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Princípios da Segurança Contra Quedas

A melhor medida para evitar acidentes por queda é adotar meios alternativos como, por exemplo, realizar a atividade ao nível do solo sempre que possível, evitando assim a exposição do trabalhador a esse risco.

Quando não for possível executar o trabalho ao nível do solo, torna-se neces- sário a utilização de equipamentos especiais dedicados a segurança como:

Módulo 4 - Acidentes Típicos nos Trabalhos em Altura

1. Andaimes

O andaime é uma estrutura montada para dar acesso a algum lu- gar ou escorar algo. A utilização de andaimes é uma prática bas- tante comum na indústria da construção civil e quando elabora- do um bom planejamento, oferecem adequada segurança para realização dos trabalhos. Contudo, nem sempre é dada a devida importância as etapas de planejamento e execução contribuin- do, desta forma, para a ocorrência de acidentes com quedas de trabalhadores. Os andaimes devem ser construídos e montados segundos os requisitos estabelecidos na NBR 6494 – Segurança em Andaimes.

2. Escadas

As escadas devem seguir normas e procedimentos específicos a fim de evitar sua queda e causar acidentes. As especificações básicas para as escadas são:

As escadas de encosto não devem ter mais de 7 metros e as escadas de extensão não devem ter mais de 12 metros;

o espaçamento entre degraus deve ser uniforme e as medidas entre 25 a 30 cm;

a escada deve ser fixada nos pisos inferior e superior ou conter um dis- positivo para evitar o escorregamento;

o ângulo entre a escada e o piso deve ser de 65° a 80°;

as escadas não devem ser de madeira pintada e nem possuir farpas ou saliências;

as escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, para evitar a danificação de polias e engates;

as escadas de abrir não devem ter mais do que 6 metros de extensão. Usar uma escada exige uma série de cuidados. Confira!

Inspecione a escada antes de usá-la

as escadas de abrir devem ser abertas até o fim do seu curso, com o ti- rante limitador bem encaixado;

uma pessoa deve segurar a base da escada até que o usuário consiga amarar o terceiro degrau da mesma (a contar de cima para baixo) em um suporte fixo e, seu cinto de segurança em um ponto de ancoragem; apenas uma pessoa, por vez, pode utilizar a escada para subir ou descer; ao usar a escada em uma altura superior a 2 metros do chão, é obriga- tório o uso do cinto de segurança que deve estar preso à estrutura mais próxima;

é proibido prender o cinto na própria escada; suba e desça da escada sempre de frente para ela.;

tome cuidado especial com fiação elétrica ou equipamentos desprote- gidos.

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3. Rampas

As rampas são equipamentos de proteção coletiva e não podem ter inclinação maior do que 30 graus em relação ao solo. Quando tiverem inclinação maior que 18 graus, deve-se colocar travessas no piso a cada 40 cm para facilitar o acesso.

4. Plataformas elevatórias

As plataformas elevatórias são um tipo de equipamento móvel dotado de uma estação de trabalho capaz de erguer-se para atingir o ponto ou local de traba- lho elevado. Elas são divididas em:

Plataforma aérea tipo tesoura: é uma plataforma hidráulica ou elétrica com autopropulsão e mecanismo tipo tesoura para elevação;

Plataforma aérea tipo lança articulada: é uma plataforma elevadora hidráulica ou elétrica que funciona com autopropulsão. É utilizada para posicionar o pessoal em áreas de trabalho com difícil acesso.

Finalizando

Encerramos aqui o módulo 4 onde conhece- mos os princípios de segurança contra quedas e como evitar os acidentes. Apesar de termos vários equipamentos de segurança disponíveis para a realização de atividades em altura, o mais indicado é adotar medidas alternativas, preferencialmente que possam ser realizados ao nível do solo e sem riscos. Os acidentes ocorrem por vários fatores e nos mais va- riados locais e situações, portanto, é preciso que adotemos uma série de medidas para que os riscos sejam controlados ou minimizados. Lembre-se de ser proativo e evite as situações de risco.

