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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)

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TATIELLI LUQUINI DOS SANTOS

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)

Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel.

Orientador: Profª Clarice Almerina Schumacher.

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: UM ESTUDO DE TOMADA DE DECISÃO EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA (2010 A 2012)

Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob orientação da Professora Clarice Almerina Schumacher, considerado _________________________ pela Banca Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

____________________________________________________ Profº Clarice Almerina Schumacher

Orientador - FASUL

_____________________________________________________ Profº

Avaliador

_____________________________________________________ Profº

Avaliador

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"Não há transição que não implique um ponto de partida, um processo e um ponto de chegada. Todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje. De modo que o nosso futuro baseia-se no passado e se corporifica no presente. Temos de saber o que fomos e o que somos, para sabermos o que seremos."

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está à situação econômica, patrimonial e ou financeira de uma organização. Sendo assim o estudo de caso foi realizado em uma empresa privada, no ramo varejista farmacêutico, localizada no distrito de Novo Sarandi, para isto coletamos seus demonstrativos contábeis dos períodos de 2010 a 2012. A metodologia aplicada neste trabalho foi inicialmente bibliográfica, passando em um segundo momento do trabalho para documental, experimental e estudo de caso, quando estudamos os relatórios da empresa e emitimos nosso parecer. Analisamos os dados coletados, utilizando para isto diversos indicadores e cálculos de quocientes que nos ajudarão a interpretar as informações. As operações matemáticas utilizadas para encontrarmos os indicadores foram, por exemplo, cálculo do índice de liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata, solvência geral, composição do endividamento, entre outros. Desta forma apontamos os problemas encontrados, mostrando possíveis soluções que poderão ser utilizadas para a tomada de decisão ou alteração de seus processos internos, que possam estar melhorando o resultado desta organização, além disso, o resultado da análise irá fazer com que seus gestores tenham uma visão diferenciada de seus negócios.

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economic situation is, and asset or a financial organization. Therefore we will conduct a case study of a private company, the retail sector pharmacist, located in the district of New Sarandi to collect that its financial statements for the periods from 2010 to 2012. The methodology applied in this project will be at this moment will only literature, passing in a second phase of work for documentary, experimental and case study when we study company reports and issue our opinion. Analyze the data collected, using different indicators and calculations that quotients that will help us interpret the information. The mathematical operations used to find the indicators are, for example, calculate the overall liquidity ratio, current ratio, liquidity dries up, immediate liquidity, solvency general composition of debt, among others. Thus we point out the problems encountered showing possible solutions that can be used for decision making or changing its internal processes which could be the result of this organization improving Furthermore, the analysis result will cause the managers have a vision differentiated their business.

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Figura 2 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez geral. 23 Figura 3 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez imediata. 24 Figura 4 - Fórmula de cálculo do índice de liquidez seca. 25 Figura 5 - Fórmula de cálculo do grau de endividamento. 28 Figura 6 - Fórmula de cálculo do índice de garantia de capital próprio ao

capital de terceiros. 28

Figura 7 - Fórmula de cálculo do índice de endividamento geral. 29 Figura 8 - Fórmula de cálculo do prazo médio de cobrança. 30 Figura 9 - Fórmula de cálculo do prazo médio de pagamento. 31 Figura 10 - Fórmula de cálculo da rotação dos estoques. 32

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GRÁFICO 2 – Análise vertical – BP 2011. 41

GRÁFICO 3 – Análise vertical – BP 2012. 42

GRÁFICO 4 – Análise vertical DR comparativo dos três períodos. 43

GRÁFICO 5 – Análise horizontal BP 2010/2011. 45

GRÁFICO 6 – Análise horizontal BP 2011/2012 . 47

GRÁFICO 7 – Análise horizontal DR comparativo 2010/2011. 49

GRÁFICO 8 – Análise horizontal DR comparativo 2011/2012. 50

GRÁFICO 9 – Índices de liquidez. 51

GRÁFICO 10 – Índices de endividamento. 54

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1 A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: CONCEITO...15

1.1 A ANÁLISE COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO... 16

1.2 ANÁLISE DE BALANÇOS ...17

1.3 INDICADOR ÍNDICES... ES ECONÔMICOS E FINANCEIROS: ANÁLISE ATRAVÉS DOS ...18

1.3.1 Análise vertical e horizontal...19

1.3.2 Índices de liquidez...21

1.3.3 Liquidez c orrente...22

1.3.4 Liquidez geral...23

1.3.5 Liquidez imediata...24

1.3.6 Liquidez s eca...25

1.4 ÍNDICE DE E NDIVIDAMENTO...26

1.4.1Participaçã o de capital de terceiros...27

1.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros...28

1.4.3 Índice de eEndividamento geral...29

1.5 ÍNDICES DE ATIVIDADE...29

1.5.1 Prazo médio de cobrança...30

1.5.2 Prazo médio de pagamento...31

1.5.3 Rotação d os estoques...31

1.6 DEMONSTRANDO OS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DOS ÍNDICES...32

2 METODOLOGI A...33

2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA...33

2.1.1 Natureza d a pesquisa...34

2.1.2 Forma de abordagem...34

2.2 OBJETIVOS... 35

2.3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS...36

2.4 AMOSTRAG EM DOS DADOS...36

2.5 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS...37

3 ANÁLISE DAS FARMACÊUTIC DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA A: ESTUDO DE CASO...38

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3.2 ANÁLISE DOS ÍNDICES... 39

3.2.1 Análise vertical...39

3.2.2 Análise ho rizontal...44

3.2.3 Índices de liquidez...51

3.2.3.1 Liquidez Corrente...51

3.2.3.2 Liquidez geral...52

3.2.3.3 Liquidez Imediata...52

3.2.3.4 Liquidez seca...53

3.2.4 Índices de endividamento...54

3.2.4.1 Participação de capitais de terceiros sobre recursos totais...55

3.2.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros...55

3.2.4.3 Índice de Ç endividamento geral... 56

3.2.5 Índices de atividade...56

3.2.5.1 Prazo médio de cobrança...57

3.2.5.2 Prazo médio de pagamento...57

3.2.5.3 Rotação dos estoques...57

CONSIDERAÇÕES FINAIS...58

REFERÊNCIAS...61

APÊNDICES... 64

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INTRODUÇÃO

O mundo está cada vez mais competitivo, onde todos os dias as empresas veem a necessidade de estarem inovando para conseguirem permanecer no mercado, e uma técnica que pode auxiliar e fazer com que as organizações sejam diferentes umas das outras, é a implantação da contabilidade gerencial. A contabilidade gerencial irá interpretar preparar e fornecer as informações, ou os dados quantitativos necessários para que o administrador possa exercer sua função de maneira gerencial, ou seja, a contabilidade não irá tomar as decisões ou optar por aquilo que acha mais plausível, mas irá mostrar ao administrador qual o melhor caminho a seguir, qual a melhor decisão a ser tomada.

Um dos instrumentos do contador para realizar uma boa contabilidade gerencial é a análise das demonstrações contábeis, através dela o profissional contábil retirará todos os dados necessários para analisar em qual situação encontra-se a empresa e poderá repassar ao administrador da organização de maneira mais clara, qual decisão é mais cabível dentre várias situações que podem existir. Alguns exemplos de demonstrações contábeis são o balanço patrimonial que mostrará a situação financeira da empresa em um determinado período de tempo, o demonstrativo de resultado do exercício que mostra as variações que ocorreram no patrimônio líquido, ou a diferença ocorrida entre receitas e despesas. Sendo que estes dois demonstrativos são os mais utilizados para verificação da situação econômica, financeira e patrimonial da empresa.

