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Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção 1 de Julho de Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas

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Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção

1 de Julho de 2009

Plano de Gestão de Riscos

de Corrupção e Infracções

Conexas

(2)

Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções

Conexas/ANSR

Decorrente da RECOMENDAÇÃO do Conselho de Prevenção da Corrupção, datado

de 1 de Julho de 2009 e tendo ali sido fixado um prazo de 90 dias para os Serviços

elaborarem um Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas, a

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária do Ministério da Administração Interna

consciente de que a corrupção é um sério obstáculo ao normal funcionamento das

instituições e que constitui, actualmente, uma das grandes preocupações não apenas

dos diversos Estados, mas também das organizações internacionais de âmbito global

e regional. A corrupção revela-se como uma ameaça aos Estados de Direito

democrático, prejudicando gravemente a fluidez das relações entre os cidadãos e a

Administração, bem como, obstaculiza o desejável desenvolvimento das economias e

o normal funcionamento dos mercados. Neste sentido, a ANSR apresenta o seu Plano

de Gestão de Riscos de Corrupção e Infracções Conexas, que se estrutura como

seguidamente se descreve:

I-

Identificação dos responsáveis

II-

Organograma

III-

Identificação das áreas e actividades, dos riscos de corrupção e infracções

conexas, das medidas adoptadas, dos mecanismos de controlo interno e

dos responsáveis

IV-

Glossário de situações de corrupção e infracções conexas.

V-

Anexos

Recomendação do CPC, de 1 de Julho de 2009

Lei nº 54/2008 de 4 de Setembro

– Cria o Conselho de Prevenção

Rodoviária

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 12 de Outubro de 2009

O Presidente

(3)

I - IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS

Presidente – Paulo Marques Augusto

Vice-Presidente – Luís Miguel Pereira Farinha

Director de Serviços da Unidade de Prevenção Rodoviária – Carlos Valença Lopes

Chefe de Divisão do Núcleo de Estudos e Planeamento – Helena Clemente

Chefe de Divisão do Núcleo de Fiscalização e Trânsito – Maria Margarida Janeiro

Directora de Serviços de Gestão de Contra-Ordenações – Isabel Brites

Chefe de Divisão do Núcleo de Coordenação de Registo, Arquivo e Notificação

Maria João Miranda

Chefe de Divisão do Núcleo de Coordenação, Processamento e Cobrança de Autos –

Anabela Arraiolos

(4)

Unidade

Orgânica

Sub Unidade

Missão

Principais Actividades

Riscos Identificados

Medidas Adoptadas

Mecanismos de

controlo interno

Responsáveis

NAGO

Assegurar, gerir e

monitorizar: Lugar a preencher e IGAI - Serviço de relações públicas; - Organização de eventos externos e internos; - Intranet e internet - Assessoria de imprensa. Comunicação Institucional Mails institucionais Controlo da operacionalidade do sector da Receita, nomeadamente: - Arrecadação da receita proveniente das C.O. e sua distribuição às entidades competentes - Elaboração do orçamento e acompanhamento da execução orçamental; - Verificação e controlo das cobranças e resolução de problemas identificado pela equipa responsável pela cobrança de autos de C.O.;

NAGO

- Análise e processamento de pedidos de reembolso de autos de contra-ordenação; - Cabimentação da despesa;

- Análise mensal dos indicadores financeiros; - Folow up de todos os processos em Tribunal; - Gestão e regularização dos cheques devolvidos; - Coordenação e gestão dos recursos humanos ligados ao sector da receita. Propor desenvolver e monitorizar: - Formas inovadoras de organização, gestão e funcionamento da ANSR; - Reclamações e formas inovadoras de resposta ao cidadão;

- Qualificação do pessoal; Lugar a preencher e IGAI - Expediente geral;

- Publicação dos actos administrativos. Elaborar, gerir, acompanhar

e monitorizar:

III - PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS

Recomendação de 1 de julho de 2009 -Conselho de prevenção da Corrupção

R. Públicas

Desenvolver todos os procedimentos relativos à área da informação, promoção e relações públicas da ANSR ÁREA DE (IM)PROVÁVEL RISCO, APENAS AO NÍVEL DE UMA PASSÍVEL, QUE NÃO

