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Debate: Utilização da farinha de arroz e seus derivados

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Debate: “Utilização da farinha de

arroz e seus derivados

Plenário 6, Anexo II, Câmara dos Deputados

Brasília – DF

24/11/2016

Dra. Priscila Zaczuk Bassinello Pesquisadora em Qualidade de Grãos

(2)

- Mudanças estratégicas e organizacionais na agroindústria arrozeira visando novas oportunidades (decréscimo no consumo e risco associado com a

produção de um único produto)

- Criação de mecanismos de utilização do produto em diferentes segmentos do mercado, capazes de gerar aumento do valor agregado a subprodutos, como à quirera, por exemplo.

Sustentabilidade da Cadeia Produtiva do Arroz

Alguns caminhos inevitáveis para o setor:

Diversificar

produtos à base

de arroz

Atender as novas

necessidades dos

consumidores e maior

valorização das

características nutricionais

do cereal

(3)

Novas oportunidades de agregar

valor aos grãos quebrados

(biscoitos altamente energéticos ou

mingaus fortificados para crianças

malnutridas; desenvolver novas

formas de processamento), e ao

farelo (produção de óleo de alto

valor...)

AGREGAR VALOR

(4)

Uma das matérias-primas mais versáteis na

fabricação de alimentos, podendo ser usada como

ingrediente principal, coadjuvante ou mesmo veículo

para outros ingredientes ou substâncias.

Farinha de Arroz

SUBSTITUI TOTAL OU

PARCIALMENTE A FARINHA DE

TRIGO E O AMIDO DE MILHO EM

(5)

Seu uso na merenda escolar já

tem viabilidade comprovada

através de testes de

aceitabilidade, custos, valor

nutricional e facilidade de

utilização dos preparos onde

tradicionalmente se utiliza a

farinha de trigo.

(6)

• Por ter em sua composição um percentual

proteico

significativo e não apenas carboidratos, trata-se de um

alimento mais completo e de melhor valor nutricional do que as

demais fontes cereais de amido do mercado.

VANTAGENS NUTRICIONAIS

• 100% isenta de glúten, é o ingrediente chave na

fabricação de

alimentos sem glúten

, atendendo

desde os celíacos até os que buscam uma

alimentação mais saudável.

• De

fácil digestão

, trata-se de um alimento de

baixo índice glicêmico

, com uma lenta absorção de

seus carboidratos no processo digestivo, com

picos glicêmicos atenuados e maior sensação de

saciedade.

(7)
(8)

Grupos de tendência de alimentação:

Sensorialidade e Prazer: valorização da gastronomia, sabores, valor

agregado, exóticos, de regiões específicas etc.

Saudabilidade e Bem-estar: produtos benéficos a saúde, fortificados

etc.

Conveniência e Praticidade: pratos prontos, minimamente

processados, fácil preparo etc.

Confiabilidade e Qualidade: garantia de origem, selos de qualidade e

segurança etc.

Sustentabilidade e Ética: produtos de baixo impacto ambiental, carbon

(9)

#Brasil: tendências para o consumo de alimentos

“... desenvolver produtos alinhados com as tendências de alimentação”

(10)

A onda dos alimentos

“gluten-free”

Aumento diagnóstico de doença celíaca e sensibilidade

ao glúten - alerta mais frequente dos consumidores e

profissionais da saúde: > nº pessoas identificadas

Tendência: > 15% dos consumidores estão comprando produtos sem glúten como parte de um estilo de

vida saudável e não somente por restrições da dieta.

Associam alimentos sem glúten a

alimentos saudáveis - parte devido ao fato de que esses produtos geralmente incluem grãos integrais e funcionais, como

amarantos e quinoa, que também conferem melhor sabor

Maior acesso: Internet tem contribui para a rápida disseminação da informação e marketing desses produtos e aumento da

venda online (next-day delivery) por comunidades de pequenas cidades,

(11)

A doença celíaca, também conhecida como intolerância ao glúten, é

caracterizada pela má absorção de nutrientes como conseqüência de dano

causado às células epiteliais de absorção que envolvem o intestino delgado.

