• Nenhum resultado encontrado

POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE: trajetória e desafios

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE: trajetória e desafios"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011

POLÍTICA NACIONAL DE JUVENTUDE: trajetória e desafios

Roselani Sodré da Silva

*

Vini Rabassa da Silva

**

Este artigo é resultado de uma revisão teórica sobre a Política Nacional de Juventude (PNJ) e tem como premissa a necessidade de maior reflexão sobre esse tema, considerando os graves pro-blemas enfrentados pelos jovens na atualidade. Apresenta, inicialmente, alguns comentários sobre o significado da juventude para a sociedade contemporânea e, logo a seguir, alguns dados sobre a situação da juventude brasileira, destacando a premência de políticas públicas adequa-das às necessidades específicas adequa-das diferentes juventudes. Após essa breve contextualização, é realizada uma abordagem sobre a gênese e o desenvolvimento dessa política, e apresentado o mapeamento dos programas nacionais existentes atualmente. Encerra a exposição com uma análise sobre a atual PNJ e com a indicação de alguns desafios para a sua consolidação. PALAVRAS-CHAVE: juventude, jovens, política nacional de juventude, programas nacionais de ju-ventude, políticas públicas

INTRODUÇÃO

O tema da juventude tem-se apresentado como uma questão emergente no século XXI. Em 12 de agosto de 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) abriu mais um Ano Internacional da Juventude. Sob o tema “Diálogo e Entendimen-to Mútuo”, a ONU objetiva encorajar o diálogo e a compreensão entre gerações, promover os ideais de paz, o respeito pelos direitos humanos, a liber-dade e a solidarieliber-dade. Essa iniciativa corresponde a um anseio por uma nova ordem mundial que tenha o jovem como partícipe de sua construção e aponta para a necessidade de mudança na relação do Estado e da sociedade com a juventude.

De fato, a sociedade tem assistido perplexa, ora condenando, ora vitimizando, ao crescente * Mestre em Política Social pela Universidade Católica de

Pelotas (UCPEL). Assessora Técnica da Secretaria Muni-cipal de Educação de Pelotas.

Rua General Neto, 860. Cep: 96015-280 - Centro - Pelotas - RS - Brasil. roselanisilva@gmail.com.

** Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade

Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Professora do Mestrado em Política Social e do Curso de Serviço Social da UCPEL. vini@ucpel.tche.br

número de casos policiais que envolvem jovens, cada vez com menos idade, como vítimas ou como acusados, na criminalidade.

Os avanços trazidos pelo Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA), que está completando 20 anos em 2010, tornam-se alvo de ataques de setores conservadores da sociedade que os consi-deram como “excessivos”. Na contramão do ECA, surgem alguns movimentos como, por exemplo, as ações em prol da redução da idade de responsa-bilidade penal e o aumento das medidas restriti-vas de liberdade que tramitam atualmente no Con-gresso Nacional.

Segundo Sposito e Carrano (2003, p.20): “Ocorre uma convivência tensa entre a luta por uma nova concepção de direitos a essa fase da vida e a reiterada forma de separar a criança e o adoles-cente das elites do ‘outro’, não mais criança ou adolescente, mas delinquente, perigoso, virtual ameaça à ordem social”. Apesar disso, afirmam haver consenso, na sociedade brasileira, sobre a premência de políticas destinadas aos jovens para enfocar especificamente o amplo segmento enten-dido como juventude, que não tem sido priorizado

(2)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011

nas políticas atuais ou sequer contemplado com programas sociais.

Diante disto, entende-se que a juventude, destacando-se aqui, particularmente, a juventude brasileira, requer um urgente investimento econô-mico, educacional, cultural, político e social, que considere a sua realidade como coletivo, a sua di-versidade, resultante das determinações sociais, e

seja capaz de efetivar uma política pública1

nacio-nal de juventude.

Considerando a emergência desse tema no cenário mundial e o incipiente debate sobre ele, especificamente entre a categoria de assistentes sociais, pretende-se, com este artigo, instigar no-vos estudos e pesquisas capazes de ancorar dire-trizes e programas que visem a efetivar uma

políti-ca públipolíti-ca1 de juventude de caráter emancipatório.

SIGNIFICADO DE JUVENTUDE

A palavra juventude tem assumido diferen-tes significados de acordo com o contexto históri-co, social, econômico e cultural vigente. Porém, o sentido mais comumente encontrado é aquele que a define como uma fase de transição entre a ado-lescência e a vida adulta, um momento de prepa-ração para um “devir”, conforme analisam Dayrell e Gomes, comentando sobre as imagens atribuídas a essa fase da vida. “Uma das mais arraigadas é a juventude vista na sua condição de transitorieda-de, onde o jovem é um ‘vir a ser’, tendo no futuro, na passagem para a vida adulta, o sentido das suas ações no presente” (Dayrell; Gomes, s/d, p.1). A mesma ideia é compartilhada por Abramo, que considera, para a sociedade moderna, ser essa uma fase de preparação do jovem

... para um exercício futuro de cidadania, dada pela condição de adulto, quando as pessoas po-dem e devem (em tese) assumir integralmente as funções, inclusive as produtivas e reprodutivas, com todos os deveres e direitos implicados na participação social (Abramo, 2008, p.110).

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OPS/ OMS), juventude é uma categoria sociológica que representa um momento de preparação de sujei-tos – jovens – para assumirem o papel de adulto na sociedade e abrange o período dos 15 aos 24 anos de idade. No Brasil, a atual Política Nacional de Juventude (PNJ), considera jovem todo cida-dão ou cidadã da faixa etária entre os 15 e os 29 anos. A Política Nacional de Juventude divide essa faixa etária em 3 grupos: jovens da faixa etária de 15 a 17 anos, denominados jovens-adolescentes; jovens de 18 a 24 anos, como jovens-jovens; e jo-vens da faixa dos 25 a 29 anos, como jojo-vens-adul- jovens-adul-tos. Considerando essa divisão, pode-se perceber que o primeiro grupo já está incluído na atual po-lítica da criança e do adolescente; entretanto, os outros dois não estão.

Embora analisar o significado da palavra juventude possa ser um tema instigante, não se pretende aprofundar essa discussão neste momen-to. Porém se considera importante salientar que, mesmo incluindo sujeitos de uma mesma faixa etária, a juventude possui características diferen-ciadas de acordo com o contexto no qual os jo-vens estão inseridos. Por essa razão, a literatura atual tem utilizado a palavra juventude no plural. O uso da expressão “juventudes” representa o re-conhecimento da necessidade de, ao se tratar de jovens, levar em conta que esse segmento consti-tui identidades e singularidades de acordo com a realidade de cada um.

O plural de referência à Juventude é o reconhe-cimento do peso específico de jovens que se dis-tinguem e se identificam em suas muitas dimen-sões, tais como de gênero, cor da pele, classe, local de moradia, cotidiano e projetos de futuro (IBASE; Pólis, 2005, p.8).

BREVE CARACTERIZAÇÃO DA JUVENTUDE BRASILEIRA

O Brasil tem hoje cerca de 50,2 milhões de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos, represen-tando 26,4% da população (IBGE/PNAD, 2007). 1 Entende-se por política pública o conjunto de diretrizes

e ações encaminhadas pelo poder público para atender a determinados interesses e necessidades coletivas, as quais podem ser implementadas pelo próprio Estado ou em conjunto com a sociedade civil.

(3)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011

Desse total, 14 milhões vivem em famílias com ren-da familiar per capita de até meio salário mínimo (PNAD, 2007). Estudos do IBGE/PNAD (2007) apontam que quase a metade dos desempregados do país é jovem. Esses dados se agravam a partir da constatação de que, em média, os trabalhado-res jovens ganham menos da metade do que rece-bem os adultos (PNAD, 2006). Metade dos 54% que estão empregados trabalha sem carteira assi-nada. Ou seja, do total de jovens, apenas 27% têm emprego com carteira assinada e, portanto, direi-tos trabalhistas e previdenciários assegurados (IPEA, 2008).

A violência é outro fator que vem atingindo a população juvenil. Atualmente, mais de 70% da

população carcerária2 do país é constituída por

indivíduos que pertencem a essa faixa etária. O acesso, a permanência e o êxito na educação tam-bém representam algumas das dificuldades dos jovens nessa área, principalmente daqueles das classes de baixa renda. Apenas 13% do total estão cursando o ensino superior e 70% dos considera-dos pobres são negros (IPEA, 2008). Somam-se a esses dados os problemas que eles enfrentam na área da saúde – a contaminação pelo HIV/AIDS, as DSTs e a gravidez não planejada, o uso de drogas lícitas e ilícitas – e, em outras áreas, como a da cultura. A escassez de oportunidades de acesso a espaços e produções culturais leva os jovens despenderem seu tempo ocioso em atividades ina-dequadas e perigosas.

Em maio de 2010, organizações de juventu-de do Estado do Rio Granjuventu-de do Sul, participantes do encontro realizado pela Assembleia Legislativa, que tratou das políticas públicas para a juventu-de, lançaram o Pacto da Juventude Gaúcha, inclu-indo, no texto introdutório, várias situações vivenciadas pela juventude na atualidade.

De que jovens estamos falando? Falamos de jo-vens que, em sua maioria, estão subempregados

ou desempregados, expulsos do meio rural por falta de alternativas, submetidos à violência, que sofrem e praticam, que têm inúmeros de seus direitos negados. Falamos de jovens negros (as), que sofrem o racismo e os efeitos da escravidão. Excluídos (as) do mercado de trabalho, do siste-ma de ensino e vítisiste-mas preferenciais da violên-cia e do genocídio praticado pelo estado. Fala-mos de jovens das mais diferentes expressões sexuais, ainda marcadas pela intolerância e pelo desrespeito. De jovens estudantes de escolas pú-blicas completamente desestruturadas, sem pro-fessores, esquecidas pelo poder público. De jo-vens universitários pobres sem qualquer políti-ca de permanência que garanta os estudos. De jovens que não têm perspectivas de ingressar na universidade. Falamos de jovens excluídos dos espaços de participação e de poder (Rio Grande do Sul. Assembléia Legislativa, 2010, p.2).