DETECTADA, DISCRICIONARIEDADE NO QUE TOCA AO TRATAMENTO DE PROCESSOS DA UNIDADE ORGÂNICA Mecanismos de controlo, a vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de

avaliação e decisão para: - Uniformização e implementação de normas e procedimentos; - sistema de gestão documental. Desenvolver todos os procedimentos relativos à área de Recursos Humanos da ANSR ÁREA DE (IM)PROVÁVEL RISCO, APENAS AO NÍVEL DE UMA PASSÍVEL, QUE NÃO

DETECTADA, DISCRICIONARIEDADE NO QUE TOCA AO TRATAMENTO DE PROCESSOS DA UNIDADE ORGÂNICA Mecanismos de controlo, a vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de

avaliação e decisão para: - Procedimentos e nomeação de júris diferenciados em função da tipologia dos concursos: - Gestão partilhada da aplicação do relógio de ponto; - Preparação de relatório anual do SIADAP. - Sic; - Manual de procedimentos; - Controlo exercido pelo Tribunal de Contas; - Controlo

exercido pela IGF; - Controlo das actividades exercido pela DGO/2ª delegação.

SAG

Desenvolver todos os procedimentos relativos à área dos

Serviços Administrativos Gerais da ANSR

GF

Desenvolver todos os procedimentos relativos à área Financeira e orçamental da ANSR ÁREA DE (IM)PROVÁVEL RISCO, APENAS AO NÍVEL DE UMA PASSÍVEL, QUE NÃO

DETECTADA, DISCRICIONARIEDADE NO QUE TOCA AO TRATAMENTO DE PROCESSOS DA UNIDADE ORGÂNICA Mecanismos de controlo, a vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de

avaliação e decisão para: - Registo de cabimentos; - Relatórios de arrecadação de receita; - Mapas de acompanhamento de execução orçamental; -Articulação com a UGCO para reembolsos e devolução de cauções.

ÁREA DE (IM)PROVÁVEL RISCO, APENAS AO

NÍVEL DE UMA PASSÍVEL, QUE NÃO

DETECTADA, DISCRICIONARIEDADE NO QUE TOCA AO TRATAMENTO DE PROCESSOS DA UNIDADE ORGÂNICA - SRH; - Sistema de gestão da assiduidade; - Bases de dados SIADAP 2 e 3; - Publicitação da

maioria dos actos praticados. Mecanismos de controlo,

à vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de

avaliação e decisão para: - Registo dos documentos entrados e saídos no sistema de gestão documental; - Plano anual de formação, em articulação com a SGMAI. - sistema de gestão documental; - Reclamações em formato electrónico; - Pulbicações em Diário da República.

RH

(5)

- Recrutamento de pessoal para a ANSR; - Elaboração pareceres e informações; - Assiduidade; - Cartões de identificação e livre trânsito; - SIADAP 2 e 3. Assegurar, gerir e monitorizar: - Procedimentos para aquisição de bens e serviços; Lugar a preencher e IGAI - Processo de conferimento de facturas; - Contratos de fornecimentos, de locação, de assistência técnica e de manutenção; - Stoks em armazem (definição de stoks míninos, de segurança, estimativas e monitorização de consumos, comunicação de necessidades de aquisição);

- Edifício sede da ANSR; - Parque automóvel; - Cadastro e inventário de bens. Desenvolver todos os procedimentos relativos à área de Recursos Humanos da ANSR ÁREA DE (IM)PROVÁVEL RISCO, APENAS AO NÍVEL DE UMA PASSÍVEL, QUE NÃO

DETECTADA, DISCRICIONARIEDADE NO QUE TOCA AO TRATAMENTO DE PROCESSOS DA UNIDADE ORGÂNICA Mecanismos de controlo, a vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de

avaliação e decisão para: - Procedimentos e nomeação de júris diferenciados em função da tipologia dos concursos: - Gestão partilhada da aplicação do relógio de ponto; - Preparação de relatório anual do SIADAP. - Recurso aos Acordos-Quadro celebrados pela ANCP; - Plataforma de Contratação Pública Electrónica, com registo das intervenções verificadas em cada procedimento aquisitivo; - Manual de procedimentos; - Registo dos procedimentos efectuados com recurso ao ajuste directo na base de dados - BASE.

