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Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Ciências da Saúde

Perceções da população da Universidade da Beira

Interior sobre a adequação do Suporte Básico de

Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

Andreia Filipa Branco Pereira

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Medicina

(Ciclo de estudos integrado)

Orientador: Professor Doutor Miguel Castelo-Branco Sousa

Coorientadora: Dr.ª Juliana Sá

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Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

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iii “Quem não sabe, não salva!”

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Dedicatória

Aos meus pais, irmã e restante família. Sem eles tudo se tornaria mais difícil. Ao Pedro.

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Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

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vii

Agradecimentos

Aos meus orientadores, Professor Miguel e Doutora Juliana, por todo o conhecimento partilhado, por todo o apoio, disponibilidade, dedicação e motivação.

Aos meus pais e irmã por todos os sacrifícios que fizeram para que me fosse possível concretizar este sonho.

Ao Pedro por toda a paciência e ajuda. Obrigada por tornares esta jornada mais feliz. Aos meus avós por serem um exemplo de resiliência.

Ao meu padrinho por sempre me ter incentivado a estudar, por me ajudar em todas as minhas escolhas, por estar “lá” em todas as situações.

À minha madrinha pela ajuda e apoio em todos os momentos.

Aos meus tios e primos (Tio Zé, Tia São, Tio Chico, Tia Lina, Tio Chico, Tia Mila, Tio Brás, Tia Adília, Susana, Vera, Marianinha, Zezinho, Dianinha, Paulo e Arlete). Todos têm um lugar especial nesta conquista. Obrigada!

Ao André e ao Zé por estarem sempre disponíveis para esclarecer as minhas infinitas dúvidas.

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ix

Prefácio

Sendo bombeira voluntária desde 2013, desde cedo desenvolvi interesse pela área de prestação de cuidados pré-hospitalares. Através do contacto com a população geral nas inúmeras ocorrências que tive e continuo a ter, é notória a preocupação dos acompanhantes em perceber se tomaram a melhor atitude em relação ao estado de saúde do doente até à nossa chegada. Apercebi-me do interesse demonstrado pela maioria, em ter os conhecimentos necessários para fazer a diferença (e que diferença!) até à chegada dos bombeiros ou ajuda diferenciada. Sendo assim, propus-me a estudar qual o real conhecimento da nossa população sobre estes “simples” procedimentos que podem fazer a diferença num caso de vida ou morte.

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xi

Resumo

Introdução: Segundo o Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória Pré-hospitalar,

no ano de 2016 foram confirmadas 15 555 paragens cardiorrespiratórias em ambiente extra-hospitalar. Em apenas 20 por cento das ocorrências foram iniciadas manobras de Suporte Básico de Vida (SBV) antes da chegada de equipas de emergência. O SBV inclui um conjunto de procedimentos definidos e metodologias padronizadas cujo objetivo final é o restabelecimento da função cardiorrespiratória, adotando um papel determinante na sobrevida dos doentes.

Objetivos: Compreender se a população da Universidade da Beira Interior (UBI)

percebe a importância da aplicação de manobras de SBV em caso de paragem cardiorrespiratória e qual o seu conhecimento sobre as mesmas; identificar quais as variáveis que podem influenciar o conhecimento sobre SBV, nomeadamente, sexo, idade, habilitações literárias, entre outras.

Materiais e métodos: Estudo de carácter observacional e transversal, no qual se

distribuiu um questionário por todos os estudantes, docentes e funcionários da UBI.

Resultados: Foram obtidas 244 respostas, tendo-se excluído 15 por não se enquadrarem

nos critérios de inclusão. Numa amostra populacional em que 71,6% era do sexo feminino, 83% tinha idade compreendida entre os 18 e 33 anos e 65,9% tinha formação universitária, verificou-se que 56,8% da população possuía formação em SBV. Quanto ao grau de conhecimento sobre o procedimento, constatou-se uma grande variabilidade de respostas. Nas perguntas cujo foco era avaliar os diversos passos do algoritmo de SBV do adulto, mais de 80% da amostra respondeu corretamente. Relativamente às questões onde se averiguava o conhecimento da amostra sobre a utilização do desfibrilhador automático externo (DAE) e a aplicação do algoritmo de desobstrução da via aérea, 60% e 87.7% da amostra, respetivamente, não indicou a opção correta. Quanto à pergunta onde se analisava o conhecimento sobre o algoritmo de SBV da criança, apenas 12,3% da amostra respondeu corretamente. É importante destacar que 98,7% da população considerou uma mais-valia ter formação nesta área e estava disponível para que lhe fossem transmitidos estes conhecimentos. Quando inquiridos sobre os obstáculos encontrados referiram como principais a falta de informação e de tempo. Constatou-se ainda a existência de uma dependência entre o facto de um indivíduo ter formação em SBV e as variáveis sexo, função desempenhada na UBI e a ligação à área da saúde.

Discussão e conclusão: Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de

proporcionar à população geral formação em SBV, tendo em vista a diminuição das taxas de mortalidade e morbilidade. Acredita-se que um dos passos fulcrais será o ensino teórico e prático desta competência durante o 3º ciclo ou ensino secundário.

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Palavras-chave

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Abstract

Introduction: According to the National Register of Pre-hospital Cardiorespiratory

Arrest, in 2016, 15 432 cardiorespiratory arrests were confirmed in an out-of-hospital setting. In only 20 percent of the occurrences, Basic Life Support (BLS) maneuvers were initiated prior to the arrival of emergency teams. BLS includes a set of defined procedures and standardized methodologies whose final objective is the reestablishment of the cardiorespiratory function, adopting a determinant role in the survival of patients.

Objectives: To understand if the population of the Universidade da Beira Interior (UBI)

realizes the importance of the application of BLS maneuvers in case of cardiorespiratory arrest and what is their knowledge about them; To identify which variables can influence knowledge about SBV, namely, gender, age, literacy, among others.

Materials and methods: An observational and cross-sectional study, in which a

questionnaire was distributed to all UBI students, professors and employees.

