Colégio São Paulo – Geografia – Prof. Eder Rubens - 2013
CAP. 02 – A Globalização. (2ª Série)
* 1990 =
Fim do bipolarismo
=
Nova Ordem Mundial
= EUA
na liderança =
Neoliberalismo
( p327)
* Geopolítica: Desenvolvimento tecnológico = nova DIT
impondo o
Neoliberalismo
aos países pobres.
*Globalização: Culmina nos anos 1900 e 2000 com a
internacionalização do capital, transnacionais, rev.
Tecnoló-gica (comunicação, produção e transporte), neoliberalismo,
fluxos de mercadorias e pessoas (p328).
* Lógica espacial da Globalização: (p.330)
Globalizador e
Globalizado
= intensificação das diferenças econômicas (ver
p.331)
* A Exclusão na Globalização: Em toda a história da
huma-nidade nunca se produziu tanta riqueza como nos tempos
de hoje. Desde o pós-guerra até os dias atuais, a
produ-ção mundial está em curva ascendente, embora tenha
tido alguns percalços, como nas décadas de 1970,
quan-do os choques quan-do petróleo provocaram uma redução na
produção.
Estudos da ONU mostram que 1% dos mais
ri-cos possuem o mesmo que 57% da pop. mundial mais
pobre.
Para piorar, cerca de 1,8 bilhões de pessoas vivem
com menos de dois dólares por dia.
* Setembro de 2000 = 189 países, com intuito de diminuir a
pobreza propõem a
Declaração do Milênio
= ações para a
redução da pobreza, fome e má qualidade de vida.
*Declaração do Milênio: Objetivo de desenvolvimento do
Milênio. ( p.332)
* Os Blocos Econômicos = Globalização = Geoeconomia
* Nova Ordem Mundial: Regulando a economia mundial =
após a 2ª Guerra =
Acordo de Bretton Woods
= EUA é líder;
Dolar (moeda mundial); EMI; BIRD; grandes fluxos de
capi-tais, mercadorias. ( p. 347...)
• A nova ordem mundial ( Carta Capital - Luis Nassif )
“...A morte do economista Albert Hirschman, aos 97 anos, é simbólica. Ocorre em um momento em que o mundo procura alternativas de política econômica, tal e qual no final da Segunda Guerra.
Saía-se da era do confronto para o da colaboração, pelo menos até
que a Guerra Fria se fizesse presente. A nova potência hegemônica, os Estados Unidos, ajudava na reconstrução da Europa, dos
adversários derrotados e até da América Latina.
O tratado de Breton Woods forneceu as bases institucionais para esse novo desenho. De um lado, o FMI (Fundo Monetário Internacional) impedindo as guerras cambiais e amparando países com
desequilíbrios nas contas externas. Do outro, o Banco Mundial
apoiando com recursos o desenvolvimento dos países. Depois, um conjunto de instituições trabalhando a questão da pobreza, do
analfabetismo.
Partia-se do princípio de que a colaboração mundial exigia isonomia econômica entre países.
Os 30 anos que se seguiram constituíram o chamado período de
ouro do capitalismo. Houve o desenvolvimento de inúmeros
países atrasados, o fim dos impérios coloniais, políticas de
combate à miséria e desenvolvimento de uma ciência nova,
visando
encontrar
o
caminho
para
suplantar
o
subdesenvolvimento. Hirschman cumpre papel fundamental,
inclusive nos estudos sobre o subdesenvolvimento na América
do Sul. Seus estudos tiveram dois discípulos relevantes: Ignácio
Rangel e Fernando Henrique Cardoso. O primeiro entendeu o
momento e as circunstâncias e produziu estudos clássicos nos
anos 60, defendendo o fortalecimento do setor financeiro
brasileiro como o passo seguinte ao da substituição de
importações.
O segundo, FHC, quando presidente, repetiu a fórmula em uma
conjuntura totalmente diversa, onde já se tinha um país com
estrutura industrial sofisticada, e não com a economia
rudimentar da Colômbia dos anos 50.
A financeirização da economia, que marcou o último ciclo
global, pressuponha os Estados nacionais abrindo mão de
suas políticas internas e se subordinando a uma
coordenação global, nas mãos dos respectivos bancos
centrais.
O novo modelo exigirá, de um lado, a volta da lógica dos
Estados nacionais batalhando pela competitividade das
suas economias. De outro, a colaboração. Mas como
compatibilizar competição com colaboração?
É aí que entra a discussão de uma nova ordem institucional,
uma redefinição dos papéis dos bancos internacionais, das
organizações multilaterais.
Depois, a definição de princípios que sejam comuns a todos os
países: a ênfase às políticas de inclusão social, como
fundamentais
para
o
próprio
aprimoramento
do
capitalismo; o apoio aos países em desenvolvimento; a
preocupação com a sustentabilidade do planeta.” ...