A análise das demonstrações contábeis fornece informações para os diversos usuários que na empresa possam existir. Aos usuários internos como os administradores mostra, por exemplo, qual foi o resultado obtido de uma decisão tomada anteriormente, para saberem o que fazer em uma nova situação, ou qual atitude podem tomar para que os resultados sejam melhores, já aos usuários externos como acionistas, investidores, instituições financeiras, demonstram os riscos financeiros que eles podem estar correndo, a liquidez para pagamento de dividendos, capacidade de honrar compromissos assumidos, lucro líquido entre outros. Ou seja, os dois usuários utilizam as demonstrações como instrumento de tomada de decisão, mas de maneiras diferentes, para fins diferentes.

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para que os resultados estejam dentro do esperado, ou seja, eficazes, é preciso que a contabilidade da organização seja feita de forma cuidadosa e sem manipulação de resultados para que os dados a serem utilizados na pesquisa sejam confiáveis, além disso, é preciso levar em consideração alguns fatores que podem tornar a análise das informações contábeis limitada. Isto ocorre por que este tipo de estudo se baseia em dados quantitativos que posteriormente serão transformados em informações, mas uma empresa não possui somente isto, ela também apresenta aspectos não mensuráveis que devem ser levados em consideração e que podem alterar seus resultados, como o comprometimento que a empresa tem com seus colaboradores e clientes, as ameaças e riscos do mercado, a concorrência, a sazonalidade do produto oferecido, além disso, a economia atual encontra-se muito estável e são utilizadas para analisar dados de anos anteriores, desta maneira as informações podem se tornar incoerentes ou defasadas. Porém, estas limitações não são fortes o bastante para eliminarem a importância e utilidade das informações contábeis, ao contrário deve impulsionar o analista na busca de informações complementares da empresa a ser estudada que possam torná-las o mais próximo possível da realidade e consequentemente de melhor qualidade.

Apesar de estudar dados contábeis a análise das demonstrações está interligada a diversas áreas de uma empresa, sendo elas, por exemplo, compras, produção, vendas, marketing, recursos humanos, entre outras, ou seja, todos os departamentos que possam ter efeitos financeiros, e a função da área financeira é fornecer informações adequadas para que estas áreas tomem decisões financeiramente corretas.

Desta forma, podê-se verificar que de maneira geral a análise das demonstrações financeiras, envolve o estudo de diversos fatores da empresa, e apresenta real importância dentro da organização, seja para gerenciar os negócios, planejar o futuro, orientar a tomada de decisão, demonstrar os resultados ou riscos aos usuários.

Assim origina-se a questão que norteará a presente pesquisa exploratória: “Como a análise das demonstrações contábeis pode ser utilizada como ferramenta de gestão e tomada de decisões em uma farmácia?”.

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situações ou decisões a serem tomadas em determinadas situações que melhorarão ou criarão melhores condições para crescimento. Além disso, avaliamos como está a situação patrimonial atual da empresa, mostrando quais foram as consequências de atitudes que foram realizadas no passado e influenciam o presente e a condição futura da organização, se estas foram corretas ou se podem ser melhoradas.

O objetivo geral deste trabalho foi a partir da realização da análise do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício, dos períodos de 2010 a 2012 desta farmácia, traduzir os indicadores em informações e conseguir vincular os resultados encontrados a realidade da empresa, sanando assim suas dúvidas e dificuldades e auxiliando na tomada de decisão.

Os objetivos específicos serão os seguintes:

• Apresentar os conceitos de análise das demonstrações contábeis.

• Demonstrar quais são os principais índices utilizados na pesquisa e aplica-los

nas demonstrações contábeis da farmácia a ser analisada.

• Identificar os pontos fortes e fracos da empresa, auxiliando os gestores da

organização na tomada de decisão.

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1 A ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: CONCEITO

Atualmente as demonstrações contábeis fazem parte das empresas, são ferramentas importantes e de muito aproveitamento para que as decisões sejam feitas na empresa, sendo uma fonte de geração de dados, rápida e eficiente. Para ser uma análise de qualidade exige muita atenção e conhecimento por parte do contador analista. Torna-se necessário a utilização de índices e quocientes de pelo menos três períodos, tanto para comparação entre períodos como para comparação com empresas do mesmo ramo de atividade, com estas informações torna-se mais fácil analisar e identificar as principais mudanças, apontando os pontos fortes e os fracos, auxiliando com um direcionamento direto para um melhor desempenho e rendimento da empresa. (IUDÍCIBUS, 1998).

Os quocientes são os diversos cálculos que nos levam a analisar e relacionar as várias contas do balanço, com uma explicação para as alterações e valores encontrados, ajudando assim a verificar o estado atual de cada conta.

Poderia ser realizada sobre diversas demonstrações como: Balanço Patrimonial (BP), Demonstrativo de Resultado (DR), Demonstrações dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e Demonstração do Valor Adicionado (DVA), porém, neste trabalho abordamos a análise especificadamente do balanço patrimonial e demonstrativo de resultados do exercício de três períodos, pois é exatamente nestas demonstrações que observaremos de forma clara e objetiva a situação financeira e econômica da empresa analisada, primeiramente é necessário ter as demonstrações em mãos, então será necessária a readequação ou reclassificação de itens e contas nas demonstrações contábeis, contando que estas já são padronizadas conforme a Lei das Sociedades por ações, isso facilitará a análise e aplicação das fórmulas e quocientes necessários para uma análise completa e eficiente.

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empresa, apontando seu nível de qualidade ou conceituação, especificando se este é bom, ótimo, razoável, ruim ou péssimo. (MARION, 2009).

Existem vários aspectos a serem analisados no balanço e demonstrações, porém é necessário determinar uma finalidade para tal análise, ou seja, que a análise possa fornecer informações úteis para o responsável geral ou administrador, com o objetivo de estar contribuindo e atendendo as expectativas, resultando num direcionamento de qual seria a forma ideal para obter sucesso e lucratividade na sua atividade e Instituição.

1.1 A ANÁLISE COMO FERRAMENTA PARA TOMADA DE DECISÃO

Atualmente as empresas têm uma tarefa muito importante e complexa que exige uma série de cuidados, que é a tomada de decisão, que necessita acima de tudo de informações confiáveis e que sejam específicas para atingir os resultados desejados.

Desta forma, o processo de análise consiste em escolher os indicadores a serem estudados que melhor se encaixem com as características da empresa, e o que o analista esta procurando resolver ou encontrar na organização. Posteriormente, ele irá comparar os resultados encontrados, obter seu diagnóstico, repassá-lo para o administrador da empresa que decidirá qual a melhor medida a ser tomada.

E é a contabilidade que poderá proporcionar tais informações e resultados para a empresa, auxiliando com suas técnicas de análise das demonstrações financeiras, ajudando-a se tornar eficiente, atualizada e competitiva no mercado.

As ferramentas para auxílio nas atividades da empresa se faz necessário em qualquer instituição, principalmente considerando que esta seja utilizada para auxiliar nas tomadas de decisões. Portanto, ao longo da pesquisa, abordamos aspectos e formas de elaboração dessa ferramenta tão importante para os administradores e gerentes de empresas que é a análise de demonstrações contábeis.