Results: 244 responses were obtained, excluding 15 because they did not fit the

inclusion criteria. In a population sample where 71.6% were female, 83% were aged between 18 and 33 years and 65.9% had university education, it was verified that 56.8% of the population had training in BLS. As for the degree of knowledge about the procedure, there was a great variability of responses. In the questions that focused on evaluating the various steps of the adult BLS algorithm, more than 80% of the sample answered correctly. Regarding the questions about the knowledge of the sample on the use of the external automatic defibrillator (EAD) and the application of the airway clearance algorithm, 60% and 87.7% of the sample, respectively, did not indicate the correct option. Regarding the question about the knowledge on the BLS algorithm of the child, only 12.3% of the sample answered correctly. It is important to emphasize that 98.7% of the population consider it an asset to have training in this area and is available for this knowledge transmission. When asked about the obstacles encountered, they refer mainly the lack of information and time. There was also a dependence between the fact that an individual had training in BLS and the variables gender, function performed in UBI and the connection to the Health area.

Discussion and conclusion: The results of this study reinforce the need to provide the

general population with training in BLS, in order to reduce mortality and morbidity rates. It is believed that one of the key steps will be the theoretical and practical teaching of this competence during the 3rd cycle or secondary education.

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Keywords

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Índice

Dedicatória ... v Agradecimentos ... vii Prefácio... ix Resumo ... xi Palavras-chave ... xiii Abstract ... xv Keywords ... xvii

Lista de Gráficos ... xxi

Lista de Tabelas ... xxiii

Lista de Acrónimos... xxv

1.Introdução ...1

1.1.Suporte Básico de Vida e o seu impacto na sociedade ... 1

1.2.Objetivos do trabalho ... 3

1.2.1Objetivo Geral ... 3

1.2.2Objetivos Específicos ... 3

2. Materiais e métodos ...5

2.1. Tipo de estudo e critérios de inclusão e exclusão ... 5

2.2. Método de recolha de dados ... 5

2.3. Cálculo amostral ... 6

2.4. Local do estudo e autorizações ... 6

2.5. Apresentação do estudo e consentimento informado ... 6

2.6. Análise estatística ... 7 3.Resultados ...9 3.1. Determinantes sociodemográficos ... 9 3.2 Conhecimento da amostra ... 12 3.3 Opinião da amostra ... 17 3.3 Estatística Inferencial ... 20 4.Discussão ... 25 4.1 Limitações do estudo ... 26 5.Conclusão ... 27 Anexo 1 - Questionário ... 31

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Lista de Gráficos

Gráfico 1 - "Qual a função que desempenha na Universidade da Beira Interior?" ... 10 Gráfico 2 – “Se estudante, qual é o curso que frequenta?” ... 11 Gráfico 3 - " Tem formação universitária/trabalha na área da saúde?" ... 11 Gráfico 4- "Já alguma vez frequentou um curso de suporte básico de vida?" e "Se sim, onde realizou a formação?" ... 12 Gráfico 5 - "Alguma vez teve de aplicar manobras de SBV numa situação real?" e "Se sim, há quanto tempo ocorreu o episódio?", ... 13 Gráfico 6 - "Acha o conhecimento sobre suporte básico de vida uma mais-valia para toda a população? " ... 17 Gráfico 7 - "Na sua opinião, SBV deveria ser lecionado no 3º ciclo/ensino secundário?" ... 18 Gráfico 8 – “Concorda com a disponibilização de DAE's em locais públicos?”... 18 Gráfico 9 - "Caso não tenha/tivesse formação em SBV e lhe fosse oferecida essa oportunidade aceitaria?" ... 19 Gráfico 10 - "Para si, qual o maior obstáculo na realização de formação em SBV?" ... 19

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Características sociodemográficas da amostra ... 9 Tabela 2 - "Há quanto tempo teve, pela última vez, formação em SBV?" ... 12 Tabela 3 - Questões e respetivas opções de resposta ... 14 Tabela 4 - Valores estatísticos das variáveis em função da formação em SBV ... 20 Tabela 5 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "Se a vítima não responder à estimulação, qual a atitude correcta?" ... 21 Tabela 6 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "Descobriu que tem ao seu dispor um DAE. Como inicia a sua utilização?" ... 21 Tabela 7 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "Perante um adulto engasgado o que deve fazer?" ... 22 Tabela 8 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "A criança está realmente inconsciente. Já gritou por ajuda, permeabilizou a via aérea e constatou que a criança está em paragem respiratória. O que se segue?" ... 22 Tabela 9 - Número de respostas corretas em função da frequência do Mestrado Integrado em Medicina ... 23

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Lista de Acrónimos

UBI – Universidade da Beira Interior SBV - Suporte Básico de Vida PCR – Paragem cardiorrespiratória DAE – Desfibrilhador Automático Externo

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Capítulo 1

1. Introdução

1.1. Suporte Básico de Vida e o seu impacto na sociedade

Numa sociedade em que o doente é cada vez mais (in)formado sobre questões médicas, num país em que a paragem cardiorrespiratória (PCR) súbita associada a doença cardíaca isquémica é uma das principais causas de morte, e sabendo que 50 a 65 % das PCRs ocorrem no domicílio com a possibilidade de serem familiares sem formação na área da saúde a intervirem primariamente, torna-se importante perceber a realidade da população portuguesa no que diz respeito ao seu conhecimento sobre Suporte Básico de Vida e à sua opinião quanto à importância do mesmo. (1)

Acredita-se que a paragem cardiorrespiratória súbita em contexto extra-hospitalar é responsável por milhões de mortes no mundo. Destas, 50 000 seriam evitadas se fossem iniciadas manobras de suporte básico de vida (SBV). Só na Europa estima-se que haja 350 000 mortes devido a paragens cardiorrespiratórias fora do ambiente hospitalar. (2)

Em Portugal, e tendo por base o Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória Pré-hospitalar, no ano de 2016 foram confirmadas 15 555 paragens cardiorrespiratórias em ambiente extra-hospitalar. Em apenas 20% das ocorrências foram iniciadas manobras de Suporte Básico de Vida antes da chegada de equipas de emergência.(3)

