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CAPITULO IV

PRODUTO ESCALAR

A operação produto escalar será definida para vetores de V3 , em relação a base ortonormal E = (i, j, k).

4. PRODUTO ESCALAR

Sejam os vetores u( , , )u u u1 2 3 e v( , , )v v v1 2 3

. O produto escalar dos vetores

u e v é o número real

u v   u v1. 1u v2. 2u v3. 3

Notações: u v  ; u xv ; < u v , > ; uv ( lê-se: produto escalar de upor v). Exemplificando:

a) Se u(2,1,3) e v(5,3,2), então u v  2.5 1.3 3.2  = 10 + 3 + 6 = 19 b) Se u ( 2,1,4) e v(5, 3, 1) , então u v   ( 2).5 1.( 3) 4.1   = 9 c) Se i(1,0,0) e i(1,0,0), então  i i 1.1 0.0 0.0  = 1

d) Se j(0,1,0) e j(0,1,0), então  jj0.0 1.1 0.0  = 1

e) Se (1,0,0)i e j(0,1,0), então  ij1.0 0.1 0.0  = 0 (obs:  ij). 4.1. PROPRIEDADES DO PRODUTO ESCALAR.

Sejam u( , , )u u u1 2 3 , v( , , )v v v1 2 3

e w( ,w w w1 2, )3 vetores de V3 em relação a base ortonormal E = (i, j, k) e .

4.1.1. u v  = v u  (comutativa)

u v  = ( , , ) ( , , )u u u1 2 3  v v v1 2 3 = u v1 1. u v2. 2u v3. 3 = v u1. 1v u2. 2v u3. 3 = v u

  

4.1.2. (u )v = u ( v) = ( u v  )

(u )v = ( ( , , )) ( , , ) u u u1 2 3  v v v1 2 3 = (  u1, u2, u3) ( , , ) v v v1 2 3 = u v1. 1u v2. ,2 u v3. 3 =  ( .u v1 1u v2. 2u v3. )3

= ( u v  )

u (v) = ( , , ) ( ( , , ))u u u1 2 3   v v v1 2 3 = ( , , ) (u u u1 2 3    v1, v2, v3) = u1.v1u2.v2,u3.v3 =  ( .u v1 1u v2. 2u v3. )3

(2)

4.1.3. u  (vw) u v   u w 

u  (vw)  ( , , ) (( , , ) ( ,u u u1 2 3v v v1 2 3w w w1 2, ))3 = = ( , , ) (u u u1 2 3v1w v1, 2w2, v3w3) = = u1 (v1w1)u2 (v2w2)u3 (v3w3)= = u v1 1u w1 1u v2 2u w2 2u v3 3u w3 3

= (u v1 1u v2 2u v3 3) ( u w1 1 u w2 2 u w3 3) = = u v   u w  .

4.1.4. u u   u 2 ou, equivalentemente, u  u u  a) Sabemos de 3.4 que 2 2 2

1 2 3

u  uuu ou u 2 u12u22u32 b) u u  ( , , ) ( , , )u u u1 2 3u u u1 2 3 = u u1. 1u u2. 2u u3. 3 =

2 2 2

1 2 3

uuu Comparando (a) e (b), temos que u u   u 2

Nota: Segue de (b) que u u  0. Teremos u u  = 0 somente se u1 u2 u30.

4.1.5. u v  = u . u . cos, considerando-se u 0, 0v  e  o ângulo entre ue v

Portanto, se desejarmos obter o valor, em graus, do ângulo , interno ao triângulo OAB em O, basta interpretar o resultado da relação

cos u v u v

 

 

  , sendo u 0, 0v  .

--- EXEMPLO 4.1

1) Dados os pontos O(0,1, 2) , A(4 3 , 3, 2) e B(0, 1, 2). Pede a medida do ângulo interno relativo ao vértice O do triângulo OAB.

B

v

uv O 

u

A Fig 4.1

Temos OA u, OB v e BA   u v Utilizando a lei dos cossenos no triângulo OAB, temos

u v2 u 2  v 2 2 u v cos (1) Aplicando a propriedade 4.1.4, segue que

2

( ) ( )

u vu   vu v u u        u v v u v v

2

(3)

Solução:

Sejam OA  u (4 3, 4, 0) e OB v= (0, 2, 0) .

 

2

2 2 2 2 2

(4 3).0 4. 2 0. 0 cos

4 3 4 0 . 0 2 0

  

   

= 8

64 . 4 = 8 8 . 2=

1

2. Logo, = 60º.

2) Qual a medida do ângulo entre os vetores u(0, 1, 3) e v(1, 3, 1) ? Solução:

2 2 2 2 2 2

0.1 ( 1). 3 3. 1 cos

0 ( 1) 3 . 1 3 1

   

     =

3 3 10 . 5  

= 0

5 2 = 0. Logo,  = 90º.

