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Curso de Aperfeiçoamento Profissional. NR 35 - Trabalho em Altura

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Curso de Aperfeiçoamento Profissional

NR 35 - Trabalho em Altura

(2)

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA - FIESC

Glauco José Côrte Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DE SANTA CATARINA - SENAI

Conselho Regional Glauco José Côrte Presidente

SENAI - Departamento Regional Sérgio Roberto Arruda

Diretor Regional Antonio José Carradore Diretor de Operações

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Curso de Aperfeiçoamento Profissional

NR 35 - Trabalho em Altura

(4)

É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio consentimento do editor.

SUZANO Papel e Celulose Autor

José Vieira

FICHA CATALOGRÁFICA

__________________________________________________________________

V6571n

Vieira, José

NR 35 : trabalho em altura / Jose Vieira. Jaraguá do Sul : SENAI/SC, 2014.

57 p. : il. ; 30 cm

1. Segurança do trabalho. 2. Acidentes no trabalho. I. Título

CDU: 614.8

_____________________________________________________________________________

Suzano Papel e Celulose – Sede administrativa

Avenida Brigadeiro Faria Lima, 1355 Jardim Paulista - São Paulo/SP CEP: 01452-919

Tel: + 55 11 3503 9000 www.suzano.com.br

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Sumário

Módulo 1 - NRs Aplicáveis ao Trabalho em Altura ... 11

Seção 1 - Objetivos e Campo de Aplicação ... 11

Seção 2 - Responsabilidades ... 12

Seção 3 - Capacitação e Treinamento ... 14

Seção 4 - Capacitação e Autorização ... 16

Seção 5 - Avaliação do Estado de Saúde ... 16

Módulo 2 - Análise de Risco e Condições Impeditivas... 21

Seção 1 - Planejamento ... 21

Seção 2 - Supervisão do Trabalho ... 22

Seção 3 - Condições Impeditivas... 22

Seção 4 - Análise de Risco ... 23

Seção 5 - Procedimento Operacional ... 25

Módulo 3 - Riscos Potenciais e Medidas de Prevenção e Controle ... 29

Seção 1 - Permissão de Trabalho... 29

Seção 2 - Sistemas, Equipamentos e Procedimentos para Proteção Coletiva ... 30

Seção 3 - Equipamentos de Proteção Individual para Trabalho em Altura ... 31

Seção 4 - Cinto tipo Paraquedista e Talabarte ... 35

Seção 5 - Sistemas de Ancoragem ... 37

Módulo 4 - Acidentes Típicos nos Trabalhos em Altura... 41

Seção 1 - Principais Causas de Acidentes com Quedas ... 41

Seção 2 - Locais e/ou Situações de Trabalho com Risco de Queda ... 42

Seção 3 - Princípios da Segurança Contra Quedas ... 42

Módulo 5 - Condutas em Situações de Emergência ... 47

Seção 1 - Emergência e Salvamento ... 47

Seção 2 - Equipe de Resgate ... 48

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Conteúdo Formativo

Carga horária da dedicação Carga Horária: 12 horas

Competência

Aplicar as medidas de controle estabelecidas na NR-35, para o cumprimento das condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos trabalhadores que realizam trabalhos em altura, em suas diversas etapas, incluindo planejamento, organização e execução.

Conhecimentos

Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; análise de risco e condições impeditivas;

riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, ins-peção, conservação e limitação de uso;

acidentes típicos em trabalhos em altura;

condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

Habilidades

Interpretar os itens da NR 35 confrontando com os estabelecidos nas NBRs (principalmente NBR 14626, NBR 15475, RTP 01, NBR 15595, NBR 6494, NR 6).

Identificar as condições e meio ambiente de trabalho. Identificar os riscos inerentes a sua função.

Identificar e aplicar os Equipamentos de Proteção Individual. Identificar e aplicar os Equipamentos de Proteção Coletiva. Atitudes

Ter atitude prevencionista em relação à saúde, à segurança e ao meio am-biente.

Ser organizado. Ser zeloso.

Comunicar-se de forma clara e precisa. Manter concentração.

Ser disciplinado. Ser observador. Ser paciente. Ser proativo.

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Apresentação

Caro aluno

Seja bem-vindo ao curso sobre a Norma Regulamentadora 35 que trata da segu-rança dos trabalhadores na realização de atividades em altura. Atualmente a que-da de trabalhadores, nas mais diversas ativique-dades, tornou-se uma que-das principais causas de acidentes. Estima-se que 40% dos acidentes de trabalho registrados no Brasil são ocasionados por quedas dos trabalhadores durante a realização de suas atividades laborais e, em sua maioria, fatais.

Devido a relevância do tema, o Ministério do Trabalho em Emprego (MTE) pu-blicou em 26/03/2012 a portaria SIT n.º 313, com a NR 35 - Trabalho em altura que, estabeleceu as diretrizes para a realização desse tipo de trabalho de forma segura.

A NR 35 tem como premissa o planejamento das atividades para evitar que o trabalhador fique exposto ao risco de quedas, utilizando formas alternativas para sua execução ou criando mecanismos para eliminar o risco da queda. Quando o risco não puder ser eliminado, esta NR define as medidas para minimizar as con-sequências da queda.

A NR 35 propõe a utilização de ferramentas como a Análise de Risco e as Permis-sões de Trabalhos, utilizando os preceitos da antecipação dos riscos e implanta-ção de medidas adequadas para que o trabalho se realize com a máxima segu-rança.

José Vieira

José Vieira é Graduado em Tecnologia Mecânica; CEFET / UNERJ – Jaraguá do Sul (1995), Pós-graduação nível de especialização em Tecnologia Mecânica; UFSC / UNERJ – Jaraguá do Sul (1997), Licenciatura Plena, Programa Especial de Forma-ção Pedagógica para Formadores da EducaForma-ção Profissional; UNISUL – Palhoça / SC (2006).

Possui larga experiência em processos de fabricação destinados a confecção de estampos para corte e dobra de chapas, moldes para injeção de alumínio e plás-ticos. Entre os anos de 2002 a 2012, atuou na coordenação de cursos Técnicos e

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Módulo

NRs Aplicáveis ao Trabalho em

Altura

1

Olá! Seja bem-vindo.

Neste módulo você conhecerá a norma que regulamenta os trabalhos em altu-ra, e sua aplicação. Os principais temas a serem abordados neste módulo são: objetivos e campo de aplicação, responsabilidades, capacitação e treinamen-to, capacitação e autorização e avaliação do estado de saúde dos trabalhado-res com o objetivo de auxiliá-lo a interpretar os itens da NR 35 confrontando com os estabelecidos nas NBRs (principalmente NBR 14626, NBR 15475, RTP 01, NBR 15595, NBR 6494, NR 6). Você sabe quando um trabalho é considerado em altura? Quem pode realizar um trabalho em altura? Que tipo de equipa-mentos são necessários para se trabalhar em altura? Não sabe? Então, siga em frente e descubra a resposta para estas e outras questões tão importantes para garantir a execução do seu trabalho de forma segura. Bom estudo!

