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O DOGMA E SUA COLABORAÇÃO DENTRO DE UMA PERSPECTIVA PARA VIDA ECLESIAL

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O DOGMA E SUA COLABORAÇÃO

DENTRO DE UMA PERSPECTIVA

PARA A VIDA ECLESIAL*

ALEXANDRE AUGUSTO SILES **, PEDRO K. IWASHITA***

O

objeto central desta pesquisa é trazer como proposta um caminho alternativo para o bom uso da dogmática cristã. O artigo sintetiza e reflete sobre alguns resultados que foram adquiridos ao longo dos tempos do cristianismo. Traz consigo certa dose de hermenêutica doutrinal (EICHER, 1993, p. 333). Isto para melhor compreensão e entendimento da formação do dogma em sua história, pois sabendo que o assunto em des-taque é um tanto quanto vasto e denso, a proposta é que sejam efetuadas algumas escolhas que mais favoreceram a pesquisa e as informações contidas.

Contudo, já sendo direto ao tema proposto: o que é um dogma? Qual o significado de um dogma? O que é ser uma pessoa dogmática? De onde surgiu o termo dogmatismo? Será que existem critérios para seguir ou ser uma pessoa dogmática ou basta adotar

pensa-Resumo: o objetivo deste artigo é conhecer a gênese da história do dogma e o seu

desenvolvi-mento na história cristã, acentuando o seu auxílio histórico e atual, na tentativa de evitar extremismos, para o crescimento do cristianismo. Pois, é partir do próprio Jesus de Nazaré, que vemos nascer uma regra de vida para o discipulado e amadurecimento na fé cristã. B. Sesboüé oferece informações relevantes sobre a dogmática cristã e suas vertentes, onde sua raiz inicial leva-nos até o próprio Jesus e seus discípulos. Neste sentido, é a partir do cristianismo nascente que se desenvolve com maior precisão o termo e o uso da palavra dogma, porém sem tê-la como definida, mas, apenas como expressão de um seguimento radical no discipulado de Jesus Cristo.

Palavras-chave: Jesus. Discípulo. Igreja. Dogma.

* Recebido em: 11.10.2016. Aprovado em: 24.11.2016.

** Mestrando em Teologia Sistemática na PUC-SP. Bacharel em Teologia pela PUC-SP. Graduado em Filosofia licenciatura plena pela Unifai. Padre na Diocese de Osasco/SP. E-mail: pe.aasiles@gmail.com

** Doutor em Teologia pela Universidade de Friburgo, Suiça; professor no Programa de Estudos Pós Graduados em Teologia da PUC-SP. E-mail: iwashita@uninet.com.br

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mentos sistemáticos? Para algumas correntes teológicas, dá-se a impressão de que uma pessoa dogmática seja extremamente irredutível. Será que é isso mesmo? Será que não há interpreta-ções ou leituras que ainda não foram bem compreendidas?

Assim, este pequeno prelúdio, busca aguçar a curiosidade intelectual e dar maior sabor ao texto. Efetivamente, o termo dogma ganhou sua substancialidade com as afirmações da fé propostas por Jesus aos discípulos, no anúncio da Boa Nova. Desta forma, o apoio primário nesta temática encontrar-se-á principalmente na esfera religiosa nos ensinamentos deixados por Jesus, nos Evangelhos, seja nos sinóticos ou mesmo no contexto joanino.

No entanto, conforme B. Sesboüé (2005), o critério original para um dogma será ob-servado no seu surgimento de forma mais clara, nos Símbolos da fé e nos artigos que os compõe. Como por exemplo: A profissão de fé; A Revelação de Deus; A Sagrada Escritura, entre outros. ADVENTO E FORMULAÇÃO DO DOGMA E O SEU USO

Sabemos que as declarações dogmáticas começaram a ser encontradas, com maior facilidade, a partir de definições conciliares dos primeiros séculos (LACOSTE, 2004, p. 409). No entanto, as formulações com endossos mais sistemáticos já eram transmitidas desde o tempo dos apóstolos, pois segundo Bernard Sesboüé (2005, p. 53) era evidente a transmissão do Evangelho, tanto em um estilo redacional como oracional, já no tempo pós-Pascal (At 2,14-36; 15,22-35). Desta forma, era preciso manter o mesmo conteúdo da Boa Nova trans-mitida por Jesus às demais gerações, sem permitir grandes alterações; logo, era inaceitável permitir mudanças factuais na fórmula cristocêntrica sobre o anúncio da Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição.