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cada uma das contas representa do total, bem como, qual a real situação da empresa no momento ou período analisado.

Existem muitos procedimentos ou técnicas para a elaboração destas análises, porém, o essencial é que o analista tenha uma boa visão e conhecimento para a elaboração da análise que representa o fundamental desta ferramenta que realmente será útil para o gerenciador ou responsável pela empresa.

Para Matarazzo (2003) a análise de demonstrações contábeis ou demonstrações financeiras tem o objetivo de extrair informações das demonstrações financeiras ou contábeis para a tomada de decisão.

Portanto, pode-se definir a análise como uma ferramenta importantíssima para auxiliar os gestores ou responsáveis gerais na tomada de decisão nas empresas ou entidades.

1.2 ANÁLISE DE BALANÇO

A análise de balanço é considerada uma arte, por se tratar de saber identificar e interpretar relatórios e informações que sejam úteis para auxiliar na tomada de decisões, pois a conclusão de quem estará analisando sempre será própria, podendo ser parecida com a de outro, mas nunca igual, por se tratar de uma interpretação e habilidade para analisar. Poderá ser realizada sobre os diversos e principais demonstrativos contábeis. (IUDÍCIBUS, 1998).

Sendo assim, cada analista poderá interpretar as demonstrações de uma forma diferente, cada pessoa poderá ter uma opinião sobre qual seria o melhor caminho a ser escolhida pelo administrador, qual melhor decisão a ser tomada pelo gerenciador. Claro que mesmo existindo vários pareceres sobre uma mesma situação, a mesma deve estar dentro de um contexto, possuir uma lógica e não partir uma ideia qualquer, aleatória, sem um fundamento.

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conhecimento sobre o assunto, mesmo que na realidade não o sejam. (MATARAZZO, 2003).

A análise de balanço irá demonstrar, por exemplo, o quadro evolutivo da organização, situação econômica e financeira, causa de possíveis modificações na situação financeira, alternativas futuras de decisões que possam vir a ser tomadas, entre outros. Desta forma, primeiro analisa-se o resultado encontrado em cada índice e posteriormente eles são analisados de forma conjunta, para depois ser emitido um parecer sobre a empresa, e/ou sua administração.

1.3 INDICADORES ECONÔMICOS E FINANCEIROS: ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES

A análise de balanço surgiu, vindo da necessidade dos bancários em demonstrar de alguma forma a capacidade das empresas em saldar as dividas ou empréstimos que pudessem vir a adquirir. Nesta época os dados eram analisados de forma superficial, sem uma técnica especifica. Com passar do tempo os analistas viram a necessidade de criarem uma técnica que comparasse os diversos itens que compunham os vários itens do balanço patrimonial, sendo que desta maneira foram criados alguns índices que demonstrassem informações especificas, como o percentual de contas a receber em relação aos demais itens do ativo, percentual de estoques em relação a vendas anuais, entre outros. (MATARAZZO, 2003).

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demonstrar determinado aspecto, da situação patrimonial da entidade, e são a maneira comumente utilizada para se obter uma melhor interpretação das demonstrações contábeis. Trataremos neste trabalho sobre os principais índices existentes, sendo que estes mesmos serão utilizados no estudo de caso a realizar-se na análirealizar-se das demonstrações contábeis da farmácia, lembrando que existem diversos outros utilizados atualmente. Porém, utilizaremos os que achamos mais cabíveis dentro do ramo de atividade da empresa escolhida, e que se tornem suficientes para obtermos as informações que precisamos para ter uma visão de como se encontra esta organização.

Segundo Marion (1998, p. 455):

Os índices são relações que se estabelecem entre duas grandezas; facilitam sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciação de certas relações percentuais é mais significativa (relevante) que a observação de montantes, por si só.

Através dos índices verifica-se, por exemplo, que uma empresa está com alto percentual de endividamento e a análise vertical e horizontal das quais trataremos a seguir, apontarão qual o principal credor e como se alterou a participação de cada um deles nos últimos anos, ou no determinado período que se está estudando. Ou, então, os índices indicam que a empresa teve redução de sua margem de lucro e a análise vertical e horizontal explicam e apontam que isto aconteceu devido ao crescimento desproporcional das despesas administrativas, ou seja, ambos os métodos de análise tem o mesmo objetivo, mas finalidades diferentes.

1.3.1 Análise vertical e horizontal

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quantitativas, mas também leve em consideração informações não mensuráveis que possam influenciar no resultado eficaz de sua análise.

Na análise vertical podemos observar cada item com sua evolução no período analisado, tornando-se totalmente reveladora em algumas contas. Busca analisar a estrutura da demonstração de resultado, buscando evidenciar quanto cada conta do balanço patrimonial, ou qualquer outra demonstração contábil representa dentro do resultado total, e assim, como qualquer outra forma de análise deve ser interpretada com muito cuidado, sendo que os resultados encontrados através da análise vertical devem ser analisados em conjunto com os dados da análise horizontal. (PADOVEZE, 1997).

A análise vertical mostra o percentual de cada conta e sua real importância no conjunto. Baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor base. Por exemplo, na análise vertical do balanço, calcula-se o percentual de cada conta em relação ao total do ativo. Já na análise das demonstrações de resultado calcula-se o percentual de cada conta em relação às vendas líquidas. Esta forma de análise mostra como estão distribuídas em termos percentuais os valores patrimoniais e os resultados da empresa em um determinado período.

Já na análise horizontal podemos identificar os itens que estão com um crescimento acima ou a baixo do desejado pela empresa, mesmo que normalmente seja um valor mínimo aos nossos olhos, para a empresa pode ser significativo se esta tem o objetivo de não ter excedentes neste item.

Segundo Padoveze (2010, p. 25):

A análise horizontal é o instrumental que calcula a variação percentual ocorrida de um período para outro, buscando evidenciar se houve crescimento ou decrescimento do item analisado. Através da análise dos dados que mostram se houve aumento ou diminuição do elemento analisado, poderemos confrontar os dados extraídos e efetuar as correlações necessárias. Assim, por exemplo, se houve aumento da produção e das vendas, deverá ter havido um crescimento relativamente proporcional do consumo de materiais.

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demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série.

Analisando se houve aumento ou diminuição de cada conta que compõe a demonstração poderemos fazer a relação necessária do resultado encontrado realizando a confrontação com os dados extraídos.

1.3.2 Índices de liquidez

O Índice de liquidez tem como objetivo avaliar a capacidade da empresa para satisfazer seus compromissos de pagamentos com terceiros. Os índices de liquidez comumente empregados para uma melhor análise geralmente são: liquidez corrente e liquidez seca que demonstram a capacidade de pagamento, à curto prazo, liquidez geral representando a capacidade de pagamento a longo prazo e liquidez imediata, a qual corresponde a capacidade de pagamento em prazo imediato, sendo estas as que discriminaremos e apresentaremos, cada qual em sua particularidade a seguir, e, aplicaremos nas demonstrações contábeis da farmácia em um segundo momento.

Os índices de liquidez de maneira geral são os bens e direitos da Empresa, dividido pelas obrigações, ou seja, a comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades, obtendo deste resultado a quantidade em reais que a organização possui para saldar cada real de dívidas ou compromissos com terceiros.