O SBV inclui um conjunto de procedimentos definidos e metodologias padronizadas que tem como objetivos: reconhecer as situações em que há risco de vida iminente; saber quando e como pedir ajuda; saber iniciar, de imediato e sem recurso a qualquer equipamento, manobras que contribuam para preservar a oxigenação e circulação até à chegada das equipas diferenciadas e, eventualmente, o restabelecimento do funcionamento cardíaco e respiratório normal. (4) Como referido num estudo realizado em Israel, a resposta inicial perante uma paragem cardiorrespiratória pode condicionar o seu desfecho. (6) Sabe-se que a iniciação atempada de manobras de SBV e aplicação correta do Desfibrilhador Automático Externo (DAE) são capazes de diminuir a morbimortalidade da população (5) e de duplicar a taxa de sobrevivência de uma vítima de PCR. (1)(6)

Uma breve revisão a estudos realizados na Escócia, Espanha e Portugal, permite perceber que existe uma enorme discrepância no que diz respeito à percentagem de indivíduos da população geral que receberam treino em SBV: 52% dos indivíduos inquiridos no estudo escocês tinham formação em SBV, ao passo que no estudo espanhol a percentagem se ficou pelos 37% e o estudo português revelou um valor de apenas 17,8%. Por outro lado, apenas 27% dos participantes da investigação escocesa se consideraram capazes de pôr em

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prática os seus conhecimentos sobre SBV, sendo que apenas 20,2% dos participantes do estudo espanhol revelaram essa capacidade, mostrando assim que o facto de ter formação em SBV não implica necessariamente a capacidade de iniciar manobras de ressuscitação corretamente. É referido também no estudo espanhol que apenas 8,3% assumiram saber utilizar um Desfibrilhador Automático Externo. Quanto à pesquisa portuguesa, foi realizada uma avaliação objetiva dos conhecimentos dos participantes sobre SBV e, em média, estes apenas acertaram 25,9 ± 11,5 respostas das 64 questões colocadas.(1)(6)(7)

O estudo escocês concluiu que a idade, o estatuto social e a situação profissional tinham implicação na probabilidade de o indivíduo ter recebido formação em SBV e na disponibilidade para a receber.(7) Quanto ao estudo espanhol, este demonstrou que os inquiridos consideravam importante a identificação precoce e o tratamento das vítimas em PCR, no entanto revelaram um conhecimento limitado no que diz respeito ao SBV. (6) Por fim, a investigação portuguesa identificou um nível baixo de competência em SBV nos indivíduos que receberam treino, mas uma alta disponibilidade da população em geral para receber formação. (1)

Com este trabalho propõe-se investigar não só a percentagem da população estudantil e não-estudantil da UBI que recebeu formação em SBV, mas também o local onde a obtiveram e as razões que os levaram a realizar esse treino. Pretende-se também estudar se há alguma correlação entre a idade, género, escolaridade, situação profissional ou rendimento dos participantes e o facto de terem recebido formação sobre a aplicação destas manobras. É ainda uma meta deste estudo avaliar objetivamente o conhecimento sobre SBV e a retenção do que foi lecionado nos cursos para esse efeito. Por último interessa também perceber a opinião da população sobre a importância do SBV e avaliar a sua disponibilidade para receber formação na área.

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1.2.1

Objetivo Geral

Compreender se a população estudantil e não-estudantil da Universidade da Beira Interior percebe a importância da aplicação de manobras de Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória e qual o seu conhecimento sobre as mesmas.

1.2.2

Objetivos Específicos

Identificar quais as variáveis que podem influenciar o conhecimento sobre Suporte Básico de Vida, nomeadamente, sexo, idade, habilitações literárias, entre outras.

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Capítulo 2

2. Materiais e métodos

2.1. Tipo de estudo e critérios de inclusão e exclusão

Este estudo teve um carácter observacional, já que não teve qualquer tipo de intervenção na população em estudo, e transversal, pois os dados foram recolhidos naquele momento exato. O tipo de amostragem foi de conveniência, já que se pretendeu uma população o mais aleatorizada possível.

Foram incluídos no estudo todos os maiores de 18 anos que responderam de forma completa ao questionário, sendo estudantes, professores ou funcionários da Universidade da Beira Interior.

Utilizou-se esta amostra populacional devido à sua fácil acessibilidade e heterogeneidade formativa.

Foram excluídos todos os integrantes do estudo que não responderam ao questionário completo e todos os participantes menores de 18 anos.

2.2. Método de recolha de dados

Como forma de recolha de dados foi elaborado um inquérito (Anexo 1) na plataforma Google Forms, dividido em três áreas de interesse para o trabalho: Sociodemografia, Conhecimento e Opinião. No que concerne à área “Sociodemografia” foi inquirida a idade, sexo, habilitações literárias, constituição e rendimentos do agregado familiar, qual a função desempenhada na UBI e se tem formação ou trabalha na área da saúde. Relativamente à temática “Conhecimento” foi perguntado se já teve formação em SBV e, em caso de resposta afirmativa, foi encaminhado para responder há quanto tempo teve, pela última vez, e onde decorreu. Além disso, inquiriu-se se alguma vez teve de iniciar manobras de SBV e quanto tempo levou a iniciá-las. Por fim, pretendeu-se estudar objetivamente qual o conhecimento da referida população através de 15 perguntas que simulavam situações reais. Na última área, “Opinião”, quis-se perceber se a população considerava o conhecimento sobre SBV e a disponibilização de DAE’s em locais públicos uma mais-valia e qual a sua disponibilidade e entraves que encontraram no acesso à formação.

Numa fase inicial, aplicou-se o referido questionário a 10 indivíduos. Não foram feitas alterações pelo que se seguiu a sua distribuição à população em estudo.

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2.3. Cálculo amostral

Com uma margem de erro de 10% e um intervalo de confiança de 99%, sabendo que existem 7110 estudantes, 693 professores e 276 funcionários não-docentes na Universidade da Beira Interior (segundo dados de 2011), determinou-se pela fórmula abaixo indicada que a amostra deveria incluir pelo menos 163 inquiridos.(8)

Onde:

n - amostra calculada N – população

Z - variável normal padronizada associada ao nível de confiança p - verdadeira probabilidade do evento

e - erro amostral

2.4. Local do estudo e autorizações

Antes do início do estudo, foi obtido um parecer da comissão de ética da Universidade da Beira Interior com o código nº CE-UBI-Pj-2017-034 (Anexo 2). Após análise, não foi identificada qualquer matéria que ofendesse os princípios éticos e morais pelo que foi dada aprovação no dia 22 de novembro de 2017.