Assim, no período pós-Pascal, alguns temas emblemáticos do cristianismo, como o messianismo de Jesus, ganharam espaço e força em inúmeras ágoras e areópagos, tanto na região da Grécia Antiga (At 17,22-34) ou mesmo na região da Palestina (MATEOS; CA-MACHO, 1992). Neste sentido, a Tradição Apostólica começou a ganhar sua consistência a partir do anúncio kerigmático sobre Jesus de Nazaré, sobretudo nas cartas pastorais dirigidas às comunidades cristãs, que estavam em constante crescimento. Dentro desta perspectiva, B. Sesboüé assinala que, no início da evangelização cristã, a fidelidade dos apóstolos marcou significativamente o início da Tradição Apostólica, dando origem de forma mais concisa e sistemática a uma identidade cristã, que temos hoje.

Com efeito, a missão dos Apóstolos também era guardar o depósito da fé, recebido por Jesus Cristo (Mt 16,18s). Assim, a ação litúrgica prefigurada na última ceia ao lado do Senhor (Mt 26,17-29; Mc 14,12-25; Lc 22,7-23), é preservada na gestualidade simbólica do louvor e ação de graças na transmissão apostólica. Pois, na visão de Sesboüé (2005, p. 54-55), a imposição das mãos como gestualidade e o vocabulário da sucessão apostólica ganhou fortes ecos em alguns discursos dos padres apostólicos da Igreja primitiva nos primeiros séculos, como por exemplo, Clemente de Roma:

O Cristo vem, pois, de Deus, os apóstolos de Cristo. Estas duas missões procedem orde-nadamente da vontade de Deus. Providos de instruções, cheios de segurança pela ressur-reição de nosso Senhor Jesus Cristo, reforçados pela palavra de Deus, eles partiram, com a garantia do Espírito Santo, a anunciar que o Reino de Deus estava próximo. Pregavam nos campos e nas cidades, onde estabeleceram as suas primícias, a quem nomearam, com

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a ajuda do Espírito Santo, bispos e diáconos dos futuros fiéis. É de admirar que os ho-mens que Deus investiu de uma tal missão em Cristo tenham, por sua vez, estabelecido os ministros que acabo de invocar. Os nossos apóstolos também souberam por nosso Senhor Jesus Cristo que haveria litígios quanto às funções do bispo. Foi essa a razão pela qual, na sua correta previsão, estabeleceram os ministros acima citados e instituíram que, após a sua morte, outros homens, devidamente provados, lhes sucedessem (PADRES APOSTÓLICOS, 1995, p. 53).

Nesta mesma ótica concêntrica, também se vê em Inácio de Antioquia uma reco-mendação dentro de um estilo fortemente pastoral, porém, com o sentido profundo de sub-missão aos ensinamentos deixados por Jesus, aos Apóstolos, como se lê a seguir:

Segui todos ao bispo, como Jesus Cristo segue ao Pai, e ao presbitério como aos apóstolos; respeitai os diáconos como à lei de Deus. Sem o bispo, ninguém faça nada do que diz respeito à Igreja. Considerai legítima a eucaristia realizada pelo bispo ou por alguém que foi encarregado por ele. Onde aparece o bispo, aí esteja a multidão, do mesmo modo que onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja católica. Sem o bispo não é permitido batizar, nem realizar o ágape. Tudo o que ele aprova, é também agradável a Deus, para que seja legítimo e válido tudo o que se faz (PADRES APOSTÓLICOS, 1995, p. 118).

