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Mozart Borba Processo Civil Tô Ligado!

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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

Mozart Borba – Processo Civil – Tô Ligado!

O QUE É INDISPENSÁVEL VOCÊ RELEMBRAR SOBRE PETIÇÃO INICIAL E DEFESA:

1° - Sobre a petição inicial:

a) Lembre de reler o art. 282, 283 e 39 do CPC;

b) O pedido normalmente é um dos principais focos do CESPE quando pergunta sobre petição inicial. Sobre ele lembre-se de que deve ser certo ou determinado (o autor deverá ser claro e preciso naquilo que espera obter da pretensão jurisdicional – art. 286 do CPC). O pedido deve ainda ser concludente, isto é, estar de acordo com o fato e o direito exposto pelo autor, que são a causa de pedir. Quando não há correlação entre a causa de pedir e o pedido, a petição inicial torna-se inepta e deve ser liminarmente indeferida (CPC, art. 295, parágrafo único, II);

c) Não esqueça que excepcionalmente será admitido pedido genérico (1- nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição inicial os bens demandados; 2- quando não for possível determinar, de modo definitivo, as consequências do ato ou do fato ilícito; 3- quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu). Fique atento que a jurisprudência admite o pedido genérico relativo a dano moral;

d) Especificamente sobre pedido de dano moral decore a Súmula 326 do STJ (Sucumbência recíproca em dano moral): Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca;

e) Os pedidos serão interpretados restritivamente, mas existem alguns que serão considerados pedidos ainda que o advogado do autor não os tenha requerido na petição inicial. São os pedidos implícitos... decore-os:

Honorários advocatícios Art. 20 do CPC

Ressarcimento por custas e despesas processuais Art. 20 do CPC Atualização (correção) monetária Art. 20 do CPC Prestações de trato sucessivo Art. 290 do CPC

(2)

2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? f) Fique ligado quanto a algumas variações do pedido:

TIPO DE PEDIDO CONCEITO CPC EXEMPLO

Pedido

cumula-tivo1

Simples

Os pedidos cumulados são autônomos entre si e o acolhimento ou rejeição de

um pedido não interfere no outro.

Art. 292

O autor requer dano moral e dano material (observe: a concessão de um independe da concessão do outro)

Eventual

O pedido em cumulação eventual é aquele que o acolhimento do segundo

pedido depende da procedência do primeiro. Art. 292 O autor requer reconhecimento de paternidade e cumula o pedido de alimentos (perceba que o segundo só será concedido se o primeiro for deferido)

Pedido cominatório

Consiste o pedido no requerimento ao magistrado para que, caso o devedor não cumpra sua obrigação, aplique pena

pecuniária (astreinte) pelo descumprimento.

Art. 287

O autor requer que o réu seja condenado a fazer algo e que o juiz fixe uma multa para a

hipótese de descumprimento

Pedido alternativo

Será lícito quando pela natureza da obrigação puder o devedor cumprir a

obrigação por mais de um modo.

Art. 288

O autor requer uma casa OU o equivalente

em dinheiro (perceba que ele ficará satisfeito com qualquer uma das

prestações

Pedido sucessivo

É lícito ao autor formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior. Não se trata de simples cumulação de pedidos, mas

há um pedido principal e um ou vários subsidiários, que só serão examinados

na eventualidade de rejeição do primeiro.

Art. 289

O autor requer o despejo do réu, mas se não for possível, a renovação do contrato com reajuste (observe que o segundo pedido só será analisado caso o juiz não conceda o

primeiro)

1 Os pedidos podem ser cumulados, como uma verdadeira cumulação de ações, desde que respeitado os seguintes

parâmetros traçados no art. 292 do CPC: 1) os pedidos devem ser compatíveis entre si; 2) o juiz deve ser competente para todos eles; 3) o tipo de procedimento deve ser adequado para todos os pedidos.