O referido inquérito foi enviado via e-mail para todos os estudantes, professores e demais funcionários da Universidade da Beira Interior no dia 28 de novembro de 2017 e esteve disponível para responder até ao dia 11 de dezembro de 2017.

2.5. Apresentação do estudo e consentimento informado

No e-mail distribuído a todos os participantes, a investigadora identificava-se como aluna do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade da Beira Interior, constando ainda o objetivo do estudo assim como as informações necessárias ao consentimento, nomeadamente a voluntariedade da participação, a confidencialidade e anonimato das respostas. Em qualquer momento o participante poderia desistir do preenchimento do inquérito.

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7 Inicialmente foi feita uma análise descritiva da população em estudo de forma a caracterizá-la. Para tal, usou-se o software Microsoft Excel 2013.

Com recurso ao software “SPSS software for Windows – version 23.0”, aplicaram-se testes de estatística inferencial, nomeadamente o teste do qui-quadrado, para verificar a existência de relação entre algumas das variáveis categóricas em estudo. Sempre que os pressupostos para a utilização do teste do qui-quadrado não foram satisfeitos recorreu-se ao teste exato de Fisher.

Calculou-se ainda o coeficiente V de Cramer tendo em vista a quantificação do grau de associação entre as variáveis. O critério de classificação do grau de associação é o seguinte:

• 0 < V < 0.1: associação insignificante; • 0.1 ≤ V < 0.2: associação fraca; • 0.2 ≤ V < 0.4: associação moderada;

• 0.4 ≤ V < 0.6: associação relativamente forte; • 0.6 ≤ V < 0.8: associação forte;

• V ≥ 0.8: associação muito forte. (9)

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Capítulo 3

3. Resultados

3.1. Determinantes sociodemográficos

Na realização deste estudo foram obtidas 244 respostas, das quais foram excluídas 13 por preenchimento incompleto dos inquéritos e 2 devido ao facto de os participantes terem idade inferior a 18 anos.

Relativamente à caracterização demográfica da população, constatou-se que a maioria dos participantes tinha idade compreendida na faixa dos 18 aos 33 anos (83%). Quanto ao sexo, a maior parte era do sexo feminino (71.6%). Como seria de esperar devido à população de estudo escolhida, a maioria tinha frequência académica com grau académico de licenciatura, mestrado ou doutoramento (65.8%). Quanto à constituição do agregado familiar, quase metade da população (42,4%) tinha um agregado familiar composto por 4 pessoas. Relativamente aos rendimentos mensais do agregado familiar, 61.6% referiu auferir menos de 2000€.

Tabela 1 - Características sociodemográficas da amostra

Variável n (%) Sexo Masculino 65 (28.4%) Feminino 164 (71.6%) Idade 18-33 anos 190 (83%) 34-49 anos 28 (12.2%) 50-65 anos 11 (4.8%) >65 anos 0 (0%) Grau de instrução 1º ciclo 1 (0.4%) 2º ciclo 0 (0%) 3º ciclo 0 (0%) Ensino secundário 77 (33.6%) Licenciatura 85 (37.1%) Mestrado 44 (19.2%) Doutoramento 22 (9.6%)

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10 Estado Civil Solteiro (a) 192 (83.8%) Casado (a) 28 (12.2%) Outro 9 (3.9%) Agregado Familiar 1 19 (8.3%) 2 27 (11.8%) 3 64 (27.9%) 4 97 (42.4%) 5 ou mais 22 (9.6%)

Rendimento do agregado familiar

<1000€ 51 (22.3%)

1001-2000€ 90 (39.3%)

2001-3000€ 58 (25.3%)

>3000€ 30 (13.1%)

Quando inquiridos sobre qual a função desempenhada na Universidade da Beira Interior, a maioria dos participantes, 80.3% (n=184) eram estudantes da referida instituição.

80,3% 10,0%

3,5% 2,2% 3,1% 0,9%

Estudante Professor Funcionário Investigador Antigo estudante Outros

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11 (n=107; 58%) era estudante do Mestrado Integrado em Medicina. No entanto, destaca-se o facto de 30,98% (n=57) dos alunos inquiridos frequentarem cursos não ligados diretamente à área da saúde.

43

6 6

4 3 7 3 6 3 5 3 3 3

25

Gráfico 2 – “Se estudante, qual é o curso que frequenta?”

Quando questionados sobre se tinham formação universitária ou trabalhavam na área da saúde, 52% (n=110) dos participantes responderam que não.

119

110 Não

Sim

Gráfico 3 - " Tem formação universitária/trabalha na área da saúde?" 107

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3.2 Conhecimento da amostra

Nesta secção, começou-se por perguntar se o participante já frequentou alguma formação de SBV e, em caso de resposta afirmativa, onde foi ministrada.

Observou-se que 57% dos inquiridos já tinha participado num ou mais cursos de SBV, sendo que a maioria, 100 em 130 participantes, teve essa oportunidade proporcionada pela universidade. 99 100 5 3 3 3 6 2 2 6 130 Universidade Emprego

Escola Secundária INEM

Cruz Vermelha Hospital/CS

Bombeiros Instituto de Socorro a Náufragos

Outro

Sim Não

Não

Gráfico 4- "Já alguma vez frequentou um curso de suporte básico de vida?" e "Se sim, onde realizou a formação?"

Quando inquiridos sobre há quanto tempo tiveram, pela última vez, formação na área de SBV, a maioria, 85.4%, referiu ter sido há menos de 5 anos, inclusive.

Tabela 2 - "Há quanto tempo teve, pela última vez, formação em SBV?" Variável n (%) <1 ano 25 (19.2%) 1-2 anos 27 (20.8%) 3-5 anos 59 (45.4%) 6-10 anos 15 (11.5%) >10 anos 4 (3.1%)

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13 qual a percentagem de participantes que teve de aplicar manobras de SBV numa situação real. Nesta pergunta, apenas 6.9%, ou seja 9 dos 130 inquiridos responderam afirmativamente. A estes 9 participantes foi-lhes questionado há quanto tempo ocorreu o episódio, sendo que a maioria teve que aplicar manobras de SBV há menos de 1 ano.