Seção 1 - Objetivos e Campo de Aplicação

O desenvolvimento de atividades em locais que ofereçam algum tipo de risco de queda, que podem causar danos a saúde ou levar o trabalhador a morte, exigem medidas de segurança que garantam a sua proteção. Com a intenção de proteger estes trabalhadores, foi implantada a Nor-ma Regulamentadora 35 - Trabalho em altura, com abrangência ampla, que determina os procedimentos necessários para evitar as quedas de níveis.

As quedas podem ocorrer nas mais diversas atividades, como por exem-plo, em: serviços de manutenção em pontes rolantes, coberturas, facha-das de prédios, manutenção em postes, troca de lâmpafacha-das, limpeza de reservatórios elevados, manutenção em torres de comunicação, corte e podas de árvores, atividades em obras da construção civil, carga e des-carga de caminhões entre outras.

Acompanhe a seguir o que a NR 35 estabelece como objetivo e campo de apli-cação:

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As causas dos acidentes ocorridos por quedas estão sem-pre relacionadas a ausência de informação, falta de trei-namento e, falta ou mau uso dos equipamentos de prote-ção individual e coletivos.

(12)

12 NR 35 - Trabalho em Altura

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolven-do o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envol-vidos direta ou indiretamente com esta atividade.

35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda.

35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técni-cas oficiais estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis. (BRASIL, 2012, p.1).

Como você pode observar, esta norma estabelece os requisitos mí-nimos a serem respeitados por uma organização que desenvolve ati-vidades em altura, ou seja, ela define o menor grau de exigibilidade passível de auditoria e punição. Como esta norma estabelece as con-dições mínimas para garantir a segurança dos trabalhadores ao reali-zar atividades em altura, há um universo muito maior de medidas de controle e segurança que também podem ser implantados visando à integridade física das pessoas.

Esta norma determina que toda a atividade que for executada acima de dois metros da superfície de referência e que ofereça risco de que-da é consideraque-da como trabalho em altura. Entretanto, ativique-dades com altura inferior a dois metros, mas que oferecem risco de queda, tam-bém precisam ser planejadas e organizadas antes de sua execução. Quando não forem suficientes as informações contidas nesta norma, deve-se usar outras normas complementares para elaborar o planeja-mento da tarefa.

Seção 2 - Responsabilidades

A lei 8213 - Custeio e benefícios - a partir de sua aprovação considera o des-cumprimento das normas de segurança como contravenção penal e os erros por omissão e negligência devem ser atribuídos aos que têm o poder de de-cisão.

Inicialmente a responsabilidade pela execução de qualquer atividade de risco recai sobre o empregador, que diligenciará a sua equipe de técnicos e enge-nheiros para realizar a análise de risco, para identificação e antecipação dos eventos indesejáveis.

E você sabe quais são as responsabilidades do empregador e do trabalhador determinadas pela NR 35? Não? Então siga em frente e leia o texto da norma que deixa isso bem claro.

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Diligenciar

Empenhar; esforçar-se, fazendo diligências, para realizar (rapidamente) alguma coisa; utilizar, com agilidade, os recur-sos para; cuidar;

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Módulo 1 - Normas e Regulamentos Aplicáveis ao Trabalho em Altura

35.2.1 Cabe ao empregador:

a) garantir a

implementa-ção das medidas de pro-teção estabelecidas nes-ta Norma;

b) assegurar a realização da

Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emis-são da Permisemis-são de Tra-balho - PT;

c) desenvolver

procedi-mento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

d) assegurar a realização de

avaliação prévia das condições no local do tra-balho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas com-plementares de segurança aplicáveis;

e) adotar as providências necessárias para

acom-panhar o cumprimento das medidas de prote-ção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

f) garantir aos trabalhadores informações

atuali-zadas sobre os riscos e as medidas de controle;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se

inicie depois de adotadas as medidas de prote-ção definidas nesta Norma;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura

quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos

trabalhadores para trabalho em altura;

j) assegurar que todo trabalho em altura seja

rea-lizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculia-ridades da atividade;

k) assegurar a organização e o arquivamento da

documentação prevista nesta Norma.

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares

sobre trabalho em altura, inclusive os procedi-mentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na

implementa-ção das disposições contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito

de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárqui-co, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras

pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho. (BRASIL, 2012, p. 1).

NORMA

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14 NR 35 - Trabalho em Altura

O direito de recusa está previsto no art. 13 da Convenção 155 da OIT, promulgado pelo Decreto 1.254 de 29 de se-tembro de 1994. Ele assegura ao trabalhador a interrup-ção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco. A NR 3 considera “grave e iminente risco toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador.” (BRA-SIL, 2011, p. 1).

Após serem tomadas todas as medidas de segurança para realização da tarefa proposta, cabe ao trabalhador partici-par da avaliação prévia no local onde ele desenvolverá a atividade. Ele também poderá exercer o direito da recusa e interromper suas atividades sempre que constatar risco para sua segurança ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente ao seu superior.

Constatado o planejamento, a organização e todos os preceitos descritos na NR 35, o trabalhador torna-se res-ponsável pela sua segurança e saúde e, também de outras pessoas que suas ações ou omissões possam afetar.

Seção 3 - Capacitação e Treinamento

Você sabia que todo trabalhador deve ser treinado e capacitado antes de de-senvolver qualquer atividade que ofereça risco a sua saúde e segurança? Sim, é verdade! A NR 35 deixa claro como o treinamento (curso, capacitação) deve ocorrer, que conteúdos precisam ser abordados e qual é a carga horária. Essa seção abordará o assunto capacitação e treinamento. Siga em frente e conhe-ça como devem ser estas capacitações.

Além dos treinamentos específicos para as tarefas que o trabalhador irá de-senvolver, o programa de capacitação para trabalhos em altura deve ser estru-turado com atividades teóricas e práticas, com carga horária mínima de oito horas. A seguir, você encontra o texto da NR 35 que trata sobre a capacitação e treinamento dos trabalhadores. Acompanhe!

35.3.1 O empregador deve promover programa para ca-pacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.

35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em trei-namento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho

em altura;

b) análise de Risco e condições impeditivas;

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Módulo 1 - Normas e Regulamentos Aplicáveis ao Trabalho em Altura

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura

e medidas de prevenção e controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de

proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para

tra-balho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) condutas em situações de emergência,

incluin-do noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódi-co bienal e sempre que operiódi-correr quaisquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou

operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo

trei-namento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por

perío-do superior a noventa dias;

d) mudança de empresa.

35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo progra-mático definido pelo empregador.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, pe-riódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser rea-lizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na ca-pacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.6 O treinamento deve ser mi-nistrado por instrutores com com-provada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido cer-tificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo pro-gramático, carga horária, data, local de realização do trei-namento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado. (BRASIL, 2012, p. 1-2).

O treinamento direcionado aos trabalhadores deve ser ministrado por instru-tores com proficiência no assunto. Isso quer dizer que ele não precisa ter uma formação em um curso específico, mas ter habilidades, experiência e conheci-mento comprovados sobre os tópicos abordados nos treinaconheci-mentos.

(16)

16 NR 35 - Trabalho em Altura

Todo treinamento deve estar sob a responsabilidade de profissionais forma-dos em segurança do trabalho e no final deve ser emitido certificado conten-do, o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.