Observação 4.1: A relação u v  = u . u . cos , com u 0, 0v  , nos permite

concluir que:

a) Se 0º <  < 90º , então cos>0 e, daí, u v  > 0. b) Se 90º <  < 180º , então cos< 0 e, daí, u v  < 0.

c) Se = 90º , então cos= 0 e, daí, u v  = 0. (1.1.7 – vetores ortogonais). d) Se = 0º , então u e v são paralelos de mesmo sentido, cos= 1 e o produto escalar u v  é máximo.

e) Se =180º, então u e v são paralelos de sentidos opostos, cos= 1 e o produto escalar u v  é mínimo.

É evidente que sendo u= 0 ou v = 0, segue que u v  = 0.

--- 4.2. PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UM VETOR u NA DIREÇÃO DE v  0. Consideremos: u AB,  vAC e  ( , )u v  . O ponto H é a projeção ortogonal de B sobre a retaAC.

O vetor AH chama-se projeção ortogonal do vetor u na direção de v.

Notação: AH = proj vu . B u

v

A H C Fig 4.2

B

u

(4)

Determinação do vetor proj vu

Temos que proj vu = k v , para algum k real. (1)

Vemos, por construção, que u  AH HB , isto é, u proj + HBvu . Então,

k HB

u v  . (2)

Multiplicando, escalarmente, os membros de (2) pelo vetor v, teremos:

u  v  kv  v  HB  v

Sabendo-se que HB  v , segue que HB  v0. Logo, u  v  k vv , ou seja, u  v  k (v  v). Assim, k = u v

v v

    

 . (3)

Substituindo (3) em (1), obtemos proj vu = u v v v

    

v

.

4.3. COSSENOS DIRETORES DE UM VETOR v 0

Os cossenos diretores de um vetor v  0 são os cossenos que v forma com as respectivas direção dos vetores i, j e k da base ortonormal E = (i, j, k). Considerando , e  os respectivos ângulos entre v = (x, y, z) e os vetores unitários i, j e k, tem-se: i  j  k 1 e

Nota: Verifique que cos2 cos2 cos2 1.

--- k

v 

  j

i

Fig 4.4

2 2 2 2 2 2

( , , ) (1,0,0)

cos v i x y z x

v i x y z x y z

   

   

 

 

 

2 2 2 2 2 2

( , , ) (0,1,0)

cos v j x y z y

v j x y z x y z

   

   

 

 

 

2 2 2 2 2 2

( , , ) (0,0,1)

cos v k x y z z

v k x y z x y z

   

   

 

 

(5)

EXEMPLO 4.2

1) Dados u = (9, 5, 15 ) e v = (3, 4, 0) em relação a base ortonormal E = (i, j, k). Pede determinar

a) proj vu proj vu = u v v v

    

v

= (9,5, 15) (3,4,0) (3,4,0) (3,4,0) (3,4,0)

 =

27 20

(3,4,0) 9 16

 =

47

(3,4, 0) 25

b) proj uv

proj uv= u v

u u

    

u

= (3,4,0) (9,5, 15) (9,5, 15) (9,5, 15) (9,5, 15)

 =

47

121(9, 5, 15 ) 2) Dados os pontos A(1, 2, 1), B(2, 5, 1) e C(1, 2, 3). Determinar

a) o ângulo interno ˆA do triangulo ABC Solução:

Temos os vetores AB = (3, 3, 0) e AC = (2, 0, 2) e ˆA= (AB,AC)   .

AB AC (3,3,0) (2,0,2) 6 1

ˆ cos A =

2

9 9 0 4 0 4 (3 2).(2 2)

AB AC       

 

 

  . Logo, ˆA = 60º.

b) a medida da projeção do lado AC sobre o AB Solução:

AH=proj ACAB AB AC AB (3,3,0) (2,0,2) (3,3,0) 1(3,3,0)

(3,3,0) (3,3,0) 3

AB AB

  



 

 

 

 = (1, 1, 0).

Então, AH = 2 2

AB

proj AC  1   1 0 2 unidades de comprimento. Temos, também, que A 22 02 22 2 2

C    



e que AB 3232 02 = 3 2 .

C

Fig 4.5 h

(6)

c) altura do triângulo relativa a base AB Solução:

Temos acima que AH = 2 e AC = 2 2 . O triângulo AHC é retângulo. Logo, h2 HC2 AC2 AH2   8 2 6.

Então, h = 6 unidades de comprimento. d) área do triângulo ABC

Solução:

Temos acima que AB 3 2  e h = 6 .

Área = AB h 2



= 3 2 6

2 =

3 12 2 =

3.2 3

2 = 3 3 unidades de área. 3) Sabendo-se que u 4 e v 3 e ( , )u v  60º. Pede o número real u v  . Solução:

Temos que u v cos u v

  

  60º e, daí, 1

4. 3 2

u v  . Logo,

u v  = 6.