Ainda no seguimento deste tema, foi questionado àqueles que já tiveram que aplicar manobras numa situação real, quanto tempo demoraram a iniciá-las. Neste parâmetro, 4 dos 9 inquiridos responderam que tinha demorado 1 minuto e os restantes 5 participantes selecionaram a opção “2 – 5 minutos”.

Não 121

4

2 3

Sim 9

< 1 ano 1-2 anos 3-5 anos

Gráfico 5 - "Alguma vez teve de aplicar manobras de SBV numa situação real?" e "Se sim, há quanto tempo ocorreu o episódio?",

Com o intuito de avaliar objetivamente o conhecimento da amostra, relativamente às diversas etapas constantes no algoritmo de SBV, foram elaboradas 15 questões de escolha múltipla.

Observou-se que, na maioria das questões, mais de 80% da amostra respondeu corretamente. Em relação à pergunta “Se a vítima não responder à estimulação, qual a atitude correta?”, 61.5% da população em estudo não indicou a opção correta. Na pergunta “Descobriu que tem ao seu dispor um Desfibrilhador Automático Externo (DAE). Como inicia a sua utilização?” observou-se que apenas 40% sabia iniciar corretamente o uso do referido dispositivo. Relativamente às perguntas “Na execução das compressões torácicas deve:” e “Sobre a aplicação de compressões torácicas:”, mais de metade da população acertou, 66.2% e 58.4%, respetivamente. Também na questão “Perante um adulto engasgado o que deve fazer?” apenas 40% da amostra escolheu a opção correta. Por fim, na pergunta “A criança está realmente inconsciente. Já gritou por ajuda, permeabilizou a via aérea e constatou que a criança está em paragem respiratória. O que se segue?” apenas 12.3% da população selecionou a opção correta.

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Tabela 3 - Questões e respetivas opções de resposta

1. Sobre a "Cadeia de Sobrevivência", em qual dos passos a população geral desempenha um papel preponderante? Comunicar 112 121 (93.1%) Suportar 8 (6.1%) Restabelecer 0 Imobilizar 0 Estabilizar 1 (0.8%)

2. Encontra uma pessoa aparentemente inanimada. O que deve fazer?

Aproximar-se, mesmo que isso implique um risco para si 0 Primeiro deve garantir que as condições de segurança estão reunidas e só depois

aproximar-se da vítima

121 (93.1%)

Estimulá-la, abanando-lhe a cabeça 0 Chamar por ajuda imediatamente 6 (4.6%) Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) 3 (2.3%)

3. Se a vítima não responder à estimulação, qual a atitude correta?

Colocar-lhe algo debaixo da cabeça 1 (0.8%)

Dar-lhe água com açúcar 0

Gritar por ajuda 50 (38.5%)

Ligar para o 112 77 (59.2%)

Iniciar ventilações 2 (1.5%)

4. Para continuar uma actuação correcta, deve:

Procurar ver, ouvir e sentir se a vítima respira durante 10 segundos 124 (95.4%) Colocar um objecto na boca para que não morda a língua 0 Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) 1 (0.8%) Tentar permeabilizar a via aérea 4 (3.0%) Iniciar, de imediato, compressões torácicas 1 (0.8%)

5. Verificou que a vítima não respira. Já pediu ajuda. O que deve fazer agora?

Esperar pela chegada de ajuda especializada 1 (0.8%) Tapar o nariz com indicador e polegar e soprar para a boca da vítima 17 (13.1%) Iniciar compressões torácicas 110 (84.6%) Colocar em posição lateral de segurança (PLS) 2 (1.5%) Cobrir a vítima para que não sofra de hipotermia 0

(41)

15 6. Descobriu que tem ao seu dispor um Desfibrilhador Automático Externo (DAE). Como inicia a sua

utilização?

Aplicar de imediato as placas auto-adesivas e depois ligar o DAE 47 (36.2%) Ligar o DAE e, de seguida, colocar as placas auto-adesivas 52 (40%) Independentemente da vítima, colocar sempre as placas auto-adesivas abaixo da axila

esquerda e da clavícula direita

1 (0.8%)

Perante um tórax húmido aplicar as placas auto-adesivas noutra região (por exemplo,costas)

6 (4.6%)

"Pacemakers" e cardiodesfibrilhadores implantados (CDI) são contra-indicações à utilização de DAE

24 (18.4%)

7. O DAE recomenda não administrar choque. O que fazer de seguida?

Substituir o DAE pois todas as vítimas em paragem cardiorrespiratória são desfibrilháveis

0

Continuar a realizar Suporte Básico de Vida 124 (95.4%) Colocar as placas auto-adesivas mais perto do coração para que o DAE interprete

melhor o ritmo cardíaco

2 (1.5%)

Colocar a vítima em PLS e esperar pela ajuda diferenciada 4 (3.1%) Tentar administrar choque independentemente das indicações do DAE 0

8. Noutra situação, o DAE aconselha administar choque. Como se procede?

Administrar o mais rápido possível o choque pois o tempo é crucial 3 (2.3%) Esperar que a ajuda diferenciada chegue para aplicar choque pois só eles é que o

podem fazer

11 (8.4%)

Esperar pela segunda análise do DAE pois pode estar errado da primeira vez 1 (0.8%) Se for uma criança nunca se deve aplicar choque 0 Assegurar que todos estão afastados da vítima e administrar choque 115 (88.5%)

9. Na execução das compressões torácicas deve:

Remover/afastar as roupas que cobrem o tórax da vítima 86 (66.2%) Comprimir o tórax o maior número de vezes durante 30 segundos 0 Iniciar compressões torácicas ao ritmo de 50 por minuto 25 (19.2%) Fazê-lo apenas com uma mão no centro do tórax para não magoar a vítima 2 (1.5%) Manter os braços e cotovelos fletidos para que as compressões sejam mais eficazes 17 (13.1%)

(42)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

16

10. Sobre a aplicação de compressões torácicas:

Não devem ser aplicadas a pessoas com "pacemakers" ou cardiodesfibrilhadores implantados (CDI)