Assim, essas organizações juvenis, nesse trecho introdutório, expressam a tendência em caracterizar a juventude atual como uma fase da vida na qual a maioria de seus integrantes entra em confronto com várias manifestações da ques-tão social, indicando que as desigualdades econô-micas, sociais e culturais dividem esse segmento em duas juventudes distintas: os que conseguem usufruir da condição de “ser jovem” e os que pas-sam da infância diretamente à condição de vida adulta, inserindo-se no mercado de trabalho for-mal ou inforfor-mal precocemente, ou, ainda, ingres-sando no mundo da marginalidade.

Ainda, nesse Pacto da Juventude Gaúcha, na análise das quinze demandas apresentadas no

documento,3 é possível perceber claramente que

os jovens “exigem” políticas públicas exclusivas para o segmento jovem e focalizadas nos grupos menos favorecidos. Chama a atenção a frequência do uso da palavra “exigimos” na argumentação de onze das demandas apresentadas, refletindo a cons-ciência desses jovens do seu papel como sujeitos de direitos. Negando a condição que lhes é atribu-ída, muitas vezes, de expectador passivo, eles

cla-2 De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional,

do Ministério da Justiça (DEPEN), os presídios brasilei-ros abrigam 440 mil detentos em 1.134 prisões, sendo que mais de 280 mil (cerca de 70%) são jovens entre 18 e 29 anos, que não completaram o ensino fundamental, incluindo cerca de 10% de analfabetos. www.projovemurbano.gov.br/site/interna.Noticias

3 O Pacto da Juventude Gaúcha apresenta quinze

propos-tas contemplando as áreas da: Educação – Ensino Bási-co; Educação - Assistência estudantil; Saúde; Seguran-ça Pública; Trabalho; Juventude Camponesa; Comuni-cação; Igualdade Racial; Direito à Cidade; Cultura; Espor-te; Educação – Universidades; Diversidade sexual; Parti-cipação; Jovens Mulheres. Mais detalhes sobre as pro-postas buscar no site www.al.rs.gov.br/Download/CCDH/ Pacto_Juventude_Gaucha.PDF.

(4)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011

mam pelo direito de serem protagonistas na cons-trução de políticas públicas e corroboram as con-siderações apresentadas pela UNESCO (2004, p.20), “... de que políticas de juventudes compre-endem, de fato, políticas de/para/com juventudes”. Convém destacar que muitas demandas apresentadas pela juventude não são exclusivas desse segmento, uma vez que decorrem da questão social na contemporaneidade. Portanto, deve-se ter o cuidado de não construir uma imagem de vitimização desse segmento social associada meramente à questão geracional.

GÊNESE E DESENVOLVIMENTO DA POLÍTICA DA JUVENTUDE

Internacionalmente, a discussão mais efeti-va sobre a importância do segmento juvenil, den-tro das políticas públicas, surge a partir dos com-promissos firmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1965, na Declaração sobre a Promoção entre a Juventude dos Ideais da Paz, Res-peito Mútuo e Compreensão entre os povos. Essa temática retorna e ganha maior visibilidade, em 1985, com a instituição pela ONU do primeiro Ano Internacional da Juventude: Participação, Desen-volvimento e Paz. Somente dez anos depois, em 1995, foram construídas as estratégias internacio-nais de enfrentamento dos desafios da juventude, por meio do Programa Mundial de Ação para a Juventude (PMAJ), aprovado na Assembleia Geral das Nações Unidas, pela Resolução nº 50/1981. Posteriormente, destacam-se a Declaração de Lis-boa sobre a Juventude, lançada após a I Conferên-cia Mundial de Ministros Responsáveis pelos Jo-vens, em 1998, e o Plano de Ação de Braga, com origem no Fórum Mundial de Juventude do Siste-ma das Nações Unidas (IPEA et al, 2009).

No Brasil, é possível considerar o Código de Menores, sancionado em 12 de outubro de 1927, pelo Decreto nº 17 943, como o marco legal que deu início à ação do Estado em políticas para a juventude. Sob a inspiração desse Código, fo-ram criados, em 1941, o Serviço de Assistência ao

Menor (SAM) e, em 1964, a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM), responsá-vel pela Política Nacional de Bem-Estar do Menor (PNBEM). A concepção político-social implícita nessa lei era de um instrumento de controle social da infância e da adolescência, vítima de omissão e transgressão da família, da sociedade e do Estado em seus direitos básicos. Conforme a UNESCO (2004), a lógica que fundamentava a Política Naci-onal do “menor” era a do “saneamento social”, pois a preocupação principal era com a garantia da or-dem social e não com o atendimento das necessi-dades e direitos desse segmento social. Nesta dire-ção, Motta Jr. (2001) observa que:

Para adequar o Código de Menores ao Código Penal de 1940, o Decreto Lei nº 6 026, de 24 11 1943 dispôs “sobre as medidas aplicáveis aos menores de 18 anos pela prática de fatos considerados infra-ções penais”, que distinguia os menores infratores de 14 a 18 anos em duas classes, conforme de-monstrassem ou não periculosidade (p.147).

O reconhecimento da necessidade de polí-ticas públicas de caráter geracional para a juventu-de, tendo como diretriz a concepção de adolescen-tes e jovens como sujeitos de direitos, é recente. No Brasil, o reconhecimento da criança e do ado-lescente como prioridade nacional foi uma con-quista dos movimentos sociais iniciados a partir dos anos de 1980, que culminaram com a realiza-ção, em 1985, do “Encontro Nacional de Grupos de Trabalhos Alternativos e a Criação do Movi-mento Meninos e Meninas de Rua” (Lopes; Silva; Malfitano, 2006). Finalmente, em 1988, a Consti-tuição Federal incluiu no, Art.227, crianças e ado-lescentes como sujeitos de direitos.

Por parte do Governo Federal, esse tema passou a tomar força a partir de 1989, quando o Brasil, um dos países signatários da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos da Criança, comprometeu-se a adotar medidas para efetivar os direitos reconhecidos por essa Convenção. A instituição do Estatuto da Cri-ança (ECA, Lei nº 8.069), em junho de 1990, re-presentou um grande avanço na defesa dos direi-tos da criança e do adolescente.

(5)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011

Com a Constituição de 1988, a Convenção sobre os Direitos da Criança de 1989 e o Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, introduziu-se, na cultura jurídica brasileira, um novo paradigma inspirado pela concepção da criança e do adolescente como verdadeiros sujeitos de direito, em condição peculiar de desenvolvimen-to (Lopes; Silva; Malfitano, 2006, p.119).

Embora os termos jovem e juventude não tenham sido inseridos tanto no artigo referente aos direitos e garantias fundamentais da Constituição de 1988, nem no ECA, no qual aparece apenas a categoria adolescentes, incluindo somente os jo-vens da faixa etária dos 15 aos 18 anos incomple-tos, esses instrumentos serviram de suporte para o estabelecimento de condições legais na “reformulação das políticas públicas em favor da infância e da juventude” (Lopes; Silva; Malfitano, 2006, p.119). É importante salientar que, mesmo atendendo só a uma parcela da população jovem, os adolescentes, com a criação do ECA, em 1990, a juventude começou a ter maior visibilidade e atenção das políticas públicas.

O Brasil passou a adotar uma nova cultura jurídica, pois, “pela primeira vez em nossa histó-ria, as crianças e os adolescentes deixaram de ser objetos e se tornaram sujeitos de Direito. O ECA veio substituir a doutrina da situação irregular’ pela

‘doutrina da atenção integral’”4 (2006, p.119).

Porém, apesar dos avanços conquistados, os governos e a sociedade continuaram focalizando as suas ações nos adolescentes dentro da faixa etária do ECA e naqueles excluídos de seus direitos soci-ais (Sposito; Carrano, 2008). Os jovens acima des-sa faixa etária pouco se têm beneficiado de políticas específicas, sendo atendidos pelas políticas públi-cas voltadas para a comunidade em geral.

A partir do ano 2000, começaram a se in-tensificar os estudos sobre a juventude brasileira. Destacaram-se, nesse período, discussões, estudos e pesquisas da UNESCO; da Ação Educativa, As-sessoria, Pesquisa e Informação; do IPEA; do Ins-tituto Cidadania e de Universidades. Em 2001, o

Grupo Técnico “Cidadania dos Adolescentes”, constituído por várias entidades públicas e priva-das e organizações da sociedade civil, entre elas a Ação Educativa, por iniciativa do Fundo das Na-ções Unidas para a Infância (UNICEF), formulou um conjunto de propostas para a criação de uma política de adolescentes. Esse trabalho envolveu mais de 1.500 participantes de todas as regiões do país, por meio de teleconferências.

As propostas foram apresentadas, primei-ro, aos candidatos à eleição presidencial de 2002. Posteriormente, em 2003, o Grupo Técnico Cida-dania dos Adolescentes enviou um conjunto de propostas ao Ministério da Educação, da Cultura, do Desenvolvimento Agrário, do Trabalho, Espor-te e Assistência Social. No decorrer das discus-sões, foi sendo desenvolvida a percepção da ne-cessidade de construir políticas públicas específi-cas para o segmento da juventude, ou seja, políti-cas que atendessem aos jovens da faixa etária além da reconhecida como adolescência. Assim, reali-zou-se uma nova etapa de discussão, denominada de Projeto Juventude.

Motivado pelas demandas apresentadas por tais movimentos, ainda em 2003 começa a trami-tar, no Congresso Nacional, o Projeto de Emenda Constitucional – PEC nº 138/2003, que dispunha sobre a proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais da juventude, ou seja, objetivava ga-rantir, para esse segmento, os direitos constitucio-nais já assegurados às crianças, adolescentes e ido-sos. Essa iniciativa representou o reconhecimento da importância do segmento para a elaboração de políticas públicas, reconhece esse grupo como sujeitos detentores de direitos.