(3)

3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? g) Não esqueça que as provas deverão vir especificadas já na petição inicial. - Mas Mozart...

num tem uma diferença entre a inicial sob o rito sumário da inicial sob o rito ordinário?? - Sim, há!!! Nas duas as provas deveriam vir especificadas desde o início, MASSSSS se você não fizer isso na de rito ordinário não há preclusão, ou seja, o autor poderá especificá-la posteriormente. Já nas do rito sumário, caso o autor não as especifique já na propositura, ocorrerá preclusão (por exemplo, se você quisesse ouvir testemunhas... os seus nomes já deveriam ser arrolados na inicial. Se você não fizer... não poderá mais arrolá-las). Resumindo... se a assertiva disser: “as provas deverão

vir especificadas pelo autor já na petição inicial tanto no rito comum ordinário como no sumário sob pena de preclusão”... a assertiva estaria errada pois essa exigência só se faria presente nas ações de rito sumário;

h) É muito importante lembrar que a atribuição do valor da causa é um requisito obrigatório (não haverá petição inicial sem atribuição de valor a causa – art. 259 do CPC). - Mas Mozart...

e nos casos de ações sem repercussão patrimonial imediata (ação de retificação do registro civil; ações civis públicas de reparação ao meio ambiente; ações patrocinadas pela Defensoria Pública)??? - Saiba que mesmo nessas será obrigatório atribuir valor a causa, mesmo que seja meramente para efeitos fiscais;

i) Lembre que as provas documentais devem acompanhar a petição inicial (art. 283 do CPC). Atente-se ao fato de que apenas os documentos essenciais é que devem acompanhar a inicial (ou seja, outros documentos podem ser juntados ao longo do processo desde que não tenham sido maliciosamente ocultados – essa é a jurisprudência do STJ2);

j) Finalmente não esqueça que a teoria que rege a petição inicial é a da substanciação (não importa o NOME dado a ação3 ou os DISPOSITIVOS LEGAIS citados pelo autor... o juiz na verdade está atrelado ao fundamento jurídico do direito, ao CONTEÚDO DA INICIAL – iura

novit curia/o juiz conhece do direito)4. Galera... numa night (balada)... o que vale é a forma da

pessoa ou o seu conteúdo??? An?? Se sua resposta não foi o conteúdo/substância... vamos conversar depois sobre isso ok?? Hehehehehehe.

TENTA RESOLVER ESSAS QUESTÕES:

2 Somente os documentos tidos como pressupostos da causa é que devem acompanhar a inicial e a defesa. Os demais

podem ser oferecidos em outras fases e até mesmo na via recursal, desde que ouvida a parte contrária e inexistente o espírito de ocultação premeditada e o propósito de surpreender o juízo” (RSTJ 14/359).

3 “A natureza jurídica da tutela jurisdicional não está vinculada à nominação dada pelo autor à ação, e sim ao pedido”

(STJ-4ª Turma, REsp 184.648-RO, rel. Min. Aldir Passarinho, j. 16.08.01, não conheceram, v.u., DJU 04.02.02, p. 368).

4 “O nosso direito prestigiou os princípios do „juri novit curia‟ (o juiz conhece o direito) e do „da mihi factum, dabo tibi

jus‟ (dá-me o fato, que te darei o direito). Isso significa que a qualificação jurídica dada aos fatos narrados pelo autor não é essencial para o sucesso da ação. Tanto que o juiz pode conferir aos fatos qualificação jurídica diversa da atribuída pelo autor” (RSTJ 111/139 e 140/587).

(4)

4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 01. (CESPE/Analista/TJ-PA/2005) - A respeito da petição inicial no processo civil, assinale a opção correta:

(A) Nas causas em que o litígio não tenha um valor econômico, ou naquelas em que não exista pretensão resistida, por não haver discórdia entre as partes, ou, ainda, nas causas patrocinadas pela Defensoria Pública em face da hipossuficiência da parte, não se faz necessário atribuir valor à causa, pois o objetivo dessa atribuição é fixar os honorários advocatícios e custas processuais, ou seja, verbas sucumbenciais.

(B) Ainda que a petição inicial apresente omissões, defeitos ou irregularidades que dificultem o julgamento do mérito, o juiz deve determinar que o autor a emende ou a complete, no prazo legal. Se o autor não atender a determinação judicial, a petição inicial será indeferida.

(C) Deve o autor denominar corretamente a ação por ele proposta, sob pena de ser indeferida liminarmente a sua pretensão, em face da ausência dos requisitos necessários da petição inicial, ou seja, os limites da lide, pois o juiz não pode decidir fora do pedido do autor.

(D) Quando o juiz recebe a petição inicial e determina a citação do réu, profere despacho admitindo que estejam presentes os pressupostos processuais e a condição da ação. No entanto, considerando que não se aplica ao juiz a preclusão consumativa, na hipótese de acolhimento de preliminar de inépcia da inicial, argüida pelo réu, o juiz poderá retratar-se e indeferir a petição inicial.

