação da equipe de saúde para que as transições de papéis, nestas diferentes gerações, possam ser percorridas com menos dúvidas ou mesmo competições, poderá facilitar o protagonismo materno.

Ser acompanhada por figuras femininas familiares, especialmente sua própria mãe, representou para muitas destas mães um porto-seguro e proporcionou a experiência de pertencimento a uma história familiar. No entanto, em algumas situações, estar sozinha possibilitou o reconhecimento de suas competências no enfrentamento de diferentes tarefas de cuidados com o bebê. Tulipa traz ainda outra dimensão dessa questão:

“Quando eu vim da UCINCo, eu pensei que minha mãe ia ficar, eu fiquei feliz! Ela não pode ficar. Então foi eu mesma. E agora eu sei cuidar” (Tulipa, 19 anos, UCINCa, PN 1.310g).

Para Tulipa, o fato de ter estado sozinha, lhe possibilitou um reposicionamento frente às funções maternas, lhe oferecendo a oportunidade de sentir-se capaz de exercer os cuidados com seu bebê.

Violeta e Tulipa indicam um importante achado desta pesquisa, levando a considerar que estar sozinha com o filho, pode favorecer uma efetiva participação e empoderamento da mãe adolescente. Estas falas reforçam a importância de uma escuta qualificada que possibilite às mães adolescentes a decisão de estarem ou não acompanhadas e que lhes seja facultado maior autonomia nos cuidados com o filho. A condição de estar ou não sozinha precisa ser uma escolha e não uma norma protocolar.

Conceitos pré-estabelecidos sobre o funcionamento da adolescente, a visão de uma

certa fragilidade ou imaturidade destas meninas/mulheres pela sociedade e como já vimos pela própria família, perpassa também a equipe dificultando suas trajetórias. Com frequência as adolescentes sentem-se julgadas pelos profissionais de saúde tanto pela ocorrência da gravidez como pela situação do parto prematuro, muitas vezes observada como "falta de cuidado" da parte delas (MATOS et al., 2019).

Na verdade, as equipes, comumente esquecem que essa fase da vida é de criatividade, irreverência, condutas intensas de liberdade e autonomia como molas propulsoras para o desenvolvimento. A utilização destes seus recursos para que se envolvam com o filho e com as recomendações das equipes de saúde é uma das pistas indicadas para o planejamento do cuidado com estas díades, nas unidades neonatais. Sugere-se também à equipe que, neste período de transição para todos - para o pequeno bebê e sua experiência de internação, para sua mãe adolescente e sua família -, seja possível, junto dos cuidados clínicos necessários, uma atenção integral e individualizada, capaz de mapear a dinâmica familiar e especialmente as necessidades desta mãe adolescente, o que levará ao estabelecimento dos limites nos diferentes papéis e funções familiares.

Existem situações especiais que sugerem a necessidade de uma atuação mais presente e efetiva da equipe junto ao bebê por características do funcionamento da mãe adolescente como aspectos cognitivos, dificuldades comportamentais, doenças ou mesmo abuso de substâncias que impedem um cuidado adequado. Nestes casos, as intervenções podem envolver uma participação maior dos cuidadores familiares para a proteção deste RN, mas sem impedir a possível participação materna. Por outro lado, existem instituições e profissionais especialistas nestas questões que devem ser acionados para o apoio à equipe e também à adolescente e sua família.

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Uma possível limitação durante a realização deste estudo foi o fato de que em algumas entrevistas, a adolescente não estava sozinha. Nesta situação, a entrevistadora explicava às acompanhantes (em geral, avó materna ou paterna) a importância da privacidade para uma maior liberdade de expressão. Outra questão refere-se à decisão de não trabalhar neste

estudo sobre a figura paterna destes RN, procurando dar voz a aspectos próprios do protagonismo materno, optando para que num estudo complementar seja discutido o exercício dos cuidados paternos buscando novas vias de discussão e compreensão da parentalidade.

As falas das adolescentes que se tornaram mães de RN pré-termo, internados em UN, neste estudo, convidam a pensar sobre estratégias de atenção e cuidado por parte da equipe de saúde. No entanto, trata-se de um tema que ainda necessita de formulações teóricas mais consistentes, capazes de oferecer a compreensão do que se passa neste contexto específico.

Uma discussão que propomos a partir da escuta e da observação destas mães adolescentes refere-se a novas orientações quanto ao seu cuidado no ambiente de Unidade Neonatal, buscando abandonar percepções arraigadas sobre condutas previamente esperadas para a mãe adolescente.

Como já afirmamos, não se trata de uma população homogênea, com necessidades iguais. Devem ser levadas em conta, experiências anteriores, idade - uma adolescente de 13 anos e uma de 19 anos comportam-se de formas diferentes, pois encontram-se em períodos de transição muito díspares – uma abandonando a puberdade e outra já entrando na vida adulta. Muitas permaneceram no hospital, junto ao filho, sem acompanhante, afirmando sua vontade de assumir um protagonismo capaz de oferecer atenção segura, mesmo avaliando as exigências que isto lhes impunha. Este foi um achado relevante deste estudo, que possibilita, às equipes de saúde, o reconhecimento de que estas jovens mães podem assumir o cuidado de seus filhos.

O apoio da família é indispensável para a construção do cuidado materno na adolescência. As figuras maternas de referência devem ser estimuladas a participar da rotina de cuidados, respeitando o desejo da mãe adolescente. Cabe à equipe a observação das diferentes dinâmicas familiares e as exigências propostas para a intervenção familiar individualizada. Algumas irão necessitar de assinalamentos ou condições que levem a família ampliada a permitir e sustentar que a mãe adolescente assuma o protagonismo.

Outras, deverão entender que esta jovem mãe irá buscar no contato independente com o filho, formas de lidar com a própria ambivalência, sentimento comum neste espaço e neste tempo. Poderá, assim, enfrentar seus sentimentos e pensamentos de medo e amor, de ligação e de distanciamento descobrindo em suas ações um percurso seguro para a maternagem. E todos, ao experimentarem que a equipe de saúde oferece um olhar e uma escuta que aprova diferentes e adequadas formas de conduzir o cuidado para com este RN e sua mãe, reconhecem que podem atravessar os limites atuais que compõe os lugares familiares para buscarem os novos, como o de filha para mãe, mesmo que num período do desenvolvimento em que demandas diversas tem lugar.

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COLABORAÇÕES

Soares FM contribuiu inteiramente na elaboração do projeto, coleta de dados, análise, interpretação de dados, discussão dos resultados e na construção da escrita deste manuscrito. Gonçalves LLM contribuiu na análise, interpretação de dados, discussão dos resultados e na construção da escrita. Costa R contribuiu na interpretação de dados, discussão dos resultados e na escrita. Gomes CMR da P contribuiu na interpretação de dados e na discussão dos resultados. Morsch DS contribuiu na análise, interpretação de dados, discussão dos resultados e na construção da escrita. Lamy ZC contribuiu inteiramente na elaboração do projeto, coleta de dados, análise, interpretação de dados, discussão dos resultados e na construção da escrita deste manuscrito.

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos às adolescentes que disponibilizaram seu tempo para responder às perguntas desta pesquisa DISPONIBILIDADE DOS DADOS

Os dados que suportam os resultados deste estudo serão disponibilizados pela autora correspondente, Soares FM, mediante solicitação razoável.

FONTE DE FINANCIAMENTO

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPQ, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES.

CONFLITOS DE INTERESSE

Não há conflitos de interesses a declarar. Submetido: 08/04/2021

Referências

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