Nesse mesmo ano, a Câmara Federal estabe-leceu a Comissão Especial de Juventude, com a atribuição de realizar uma ampla discussão com a sociedade para identificar e indicar os elementos essenciais à construção do Plano Nacional de Ju-ventude e do Estatuto da JuJu-ventude, bem como a indicação ao Governo Federal da necessidade de criar um órgão federal gestor da política nacional de juventude.

4 Não se pretende, neste estudo, aprofundar a análise do

Código de Menores. Para uma visão mais abrangente desse tema, ver artigo de Lopes, Silva e Malfitano, publi-cado na Revista HISTEDBR on-line, nº 23, set. 2006.

(6)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011

Em 2004, começaram a tramitar, na Câmara dos Deputados, dois projetos de lei tratando desse tema: o Projeto de Lei – PL nº 4.529, que dispunha sobre o Estatuto da Juventude, e o PL nº 4.530, que visava a estabelecer o Plano Nacional de Juventude, aprovado pela Comissão Especial de Juventude da Câmara dos Deputados e aguardando votação em plenário.

Atendendo às demandas apresentadas pela sociedade civil organizada e pela Câmara de Deputa-dos, a Secretaria-Geral da Presidência da República formou, nesse mesmo ano, um Grupo Interministerial constituído pela representação de 19 Ministérios. Esse grupo encarregou-se de realizar um estudo sobre os programas e projetos federais existentes e de identifi-car as necessidades sociais, econômicas e culturais dos jovens brasileiros, com o propósito de subsidiar os debates para a construção da Política e do Plano Nacional de Juventude.

Em junho de 2005, a criação da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) e do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem, Lei nº 11.129), representou um novo momento para a juventude brasileira. O CONJUVE representa um importante canal de diálogo entre a representação juvenil e o governo federal, e tem como objetivo assessorar a Secretaria Nacional de Juventude na elaboração, desenvolvimento e avaliação das políticas de juventude. Conforme informações do Guia de Políticas Públicas de Juventude (2006), compete ao CONJUVE participar

... na formulação de diretrizes da ação governamen-tal; promover estudos e pesquisas acerca da reali-dade socioeconômica juvenil; e assegurar que a Política Nacional de Juventude do Governo Federal seja conduzida por meio do reconhecimento dos direitos e das capacidades dos jovens e da amplia-ção da participaamplia-ção cidadã (BRASIL, 2006, p.9).

Ainda em 2005, foi encaminhada à Câmara de Deputados uma nova proposta de emenda cons-titucional, a PEC nº 394/2005, requerendo incluir a expressão jovem no capítulo VII e dando nova redação ao Artigo 227 da Constituição Federal.

A partir da criação da Política Nacional de

Juventude (PNJ), os jovens da faixa etária dos 15 aos 29 anos passaram a ser considerados sujeitos de direitos. Conforme o CONJUVE et al (2006), é necessário reconhecer os jovens como “... sujeitos de direitos e promotores e destinatários de políticas públicas”. Identificando a importância do reconhe-cimento do papel dos jovens como agentes ativos e autônomos, “... o reconhecimento dos seus direi-tos deve estar alicerçado em uma perspectiva ampla de garantia de uma vida social plena e de promoção de sua autonomia” (CONJUVE et al, 2006, p.7).

Segundo as conclusões do diagnóstico ela-borado pelo Grupo Interministerial sobre os pro-gramas federais e as condições socioeconômicas dos jovens brasileiros, para a Política Nacional de Juventude poder avançar no atendimento dos di-reitos fundamentais desse segmento social, o país precisaria enfrentar os seguintes desafios: a) am-pliar o acesso ao ensino e a permanência em esco-las de qualidade; b) erradicar o analfabetismo; c) gerar trabalho e renda; d) preparar para o mundo do trabalho; e) promover uma vida saudável; f) democratizar o acesso ao esporte, ao lazer, à cultu-ra e à tecnologia da informação; g) promover os direitos humanos e as políticas afirmativas; h) es-timular a cidadania e a participação social; i) me-lhorar a qualidade de vida no meio rural e nas comunidades tradicionais.

A proposta de Plano Nacional de Juventu-de, construída após um grande debate nacional com as juventudes, promovido pela Câmara de Deputados, também apontou para os avanços ne-cessários, destacando-se os objetivos de:

1. Incorporar integralmente os jovens ao desen-volvimento do País, por meio de uma política nacional de juventude voltada aos aspectos hu-manos, sociais, culturais, educacionais, desportivos, religiosos e familiares; 2. Construir espaços de diálogo e convivência plural, toleran-tes e equitativos, entre as diferentoleran-tes representa-ções juvenis (PL nº 4.530/2004).

Uma análise desse documento permite iden-tificar que o Plano Nacional de Juventude propõe uma política pública com o enfoque no jovem como ator social estratégico do desenvolvimento. Assim,

(7)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011

por exemplo, o item 2.3.2, que trata do Protagonismo e Organização Juvenil, define que o “Protagonismo quer dizer, então, lutador princi-pal, personagem principal. Portanto, protagonismo juvenil significa que o jovem tem de ser o ator principal em todas as etapas das propostas a se-rem construídas ao seu favor.” (PL nº 4530/2004) Dessa forma, ele indica a inserção dos jovens no processo de construção, acompanhamento e avali-ação das políticas públicas.

Finalmente, ocorreu no dia 07 de julho de 2010, no Senado Federal, a votação e a aprovação da PEC nº 042/2008, acompanhada por um amplo movimento da juventude organizada, conhecida como PEC da Juventude, oriunda da Câmara de Deputados como PEC nº 138/2003. A expectativa, agora, é pelo avanço na atualização e aprovação do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto Nacio-nal de Juventude, pois, conforme destaca Cury (2009), o principal desafio da PNJ é ser transfor-mada em uma política pública de Estado e ter ga-rantida a sua continuidade, independentemente da vontade do governante que esteja no poder.

PROGRAMAS NACIONAIS DE JUVENTUDE

Um levantamento realizado nos diferentes Ministérios permitiu identificar 20 programas naci-onais de juventude, distribuídos em três categorias de atendimentos: universais, atrativos e exclusivos. Destaca-se que esse número de programas pode ser reduzido se o recorte da faixa etária for acima dos 18 anos, constituída pelo segmento ainda não con-templado por políticas sociais específicas.

Apresenta-se, em anexo, o mapeamento re-sultante do levantamento realizado, identificando o objetivo, as ações previstas, a faixa etária a que se destina e o órgão responsável pelos programas

identificados.5

Convêm salientar que não foram citados,

no mapeamento, os Ministérios ou Órgãos Fede-rais parceiros no desenvolvimento dos Programas, sendo indicado apenas o principal órgão respon-sável. É importante considerar, também, haver pro-gramas estruturantes, de atendimento geral à co-munidade como, por exemplo, os voltados para educação, ampliação do acesso e permanência es-colar de jovens – Programa Brasil Alfabetizado, Programas de Expansão do Ensino Médio e Supe-rior, Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM), entre outros. Porém eles não foram incluídos no mapeamento, pois a PNJ congrega apenas os programas focalizados nos jo-vens de famílias em situação de risco e de vulnerabilidade social.

BREVE ANÁLISE SOBRE A POLÍTICA DA JUVENTUDE NO BRASIL

Na análise dos programas da PNJ, observa-se que a educação é a área com um número maior de ofertas, incluindo programas voltados para o aumento da escolaridade ou reinserção escolar (PROEJA, PROUNI, Projovem Campo, Projovem Urbano e Pronaf Jovem). Contam-se, ainda, aque-les voltados para outras áreas, mas desenvolvidos através de instituições educacionais (Projeto Rondon, Programa Escola Aberta, Segundo Tem-po, Juventude e Meio Ambiente, SPE e PSE). Cons-tata-se haver baixa oferta de oportunidades nas áreas da cultura e do meio ambiente, com apenas um programa cada (Cultura Viva – Pontos de Cul-tura e Juventude e Meio Ambiente) e a área dos esportes com apenas dois programas (Segundo Tempo e Bolsa Atleta).

Constata-se, também, que, em relação ao for-talecimento da participação e cidadania, apenas três programas têm entre seus objetivos a participação juvenil (Projovem Adolescentes, Projovem Urbano e o Programa Juventude e Meio Ambiente). E seis programas apresentam, em seus objetivos ou ações, preocupação com o desenvolvimento da cidadania (Projovem Campo, Programa Escola Aberta, Progra-ma Pontos de Cultura, PrograProgra-ma Segundo Tempo, 5 Esse mapeamento apresenta sistematizações que

inte-gram dados de diferentes Ministérios e do IPEA, consi-derando que, às vezes, foi necessário buscar informa-ções complementares em outros sites para obter dados mais atualizados de cada Programa.

(8)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011

Projeto Soldado Cidadão e o PRONASCI). Em relação à faixa etária, cada programa aten-de a uma faixa específica e elas não coinciaten-dem com os grupos etários definidos pela PNJ. Somente o programa Projovem Adolescente está dentro de uma delas (jovens de 15 a 17 anos). Em faixas etárias comuns, existem apenas os programas: Projovem Urbano, Projovem Campo, Projovem Trabalhador e Projeto Rondon, criados para os jovens dos 18 aos 29 anos. Cinco programas são amplos, aten-dendo pessoas de todas as faixas etárias: Cultura Viva-Pontos de Cultura, Programa Escola Aberta, PROEJA, PROUNI e PSE. Essa diversificação en-tra em choque com o agrupamento da Política Na-cional de Juventude em apenas três grupos.

A dispersão existente parece sinalizar para uma oferta que prioriza mais as disponibilidades e interesses dos órgãos que oferecem os programas do que atender as necessidades e interesses pecu-liares de cada faixa etária.

Assim, um dos desafios que se apresenta, é o de melhorar a estruturação da Política Nacional, compatibilizando os diversos grupos etários estabele-cidos pela PNJ com as faixas de atendimento adotadas pelos programas dos diferentes órgãos públicos.