Segundo a afirmação de Marion (2009, p. 456):

Os índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constitui uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada num longo prazo ou em prazo imediato.

Este índice demonstra qual é a capacidade de pagamento da empresa à longo, curto ou prazo imediato, ou seja, mostra se a organização realmente tem capacidade de honrar com seus compromissos adquiridos com terceiros. (MARION, 2009).

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1.3.3 Liquidez corrente

Este índice indica se empresa dispõe de recursos de curto prazo para honrar suas dívidas circulantes. Porém, ao analisá-lo, é necessário levar alguns aspectos em consideração. Primeiramente, o resultado obtido na liquidez corrente não revela a qualidade dos itens do ativo circulante, como os estoques, ou se os clientes pagarão todos os valores constantes no contas a receber. Depois, é necessário observar que o índice também não aponta se os recebimentos de clientes ocorrerão em tempo hábil para pagamento dos compromissos com terceiros. Desta forma, os direitos a receber poderão ocorrer em 90 dias e o pagamento a fornecedores em 30 dias, por exemplo, estando assim, a empresa em crise de liquidez.

Este índice é considerado o quociente mais conhecido e um dos mais utilizados pelos analistas para demonstrar a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo. Mostra quanto à empresa possui de valores circulantes para liquidar cada real de divida á curto prazo. Quanto maior o índice obtido melhor. É representado pela fórmula ativo circulante dividido pelo passivo circulante. (IUDÍCIBUS, 1998).

Segue representação da fórmula de liquidez corrente na Figura 1.

Figura 1 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez corrente

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Portanto, este índice mostra a capacidade real que a empresa tem para pagar suas obrigações á curto prazo. Tendo em vista que para aplicar este e qualquer outro índice nas demonstrações de uma empresa é necessário levar em consideração o ramo de atividade e as peculiaridades que o negócio pode apresentar.

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resultados encontrados pelos indicadores sofram mudanças drásticas. (PADOVEZE, 2010).

1.3.4 Liquidez geral

Neste indicador observa-se a real situação financeira de longo prazo da empresa, pois revela quanto ela possui em caixa, e, a realizar, para quitar suas dívidas com terceiros. Indica quanto à empresa possui de bens e direitos realizáveis a curto e longo prazo para arcar com cada real de dívidas perante terceiros. Quanto maior o resultado obtido da fórmula melhor. É representada através da fórmula ativo circulante mais realizável, ou seja, longo prazo dividido por passivo circulante mais exigível à longo prazo.

Segue representação da fórmula de liquidez geral na Figura 2.

Figura 2 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez geral

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Para Marion (2009, P. 456), o índice de liquidez geral corresponde:

O índice de liquidez geral mostra a capacidade de pagamento da empresa á Longo Prazo, considerando tudo o que a empresa converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), e relacionando com tudo o que a empresa já assumiu como dívida (a curto e longo prazo).

Este índice busca evidenciar a capacidade de pagamento da empresa, porém, analisando os saldos a receber e a realizar contra o saldo de contas a pagar, considerando para isto, tanto o período de curto ou longo prazo. (PADOVEZE, 2010).

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encontra cada conta do ativo e passivo, ou dos itens que são utilizados para o cálculo de liquidez geral.

1.3.5 Liquidez imediata

Este quociente calcula a relação do disponível com o passivo corrente, representa quanto dinheiro seria necessário para liquidar as dividas de curto prazo, analisando se o percentual de disponível aumenta em relação ao passivo corrente num determinado período. Ou seja, expressa a fração de reais que a empresa dispõe de imediato para saldar cada real de suas dividas à curto prazo. Quanto maior o resultado obtido melhor. Obtemos o resultado utilizando a formula disponível, dividido pelo passivo circulante.

Segue representação da fórmula de liquidez imediata na Figura 3.

Figura 3 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez imediata

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Porém, obtendo-se valores redutores de um período para outro, neste índice, não representará exatamente que a empresa encontra-se em uma situação preocupante e relevante, poderá representar apenas uma forma mais específica do disponível na entidade ou uma pequena diminuição do limite de segurança. (MARION, 1998).

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Segundo Padoveze (2010, p.218), a liquidez imediata é:

É o indicador mais claro de liquidez, uma vez que considera apenas os ativos financeiros efetivamente disponíveis para serem utilizados na execução de qualquer pagamento de curto prazo. Partindo da premissa de que tanto os estoques, quanto as duplicatas a receber de clientes não podem ser realizados financeiramente em condições normais, pois são necessários as operações da empresa, o índice de liquidez reflete mais adequadamente a capacidade de pagamento de curto prazo.

A liquidez imediata de uma empresa varia em consequência de diversos aspectos, como: As variações do mercado financeiro, a situação econômica em que se encontra o país em que a empresa está localizada ou possui relações financeiras, que podem estimular ou não os investimentos. Desta forma, para se realizar uma interpretação correta e coerente, é necessário conhecer seu tipo de organização, e, no nosso caso, como o estudo trata de uma organização do varejo que pode durante o dia realizar diversas vendas a vista as disponibilidades podem sensivelmente se modificar de um dia para outro.

1.3.6 Liquidez Seca

Mostra a capacidade de liquidação das obrigações sem lançar mão dos estoques, demonstrado no curto prazo. Indica quanto à empresa possui de bens e direitos circulantes, diminuído do valor dos estoques para pagar cada real de dívida à curto prazo. Assim, como os índices anteriores quanto maior o resultado obtido melhor. Para este cálculo usamos a fórmula ativo circulante menos estoque dividido pelo passivo circulante.

Segue representação da fórmula de liquidez seca na Figura 4.

Figura 4 – Fórmula de cálculo do índice de liquidez seca

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Neste índice assim como nos demais a análise só será completa, se verificada em conjunto com outros índices, e poderá ser menor ou maior conforme cada situação encontrada na empresa, dependendo de vários fatores, como, por exemplo, o ramo da atividade (MARION, 2009).

Este índice é considerado o quociente mais conhecido e um dos mais utilizados pelos analistas para demonstrar a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. Mostra quanto à empresa possui de valores circulantes para liquidar cada real de divida à curto prazo. Quanto maior o índice obtido melhor. É representado pela fórmula ativo circulante dividido pelo passivo circulante.

Segundo Matarazzo (2003, p. 173) liquidez seca é:

Este índice é um teste de força aplicado a empresa; visa medir o grau de excelência da situação financeira. De um lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de liquidez corrente for satisfatório.

Se o quociente encontrado neste índice for igual a 1,00 (um) indica que os estoques da empresa estarão totalmente livres da dívida com terceiros, ou seja, se a empresa negociasse o ativo circulante sem os estoques pagaria as dívidas de curto prazo e restaria todo o estoque livre de dívidas para que ela pudesse com ele trabalhar.

1.4 ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO

O endividamento indica o montante dos recursos de terceiros que estão sendo usados na tentativa de gerar lucros. Por isso, existem grandes preocupações com o grau de endividamento, e, com a capacidade de pagamento da empresa, pois quanto mais endividada estiver maior será a possibilidade de que não consiga satisfazer as obrigações com terceiros. O grau de endividamento deve-se, portanto a proporção dos ativos totais financiados por terceiros. Quanto menor o índice melhor a situação da empresa.

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garantia de capital próprio que a empresa possui para saldar suas dividas com credores. (PADOVEZE, 1997).

