AFO voltada cargo de técnico
legislativo da Câmara dos
Deputados
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli Turma IGEPP 2013
Dúvidas Email:giovanni_pacelli@hotmail.com
Objetivos do curso
•
Preparar os “concurseiros” para o concurso da
Câmara dos Deputados 2013 voltado ao cargo
de Técnico Legislativo.
Edital Câmara dos Deputados 2012
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli
3 Itens do programa
1 O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas.
1.1 Formas e dimensões da intervenção da administração na economia.
2 Orçamento público e sua evolução.
2.1 Orçamento como instrumento do planejamento governamental.
2.2 Princípios orçamentários.
3 O orçamento público no Brasil. 3.1 Plano Plurianual.
3.2 Diretrizes orçamentárias. 3.3 Orçamento anual.
3.4 Sistema e processo de orçamentação. 3.5 Classificações orçamentárias.
Edital Câmara dos Deputados 2012
Itens do programa
4 Programação e execução orçamentária e financeira. 4.1 Acompanhamento da execução.
4.2 Sistemas de informações. 4.3 Alterações orçamentárias.
4.4 Créditos ordinários e adicionais. 5 Receita pública.
5.1 Categorias, fontes e estágios. 5.2 Dívida ativa.
6 Despesa pública.
6.1 Categorias e estágios. 6.2 Restos a pagar.
Projeto do curso
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Itens do programa Quantidade de aulas 2 Orçamento público e sua evolução.
2.1 Orçamento como instrumento do planejamento governamental.
2.2 Princípios orçamentários.
2
1 O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas.
1.1 Formas e dimensões da intervenção da administração na economia.
1
3 O orçamento público no Brasil. 3.1 Plano Plurianual.
3.2 Diretrizes orçamentárias. 3.3 Orçamento anual.
4.4 Créditos ordinários e adicionais.
Projeto do curso
Itens do programa Quantidade de aulas
3.4 Sistema e processo de orçamentação.
4. Programação e execução orçamentária e financeira. 4.1 Acompanhamento da execução.
4.2 Sistemas de informações. 4.3 Alterações orçamentárias.
2
5 Receita pública.
5.1 Categorias, fontes e estágios. 5.2 Dívida ativa. 3.5 Classificações orçamentárias 2 6 Despesa pública. 6.1 Categorias e estágios. 6.2 Restos a pagar. 2
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Fontes de Estudo
• Lei 4.320/1964;
• Decreto Lei 200/1967;
• Decreto 93.872/1986;
• Lei 10.180/2000 (Sistemas Organizacionais)
• CF/1988;
• LC 101/00 (LRF);
• Lei 12.595/2012 (LOA/2011);
• Lei 12.708/2012 (LDO 2011 para a LOA 2012);
• Lei 11.593/2012 (PPA 2012-2015);
• MTO versão 2013;
• Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público: Parte I 5ª edição 2012.
Fontes de Estudo
• GIACOMONI, James. Orçamento público. 15 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
• GIAMBIAGI, Fábio; ALÉM, Ana Cláudia. Finanças
públicas: teoria e prática no Brasil. 3 ed. Rio de
Janeiro: Campus editora, 2007.
• ALBUQUERQUE, C. M.; MEDEIROS, M. B.; SILVA, P. H. F. da. Gestão de Finanças Públicas. 2 ed. Brasília: Gestão Pública, 2008.
• REZENDE; Fernando. Finanças públicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
• CRUZ, Flávio da. LRF comentada. São Paulo: Atlas, 2008;
• CRUZ, Flávio da. Lei 4320 comentada. São Paulo: Atlas, 2008.
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Tópico 2
• Funções de Formas e dimensões da intervenção da administração na economia.
• Falhas de Mercado.
• O papel do Estado e a atuação do governo nas finanças públicas.
Discussão sobre tema de discursiva em AFO: IPEA/2008 - Cespe
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Atribuições Econômicas do Governo
Funções de Governo (Musgrave) Função Alocativa Ajustes na alocação de Função Distributiva Ajustes na distribuição Função Estabilizadora Manter a estabilidade EconômicaFunção Alocativa
•É necessária sempre que não forem encontradas as condições que assegurem maior eficiência na utilização dos recursos disponíveis na economia mediante o funcionamento do mecanismo de determinação dos preços de mercado (Rezende, 2001).