Apesar da relevância da criação da PNJ em 2005, é importante alertar para o longo caminho que ainda precisa ser percorrido. Não basta a exis-tência de um órgão responsável pelo acompanha-mento do desenvolviacompanha-mento da PNJ e um aporte legal para dar conta de toda a demanda existente. Um dos principais desafios para a implementação de uma política pública asseguradora de direitos sociais para a juventude é obter a mobilização per-manente da sociedade civil, conjugada à vontade e à decisão política para ampliar, aperfeiçoar, ava-liar e monitorar, além de realizar o controle social democrático das atuais iniciativas.

É fundamental investir na construção de novos programas, por exemplo, para desenvolver talentos na área da cultura, a fim de atender, de forma efetiva, a necessidades ainda não suficiente-mente contempladas. Particularsuficiente-mente, alerta-se para a urgência do uso de inovações pedagógicas arti-culadas com a área da saúde, da cultura e da

assis-tência no enfrentamento da drogadição.

Outro aspecto a salientar é que, apesar de a Secretaria Nacional de Juventude ter sido locada pelo Governo Federal junto à Secretaria-Geral da Presidência da República, por considerar o seu ca-ráter multissetorial, ainda existem algumas práticas setorializadas e certa sobreposição de ações em al-guns casos. Essa situação também foi percebida no estudo realizado pelo IPEA et al (2009, p.10), que observa: “Ainda resta por ser construída uma estra-tégia multissetorial de atuação que articule horizon-talmente as iniciativas de órgãos diversos com um propósito comum, ampliando as possibilidades de êxito em seus empreendimentos”.

Esse é o caso do programa Saúde da Escola (PSE) e do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas-(SPE). Embora sob a responsabilidade dos mesmos ministérios (Ministérios da Educação e da Saúde), são identificados como programas concorrentes. A semelhança entre as duas siglas causa confusão àqueles que desconhecem as suas propostas. E a análise de seus objetivos deixa claro ter o SPE como propósito a promoção da saúde sexual e reprodutiva, visando à redução da vulnerabilidade de adoles-centes e jovens às DST, às contaminações por HIV e AIDS, mais a prevenção da gravidez não planeja-da. Já o PSE trata da avaliação da saúde de forma mais ampla (nutricional, oftalmológica, psicossocial, auditiva, bucal), atuando também na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, mas indo além, desenvolvendo ações para a prevenção da violência e a construção de uma cultura de paz. Portanto, a união desses dois programas, a exemplo do que já foi feito com o Projovem Integrado, poderá congre-gar esforços, ampliando a abrangência e aumentan-do a possibilidade de eficácia.

Também é possível perceber uma sobreposição de ações entre as modalidades do Projovem Urbano, trabalhador e campo e o Pro-grama Jovem Aprendiz no referente à faixa etária dos beneficiários, podendo levar, em alguns ca-sos, um mesmo jovem a se beneficiar de dois pro-gramas. Principalmente no caso das modalidades Projovem urbano e trabalhador e o Programa Jo-vem Aprendiz, atuantes em áreas de abrangência

(9)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011

semelhantes. Nesse caso, a definição da faixa etária e das áreas de atuação poderá diversificar a oferta para cada faixa etária e, com isso, priorizar as regi-ões de maior vulnerabilidade social e econômica. Outro desafio que emerge é relativo à neces-sidade de ampliar iniciativas que contemplem, de forma mais específica, os dois grupos juvenis de-nominados: jovem (18 a 24 anos) e jovem-adulto (25 a 29 anos), diante da constatação de uma oferta reduzida de programas dentro da atual PNJ, acrescido ao fato de a faixa anterior já estar sendo contemplada com vários projetos socioassistenciais através da Política da Criança e do Adolescente.

Outro grande desafio diz respeito à criação do Estatuto Nacional da Juventude, pois certamente ele enfrentará resistências por parte de segmentos mais conservadores, já organizados para tentar interferir no ECA, reduzindo direitos assegurados. Portanto, entende-se ser crucial investir em ampla mobilização nacional de divulgação da importân-cia de um Estatuto da Juventude antes de seu en-caminhamento para o Congresso Nacional e esta-belecer um plano de atividades a ser desenvolvi-do em todesenvolvi-do o país durante o períodesenvolvi-do de sua tramitação e votação.

Finalmente, alerta-se a categoria de assis-tentes sociais, já com uma significativa inserção na luta pelos direitos das crianças e dos

adoles-centes,6 para a necessidade de um maior estudo

sobre essa política. Entende-se ser fundamental uma ação multidisciplinar, envolvendo os profis-sionais das áreas humanas e sociais, para, de fato, efetivar-se uma política pública de juventude norteada pela participação transversal dos jovens como sujeitos de todas as ações, pela intersetorialidade no desenvolvimento dos proje-tos e pelo desenvolvimento da autonomia entre os participantes de seus programas.

(Recebido para publicação em 12 de agosto de 2010) (Aceito em 29 de março de 2011)

REFERÊNCIAS

ABRAMO, H.W. Espaços de juventude. In: FREITAS, M.V. de; PAPA, F. de C. (Org.). Políticas públicas juventude em

pauta. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2008. p. 219-228.

BRASIL. Guia de políticas públicas de juventude. Brasília: Secretaria-Geral da Presidência da República, 2006. BRASIL. PEC nº138/2003, PL nº4.529/2004 e PL nº4.530/ 2004. Disponível em: www.camara. gov.br Acesso em: 26 jun. 2010.

BRASIL. Lei nº11.129/2005. Disponível em: http:// legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao. Acesso em: 26 jun. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCI-AL E COMBATE À FOME. Programa projovem

adolescen-te e urbano. Disponível em: www.mds.gov.br/suas/

guia_protecao/ projovem e Programa Nacional de Segu-rança Pública com Cidadania – PRONASCI. Disponível em: http://portal.mj.gov.br/pronasci/data. Acesso em: 24 abr. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Projovem

cam-po: saberes da terra. Programa Escola Aberta, Programa

Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, Programa Universidade para Todos, – PROUNI, Programa Juventude e Meio Ambiente, Programa Saúde na Escola, Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 24 abr. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO.

Projovem trabalhado: jovem cidadão. Disponível em:

www.mte.gov.br/projovem/juventude_cidada.asp. Aces-so em: 10 mar. 2010 e Programa Jovem Aprendiz. Dispo-nível em: www.mte.gov.br/politicas_juventude/aprendi-zagem_ pub_manual_aprendiz_2009.pdf Acesso em: 24 abr. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DOS ESPORTES. Programa bolsa

atleta. Disponível em: www.gov.br/snear/bolsa_atleta.

Acesso em: 10 mar. 2010 e Programa Segundo Tempo. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option. Acesso em: 24 abr. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DA DEFESA. Projeto Rondon. Disponível em: www.defesa.gov.br/ projeto_rondon/ index.php?page=projeto_rondon. Acesso em: 24 abr. 2010 e Projeto Soldado Cidadão. Disponível em: www.defesa.gov.br/projeto_soldado_cidadao. Acesso em: 10 mar. 2010 e

BRASIL. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. Programa PRONASCI. Disponível em: http://portal.mj. gov.br/ pronasci. Acesso em: 13 mar. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁ-RIO. Programa nossa primeira terra. Disponível em: www.mda.gov.br/portal/noticias e Programa Pronaf Jovem. Disponível em: http://comunidades.mda.gov.br/portal. Acesso em: 09 mar. 2010.

BRASIL. MINISTÉRIO DA CULTURA. Programa pontos

de cultura: cultura viva. Disponível em:

www.cultura.gov.br/cultura_viva/. Acesso em: 09 mar. 2010.

CONJUVE. Conselho Nacional de Juventude et al (Org.)

Política nacional de juventude: diretrizes e perspectivas.

São Paulo: Fundação Friedrich Ebert, 2006.

_______. Moção pela aprovação da PEC e do plano

naci-onal de juventude. Disponível em:

<www.juventude.gov.br/27-07-2009-mocao -pela-aprovacao-da-pec-e-do-plano-nacional-de-juventude>. Acesso em: 26 jun. 2010.

6 Destaca-se, aqui, a nota de apoio do CFESS aos 20 anos do

(10)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011

CURY, Beto. Os muitos desafios da política nacional de juventude. In: AVRITZER, Leonardo (Org.). Experiências

nacionais de participação social. São Paulo. Cortez, 2009.

DAYRELL, J.T.; GOMES, N.L. A juventude no Brasil. Dis-ponível em: <www.fae.ufmg.br/ objuventude/textos/ SESI>. Acesso em: 23 jun 2010.

IBASE; PÓLIS. Juventude brasileira e democracia: parti-cipação, esferas e políticas públicas. Relatório Final – nov. 2005. Grafitto.

IBGE. PNAD. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílos. 2007. Educação juventude raça/cor: primei-ras análises. Bprimei-rasília: Comunicado da Presidência nº12, 2008.

IPEA et al. (Org.) Juventude e políticas sociais no Brasil. Brasília: IPEA, 2009. 303p.

IPEA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílos (PNAD). 2008. Juventude: primeiras análise. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/sites/ 000/2/pdf/ 091203_ComPres36Juvent.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2010.

LOPES, R.E.; SILVA, C.R.; MALFITANO, A.P. Adolescên-cia e juventude de grupos populares urbanos no Brasil e as políticas públicas: apontamentos históricos. Revista

HISTEDBR On-line, Campinas, n.23, p.114-130, set. 2006.

MOTTA JR, Eliseu F. Infância e juventude. Os meios modernos de comunicação e os mecanismos de controle.

Juslitio, São Paulo, v.63, n.196, out./dez., 2001.

Disponí-vel em: <http://bdjur.stj.gov.br/ xmlui/bitstream/handle/ 2011/24315/infancia_juventude_meios_modernos>. Acesso em: 26 jun. 2010.

RIO GRANDE DO SUL. Assembléia Legislativa. Pacto da

juventude gaúcha. Disponível em: <http://

w w w . a l . r s . g o v . b r / D o w n l o a d / C C D H / Pacto_Juventude_Gaucha.PDF>. Acesso em: 26 jun. 2010.