Efetivamente, tanto em Clemente como em Inácio, vemos que são textos bastante importantes, pois marcam tanto a sucessão apostólica como o ato pelo qual eram nomeados os novos ministros da Igreja nascente. Assim, a Tradição apostólica emoldurava uma regra cristã a ser seguida, pela qual a consagração presbiteral e a diaconia submetiam-se ao invó-lucro dos Apóstolos. Neste sentido, as normativas eram todas pré-existentes, apenas sendo aprimoradas a cada período histórico do cristianismo.

Desta forma, o advento e a formulação dogmática são quase que natural em torno das temáticas que envolvem o messias, tanto no cerne do anúncio da Boa Nova, trazida por Jesus, como na Tradição oral e redacional transmitida pela apostolicidade indicada por Jesus (Mt 16,18s). Nesta ótica, ser discípulo de Jesus significa segui-Lo, sabendo observar com grande dedicação aos mandamentos com esmerado amor (Jo 15,12), ou seja, o discípulo deve ser repleto da virtude da caridade (ITm 1,5).

DOGMA, DISCIPULADO E A GUARDA DA FÉ Transmissão da Regra de Fé a partir do Evangelho

Vemos que no cerne da sucessão apostólica, a transmissão do Evangelho leva con-sigo uma regra de fé a ser observada, que subliminarmente é acompanhada na formação das verdades de fé. Os Apóstolos como discípulos do Mestre receberam a missão de ensinar tudo o que aprenderam a todas as nações (Mt 28,19). Portanto, na visão de Mateos e Camacho (1992, p. 97-100), Jesus conduz os seus discípulos à práxis cristã que ganha um sentido novo com suas normativas, principalmente com a solidariedade e fraternidade (Lc 10,30-37), pois Jesus é aquele que come com os pecadores e publicanos (Mt 9,9-13), liberta os cativos e faz enxergar os cegos (Lc 4,18s).

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Assim, o verdadeiro discípulo-irmão passa a ser aquele que ouve a voz do mestre, que o segue e pratica os seus mandamentos (Mc 3,35). Com efeito, Jesus oferece um cami-nho de vida novo em abundância (Jo 10,10) e resgata o verdadeiro sentido do discipulado. Seguir Jesus é o que dá sentido à vida. Nesta ótica, as formulações dogmáticas apresentadas como regra de fé pelos apóstolos, já na Igreja nascente (LACOSTE, 2004), não oferecem uma visão unilateral, enquanto uma verdade de fé absoluta, eles podem sempre ganhar novo aperfeiçoamento.

Basta ir às fontes evangélicas e ver, por exemplo, quando Jesus caminhava com os seus discípulos em dia de sábado e colhiam espigas para saciar a fome (Lc 6,1-5). Evidente-mente que, em ocasiões como esta, para catequizar o discípulo, os debates eram inevitáveis, contudo necessários, pois semos mesmos não haveria constante purgação de conceitos reli-giosos que estavam sendo ultrapassados.

Desta mesma forma no contexto litúrgico, as ritualidades e suas normativas pas-sam por um processo de constante purgação e verificação, sejam na esfera eclesiástica mais elevada ou na práxis do senso dos fiéis. Pois as temáticas sobre o Messias que envolvem o Cristo Eucarístico e suas elaborações doutrinais sempre precisam ser devidamente cuidadas e guardadas (CONTRA AS HERESIAS, 1995; DEI VERBUM, 2004) para, logo em seguida, serem apresentadas ao mundo, como luz que ilumina (Mt 5,14-16). Nesta ótica, os primeiros cuidados para o crescimento e amadurecimento da fé fazem parte da missão confiada aos apóstolos (Mt 16,18s).

Assim, guardar e zelar faz parte integrante da essência da missão cristã, efetivamen-te, para retirar as impurezas ou sentidos ambíguos da fé, para logo em seguida poder lançá-la a um mundo novo, como semente a ser plantada para dar muitos frutos (Mt 13,31s). Então, as elaborações dogmáticas e os auspícios da fé cristã tratam de algo extremamente melindro-so, porém necessário para o seu fortalecimento, revitalização e crescimento, principalmente quando falamos de temas normativos e doutrinários.