GLA

Desenvolver todos os procedimentos relativos à área de Logística e Aprovisionamento da ANSR ÁREA DE POTENCIAL EXISTÊNCIA DE RISCOS, EMBORA NÃO DETECTADOS, DE CORRUPÇÃO E DE INFRAÇÕES CONEXAS Mecanismos de controlo, a vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de avaliação e decisão para: -procedimentos e nomeação de júris; - Programas de concursos e cadernos; - ponderação das necessidades de bens ou serviços; - Execução dos

contratos e dos prazos de cumprimento e vigência; - Monitorização dos "serviços a mais"; - Formação dos diferentes intervenientes no processo aquisitivo, relativamente ao novo CCP; - Regra para procedimentos por ajuste directo, no sentido que, sempre que possível, sejam obtidos vários orçamentos; - Mecanismo de controlo "a posterior" dos moldes como foi efectivada a prestação de serviços. - SRH; - Sistema de gestão da assiduidade; - Bases de dados SIADAP 2 e 3; - Publicitação da

maioria dos actos praticados.

RH

(6)

Unidade

Orgânica Sub Unidade Missão Principais Actividades Riscos Identificados Medidas Adoptadas

Mecanismos de controlo

interno Responsáveis

Assegurar : Através:

A gestão do processo contra-ordenacional estradal, na sua componente administrativa, e a coordenação e melhoria contínua

global do mesmo

Do Sistema informático SIDACO (no futuro);

A decisão dos processos, designadamente de aplicação de coimas e sanções acessórias previstas

Informação de gestão do auto fornecida pelo Sistema Informático de Gestão de Autos

de contra-ordenação (SIGA); O apoio às entidades judiciais na instrução e tramitação dos processos

cíveis e criminais com origem em contra-ordenações estradais;

Controlo de acessos ao SIGA com diferentes perfis consoante

o tipo de intervenções autorizadas;

O apoio às entidades fiscalizadoras do trânsito

Utilização do Sistema informático de Gestão de Autos

(SIGA), onde assenta a tramitação processual das

contra-ordenações.

Controlo de acessos ao Sistema Informático de Registo

Individual do Condutor, com diferentes perfis;

A análise e reporte superior dos indicadores de desempenho associados à gestão do processo contra-ordenacional

Utilização do Sistema Informático de Registo Individual do Condutor.

Do registo das intervenções verificadas nas várias fases do processo contra-ordenacional,

através de auditorias permanentes aos sistemas, A elaboração e apresentação ao presidente da ANSR de propostas de

instruções técnicas e recomendações para as entidades fiscalizadoras e judiciais no sentido de maximizar a eficiência do processo e garantir

os seus objectivos disciplinadores;

Introdução de mecanismos de apoio à automatização do

processo decisório

Do manual de procedimentos

Assegurar: Através:

O processamento administrativo dos autos, coordenando a articulação com a entidade que, em regime de outsourcing, assegura a elaboração

das propostas de decisão;

Informação de gestão fornecida pelo Sistema Informático de Gestão de Autos de

contra-ordenação (SIGA);

A inquirição de testemunhas

Utilização do Sistema informático de Gestão de Autos

(SIGA), onde assenta a tramitação processual das

contra-ordenações

Informação de gestão fornecida pelo Sistema Informático de Gestão de Autos de

contra-ordenação (SIGA); Difusão das orientações necessárias à uniformização dos critérios de

decisão e da adequada tramitação dos processos;

Utilização do Sistema Informático de Registo Individual do Condutor - Utilização do Sistema Informático de Registo Individual do Condutor; O apoio à formação dos recursos do outsourcing ;

Desenvolvimento de uma funcionalidade no (Scot), que

permite a gestão de documentos apreendidos

- Do registo das intervenções verificadas nas várias fases do processo contra-ordenacional;

O registo de sentenças judiciais; Vídeo-conferência cuja

aprovação tem valor probatório

A devolução de cauções; - Do manual de procedimentos;

O apoio ao atendimento presencial dos cidadãos;

Assegurar: Alteração dos procedimentos de

registo de autos; Através: O registo dos autos levantados por infracções de trânsito no

respectivo sistema informático (SIGA)

Utilização do Sistema Informático de Registo Individual do Condutor

Correcção de discrepâncias do registo de autos através de uma

equipa de qualidade; O arquivo e gestão documental dos processos por contra-ordenações

de trânsito;

Utilização do Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito (Scot),

que permite:

Informação de gestão fornecida pelo (SIGA)

A consulta dos processos por quem para tal tiver legitimidade;

Levantamento de autos de contra-ordenação e a transmissão electrónica de

dados para o SIGA;

Utilização do Sistema Informático de Registo Individual do Condutor

A emissão e controlo das notificações iniciais;

Impulsionar a uniformização e racionalização de

procedimentos

Do registo das intervenções verificadas nas várias fases do processo contraordenacional,

através de auditorias permanentes aos sistemas

(SIGA, SRIC e SCOT).