Também, podemos conceituar este índice como a garantia que a empresa possui para com seus credores. Demonstra quanto à empresa possui de capital próprio que garantam o pagamento, ou demonstram sua real capacidade de liquidar as dívidas contraídas, como financiamentos, ou capital adquirido para o giro da empresa.

Este indicador nos mostrará qual o percentual de endividamento da empresa. Além disso, demonstra se utiliza mais recursos dos próprios proprietários ou de terceiros, na forma de empréstimos e financiamentos, e se este se encontra na maior parte no curto ou longo prazo. (MARION, 2009).

Desta maneira podemos definir um padrão, que o resultado deste índice deve sempre ser inferior a 1,00 (um), pois caso contrário demonstrará que a saúde financeira da organização não está bem, pois suas dividas são bastante significativas.

1.4.1 Participação de capital de terceiros

Este índice de endividamento geral mede a proporção dos passivos totais da empresa financiada por credores de forma geral. Quanto maior for esse índice maior será o endividamento com terceiros. Indica a participação de recursos de terceiros no financiamento do investimento total. Quanto menor o índice encontrado melhor. Para extração do resultado, utiliza-se a fórmula passivo circulante mais exigível à longo prazo, dividido por passivo circulante mais exigível à longo prazo mais passivo circulante.

Segundo Matarazzo (2003, p. 154), a participação de capitais de terceiros é:

O índice de participação de capitais de terceiros relaciona, portanto, as duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, capitais próprios e capitais de terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a terceiros, por parte da empresa. Também pode ser chamado índice de grau de endividamento.

(29)

forma, mostrará que o valor investido na empresa é maior representado por capital de terceiros.

Segue representação da fórmula de participação de capital de terceiros também chamado de grau de endividamento na Figura 5.

Figura 5 – Fórmula de cálculo do grau de endividamento

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Desta maneira podemos dizer que este índice tem cunho estritamente financeiro, e quanto maior for o resultado encontrado, menor será o poder que a empresa terá para decidir sobre suas questões financeira, e maior será o seu vínculo ou dependência com terceiros.

1.4.2 Garantia de capital próprio ao capital de terceiros

Este índice indica o valor necessário para cada R$ 1,00 (um real) de capital de terceiros. Mostra quanto à empresa possui de recursos próprios para garantir cada real de exigibilidade total. É representado pela fórmula patrimônio líquido dividido pelo passivo circulante mais exigível longo prazo.

Segue representação da fórmula de garantia de capital próprio ao capital de terceiros na Figura 6.

Figura 6 – Fórmula de cálculo do índice de garantia de capital próprio ao capital de terceiros

(30)

Quanto maior o resultado encontrado melhor é a situação e saúde financeira da empresa, pois índica em termos percentuais, o volume de recursos próprios que a empresa possui em relação a sua dívida total.

1.4.3 Índice de endividamento geral

Demonstra a situação de dividas da empresa no curto prazo, representada por percentuais. Indica quanto à empresa deve a terceiros no curto prazo para cada real de exigibilidade total, quanto menor melhor. Sua fórmula é representada pelo passivo circulante dividido pelo exigível total.

Segue representação da fórmula do índice de endividamento geral na Figura 7.

Figura 7 – Fórmula de cálculo do índice de endividamento geral

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Este índice é importante, pois indicará qual o percentual de obrigações no curto prazo, ou seja, a organização não terá muito tempo para adquirir recursos caso seu endividamento seja representativo. Desta forma, é necessário tomar providencias breves que tragam resultado instantâneo. Quanto maior o grau de endividamento maior é o risco que a empresa corre financeiramente. Claro que todos estes aspectos, assim como os demais índices, devem ser analisados de forma conjunta para uma maior eficácia na análise da situação da organização.

1.5 ÍNDICES DE ATIVIDADE

Neste índice podemos verificar quanto tempo a empresa leva para receber de seus clientes, quanto tempo leva para pagar seus credores e quanto tempo leva para renovar seus estoques. Desta forma, permite analisar aspectos do capital de giro da empresa por meio do ciclo financeiro.

ENDIVIDAMENTO GERAL

PASSIVO CIRCULANTE

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Segundo Padoveze (2010, p.221) os índices de atividade são:

Estes indicadores buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, em seus principais aspectos refletidos no balanço patrimonial e na demonstração de resultados. Os indicadores são calculados inter-relacionando o produto das transações da companhia e o saldo constante ainda no balanço patrimonial, e envolvem os principais elementos formadores do capital de giro próprio da empresa.

Os principais indicadores de atividade existentes e os que utilizaremos para verificar a situação da empresa a ser analisada em nosso estudo de caso será o prazo médio de cobrança, ou, o tempo que a empresa leva para receber de seus clientes, prazo médio de pagamento, que é o tempo em dias que leva para pagar seus credores, e o tempo médio de rotação de estoques, que mostra o tempo que a empresa leva para renovar seus estoques. Será através destes prazos que verificaremos a evolução da atividade operacional da organização.

1.5.1 Prazo médio de cobrança

Demonstra qual é a média da empresa para receber suas cobranças, ou quanto tempo à empresa leva para receber seus direitos, suas duplicatas a receber. Quanto menor o resultado obtido melhor. Na fórmula, 360 dias dividido pela rotação de duplicatas a receber.

Segue representação da fórmula de prazo médio de recebimento na Figura 8.

Figura 8 – Fórmula de cálculo do prazo médio de cobrança

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

O prazo médio de cobrança corresponde ao período em que foi realizada a venda e o momento em que estas foram recebidas, sendo assim, é necessário estar atento para alguns aspectos, pois quanto maior for a quantidade de vendas e o prazo concedido de pagamento, pior será para a empresa, e, consequentemente, seu capital de giro estará bastante comprometido.

(32)

principalmente do tipo de negociação que a organização está habituada a conceder a seus clientes, além disso, é importante que se faça uma comparação com a concorrência e se verifique se os resultados estão dentro de um padrão setorial. (PADOVEZE, 2010).

Para obtenção de um melhor resultado este índice deve ser acompanhado mensalmente, pois acompanhamentos anuais, por exemplo, não trarão dados significativos.

1.5.2 Prazo médio de pagamento

Indicam quantos dias a empresa leva em média para pagar suas dívidas ou compras, para quitar as obrigações com seus fornecedores. Quanto maior a quantidade de dias obtidos da fórmula 360 (trezentos e sessenta) dividido pela rotação das duplicatas a pagar melhor serão os indicadores da organização. (MARION, 1998).

Segue representação da fórmula de prazo médio de pagamento na Figura 9.

Figura 9 – Fórmula de cálculo do prazo médio de pagamento

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Portanto, desta forma analisamos qual o prazo médio da empresa analisada para pagamento das compras realizadas junto a fornecedores durante o ano. Quanto maior for este índice melhor será para a empresa, pois mostra que esta necessitará de menos capital de giro para a manutenção dos estoques.

1.5.3 Rotação dos estoques

(33)

Portanto, define em quantos dias a empresa consegue vender todos os produtos que ela tem em seu estoque. (MARION, 1998).

Segue representação da fórmula de rotação dos estoques na Figura 10.