A TRADIÇÃO E SUA COOPERAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DO DOGMA

A Tradição da Igreja (2 Jo 2; DEI VERBUM, 2004) traz consigo grande im-portância para a história cristã, pois sem ela não haveria possibilidade alguma da evange-lização primordial ser passada adiante. Com efeito, o Evangelho é passado nas gerações iniciais como Tradição viva e parte fundante da fé em Jesus Cristo. E como um caminha ao lado do outro, Evangelho e Tradição, as breves formulações dogmáticas não poderiam ficar ausente.

Conforme o cardeal Ratzinger (2007), ao falar de Tradição, e tendo ao fundo como objeto de reflexão teológica definições dogmáticas, lembrar-se-á que se trata daquela Tradição que traz consigo a essência real e verdadeira do cristianismo e não aquelas que vão surgindo ao longo de uma história paralela e afirmando-se verdadeiros detentores de uma religião criada muitas vezes apenas pela mística. Ou seja, entende-se por Tradição a transmissão viva das afir-mações de fé (CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM; RATZINGER, 2007) na comunidade cristã inicial e não apenas um grande conjunto de teologias ou práticas, que muitas vezes misturam com a verdade de fé, religiosidade e piedade populares.

No entanto, a Tradição deve ser minuciosamente depurada caso a caso (GON-ZÁLEZ, 1990, p. 22) e não simplesmente lançar frases bíblicas ou argumentos teológicos,

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dizendo que é Tradição e por si só basta. É bem verdade e é sugestivo levar em consideração que tudo aquilo que foi deixado por Jesus Cristo a ser ensinado a todas as gerações (Mt 28,16-20) incorre em riscos de influências aos desejos pessoais que muitas vezes podem manchar a verdadeira Tradição apostólica (1 Tim 6,3s).

Por isso, ao mencionar a Tradição (DV, p. 13), lembremos, por exemplo, dos sím-bolos da fé, decisões conciliares, dogmas transmitidos, etc., que foram compilados com o devido cuidado, tendo sempre como guia os ensinamentos deixados pelo Mestre Jesus. Nesta perspectiva, é de suma importância que sua origem seja fidedigna às palavras de Jesus para que a história dos dogmas possa contribuir e jamais se tornar objeto de obstrução ao crescimento do cristianismo.

À vista disso, é fato que se vê comumente definições acerca da fé cristã a partir do Novo Testamento e que o Apóstolo Paulo chama o período histórico no tempo de Jesus de: “a plenitude dos tempos...” (Gl 4,4s). Portanto, é a partir desta plenitude dos tempos, anunciada pelo Apóstolo, que de forma enigmática, Bento XVI (RATZINGER, 2012) diz que nasce o grande evento da Salvação do gênero humano, e por isso podemos obter o perdão de nossos pecados, sobretudo na observância ritual e doutrinal sobre a Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Com efeito, os atos misericordiosos de Jesus refletem na ação litúrgica e ritual da Igreja.

Portanto, as ações litúrgicas ou regras (por assim dizer) não tem a mera pretensão de engessar a dinamicidade do Espírito Santo na evangelização e crescimento da Igreja, aliás nem seria possível, e sim, afastar os falsos mestres (SESBOÜÉ, 2005). Evidentemente que nos primeiros séculos do cristianismo, as fórmulas ou regras a serem seguidas são quase que natural, e de maneira discreta vão contribuindo para que não haja deturpações ou sentidos ambíguos da fé em Jesus Cristo.

De certo que não são poucas as vezes que se tenta misturar elementos advindo do gnosticismo (1 Tim 6,3s; 2Tim 4,1ss) ao que é Tradição viva da fé cristã deixada por Jesus Cristo. Assim, João escreve com maestria à comunidade de Éfeso e alerta sobre as atitudes dos nicolaítas (Ap 2,6), que tentam estabelecer compromissos pagãos, a partir das exigências de Jesus. Ou ainda, quando o próprio Jesus avisa a comunidade dos discípulos e pede o devido cuidado com os falsos profetas (Mt 24,11-28).