3 (2.3%)

Devem ser feitas em todas as vítimas independentemente do seu estado de consciência 1 (0.8%) Não devem ser aplicadas a vítimas de trauma torácico 49 (37.7%) Devem ser realizadas a todas as vítimas em paragem cardiorrespiratória 76 (58.4%) Não devem ser aplicadas em lactentes 1 (0.8%)

11. Sobre a aplicação de insuflações:

Caso não sejam eficazes, devem ser repetidas 8 (6.1%) Não se devem fazer em pessoas asmáticas ou com doença pulmonar obstrutiva crónica

(DPOC)

1 (0.8%)

Deve garantir-se uma boa permeabilidade da via aérea antes da execução das mesmas 117 (90%) Não devem ser feitas a lactentes 0 Não devem ser aplicadas a vítimas de trauma torácico 4 (3.1%)

12. Quando efetua reanimação cardiorrespiratória num adulto deve:

Alternar 15 compressões torácicas com 2 ventilações 16 (12.3%) Manter-se em silêncio para não se distrair ao contar as compressões torácicas 0 Alternar 30 compressões torácicas com 2 ventilações 113 (86.9%) Manter as manobras mesmo que a vítima recupere 0 Fazer manobras durante 30 minutos podendo suspendê-las ao fim deste tempo 1 (0.8%)

13. Perante um adulto engasgado o que deve fazer?

Aplicar palmadas nas costas 6 (4.6%) Estimular a vítima a tossir, caso esta esteja consciente 52 (40%) Aplicar a manobra de Heimlich de imediato 70 (53.9%) Ligar imediatamente para o 112 2 (1.5%)

Dar um copo de água 0

14. Encontra uma criança aparentemente inanimada. O que faz?

Inicio rapidamente insuflações 0 Verifico o estado de consciência abanando-lhe a cabeça 0 Ligo imediatamente para o 112 13 (10%) Verifico se todas as condições de segurança estão reunidas, aproximo-me da vítima

colocando-me ao nível dela e chamo por ela enquanto a estímulo

115 (88.5%)

(43)

17 15. A criança está realmente inconsciente. Já gritou por ajuda, permeabilizou a via aérea e constatou que a

criança está em paragem respiratória. O que se segue?

Transporto imediatamente para o hospital porque as manobras de suporte básico de vida não são eficazes em crianças

0

Inicio ciclos de compressões e insuflações ao ritmo de 30:2 23 (17.7%)

Ligo 112 31 (23.8%)

Inicio ciclos de compressões e insuflações ao ritmo de 15:2 60 (46.2%) Aplico 5 insuflações e verifico se a criança tem pulso, se move ou tosse 16 (12.3%)

3.3 Opinião da amostra

Nesta secção, pretendeu-se investigar a opinião dos participantes sobre alguns aspetos relativos ao SBV.

A primeira questão pedia aos participantes que opinassem sobre a importância de a população geral ter o conhecimento e a capacidade de aplicar manobras de SBV. Nesta pergunta, 98,7% dos inquiridos referiu que efetivamente é uma mais-valia para a população geral possuir estas competências.

98,7%

1,3%

sim não

(44)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

18

No seguimento deste assunto, foi questionado à população em estudo se pensavam que o SBV deveria ser lecionado no 3º ciclo ou no ensino secundário. Esta pergunta obteve 95,2% de respostas afirmativas.

Gráfico 7 - "Na sua opinião, SBV deveria ser lecionado no 3º ciclo/ensino secundário?"

Seguiu-se uma questão em que foi pedida a opinião dos participantes sobre a possibilidade de DAE’s serem disponibilizados em locais públicos. Sobre este assunto, 95,6% das opiniões foram favoráveis.

95,6% 4,4%

sim não

(45)

19 e pretendeu perceber se haveria vontade por parte da população em aprender estas competências. Nesta questão foi possível averiguar que 226 dos 229 participantes demonstravam essa disponibilidade, sendo que 82 ressalvaram que apenas integrariam essa formação caso fosse gratuita.

144 82 3 0 20 40 60 80 100 120 140 160

Sim, sem hesitar Sim, desde que gratuito Não, apenas os profissionais de saúde o devem aplicar

Gráfico 9 - "Caso não tenha/tivesse formação em SBV e lhe fosse oferecida essa oportunidade aceitaria?"

Por último, tentou-se estabelecer qual o principal obstáculo que, na opinião da amostra, impedia a realização de formação em SBV. A maioria dos inquiridos (51,1%) referiu que a falta de informação era o maior entrave. Uma percentagem considerável de respostas (28,4%) inclinou-se para a falta de tempo como a maior barreira.

(46)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

20

3.3 Estatística Inferencial

Analisando os dados apresentados na tabela abaixo, podemos concluir que o facto de um indivíduo ter formação em SBV dependia do seu sexo (p-value = 0,003), sendo o grau de associação fraco (V de Cramer = 0,194). Dependia ainda da função desempenhada na UBI (p-value = 0,028), com grau de associação moderado (V de Cramer = 0,244) e da sua ligação à área da saúde (p-value <0,001), sendo esta associação de grau relativamente forte (V de Cramer = 0,451).(9)

Tabela 4 - Valores estatísticos das variáveis em função da formação em SBV

Variáveis Total na amostra Formação em SBV (n(%)) p-value V de Cramer Não Sim Idade 18 – 33 anos 190 79 (34.5%) 111 (48.5%) 0,52#1 0,076 34 – 49 anos 28 14 (6.1%) 14 (6.1%) 50 – 65 anos 11 6 (2.6%) 5 (2.2%) Sexo Feminino 164 61 (26.6%) 103 (45%) 0,003#1 0,194 Masculino 65 38 (16.6%) 27 (11.8%) Função desempenhada na UBI Antigo estudante 7 1 (0.4%) 6 (2.6%) 0,028#2 0,244 Bolseiro de investigação 2 1 (0.4%) 1 (0.4%) Conselheiro de estatística 1 0 (0%) 1 (0.4%) Estudante 184 77 (33.6%) 107 (46.7%) Funcionário 8 2 (0.9%) 6 (2.6%) Gestora 1 0 (0%) 1 (0.4%) Investigador 3 3 (1.3%) 0 (0%) Professor 23 15 (6.6%) 8 (3.5%)

Área da saúde? Não 119 77 (33.6%) 42 (18.3%) 0,000

#1

(<0,001) 0,451 Sim 110 22 (9.6%) 88 (38.4%)

(47)

21 que não houve qualquer relação estatisticamente significativa entre o grau de conhecimento e a data da última formação em SBV ou o facto de já ter aplicado ou não manobras de SBV numa situação real.