Seção 4 - Capacitação e Autorização

Como já estudamos, todo trabalhador que for escalado para realizar uma ativi-dade com riscos de queda, deve receber treinamento adequado, porém mes-mo estando capacitado, precisa receber autorização para desenvolver o traba-lho com eficácia.

Para que o trabalhador seja autorizado a executar traba-lhos em altura, além da sua capacitação deverá ser sub-metido a exames clínicos e demonstrar aptidão física sau-dável. Veja o que a NR 35 determina:

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para traba-lho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. (BRA-SIL, 2012, p. 2).

Como podemos observar um trabalhador autorizado para executar um servi-ço em altura deve atender dois requisitos: a capacitação e a aptidão física do trabalhador. E quem pode avaliar o estado de saúde de um trabalhador? Na próxima seção você descobrirá a resposta. Siga em frente!

Seção 5 - Avaliação do Estado de Saúde

O empregador é responsável por avaliar o estado de saúde do trabalhador que realizará um trabalho em altura. A NR 35 deixa isso bem claro. Acompanhe o trecho da norma que determina isso.

35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, ga-rantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam

partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, de-vendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente,

considerando os riscos envolvidos em cada situação;

c) seja realizado exame médico voltado às

pato-logias que poderão originar mal súbito e que-da de altura, considerando também os fatores psicossociais.

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Módulo 1 - Normas e Regulamentos Aplicáveis ao Trabalho em Altura

35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocu-pacional do trabalhador.

35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atuali-zado que permita conhecer a abrangência da au-torização de cada trabalhador para trabalho em altura. (BRASIL, 2012, p. 2).

A empresa deverá formalizar a autorização do trabalhador para rea-lizar trabalho em altura. Essa autorização deverá identificar quais são as atividades para os quais o trabalhador foi treinado e está autoriza-do a realizar. A abrangência dessa autorização pode ser limitada pela descrição do cargo. Sugere-se que os trabalhadores usem uma iden-tificação que pode ser feita com uma mudança na cor do crachá, cor diferente do uniforme ou do capacete etc.

A empresa é responsável por registrar no prontuário do colaborador todos os exames a que ele foi submetido, considerando os trabalhos em altura que irá executar. O trabalhador deverá ter sua capacidade física e mental avaliada, através da anamnese e de exames comple-mentares.

Uma boa anamnese envolve a investigação dos antecedentes pessoais e fa-miliares para detectar patologias que possam originar um mal súbito, dando atenção para: história de epilepsia na família; desmaio; tontura; uso de medica-ção controlada; acompanhamento com psiquiatra; uso de drogas ilícitas; fobia de altura (acrofobia); hipertensão arterial descompensada; diabetes descom-pensado e insulino dependente.

Cabe ao médico examinador estabelecer a periodicidade da avaliação, obser-vando o que está estabelecido na NR7 e em função da atividade que o traba-lhador irá desenvolver. Para saber mais sobre a NR 7, consulte o site do MTE acessando o link:

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEF19C09E2799/ nr_07_ssst.pdf

Thinkstock ([20--?])

Anamnese

Entrevista realizada pelo médico ao seu paciente com o objetivo de des-cobrir uma doença ou patologia. É o conjunto de informações obtidas pelo médico por meio de entrevista previamen-te esquematizada.

A indicação da necessidade de exames complementares é de responsabilidade do médico examinador no que se refere a exigência de esforço físico, acuidade visual, restri-ção de movimentos e outros que se fizerem necessários. Todo treinamento deve estar sob a responsabilidade de profissionais

forma-dos em segurança do trabalho e no final deve ser emitido certificado conten-do, o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.

Seção 4 - Capacitação e Autorização

Como já estudamos, todo trabalhador que for escalado para realizar uma ativi-dade com riscos de queda, deve receber treinamento adequado, porém mes-mo estando capacitado, precisa receber autorização para desenvolver o traba-lho com eficácia.

Para que o trabalhador seja autorizado a executar traba-lhos em altura, além da sua capacitação deverá ser sub-metido a exames clínicos e demonstrar aptidão física sau-dável. Veja o que a NR 35 determina:

35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para traba-lho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. (BRA-SIL, 2012, p. 2).

Como podemos observar um trabalhador autorizado para executar um servi-ço em altura deve atender dois requisitos: a capacitação e a aptidão física do trabalhador. E quem pode avaliar o estado de saúde de um trabalhador? Na próxima seção você descobrirá a resposta. Siga em frente!

Seção 5 - Avaliação do Estado de Saúde

O empregador é responsável por avaliar o estado de saúde do trabalhador que realizará um trabalho em altura. A NR 35 deixa isso bem claro. Acompanhe o trecho da norma que determina isso.

35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, ga-rantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam

partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, de-vendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente,

considerando os riscos envolvidos em cada situação;

c) seja realizado exame médico voltado às

pato-logias que poderão originar mal súbito e que-da de altura, considerando também os fatores psicossociais.

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18 NR 35 - Trabalho em Altura

Finalizando

Encerramos aqui o primeiro módulo do curso sobre NR 35. Aqui tivemos a oportunidade de conhecer os requisitos da norma sobre as responsabilidades, a capacitação, o treinamento e quando o trabalhador está apto e autorizado a exercer as atividades denominadas trabalho em alturas. Como lemos, a NR 35 preocupa-se fundamentalmente com a saúde e a segurança do trabalhador na execução de todo e qualquer trabalho em altura. É dever do empregador dar todas as condições para que o trabalhador possa executar suas atividades com segurança e é de sua responsabilidade executar o trabalho conforme o que for determinado pelo empregador. Lembre-se também, que o trabalhador poderá se recusar a realizar uma atividade em altura sempre que identificar uma situação de risco por motivos razoáveis.

(19)

Módulo 1 - Normas e Regulamentos Aplicáveis ao Trabalho em Altura

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(21)

Módulo

Análise de Risco e Condições

Impeditivas

2

Neste módulo serão abordadas as premissas da NR 35 que tem no

planeja-mento e na análise de risco suas principais ferramentas para antecipação das informações e adequar medidas de segurança para execução das tarefas. Para tanto, ao final deste módulo você será capaz de identificar as condições do meio ambiente no local de trabalho e os riscos inerentes a sua função. Você sabe o que precisa ser feito antes que um trabalhador realize uma atividade em altura? Este é o assunto desse módulo. Siga em frente e descubra a res-posta desta pergunta e tire suas dúvidas sobre a análise de risco e condições impeditivas.

Seção 1 - Planejamento

Para realizar um bom planejamento das atividades que envolvem trabalho em altura, é preciso utilizar todo o conhecimento de engenharia disponível, des-de a concepção até a finalização do projeto das instalações e equipamentos, aplicando todos os recursos possíveis para garantir a segurança dos trabalha-dores. Veja o que determina a NR 35 em relação às medidas que precisam ser adotas antes da realização de um trabalho em altura.

35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas medidas, de acordo com a seguinte hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura,

sem-pre que existir meio alternativo de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos

tra-balhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da

queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado. (BRASIL, 2012, p. 3).