SPOSITO, M.P.; CARRANO, P.C.R. Juventude e políticas no Brasil. In: DÁVILA,Oscar Leon (Org.) Políticas

públi-cas de juventud em América Latina: para Ediciones CIDPA,

de Vinã del Mar, Chile/In: REUNIÃO ANUAL DO ANPED, 26, Poços de Caldas, MG, de 5 a 8 de dez. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n24/n24a03.pdf>. Acesso em: 09 mar. 2010.

SPOSITO, M.P. Trajetórias na constituição de políticas públicas de juventude no Brasil. In: FREITAS, M.V. de; PAPA, F. de C. (Org.) Políticas públicas: juventude em pauta. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2008. p.57-75.

UNESCO. Políticas públicas de/para/com juventudes. Brasília: UNESCO, 2004. 304p.

(11)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011 e d ut n e v uJ e D si a n oi c a N s a m ar g or P s o d ot n e m a e p a M -1 or d a u Q A M A R G O R P O VI T EJ B O S E Õ Ç A AI R Á T E A XI A F S E R O T U C E X E m e v oj or P . 1 et n e cs el o d A e u q , oi ví v n o c e d o vit a c u d e oi c os o çi vr es m u É , a ci s á b l ai c os o ã ç et or p a r at n e m el p m o c a as i v à oti er i d o rit n ar a g ar a p s o ms i n a c e m o d n ai r c r ai r c e ai r áti n u m o c e r ail i m af ai c n ê vi v n o c o d ai c n ê n a mr e p e o ã çr es ni a ar a p s e õ çi d n o c . o ni s n e e d a m et si s o n m e v oj ,s n e v oj e d o ãs ul c ni a r e v o m or p a vit ej b O o ã ç a pi cit r a p a us a o d n a zi r ol a v e o d n a cif il a u q .s a vit a c u d e oi c os s e d a di vit a e d s é v ar t a l ai c os . a ci s á b l ai c os o ã ç et or p a d ot n e m at el p m o C-oi ví v n o c o rit n ar a g ar a p s o ms i n a c e m e d o ã ç ai r C-. oi r áti n u m o c e r ail i m af e d s é v ar t a s n e v oj s o ri ul c ni ar a p o ã ç o m or P-.s a vit a c u d e oi c os s e d a di vit a 5 1 e d e d a di m o c s n e v oJ s et n e cs el o d a ,s o n a 7 1 a o d s oi r ái cif e n e b ail í m aF as l o B a m ar g or P s os u b a e d s a mit í v ,) F B P( s a di d e m m e e si a u x es .s a vit a c u d e oi c os o d oi r ét si ni M ot n e mi vl o v n es e D l ai c o S m e v oj or P . 2 o n a br U e d a di r al o cs e e d u ar g o r a v el e a vit ej b O o a e o n a m u h ot n e mi vl o v n es e d o a o d n as i v o ãs ul c n o c a d oi e m r o p , ai n a d a di c a d oi cí cr e x e o ã ç a cif il a u q a d ,l at n e m a d n uf o ni s n e o d e d ot n e mi vl o v n es e d o d e l a n oi ss if or p . ã d a di c o ã ç a pi cit r a p e d s ai c n êi r e p x e . al o cs e a n m e v oj o d o ã çr es ni e R-. o hl a b ar t o d o d n u m o ar a p o ã ç ati c a p a C-. o hl a b ar t e d s e d a di n ut r o p o e d o ã ç a cif it n e dI-s e õ ç a e d ot n e mi vl o v n es e d e ot n e m aj e n al P-.s ai r áti n u m o c o ã çr es ni e d ot n e m ur ts ni o m o c l ati gi d o ãs ul c nI-. o ã ç a ci n u m o c e d e a vit u d or p 8 1 e d e d a di m o c s n e v oJ .s o n a 9 2 a l a n oi c a N ai r at er c e S e d ut n e v uJ e d m e v oj or P . 3 o p m a C m et ar r e T a d s er e b a S -o p m a C m e v oj or P O s a cil b ú p s a cit íl o p r e vl o v n es e d o vit ej b o o m o c e u q e d ut n e v uJ e d e o p m a C o d o ã ç a c u d E e d m e o ã ç a zi r al o cs e e d e d a di n ut r o p o a m e e d s er otl u ci r g a s n e v oj ar a p l at n e m a d n uF o ni s n E e d l a mr of a m et si s o d s o dí ul c x e s er ail i m af e d o ã ç a c u d E e d a é e d a dil a d o m A . o ni s n e o ã ç a cif il a u q à a d ar g et ni ,s otl u d A e s n e v oJ . o p m a c o a a d a u q e d a l a n oi ss if or p e l ai c os .l a n oi ss if or p o ã ç a cif il a u q e e d a di r al o cs e a d o ã ç a v el E-o m o c l e v át n et s us ot n e mi vl o v n es e d o a ol u mit s E-e d o ã çi uti ts n o c e o hl a b ar t , a di v e d e d a dil i bi ss o p . o p m a c o n s o ã d a di c s oti ej us s at s o p or p e d ot n e mi vl o v n es e d o d ot n e mi c el at r oF -à s a d a u q e d a s ai g ol o d ot e m e d e s a ci g ó g a d e p o n s otl u d A e s n e v oJ e d o ã ç a c u d E e d e d a dil a d o m . o p m a c m e a d a u nit n o c o ã ç a mr of a d o ã ç a zil a e R-s o ci g ó g a d e p-o cit íl o p s oi pí c ni r p e s ai g ol o d ot e m ar a p o p m a c o d s e d a di cif i c e ps e s a ar a p s o d atl o v . a m ar g or P o n s o di vl o v n e s er o d a c u d e m e a d a u nit n o c o ã ç a mr of a d o ã ç a zil a e R-s o ci g ó g a d e p-o cit íl o p s oi pí c ni r p e s ai g ol o d ot e m ar a p o p m a c o d s e d a di cif i c e ps e s a ar a p s o d atl o v . a m ar g or P o n s o di vl o v n e s er o d a c u d e 8 1 e d e d a di m o c s n e v oJ .s o n a 9 2 a a d s oi r ét si ni M o ã ç a c u d E m e v oj or P . 4 r o d a hl a b ar T e u q , o ã d a di c m e v oj -r o d a hl a b ar t m e v oj or P O a d l ai c o S oi cr ós n o C s a m ar g or p s o a cif i n u e d al o cs E e ã d a di C e d ut n e v uJ , e d ut n e v uJ ar a p s n e v oj s o d o ã ç ar a p er p à o d n as i v , a ci r b á F s e õ ç a p u c o e o hl a b ar t e d o d a cr e m o . a d n er e d s ar o d ar e g s a vit a nr etl a e o hl a b ar t e d o d a cr e m o ar a p m e v oj o d o ã ç ar a p er P-, a d n er e d s ar o d ar e g s a vit a nr etl a s e õ ç a p u c o ar a p . o g er p m e e d s e d a di n ut r o p o o d n a cif it n e di 8 1 e d e d a di m o c s n e v oJ .s o n a 9 2 a o d s oi r ét si ni M o g er p m E e o hl a b ar T

(12)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011 o ã ç a u nit n o C A M A R G O R P O VI T EJ B O S E Õ Ç A AI R Á T E A XI A F S E R O T U C E X E a m ar g or P . 5 at elt A-as l o B s o a or i e c n a nif oi o p a rit n ar a g o vit ej b o r o p m e T m at n o c o ã n e u q ,s o n a 2 1 e d si a m m o c s at elt a e u q e a d a vi r p a vit ai ci ni a d oi ní c or t a p o m o c m e l ai c n et o p otl a u es r ar ts o m a m ar a ç e m o c áj O .s i a n oi c a nr et ni e si a n oi c a n s e õ çit e p m o c m es e ni er t at elt a o e u q eti mr e p a m ar g or P et r o ps e o u o s o d ut s e s o r a n o d n a b a r as i c er p . ail í m af a d ot n et s us o n r a d uj a ar a p e d s e õ ç ar e g e d o ã ç a mr of à et r o p us e d o ãs s e c n o C-.s í a p o r at n es er p er ar a p l ai c n et o p m o c s at elt a .s a vit r o ps e s a cit ár p s a d o ã ç ail p m A-a o d n a cs u b s n e v oj s o ar a p ot n e mi n et er t n e e d at r ef O-e d s a m ar g or p m e e e d ú as m e s ot s a g s o d o ã ç u d er . ai c n êl oi v à e s a g or d s à et a b m o c e d s o n a 2 1 e d s er oi a M . e d a di o d oi r ét si ni M et r o ps E ot ej or P . 6 n o d n o R e vl o v n e e u q l ai c os o ã ç ar g et ni e d ot ej or p m u É s et n a d ut s e e d ai r át n ul o v o ã ç a pi cit r a p a e u q s e õ ç ul os e d a cs u b a n s oi r áti sr e vi n u ot n e mi vl o v n es e d o ar a p m a u bi rt n o c e s et n er a c s e d a di n u m o c e d l e v át n et s us a cs u b ; o ã ç al u p o p a d r at s e-m e b o m eil p m a o d e d a dil a er a d s et n a d ut s e s es s e r a mi x or p a o ar a p , m é b m at ,ri u bi rt n o c e d m él a ,s í a P .s a dit si ss a s e d a di n u m o c s a d ot n e mi vl o v n es e d s at si n o d n or s ol e p s a d a zil a er s e d a di vit a s à oi o p A-s et n a d ut s e e s er os s ef or p s o s o d a m a h c o ãs o m o c( s e õ ç a s A .) ot ej or P o d m a pi cit r a p e u q s oi r áti sr e vi n u , ar utl u c , o ã ç a ci n u m o c e d s a er á s a n es -m ar t n e c n o c oi e m , o ã ç a c u d e , a çit s uj e s o n a m u h s oti er i d o hl a b ar t e o ã ç u d or p e ai g ol o n c et , e d ú as , et n ei b m a o d s et n a d ut s E s n e v oJ r oi r e p u S o ni s n E as ef e D a d oi r ét si ni M a m ar g or P . 7 al o cs E at r e b A a d e d a dil a u q a d ai r o hl e m a ar a p ri u bi rt n o C e d o ã ç ur ts n o c a e l ai c os o ãs ul c ni a , o ã ç a c u d e a d o ã ç ail p m a a d oi e m r o p , z a p e d ar utl u c a m u ; e d a di n u m o c e al o cs e er t n e o ã ç ar g et ni à os s e c a e d s e d a di n ut r o p o s a r ail p m a e d o ã ç u d er e ai n a d a di c a ar a p o ã ç a mr of .r al o cs e e d a di n u m o c a n s ai c n êl oi v a d es s er et ni o n s a d a çr e cil a s e d a di vit a e d o ã ç o m or P-er t n e s ar i e cr a p m e e r al o cs e e l a c ol e d a di n u m o c e d at r ef o a n , a d a zi n a gr o li vi c e d a d ei c os e o nr e v o g , a d n er e d o ã ç ar e g ,r e z al , et r o ps e , ar utl u c e d s a ni cif o s er at n e m el p m o c s e õ ç a e ai n a d a di c a ar a p o ã ç a mr of l a mr of o ã ç a c u d e e d s à .s os o dI e s otl u d A ,s n e v oJ a d oi r ét si ni M o ã ç a c u d E a m ar g or P . 8 m e v oJ zi d n er p A s o d ot n e mi vl o v n es e d o ar a p ri u bi rt n o C o ã a c u d e e d oi e m r o p ,s n e v oj e s et n e cs el o d a e d e ai n a d a di c a d a cit r p ol u mt s e ,l a n oi ss if or p o d o d n u m o ar a p s o-o d n ar a p er p ,s o cit s er ol a v . o hl a b ar t m o c l a n oi ss if or p o ã ç a cif il a u q e d os r u c e d at r ef O-a d e d a di x el p m o c e d u ar g o a a vit al er o ã ç ar u d ol e p s o di v o m or p , a di vl o v n es e d r es a e d a di vit a u o s as er p m e r o p s o d at ar t n o c s n e v oj ar a p ," S" a m et si S s el E ." zi d n er p A" e d e d a dil a d o m a n ,s o cil b ú p s o ã gr ó o a et n e d n o ps er r o c o ã ç ar e n u m er a m u m e b e c er s o g a p ,)l a n oi g er u o l a n oi c a n( . ar o h/ o mi ní m oi r ál as et n at ar t n o c as er p m e al e p ai r át e a xi af a d s n e v oJ .s o n a 4 2 e 4 1 er t n e o d oi r ét si ni M o g er p m E e o hl a b ar T

