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Consumo alimentar do idoso portador de doença de alzheimer e a influência no estado nutricional: uma revisão / Food consumption of the elderly with alzheimer's disease and the influence in the nutritional state: a review

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761

Consumo alimentar do idoso portador de doença de alzheimer e a influência

no estado nutricional: uma revisão

Food consumption of the elderly with alzheimer's disease and the influence

in the nutritional state: a review

DOI:10.34117/bjdv6n5-423

Recebimento dos originais: 20/04/2020 Aceitação para publicação: 20/05/2020

Raquel Alves Brito

Estudante do Curso de Nutrição

Instituição: Centro Universitário (UNIFAMETRO)

Endereço: Rua Joaquim Nabuco 970 Apt 501- Aldeota - Fortaleza - CE, Brasil E-mail: raquelbrittonutri@gmail.com

Ana Débora Martins Batista

Nutricionista pelo Centro Universitário Unifametro

Instituição: Centro Universitário Fametro (UNIFAMETRO) Endereço: Rua Valderi Ribeiro Campos, 55 – Centro – Palmácia -CE, Brasil

Email: dboramartins19@gmail.com

Mateus Azevedo Ursulino Melo

Nutricionista pelo Centro Universitário Unifametro Instituição: Centro Universitário Fametro (UNIFAMETRO)

Endereço: Rua Joaquim Lino, 655 - Bairro Monte Castelo - Fortaleza - CE, Brasil Email: nutricionistamateusmelo@gmail.com

Valeska Carneiro Walter

Estudante do curso de nutrição

Instituição: Centro Universitário (UNIFAMETRO)

Endereço: Rua Francisca Clotilde 815 Apt 402- Rodolfo Teófilo - Fortaleza - CE, Brasil E-mail: vwalter2000@hotmail.com

Neyse Teixeira Ribeiro

Estudante de Nutrição

Instituição: Centro Universitário (UNIFAMETRO)

Endereço :Av:Humberto Monte 509 -Rodolfo Teófilo- Fortaleza -CE , Brasil Email: neyseteixeira@hotmail.com

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761

Marina Layara Sindeaux Benevides

Especialista em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará, Nutricionista pela Universidade de Fortaleza.

Instituição: Preceptora pela Centro Universitário (UNIFAMETRO) Endereço: Rua Monsenhor Bruno 2540- Aldeota, Fortaleza - CE, Brasil

E-mail: marinalayara@gmail.com

RESUMO

O envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial. A análise do estado nutricional se torna relevante, visto que, os idosos apresentam condições peculiares que comprometem sua saúde geral. O objetivo da pesquisa foi verificar o estado nutricional de indivíduos portadores de Doença de Alzheimer (DA) e a relação com o seu estado nutricional. A análise da pesquisa foi realizada por meio de oito estudos entre os anos 2014 e 2019, onde pôde-se constatar que a doença neurológica estudada possui potencial interferência no perfil nutricional dos idosos acometidos pela DA quando comparado a outras demências. Assim, é de suma importância o acompanhamento diário realizado por uma equipe multiprofissional afim de melhorar e/ou manter seu estado nutricional e com isso, evitar o desenvolvimento de demais doenças.

Palavras-chave: Idosos. Estado nutricional. Doença de Alzheimer. Desnutrição.

ABSTRACT

Population aging is a worldwide phenomenon. The analysis of nutritional status becomes relevant, since the elderly have peculiar conditions that compromise their general health. The objective of the research was to verify the nutritional status of individuals with Alzheimer's Disease (AD) and the relationship with their nutritional status. The analysis of the research was carried out through eight studies between the years 2014 and 2019, where it was found that the neurological disease studied has potential interference in the nutritional profile of the elderly affected by AD when compared to other dementias. Thus, daily monitoring by a multiprofessional team is of utmost importance in order to improve and / or maintain their nutritional status and thereby prevent the development of other diseases.

Keywords: Seniors. Nutritional status. Alzheimer's disease. Malnutrition.

1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o idoso como aquele indivíduo com 60 anos de idade ou mais, limite este válido apenas para os países em desenvolvimento, como o Brasil, pois nos países desenvolvidos admite-se um ponto de corte de 65 anos de idade. Durante o processo de envelhecimento, o idoso pode apresentar algumas doenças, dentre elas, uma das mais acometidas destaca-se o Alzheimer (OMS, 2015).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761 O Alzheimer trata-se de uma das formas mais comuns de demência em idosos, ocorrendo na medida em que as células nervosas do cérebro vão sofrendo alterações de números e tamanho. No cérebro, cada parte possui sua função, onde todas elas devem trabalhar em conjunto para que não haja intervenção e assim, funcione corretamente. A perda de qualquer estrutura do cérebro leva a um prejuízo da mesma, desta forma, em muitas situações não é possível que outra parte do cérebro realize a função que está prejudicada (CORREIA et al, 2015).

