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Universidade de Bras´ılia Instituto de Ciˆ encias Exatas Departamento de Estat´ıstica Novas Distribui¸c˜ oes Invers´ıveis Sim´ etricas e Assim´ etricas

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Academic year: 2019

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(1)

Universidade de Bras´ılia

Instituto de Ciˆ

encias Exatas

Departamento de Estat´ıstica

Novas Distribui¸c˜

oes Invers´ıveis Sim´

etricas e Assim´

etricas

Cl´audia Raquel da Rocha Eirado

Disserta¸c˜ao de Mestrado em Estat´ıstica

(2)

Cl´audia Raquel da Rocha Eirado

Novas Distribui¸c˜

oes Invers´ıveis Sim´

etricas e Assim´

etricas

Disserta¸c˜ao apresentada ao Departamento de Estat´ıstica do Instituto de Ciˆencias Exatas da Universidade de Bras´ılia como requisito parcial `a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Mestre em Estat´ıstica.

(3)

UNIVERSIDADE DE BRAS´ILIA INSTITUTO DE CIˆENCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ESTAT´ISTICA

DISTRIBUIC

¸ ˜

OES INVERS´IVEIS SIM´

ETRICAS E

ASSIM´

ETRICAS

CL ´

AUDIA RAQUEL DA ROCHA EIRADO

DISSERTAC¸ ˜AO DE MESTRADO SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ESTAT´ISTICA DO INSTITUTO DE CIˆENCIAS EXATAS DA UNI-VERSIDADE DE BRAS´ILIA, COMO REQUISITO PARCIAL `A OBTEN-C¸ ˜AO DO T´ITULO DE MESTRE EM ESTAT´ISTICA.

APROVADA POR:

Profa. Pushpa Narayan Rathie, PhD. (DEST-UnB) (Orientador)

Prof. Gustavo Leonal Gilardoni Avalle, PhD. (DEST-UnB) (Examinador Interno)

Prof. Jos´e Ailton Alencar de Andrade, DSc. (DEMA-UFC) (Examinador Externo)

(4)

FICHA CATALOGR ´AFICA

EIRADO, CL ´AUDIA RAQUEL DA ROCHA

Novas Distribui¸c˜oes Invers´ıveis Sim´etricas e Assim´etricas [Distrito Federal] 2011. xvi, 103p., 210 x 297 mm (DEST/IE/UnB, Mestre, Estat´ıstica, 2011).

Disserta¸c˜ao de Mestrado. Universidade de Bras´ılia. Instituto de Ciˆencias Exatas. Departamento de Estat´ıstica.

1.Fun¸c˜ao H 2.Fun¸c˜ao Hipergeom´etrica

3.Densidades Sim´etricas e Assim´etricas 4.Estimadores de M´axima Verossimilhan¸ca I. DEST/IE/UnB II. T´ıtulo (s´erie)

REFERˆENCIA BIBLIOGR ´AFICA

EIRADO, C. R. R (2011). Novas Distribui¸c˜oes Invers´ıveis Sim´etricas e Assim´etricas. Disserta¸c˜ao de Mestrado em Estat´ıstica, Departamento de Estat´ıstica, Universidade de Bras´ılia, Bras´ılia, DF, 103p.

CESS ˜AO DE DIREITOS

AUTOR: Cl´audia Raquel da Rocha Eirado.

T´ITULO: Novas Distribui¸c˜oes Invers´ıveis Sim´etricas e Assim´etricas. GRAU: Mestre ANO: 2011

´

E concedida `a Universidade de Bras´ılia permiss˜ao para reproduzir c´opias desta dis-serta¸c˜ao de mestrado e para emprestar ou vender tais c´opias somente para prop´ositos acadˆemicos e cient´ıficos. O autor reserva outros direitos de publica¸c˜ao e nenhuma parte dessa disserta¸c˜ao de mestrado pode ser reproduzida sem autoriza¸c˜ao por es-crito do autor.

Cl´audia Raquel da Rocha Eirado

(5)

Ao meu amado esposo Leonardo,

ao meu filho Mateus e

(6)

Agradecimentos

• Agrade¸co ao Soberano autor da vida, meu Deus, por ser meu ref´ugio e fortaleza. Todo o louvor seja dado a Ele.

• Ao meu esposo Leonardo e ao meu filho Mateus, pela compreens˜ao e incentivo em todos os momentos.

• Aos meus pais Nonato e F´atima, por me orientarem ao longo da vida e me ensinarem a vencer desafios.