Esse dano ocorre em pessoas suscetíveis quando ingerem trigo e alguns outros

cereais ou seus derivados.

É possível ser intolerante ao glúten, sem ter a doença celíaca ou alergia ao trigo. Essas pessoas apresentam os mesmos sintomas dos celíacos, mas não manifestam danos ao

(12)

Segundo o Gluten Free Brasil, somente no país, houve um aumento de mais

400% do mercado sem glúten nos últimos 15 anos

http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/saude/alimentacao-saudavel-impulsiona-mercado-brasileiro-sem-gluten [Nov/2015]

Eliminar o glúten do cardápio:

Indicação do nutricionista

• Desejo de uma alimentação saudável • Ou influência da mídia”

(13)

http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/saude/alimentacao-saudavel-impulsiona-mercado-brasileiro-sem-gluten [Nov/2015]

Venda de produtos mais saudáveis (como os sem glúten, sem lactose, naturais e orgânicos),

está estimulando a economia do setor

alimentício, que registrou um aumento de 82% nas vendas entre 2004 e 2009 (40% no Brasil em

2014) - Euromonitor

Junto com essa evolução e tendência: cresce também o lançamento de novos produtos.

(14)

http://www.investimentosenoticias.com.br/noticias/saude/alimentacao-saudavel-impulsiona-mercado-brasileiro-sem-gluten [Nov/2015]

A Jasmine Alimentos apresentou recentemente novidades exclusivas ao mercado brasileiro:

Linha “Suply”: novos produtos integrais sem glúten (ex. farinha de arroz integral), criada para

atender os celíacos e adeptos a uma dieta mais saudável visando o consumidor moderno.

(15)
(16)

Farinha de arroz Orgânica Integral 200g

R$1,7 a R$7,7 (2016)

Farinha de Arroz à Granel – R$5,4/Kg

(17)
(18)

“Leite de Arroz”

Bebida saudável de arroz integral, branco e quebrado. Neste sistema pode

também ser obtido etanol da biomassa.

Sistema de sacarificação e fermentação

(19)

• não contém glúten

• não contém lactose

• livre de colesterol

(20)
(21)
(22)

Snacks de terceira

geração: baixa pressão e temperatura na extrusora seguida de expansão por fritura ou em microondas.

(23)
(24)
(25)
(26)
(27)
(28)
(29)

http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/187-pag05.pdf

mistura em pó à base de farinha de arroz, farinha de arroz pré-gelatinizada, clara desidratada e emulsificante dá origem ao macarrão de arroz

>80% Aceitação e >80% intenção de

compra pelo público celíaco Ponto ideal da massa:

40% de farinha pré-gelatinizada

Mistura para ser distribuída no

mercado por pequenos produtores e

viabilizaria a feitura do macarrão de

arroz em máquinas domésticas

(30)

Massas de Farinhas de Arroz

Granulometria afeta a produção de macarrão

granulometrias médias: massas firmes e com a

superfície lisa.

Produtos obtidos com farinhas muito finas:

pegajosos e pouco firmes

Partículas mais grossas: massas demasiadamente

firmes e com superfície áspera.

O aumento do volume da massa durante o

cozimento foi diretamente proporcional ao aumento

da granulometria.

*Macarrão de arroz necessita de menor tempo de

cozimento que o convencional, sendo menos tolerante ao

sobrecozimento.

B. C EPP A, C urit iba, v . 20, n. 2, jul. /dez . 2002 177

(31)

Farinhas de arroz

Grãos quebrados na produção de farinhas de arroz: uso em

misturas compostas de farinhas para elaboração de pães e

similares, em substituição à farinha de trigo (< custo).

Teor de amilose da farinha afeta a qualidade final do produto.

Restrição dessa combinação: volume e textura do pão

Modificações nas técnicas de

panificação: uso de surfactantes

especiais e enzimas

Pré-gelatinização da farinha

(grau de gelatinização >

70%) – melhora a textura

*Espaguetes com altas porcentagens de amido ceroso (alto teor de amilopectina) apresentam-se pouco firmes e elásticos.