Figura 10 – Fórmula de cálculo da rotação dos estoques

Fonte: COSTA (2004, p. 38)

Na empresa analisada, poderemos verificar quanto tempo em média seus produtos ficam no estoque desde sua aquisição até sua venda, considerando desde a entrada da matéria prima, até a saída do produto acabado, também conhecido como Prazo médio de Renovação dos Estoques. Este indicador também demonstrará qual é ou será a necessidade de capital de giro para a manutenção dos estoques.

1.6 DEMONSTRANDO OS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DOS ÍNDICES

Verificamos através das explicações citadas anteriormente, que existem diversas maneiras e fórmulas que nos demonstraram como se encontra a situação da empresa. Porém, cabe ao analista verificar qual a melhor forma de repassar as informações obtidas, sendo que existem diversos recursos que podem mostrar os resultados encontrados com o estudo, como por exemplo, relatórios, tabelas, gráficos, quadros comparativos entre outros.

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2 METODOLOGIA

Todo trabalho exige estudos e materiais para seu desenvolvimento, e para alcançar os objetivos estabelecidos como motivo do estudo faz-se necessário, uma metodologia de pesquisa, ou seja, explicar os passos ou roteiro utilizado para o desenvolvimento da pesquisa. Desta forma a seguir explicaremos os métodos utilizados para a realização da pesquisa, especificando onde, quando e como, definindo o tipo de pesquisa, o motivo deste estudo e instrumentos utilizados para coleta de dados. Portanto, a metodologia é o roteiro de atividades realizadas para o cumprimento da pesquisa, porém, dividido em fases para melhor definir os tipos de estudo utilizados.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

(35)

2.1.1 Natureza da pesquisa

A natureza da pesquisa que utilizamos para realização de nosso trabalho foi a pesquisa aplicada. A característica fundamental deste tipo de pesquisa é geralmente a busca pela resolução de problemas, que no caso em questão seria: Como as analises podem ajudar na tomada de decisão? Para este tipo de pesquisa necessita-se da coleta de dados que necessita-servirão de banecessita-se, necessita-sendo que estes podem dar-necessita-se através de pesquisa de campo, análise de documentos, entrevistas que são as ferramentas que mais utilizaremos neste caso.

A pesquisa aplicada tem como finalidade desenvolver e gerar conhecimentos para posteriormente aplicá-lo de maneira prática e direcionada a problemas específicos, que no caso deste trabalho são as perguntas que levantamos nos problemas a serem desenvolvidos e resolvidos.

Além destas formas de estudos, a pesquisa aplicada exige também, o estudo de teóricos para fundamentar o estudo de campo e embasar a análise dos dados, melhorando assim, a qualidade das informações que transmitiremos posteriormente aos que dela se interessarem.

A característica mais marcante e que traz maior qualidade ao presente trabalho é o estudo de caso, é realizar na prática e buscar através do estudo de caso, trabalhar com a documentação da empresa na busca da resolução dos problemas sugeridos como fundamento norteador da pesquisa.

2.1.2 Forma de abordagem

Esta pesquisa caracterizou-se como quantitativa por se tratar de informações que serão utilizados em números para melhorar a qualidade e forma de visualização dos resultados alcançados para após serem realizadas as análises. Além de serem introduzidos quocientes e fórmulas para então transformar estes em informações úteis para tomada de decisão.

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figuras, geralmente apresentados em porcentagem ou valores financeiros. Além disso, esta forma de pesquisa torna a interpretação dos dados mais fácil.

Outra forma de pesquisa utilizada é a qualitativa que se caracteriza na parte descritiva do estudo, bem como, no resultado após as técnicas utilizadas para chegar às informações que serão transformadas em análise, logo serão interpretados para atribuir significados a cada resultado alcançado, juntamente com as possíveis soluções de problemas ou apresentação de resultados.

A pesquisa qualitativa é diferente da quantitativa no sentido que não utiliza nenhuma forma de estatística para analisar as informações, desta forma apenas busca descrever determinada situação ou problema, não envolvendo o estudo de variáveis. O estudo de caso pode ser considerado uma forma de pesquisa qualitativa. (GRESSLER, 2004).

2.2 OBJETIVOS

Os objetivos utilizados no estudo foram de cunho exploratório que envolve desde o levantamento bibliográfico até o estudo de caso, visando assim maior interação com o problema e possibilitando a resolução deste.

Esta pesquisa é classificada como descritiva, pois assim identificamos, analisando e registrando, ou apresentando nossas interpretações deduzidas através de dados coletados numa empresa do ramo farmacêutico. Portanto, é um estudo de caso onde com a permissão da entidade utilizamos os dados necessários para uma análise. Esta poderá auxiliar na interpretação e tomada de decisão do gerenciador, pois terá uma visão da real situação da empresa.

Para isso buscamoso pesquisas bibliográficas para auxiliar no entendimento e interpretação da análise das demonstrações, que conforme Marconi e Lakatos (1999, p. 73), tem a seguinte finalidade:

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Outra forma utilizada foi a pesquisa documental, que é todo tipo de documento utilizado para consultar, estudar, ou comprovar as análises da pesquisa. Normalmente, são as fontes que não são em forma de texto. (PÁDUA, 2000).

Desta forma utilizamos documentos específicos da empresa estudada, uma farmácia situada no município de Toledo, que nos fornecerá a documentação necessária para a pesquisa: Balanço anual e Demonstrativo de Resultados dos últimos três anos.

2.3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

Nesta pesquisa obtivemos os dados e informações necessárias através da pessoa responsável ou dona do estabelecimento escolhido. Estudamos em específico, através da análise de suas demonstrações, e com estas realizaremos uma análise geral. Estamos apresentando também, para a empresa, para que tenha conhecimento de sua situação financeira, podendo assim tomar decisões corretas em função dos pontos que estaremos identificando, que podem melhorar. Também, apresentaremos algumas formas de chegar aos resultados esperados. E ainda, utilizamos a pesquisa de estudo de caso que Barros explica da seguinte maneira:

O estudo de caso denominado histórias de vida é uma técnica de pesquisa realizada através da avaliação de dados coletados em documentos e depoimentos orais registrados pelo pesquisador ou pelo próprio entrevistado. (BARROS, 2003, p.95).

2.4 AMOSTRAGEM DOS DADOS

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Para Cooper e Schindler (2001, p. 80), a amostra se explica da seguinte forma:

Uma amostra é uma parte da população-alvo, cuidadosamente selecionada para representar aquela população. Quando os pesquisadores conduzem estudos por amostragem, estão interessados em estimar um ou mais valores da população e/ou em testar uma ou mais hipóteses estatísticas.

Portanto, a amostragem nesta pesquisa se especifica nas análises contábeis, pois estaremos abordando quais são os pontos fortes e os pontos que devem melhorar, e isso será realizado através de métodos de autores, como fórmulas e quocientes que nos auxiliarão na estrutura de uma análise dos demonstrativos de três anos de uma empresa no ramo farmacêutico, para assim, auxiliar na tomada de decisão para garantir um negócio de estabilidade e rentabilidade, capaz de enfrentar as dificuldades do mercado sem influenciar seus resultados.

2.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Como instrumento para esta pesquisa foram utilizadas demonstrações contábeis de três anos de uma empresa do ramo farmacêutico, para com estes dados desenvolver análises que serão utilizados para auxiliar na tomada de decisão dos gestores da empresa, e assim estaremos alcançando o objetivo do estudo.