Assim, à medida que a doença vai se agravando, em muitas situações não é possível recuperar os danos causados, com isso, o indivíduo passa a apresentar um declínio progressivo, atingindo as funções cognitivas, como a memória, a compreensão, o pensamento, a capacidade de aprendizagem, entre outras. (CORREIA et al, 2015).

Entre as complicações nutricionais predominantes no Alzheimer, encontra-se a perda de peso, o que pode levar o indivíduo a desenvolver um quadro de desnutrição em decorrência da dificuldade de deglutição, podendo promover um agravamento da doença, por consequência da diminuição na ingestão alimentar e como resultado, perda de nutrientes e calorias (MENDES et

al, 2016).

A pesquisa pretende buscar na literatura, recentes estudos que abordem o consumo alimentar de idosos portadores da doença de Alzheimer, e assim, analisar as principais consequências que influenciam seu estado nutricional.

2 METODOLOGIA

A revisão sistemática, bem como outros tipos de revisões bibliográficas, refere-se a um método de investigação que utiliza como fonte de dados à literatura sobre determinado objeto de análise.

Esse tipo de pesquisa utiliza um apanhado de evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica, por meio da aplicação de métodos evidentes e sistematizados de busca, apreciação crítica e síntese da informação selecionada.

A estratégia de busca de artigos incluiu uma pesquisa nas bases eletrônicas, a seguir: The Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e em bibliotecas especializadas tais como a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de 2014 a 2019. Como critérios de seleção foram utilizadas as seguintes palavras-chaves: “consumo alimentar”, “estado nutricional”, “doença de alzheimer” “idoso”.

As publicações foram pré-selecionadas pelos títulos e acompanhada da leitura dos resumos disponíveis em uma primeira etapa. Posteriormente, realizou-se a leitura na íntegra dos artigos

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761 pré-selecionados. Em seguida, foram excluídos artigos repetidos em diferentes bases de dados ou aqueles que diferiram do objetivo de estudo.

Na primeira etapa, foram pré-selecionados 25 artigos, onde após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados oito artigos que foram submetidos a análise de leitura.

Por fim, foram selecionados estudos realizados no Brasil no qual apresentaram dados relacionando o consumo alimentar de idosos portadores de Alzhaimer e abordando o estado nutricional dos mesmos.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste estudo, foi possível observar que o idoso portador de Alzheimer, devido a progressão da doença e os consequentes agravos cognitivos e neurológicos, pode apresentar um comprometimento do hábito alimentar, como evidenciou Goes et al (2014) identificado que pacientes portadores de Doença de Alzheimer (DA) apresentam mais risco de disfagia a medida que a doença progride, demonstrando que há relação entre as duas condições.

Pinheiro (2017), confirma essas alterações através do seu estudo que verificou a existência de alterações quanto ao apetite, peso e/ou hábitos alimentares. Onde foi observado que 50% dos pacientes tiveram queixas relacionadas as essas alterações. A presença de queixas como engasgos/tosses foi esteve presente em 25% dos artigos que foram relacionados com os sinais dos elevados casos sugestivos de disfagia.

De acordo com o estudo realizado por Medeiros et al (2016) onde ele avalia o consumo alimentar para ambos os sexos pôde-se constatar que, o consumo de micronutrientes encontram-se abaixo do recomendado. Ainda, com relação a Mini Avaliação Nutricional, ambos ficaram com quantidade total de pontos muito próximas. Apesar da classificação do estado nutricional normal para mulheres, a quantidade de pontos está no limite inferior, estando muito próxima da classificação sob risco de desnutrição.

Sobre o consumo de micronutrientes e macronutrientes, Mendes et al (2016) avaliou um grupo de pessoas com Doença de Alzheimer (DA) com a idade média de 83 anos com IMC médio de 19,9kg/m², onde foram classificados como desnutridos e mesmo com o elevado consumo energético, de macronutrientes, fibras e micronutrientes por esse grupo, o mesmo obteve Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo do preconizado e maior índice de desnutrição em relação ao Grupo Cego (GC).

Ainda relacionado as alterações provocadas pela doença, Santos (2017) concluiu que os pacientes portadores de DA, são menos ativos do que o GC. Quando questionado sobre

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761 “alimentar-se” e “preparo da refeição” o desempenho foi menor com a progressão da doença. Na triagem e no escore total da MAN a maioria dos idosos que possuem a doença apresentaram risco de desnutrição e no GC nenhum apresentou desnutrição. As variáveis nutricionais ficam mais comprometidas com a progressão da doença, concluindo que a deterioração do estado nutricional é um fator não só decorrente do envelhecimento, mas também da Doença de Alzheimer.

