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PROJETO DE LEI. Dispõe sobre a disciplina e o regulamento da atividade circense no Município de São Carlos SP

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Academic year: 2021

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PROCESSO Nº 237/03 - PROJETO DE LEI Nº 012 INTERESSADO: Vereadora Laíde das Graças Simões

ASSUNTO: Dispõe sobre a disciplina e o regulamento da atividade circence no Município de São Carlos.

-0-PROJETO DE LEI

Dispõe sobre a disciplina e o regulamento da atividade circense no Município

de São Carlos – SP

O Prefeito do Município de São Carlos faz saber que a Câmara Municipal de São Carlos aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

Art.1° A instalação e o funcionamento de atividade circense, acompanhadas de espécimes da fauna, no Município de São Carlos, dependerá dos seguintes alvarás do Poder Público Municipal: “Licença de Instalação” e “Licença de Funcionamento”.

Art.2° O responsável legal pela atividade circense de que trata o art. 1° deverá requerer a “Licença de Instalação” e a “Licença de Funcionamento” da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano (SMHDU) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia (SMDSCT), da Prefeitura Municipal de São Carlos, respectivamente.

Art.3° O requerimento de “Licença de Instalação” deverá ser protocolado na Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, com antecedência de 30 (trinta) dias da data de instalação da atividade circense neste Município, sob pena de indeferimento imediato, instruído com os seguintes documentos obrigatórios:

A) identificação atual e completa da pessoa física ou jurídica, responsável pela atividade circense, contendo endereço, telefone, cópia do Contrato Social, do Cadastro Geral do Contribuinte no Ministério da Fazenda – CGC/MF, do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e do Registro Geral – RG;

B) cópia do registro de propriedade dos animais acompanhantes da atividade circense;

C) cópia do registro definitivo no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais – IBAMA;

D) memorial descritivo sucinto da apresentação dos animais e a especificação dos métodos de treinamento utilizados, acompanhada da identificação dos responsáveis pelo treinamento;

E) identificação atual e individualizada dos tratadores dos animais contendo endereço, telefone, cópia do Cadastro de Pessoa Física – CPF, do Registro Geral – RG, e cópia de suas respectivas carteiras ou contratos de trabalho;

F) listagem dos animais acompanhantes da atividade circense, conforme o ANEXO I desta Lei, devidamente marcados por meio de métodos que não afetem a saúde física e psicológica deles;

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G) cópia do Livro de Registro dos animais acompanhantes da atividade circense,conforme ANEXO III desta Lei; H) declaração, com firma reconhecida, de Médico Veterinário responsável pelos cuidados e manejo adequados dos animais acompanhantes da atividade circense sobre a situação física e psicológica deles, bem como, de que a apresentação circense não acarretará maus tratos aos animais, acompanhada do respectivo Atestado de Responsabilidade Técnica – ART;

I) termo de compromisso assinado pelo Médico Veterinário e pelo responsável pela atividade circense obrigando-se, em caso de morte de qualquer animal acompanhante da atividade circense, a necropsiá-lo e enviar o respectivo laudo ao IBAMA, num prazo máximo de 2 (dois) dias da data da morte.

Parágrafo único – Recebido o requerimento da “Licença de Instalação”, atendidas às disposições desta Lei, a Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano terá o prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar do protocolo do requerimento, para, em decisão motivada, concedê-la ou não.

Art.4° O requerimento de “Licença de Funcionamento” deverá ser protocolado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a expedição da Licença de Instalação, sob pena de cassação imediata desta.

§ 1° - Da data do protocolo da licença prevista no “caput”, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia realizará vistoria pormenorizada nas instalações da atividade circense a fim de verificar se as condições e requisitos desta Lei foram cumpridos.

§ 2° - Num prazo máximo de 15 (quinze) dias, da data do término da vistoria, observados os dispositivos desta Lei, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, em decisão motivada, concederá ou não a “Licença de Funcionamento”.