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Todo trabalho a ser executado deve ser plane-jado, principalmente quando se trata de uma

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22 NR 35 - Trabalho em Altura

Como a norma determina, é preciso analisar inicialmente se o trabalho a ser executado não pode ser realizado ao nível do solo ou por um meio alternativo de execução sem expor o trabalhador ao risco de queda. Um exemplo de meio alternativo é a demolição de um prédio pelo método da implosão. Caso não seja possível usar um meio alterna-tivo ou a atividade realmente só puder ser realizada em altura então, deve-se adotar medidas que eliminem o ris-co de queda do trabalhador por meio da implantação de equipamentos de proteção coletiva como o uso de guar-da-corpo, cerca, tampões, corrimão, elevador de pessoal, plataforma elevatória, andaimes suspensos e outros. Se estas medidas não garantirem a total segurança do trabalhador e o risco de queda não puder ser evitado, deve-se adotar medidas que minimizem as consequências da queda por meio dos equipamentos de proteção individual como, por exemplo: o cinto de segurança e redes.

Seção 2 - Supervisão do Trabalho

Você sabia que todos os trabalhos com risco de queda dos trabalhadores de-vem ser realizados sob supervisão. Sim, é verdade. A supervisão poderá ser presencial ou não. Sua forma será definida em conformidade com o fator de risco e a quantidade de trabalhadores alocados para realização da tarefa. Veja o que a NR 35 preconiza: “Todo trabalho em altura deve ser realizado sob su-pervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as pecu-liaridades da atividade.” (BRASIL, 2012, p. 3).

Seção 3 - Condições Impeditivas

E, você sabe o que são condições impeditivas? Elas são as situações que impe-dem a realização ou a continuidade do serviço e que poimpe-dem colocar em risco a saúde ou a integridade física do trabalhador ou de outras pessoas.

As condições impeditivas não se limitam às do ambiente de trabalho, mas também ao entorno da sua realização.

A NR 35 determina que: “A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.” (BRASIL, 2012, p. 3). As condições climáticas adversas como ventos, chuvas, insolação, descargas atmosféricas ou trânsito de veículos e pessoas são exemplos de influências externas que podem alterar as condições do local e que devem ser consideradas antes e durante a realização de uma atividade.

Outro fator que deve ser considerado e que pode impedir a realização de uma atividade em altura é o estado de saúde do trabalhador no momento da reali-zação da tarefa tanto na percepção do trabalhador como do supervisor.

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Entorno

Que circunda (rodeia); que está ao redor de algo.

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Módulo 2 - Análise de Risco e Condições Impeditivas

Na próxima seção conheceremos o que vem a ser uma análise de risco e o que deve constar nesse documento. Siga em frente e bom estudo.

Seção 4 - Análise de Risco

Você sabe o que vem a ser uma análise de risco? É um mé-todo sistemático de exame utilizado na avaliação anteci-pada de todas as etapas de uma determinada tarefa para desenvolver e racionalizar toda a sequência de operações que o trabalhador executará.

Com a análise antecipada do local de trabalho é possível identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais, identificar e corrigir problemas ope-racionais e implementar a maneira correta para execução de cada etapa da tarefa com segurança.

A NR35 não estabelece uma metodologia específica a ser empregada, mas é preciso adotar procedimentos de avaliação conhecidos e praticados na orga-nização e, principalmente, aceitos pelo poder público, órgãos e entidades téc-nicas. A própria norma direciona sobre os itens abordados pela metodologia de análise de risco e determina que ela deva ser arquivada após o término do trabalho. Veja o texto NR 35 que trata da análise de risco.

35.4.5 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

35.4.5.1 A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

a) o local em que os serviços serão executados e

seu entorno;

b) o isolamento e a sinalização no entorno da

área de trabalho;

c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de

ancoragem;

d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e

limi-tação de uso dos sistemas de proteção coleti-va e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem

ris-O trabalhador deverá estar apto a interpretar a análise de risco e identificar as possíveis condições impeditivas a realização dos serviços antes e durante a execução do trabalho.

(24)

24 NR 35 - Trabalho em Altura

h) o atendimento aos requisitos de segurança

e saúde contidos nas demais normas regula-mentadoras;

i) os riscos adicionais;

j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento

do resgate e primeiros socorros, de forma a re-duzir o tempo da suspensão inerte do traba-lhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão. (BRASIL, 2012, p. 3).

Apesar da NR 35 não especificar a metodologia técnica para se fazer a análise de risco, as mais empregadas são:

 Análise Preliminar de Risco – APR;

 Análise de Modos de Falha e Efeitos – FMEA (AMFE);

 Hazard and Operability Studies – HAZOP;

 Análise Risco de Tarefa – ART;

 Análise Preliminar de Perigo – APP, dentre outras. (BRASIL,

2011, p. 8).

Segundo a NR 35, na avaliação do local onde os serviços serão executados, também é preciso considerar seu entorno e, se ne-cessário, sinalizar e isolar. A análise de risco deve considerar as Normas Regulamentadoras n.º 10, 12, 18, 20, 33, que deverão ser cumpridas de acordo com o ambiente ou processo de trabalho avaliado.

A presença de redes elétricas energizadas, de inflamáveis, trânsito de veículos, de pedestres e trabalhos simultâneos como soldagem e pintura podem difi-cultar a realização do trabalho e devem ser considerados como riscos adicio-nais na análise de risco do local.

Segundo a NR 35 comentada os principais riscos adicionais são:

Riscos Elétricos: são os perigos relacionados com as redes e instalações elétricas energizadas existentes no local ou no manuseio de equipa-mentos elétricos, que podem causar choque elétrico;

Riscos Mecânicos: são os perigos provenientes das condições do local como: falta de espaço, iluminação deficiente, presença de equipamen-tos que podem produzir lesão e dano;

Operações de Corte e solda: os trabalhos a quente acrescentam os perigos próprios desta atividade como radiações, emissão de partículas incandescentes etc.;

Soterramento: quando o trabalho ocorre em diferença de nível ou em terrenos instáveis, existe a possibilidade de soterramento por pressão externa. Exemplos de situações: Construção de poços, fosso de elevado-res, fundação, reservatórios;

Outros Riscos:

a) Pessoal não autorizado próximo ao local de trabalho; b) queda de materiais;

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Módulo 2 - Análise de Risco e Condições Impeditivas

c) energia armazenada.

Como você pode observar, é preciso fazer uma avaliação detalhada da tarefa antes de executá-la para prevenir e/ou minimizar os riscos nela envolvidos. A análise de risco é, portanto, uma ferramenta de exame crítico da atividade tanto para a identificação quanto para a antecipação dos eventos indesejáveis ou de acidentes. Ela é um instrumento que permite definir que medidas pre-ventivas de segurança sejam necessárias para garantir a saúde do trabalhador e de terceiros, e por fim, evitar danos aos equipamentos e a interrupção do trabalho.

Seção 5 - Procedimento Operacional

Para atividades rotineiras, devem ser descritos procedimentos operacionais contemplando a análise de risco para realização da tarefa. Este procedimento exclui a obrigatoriedade de uma nova análise a cada momento de execução desde que esteja documentada e que seja de conhecimento de quem realizará o trabalho. A NR 35 determina a análise de risco de atividades rotineiras e pode estar descrita no procedimento operacional. Acompanhe!

35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

35.4.6.1 Os procedimentos operacionais para as ativida-des rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mí-nimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa;

b) as orientações administrativas;

c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos

característi-cos à rotina;

e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual

necessários;

g) as competências e responsabilidades.