(13)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011 o ã ç a u nit n o C A M A R G O R P O VI T EJ B O S E Õ Ç A AI R Á T E A XI A F S E R O T U C E X E a m ar g or P . 9 e d ut n e v uJ oi e M e et n ei b m A ,s a os s e p e d ot n e mi c el at r of o ar a p ri u bi rt n o C o d e d ut n e v uj e d s ot n e mi v o m e s e õ ç a zi n a gr o e l at n ei b m a o ã ç a c u d e a n o c of m o c ,s í a p s o a ot n uj o ã ç a ut a l ai c e ps e m o c , e d ut n e v uj .s n e v oj s o vit el o c :s o cif í c e ps e s o vit ej b O l at n ei b m a oi c os et a b e d o r a d n uf or p a e r a vit n e c nI m u o d n ar g alf e d ,s a cil b ú p s a cit íl o p m e o c of m o c e d e s n e v oj e d o ã ç a mr of e d os s e c or p ; o ã ç a ut a e d s o ç a ps e s u es s o d ot n e mi c el at r of s a ç n ar e dil s n e v oj e d o ã ç a mr of a r ail p m A ;s i at n ei b m a s o d o ãs n a p x e e ot n e mi c el at r of o ar a p ri u bi rt n o C s o n )s J C( et n ei b m A oi e M e d s n e v oJ s o vit el o C oi e M ol e p e d ut n e v uJ a d e d e R a d e s o d at s E *) E M UJ E R( e d a dil i b at n et s u S e et n ei b m A s n e v oJ s o vit el o c 7 2 e d o ãs n a p x e e o ã ç a dil os n o C-.) a vit ar e d e F e d a di n U r o p m u( s o d s et n a pi cit r a p s n e v oj e d or e m ú n o d o ã ç ail p m A-. 0 0 8 ar a p 0 0 2 e d sJ C oi e m e d a er á a n s n e v oj 0 0 1 e d at er i d o ã ç a mr oF -,l at n ei b m a o ã ç a c u d e :s a m et o c ni c m e , et n ei b m a ,l a n oi c a zi n a gr o ot n e mi c el at r of , o ã ç a ci n u m o c u d e . a cit íl o p o ã ç a pi cit r a p e o ms ir o d e d n e er p m e et n ei b m A oi e M e d s n e v oJ s o vit el o c 0 0 1 e d o ã ai r C-.) r oi r et ni o n( si a pi ci n u M e d ut n e v uJ a d e d e R a n s et n a pi cit r a p s o d o ã ail p m A-.) A M UJ E R( e d a dil i b at n et s u S e et n ei b m A oi e M ol e p 9 2 a 5 1 e d e d a di m o c s n e v oJ .s o n a o d oi r ét si ni M oi e M e et n ei b m A a d oi r ét si ni M o ã ç a c u d E a m ar g or P . 0 1 as s o N ar i e mi r P ar r e T u o ar r et-m es s n e v oj e d a d n a m e d à r e d n et A m ar i e u q e u q ,s er ail i m af s er otl u ci r g a e d s o hli f a m u m e rit s e v ni e l ar ur oi e m o n r e c e n a mr e p ri u bi rt n o c e d n et er p a m ar g or p o ; e d a d ei r p or p ot n e m a n e dr o o d s a m el b or p s o d o ã ç ul os a ar a p a e l ar ur o d o x ê o m a v ar g a e u q oi r ár g a .li s ar B o n ai r ái d n uf o ã ç ar t n e c n o c o d o ã ç a p u c o a n s er otl u ci r g a s n e v oj s o d o ã ç n et u n a M-.l ar ur oi e m o n a d a cif il a u q ar b o e d o ã m e d ot n e mi vl o v n es e D-. o p m a c . a ci g ól o n c et o ã ç a v o ni e d o ã ç o m or P-8 2 a 8 1 e d e d a di m o c s n e v oJ .s o n a o d oi r ét si ni M -e mi vl o v n es e D oi r ár g A ot n a m ar g or P . 1 1 ar utl u C -a vi V s ot n o P ar utl u C e d e d s oi e m s o a os s e c a o r e v o m or p a vit ej b O mi ss a ,l ar utl u c o ãs ufi d e o ã ç u d or p , o ã çi ur f ,s i ar utl u c e si ai c os s ai gr e n e r a zil ai c n et o p o m o c e d s er ol a v s o v o n e d o ã ç ur ts n o c à o d n as i v . e d a d ei r a dil os e o ã ç ar e p o o c a , ar utl u c a , et r a a m et r e ps e d e u q s e õ ç a a o vit n e c nI-.s e d a di n u m o c s a n ai r á dil os ai m o n o c e a e ai n a d a di c o r a zi r ol a v ar a p a d ni a i u bi rt n o c a m ar g or P O-;) ôi r G o ã ç a( r e b as o d s er ts e m s o d ot n e mi c e h n o c a ,s e d a di n u m o c s a er t n e ot at n o c o r e c el at r of o ã ç a( o ã çi u bi rt si d a us e l a us i v oi d u a o ã ç u d or p li n e v uj o ms i n o g at or p o r al u mit s e ;)l ati gi D ar utl u C ar utl u c a r a mi x or p a e ;) a vi V ar utl u C et n e g A o ã ç a( .) a vi V al o cs E o ã ç a( al o cs e a d ar i eli s ar b ; a d n er a xi a b e d s e õ ç al u p o P e d a ci s á b e d er a d s et n a d ut s e s e d a di n u m o c ; o ni s n e e si ar ur ,s a n e gí d ni s et n e g a ;s al o b m oli u q s er os s ef or p ,s at sit r a ,s i ar utl u c m e vl o v n es e d e u q s et n ati li m e o ãs ul c x e à et a b m o c o n s e õ ç a .l ar utl u c e l ai c os a d oi r ét si ni M ar utl u C a m ar g or P . 2 1 e d l a n oi c a N a d o ã ç ar g et nI o ã ç a c u d E l a n oi ss if or P a m o c o ã ç a c u d E a n a ci s á B e d a dil a d o M o ã ç a c u d E e d e s n e v oJ s otl u d A AJ E O R P e d a d a u nit n o c e l ai ci ni o ã ç a mr of a a vit ej b O e l a n oi ss if or p o ã ç a c u d e a e s er o d a hl a b ar t m ér o P . oi d é m e l at n e m a d n uf l e ví n e d a ci n c ét a n e d a di r ail u c e p a m u m e us s o p s o vit ej b o s es s e as s e e u q m e õ p or p si o p , o ã ç a zil a er e d a mr of a us e d , a d ar g et ni a mr of e d a d at r ef o aj es o ã ç a c u d e oi d é m u o l at n e m a d n uf o ni s n e o e u q o d o m . a ci n c ét o ã ç a mr of a m o c et n e m at n uj e h ni m a c l e ví n e d a ci n c ét l a n oi ss if or p o ã ç a c u d e e d at r ef O-áj m e u q a o d a nit s e d oi d é m o ni s n e m o c oi d é m o i us s o p o ã n a d ni a e l at n e m a d n uf o ni s n e o ui ul c n o c . o ci n c ét e d ol utí t o ri ri u q d a e d n et er p e oi d é m o ni s n e , oi d é m o ni s n e o m o c a d a u nit n o c e l ai ci ni o ã ç a mr oF -l at n e m a d n uf o ni s n e o ui ul c n o c áj m e u q a o d a nit s e d e d n et er p e oi d é m o ni s n e o i us s o p o ã n a d ni a e . a di p ár si a m l a n oi ss if or p o ã ç a mr of a m u ri ri u q d a o ni s n e m o c a d a u nit n o c e l ai ci ni o ã ç a mr oF -ar a p ,) o n a º 9 a º 6 u o ei r és ª 8 a ª 5( l at n e m a d n uf o ni s n e o d es af ar i e mi r p a m ar í ul c n o c áj e u q s el e u q a .l at n e m a d n uf o ã ç a mr of e d l a n oi g er e d a di ss e c e n a d o d n e d n e p e D-e d s os r u c s o dit i m d a , m é b m at , o ãs ,l a n oi ss if or p oi d é m o ni s n e o m o c a d a u nit n o c e l ai ci ni o ã ç a mr of ) AJ E O R P( s otl u d A e s n e v oJ e d .s o n a 8 1 e d a mi ní m e d a dI a d oi r ét si ni M o ã ç a c u d E