Com efeito, é em vista da salvação do gênero humano e dos ensinamentos dei-xados por Jesus que os Apóstolos tinham grande cuidado em estabelecer regras ou normas diante das erupções ritualísticas em torno do culto cristão, como por exemplo o caso citado no primeiro concilio de Jerusalém (At 15,4-34), onde os apóstolos discutem e decretam, em comum acordo, sobre a carne imolada e o sangue sacrificial oferecido aos ídolos.

Contudo, notar-se-á que esta temática não fica presa somente a este oportuno evento de salvação, e sim, motivou inúmeros autores cristãos e não cristãos a escreverem muitas e valiosas obras a este respeito. A título de exemplo, Raymond E. Brown narra com grande exatidão acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição, em um estilo fortemen-te descritivo e ao mesmo fortemen-tempo demonstrando estudos lifortemen-terários dentro de um confortemen-texto histórico, que aproxima ainda mais o leitor no sentido original das tradições religiosas da fé cristã (BROWN, 2011).

Nesta ótica, Jesus já falava sobre uma regra para seus discípulos, e por vezes até com certa radicalidade, quando afirmava: “Se alguém vem a Mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser meu discípulo” (Mt

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14,26). Ou ainda: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer, será condenado” (Mc 16,15). Ou mesmo quando há o prenúncio da Santíssima Trindade (Jo 14,1-31) ou mesmo sobre a Parúsia (Mt 25,31). Desta maneira, parece-nos que cada temática cristã, seja sobre discipulado, ou sobre as verda-des de fé contidas nos símbolos da fé cristã, já havia uma forma metódica para acompanhar e seguir Jesus, logo, uma Tradição a ser seguida.

O RAIAR DA DOGMÁTICA CRISTÃ, SEUS DESAFIOS RELIGIOSOS E DOUTRINÁRIOS

A pequena apresentação até agora sobre formações dogmáticas e alguns conteúdos da fé cristã não tem a pretensão de reinventar novos métodos acerca desta temática, e sim contribuir no mundo da teologia acadêmica. Com efeito, na visão dos padres sinodais sobre a Revelação Divina, a Constituição Dogmática Dei Verbum assinala que a máxima revelação já nos foi comunicada, Jesus Cristo é o Ungido do Pai (DV II e IV). Contudo, trata-se de ressal-tar e propor, como sugestão, a reflexão sobre as regras subliminares acerca da fé cristã já exis-tentes nas narrativas evangélicas, dialéticas e discursos proferidos a partir do tempo de Jesus.

Falando das narrativas evangélicas, recordemos um pequeno instante dos debates que algumas ideologias (MATEOS; CAMACHO, 1992) da época de Jesus propunham como discussões, na vida pública de Jesus. O debate sobre a Ressurreição, por exemplo, narrada pe-los evangelhos sinóticos (Mt 22,23-33; Mc 12,18-27; Lc 20,27-40), evoca um forte estilo de conversas acadêmicas, onde se vê que está em jogo não apenas a posse da fala momentânea, mas nota-se com muita evidencia a apologética cristã defendida pelo próprio Jesus. No caso da interpelação dos saduceus, sobre a ressurreição, Jesus lê as escrituras veterotestamentárias e as interpreta, trazendo à luz uma nova conscientização.

Dentro desta ótica, sabe-se, então, que de certa forma a dogmática cristã nos apre-senta ao menos uma interpretação e uma explicitação de um dado que se refere a fé cristã, que por vezes encontramos nas Sagradas Escrituras. Entretanto, partindo dos testemunhos dos evangelhos e também do riquíssimo apostolado de Paulo ou até mesmo das cartas pas-torais dos demais Apóstolos, percebemos que nos sugerem inúmeras formulações com estilo cheio de orientações e exortações a serem seguidas, como por exemplo em 1Cor 11,2; 2Ts 2,15; 1Cor 11,27). Por certo, os preceitos apostólicos eram ensinamentos fundamentados na doutrina de Jesus.