Tabela 5 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "Se a vítima não responder à estimulação, qual a atitude correcta?"

Variáveis Total na

amostra

Se a vítima não responder à estimulação, qual a

atitude correta? (n(%)) p-value V de Cramer

Resposta certa Resposta errada Última formação em SBV < 1 ano 25 10 (7.7%) 15 (11.5%) 0,542#1 0,154 1 – 2 anos 27 10 (7.7%) 17 (13.1%) 3 – 5 anos 59 25 (19.2%) 34 (26.2%) 6 – 10 anos 15 5 (3.8%) 10 (7.7%) > 10 anos 4 0 (0%) 4 (3.1%) Aplicação de manobras de SBV numa situação real Não 121 47 (36.2%) 74 (56.9%) 1,000#2 0,029 Sim 9 3 (2.3%) 6 (4.6%) #1 – Teste do qui-quadrado; #2 – Teste exato de Fisher.

Tabela 6 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "Descobriu que tem ao seu dispor um DAE. Como inicia a sua utilização?"

Variáveis Total na

amostra

Descobriu que tem ao seu dispor um Desfibrilhador Automático Externo (DAE).

Como inicia a sua utilização? (n(%)) p-value V de Cramer Resposta certa Resposta errada Última formação em SBV < 1 ano 25 13 (10%) 12 (9.2%) 0,511#1 0,159 1 – 2 anos 27 9 (6.9%) 18 (13.8%) 3 – 5 anos 59 24 (18.5%) 35 (26.9%) 6 – 10 anos 15 4 (3.1%) 11 (8.5%) > 10 anos 4 2 (1.5%) 2 (1.5%) Aplicação de manobras de SBV numa situação real Não 121 48 (36.9%) 73 (56.2%) 1,000#2 0,025 Sim 9 4 (3.1%) 5 (3.8%) #1 – Teste do qui-quadrado; #2 – Teste exato de Fisher.

(48)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

22

Tabela 7 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "Perante um adulto engasgado o que deve fazer?"

Variáveis Total na

amostra

Perante um adulto engasgado o que deve

fazer? (n(%)) p-value V de Cramer

Resposta certa Resposta errada Última formação em SBV < 1 ano 25 10 (7.7%) 15 (11.5%) 0,211#1 0,212 1 – 2 anos 27 15 (11.5%) 12 (9.2%) 3 – 5 anos 59 22 (16.9%) 37 (28.5%) 6 – 10 anos 15 5 (3.8%) 10 (7.7%) > 10 anos 4 0 (0%) 4 (3.1%) Aplicação de manobras de SBV numa situação real Não 121 49 (37.7%) 72 (55.4%) 0,740#2 0,037 Sim 9 3 (2.3%) 6 (4.6%)

#1 – Teste do qui-quadrado; #2 – Teste exato de Fisher.

Tabela 8 - Associação entre a última vez que teve formação em SBV e a aplicação de manobras numa situação real e a pergunta "A criança está realmente inconsciente. Já gritou por ajuda, permeabilizou a via aérea e constatou que a criança está em paragem respiratória. O que se segue?"

Variáveis Total na

amostra

A criança está realmente inconsciente. Já gritou por ajuda, permeabilizou a via aérea e constatou que a criança está em paragem

respiratória. O que se segue? (n(%)) p-value V de Cramer Resposta certa Resposta errada Última formação em SBV < 1 ano 25 5 (3.8%) 20 (15.4%) 0,056#2 0,244 1 – 2 anos 27 6 (4.6%) 21 (16.2%) 3 – 5 anos 59 3 (2.3%) 56 (43%) 6 – 10 anos 15 1 (0.8%) 14 (10.8%) > 10 anos 4 1 (0.8%) 3 (2.3%) Aplicação de manobras de SBV numa situação real Não 121 13 (10%) 108 (83.1%) 0,081#2 0,175 Sim 9 3 (2.3%) 6 (4.6%)

(49)

23 respostas corretas selecionadas dependia da frequência do Mestrado Integrado em Medicina (p-value <0,001), sendo o grau de associação relativamente forte (V de Cramer = 0,531).(9)

Tabela 9 - Número de respostas corretas em função da frequência do Mestrado Integrado em Medicina

Variáveis Total na amostra Curso (n(%)) p-value V de Cramer Medicina Outros Respostas certas 0 – 3 1 0 (0%) 1 (0.8%) <0,001#2 0,531 4 – 7 11 0 (0%) 11 (8.5%) 8 - 11 67 47 (36.2%) 20 (15.4%) 12 - 15 51 45 (34.6%) 6 (4.6%) #1 – Teste do qui-quadrado; #2 – Teste exato de Fisher.

(50)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

(51)

25

Capítulo 4

4. Discussão

Mais de metade da amostra deste estudo era do sexo feminino, à semelhança do que se passa na população portuguesa. (10) A maior parte da amostra era solteira (83.8%) e tinha formação universitária (65.8%), algo que se ajusta à realidade da população selecionada. (8)

É de salientar a elevada percentagem de participantes com formação em SBV (56%), ressalvando que 52% não tinham formação nem trabalhavam na área da saúde. Comparando com outros estudos realizados na Escócia, Espanha e Portugal observamos que os dados obtidos estão próximos da realidade escocesa, em que 52% dos indivíduos inquiridos no estudo tinham formação em SBV. (7) Já o estudo espanhol ficou-se pelos 37% e o estudo português revelou um valor de apenas 17,8%. (6) (1) É de ressalvar que estes trabalhos de investigação estudaram a população geral.