Art. 5° - Não será concedida a “Licença de Funcionamento” à atividade circense quando:

I) qualquer uma das instalações que acomodam os animais acompanhantes do circo, armado ou em movimento, não estiver de conformidade com o ANEXO II desta Lei;

II) a atividade circense não dispuser de sistema de coleta/armazenamento dos dejetos, efluentes líquidos e resíduos sólidos provenientes dos recintos dos animais;

III) for constatado que os animais não estão em condições físicas e/ou psíquicas adequadas à sua espécie ou quando o evento circense puder causar maus tratos aos animais;

IV) for constatada a ausência ou inverdade de qualquer um dos documentos exigidos no art. 2° desta Lei;

Art. 6° - Para os efeitos desta Lei, consideram-se maus tratos toda e qualquer ação ou omissão capaz de resultar ou causar o sofrimento físico e/ou psíquico de qualquer animal, cerceamento e/ou prejuízo de suas funções vitais, por qualquer lapso de tempo, e, em especial:

I) privar qualquer animal de alimento (sólido e líquido), ar, luz solar, descanso, movimento, respiração, espaço e/ou

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higiene adequada à sua boa saúde, física e/ou psíquica;

II) o abuso ou crueldade no tratamento, treinamento e utilização do animal;

III) manter os animais acompanhantes da atividade circense em locais e condições inapropriadas para seu espécime ou em desacordo com o ANEXO II desta Lei;

IV) obrigar qualquer animal a trabalhos excessivos ou superiores às suas condições de saúde, física e/ou psíquica;

V) obrigar qualquer animal a qualquer ato que resulte em sofrimento físico e/ou psíquico para dele obter esforço que, razoavelmente, não se lhe possa exigir senão com castigo;

VI) obrigar qualquer animal a qualquer ato que resulte em condicionamento físico ou psíquico de longo prazo, capaz de modificar seu comportamento, comparado ao da mesma espécie em condições sadias;

VII) golpear, ferir ou mutilar, voluntariamente, qualquer órgão ou tecido de qualquer animal, salvo os casos previstos em Lei, atendidas suas disposições;

VIII) praticar qualquer pesquisa ou intervenção em qualquer animal sem a presença de um médico veterinário habilitado, sem as licenças, autorizações e registros necessários, bem como, em locais inadequados e/ou clandestinos;

IX) abandonar qualquer animal doente, ferido, extenuado, mutilado ou idoso, bem como deixar de ministrar-lhe tudo que, de forma humanitária, possa ser provido, inclusive assistência veterinária;

X) não oferecer morte rápida, livre de sofrimento, a qualquer animal cujo abate seja necessário e legalizado;

XI) utilizar qualquer animal prenhe para apresentação, trabalho e treinamento de qualquer natureza;

XII) utilizar animal cego, ferido, enfermo ou extenuado em apresentação, trabalho e treinamento de qualquer natureza;

XIII) açoitar, golpear ou castigar, por qualquer forma, animal caído ou deitado;

XIV) açoitar, golpear ou castigar qualquer animal em pé, de forma a causar-lhe sofrimento físico e/ou psíquico. XV) utilizar correntes e demais equipamentos para prender animais, sem a devida proteção para impedir-lhes o sofrimento físico e/ou psíquico;

XVI) conduzir qualquer animal, por qualquer meio de locomoção, sem higiene, sem água, sem ar e sem espaço físico necessários ao bem estar animal;

XVII) conduzir qualquer animal, por qualquer meio de locomoção, de cabeça para baixo, de patas atadas ou impedidas de sustentarem o animal em pé, ou por qualquer outro modo que produza sofrimento físico e/ou psíquico;

XVIII) encerrar qualquer animal juntamente com outro capaz de aterrorizá-lo ou causar-lhe danos físicos e/ou

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psíquicos;

Parágrafo único – Constatada a existência de maus tratos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia e/ou as entidades referidas no art. 12 desta Lei deverão enviar à Polícia Ambiental e de Mananciais e ao Ministério Público, ambos do Estado de São Paulo, um relatório pormenorizado descrevendo o local e horário em que os maus tratos foram constatados, além de cópia de toda documentação da atividade circense envolvida, de posse da referida Secretaria.