(7)

Sum´

ario

Sum´ario 3

Lista de Figuras 6

Lista de Tabelas 7

Resumo 8

Abstract 10

1 Introdu¸c˜ao 12

2 Fun¸c˜oes Matem´aticas Especiais 15

2.1 Introdu¸c˜ao . . . 15

2.2 A Fun¸c˜ao H(z) . . . 15

2.2.1 Conceitos e fundamentos - [SPRINGER,1979] (19) . . . 15

2.3 A Fun¸c˜ao Generalizada de Gauss pFq . . . 17

2.3.1 Conceitos e fundamentos - [SLATER,1966] (18) . . . 17

2.3.2 A convergˆencia da Fun¸c˜ao Generalizada de Gauss pFq . . . 18

2.3.3 A Fun¸c˜ao Hipergeom´etrica de Gauss 2F1 . . . 18

2.3.4 Convergˆencia da Fun¸c˜ao de Gauss 2F1 . . . 19

2.3.5 Rela¸c˜oes Funcionais de 2F1[a;b;c;z] . . . 20

2.4 A Fun¸c˜ao G de Meijer . . . 20

2.5 A Fun¸c˜ao Bivariada H[x, y] . . . 22

2.5.1 Conceitos e fundamentos - [MATHAI et al.,2010] (9) . . . 22

(8)

3 Uma Nova Distribui¸c˜ao 25

3.1 Introdu¸c˜ao . . . 25

3.2 Distribui¸c˜ao Acumulada Assim´etrica . . . 25

3.2.1 Propriedades da Distribui¸c˜ao Acumulada . . . 26

3.2.2 Gr´aficos para a Distribui¸c˜ao Acumulada . . . 27

3.2.3 Fun¸c˜ao Densidade de Probabilidade . . . 29

3.2.4 Gr´aficos para a Fun¸c˜ao Densidade de Probabilidade . . . 30

3.2.5 Distribui¸c˜oes de M´ınimo e M´aximo . . . 36

3.2.6 Momentos para X . . . 37

3.2.7 Fun¸c˜ao Caracter´ıstica para X . . . 40

3.2.8 Estimadores para os parˆametros B, C, ρde f(x) . . . 46

4 Vers˜ao Sim´etrica para a Distribui¸c˜ao 48 4.1 Introdu¸c˜ao . . . 48

4.2 Distribui¸c˜ao Acumulada Sim´etrica . . . 48

4.2.1 Propriedades da Distribui¸c˜ao Acumulada Sim´etrica . . . 48

4.2.2 Gr´aficos para a Distribui¸c˜ao Acumulada Sim´etrica . . . 49

4.2.3 Fun¸c˜ao Densidade de Probabilidade Sim´etrica . . . 52

4.2.4 Gr´aficos para a Fun¸c˜ao Densidade de Probabilidade Sim´etrica 53 4.2.5 Distribui¸c˜oes de M´ınimo e M´aximo . . . 57

4.2.6 Momentos para X . . . 58

4.2.7 Fun¸c˜ao Caracter´ıstica para X . . . 60

4.2.8 Estimadores para os parˆametros B, C, ρde g(x) . . . 61

5 Distribui¸c˜oes Assim´etricas 63 5.1 Introdu¸c˜ao . . . 63

5.2 Distribui¸c˜ao Assim´etrica h1(x) . . . 64

5.2.1 Constru¸c˜ao de h1(x) . . . 64

5.2.2 Gr´afico para a Densidade Assim´etrica Sas(x) . . . 64

5.3 Distribui¸c˜ao Assim´etrica h2(x) . . . 65

5.3.1 Constru¸c˜ao de h2(x) . . . 65

(9)

6 Aplica¸c˜oes 67

6.1 Introdu¸c˜ao . . . 67

6.2 Precipita¸c˜ao . . . 67

6.2.1 An´alise Descritiva . . . 67

6.2.2 Estima¸c˜ao dos Parˆametros . . . 69

6.2.3 Ajuste da Curva . . . 70

6.3 Retornos Di´arios de Taxa Cˆambio . . . 72

6.3.1 An´alise Descritiva . . . 72

6.3.2 Estima¸c˜ao dos Parˆametros . . . 75

6.3.3 Ajuste da Curva . . . 78

6.4 Consumo de Energia - kg de petr´oleo per capita . . . 79

6.4.1 An´alise Descritiva . . . 79

6.4.2 Estima¸c˜ao dos Parˆametros . . . 81

6.4.3 Ajuste da Curva . . . 82

7 Conclus˜oes 84

(10)

Lista de Figuras

3.1 Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada Assim´etrica F(x) . . . 27 3.2 Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F(x) - varia¸c˜ao de ρ, com

B >0,C fixos . . . 27 3.3 Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F(x) - varia¸c˜ao de ρ, com

B <0,C fixos . . . 28 3.4 Formas para a Distribui¸c˜ao AcumuladaF(x) - varia¸c˜ao deB, comC, ρ

fixos . . . 28 3.5 Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F(x) - varia¸c˜ao de C, com

B >0,ρ fixos . . . 28 3.6 Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F(x) - varia¸c˜ao de C, com

B <0,ρ fixos . . . 29 3.7 Formas para a Densidade de Probabilidade Assim´etrica f(x) . . . 30 3.8 Formas para a Densidade Gama Generalizada . . . 31 3.9 Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de ρ, com

B >0,C fixos . . . 32 3.10 Formas para a Densidade de Probabilidadef(x) - varia¸c˜ao de ρ, com

B <0,C fixos . . . 32 3.11 Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de B, com

C, ρ fixos . . . 33 3.12 Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de C, com