Outros fundamentos semelhantes, como o do ministério petrino (Mt 14,28;16, 16; Mc 8,29; Lc 5, 1-11) ou os sacramentos (Mc 1,9-13; Mc 16,16; Mt, 28,19; Mt 7,24-28; 19,3-12; Lc 22,7-23) ou a guarda da fé (Jo 21,15-23) sugerem fortemente um prenúncio sobre a formação de normas cristã. Nestes exemplos, encontramos a voz do próprio Jesus, alertando sobre normativas a serem observadas, ou ainda como: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me (Mc 8,34). De fato, é um chamado ao dis-cipulado, mas ao mesmo tempo um imperativo categórico para viver dentro da modalidade de Jesus.

Assim, ser discípulo de Jesus é viver de uma determinada forma, onde no cerne do ensinamento está a pessoa do próprio Jesus. Com efeito, o discípulo não é maior que o mestre (Lc 6,40), logo, deve seguir as orientações deixadas pelo Mestre, e não simplesmente serem vividas ao bel prazer de cada indivíduo. Pois, “aquele que põe a mão no arado e olha para traz

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não é digno de mim” (Lc 9,57-62). Aqui, efetivamente, temos uma ordem a ser ouvida e um culto a ser vivido, e somente após a contemplação do Mistério Eucarístico, poderemos nos expressar também nas ações (CANTALAMESSA, 1993).

Desta forma, trata-se de orientações a serem seguidas, que devam contribuir e com grande diligência serem observadas. Para isso, é levado sempre em consideração a honestidade intelectual de todos os seus autores na história, que interpretaram as orientações normativas de Jesus. Assim, é nesta ótica que os estudos dos grandes concílios também passam a ser de grande relevância para propor uma história coerente nas interpretações e entendimentos dog-máticos, sobretudo no que se refere ao seu conceito.

PEQUENOS APONTAMENTOS SIGNIFICATIVOS NO SURGIMENTO DO DOGMA

Conforme a reflexão anterior, vemos que a esfera dogmática começa a ser formada paulatinamente já nas pregações dos discípulos de Jesus de Nazaré, que proclama com toda a veemência a chegada do Reino de Deus. De certo, nasce no discípulo um desejo interior de viver da maneira a imitar e seguir Jesus, logo, surge uma forma peculiar do discípulo em anunciar o Evangelho, o anúncio é kerigmático, diretamente do ponto central da fé cristã, ou seja, o evento Pascal, de que os discipulos foram testemunhas oculares e tradicionalmente (SESBOÜÉ, 2005).

Neste cenário do kerigma cristão, vejamos o que afirmam os Atos dos Apostolos 2,22-36:

Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus de Nazaré, homem de quem Deus tem dado testemunho diante de vós com milagres, prodígios e sinais que Deus por ele realizou no meio de vós como vós mesmos o sabeis, depois de ter sido entregue, segundo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de ímpios. Mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, porque não era possível que ela o retivesse em seu poder [...]. A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas. Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Pai o Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis [...]. Que toda a casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor e Cristo.

Na visão do Apostolo Paulo, “chegou a plenitude dos tempos” (Gl 4,4), ou con-forme o ponto de vista do cardeal Ratzinger (2007), o evento Jesus de Nazaré cumpre as Escrituras. Assim, o kerigma passa a ser o conteúdo inical e total da fé cristã, e por si só entra para a história cristã como fé-dogma a ser transmitido de geração a geração, em sua totali-dade. Logo, é por sua grandeza e beleza que será objeto de uma tradição-transmissão eclesial constante.

Conforme os primeiros concílios (LACOSTE, 2004) e tantos outros documentos pontificais (PAPA BENTO XVI, SACRAMENTO DA CARIDADE, 2007), o evento sobre Jesus de Nazaré passa a ser a fonte primária da fé cristã. E daí emana toda a beleza de um seguimento por livre arbítrio, ao caminho de Jesus de Nazaré. Assim, o Novo Testamento é marcado principalmente com a fidelidade e o ardor missionário em seguir a Jesus Cristo, como Ele mesmo ensinou.