Módulo 4 - Acidentes Típicos nos Trabalhos em Altura

Módulo

Condutas em Situações de

Emergência

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Neste módulo você conhecerá os principais problemas que ocorrem com

trabalhadores que sofrem uma queda e o que fazer para prestar os primei- ro socorros. Os acidentes com queda requerem um pronto atendimento para manutenção dos sinais vitais e a preservação da vida, além de evitar o agrava- mento das lesões. Apesar de qualquer cidadão poder prestar auxílio em uma situação de emergência isso não o torna um socorrista, portanto, as equipes de emergência e salvamento devem ser treinadas para dar o atendimento emergencial e, quando necessário, fazer os primeiros socorros.

Você saberia o que fazer se um colega seu caísse de uma altura razoável e ficas- se ferido? Você pode movimentá-lo? Você pode jogar água no rosto dessa pes- soa para que ela volte a si? Você pode dar remédio para a dor? Quanta dúvida não é mesmo! Ficou interessado no assunto? Siga em frente com dedicação e afinco e se aproprie de mais este conhecimento.

Seção 1 - Emergência e Salvamento

A análise de risco deve evidenciar as possíveis situações de emergências que possam ocorrer no local de trabalho e descrever as medidas que deverão ser tomadas para realizar o atendimento de primeiros socorros e, se necessário, o resgate.

O impacto da queda não é o único risco de uma queda de altura. Quando o trabalhador sofrer uma queda e ficar suspenso pelo cinto de segurança pode ocorrer a compressão dos vasos sanguíneos ao nível da coxa e causar uma trombose venosa. Em suspensão inerte, essa situação pode se agravar com a alteração do seu quadro clínico geral incluindo fatores como desidratação, hi- potermia, fadiga e estado de choque.

Considerando o represamento venoso ocasionado pelo cinto de segurança, caso o trabalhador seja retirado de forma abrupta, poderá ocorrer uma sobrecarga em todo o seu sistema circulatório. Dependendo das condições de saúde desse trabalhador, poderão ocorrer outros proble- mas como: edema pulmonar, infarto e acidente vascular cerebral.

Quando houver um esmagamento muscular agravado pela trombose profunda, se o trabalhador for retirado de forma rápida da situação de suspensão, o organismo produzirá um retorno excessivo de mioglobina e potássio ao sistema circulatório, acarretando lesões renais, alterações cardíacas

48 NR 35 - Trabalho em Altura

As empresas devem implantar planos de emergências e todas as pessoas que efetuam trabalhos em alturas, que possam sofrer uma queda, devem ter possi- bilidade de serem retiradas rapidamente evitando a suspensão inerte prolon- gada. Quanto mais tempo a vítima ficar suspensa, maiores serão os riscos para sua saúde.

Seção 2 - Equipe de Resgate

O empregador deve disponibilizar uma equipe especializada para fazer o res- gate e prestar os primeiros socorros no caso de quedas de trabalhadores. A equipe de resgate deve ser composta por “Bombeiros” ou trabalhadores trei- nados como “Supervisores de Trabalho em Altura” e ter o envolvimento do setor de segurança do trabalho. Lembre-se que, essas pessoas não precisam ter dedicação exclusiva para essa atividade, mas quando ocorrer um acidente devem deslocar-se imediatamente para o local e prestar os primeiros atendi- mentos. A NR 35 determina que:

35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para res- postas em caso de emergências para trabalho em altura.

35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das características das atividades.

35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as respostas a emergências.

35.6.3 As ações de respostas às emergências que envol- vam o trabalho em altura devem constar do plano de emergência da empresa.

35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medi- das de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar. (BRASIL, 2012, p. 5).

De acordo com o plano de emergência, se a empresa tiver uma equipe própria para executar o resgate e prestar os primeiros socorros, seus integrantes devem possuir trei- namento adequado com simulações de casos reais, para uma pronta e adequada resposta.

A análise de risco deve estar articulada com o plano de emergência da empresa que levará em consideração os possíveis cenários de risco para definir os recursos neces- sários para equipe de resgate.

O Plano de Emergência tem por objetivo principal a proteção de pessoas, bens ou ambiente, em caso de ocorrência inesperada de situações perigosas e im- previstas como: incêndio, inundação, explosão, ameaça de bomba, derrame de substâncias químicas etc.

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