A emissão e controlo das notificações das decisões administrativas.

Aderir ao circuito de notificações via INCM, permitindo a eliminação do processamento manual de emissão e assinatura das

notificações;

Do manual de procedimentos

A emissão de certidões do Registo Individual do Condutor

Transmissão de dados do RIC à PSP através de ficheiros

electrónicos. III - PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS

Recomendação de 1 de julho de 2009 -Conselho de prevenção da Corrupção

UGCO Decisão de processos de contra-ordenação e assegurar a prestação de informações às entidades autuantes e judiciais ÁREA DE POTENCIAL EXISTÊNCIA DE RISCOS, EMBORA NÃO DETECTADOS,

DE CORRUPÇÃO E DE INFRACÇÕES CONEXAS

Aquisição do Sistema Informático de Instrução e Decisão de Autos de Contra-Ordenação (SIDACO), (processo de concurso a

decorrer).

Dra. Isabel Brites Directora de Serviços NCRAN Desenvolver e assegurar os procedimentos relativos ao processamento de autos de contra-ordenação, registo, arquivo e notificação no processo contra-ordenacional ÁREA DE POTENCIAL EXISTÊNCIA DE RISCOS, EMBORA NÃO DETECTADOS,

DE CORRUPÇÃO E DE INFRACÇÕES CONEXAS

Dra. Mª João Miranda Chefe de Divisão

UGCO

NCPCA Desenvolver e assegurar os procedimentos relativos ao processamento de autos de contra-ordenação ÁREA DE POTENCIAL EXISTÊNCIA DE RISCOS, EMBORA NÃO DETECTADOS,

DE CORRUPÇÃO E DE INFRACÇÕES CONEXAS

Aquisição do Sistema Informático de Instrução e Decisão de Autos de Contra-Ordenação (SIDACO), (processo

de concurso a decorrer).

Dra. Anabela Arraiolos Chefe de Divisão

Inquirição de testemunhas recorrendo à vídeo-conferência,

com gravação dos depoimentos - Registo informático da apreensão/devolução de documentos no âmbito de

infracções de trânsito. Apoio ao call center em matéria de contra-ordenações.

(7)

Unidade

Orgânica

Sub

Unidade

Missão

Principais Actividades

Riscos Identificados

Medidas Adoptadas

Mecanismos de

controlo interno

Responsáveis

Recolher e analisar dados estatísticos de

sinistralidade rodoviária

Estudar comportamento dos utentes na via

pública, bem como a maior incidência de

acidentes, propondo medidas correctivas

Sensibilizar, informar e avaliar acções de

prevenção e segurança rodoviárias

Prestar apoio técnico ao OSR,

designadamente através da colaboração

na ENSR.

Contribuir com iniciativas e actualizações

legislativas sobre segurança rodoviária.

Coadjuvar a

implementação de

medidas de

prevenção e

segurança

rodoviárias

NEP

Manual de

procedimentos em

preparação.

Assegurar a realização de inspecções ás

vias designadamente nas zonas e períodos

de maior frequência de acidentes,

propondo medidas correctivas ás

entidades responsáveis pelas

infra-estruturas rodoviárias e pela fiscalização

Área de potencial existência de riscos, embora não detectados, de corrupção e infracções conexas

Área de potencial

existência de

riscos, embora

não detectados,

de corrupção e

infracções

conexas

Mecanismos de controlo, a vários níveis, com segregação de funções com diferentes níveis de avaliação e decisão, bem como com diferentes intervenientes no processo

III - PLANO DE GESTÃO DE RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS

Recomendação de 1 de julho de 2009 -Conselho de prevenção da Corrupção

Monitorizar o

cumprimento das

disposições

normativas de

segurança

rodoviária e a

coordenação/unifor

mização dos

procedimentos das

entidades

fiscalizadoras

Manual de

procedimentos em

revisão.

Fiscalizar o cumprimento das disposições

legais sobre trânsito

Promover a uniformização e coordenação

da acção fiscalizadora das entidades com

competencia para fiscalizar o trânsito

Aprovar o uso de equipamentos de

controlo e de fiscalização de trânsito

UPR

Dada a natureza

das actividades

desenvolvidas

pelo NEP, não se

identificam riscos

de corrupção

e/ou de

infracções

conexas.