•O Governo determina o tipo e a quantidade de bens públicos a serem ofertados e calcula o nível de contribuição de cada consumidor (Giacomoni, 2010).
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Função Alocativa
•Justificativa para adoção:
1) Existência de economias externas [em regra relacionado às atividades de expansão de infra- estrutura econômica: construção de estrada (o resultado nacional é superior ao resultado individual do setor privado)].
2) Problemas de satisfação das necessidades coletivas (bens públicos devido a impossibilidade de se estabelecer um preço de mercado: segurança, justiça, defesa nacional).
Função Alocativa
•Produção vs Provisão
Produção: energia, petroquímica, mineração, informática(bens privados, mas que podem ser produzidos pelo estado).
Provisão: Educação e Saúde (bens semi- públicos/mistos/meritórios) [Não são necessariamente produzidos pelo governo, mas são financiados pelo orçamento público (Giacomoni, 2010)].
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Função Alocativa
•Bens semi-públicos: apesar de serem submetidos ao princípio da exclusão e desta forma serem explorados pelo setor privado, o fato de gerarem altos benefícios sociais e externalidades positivas justifica a produção total ou parcial destes bens pelo setor público.
Questão 1
(BB/Certificação/2009/Setor Público) O fornecimento de bens e serviços públicos está diretamente ligado a duas das funções do governo relacionadas à forma e à intensidade de sua intervenção na economia, quais sejam, as funções alocativa e distributiva.
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Função Distributiva
•A distribuição de renda resultante dos fatores de produção e da venda dos serviços desses fatores no mercado pode não ser a desejada pela sociedade (Giacomoni, 2011).
•À medida que critérios puramente econômicos são considerados nas decisões relativas à utilização dos fatores de produção, a distribuição da renda gerada pelos habitantes do país pode não ser considerada socialmente aceitável (Rezende, 2001).
Função Distributiva
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Instrumentos Rezende (2001) Giacomoni (2011) Sistema tributário (impostos regressivos) e política de gastos governamentais (despesas que beneficiem direta ou indiretamente as classes de renda mais
baixa).
-Transferências: redistribuição direta de renda.
Ex: Bolsa Família -Impostos:
Ex: IR, Impostos sobre Grandes Fortunas -Subsídios:
Ex: tarifas baixas para produtos da cesta básica
Para Musgrave não são instrumentos de política fiscal.
Questão 2
(Cespe/IPEA/2008) As transferências, da mesma forma que os tributos, são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de transferirem recursos da iniciativa privada para o setor público.
Função Estabilizadora
•Antes acreditava-se que o mercado tinha a capacidade para auto ajustar-se ao pleno emprego da economia;
•A flexibilidade de preços e salários garantiria esse equilíbrio.
•Depois constatou-se que:
-O mercado não é capaz de assegurar altos níveis de emprego, estabilidade nos preços e altas taxas de crescimento econômico.
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Função Estabilizadora
Mecanismo básico:
-Ação sobre a demanda agregada com o propósito de atenuar o impacto social e econômico de crises de inflação ou depressão
.
Função Estabilizadora
• Principais instrumentos: -Política Fiscal
-Política Monetária
• Quatro objetivos principais da política fiscal: -Manutenção do elevado nível de emprego; -Estabilidade nos níveis de preços;
-Equilíbrio no Balanço de Pagamentos;
-Razoável taxa de crescimento econômico.
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Política Fiscal Situação Recessiva Alto nível de Inflação ou excesso Diretamente: Aumento nos gastos públicos em consumo e investimento Indiretamente: Redução na alíquota dos impostos Diminuição dos gastos
Política Monetária Situação Recessiva Alto nível de Inflação ou excesso de demanda Redução da Taxa de Juros: crescimento da demanda agregada e da renda nacional Aumento da Taxa de juros: Diminuição da demanda agregada
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Questão 3
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(Cespe/ANEEL/2010) No cumprimento da função da estabilizadora da economia, o governo pode fazer uso de instrumentos macroeconômicos, como a política fiscal e a monetária. A política fiscal pode-se manifestar diretamente por meio da variação dos gastos públicos em consumo e investimento, ou indiretamente pela alteração das alíquotas de impostos.