Art. 7° - Para os efeitos desta Lei, consideram-se animais acompanhantes da atividade circense todo e qualquer animal que esteja no Município de São Carlos em virtude da atividade circense, utilizados ou não em suas apresentações públicas.

Art. 8° - A instalação e/ou o funcionamento de atividade circense, acompanhada de espécime da fauna, neste Município, sem as licenças referidas no art. 1° desta Lei, sujeitarão os responsáveis envolvidos, pessoas físicas e/ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Art. 9° - Constatada a inverdade na declaração do Médico Veterinário responsável, de que trata o art. 3° desta Lei, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia deverá enviar relatório sobre o fato ao Conselho Regional de Medicina Veterinária, para as providências cabíveis, independentemente das sanções previstas no Código Penal.

Art. 10° - O funcionário público municipal que fizer afirmação falsa ou enganosa, de licenciamento ambiental estará sujeito à pena do art. 66 da Lei 9.605/98.

Art. 11° - O funcionário público municipal que conceder qualquer uma das licenças previstas no art.1°, em desacordo com as normas ambientais, estará sujeito à pena do art. 67 da Lei 9.605/98.

Art. 12° - Se constatada a ocorrência de maus tratos aos animais ou se houver a de Instalação” e/ou da “Licença de Funcionamento” expedidas pelas Secretarias Municipais responsáveis, o Poder Público Municipal aplicará ao infrator, pessoa física ou jurídica, alternativamente ou concomitantemente:

I) multa no valor de 30 (trinta) a 370 (trezentos e setenta) salários mínimos, vigentes na época da infração, considerada a situação econômica do infrator;

II) suspensão total da atividade circense;

III) interdição definitiva da atividade circense;

IV) apreensão dos instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

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V) proibição, por dez anos, de contratar com o Poder Público Municipal;

VI) proibição, por dez anos, de obter subsídios, subvenções ou doações do Poder Público Municipal;

§ 1° - Em casos de maus tratos, os incisos I a VI serão aplicados concomitantemente, além do disposto no art. 6° , parágrafo único.

§ 2° - Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.

Art. 13 – Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênio com entidades sem fins lucrativos que possuam a proteção e defesa dos animais em seus estatutos, e com atuação e registros comprovados neste Município, visando à cooperação nas atividades de aplicação e fiscalização desta Lei.

Art. 14 – Esta Lei entra em vigor no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data de sua publicação.

Sala das Sessões, de de 2003

(a) Laíde das Graças Simões Vereadora (Sem/Partido)

JUSTIFICATIVA

Considerando-se que é dever constitucional do Poder Público Municipal resguardar o meio ambiente sadio, essencial à qualidade de vida, bem como disciplinar e ordenar as atividades que possam causar perigo à saúde, à segurança e ao bem-estar dos munícipes;

Considerando-se que é dever constitucional do Poder Público Municipal proteger à fauna, vedadas, na forma da Lei, as práticas que submetam os animais à crueldade;

Considerando-se que, conforme histórico anexo, vários são os registros de maus tratos e crueldade animal cometidos em Circos de todo o Mundo, inclusive no Brasil;

Considerando-se que, conforme histórico anexo, vários são os acidentes registrados envolvendo os animais de Circo e os tratadores, visitantes e cidadãos de modo geral, resultando na morte, ferimento e traumatismo dos animais e dos cidadãos;

Considerando-se que há um movimento mundial¹ em favor da não utilização de animais em Circos, reconhecendo que esta simples utilização já caracteriza abuso, maus tratos e crueldade para com os animais que, consoante a Declaração da UNESCO (realizada em Bruxelas, aos 27 de janeiro de 1978) subscrita pelo Brasil, possuem o direito de viver em liberdade no seu ambiente natural;

Conclui-se que a atividade circense no Município de São Carlos deve ser regulamentada, controlada e disciplinada pelo Poder Público Municipal, preventivamente, visando à proteção da saúde, da segurança e do bem estar dos munícipes, bem como à proteção da fauna, constantemente

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submetida a práticas que implicam em sofrimento físico e/ou psíquico constantes, caracterizadoras de abusos e maus tratos.