(14)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011 o ã ç a u nit n o C A M A R G O R P O VI T EJ B O S E Õ Ç A AI R Á T E A XI A F S E R O T U C E X E ot ej or P . 3 1 e e d ú a S o ã ç n e v er P s al o cs E s a n oi o p a ,) E P S( E O C S E N U F E CI N U a m u ,) E P S( s al o cs E s a n o ã ç n e v er P e e d ú a S ot ej or P O a m et ,) E S P( al o cs E a n e d ú a S a m ar g or P o d s e õ ç a s a d s o d l ar g et ni o ã ç a mr of a ar a p ri u bi rt n o c e d e d a dil a nif r o p a ci s á b o ã ç a c u d e e d a cil b ú p e d er a d s et n a d ut s e à o ã ç n et a e o ã ç o m or p , o ã ç n e v er p e d s e õ ç a e d oi e m . e d ú as e d ú as a d o ã ç o m or p e d s e õ ç a e d o ã ç a zil a e R-e s et n e cs el o d a e d a vit u d or p er e d ú as a d e l a u x es e d e e d ú as e d s er ot es s o o d n al u cit r a ,s n e v oj a ar a p ri u bi rt n o c es -ar e ps e , os si m o C . o ã ç a c u d e s e ci d ní s o d e T S D/ VI H ol e p o ã ç c ef ni a d o ã ç u d er a n z e di v ar g al e p a d as u a c r al o cs e o ãs a v e e d a 0 1 e d o ã ç al u p o p a n ,)l i n e v uj u o( ai c n ê cs el o d a s o n a 4 2 s o n a 9 1 e 4 1 er t n e s n e v oJ s al o cs e e d s et n a d ut s e .s a cil b ú p a d oi r ét si ni M a d e e d ú a S o ã ç a c u d E a m ar g or P . 4 1 f a n or P m e v oJ o d n et a b m o c , ar utl u ci r g a a d or ut uf o r at n e m of a vit ej b O a m u e d s é v ar t a , o p m a c o n ai r és i m a e l ar ur o d o x ê o . ail í m af a us à a d n er e u g er g a e u q , a vit u d or p e d a di vit a ot n e mit s e v ni e d l ai c e ps e oti d ér c m u e d at r ef O-es s er et ni e d s o cif í c e ps e s ot ej or p m o c o d a n oi c al er m aj et s e u o o dí ul c n o c m a h n et e u q ,s n e v oj e d e d s er ail i m af s or t n e c m e o n a o mit l ú o o d n as r u c s a ci n c ét s al o cs e m e u o ai c n â nr etl a r o p o ã ç a mr of m a h n et e u q u o oi d é m l e ví n e d s al o cí r g a ,l a n oi ss if or p o ã ç a mr of e d os r u c e d o d a pi cit r a p s er ail i m af s er otl u ci r g a s o d )s a( s o hli f a 6 1 e d e d a di m o c s n e v oJ s o n a 5 2 o d oi r ét si ni M -e mi vl o v n es e D oi r ár g A ot n a m ar g or P . 5 1 e d a di sr e vi n U s o d ot ar a p )i n U or P( ,r oi r e p us o ã ç a c u d e à os s e c a o r a zit ar c o m e d a vit ej b O l ai c os o ãs ul c ni e d os s e c or p o r al u mit s e ,s a g a v r ail p m a .s or i eli s ar b s n e v oj s o a a d n er e o hl a b ar t r ar e g e e si ar g et ni s o d ut s e e d s as l o b e d o ãs s e c n o C-e d e o ã ç a u d ar g e d s os r u c e d s et n a d ut s e a si ai cr a p m e , a cif í c e ps e o ã ç a mr of e d si ai c n e u q es s os r u c r oi r e p us o ã ç a c u d e e d s a d a vi r p s e õ çi uti ts ni s et n a d ut s e s o a o di gi ri D oi d é m o ni s n e o d s os s er g e a d u o a cil b ú p e d er a d a n r al u cit r a p e d er s at si sl o b e d o ã çi d n o c r e p a d n er m o c ,s i ar g et ni m u e d r ail i m af ati p a c e , oi e m e o mi ní m oi r ál as ar a p , % 0 5 l ai cr a p as l o b e d a mi x á m a d n er e d s o .s o mi ní m s oi r ál as s êr t a d oi r ét si ni M o ã ç a c u d E a m ar g or P . 6 1 o d n u g e S o p m e T e a cit ár p à os s e c a o r a zit ar c o m e d :s o vit ej b o o m o c m e T o r e v o m or p a a mr of e d , et r o ps e o d ar utl u c à e s et n e cs el o d a ,s a ç n ai r c e d l ar g et ni ot n e mi vl o v n es e d e ai n a d a di c a d o ã ç a mr of e d r ot af o m o c ,s n e v oj m e et n e m ai r ati r oi r p , a di v e d e d a dil a u q a d ai r o hl e m s a cit ár p r e c er ef O .l ai c os e d a dil i b ar e nl u v e d s a er á e s a ç n ai r c o d n al u mit s e ,s i a n oi c a c u d e s a vit r o ps e e u q a vit ef e o ã ç ar et ni a m u r et n a m a s et n e cs el o d a ;l ar g et ni ot n e mi vl o v n es e d u es o ar a p a u bi rt n o c a vit r o ps e d a cit ár p a ar a p s a d a u q e d a s e õ çi d n o c r e c er ef o . e d a dil a u q e d l a n oi c a c u d e : ar a p ri u bi rt n o c e si ai c os s er ol a v r e vl o v n es e D s e d a dil i b a h e s a ci síf s e d a di c a p a c s a d ai r o hl e m a-;s ar ot o m , a mit s e ot u a( a di v e d e d a dil a u q a d ai r o hl e m a-;) e d ú as e l ai c os o ã ç ar g et ni , oi ví v n o c ,s a g or d( si ai c os s o cs ir s o a o ã çi s o p x e a ri u ni mi d-o hl a b ar t , e d a dil a ni mi r c , e c o c er p z e di v ar g , o ã çi uti ts or p a cit ár p a d o ã ç a zit n ei cs n o c a o d n e v o m or p )li t n af ni . ai n a d a di c a d oi cí cr e x e o o d n ar u g es s a e a vit r o ps e s a u d e d a cit ár p a , o mi ní m o n , e d at r ef O-,l o b e d n a h ,l as t uf ,l o b et uf( s a vit el o c s e d a dil a d o m l a u di vi d ni e d a dil a d o m a m u e )i el ô v u o et e u qs a b , a ç n a d , as e m e d si n êt , al e v , o ã ç at a n , o ms it elt a( .). ct e , ar i e o p a c ,s er at n e m el p m o c s e õ ç a e d ot n e mi vl o v n es e D-s o ç a ps e u o al o cs e a d s o ci síf s o ç a ps e s o o d n a zil it u o l a pi c ni r p e u q of n e o m o c o d n et ,s oi r áti n u m o c .l a n oi c a c u d e et r o ps e o m o c m et a m ar g or p O ,s a ç n ai r c o vl a-o cil b ú p s n e v oj e s et n e cs el o d a s o cs ir s o a s ot s o p x e .s i ai c os o d oi r ét si ni M et r o ps E

(15)