Questão 4
(Cespe/IPEA/2008) Após a Segunda Guerra Mundial, os deficits públicos excessivamente altos e a crise econômica mundial levaram à assinatura do Acordo de Bretton Woods e à criação do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto afirmar que, nessas circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de políticas públicas devia ser com a função alocativa dos governos.
Questão 5
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(Cespe/TCU/2008) A teoria de finanças públicas consagra ao Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva, e estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda.
Intervenção do Governo na Economia
1)Entender o ótimo de PARETO gravar exemplo 2)Identificar as falhas de mercado e diferenciá-las.
Ótimo de Pareto
•As doutrinas de bem-estar integradas na análise econômica convencional derivam da formulação consagrada pelo nome de “ideal de Pareto”. Segundo ela, há eficiência na economia quando a posição de alguém sofre uma melhoria sem que nenhum outro tenha sua situação deteriorada.
•Uma situação econômica é ótima, no sentido de Pareto, se não for possível melhorar a situação de um agente sem degradar a situação ou utilidade de qualquer outro agente econômico. O ótimo de pareto é voltado para agentes econômicos.
Ótimo de Pareto
•A função pública de promover ajustamentos na distribuição de renda justifica-se, pois, como correção às falhas de mercado. Para tanto, deve-se fugir da idealização de Pareto, pois a melhoria da posição de certas pessoas é feita a expensas de outras.
Ótimo de Pareto
•Pressupostos da visão idealizada do sistema de mercado:
-Não existência de progresso técnico.
-Funcionamento do modelo de concorrência perfeita, o que implica a existência de um mercado atomizado e de informação perfeita da parte dos agentes econômicos.
Obs: mercado atomizado onde as decisões quanto à quantidade produzida de um grande número de pequenas firmas são incapazes de afetar os preços de mercado
Fonte: GIAMBIAGI; ALÉM,2008
Questão 6
(Cespe/IPEA/2008) Com relação às funções de governo e às políticas econômicas, julgue os itens a seguir.
6. Os mecanismos de mercado são insatisfatórios para o atendimento das necessidades sociais. Isso significa que os consumidores dos bens e serviços que satisfazem essas necessidades não podem estar sujeitos ao princípio da exclusão. Nessas circunstâncias, a condição é de igual consumo para todos, paguem ou não por tais bens e serviços.
Questão 7
(ANEEL/2010/Analista Administrativo) De acordo com a solução de Pareto, considera-se que a economia atinge a máxima eficiência quando modificações em determinada alocação de recursos se revelam capazes de melhorar o nível de bem-estar de uma comunidade sem prejudicar o bem-estar individual.
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Intervenção do Governo na Economia
No mundo real, mercados perfeitamente competitivos são raros, existindo falhas de mercados que justificam a intervenção do governo.
Falhas de Mercado
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Rezende (2001) Giacomoni (2011) -Bens Públicos; -Externalidades; -Poder de Mercado; -Assimetria de Informações. -Existência de bens públicos; -Monopólios naturais; -Externalidades; -Mercados incompletos; -Falhas de informação; -Ocorrência de desemprego e inflação.
Falhas de Mercado
•Bens Públicos:
-Consumo é indivisível e não real;
-Princípio da não exclusão, não rivalidade;
-Todos se beneficiam, ainda que uns mais que outros;
-O governo os provê através da cobrança de impostos;
-O consumidor não é excluído no caso de não pagamento.
Falhas de Mercado
•Mercados incompletos:
-Nem sempre o setor privado está disposto a assumir riscos.
-As vezes há a necessidade de intervenção do Estado mediante processo de planejamento.
-Estado com função coordenadora.