Adição de farinhas ricas em proteína:

capazes de formar estrutura semelhante

à do glúten; ausência de proteína torna

a gelatinização mais fácil já que não há

material competindo pela água

Aditivos: podem agir no amido, e

evitar a pegajosidade da massa

durante o cozimento; aumentam

(32)

Farinhas de arroz no Pão Francês

Pão francês misto: 30% de farinha de arroz + 70 % de farinha

de trigo

-

Características sensoriais semelhantes ao de trigo puro e a

aceitabilidade não fica em nada prejudicada

(33)

APLICAÇÃO DAS FARINHAS CRUA E

EXTRUSADA DE ARROZ

COM DIFERENTES TEORES DE AMILOSE PARA O

DESENVOLVIMENTO DE MASSA DE LASANHA FRESCA

Raíza Cavalcante Fonseca, Rosário de Maria A. Cobucci, Raquel Cardoso Santiago,

(34)

1 - Desgostei muitíssimo 2 - Desgostei muito

3 - Desgostei moderadamente 4 - Desgostei ligeiramente 5 - Nem gostei/nem desgostei 6 - Gostei ligeiramente 7 - Gostei moderadamente 8 - Gostei muito 9 - Gostei muitíssimo Adição de farinha extrusada de arroz proporciona melhoria da qualidade final da massa, e sua proporção depende do tipo de amido e produto desejado

(35)

Aumento do tempo de torra em microondas (>16

min.): redução do pico de viscosidade, da

viscosidade final e da tendência à retrogradação,

aumento do IAA da farinha.

Farinha de arroz crua apresentou elevada tendência

à retrogradação: é pouco indicada para produção de

alimentos prontos para consumo, refrigerados ou

congelados, pois podem levar à sinerese durante o

armazenamento ou após o descongelamento.

Favorece sua aplicação em produtos cárneos, de panificação e de preparo rápido

(36)

As farinhas de arroz torradas em condições brandas

são mais resistentes à agitação durante aquecimento

Aplicação em produtos

servidos quentes

(sopas e bebidas

encorpadas): desejável

manter a viscosidade

após o aquecimento

(37)

Um exemplo:

Empresa Brasileira Certificada e

Especializada em Farinha de Arroz

(38)
(39)

http://gfree.com.br/br/produto-aplicacao/amido-de-arroz/

Produzida a partir de grãos

selecionados de arroz integral,

preservando todas as características

nutricionais do germe e farelo do arroz.

Farinha de arroz

extrafina, sem

processamento químico;

baixa granulometria,

isenta de lipase.

Produzida a partir de

moagem especial de

grãos selecionados,

sendo a parte nobre

do arroz.

Farinha obtida a partir

da moagem de grãos

selecionados de arroz,

isenta de lipase.

(40)

ALIMENTOS INFANTIS Glúten Free. Sabor neutro. Excelente digestibilidade. Mais completo e nutritivo que outras

fontes de amido de cereais.

EMPANADOS

Ao ser usada no preparo de batters de produtos empanados, reduz a absorção de

óleo durante a fritura, deixando os produtos crocantes e com tonalidade mais

dourada.

(41)

PANIFICAÇÃO

- Pode ser usada na substituição parcial da farinha de trigo (até 30 %),

substituição total de féculas e amidos em geral e na substituição da farinha de

trigo em produtos sem glúten.

- Agrega menor teor de umidade às pré-misturas para panificação, favorecendo

maior vida de prateleira.

PÃO DE QUEIJO

Ingrediente adicional a ser utilizado para melhoria do custo do produto frente ao

preço da fécula de mandioca.

Pode ser usada substituindo até 20 % da fécula da mandioca, mantendo o sabor e a

(42)

BISCOITOS

- Quebra a força de farinha em biscoitos doces.