Eng. Carlos Lopes (Director

de Serviços); Dra. Helena

Clemente (Chefe de Divisão);

Dra. Margarida Janeiro

(Chefe de Divisão)

Mecanismos de controlo, a

vários níveis, com segregação

de funções com diferentes

níveis de avaliação e decisão,

bem como com diferentes

intervenientes no processo

NFT

(8)

AUTORIDADE NACIONAL SEGURANÇA RODOVIÁRIA

IV - GLOSSÁRIO DE SITUAÇÕES DE CORRUPÇÃO E INFRACÇÕES CONEXAS

A - COMO SE PODE MANIFESTAR A CORRUPÇÃO

Comum a todas as previsões legais está o princípio de que não devem existir quaisquer

vantagens indevidas, ou mesmo a mera promessa destas, para o assumir de um determinado

comportamento, seja ele lícito ou ilícito, ou através de uma acção ou uma omissão.

Qualquer das situações a seguir descritas configura uma situação de corrupção:

1. O trabalhador, com contrato de trabalho em funções públicas, que solicite ou

aceite, por si ou por interposta pessoa, vantagem patrimonial ou promessa de

vantagem patrimonial ou não patrimonial, para si ou para terceiros para a prática

de um qualquer acto ou omissão contrários aos deveres do cargo, pratica o crime

de corrupção passiva para acto ilícito.

Exemplo: Um trabalhador de um Serviço de Finanças que recebe determinada quantia para

não aplicar uma coima a um contribuinte que está a entregar uma declaração fiscal fora do

prazo legalmente previsto.

2. O trabalhador, com contrato de trabalho em funções públicas, que solicite ou

aceite, por si ou por interposta pessoa, vantagem patrimonial ou promessa de

vantagem patrimonial ou não patrimonial, para si ou para terceiros para a prática

de um qualquer acto ou omissão não contrários aos deveres do cargo, pratica

crime de corrupção passiva para acto ilícito.

Exemplo: Um trabalhador de uma conservatória que receba um presente por proceder à

inscrição de um determinado acto sujeito a registo, desrespeitando a ordem de entrada dos

pedidos, beneficiando aquele que lhe oferece o presente.

(9)

AUTORIDADE NACIONAL SEGURANÇA RODOVIÁRIA

3. Qualquer, pessoa a que por si, ou por interposta pessoa, der ou prometer a

trabalhador, com contrato de trabalho em funções públicas, ou a terceiros, com

o conhecimento daquele, vantagem patrimonial ou não patrimonial, que a este

não seja devida, quer seja para a prática de um acto lícito ou ilícito, pratica o

crime de corrupção activa.

Exemplo: o condutor que interceptado por um agente da Brigada de Transito, em excesso de

velocidade, prometa àquele uma quantia monetária para não ser sancionado.

4. Quem, por si ou por interposta pessoa, der ou prometer a trabalhador, com

contrato de trabalho em funções públicas, ou a titular de cargo político, nacional

ou estrangeiro, ou a terceiros com o conhecimento daqueles, vantagem

patrimonial ou não patrimonial para obter ou conservar um negócio, um

contrato ou outra vantagem indevida no comércio internacional, pratica o crime

de corrupção com prejuízo do comércio internacional.

Exemplo: O empresário que promete compensação financeira a um titular de um cargo

político para que este indique como fornecedor preferencial de um determinado produto a

exportar para outro país, violando as regras da concorrência e do mercado livre.

B - COMO SE PODEM MANIFESTAR AS INFRACÇÕES CONEXAS

Muito próximos de corrupção existem outros crimes igualmente prejudiciais ao bom

funcionamento das instituições e dos mercados. São eles o suborno, o peculato, o abuso de

poder, a concussão, o tráfico de influências, a participação económica em negócio e o abuso

de poder. Comum a todos estes crimes é a obtenção de uma vantagem (ou compensação) não

devida.

1. Abuso de poder - Comportamento do trabalhador, com contrato de trabalho

em funções públicas, que abusar de poderes ou violar deveres inerentes às

suas funções com intenção de obter, para si ou para terceiros benefício

ilegítimo ou causar prejuízo a outra pessoa.