Segundo Costa (2010, p. 151):

Para se tomar uma boa decisão, é preciso analisar o maior número possível de informações uteis dentro do espaço de tempo abrangido pela decisão. A gama de informações geradas pelas demonstrações contábeis é muito grande, e isso pode comprometer o usuário da contabilidade na hora em que esteja tomando a decisão. Uma ferramenta utilizada para sintetizar as informações contábeis é conhecida como análise das demonstrações contábeis, ou análise financeira. Ela tem como objetivo sintetizar as informações contidas nas demonstrações contábeis, apresentando as em forma de porcentagem e indicadores. (COSTA, 2010, p.151)

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3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM UMA EMPRESA FARMACÊUTICA: ESTUDO DE CASO

A perspectiva desse capítulo foi representar a análise das demonstrações contábeis de uma empresa localizada no distrito de Novo Sarandi, pertencente ao município de Toledo, para demonstrar que a análise pode ser uma ferramenta útil para qualquer ramo de atividade. Demonstrando os resultados obtidos na análise realizada através de dados de uma empresa do ramo farmacêutico, com dados reais para auxiliar na tomada de decisão.

3.1 HISTÓRICO DA EMPRESA

O comércio varejista farmacêutico, citado acima iniciou suas atividades no dia 01 de dezembro de 2000, no distrito de Novo Sarandi, cidade de Toledo – PR. Inicialmente com dois sócios, sendo um deles formado na área de farmácia e o outro na área de Agronomia. Constituída com um capital social de R$ 15.000.00, dividido em 15.000 quotas, sendo que cada um dos sócios possuía 7.500 quotas. O ramo de atividade da empresa consiste no comércio de produtos farmacêuticos sem manipulação de fórmulas, artigos de perfumaria, cosméticos e de higiene pessoal. A administração da sociedade caberá ao sócio farmacêutico, que possui poderes e atribuições de administrador, além de poder usar o nome empresarial. Porém, é vedada a alienação de bens imóveis da sociedade sem a autorização do outro sócio. Caberá ao administrador da empresa prestar contas de sua administração, procedendo à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e econômico, sendo que os lucros ou prejuízos apurados até o término do exercício social, estabelecido como até 31 de dezembro, caberão aos sócios na proporção de suas quotas.

(40)

3.2 ANÁLISE DOS ÍNDICES

Depois de apresentada a teoria também aplicou-se os resultados á prática, estamos demonstrando cada análise realizada para chegarmos aos resultados do estudo. Pois, foi necessária a aplicação de algumas fórmulas já apresentadas, podendo dar uma direção para que o administrador saiba qual o melhor caminho a seguir, obtendo maior desempenho na atividade da empresa no mercado. Para aplicação das fórmulas e obtenção do resultado dos índices, utilizamos as informações das demonstrações contábeis dos períodos de 2010, 2011 e 2012 que estão nos anexos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

3.2.1 Análise vertical

Na análise vertical do ativo no ano 2010, observamos que 97% (noventa e sete por cento) está representado pelo ativo circulante. Deste, a maior parte esta concentrada no estoque de mercadoria com 96,16%, (noventa e seis vírgula dezesseis por cento) e os 0,84% (zero vírgula oitenta e quatro por cento) restantes, estão representados pelo caixa nas disponibilidades. Já, o ativo não circulante corresponde a apenas 3% ( três por cento), representado pelos bens e direitos, ou seja, uma impressora fiscal.

No caso do passivo no mesmo período, percebemos que o passivo circulante representa apenas 16,45% (dezesseis vírgula quarenta e cinco por cento) do total circulante, composto com 9,71% (nove vírgula setenta e um por cento) de fornecedores, 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento) de obrigações sociais e trabalhistas a pagar, 0,46% (zero vírgula quarenta e seis por cento) de INSS a recolher, 0,18% (zero vírgula dezoito por cento) de contribuição sindical a recolher, 1,10% (um vírgula dez por cento) de obrigações tributárias e 4,99% (quatro vírgula noventa e nove por cento) de outras obrigações. E, o maior percentual está concentrado no Patrimônio líquido, com 83,55% (oitenta e três vírgula cinquenta e cinco por cento), distribuídos da seguinte forma: 30,38% (trinta vírgula trinta e oito por cento) de capital social e 53,18% (cinquenta e três vírgula dezoito por cento) de lucros ou prejuízos acumulados.

(41)

GRÁFICO 1 – Composição do Ativo e passivo - 2010.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

Na análise vertical do ativo no ano 2011, pudemos verificar que o ativo circulante representa 97,68% (noventa e sete vírgula sessenta e oito por cento) do ativo total, sendo esta porcentagem composta por 2% (dois por cento) de ativo imobilizado, 6,37% (seis vírgula trinta e sete por cento) de disponibilidades e em sua grande maioria por 91,31% (noventa e um vírgula trinta e um por cento) de estoques de mercadoria.

(42)

representa 53,16% (cinquenta e três vírgula dezesseis por cento) do passivo total, uma considerável redução em comparação ao ano anterior, sendo 23,47% (vinte e três vírgula quarenta e sete por cento) de capital social e 29,68% (vinte e nove vírgula sessenta e oito por cento) de lucros ou prejuízos acumulados.

Segue no Gráfico 2 a representação das porcentagens encontradas na análise vertical do balanço patrimonial no período de 2011.

GRÁFICO 2 – Análise vertical do balaço patrimonial 2011.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

(43)

Na análise vertical do passivo de 2012, temos o passivo circulante com um elevado aumento de ano em ano e neste não foi diferente, pois no ano anterior representava 46% (quarenta e seis por cento) do passivo total, passando para 64% (sessenta e quatro por cento), sendo que os empréstimos compunham 49,46% (quarenta e nove vírgula quarenta e seis por cento), obrigações sociais e trabalhistas 0,96% (zero vírgula noventa e seis por cento), obrigações tributárias 0,93% (zero vírgula noventa e três por cento), e outras obrigações com 1,98% (um vírgula noventa e oito por cento). O patrimônio líquido reduzido para 35,99% (trinta e cinco vírgula noventa e nove por cento), sendo 23,19% (vinte e três vírgula dezenove por cento) de capital social e 12,81% (doze vírgula oitenta e um por cento) de lucros ou prejuízos acumulados.

No demonstrativo de resultado do ano 2010, conforme podemos observar na planilha de análise vertical da DR (Apêndice 2), temos a receita bruta de vendas compondo 96,39% (noventa e seis vírgula trinta e nove por cento) da DR, resultado bruto com 16,37% (dezesseis vírgula trinta e sete por cento), resultado operacional com 0,67% (zero vírgula sessenta e sete por cento), resultado líquido com 0,74% (zero vírgula setenta e quatro por cento), outras receitas operacionais com 0,04% (zero vírgula zero quatro por cento) e lucro ou prejuízo do exercício com 0,78% (zero vírgula setenta e oito por cento).

Igualmente, no ano 2011 a receita bruta com vendas representa 96,39% (noventa e seis vírgula trinta e nove por cento) da receita líquida, o resultado bruto com 7,88% (sete vírgula oitenta e oito por cento), o resultado operacional com 4,52% (quatro vírgula cinquenta e dois por cento negativo), o resultado líquido com -4,49% (quatro vírgula quarenta e nove por cento negativo), outras receitas operacionais com 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento) e o lucro ou prejuízo acumulado com -4,17% (quatro vírgula dezessete por cento negativo).