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O DOGMA COMO DOGMA ANTES DE SUA FORMULAÇÃO DOUTRINÁRIA Segundo Sesboüe (2005), houve inúmeros discursos sobre Jesus de Nazaré no auge do pós-acontecimento pascal, mas alguns deles nos chamam mais a atenção: o judeu-cristia-nismo, o gnosticismo e os Padres apostólicos. Contudo, sabe-se que até remotos tempos, os discursos cristãos eram todos designados a partir dos Padres apostólicos (PADRES APOS-TÓLICOS, 1995, p. 7), isto é, padres que sucederam a primeira geração apostólica no seio da Igreja primordial. Nesta perspectiva, surgiram também novos escritores dentro desta esfera cristã que contribuíram enormemente para maior compreensão da formulação sistemática antes mesmo de suas oficializações religiosas.

Assim, na visão de Sesboüé (2005), ao mencionar Harnack, diz que a história cristã havia nascido do encontro da mensagem evangélica e da filosofia grega. De um lado, a men-sagem evangélica de Jesus, que é o cume da vida e esperança cristã, do outro, a cultura grega, que tinha forte tendência filosófica. Com efeito, Harnack sugeriu algo fortemente significa-tivo que será visto como busca da vivência e prática evangélica no seguimento a Jesus e suas prédicas: o encontrar-se. O encontro é algo sugestivo na visão Harnack e por isso, mais tarde, no desenvolvimento do cristianismo, será visto como ponto crucial no seguimento a Jesus Cristo. Encontrar-se com Jesus torna o discipulado mais autêntico.

Com efeito é o que acontece com Paulo de Tarso (At 22,1-10) ou mais tarde com santo Agostinho (SANTO AGOSTINHO, 1984). Assim, na natureza humana ocorre o en-contro de duas grandes correntes idealizadoras, a Boa Nova, trazida por Jesus de Nazaré (Mc 1,15) e a cultura grega, regada da sabedoria de grandes filósofos (MUNDO E EDUCAÇÃO, 2016, 15/05). De certa forma, um primeiro encontro entre a fé e a razão, ou na fala de são João Paulo II, o encontro entre os mitos e a transcendência (SÃO JOÃO PAULO II, 1998).

Com este cenário do primeiro anúncio ao fundo, lembremo-nos da Encíclica Deus é Amor, na qual Bento XVI fez breve comentário: “Ao início do ser cristão, não há uma de-cisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa que dá à vida um novo horizonte, e dessa forma, um rumo decisivo” (DEUS CARITAS EST, 2006). Assim, mencionar a atitude ou a coragem do encontro pessoal com a pessoa de Jesus merece grande atenção não somente pela sutileza e menção de Harnack sobre o encontro das duas culturas (grega e cristã), mas também pela feliz colocação e reflexão de Bento XVI, que diz que o encontro é fundamental no discipulado e seguimento de Jesus Cristo. Por isso, nos é sugerido que antes mesmo das fórmulas doutrinárias, o encontro com Jesus nos proporciona a regra que devemos seguir.

Neste sentido, o encontro refere-se ao experimentar e saborear, ao sentir, ao enten-der e acolher a mensagem de Jesus Cristo. Nesta visão cristã nasce o ímpeto de se tornar arau-to e proclamador da mensagem kerigmática do Crisarau-to. Com efeiarau-to, são dos verdadeiros dis-cípulos e missionários (DOCUMENTO DE APARECIDA, 2007, n. 56, 157, 226a, 278a, 279) que nascem o desejo pessoal de seguir as orientações ou exortações de Jesus. Assim, nos fala a epístola de são Paulo:

Abolindo na própria carne a lei, os preceitos e as prescrições. Desse modo, ele queria fazer em si mesmo dos dois povos uma única humanidade nova pelo restabelecimento da paz e reconciliá-los ambos com Deus, reunidos num só corpo pela virtude da cruz, aniquilando nela a inimizade... (Ef 2,15s).