Analisando a área de “conhecimento”, observa-se uma ampla variabilidade de respostas. Se por um lado temos níveis de conhecimento satisfatórios nas perguntas que abordam conhecimentos gerais sobre o algoritmo de SBV do adulto, em que mais de 80% da amostra respondeu corretamente, o mesmo não se verifica em relação às perguntas que se focam no conhecimento e utilização do DAE, no algoritmo de desobstrução da via aérea e no SBV pediátrico em que 61.5%, 60% e 87.7% da amostra não selecionou a opção correta. Estes resultados podem ser justificados pelo facto de algumas das formações em SBV não incluírem a aprendizagem da utilização do DAE. Além disso, o tempo despendido com o ensino de SBV da criança e algoritmo de desobstrução da via área é, em geral, menor, podendo justificar as lacunas de formação nestas áreas. Confrontando estes resultados com outro estudo realizado em Portugal, constatamos que também neste se verifica um défice na formação de SBV pediátrico com uma taxa percentual de acertos de apenas 22.5%. (1)

Já na área de “opinião” verificamos que a maioria dos inquiridos, 98.7% considerava importante ter formação em SBV e estava disposta a frequentar o curso, à semelhança dos resultados obtidos no estudo português (95.6%), no estudo realizado no Brasil e no estudo realizado na Arábia Saudita (77%). (1)(11)(12) Importa ainda comparar com o estudo realizado na Índia, em que 81,42% da população considerou que o SBV deveria ser confinado ao ambiente hospitalar. (13)

Quando inquiridos sobre quais os obstáculos que encontram aquando da procura por formação, a maioria refere a falta de informação e a falta de tempo como principais barreiras, com percentagens de 51.1% e 28.4%, respetivamente. O mesmo é mostrado num estudo desenvolvido na China. (14) Já no estudo Indiano, concluiu-se que a obtenção de competências em SBV é dificultada pela falta de formadores. (15)

(52)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

26

Um artigo norueguês revela que o SBV é uma competência que faz parte do currículo escolar nacional e que desde 2003 é obrigatória para a obtenção de carta de condução. Além disso, funcionários escolares e pré-escolares e pescadores são obrigados por lei a terem formação em SBV. (16) Adaptar algumas destas medidas à realidade portuguesa seria uma maneira de contornar alguns dos obstáculos referidos pelos inquiridos.

Em relação à análise estatística inferencial, foi encontrada uma dependência entre o facto de um indivíduo ter formação em SBV e as variáveis sexo, função desempenhada na UBI e a ligação à área da saúde. Mais concretamente, concluiu-se que ser do sexo feminino, estudante e estar ligado à área da saúde eram fatores a favor dos indivíduos terem formação em SBV. Por fim, verificou-se também uma dependência entre a frequência do Mestrado Integrado em Medicina e o número de respostas corretas assinaladas na secção de conhecimento do questionário, estabelecendo-se que a frequência do Mestrado Integrado em Medicina era um fator a favor de um número mais elevado de respostas corretas no inquérito.

4.1 Limitações do estudo

Neste trabalho verificaram-se algumas dificuldades e limitações.

Acredita-se que se deveria procurar uma amostra mais heterogénea sociodemograficamente e, com o objetivo de obter resultados estatisticamente mais significativos, aumentar o número de participantes.

Por último, devido à amostra selecionada, os resultados encontrados deverão ser extrapolados à realidade com cautela, devido às disparidades sociodemográficas com o panorama geral nacional, nomeadamente ao nível de formação académica da mesma.

(53)

27

Capítulo 5

5. Conclusão

Findo o estudo, é possível concluir que os objetivos propostos inicialmente foram cumpridos, possibilitando ainda a retirada de ilações bastante elucidativas e informativas.

A paragem cardiorrespiratória súbita em ambiente extra-hospitalar é uma das principais causas de morte nos países industrializados. Assim sendo, a formação em SBV adota um papel crucial na reversão desta realidade. Além disso, e sendo a fibrilhação ventricular uma causa frequente de PCR e reversível pela desfibrilhação, torna-se imperativo formar a população quanto ao uso de DAE e a sua disponibilização em sítios públicos estratégicos, de fácil acesso e bem sinalizados.

Os resultados deste estudo reforçam a necessidade de proporcionar à população geral formação em SBV, tendo em vista a diminuição das taxas de mortalidade e morbilidade.

Acredita-se que um dos passos fulcrais será o ensino teórico e prático desta competência durante o 3º ciclo ou ensino secundário. Ao par do que já tem sido feito, esta formação poderia ser dada por bombeiros e técnicos de emergência pré-hospitalar disponíveis para tal. Num segundo passo, também seria importante fazer uma recertificação das pessoas já com formação em SBV, focada, sobretudo, na componente prática.

Por outro lado, tendo em conta os dados obtidos na análise estatística inferencial, é importante que se realizem campanhas de sensibilização dirigidas aos grupos menos propensos a frequentarem formações de SBV, tais como indivíduos do sexo masculino, que já se encontrem no mercado de trabalho e aqueles que não estão ligados à área da saúde.

Em estudos futuros, seria importante aumentar o tamanho da amostra e torná-la mais heterogénea, abrangendo níveis de escolaridade e faixas etárias distintos.

“Salvar uma vida envolve uma sequência de passos.” Formar e ser formado é a melhor maneira de atingir este objetivo.

(54)

Perceções da população da Universidade da Beira Interior sobre a adequação do Suporte Básico de Vida em caso de paragem cardiorrespiratória

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29

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Imagem

Tabela 1 - Características sociodemográficas da amostra
Gráfico 2 – “Se estudante, qual é o curso que frequenta?”
Gráfico 4- &#34;Já alguma vez frequentou um curso de suporte básico de vida?&#34; e &#34;Se sim, onde realizou a  formação?&#34;
Gráfico  5  -  &#34;Alguma  vez  teve  de  aplicar  manobras  de  SBV  numa  situação  real?&#34;  e  &#34;Se  sim,  há  quanto  tempo ocorreu o episódio?&#34;,
+7

Referências

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Acrescenta que “a ‘fonte do direito’ é o próprio direito em sua passagem de um estado de fluidez e invisibilidade subterrânea ao estado de segurança e clareza” (Montoro, 2016,