¹ No Brasil, o “CIRCO POPULAR DO BRASIL”, do ator Marcos Frota, e o “CIRQUE AHBAUI” não utilizam animais em suas espetaculares apresentações. No exterior, o renomado “CIRQUE DE SOLEIL” e o “CIRCUS OZ” não utilizam animais em seus esplêndidos espetáculos.

ANEXO I

GÊNERO ESPÉCIE NOME POPULAR

Lama Lama guanicoe Guanaco

Lama peruana Lhama

Lama pacos Alpaca

Camelus Camelus dromedárius Dromedário

Camelus bactrianus Camelo

Papio Papio ursinus Babuíno

Papio cynocephalus Babuíno amarelo

Papio papio

-Papio anúbis

-Papio lamadryas Babuíno sagrado

Papio sphinx Mandril

Papio lecophaeus Dril

Macaca Macaca maurus Macaco Mouro

Macaca brunnescens

-Macaca ochreata

-Macaca tonkeana

-Macaca hecki

-Macaca nigrescens

-Macaca nigra Macaco celebes

Macaca mulatta Macaco resus

Macaca fuscata Macaco japonês

Macaca silenus

-Macaca fascicularis Macaco das Filipinas

Pan Pan troglodytes Chipanzé

Elephas Elephas maximus Elefante asiático

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Panthera Panthera leo Leão

Panthera pardus Leopardo

Panthera tigris Tigre

Lynx Lynx canadensis Lince do Canadá

Lynx lynx Lince europeu

Lynx rufus

-Lynx caracal Caracal

Felis Felis spp

-GÊNERO ESPÉCIE NOME POPULAR

Equus Equus burchelli Zebra

Equus grevyi Zebra

Giraffa Giraffa camelopardalis Girafa

Hippopotamus Hippopotamus amphibious Hipopótamo

Chooropsis Chooropsis libononsis Hipopótamo pigmeu

Rhinocerus Rhinocerus unicornis Rinoceronte indiano Ceratotherum Ceratotherum simum Rinoceronte branco

Dicerus Dicerus bicornis Rinoceronte Negro

Tapirus Tapirus indicus Anta malaia

Ursus Ursus maritimus Urso polar

Ursus arctos Urso pardo

Ursus thibethanus Urso himalaia Ursus americanus Urso negro

Ursus malayanus Urso malaio

Ursus ursinus

-Python Python reticulata Piton

Python molurus Piton

Struthio Struthio camelus Avestruz

ANEXO II

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Camelus 9,0 3,0 20,0 -Lama 4,0 2,20 12,0 -Macaca e Papio 2,0 2,0 - -Elephas 21,0 - 72,0 4,0 e prof. 0,5 Phanthera 7,0 2,0 12,0 4,0 e prof. 0,5 Ursus 7,0 2,0 12,0 Acinonyx 5,0 1,5 12,0 Felis 5,0 1,5 12,0 Equus 7,0 1,8 12,0 Giraffa 7,0 6,0 30,0 Hippopotamus 30,0 2,0 30,0 12,5 m², profundidade 1,5 m, degrau ou rampa ou com inclinação de 22°, piso antiderrapante

Choeropsis 15,0 2,0 30,0 8,0 m² e prof. 1,0 m idem

Rhinocerus Ceratotherium, Dicerus

30,0 2,0 30,0

-Pan 3,0 2,0 -

-Tapirus 15,0 2,0 30,0 Idem para Coeropsis

Python 1,5 1,0 4,0

-Struthio 2,0 2,5 10,0

-Observações:

a) Os abrigos deverão estar protegidos das intempéries.

b) Na área total do abrigo de Hippopotamus, Coeropsis e Tapirus está incluída a área do tanque e da rampa.

c) Para Panthera e Ursus, o tanque deverá ser colocado no solário. d) Todos os tanques deverão possuir dispositivos que possibilite o seu

esgotamento para limpeza desinfecção.

e) As áreas de solário poderão ser utilizadas coletivamente por animais da mesma espécie, desde que haja compatibilidade de comportamento.

f) Os solários e áreas de espetáculo para Phantera, Ursus, Acinomyx e Felis deverão ser confeccionados com grades metálicas de calibre resistente a força do animal, com distanciamento entre barras de 6 (seis) centímetros, além do revestimento com malha metálica no caso da área não ser vetada em sua parte superior.