(BRA-SIL, 2012, p. 3).

No próximo módulo você estudará sobre os procedimentos operacionais das atividades não rotineiras. Siga em frente com afinco!

(26)

26 NR 35 - Trabalho em Altura

Finalizando

Neste módulo, aprendemos que o planeja-mento é uma atividade de fundamental im-portância para a segurança dos trabalhadores e, seguindo as orientações de uma boa análise de risco é possível diminuir consideravelmen-te as probabilidades de um acidenconsideravelmen-te. Com a análise antecipada dos locais de trabalho, é possível identificar os riscos adicionais e criar mecanismos que garantam a segurança na execução de cada etapa da tarefa.

(27)

Módulo 2 - Análise de Risco e Condições Impeditivas

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(29)

Módulo

Riscos Potenciais e Medidas de

Prevenção e Controle

3

Uma das formas utilizadas para evitar acidentes é a análise antecipada da

ta-refa, com o objetivo de aplicar todo o conhecimento em segurança e execu-tar os trabalhos de forma segura. Neste módulo, você aprenderá a identificar e aplicar os Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo. Você sabe que todo trabalho em altura só pode ser realizado se tiver uma permissão para ser executado? Sim, é verdade. Essa autorização pode ser feita de forma pontual ou quando a tarefa for repetitiva, pode estar identificada nos procedimentos operacionais. Outro assunto importante que você estudará aqui é o emprego dos equipamentos de proteção coletiva e individual. Você já ouviu falar de ta-labarte ou sistemas de ancoragem? Neste módulo você descobrirá que, para trabalhar em altura é preciso ter autorização e equipamentos como: talabarte e sistema de ancoragem. Ficou interessado? Então, siga em frente.

Seção 1 - Permissão de Trabalho

Não há necessidade de descrever um procedimento operacional para ativida-des não rotineiras. A autorização para a execução ativida-deste tipo de tarefa pode ser feita por meio de uma “permissão de trabalho” com a análise de risco des-crevendo as medidas de controle e todos os demais tópicos citados no item 35.4.5.1 da NR 35 já mencionados na seção 4 do módulo dois. Acompanhe a seguir o que a NR 35 determina sobre a emissão de uma permissão de traba-lho. Acompanhe!

35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho.

35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.

35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprova-da pelo responsável pela autorização aprova-da permissão, dis-ponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabili-dade.

35.4.8.1 A Permissão de Trabalho deve conter:

a) os requisitos mínimos a

serem atendidos para a execução dos trabalhos;

b) as disposições e medidas

estabelecidas na Análise de Risco;

c) a relação de todos os

en-volvidos e suas autoriza-ções.

35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de tra-balho, podendo ser revalidada pelo

(30)

30 NR 35 - Trabalho em Altura

Como você pode observar, as atividades não rotineiras são aquelas que não es-tão descritas nos procedimentos operacionais porque são pouco realizadas ou apenas de tempos em tempos. Estas atividades somente poderão ser realiza-das após uma avaliação prévia que deve apresentar os requisitos de segurança e necessitam ser obedecidos naquela situação.

Seção 2 - Sistemas, Equipamentos e Procedimentos para

Proteção Coletiva

Você sabe o que é um EPC? Você já deve ter observado em algumas constru-ções de edifícios que há uma rede protetora que envolve todo prédio ou então guarda-corpos de madeira. Estes são exemplos de equipamentos de proteção coletiva. Os Equipamentos de Proteção Coletiva são todos os equipamentos de uso coletivo destinado a proteger mais de uma pessoa ao mesmo tempo durante a realização de suas atividades.

O EPC serve para neutralizar a ação dos agentes ambientais nocivos ao ser humano, evitando o acidente. Em geral, o EPC é mais eficiente do que o EPI e ainda tem a vantagem de não ser um incômodo para o trabalhador. Portanto, opte sempre pelo EPC, pois além de oferecer maior proteção, o trabalhador não tem como restringir seu uso e não fica chateado por ser obrigado a usar um EPI.

A seguir você encontrará a descrição dos principais EPC. Acompanhe!

Fitas de demarcação: Utilizadas para delimitar e isolar áreas de trabalho;

Cones de sinalização: Servem para sinalizar áreas de traba-lho em vias públicas e orientar o trânsito de veículos e de pe-destres;

Conjuntos para aterramento temporário: Têm a finalidade de garantir que eventuais circulações de corrente elétrica flu-am para a terra, minimizando os riscos aos trabalhadores; Exaustores: Têm a finalidade de remover fumos e

contami-nantes fazendo a renovação do ar no ambiente;

Proteção de partes móveis de máquinas: Tem a finalidade de evitar que as pessoas possam se aproximar demais das partes móveis da máquina e sofrer um acidente;

Placas sinalizadoras: Usadas com a finalidade de orientar as pessoas; Corrimão: Servem para oferecer apoio e proteção contra quedas; Iluminação: Favorece a visualização do local diminuindo o risco de

aci-dentes.

É importante lembrar que os equipamentos de proteção coletiva devem ser usados com responsabilidade, uma vez que o ambiente de trabalho não pode oferecer riscos a segurança ou à saúde dos trabalhadores. Portanto, seguem algumas dicas importantes:

Use os EPCs apenas para a finalidade a que se destinam; responsabilize-se pela guarda e conservação dos EPCs;

(31)

Módulo 3 - Riscos Potenciais Inerentes ao Trabalho em Altura e Medidas de Prevenção e Controle

comunique toda e qualquer alteração que torne o EPC impróprio para o uso;

adquira o tipo adequado de EPC a atividade que está sendo desenvolvi-da pelo empregado;

treine o trabalhador sobre seu uso adequado; torne seu uso obrigatório;

substitua o EPC quando ele estiver danificado ou for extraviado.

Seção 3 - Equipamentos de Proteção Individual para

Trabalho em Altura

Os EPIs devem garantir, além da eficácia na retenção da queda do tra-balhador, que riscos adicionais no local de trabalho também sejam atendidos.

Na seleção do sistema de proteção individual para trabalho em altura deve-se considerar a sua capacidade de resistir as cargas aplicadas no equipamento, adicionando o fator de segurança, que são definidos por normas técnicas. Também é preciso considerar o impacto que o tra-balhador pode sofrer quando ocorrer uma queda, portanto, procure minimizar possíveis lesões. Veja o que a NR 35 determina. Acompanhe!

35.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, aces-sórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segu-rança, em caso de eventual queda.

35.5.1.1 Na seleção dos EPIs devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais. (BRASIL, 2012, p. 4).

Para assegurar que um trabalho com o risco de queda seja executado com to-tal segurança, é preciso conhecer todos os EPIs determinados pela análise de risco. Veja a seguir alguns EPIs e suas utilizações.

Thinkstock ([20--?])

Lembre-se que todos os sistemas de proteção coletiva e individual possuem algum tipo de limitação, portanto, na seleção, inspeção e forma de utilização consulte as nor-mas técnicas vigentes e as orientações dos fabricantes para escolher o tipo mais adequado a cada situação.