-Ex: BNDES investe na Amazônia Ocidental
Falhas de Mercado
•Externalidades:
-Tipos: Positivas (estimular) e Negativas (desestimular)
-Positivas: concessão de subsídios Ex: Agricultura -Negativas: multas e impostos Ex: cigarros
-Regulamentação
-Teorema de Coase: Se o setor privado puder
negociar, sem custos, a alocação de recursos, pode resolver o problema das externalidades via sistema de mercado
Falhas de Mercado
•Poder de Mercado
-A existência de produtores e consumidores atomizados, tomadores de preços, não é comum no mundo real;
-Em regra há competição imperfeita (monopólio e oligopólio). Essas estruturas fazem a produção ser menor e preço ser maior.
-O papel do governo é limitar o poder de mercado das firmas mediante as várias formas de regulação existentes: fixação de preço máximo, de lucro máximo, estímulo à concorrência, seja com incentivos diretos à instalação de competidores, seja pela limitação de fusões.
Tipos de mercado de bens e serviços
•Concorrência Perfeita: número infinito de
firmas,sem barreiras.
•Monopólio: uma única empresa, produto sem substitutos, com barreiras.
•Concorrência monopolística/Imperfeita: inúmeras
empresas, produto diferenciado,livre acesso.
•Oligopólio: pequeno número de empresas, produtos homogêneos/diferenciados, com barreiras.
Falhas de Mercado
•Monopólios naturais
-Dependendo do mercado consumidor pode ser vantajoso apenas uma empresa produtora
-Governo: regulação (impede preços abusivos) e produção direta.
Questão 8
Em relação às funções do governo, julgue os itens a seguir.
(Cespe/IPEA/2008) O objetivo do governo, quando procura interferir no mercado de instituições privadas de previdência, geralmente, é impedir a formação da concorrência monopolística.
Falhas de Mercado
•Falhas de informação:
-O mercado por si só não fornece dados suficientes para que os consumidores tomem suas decisões
-Intervenção do estado: introdução de uma legislação que forneça maior transparência do mercado.
-A informação é um bem público. -Risco Moral e Seleção Adversa.
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli
Falhas de Mercado
•Ocorrência de desemprego e inflação:
-Políticas que visem o pelo emprego e a estabilidade de preços.
Questão 9
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(Cespe/IPEA/2008) A intervenção do governo na economia ao promover a fusão e a incorporação de bancos estatais pode ser justificada como reação a uma imperfeição de mercado, gerada pela maior concentração de instituições privadas no setor, e, portanto, como uma forma de limitar a capacidade dessas empresas na formação de preços. Uma alternativa seria limitar as fusões e incorporações no setor privado.
Estado provedor versus Estado Regulador
•No Estado Provedor, o Estado absorvia grande parte da provisão de bens e serviços.
•No Estado Regulador, o estado reprioriza suas atividades.
Estado provedor versus Estado Regulador
•Transformações no cenário que ensejaram a mudança:
-Globalização financeira; -Abertura comercial;
-Privatização de empresas públicas; -Formação de blocos regionais;
-Fortalecimento dos poderes locais (descentralização).
•Vai além de regular os novos mercados que emergirão
do processo de privatização, mas também de re-regular outros aspectos importantes da vida econômica em particular os referentes às relações internacionais.
Estado provedor versus Estado Regulador
Globalização financeira:
-Regulação dos mercados financeiros e maior controle sobre os fluxos de capitais (crises de volatilidade); e instituições de arbitragem de comércio internacional.
Abertura comercial:
-Mecanismos de defesa da concorrência
-Nova postura frente às fusões e aquisições
-Preservação de padrões de competitividade compatíveis com os apresentados por grandes conglomerados internacionais.
Estado provedor versus Estado Regulador
Fonte: REZENDE, 2001 Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 51
Conseqüências:
-Modificar a cultura burocrática;
-Instituir novos padrões de gerenciamento de políticas públicas;
-Instituir novas formas de parceria de controle social;
-Aumentar a transparência das ações do governo, pois apesar da privatização reduzir os dispêndios públicos, a regulação impõe custos sociais que nem sempre são facilmente percebidos.