C ADERNO CRH , Salvador , v . 24, n. 63, p. 663-678, 2011 o ã ç a u nit n o C A M A R G O R P O VI T EJ B O S E Õ Ç A AI R Á T E A XI A F S E R O T U C E X E ot ej or P . 7 1 o d a dl o S o ã d a di C r e c e nr of e d a dil a nif r o p m et o ã d a di C-o d a dl o S ot ej or P O s a çr oF s a d s er ati li m s o a l a n oi ss if or p o ã ç a cif il a u q r o p ,s o d ai c n e cil o ãr es e u q s o a o d nit i mr e p ,s a d a mr A o r at n er f n e ,r ati li M o çi vr e S e d o p m et o d o ni mr ét .s e õ çi d n o c s er o hl e m m e o hl a b ar t e d o d a cr e m o ã ç a mr of e d s e d a di n ut r o p o e d at r ef O-o n os s er g ni o ár ati li bi ss o p e u q r at n e m el p m o c o çi vr es o d a dí as a s ó p a , o hl a b ar t e d o d a cr e m m e d n er p a s o n ul a s o , a ci n c ét a d m él A .r ati li m e a cit é , oti e ps er , o ms ir o d e d n e er p m e er b os . ai n a d a di c s a d s oi r ár o p m et s er ati li M o d n a u q ,s a d a mr A s a çr oF e d s o mi x ór p m er e vit s e o d ot n e m ai c n e cil u es . o vit a o çi vr es a d oi r ét si ni M as ef e D a m ar g or P . 8 1 a n e d ú a S E S P al o cs E o ã ç a mr of a ar a p ri u bi rt n o c o vit ej b o o m o c m et E S P O e d s e õ ç a e d oi e m r o p s et n a d ut s e s o d l ar g et ni o a s at si v m o c , e d ú as à o ã ç n et a e o ã ç n e v er p , o ã ç o m or p m et e m or p m o c e u q s e d a dil i b ar e nl u v s a d ot n e m at n er f n e e d er a d s n e v oj e s a ç n ai r c e d ot n e mi vl o v n es e d o n el p o . o ni s n e e d a cil b ú p ,s a ç n ai r c s a d e d ú a S e d s e õ çi d n o C s a d o ã ç ail a v A-al o cs e a n o ãt s e e u q s n e v oj e s et n e cs el o d a . a cil b ú p e d s e d a di vit a e d e e d ú a S a d o ã ç o m or P-. o ã ç n e v er P o ã ç ati c a p a c e et n e n a mr e p o ã ç a c u d e e d at r ef O-e d e e d ú as a d e o ã ç a c u d e a d si a n oi ss if or p s o d .s n e v oj s o d e d ú as a d o ã ç ail a v a e ot n e m ar oti n o M-.s et n a d ut s e . a m ar g or P o d o ã ç ail a v a e ot n e m ar oti n o M -a cil b ú p e d er a d s o n ul A ,l at n e m a d n uf o ni s n e e d e d er , oi d é m o ni s n e o ã ç a c u d e e d l ar e d ef a ci g ól o n c et e l a n oi ss if or p AJ E e a d s oi r ét si ni M e o ã ç a c u d E e d ú a S a m ar g or P . 9 1 o ã ç u d e R e d ai c n êl oi V a d ar t n o c l at e L s et n e cs el o d A s n e v oJ e s ai g ét ar ts e e d o ãs ufi d a ar a p ri u bi rt n o c é o vit ej b o u e S s et n e cs el o d a e d a di v a d o ã ç a zi r ol a v a n s a d at u a p et n e m a m er t x e é ej o h e u q oi r át e o p ur g ,s or i eli s ar b .s í a p o o d ot m e s oi dí ci m o h r o p e d a dil at el à l e v ár e nl u v o ã ç al u cit r a , o ã ç a zil i bi s n es e d s e õ ç a r e v o m or p a as i V , ot n e m ar oti n o m e d s o ms i n a c e m e d o ã ç u d or p e a cit íl o p e d s at n el oi v s et r o m s a e u q r ar u g es s a e d oti ut ni o n s or i eli s ar b s o n a br u s or t n e c s e d n ar g s o d s et n e cs el o d a . a cil b ú p a d n e g a a n e d a di r oi r p o m o c s a d at ar t m aj es s o xi e 3 e d rit r a p s o ã ç a ut A ; y c a c o v d a / a cit íl o p o ã ç al u cit r A -1 o xi E ;s er o d a ci d ni e d o ã ç u d or P -2 o xi E e d s ai g ol o d ot e m e d ot n e mi vl o v n es e D -3 o xi E . o ã ç n e vr et ni e s et n e cs el o d a e d o cil b ú P s n e v oj ai r at er c e S e d l ai c e ps E s oti er i D a d s o n a m u H a d ai c n ê di s er P a cil b ú p e R a m ar g or P . 0 2 e d l a n oi c a N a ç n ar u g e S m o c a cil b ú P ai n a d a di C )i cs a n or P( ;s i ai c os s e õ ç a m o c a ç n ar u g es e d s a cit íl o p r al u cit r A e u q s as u a c s a ri g nit a a cs u B . o ã ç n e v er p a r a zi r oi r p e d s ai g ét ar ts e s a d o ã m ri r b a m es , ai c n êl oi v à m a v el . a cil b ú p a ç n ar u g es e l ai c os ot n e m a n e dr o -m a c at s e d i cs a n or P o d s o xi e si a pi c ni r p s o er t n E :es a ç n ar u g es e d si a n oi ss if or p s o d o ã ç a zi r ol a V-; a cil b ú p ; oi r ái c n eti n e p a m et si s o d o ã ç ar ut ur ts e e R-;l ai cil o p o ã ç p ur r o c à et a b m o C-a d o ã ç n e v er p a n e d a di n u m o c a d ot n e mi vl o v n E-. ai c n êl oi v e d oi r óti rr et m e s at si sl o b s n e v oJ -oj et or P a s er o d a cil pit l u m o m o c o ãr i g a l ai c os o ãs e o cs e d s a us e s a ç o m ,s e z a p ar s or t u o ri g nit a e d mif ai n a d a di c a d et a gs er o ar a p o d ni u bi rt n o c ,s ail í m af .s e d a di n u m o c s a n li m 0 4 e d si a m e d o ã ç ai r c A -l a n oi si r P a m et si S ar a p sí a p o d oi r ái c n eti n e p a m et si s o n s a g a v 8 1 er t n e s n e v oj s O .s o cif í c e ps e s o cil b ú p a r e d n et a .s a d ai c n er efi d si a n oi si r p s e d a di n u o ãr et s o n a 4 2 e s n e v oj s o ar a p e d a di r oi r P , e d a di e d s o n a 4 2 a 5 1 e d s e õi g er s a d s er o d ar o m si a m s a n ati l o p or t e m .s í a p o d s at n el oi v o d oi r ét si ni M -e mi vl o v n es e D l ai c o S ot n .) 9 0 0 2( A E PI o d e s oi r ét si ni M s o d s eti s s o a atl us n o c e d s é v ar t a a d ar o b al e o ã ç a zit a m et si S : et n oF

(16)

C ADERNO CRH , Salvador , v. 24, n. 63, p. 663-678, 2011

POLITIQUE NATIONALE POUR LA JEUNESSE: trajectoire et défis

Roselani Sodré da Silva Vini Rabassa da Silva

Cet article resulte d’une révision théorique concernant la Politique Nationale pour la Jeunesse (PNJ) et part du principe qu’une réflexion plus approfondie sur ce thème est indispensable compte tenu des graves problèmes affrontés par les jeunes d’aujourd’hui. On y présente tout d’abord quelques observations sur l’importance des jeunes dans la société contemporaine et, tout de suite après, des données sur la situation des jeunes Brésiliens qui soulignent la nécessité urgente de politiques publiques adaptées aux besoins spécifiques des différents groupes de jeunes. Après cette brève présentation de la réalité, on fait une approche de la genèse et du développement de cette politique et on présente la répartition des programmes nationaux qui existent actuellement. Cette présentation se ter-mine par une analyse du PNJ actuel et montre quelques défis liés à sa consolidation.

MOTS-CLÉS: jeunesse, jeunes, politique nationale pour La jeunesse, programmes nacionaux pour la jeunesse, politiques publiques.

NATIONAL YOUTH POLICY: trajectory and challenges

Roselani Sodré da Silva Vini Rabassa da Silva

This article is the result of a theoretical review on the National Youth Policy (NYP) and has got as a premise the necessity for a greater reflection on the subject, considering the severe problems facing the young people currently. It presents initially some comments about meaning of youth for the contemporary society, and fallowing, some data about the situation of Brazilian young people, highlighting urgency public policies appropriate to the specific needs of different young people. After this brief contextualization it is discussed the creation and development of this policy, a mapping of the national programs currently in existence is presented. It ends the presentation with a analysis of the current NYP and with the indication of some challengers to consolidate it.

KEY WORDS: youth, young people, national youth policy, national youth program, public policies.

Roselani Sodré da Silva - Mestre em Política Social pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL). Assessora Técnica da Seretaria Municipal de Educação de Pelotas. Atuou como Assessora Técnica para as Áreas de Educação e Cultura do Escritório da UNESCO em Porto Alegre. Membro do Conselho Consul-tivo do Fórum dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Principais publica-ções: Direitos humanos, juventude e trabalho. Anais III Seminário de Política Social do Mercosul. UCPel, 2011; Direito à educação, condição juvenil e política de juventude. In: Políticas Públicas e Educação: constituindo a cidadania? 2010, Rio Grande. Anais do Seminário Políticas Públicas e Educação: consti-tuindo a cidadania?. Rio Grande: FURG, 2010; Plano Estratégico de Desenvolvimento da Região Sul do RS. Pelotas: Cópias Santa Cruz Ltda. 2010.

Vini Rabassa da Silva - Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professora no Curso de Serviço Social e no Programa de Pós-Graduação em Política Social da Univer-sidade Católica de Pelotas/UCPEL. Tem experiência na área de Políticas Sociais, particularmente na polí-tica de assistência social, tendo trabalhado na gestão, coordenação e execução de programas sociais em Organização Não governamental, na formação de conselheiros de políticas sociais e na assessoria de conselhos municipais. Pesquisas realizadas e, em andamento, nos seguintes temas: política da assistência social, conselhos gestores, participação e controle social de políticas públicas, serviço social e ação profis-sional, e migrações internacionais. Principais publicações: Direitos humanos, juventude e trabalho. Anais III Seminário de Política Social do Mercosul. UCPel, 2011; III Seminário de Política Social no Mercosul -Temas emergentes e perspectivas para o futuro. Pelotas: EDUCAT, 2011; Conselhos municipais de assis-tência social: história, fragilidades e possibilidades. Argumentum, v. 2, p. 163-173, 2010; Control social democratico en la politica de asistencia social brasileña. Panorámica Social, v. 1, p. 001-002, 2010.

Referências

Documentos relacionados

b) Autodeclaração de Preto ou Pardo (cota PPI) ou Autodeclaração de Indígena (cota PPI) impressa e assinada (ou com assinatura digital) pelo candidato quando da

A partir do exemplo dessas duas obras traçamos como objetivo deste capítulo discutir algumas estratégias para conservação de obras software-based, nos.. mantendo cientes de

Mesmo com a maioria dos centenários apresentando elevado percepção qualidade de vida, viu-se que o nível de atividade física e a média de número passo/dia, foram inferiores

Még épp annyi idejük volt, hogy gyorsan a fejük búbjáig húzták a paplant, és Mary Poppins már nyitotta is az ajtót, és lábujjhegyen átosont a

Experiencias de consumo de media hora y de 24 horas por Cnesterodon decemmaculatus (Jenyns, 1842) y Jenynsia multidentata (Jenyns, 1842) se llevaron a cabo con larvas de Culex

farmacoepidemiológicos, literatura publicada, experiência pós-comercialização no mercado, incluindo respostas submetidas pelos titulares das Autorizações de Introdução no Mercado

associados efetivos a prestar o seu contributo na humanização hospitalar no Centro Hospitalar Universitário S. Monitorização do Plano de Atividades de 2020. - Manutenção de uma

[r]