(32)

32 NR 35 - Trabalho em Altura

Figura 1 - EPIs para trabalhos em altura

Como você pode observar cada atividade possui um tipo diferente de EPI, por-tanto escolha bem os equipamentos e garanta a integridade física dos traba-lhadores. A próxima ilustração apresenta a aplicação dos EPIs na simulação das situações de trabalho.

1. Cadeiras suspensas. 2. Guinchos para pessoas. 3. Trava-quedas móveis.

4. Trava-quedas com cabos retráteis. 5. Linha de vida fixa e móvel.

6. Cinturões e acessórios de ancoragem. 7. Trabalhos em áreas de carga.

8. Trabalhos em espaços confinados. 9. Trabalhos em estruturas em

constru-ção.

10. Trabalhos em fachadas. 11. Trabalhos em telhados.

Além dos equipamentos apresentados nesta figura, nas próximas páginas você conhecerá alguns acessórios utilizados para acesso e descida por cordas, que devem ser especificados e selecionados, considerando-se sua eficiência, conforto e carga aplicada. Dieg o F ernandes (2012) FabriCO (2008); Dieg o F ernandes (2012)

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Módulo 3 - Riscos Potenciais Inerentes ao Trabalho em Altura e Medidas de Prevenção e Controle

Seção 3.1 - Acessórios a) Cordas

As cordas são consideradas como equipamentos básicos para atividades ver-ticais ou em altura e devem atender aos requisitos das normas técnicas nacio-nais. A norma brasileira para a fabricação de cordas é a ABNT NBR 15986. As cordas se dividem em duas partes: alma e capa.

Alma - são as fibras que formam a parte interna da corda é responsável por 80% da resistência total;

capa - parte externa da corda cuja função é proteger a alma sendo res-ponsável por 20% da resistência total.

As cordas para trabalhos em alturas são fabricadas em fibras sintéticas como a poliamida e o poliéster que possuem boa resistência à abrasão e a ruptura, ou seja, devem possuir resistência superior a 22 kN (aproximadamente 2.200 kgf). As cordas de fibras naturais são muito perigosas para esta finalidade e, por isso, são proibidas.

A corda pode ser classificada em função de sua elasticidade como:

Semi-estática - possui baixa elasticidade (2% a 3%). Excelente para ser usada como corda de trabalho, pois diminui o balanço do trabalhador durante a execução da tarefa;

dinâmica - possui alta elasticidade (próximo a 8%). Recomendada como corda de vida ou de segurança, pois absorve a energia cinética do cor-po em queda.

As cordas também podem ser classificadas quanto a espessura e sua aplicação conforme tabela abaixo:

Atividade Diâmetro da corda

Trabalho em altura 10 - 13 mm

Resgate 10 - 11 mm

Escalada em rocha 9,4 - 11 mm

Espeleologia 9 - 10,5 mm

As cordas podem ser classificadas pelos tipos A, B e L. Verifique!

As cordas do tipo A e B, são homologadas pela norma europeia EN 18911 e a do tipo L pela norma EN 564, que determinam sua resistência e aplicação.

As cordas e os equipamentos utilizados para trabalhos em altura devem ser inspecionados nas seguintes situações:

Antes da sua utilização para qualquer atividade em altura; periodicamente, com frequência mínima de seis meses.

Todas as inspeções devem ser evidenciadas, portanto, os empregadores ne-cessitam sistematizar seu registro fornecendo provas da sua realização,

ga-Energia cinética

Forma de energia que só está presente em obje-tos que estão em movi-mento.

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34 NR 35 - Trabalho em Altura

A vida útil da corda e dos equipamentos irá variar de acordo com a intensi-dade de utilização e o ambiente a que estão expostos, portanto, é necessário consultar sempre as instruções do fabricante quanto a resistência, a carga que pode ser aplicada e a validade do equipamento.

b) Nós

A aplicação de nós induzem, torção pressão e esmagamento na corda poden-do reduzir em até 60% a sua resistência. Para um melhor aproveitamento da sua resistência, deve-se aplicar nós de qualidade específicos para os sistemas de ancoragem. O nó deve ser fácil de fazer e desfazer, tirando o mínimo da re-sistência da corda.

Dentre os nós mais utilizados podemos destacar:

Nó de azelha simples - reduz de 32% a 42% a resistên-cia da corda. Fácil de fazer, mas difícil de desfazer depois de submetido a tensão;

nó oito - reduz de 23% a 34% a resistência da corda. É o mais tradicional dos nós e é utilizado em qualquer tipo de atividade em altura. Fácil de fazer e desfazer;

nó nove - reduz de 16% a 32% a resistência da corda. Considera-se um bom nó de ancoragem principalmente quando se exige grande carga;

nó coelho - reduz de 23% a 39% a resistência da cor-da. Muito utilizado para divisão de carga utilizando dois pontos de ancoragem;

nó de pescador duplo - Nó utilizado para unir duas cordas; nó Prussik - Usado como nó bloqueador;

nó Marchand - Usado como nó bloqueador. c) Equipamentos auxiliares

Os equipamentos auxiliares utilizados para trabalho em altura devem ser cer-tificados conforme normas técnicas nacionais ou, na ausência dessas, segundo as normas técnicas internacionais.

Mosquetões - são anéis de aço ou alumínio utilizados para conexão dos equipamentos. Fabricados pelo processo de forjamento, trazem marca-dos em sua lateral a marca, resistência mecânica, certificação e código do fabricante;

descensores autoblocantes - são os freios utilizados nos trabalhos em altura onde se pratica o acesso por cordas. Permite controlar a descida e se imobilizar no posto de trabalho sem chave de travamento;

ascensores - também chamados de bloqueadores, são utilizados para progressão em cordas. Permite a montagem de sistemas para multipli-cação de forças facilitando o deslocamento vertical;

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Módulo 3 - Riscos Potenciais Inerentes ao Trabalho em Altura e Medidas de Prevenção e Controle

roldanas - servem para montagem de sistemas de multiplicação de for-ças utilizadas no içamento de material ou resgate de pessoas. Podem ser usadas em conjunto com bloqueadores para direcionar forças e facilitar as manobras.

Vejamos a seguir o que a NR 35 determina sobre as inspeções dos Equipamen-tos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem. Acompanhe! 35.5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetua-das inspeções dos EPIs, acessórios e sistemas de ancora-gem, destinados à proteção de queda de altura, recusan-do-se os que apresentem defeitos ou deformações.

35.5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem.

35.5.2.2 Deve ser registrado o resultado das inspeções:

a) na aquisição;

b) periódicas e rotineiras quando os EPIs,

aces-sórios e sistemas de ancoragem forem recusa-dos.

35.5.2.3 Os EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou so-frerem impactos de queda devem ser inutilizados e des-cartados, exceto quando sua restauração for prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas in-ternacionais. (BRASIL, 2012, p. 4).

O trabalhador deve realizar uma inspeção minuciosa dos EPIs, acessórios e sistemas de ancoragem todas as vezes que for usá-los, sendo necessário registrar se estes estive-rem inadequados para o uso.

O empregador deve encarregar-se de estabelecer uma sistemática de inspeção no recebimento de novos equipa-mentos e periódica para os que estão em uso. Todas as ins-peções realizadas na aquisição e as periódicas deverão ser registradas e arquivadas para acompanhamento.