Corroborando com o que Silva e Maurício (2017) abordam, onde a amostra utilizada mostrou que os pacientes com a Doença de Alzheimer apresentaram maior percentual de desnutrição em comparação aos indivíduos sem a doença. Foi observada associação estatisticamente significativa entre a Doença de Alzheimer e a desnutrição entre os idosos avaliados com e sem a doença.

Alguns estudos também demostraram que ao avaliar esse estado nutricional com o uso do IMC divergia do diagnóstico quando comparado a MAN, preferindo-se essa última para uma melhor avaliação do estado nutricional. Utilizando-se dos resultados das pesquisas em sua maioria obtivemos que grande parte dos estudos apontam os idosos portadores de Alzheimer com risco de desnutrição e/ou em desnutrição.

Lecheta et al (2017), por meio da aplicação de vários parâmetros, mostrou que o público estudado apresentou-se com baixo estado nutricional, de acordo com a MAN, neste caso considerou como melhor parâmetro, já que o IMC utiliza-se de uma quantidade maior de variáveis e também verificou que uma porcentagem acima da média apresentou perda moderada e grave de massa muscular.

O que demonstra que através das alterações de hábitos alimentares desses pacientes, acarreta um consumo insuficiente de determinados nutrientes necessários para o funcionamento adequado do organismo e dessa forma consequentemente influenciando no estado nutricional dos mesmos.

No contexto de outros tipos de demências, o estudo de Graciano et al (2018) apontou que pacientes com demências possuem risco preocupante de desnutrição, relacionado a DA, onde dos pacientes estudados, 18,4% estavam com desnutrição e 63,2% estavam sob risco de desnutrição. O estado nutricional preservado estava em paciente sem demências. Onde foi demonstrado que o paciente portador de Alzheimer possui maior risco de desnutrição comparada a outras demências.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761 O estado nutricional do paciente demonstra o grau de consumo de nutrientes necessários para manter o funcionamento do organismo. O processo do envelhecimento inerente a patologias demanda alterações que comprometem a ingestão e/ou absorção de nutrientes.

Através de estudos recentes, pôde-se verificar relações diretas entre os sintomas e consequências ocasionadas pela doença com alterações do hábito alimentar, e assim, podendo interferir diretamente no estado nutricional.

Desta forma, podemos concluir que pacientes portadores de DA devem ter suas necessidades nutricionais e consumo alimentar monitorados, visto que, o risco de desnutrição encontra-se mais acentuado, uma vez que, os indivíduos idosos sofrem involuntariamente alterações fisiológicas do envelhecimento.

O acompanhamento multiprofissional desse paciente se faz necessário, quando considerado os comprometimentos neurológicos e cognitivos desencadeados pela doença, o que pode afetar diversas funções do organismo, comprometendo e diminuindo a qualidade de vida desse paciente.

REFERÊNCIAS

CORREIA, Andreia. et al. Nutrição e doença de Alzheimer. Lisboa. 2015.

GOES, V. F., et al. Avaliação do risco de disfagia, estado nutricional e ingestão calórica em

idosos com Alzheimer. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 22, n. 2, p. 317-324,

2014.

GRACIANO, A. R. et al. Avaliação nutricional e risco de desnutrição em idosos com

demências. Saúde e Pesquisa, v. 11, n. 2, p. 293-298, 2018.

LECHETA, D. R. et al. Nutritional problems in older adults with Alzheimer’s disease: Risk

of malnutrition and sarcopenia. Revista de Nutrição, v. 30, n. 3, p. 273-285, 2017.

MEDEIROS, G. E. et al. Perfil nutricional de idosos portadores de alzheimer atendidos em

homecare. Revista Brasileira de Neurologia, v. 52, n. 4, 2016.

MENDES, L. P. et al. Avaliação do estado nutricional e consumo alimentar em pacientes

com Doença de Alzheimer. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 14, n. 2, p.

502-515, 2016.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório mundial de envelhecimento e saúde. Estados Unidos, v. 30, p. 12, 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf. Acesso em: 15/05/2019.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.29616-29622 may. 2020. ISSN 2525-8761 PINHEIRO, D. R. Demência: aspectos da alimentação e deglutição e sua relação com

cognição e sintomas neuropsiquiátricos. Dissertação (mestrado) – Pontificía Universidade

Católica de Campinas, Centro de Ciências da Vida - Campinas: PUC- Campinas, 2017. 89f.

SANTOS, T. B. N. Indicadores nutricionais em pacientes com doença de Alzheimer:

relações com fatores clínicos. Dissertação (mestrado) – Pontificía Universidade Católica de

Campinas, Centro de Ciências da Vida. - Campinas: PUC- Campinas, 2017. 124p

SILVA, D. V; MAURÍCIO, S.F. Avaliação e comparação do estado nutricional de

indivíduos com e sem doença de Alzheimer, moradores de instituição de longa p e r m a n ê n c i a p a r a i d o s o s e m C u r v e l o -M G . R e v i s t a

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