ANEXO III

Dimensões mínimas para alojamento individuais de animais com circo em movimento.

Gênero Alojamento (m²) Altura

Camelus 9,0 3,0 Lama 4,0 2,20 Macaca e Papio 2,0 2,0 Elephas e Lexdonta 21,0 4,5 Phantera 7,0 2,5 Ursus 7,0 2,5 Acinomyx 5,0 2,0 Felis 5,0 2,0 Equus 7,0 -Giraffa 7,0

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-Caeropsis 15,0 (incluindo o tanque) -Rhinocerus, Ceratotherium, Dicerus 15,0 -Pan 3,0 -Tapyrus 15,0 -Python 1,5 -Struthio 2,0 FONTE: IBAMA Observações:

a) Os alojamentos (exceto para os primatas e Python) poderão ser fixos sobre carretas e poderão ser utilizados como abrigo, quando o circo estiver parado. Neste caso o acesso para o solário deverá ser através de rampa ou túnel.

b) Se o compartimento do animal permitir, poderão ser transportados, no máximo, 02 (dois) exemplares da mesma espécie por

alojamento.

c) Os animais pertencentes aos gêneros Hippopotamus e Coeropsis deverão ser transportados no tanque que deverá ter, no mínimo, 0,5 m de água, quando em movimento.

d) Durante o transporte os animais deverão estar protegidos do sol forte, dos ventos e da chuva.

BREVE RELATÓRIO SOBRE ACIDENTES COM ANIMAIS UTILIZADOS EM CIRCOS

1. Em 8 de Janeiro de 2000, em Thodupuzha, Índia, um show destinado a entrar para o “Guiness Book”, acabou em tragédia quando 7 filhotes de elefantes entraram em pânico e correram enlouquecidos pela platéia matando um espectador e ferindo vários outros, inclusive um embaixador. O Governo da Índia disse que essa atitude dos animais é conseqüência da tortura que sofreram. Segundo o governo, 250 treinadores e 234 elefantes foram mortos no Estado, desde 1980.

2. Em 26 de Janeiro de 2000, em Riverview, Flórida, uma elefante fêmea chamada Kenya, atacou e matou sua treinadora no “Ramos Family Circus”. Kenya pôs o trailer da treinadora abaixo e quando ela tentava se levantar, pisoteou-a. Kenya era usada como atração no circo e também para levar as pessoas para “uma volta”.

3. Em 14 de fevereiro de 2000, um elefante atacou seu alimentador pelas costas e saiu enfurecido pelas ruas de Bankok. O animal estava esgotado e faminto. O animal foi recapturado com tranqüilizantes. Este elefante era conduzido por ruas movimentadas, usado para pedir dinheiro para seu dono, prática comum na Tailândia.

4. Em 14 de Março de 2000, um tigre que viajava com um circo, escapou e atacou um veterinário. Foi uma perseguição de duas horas, para que o animal fosse capturado. O incidente aconteceu na Polônia. O veterinário foi morto

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com uma bala que era direcionada ao tigre.

5. Em 9 de Abril de 2000, o menino José Miguel dos Santos, de 6 anos de idade, foi morto por dois leões do Circo Vostok, em Recife, no Brasil. O laudo

constatou que os animais não comiam há três dias.

6. Em 25 de Abril de 2000, a turista britânica Andréa Taylor, de 23 anos, foi pisoteada por um elefante em um resort tailandês e acabou morrendo. O pai de Taylor, Geoffrey, e a irmã, Helen, ficaram feridos ao tentar resgatar Andréa depois que o elefante, que ela estava oferecendo bananas, ficou nervoso e a atacou, disse a polícia. O pai dela teve uma perna quebrada e a irmã sofreu ferimentos abdominais.