Todo equipamento que apresentar defeito, degradação, deformação ou sofrer impacto de queda deve ser descartado e inutilizado para evitar o reuso. A sua recuperação só pode ser executada se estiver prevista em norma.

Quando os EPIs e sistemas de ancoragem sofrerem degradação por exposição a radiação solar ou por produtos químicos, deverão ser substituídos a interva-los menores do que estabelece o prazo de validade especificado.

Seção 4 - Cinto tipo Paraquedista e Talabarte

Em atividades com risco de quedas em altura superior a 2 m, deve ser usado o cinto tipo paraquedista, com o trava-quedas preso nas costas ou o talabarte preso na argola frontal do cinto (tórax). Em atividades sem risco de queda e

(36)

36 NR 35 - Trabalho em Altura

Vejamos o que a NR 35 determina sobre os cintos de segurança. Siga em fren-te!

35.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de an-coragem.

35.5.3.1 O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela Análise de Risco.

35.5.3.2 O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposi-ção ao risco de queda.

35.5.3.3 O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de queda e asse-gurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do trabalhador colidir com estrutura inferior. (BRASIL, 2012, p. 4).

Segundo a NBR 15834 o talabarte é um componente ou elemento para conectar o trabalhador em um sistema de ancoragem. O talabarte aqui mencionado não é o de posicionamento, mas o utilizado para restrição da queda.

Como regra, deve-se usar o cinto de segurança com duplo talabarte ou talabarte em “Y” e, pelo menos um dos ganchos deverá estar sempre conectado ao sistema de ancoragem.

Sempre que possível, os pontos de ancoragem devem estar acima da cabeça do usuário de forma a diminuir a zona livre de queda e o im-pacto conforme podemos ver na figura que segue.

Para responder as necessidades específicas de cada atividade, encon-tramos no mercado diversos tipos de cinto de segurança com carac-terísticas próprias. Existem quatro caraccarac-terísticas a serem observadas nos cintos:

Conforto: envolve o material, proteção, arejamento e peso do equipa-mento;

pontos de fixação: no tórax e nas costas; ajustes: cintura, pernas e alças;

resistência: verificar procedência e capacidade de carga especificada pelo fabricante.

A NR 35 determina que o trabalhador use obrigatoriamente o absorvedor de energia. Este dispositivo está integrado ao elemento antiquedas e, sua função é dissipar a energia cinética desenvolvida durante a queda, minimizando sua consequência. Veja a seguir:

35.5.3.4 É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:

a) fator de queda for maior que 1;

b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.

(BRASIL, 2012, p. 4).

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Módulo 3 - Riscos Potenciais Inerentes ao Trabalho em Altura e Medidas de Prevenção e Controle

Toda queda que possa ocorrer durante a execução de uma tarefa resulta em um choque que é absorvido, em parte pelo equipamento de segurança e em parte pelo corpo em queda. O fator de queda exprime o grau de gravidade de uma queda conforme figura a seguir.

A figura anterior apresenta o trabalhador em três posições diferentes em re-lação ao ponto de ancoragem. Na primeira posição, a esquerda, o ponto de ancoragem está acima da cabeça do trabalhador diminuindo o fator de queda sendo considerado zero. Na figura do meio temos o fator de queda 1 e na figu-ra da direita onde a ancofigu-ragem está na altufigu-ra do pé, o fator de queda é 2 sendo considerado muito perigoso.

Seção 5 - Sistemas de Ancoragem

E você, sabe o que é um sistema de ancoragem e para que serve? A NR 35 co-mentada deixa isso claro. Observe:

O sistema de ancoragem são componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equi-pamento de Proteção Individual. O ponto de ancoragem é um local para fixação de um dispositivo contra queda. Pode ser um simples olhal de rosca, gancho de metal, ta-lha de viga, ou outro elemento estrutural com capacidade nominal robusta. (BRASIL, 2011, p. 15).

Fator 0

Fator 1

Fator 2

fator de queda = altura da queda

Fator de queda

O fator de queda exprime o grau de gravidade proporcional de uma queda. Trata-se da relação entre a altura da queda e o comprimento da corda disponível para repartir a força choque da queda. Calcula-se por meio da seguinte equação:

comprimento da corda do sistema (talabarte)

Thinkstock ([20--?]),

(38)

38 NR 35 - Trabalho em Altura

O ponto de ancoragem é um local para fixação de um dispositivo contra que-das que deixa o trabalhador conectado em caso de perda de equilíbrio ou des-falecimento. Esse ponto de ancoragem deve ser previsto na análise de risco e selecionado por um profissional habilitado de acordo com a atividade que será executada.

A ancoragem também pode ser usada para restringir os movimentos do traba-lhador impedindo-o de atingir locais onde possa ocorrer uma queda. Sempre que possível deve-se empregar sistemas que previnam a queda ao contrário daquele que minimizam os efeitos de uma queda.

A NR 35 também determina que é preciso tomar algumas providências para se fazer um ponto de ancoragem. Veja!

35.5.4 Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser toma-das as seguintes providências:

a) ser selecionado por profissional legalmente

ha-bilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima

aplicável;

c) ser inspecionado quanto à integridade antes da

sua utilização. (BRASIL, 2012, p. 5).

As edificações com mais de quatro pavimentos, ou altura superior a 12m (doze metros) a partir do nível do térreo, devem possuir dispositivos destinados à an-coragem de equipamentos de sustentação para andaimes e cabos de seguran-ça, utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. Observe que não é qualquer pessoa que pode definir como será feito o ponto de ancoragem. Ele deve ser habilitado para poder determinar corretamente se o sistema é capaz de suportar a carga máxima e garantir a integridade do trabalhador. Segundo a NR 35 comentada, “o profissional habilitado deve pre-encher as formalidades de registro nos respectivos conselhos regionais de fis-calização do exercício profissional, CREA/CONFEA.” (BRASIL, 2011, p. 19). Neste caso então, somente um engenheiro pode determinar como será feito o siste-ma de ancoragem.

O sistema de proteção contra quedas deve permitir que, o trabalhador se conecte antes de ingressar na zona de risco de queda e se desconecte somente após sair da mesma.

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Módulo 3 - Riscos Potenciais Inerentes ao Trabalho em Altura e Medidas de Prevenção e Controle

Finalizando

Encerramos aqui o terceiro módulo do curso sobre a NR 35 onde tivemos a oportunidade de conhecer como utilizar os equipamentos de proteção coletiva e individual para traba-lhos em altura. A partir dos conhecimentos assimilados aqui, você já pode interpretar uma permissão de trabalho e checar se todas as informações estão corretas. Você também po-derá verificar se os equipamentos fornecidos para execução da tarefa estão de acordo com a análise de risco do local.

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(41)

Módulo

Acidentes Típicos nos

Trabalhos em Altura

4

Um ambiente inseguro aumenta em muito a probabilidade de acidentes.

Neste módulo você vai conhecer os locais, as principais causas e as formas de como evitar os acidentes utilizando os princípios da segurança contra quedas. Portanto, ao final desse módulo você será capaz de Identificar os riscos ineren-tes a sua função.