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Efetivamente, o dogma não nasce apenas de conceituações religiosas ou de meras formulações dogmáticas ou até mesmo de vãs filosofias jogadas a esmo. Mas sua marca inicial e sua força é partir da cultura do encontro, como ocorreu com os santos da história cristã, como santo Agostinho, por exemplo. No entanto, é o próprio discípulo quem recebe as pri-meiras regras de fé implícitas em seu intelecto e em sua alma (Lc 10,27), e não é ninguém além do próprio Jesus que as impõe, como um selo indelével (CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, art. 698,1210), e que diz “vem e segue-me” (Mt 19,21). De modo efetivo, o encontro (DOCUMENTO DE APARECIDA, 2007, n. 156) produz acolhida, amor, com-paixão (Jo 8,1-11) e por sua vez enriquece ainda mais a vida do discipulado com uma forma sistemática a quem deve seguir e obedecer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No cerne desta temática sobre o dogma cristão está algo que se tornou bastante sig-nificativo para a história cristã, pois ao ouvir a voz de Jesus, naturalmente somos chamados a fazer parte integrante e fundante da práxis cristã, que deve ser testemunhada no mundo atual.

Neste sentido, o significado e o uso do termo dogma cristão, longe de trazer repres-sões, faz-nos compreender pouco melhor o que hoje devemos ser e como agir mediante a fé cristã, ou seja, tornar-se verdadeiros seguidores e fieis discípulos de Jesus. Contudo, é salutar recordar que a origem terminológica do termo dogma provém da língua grega, que significa opinião e decisão e que já a partir do Novo Testamento era empregado no sentido de tomar decisão comum sobre uma questão, para o bem da Igreja (At 15,28). Nesta visão, observar as normas cristãs sugere crescimento e amadurecimento pessoal de cada fiel e da comunidade eclesial.

Por isso, já na Igreja nascente usavam-se conjuntos de normas sistemáticas, e mes-mo sem a sua clareza que temes-mos hoje, quiseram sempre designar e expor o conjunto dos ensi-namentos normativos de Jesus. Neste sentido, era preciso ser fiel ao conjunto de orientações propostos para se tornar bom discípulo e fiel. À vista disso, gradualmente, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo, com o auxílio de vários escritores teólogos e filósofos dos primeiros sé-culos, foi proporcionando origem e forma às regras de fé a uma doutrina a ser observada, no intuito de cooperar com os discípulos.

Não somente isso, mas há de se levar em consideração que várias heresias dos primeiros séculos (FRANGIOTTI, 1995), sobretudo no interior da Igreja nascente, con-tribuíram, ao menos através dos debates, para as formulações dogmáticas iniciais, pois sem as eloquentes discussões entre cristãos e os famosos hereges dos primeiros séculos, a Igreja primitiva não produziria com enlevo a literatura, normas e símbolos da fé cristã, na escrita e no ritual.

Assim, cada defesa efetuada com êxito pelos padres apologistas em favor da fé cristã, trazia um resultado positivo no crescimento e amadurecimento do cristianismo. Por isso, o dogma como caminho para as verdades de fé foi algo muito importante na história cristã e precisou ser lapidado e moldado como um diamante bruto, como que ao sair das minas de carvão, precisa de grandes cuidados, para projetar o seu forte brilho.

THE DOGMA AND ITS COLLABORATION WITHIN A PERSPECTIVE FOR ECCLESIAL LIFE

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Abstract: the aim of this article is to know the genesis of the history of dogma and its

develop-ment in Christian history, accentuating your historical and current aid, in an attempt to prevent extremism, to the growth of Christianity. Yes, it’s from Jesus of Nazareth, we see a rule of life for discipleship and personal growth in the Christian faith. Thus, B. Sesboüé offers relevant informa-tion about the Christian Dogmatics and its aspects, where his initial root, leads us to Jesus himself and his disciples. In this sense, is from the nascent Christianity that develops with more precision the term and the use of the word dogma, but without having her set, but only as an expression of a radical following in the discipleship of Jesus Christ.

Keywords: Jesus. Disciple. Church. Dogma. Referências

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Referências

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