7. Em 21 de fevereiro de 1999, em Poughkeepsie, N.Y., Luna, um elefante fêmea do “Royal Hanneford Circus”, saiu correndo pela platéia durante uma apresentação, causando pânico entre os espectadores.

8. Em 29 de Abril de 1999, em Minnesota, um tratador do “Tarzan Zerbini Circus”, que também trabalhava para o “Circus Maximus”, foi hospitalizado após ter sido gravemente ferido por um elefante.

9. Em 15 de Maio de 1999, em Ontário, Canadá, um rapaz chamado Leonardo, de 23 anos, que trabalhava para um circo americano, morreu após ser

atacado por um elefante nos bastidores, durante uma apresentação. A polícia diz que o animal atacou a vítima na cabeça.

10. Em 24 de Outubro de 1999, em Valledupar, Colômbia, um elefante perfurou com sua presa e pisoteou sua treinadora até mata-la depois de uma

apresentação do “Circo Modelo”. O animal estava agindo de maneira rotineira, até que de repente jogou a treinadora para o ar e a empalou em sua presa. 11. Em 17 de Novembro de 1998, em Kathmandu, Nepal, um elefante de circo

matou seu treinador e saiu pela cidade de Janadpur. A polícia abateu o animal com 40 tiros.

12. Em 21 de Novembro de 1998, um empregado do Ciro de Ringling Bros foi muito machucado por um tigre do circo. O tigre agarrou o alimentador pela garganta de lado. Este foi o segundo ataque pelos tigres usados por Ringling em um ano.

13. Em 8 de Outubro de 1998, um tigre atacou e matou seu instrutor, agarrando-o pelagarrando-o pescagarrando-oçagarrando-o, em Alachua. O tigre tinha viajadagarrando-o para ser usadagarrando-o na magarrando-ostra animal.

14. Em 10 de Fevereiro de 1998, um leopardo quase matou seu instrutor após te-lo atacado em uma sessão do circo do palácio, na Carolina do Norte. O

instrutor sofreu os ferimentos que exigiram a cirurgia reconstrutiva e a hospitalização por uma semana.

15. Em 17 de Janeiro de 1998, um treinador do “Ringling Bros. And Barnum & Bailey Circus”, na Flórida, foi hospitalizado em estado grave, após um tigre arrasta-lo pela cabeça, durante uma apresentação.

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Alemanha, um tigre atacou um funcionário e o feriu gravemente, enquanto ele preparava a jaula.

17. Em 7 de Maio de 1997, um tigre do circo Franzen Bros matou seu treinador na frente de 200 crianças de uma escola que assistiam a demonstração. O fato ocorreu em Carrollton, Pa, USA.

18. Em 10 de Fevereiro de 1996, um empregado do Real Circo de Londres sofreu ferimentos sérios após uma leoa atacá-lo, enquanto limpava sua jaula. 19. Em 14 de Junho de 1996, em Casper, Wyo, um elefante derrubou seu

treinador e bateu nele repetidamente, na época em que isso aconteceu o animal estava sendo usado para carregar crianças em seu lombo. Uma criança caiu do elefante. O animal estava se apresentando com o Jordan World Circus. Esse mesmo elefante atacou outra pessoa em 1994.

20. No ano de 1996, em Roma, Itália, um treinador do Tongi Circus foi morto por um elefante.

Fonte: PETA – Tradução: Olympia Salete Rodrigues.

ANEXO III

LIVRO DE REGISTRO DO CIRCO NOME

CIENTÍ FICO

NOME COMUMAPELIDOSEXOMARCAÇÃOMUTILAÇÕESDATA DA AQUISIÇ ÃO DATA DO NASCIME NTO PAÍS Nº

Qualificação da Mutilação por tipo:

1. sem garras/ falanges 2. sem dentes

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