(44)

Segue Gráfico 3 que demonstra as porcentagens encontradas na análise vertical do exercício de 2012.

GRÁFICO 3 – Análise vertical do balanço patrimonial de 2012.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

Conforme representado no gráfico 4 podemos verificar qual foi o percentual de custo da mercadoria vendida em relação a receita líquida, bem como as despesas operacionais, encargos financeiros e enfim o lucro ou prejuízo acumulado do exercício em cada um dos três períodos

Houve um retrocesso do ano 2010 para 2011 e da mesma forma do ano 2011 para 2012, observando inclusive que em 2011 a empresa obteve prejuízo, repetindo a situação no ano 2012.

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GRÁFICO 4 – Análise vertical da DR dos três períodos em estudo.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

3.2.2 Análise horizontal

A análise horizontal demonstra se a conta contábil do balanço ou demonstração de resultado apresentou crescimento ou diminuiu na comparação ao período anterior que se está analisando. Analisaremos o resultado, ou porcentagem de cada conta observando o percentual resultante, sendo que, se acima de 100% (cem por cento), representa que houve aumento de um exercício para outro, caso o resultado encontrado seja abaixo de 100% (cem por cento), significa que houve diminuição.

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GRÁFICO 5 – Análise horizontal balanço patrimonial, comparativo 2010/2011.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

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em relação a 2010. Passando para o ativo não circulante podemos observar que o ativo imobilizado permaneceu estável, porque não foi adquirido nenhum equipamento neste intervalo de tempo. Partindo para as obrigações desta organização houve diminuição, estabilidade e aumento entre as contas que compõe o passivo circulante e patrimônio líquido do período de 2011, sendo a distribuição a seguinte: aumento do passivo circulante geral, porém, nem todas as contas que a compõe obtiveram o mesmo resultado, por exemplo, os fornecedores, obrigações sociais e trabalhistas a pagar e alugueis a pagar aumentaram, porém, a contribuição sindical permaneceu a mesma, ao contrário das obrigações tributárias e outras obrigações que diminuíram. Dentro do patrimônio Líquido o resultado é preocupante e deve ser verificado, pois o capital social permaneceu o mesmo, porém, os lucros acumulados que em 2010 era de R$26.259,00 (vinte e seis mil duzentos e cinquenta e nove reais) diminuíram para R$18.966,00 (dezoito mil e novecentos e sessenta e seis reais) em 2011.

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adquiridos de terceiros em 2012. Posteriormente houve crescimento de 44% (quarenta e quatro por cento) no FGTS a recolher, consequência do aumento dos salários e ordenados a pagar, seguido de 14% (quatorze por cento) a mais de pró-labore a pagar, isto é, 13% (treze por cento) de obrigações tributárias a maior que 2011 a recolher. O patrimônio líquido permaneceu estável, sem acréscimo ou decréscimo do capital social, porém, ainda mais alarmante e preocupante em relação aos lucros acumulados, pois este apresentou novamente queda, desta vez de 56% (cinquenta e seis por cento), sendo que o lucro acumulado em 2011 era de R$18.966,00 (dezoito mil, novecentos e sessenta e seis reais) passando a ser R$8.284,00 (oito mil, duzentos e oitenta e quatro reais) em 2011, ou seja, o lucro se reduziu a menos da metade apresentada anteriormente.

Passaremos então da análise do balanço patrimonial desta farmácia para a verificação de seu demonstrativo de resultados. De modo geral, vamos observar as principais contas do período de 2011.

Segue no Gráfico 6 a análise horizontal da comparação do exercício de 2012 com 2011.

GRÁFICO 6 – Análise horizontal balanço patrimonial, comparação 2011/2012.

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Podemos analisar que dentre as contas analíticas em sua maioria apresenta resultado abaixo de 100% (cem por cento), ou seja, as contas resultado bruto, despesas operacionais, resultado operacional, encargos financeiros e resultado líquido diminuiu de 2010 para 2011. O resultado bruto diminuiu 40% (quarenta por cento), porém, as receitas aumentaram, desta forma, acreditamos que a explicação para esta situação está no aumento do custo da mercadoria vendida, crescimento de 36% (trinta e seis por cento), não equivalente ao crescimento de sua receita de vendas que foi de apenas 24% (vinte e quatro por cento). Além disso, as despesas operacionais caíram, devido à diminuição das despesas com pessoal e administrativas ocorrerem em maior proporção que o aumento das demais despesas. Os encargos financeiros foram menores que em 2010, pois as receitas financeiras recebidas aumentaram, podendo ocorrer pelo aumento de juros recebidos, por exemplo. Os piores percentuais foram encontrados no resultado operacional, resultado líquido, resultado antes do IRPJ e CSLL e prejuízo do exercício, pois todos estes ficaram no vermelho, ou seja, o valor monetário apresentado no demonstrativo de resultado ficou negativo, diminuíram e muito em relação aos valores apresentados em 2011.

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GRÁFICO 7 – Análise horizontal do demonstrativo de resultados, comparativo 2010/2011.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

Não tão diferente do resultado de 2011 das demonstrações do exercício de 2012, também encontramos, prejuízos neste período, evidente consequência do pouco aumento, apenas 2% (dois por cento), da receita bruta de vendas, crescimento dos custos da mercadoria vendida e despesas operacionais, sendo este último determinado pelo considerável aumento das despesas com pessoal de 228% (duzentos e vinte e oito por cento), tornando assim o resultado operacional, resultado líquido, resultado antes do IRPJ e CSLL ainda mais pessimista e negativo do que 2011. Além disso, aumentou ainda mais o prejuízo do exercício em 2012.

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GRÁFICO 8 – Análise horizontal da demonstração de resultado, comparativo 2011/2012.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

3.2.3 Índices de liquidez

É uma forma de apreciarmos se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Podendo ser essa avaliada num longo prazo, num curto prazo ou em prazo imediato.

(52)

GRÁFICO 9 – Resultados índices de liquidez.

Fonte: elaborado pelos autores do trabalho (2013)

3.2.3.1 Liquidez corrente

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liquidez foi muito drástica em um curto período de tempo e caso não tome as providências cabíveis o valor pode piorar a cada exercício.

3.2.3.2 Liquidez geral

Este indicador demonstra a capacidade de pagamento da empresa no longo prazo, pegando como base os bens e direitos que a empresa apresenta de imediato, no curto prazo e no longo prazo, bem como, suas obrigações dentro dos mesmos prazos. Nas demonstrações contábeis que estamos analisando, o resultado encontrado foi o mesmo que o índice anterior, R$ 5,90 (cinco reais e noventa centavos) em 2010, R$ 2,09 (dois reais e nove centavos) em 2011 e R$ 1,48 (um real e quarenta e oito centavos) em 2012. Isto ocorreu porque o balanço patrimonial da empresa não apresenta as contas de exigível e longo prazo, nem passivo não circulante, desta forma a fórmula acabou sendo igual a da liquidez corrente. Assim podemos interpretar através dos resultados obtidos que nos três períodos a entidade possuía mais de R$ 1,00 (um real) para saldar suas dividas, sendo que o período em que esse indicador foi mais baixo, foi em 2012, onde a empresa disponha de R$ 1,48 (um real e quarenta e oito centavos) para saldar cada real de compromisso com terceiros.

3.2.3.3 Liquidez imediata

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