* Organização Mundial do Comércio (OMC):
A OMC é um órgão internacional que define as regras para o comércio multilateral e plurilateral entre os países.
Em funcionamento desde 1995 substituindo o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), a OMC é uma instituição com personalidade jurídica que surgiu com o objetivo de proporcionar e regulamentar o livre comércio entre as nações participantes.
Durante os anos 30 (e principalmente durante o período da “Grande
Depressão”) os EUA iniciaram a imposição de barreiras comerciais
absurdas na tentativa de deter a crescente inflação que afetava o país. Essa atitude por parte dos norte-americanos levou outros países a fazer o mesmo em retaliação a política protecionista, dificultando o comércio entre os países e desestabilizando a economia mundial. Entretanto, as barreiras agravaram ainda mais a crise, fazendo com que, após a Segunda Guerra e através do Conselho Econômico e Social da ONU, EUA e Inglaterra convocassem uma Conferência sobre Comércio e Emprego onde apresentaram o GATT. A princípio o objetivo não era regulamentar o “livre comércio”, mas sim garantir o acesso equitativo dos países membros aos mercados através de um documento que seria provisório, até a criação da OIC (Organização Internacional de Comércio, em inglês, Internacional Trading Organization – ITO) que acabou não saindo do papel.
A OMC é regida por cinco princípios que devem ser seguidos pelos seus membros: o princípio da “não discriminação” garante tratamento igual a todos os membros no que se refere aos privilégios comerciais e aos produtos importados e nacionais, os quais não podem ter privilégios em detrimento dos importados; o segundo princípio é o da “previsibilidade” de normas e do acesso aos mercados através da consolidação dos compromissos tarifários para bens e das listas de ofertas em serviços; o princípio da “concorrência leal” que visa coibir práticas desleais de comércio (exemplo, dumping e anti-dumping); o princípio da “proibição de restrições quantitativas” como proibições e quotas permitindo apenas as quotas tarifárias desde que previstas nas listas de compromissos dos países; e o princípio do “tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento”.
Concluindo, a OMC garante o acesso equitativo entre os países através de quatro mecanismos: o processo de adesão, os princípios, as rodadas de negociações comerciais e as soluções de controvérsias. Bem mais ampla que o GATT (atualmente a terminologia é aplicada apenas ao acordo comercial sobre mercadorias), a OMC oferece uma base institucional semelhante ao FMI e ao Banco Mundial para as negociações em torno do comércio internacional e a cada nova rodada de negociações (a última foi a Rodada de Doha) consegue ampliar ainda mais a abertura dos mercados nacionais. Formada por 153 países, enfrenta grandes problemas, como as questões de caráter protecionista da União Europeia...
* O Grupo dos oito (G-8):
O “Grupo dos Oito”, ou G8, é um grupo formado pelos sete países mais ricos – antigo G7 – (ou mais industrializados) do mundo mais a Rússia. São eles: EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e a Federação Russa.
Sem constituir uma instituição ou entidade internacional, o G8 é um grupo informal que se propõe a discutir os problemas mundiais.
Severamente criticado sob o argumento de ser um grupo elitista e excluir países em desenvolvimento economicamente estratégicos como a China e também por ser favorável ao processo de globalização, o G8 surgiu como uma reunião informal entre França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA em Rambouillet na França (1975) para discutir questões inerentes à “Crise do Petróleo”.
Antes disso os EUA haviam convocado uma reunião com alguns países europeus e o Japão para informalmente discutir questões econômicas e comerciais. A reunião os deixaria conhecidos como o “Grupo da
Biblioteca”. Mas, por sugestão da França, foram convocados líderes
de Estado para as próximas reuniões que passaram a ser anuais formando o primeiro grupo com os países já citados, o G6.
Com a adesão do Canadá em 1976 e da Rússia em 1998, o grupo ganha a formação atual e passa a se chamar G8.
Ainda mantendo a estrutura informal do início, o G8 expande sua “pauta de discussões” e passa a abordar a política mundial com o objetivo de discutir a ajuda aos países em desenvolvimento e questões de segurança global.
Entretanto, mesmo sem constituir uma entidade formal, as reuniões do G8 evoluíram e acabaram se tornando muito mais complexas do que as reuniões do Grupo da Biblioteca. Os países podem concordar em algumas questões, mas o cumprimento delas é facultativo e, em alguns casos eles chegam mesmo a discordar como no caso da Guerra do Iraque e sobre as questões inerentes ao Protocolo de Kyoto, onde os EUA ignoraram a opinião dos demais países assumindo uma postura contrária. O fato é que o Grupo possui a capacidade de influenciar as decisões de órgãos internacionais como a OMC, ou mesmo sobre o G20 (grupo formado em 2003 na fase final de preparação para a V Conferência Ministerial da OMC com o objetivo de discutir as questões relativas à agricultura nos países em desenvolvimento), sem que os demais países participem das decisões provocando uma onda de protestos em cada reunião do grupo.