02. (CESPE/OAB/2009.3) - Cláudia ajuizou ação contra Eleonora, requerendo a condenação desta em danos materiais, morais e pensão alimentícia em decorrência da morte de João, marido da autora, em acidente de trânsito provocado pela ré. Nessa situação hipotética, caracteriza-se cumulação de pedidos:

(A) sucessiva. (B) subsidiária. (C) simples. (D) alternativa.

GABARITO: 01 – B; 02 – C.

2° - Sobre a defesa do réu (modalidades de resposta):

a) Quanto à defesa lembre que pode se desenvolver por exceções (impedimento, suspeição e incompetência relativa), contestação e reconvenção (art. 297 do CPC);

(5)

5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? b) O prazo da defesa no rito comum ordinário é de 15 dias (60 dias se for a Fazenda Pública ou o Ministério Público – art. 188/CPC; ou 30 dias se forem litisconsortes com diferentes procuradores – art. 191/CPC e/ou a Defensoria Pública – art. 5°, § 5° da Lei 1060/50);

c) Observe a regra contida no art. 298, parágrafo único do CPC que vez por outra cai em prova do CESPE: “Parágrafo único. Se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não citado, o prazo para a resposta correrá da intimação do despacho que deferir a desistência”.

d) Sobre a contestação:

d.1) Não esqueça que a contestação é regida pelo princípio da eventualidade (art. 300 do CPC), ou seja, o réu deverá apresentar TODA a sua defesa neste ato sob pena de preclusão5

(o princípio da eventualidade tem exceções que estão no art. 303 do CPC – decore-as!);

d.2) Memorize as matérias que devem ser tratadas como preliminar (art. 301 do CPC). Neste artigo – com exceção do compromisso arbitral – todos os assuntos devem ser verificados de ofício pelo juiz (§ 4° do art. 301 do CPC). Tratam-se, portanto, de matérias de ordem pública não sujeitas a preclusão (podem ser verificadas a qualquer tempo!);

d.3) Na contestação a impugnação tem que ser específica (o réu deverá rebater fato a fato narrado na petição inicial. Os fatos não rebatidos serão tidos como incontroversos – presumidos como verdadeiros – no processo). Decore quem NÃO precisa impugnar especificamente a inicial: Ministério Público; advogado dativo/defensor público; e o curador especial conforme art. 302, parágrafo único do CPC (a jurisprudência concede o mesmo benefício à Fazenda Pública6);

d.4) Assim, como na petição inicial, a contestação deverá ser acompanhada das provas documentais (art. 396 do CPC);

TENTA RESOLVER ESSAS QUESTÕES:

01. (CESPE/Defensor Público/DPU/2007) - Julgue:

( ) I. A norma jurídica disposta no art. 302 do CPC explicita um aspecto particular do ônus imposto ao réu pelo art. 300 da lei processual civil. A exceção à aplicação do princípio do ônus da impugnação específica dos fatos alcança ao defensor público da União quando exerce o múnus de curador especial.

5 “O réu argüir, na contestação, tudo quanto for necessário à sua defesa; não o tendo feito, inclusive em face do

princípio da eventualidade, preclui o seu direito de suscitar, na instância seguinte, o que não fez oportunamente” (RSTJ 106/193 e 148/373).

(6)

6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 02. (CESPE/Defensor Público/DP-SE/2005) - Julgue os itens que se sucedem, acerca da petição inicial, da citação e da resposta do réu.

( ) I. Na contestação, ainda que o réu compareça em juízo para alegar invalidade da citação, no mesmo momento, deverá apresentar todo o restante das matérias de defesa, pois se a referida alegação não for acolhida, não se abre novo prazo para resposta.