- Excelente para uso na farofa (mistura de farinha, gordura e fermento) do

cream cracker, favorecendo o crescimento dos biscoitos e a

separação das camadas. Caso a farofa seja preparada previamente, sua estabilidade será maior do que a feita

com farinha de trigo ou amidos de outras fontes.

- Bom para substituir amidos de outras fontes em wafers.

(43)

MACARRÃO

Além de poder ser usada como ingrediente principal na fabricação de macarrão em massas alimentícias de arroz, poderá ser

usado para substituir parcialmente a farinha de trigo em formulações

tradicionais.

SNACKS

Ingrediente principal ou adicional, responsável por conferir crescimento, sabor e textura típicos dos derivados de

arroz. Pela sua constituição física e sua temperatura de gelatinização, tem excelente resistência a altas temperaturas

(44)

MOLHOS E SOPAS

Espessante e agente de corpo. Sabor neutro. Possui boa resistência a alta acidez e ação

mecânica na homogeneização de molhos. Excelente digestibilidade. Nutritivo. Sem glúten.

Em misturas para sopas, seu teor de umidade mais baixo favorece a estabilidade do produto ao

(45)

RAÇÃO ANIMAL

Ingrediente principal ou adicional responsável por conferir crescimento, sabor e textura típicos

do arroz.

Conforme seu percentual de uso, poderá haver economia de outros ingredientes usados para

agregar proteínas ao produto final.

PRODUTOS LÁCTEOS

Espessante e agente de corpo. Sabor neutro. Excelente digestibilidade.

Em sorvetes reduz a formação de cristais grandes de gelo e substitui parcialmente a

(46)

PRÉ-MISTURA SEM GLÚTEN

• Mistura de farinha de arroz, amidos e

ingredientes funcionais para o preparo de

diversos produtos de panificação

• Gera uma massa consistente e de fácil

manuseio

• Possibilita a fabricação de produtos moldados

em equipamentos e processos similares aos já

utilizados para a farinha de trigo

• Possibilita o preparo de pães de textura

macia e sabor neutro

Fabricação de:

(47)

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/658713/1/pl2009.170. pdf

CHAVES, R.Q. ; MAGALHÃES, A.M. ; FENSTERSEIFER, J.E. ; WANDER, A.E. . A decisão de investir na produção de farinha de arroz. In: Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, 6., 2009, Porto Alegre. Anais. Porto Alegre: SOSBAI, 2009. v. CD-ROM. p. 1-4.

(48)

Aumentar a demanda do mercado:

estímulo ao

aumento do consumo

de arroz in natura

+

diversificação

dos produtos à base de arroz,

agregando valor

, viabilizando o

aproveitamento

de

alguns

subprodutos

(grãos quebrados: constituem

cerca de 14% do beneficiamento do arroz, com menor

valor comercial: cerca de 1/5 do preço em relação aos

grãos inteiros), na forma de

farinha

, por ex.

(49)

Déficit na relação produção/consumo

brasileiro de trigo: gera uma fatia

potencial de mercado para o arroz na

forma de farinha.

Estimativa do mercado potencial da farinha de arroz no

Estado do Rio Grande do Sul:

- Foi analisada uma situação de cenário mais pessimista:

venda da produção unicamente para a alimentação

institucional (uso na merenda escolar das escolas públicas

estaduais - crianças do ensino fundamental (EF) e ensino

inicial – creche e pré-escola (EI))

(50)

A capacidade instalada no estado para a fabricação de farinha de arroz

em 2009 corresponde unicamente à produção potencial do Comercial de

Cereais Maninho Ltda.: 192 toneladas ano.

Semanas letivas

40

Crianças matriculadas no EF no estado

1.645.642

Crianças matriculadas no EI no estado

287.681

Quantidade de farinha de arroz para EF

(2 refeições/dia)

30g/per capita/semana

Quantidade de farinha de arroz para EI

(2 refeições/dia)

60g/per capita/semana

Cálculo da demanda para merenda

escolar na rede pública estadual do RS

(51)

Obrigada

Referências

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