A implantação de medidas simples e práticas reduzem significativamente os riscos de acidentes e traumas. A queda é um acidente bem comum e, muitas vezes, causa problemas graves com sequelas tanto físicas quanto psicológicas. Você sabe quais são as principais causas de acidentes com queda e quais os locais que mais apresentam riscos? Algumas situações são bem fáceis de se-rem identificadas e outras não são tão evidentes. Você quer saber como evitar acidentes com queda? Siga com determinação e afinco a desenvolva mais esse conhecimento. Bom estudo!

Seção 1 - Principais Causas de Acidentes com Quedas

Os acidentes mais comuns são os relacionados ao ramo de atividade especí-fica para cada empresa e ao tipo de atividade que o trabalhador exerce. Estes acidentes fundamentam-se na falta de treinamento, conhecimento ou na ne-gligência com o uso dos equipamentos de proteção.

As principais causas de acidentes com quedas nos trabalhos em altura são: Perda do equilíbrio do trabalhador;

falta ou falha do equipamento de proteção coletiva ou individual; mau estado de conservação dos EPIs e EPCs;

negligência do trabalhador com relação as normas de segurança; falha de uma instalação ou do dispositivo de proteção;

trabalhador não apto ao trabalho em altura (proble-mas de saúde, fobias ou sem treinamentos);

contato acidental com condutores elétricos energiza-dos;

andaimes passarelas e escadas inadequadas; excesso de confiança;

fadiga / cansaço do trabalhador; queda de materiais e ferramentas.

Como você pode analisar, as causas são muitas e variadas, porém, é possível controlar os riscos e minimizá-los

(42)

42 NR 35 - Trabalho em Altura

Lembre-se que, muitos acidentes por queda ocorrem quando o trabalhador acredita que não acontecerá nada com ele, porque é uma coisa rápida de se fazer e não é necessário usar esse tipo de equipamento. Você já deve ter ouvi-do frases como esta: ‘Dá mais trabalho colocar toouvi-dos esses equipamentos ouvi-do que ir lá e fazer o serviço.’ A imprudência e a falta de conscientização levam o trabalhador a se expor a riscos desnecessários e a muitos acidentes graves.

Seção 2 - Locais e/ou Situações de Trabalho com Risco de

Queda

Os trabalhos realizados em locais com diferença de nível superior a dois me-tros devem ser planejados e organizados de tal forma que o trabalhador possa executá-lo com total segurança.

E você, sabe em que tipo de atividade acontecem mais acidentes por queda de altura? Os acidentes fatais por queda de altura ocorrem principalmente em:

Obras de construção civil e reformas;

serviços de manutenção e limpeza de fachadas; serviços de manutenção e reforma de telhados; pontes rolantes;

montagem de estruturas diversas; depósitos de materiais;

serviços em ônibus e caminhões;

serviços em linhas de transmissão e postes elétricos; serviços de manutenção em torres de

telecomunica-ções;

torres de perfurações;

serviços diversos em locais com abertura em pisos e paredes sem proteção.

Como você pode observar, são muitas as atividades e locais que oferecem risco ao trabalhador, portanto, use os equipamentos de proteção que lhe for fornecido e exija a sua distribuição caso você necessite. Seja proativo e não coloque a sua vida e a de outros em risco.

Seção 3 - Princípios da Segurança Contra Quedas

A melhor medida para evitar acidentes por queda é adotar meios alternativos como, por exemplo, realizar a atividade ao nível do solo sempre que possível, evitando assim a exposição do trabalhador a esse risco.

Quando não for possível executar o trabalho ao nível do solo, torna-se neces-sário a utilização de equipamentos especiais dedicados a segurança como:

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Módulo 4 - Acidentes Típicos nos Trabalhos em Altura

1. Andaimes

O andaime é uma estrutura montada para dar acesso a algum lu-gar ou escorar algo. A utilização de andaimes é uma prática bas-tante comum na indústria da construção civil e quando elabora-do um bom planejamento, oferecem adequada segurança para realização dos trabalhos. Contudo, nem sempre é dada a devida importância as etapas de planejamento e execução contribuin-do, desta forma, para a ocorrência de acidentes com quedas de trabalhadores. Os andaimes devem ser construídos e montados segundos os requisitos estabelecidos na NBR 6494 – Segurança em Andaimes.

2. Escadas

As escadas devem seguir normas e procedimentos específicos a fim de evitar sua queda e causar acidentes. As especificações básicas para as escadas são:

As escadas de encosto não devem ter mais de 7 metros e as escadas de extensão não devem ter mais de 12 metros;

o espaçamento entre degraus deve ser uniforme e as medidas entre 25 a 30 cm;

a escada deve ser fixada nos pisos inferior e superior ou conter um dis-positivo para evitar o escorregamento;

o ângulo entre a escada e o piso deve ser de 65° a 80°;

as escadas não devem ser de madeira pintada e nem possuir farpas ou saliências;

as escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, para evitar a danificação de polias e engates;

as escadas de abrir não devem ter mais do que 6 metros de extensão. Usar uma escada exige uma série de cuidados. Confira!

Inspecione a escada antes de usá-la

as escadas de abrir devem ser abertas até o fim do seu curso, com o ti-rante limitador bem encaixado;

uma pessoa deve segurar a base da escada até que o usuário consiga amarar o terceiro degrau da mesma (a contar de cima para baixo) em um suporte fixo e, seu cinto de segurança em um ponto de ancoragem; apenas uma pessoa, por vez, pode utilizar a escada para subir ou descer; ao usar a escada em uma altura superior a 2 metros do chão, é obriga-tório o uso do cinto de segurança que deve estar preso à estrutura mais próxima;

é proibido prender o cinto na própria escada; suba e desça da escada sempre de frente para ela.;

tome cuidado especial com fiação elétrica ou equipamentos desprote-gidos.

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44 NR 35 - Trabalho em Altura

3. Rampas

As rampas são equipamentos de proteção coletiva e não podem ter inclinação maior do que 30 graus em relação ao solo. Quando tiverem inclinação maior que 18 graus, deve-se colocar travessas no piso a cada 40 cm para facilitar o acesso.

4. Plataformas elevatórias

As plataformas elevatórias são um tipo de equipamento móvel dotado de uma estação de trabalho capaz de erguer-se para atingir o ponto ou local de traba-lho elevado. Elas são divididas em:

Plataforma aérea tipo tesoura: é uma plataforma hidráulica ou elétrica com autopropulsão e mecanismo tipo tesoura para elevação;

Plataforma aérea tipo lança articulada: é uma plataforma elevadora hidráulica ou elétrica que funciona com autopropulsão. É utilizada para posicionar o pessoal em áreas de trabalho com difícil acesso.

Finalizando

Encerramos aqui o módulo 4 onde conhece-mos os princípios de segurança contra quedas e como evitar os acidentes. Apesar de termos vários equipamentos de segurança disponíveis para a realização de atividades em altura, o mais indicado é adotar medidas alternativas, preferencialmente que possam ser realizados ao nível do solo e sem riscos. Os acidentes ocorrem por vários fatores e nos mais va-riados locais e situações, portanto, é preciso que adotemos uma série de medidas para que os riscos sejam controlados ou minimizados. Lembre-se de ser proativo e evite as situações de risco.

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Módulo 4 - Acidentes Típicos nos Trabalhos em Altura

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Referências

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