Exemplo: O autarca que urbaniza terrenos de um familiar seu, a fim de os valorizar, ou

funcionário que deliberadamente recuse uma determinada licença, sem para tal ter

(10)

AUTORIDADE NACIONAL SEGURANÇA RODOVIÁRIA

fundamento legal, a fim de evitar que a loja que se situa no rés de chão do seu prédio possa

colocar um letreiro publicitário do qual não gosta.

2. Peculato – Conduta do trabalhador, com contrato de trabalho em funções

públicas, que ilegitimamente se apropriar, em proveito próprio ou de outra

pessoa, de dinheiro ou qualquer coisa móvel, pública ou particular, que lhe

tenha sido entregue, esteja na sua posse ou lhe seja acessível em razão das

suas funções.

Exemplo: Um trabalhador de uma Junta de Freguesia que utiliza em proveito próprio o

dinheiro pago por comerciantes para obtenção de espaço de venda numa feira.

3.

Participação económica em negócio – Comportamento do trabalhador, com

contrato de trabalho em funções públicas, que, com intenção de obter, para si

ou para terceiro, participação económica ilícita, lesar em negócio jurídico os

interesses patrimoniais que, no todo ou em parte, lhe cumpre, em razão da

sua função, administrar, fiscalizar, defender ou realizar.

Exemplo: O autarca que promove a permuta de terrenos entre a autarquia e um familiar seu,

com prejuízo para o interesse público.

4.

Concussão – Conduta do trabalhador, com contrato de trabalho em funções

públicas, que, no exercício das suas funções ou de poderes de facto delas

decorrentes, por si ou por interposta pessoa com o seu consentimento ou

ratificação, receber, para si, para o Estado ou para terceiro, mediante indução

em erro ou aproveitamento de erro da vítima, vantagem patrimonial que lhe

não seja devida, ou seja superior à devida, nomeadamente contribuição, taxa,

emolumento, multa ou coima.

Exemplo: O trabalhador que ao receber documentação para instruir um processo de

licenciamento para remodelação de um muro cobra uma taxa não prevista na lei.

5.

Tráfico de influência – Comportamento de quem, por si ou por interposta

pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou

para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa,

(11)

AUTORIDADE NACIONAL SEGURANÇA RODOVIÁRIA

para abusar da sua influência, real ou suposta, junto de qualquer entidade

pública.

Exemplo: O trabalhador de uma empresa de computadores que solicita uma determinada

quantia em dinheiro ao seu director para garantir que será aquela empresa a fornecer os

computadores a um determinado Ministério no qual seu irmão é o Director-Geral.

6.

Suborno – Prática um acto de suborno quem convencer ou tentar convencer

outra pessoa, através de dádiva ou promessa de vantagem patrimonial ou não

patrimonial, a prestar falso depoimento ou declaração em processo judicial, ou

a prestar falso testemunho, perícia, interpretação ou tradução, sem que estes

venham a ser cometidos.

Exemplo: Um arguido em processo penal tenta convencer o intérprete encarregado de

traduzir para português o depoimento de uma testemunha estrangeira a não o fazer

integralmente, mediante promessa de compensação financeira.

Com o objectivo de promover a existência de situações de maior transparência, devem os

Serviços da Administração Pública e os trabalhadores adoptar as seguintes

medidas/comportamentos:

OS SERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVEM:

1. Melhorar os sistemas de controlo interno, nomeadamente promovendo, com

regularidade, auditorias aos seus departamentos;

2. Promover, entre os seus trabalhadores, uma cultura de responsabilidade e de

observação estrita de regras éticas e deontológicas;

3. Assegurar que os seus trabalhadores estão conscientes das suas obrigações,

nomeadamente no que se refere à obrigatoriedade de denúncia de situações

de corrupção;

4. Promover uma cultura de legalidade, clareza e transparência nos

procedimentos, nomeadamente no que se refere à admissão de

trabalhadores;

(12)

AUTORIDADE NACIONAL SEGURANÇA RODOVIÁRIA

OS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVEM:

1. Actuar respeitando as regras deontológicas inerentes às suas funções;

2. Agir sempre com isenção e em conformidade com a Lei;

3. Actuar de forma a reforçar a confiança dos cidadãos na integridade,

imparcialidade e eficácia dos poderes públicos.

OS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO DEVEM:

1. Usar a sua posição e os recursos públicos em seu benefício;

2. Tirar partido da sua posição para servir interesses individuais, evitando que os

seus interesses privados colidam com as suas funções públicas;

3. Solicitar ou aceitar qualquer vantagem não devida, para si ou para terceiro,

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