GABARITO: 01 – C; 02 – C.

e) Sobre as exceções:

e.1) São três espécies de exceção: impedimento, suspeição e incompetência relativa (lembre que a incompetência absoluta é tratada como preliminar na contestação – art. 301, II do CPC). e.2) Quanto a de incompetência relativa (ou exceção declinatória de foro), lembre:

e.2.1) só quem pode oferecê-la é o réu e se não for oposta ocorrerá prorrogação de competência (art. 114 do CPC);

e.2.2) quando é oposta ocorre imediata suspensão do processo7 que ficará assim até o julgamento do incidente em primeiro grau8;

e.2.3) fique atento ao parágrafo único do art. 305 do CPC (redação dada pela Lei 11.280/06); e.2.4) quanto a consumação... não pense que a exceção tem que ser oferecida simultaneamente com a contestação (exigência que ocorre entre a contestação e a reconvenção – art. 299 do CPC), ou seja, o réu pode num primeiro momento oferecer a exceção (que suspenderá o processo) e após o seu julgamento em primeiro grau, apresentar o restante da defesa (contestar e/ou reconvir) no prazo que remanesceu.

TENTA RESOLVER ESSAS QUESTÕES:

7 Ementa: “A simples oposição de exceção de incompetência, independente de seu recebimento pelo magistrado, é ato

processual apto para produzir a suspensão do processo, a não ser que haja indeferimento liminar da exceção de incompetência”. (STJ-3ª Turma, AgRg na MC 14385-RJ, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 26.06.08, negado provimento, v.u., DJe 05.08.08).

8 A suspensão vigora até que a exceção seja julgada em primeiro grau de jurisdição. O advérbio “definitivamente”,

utilizada no texto, significa a definição da exceção pelo juiz e não o seu julgamento final transitado em julgado. (RT 511/190, 522/129, 572/49, 807/310). Ementa: “Rejeitada a exceção, o processo recomeça a correr da intimação da decisão que a repeliu, „porquanto o agravo da decisão que a indeferir só é recebido no efeito no efeito devolutivo‟” (STJ-3ª Turma, REsp 578.344-BA, rel. Min. Pádua Ribeiro, j. 16.03.04, negaram provimento, v.u., DJU 12.04.04, p. 209).

(7)

7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? 01. (CESPE/Defensor Público/DP-AM/2003) - Com relação ao processo e aos procedimentos na área cível, assinale a alternativa incorreta:

(A) Constituindo as exceções modos de defesa indireta, previstas no capítulo da resposta do réu, somente podem ser opostas pelo réu.

(B) Proposta exceção, o processo ficará suspenso até que seja proferida a primeira decisão a respeito do tema, e não até o julgamento final da lide.

(C) Se, proposta ação de conhecimento que objetive o cumprimento de determinado contrato, o réu alegar, em contestação, a falta do interesse de agir, sob o argumento de que o contrato é um título executivo, o juiz, acolhida a alegação, deverá extinguir o feito sem julgamento de mérito.

(D) A morte de uma das partes suspende o processo no momento de sua ocorrência. É irrelevante, sob este aspecto, o instante em que foi comunicado o óbito ao juízo. Assim, o ato que declara a suspensão do processo por morte da parte tem efeito ex tunc.

02. (CESPE/Defensor Público/DPU/2004) - Em relação a processo e procedimento, julgue os itens a seguir.

( ) I. No procedimento ordinário, o réu que, citado, oferecer exceção no último dia do prazo para resposta e não ofertar contestação não será considerado revel, já que ficará patente a sua intenção de integrar a relação processual. Nesse caso, ser-lhe-á devolvido integralmente o prazo para contestar.

03. (CESPE/Procurador de Assist. Judiciária/CEAJUR–DF/2006) - Julgue os itens que se seguem, acerca da resposta do réu e da revelia.

( ) I. A exceção de incompetência é a peça que deve ser apresentada, pelo réu e somente por ele, para argüição de incompetência relativa. O réu poderá opor a exceção de incompetência no juízo de seu domicílio, requerendo a remessa da peça ao juízo que determinou a citação.

GABARITO: 01 – A; 02 – E; 03 – C.

f) Sobre a reconvenção:

f.1) Trata-se de uma ação incidental que independe do destino da principal, pois ainda que o autor desista da ação o juiz deve prosseguir no julgamento da reconvenção (art. 317 do CPC);

(8)

8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? f.2) Para que a reconvenção seja aceita devem estar preenchidos os seguintes requisitos: identidade de partes + conexão + pedidos compatíveis entre si + sigam o mesmo rito);

f.3) A reconvenção não suspende a ação, pois será julgada na mesma sentença que julgará a ação principal (art. 318 do CPC);

f.4) Proposta a reconvenção o autor será INTIMADO (e não citado) na pessoa do seu advogado (e NÃO pessoalmente) para contestar a ação no prazo de 15 dias.