4) Dados os vetores u = 2 i + j+ 4 k e v = 3 j  4 k. Determine o vetor w unitário, tal que seja ortogonal a u e a v.

Solução:

Suponhamos w = (x, y, z) seja o vetor procurado. Então,

2

1 0 0 w

u w

v w

 

  

  

2 2 2 1 (I)

2 4 0 (II)

3 4 0 (III)

x y z

x y z y z       

Partindo de (III), temos que 3 4

zy. Substituindo em (II), 2 4(3 ) 0 4

x y y  , segue que 2x4y0 e, daí, x 2y.

Substituindo x e z obtidos em função de y em (I), vem ( 2 )2 2 (3 )2 1 4

y y y

(7)

Resolvendo a equação tem-se que 4 89 89 y  .

Substituindo y nas equações de x e de z acima, obtemos:

a) p/ 4 89

89

y  8 89 89

x  e 3 89

89 z

b) p/ 4 89

89

y   8 89 89

x e 3 89

89 z 

Assim, w = 8 89, 4 89, 3 89

89 89 89

 

 

 

  ou w



= 8 89, 4 89, 3 89

89 89 89

 

 

 

 

  .

--- EXERCÍCIOS PROPOSTOS 4.1

Fixada a base ortonormal E = (i, j, k), resolva os seguintes exercícios: 1) Calcule o produto escalar dos vetores:

a) u= (1, 2, 1) e v = (3, 6, 1) R. 10 b) u= ( 2 , 3,  3) e v = (2 2 , 1, 3 ) R. 4 2) Determinar a medida do ângulo dado pela direção dos vetores:

a) u = 7 i e v = 5 i + 5 3 j R. 120º b) u = ik e v = 5 k R. 45º 3) Determinar a medida da projeção do vetor u na direção do vetor v :

a) u = 2 i 6 j + 3 k e v = i + 2j  2 k R. 16/3 b) u = i  j e v = i + k R. 2 / 2 4) Verificar se os vetores dados são ou não ortogonais:

a) u = 2 i 4 j  5 k e v = 3 i + j R. não b) u = i 6 j + k e v = 2j + 12 k R. sim c) u = j + k e v = i  k R. não 5) Determinar a medida da projeção do vetor v = 2i  4j  3 k

a) na direção do eixo x R. 2 b) na direção do eixo y R. 4 c) na direção do eixo z R. 3 6) Dados os pontos A(1, 2, 2) , B(1, 2, 7) e C(4, 6, 3), determinar:

(8)

7) Determinar m real de modo que os vetores u = (2, 1, 3) e v = (3, 1, m) sejam

ortogonais. R. 7/ 3 8) Verificar se os vetores f1 , f2



e f3 formam uma base ortonormal, sabendo-se que

1 4 , 3 , 1

26 26 26

f   

 



, 2 3, 4, 0

5 5

f   

 



e 3 4 , 3 , 5

5 26 5 26 26

f  

 



R. formam 9) Os vetores u = 4

21 

i

 1 21 j

+ 2 21 k

, v = 1 14 i

+ 2 14 j

+ 3 14 k

e

w

 2

5 j

+ 1 5 k

formam uma base ortonormal ?. R. não

10) Dados os pontos A(0, 1, 2) , B(4 3 , 3, 2) e C(0, 1, 2), determinar:

a) a medida do ângulo interno do vértice A do triângulo ABC R. 60º b) a medida da projeção do lado AC sobre o lado AB R. 1 c) a altura do triângulo ABC relativa ao lado AB. R. 3 d) a área do triângulo ABC. R. 4 3 11) Determinar  e  reais, sabendo-se que o vetor w = (2 , 5, 1) é ortogonal aos vetores u = (1, 1, 1) e v = (2, 1, 2).

R. = 1/6 e = 4/15 12) O triângulo de vértices A(1, 3, 5), B(3, 4, 7) e C(2, 5, 3) é retângulo ?. Caso seja retângulo, quais são os lados perpendiculares? R. sim , AB e AC. 13) Classificar o quadrilátero ABCD de vértices A(1, 5, 2) , B(3, 7, 1) , C(4, 5, 1) e D(2, 3, 0) num dos casos: quadrado, retângulo, losango, trapézio ou trapezóide.

R. quadrado 14) Dados os pontos A(2, 0, 2) , B(1, 3, 1) e C(3, 1, 0). Consideremos os pontos P e Q tais que: Q é ponto médio do segmento BC e B esta a 2/5 de P para A. Determine a medida da projeção do vetor PQ na direção do vetor AB.

R. 7 3 2 15) Prove que as diagonais de um losango são perpendiculares entre si.

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