f.5) Não esqueça que é proibido ao réu reconvir quando o autor estiver pleiteando em nome de outrem (art. 315, parágrafo único do CPC);

f.6) Caso o réu queira oferecer a contestação e também queira reconvir... deverá fazê-las SIMULTANEAMENTE (no mesmo momento processual). Preste atenção: se o réu contestar ou reconvir num primeiro momento... não poderá praticar o outro ato ainda que haja prazo remanescente na defesa. Por exemplo: caso no terceiro dia do prazo da defesa eu apenas ofereça a contestação... não poderei – mesmo ainda existindo prazo remanescente – reconvir, pois consumei o ato da defesa ao apresentar a contestação9. Também fique atento ao fato de que teoricamente o réu pode apenas contestar ou apenas reconvir! Sim... ele pode apenas reconvir, pois como disse quase agora, trata-se de uma ação incidental (independente da principal).

TENTA RESOLVER ESSAS QUESTÕES:

01. (CESPE/Analista/TJ-PA/2005) - Em relação à resposta do réu no processo civil, assinale a opção incorreta:

(A) O oferecimento de reconvenção pelo réu instaura uma relação processual nova, distinta e paralela à que se inaugurou com a propositura da ação pelo autor contra aquele réu. Trata-se de ação distinta, em que, se for extinta a relação processual inaugurada com o ajuizamento da ação, prossegue o juiz no julgamento da reconvenção.

(B) Têm legitimidade ativa para opor as exceções de impedimento ou de suspeição o autor, o réu, o opoente, o litisdenunciado e o Ministério Público, quando atua na função de fiscal da lei. A oposição das citadas exceções objetiva afastar o juiz parcial para que não decida questões nem julgue o mérito da causa, razão pela qual, o processo principal ficará suspenso até que o incidente seja definitivamente julgado.

9 “Aplica-se o princípio da preclusão consumativa, adotado pela uniforme jurisprudência do STJ, à regra do art. 299 do

CPC, de sorte que tardio o pedido reconvencional apresentado após o oferecimento da contestação pelo mesmo réu, ainda que antes de terminado o prazo original de defesa” (STJ-4ª Turma, REsp 31.353-SP, rel. Min. Aldir Passarinho Jr., j. 08.06.04, deram provimento, v.u., DJU 16.08.04, p. 260).

(9)

9 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? (C) O réu deve formular, na contestação, todas as defesas de que disponha, de caráter formal ou material, salvo aquelas que constituam objeto específico de outras respostas ou incidentes. O réu, além de defender-se, tem o ônus de impugnar especificadamente todos os fatos narrados na petição inicial.

(D) A contestação e a reconvenção devem ser apresentadas simultaneamente. Assim, o réu não poderá oferecer reconvenção se não houver contestado a ação, pois a ausência de resposta do réu aos pedidos do autor implica revelia e julgamento antecipado da lide.

02. (CESPE/OAB-NE/2006.2) - A respeito da reconvenção, assinale a opção incorreta:

(A) Não será admissível a reconvenção destinada a obter utilidade que pode ser conferida ao reconvinte-réu caso a sentença relativa à ação primitiva seja de improcedência.

(B) Quando a ação tiver procedimento especial, a reconvenção é admitida se para ela estiver disposto procedimento igual, ou se cabível a adoção do procedimento ordinário para a reconvenção. A reconvenção é admitida também se o procedimento especial disposto para a ação primitiva for daqueles que, depois de determinada providência preliminar, se transforma em procedimento ordinário.

(C) Para que a reconvenção seja admissível, exige-se que ela seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. Quando se fala em comunhão de causas de pedir, não se pretende exigir que as causas de pedir da ação e da reconvenção sejam rigorosamente iguais, mas que tais causas de pedir contenham alguma identidade que justifique o processamento simultâneo das demandas.

(D) O juiz da causa principal é competente para a reconvenção, ainda que, originariamente, tenha sido absolutamente incompetente para conhecê-la. Assim, se a reconvenção for conexa com a ação principal ou com o fundamento de defesa, o juiz da causa principal torna-se competente para a reconvenção.

GABARITO: 01 – D; 02 – D.

MOZART BORBA mozartborba@euvoupassar.com.br

Twitter: @mozartborba

Galera... é a reta final pro MPU! Gás... gás... gás... pois o contracheque é para sempre!!

Referências

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