B >0,ρ fixos . . . 33 3.13 Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de C, com

(11)

3.15 Formas para a Densidade de Cauchy . . . 36

4.1 Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada Sim´etrica G(x) . . . 49 4.2 Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de

ρ, com B >0,C fixos . . . 50 4.3 Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de

ρ, com B <0,C fixos . . . 50 4.4 Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de

B, com C, ρ fixos . . . 51 4.5 Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de

C, com B >0,ρ fixos . . . 51 4.6 Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de

C, com B <0,ρ fixos . . . 52 4.7 Formas para a Densidade Sim´etrica g(x) . . . 53 4.8 Formas para a Densidade g(x) - varia¸c˜ao de ρ, comB >0, ρ fixos . . 54 4.9 Formas para a Densidade g(x) - varia¸c˜ao de ρ, comB <0, ρ fixos . . 55 4.10 Formas para a Densidadeg(x) - varia¸c˜ao de B, com C, ρfixos . . . . 55 4.11 Formas para a Densidadeg(x) - varia¸c˜ao de C, com B >0, C fixos . . 56 4.12 Formas para a Densidadeg(x) - varia¸c˜ao de C, com B <0, C fixos . . 56 5.1 Formas para a Densidade Assim´etricaSas(x) . . . 65 5.2 Formas para a Densidade Assim´etricaSbs(x) . . . 66 6.1 Boxplot para os Dados de Precipita¸c˜ao . . . 68 6.2 Distribui¸c˜ao Emp´ırica e Densidade Estimada por Kernel para os Dados

de Precipita¸c˜ao . . . 69 6.3 An´alise de Bondade do Ajuste para os Dados de Precipita¸c˜ao . . . 72 6.4 Boxplot para Retornos da Taxa de Cˆambio - Real - Brasil . . . 74 6.5 Boxplot para Retornos da Taxa de Cˆambio - D´olar Canadense - Canad´a 74 6.6 Distribui¸c˜ao Emp´ırica e Densidade Estimada para Retornos da Taxa

de Cˆambio - Real - Brasil . . . 75 6.7 Distribui¸c˜ao Emp´ırica e Densidade Estimada para Retornos da Taxa

(12)

6.8 An´alise de Bondade de Ajuste para Retornos Di´arios da Taxa de Cˆambio - Real - Brasil . . . 79 6.9 An´alise de Bondade de Ajuste para Retornos Di´arios da Taxa de Cˆambio

- D´olar Canadense - Canad´a . . . 79 6.10 Boxplot para os Dados de Log-Consumo de Energia . . . 81 6.11 Distribui¸c˜ao Emp´ırica e Densidade Estimada por Kernel para os Dados

(13)

Lista de Tabelas

6.1 Estat´ısticas Descritivas para os Dados de Precipita¸c˜ao . . . 68 6.2 E.M.V. e I.C. 95% Bootstrap para os Parˆametros B, C, ρ . . . 70 6.3 Medidas de Acur´acia de Ajuste para as Distribui¸c˜ao dos Dados de

Precipita¸c˜ao . . . 71 6.4 Estat´ısticas Descritivas para os Dados de Retornos Di´arios das Taxas

de Cˆambio do Brasil e Canad´a . . . 73 6.5 E.M.V. e I.C. Wald 95% para os Parˆametros B, C . . . 77 6.6 Medidas de Acur´acia de Ajuste para as Distribui¸c˜oes dos Retornos das

Taxas Cambiais de Brasil e Canad´a . . . 78 6.7 Estat´ısticas Descritivas para os Dados de Log-Consumo de Energia . 80 6.8 E.M.V. para os Parˆametros B, C, γ, µ, σ . . . 82 6.9 Medidas de Acur´acia de Ajuste para as Distribui¸c˜ao dos Dados de

(14)

Resumo

O estudo de novas distribui¸c˜oes se faz necess´ario `a medida em que nos deparamos com dados que muitas vezes possuem peculiaridades que n˜ao se encaixam em dis-tribui¸c˜oes j´a conhecidas.

O objetivo deste trabalho ´e apresentar novas distribui¸c˜oes assim´etricas e sim´etricas, suas propriedades e aplica¸c˜oes com dados reais, nas ´areas clim´atica e econˆomico-financeira.

O nosso trabalho possui trˆes tipos de distribui¸c˜oes: uma distribui¸c˜ao as-sim´etrica, que engloba dados n˜ao negativos, uma vers˜ao sim´etrica para dados em toda a reta real e, vers˜oes “skew” geradas a partir da vers˜ao sim´etrica.

As distribui¸c˜oes desse trabalho s˜ao em geral, formas racionais de polinˆomios. Por possu´ırem uma grande quantidade de parˆametros, tem a vantagem de serem bastante male´aveis e vers´ateis. As distribui¸c˜oes tem como maior caracter´ıstica a cauda pesada, pois possuem caudas com varia¸c˜ao regular de ordem 2, significa que ao

|x| → ∞, x R oux → ∞, x >0, temos fun¸c˜oes de densidade de probabilidade

do tipo c x2.

Para definir momentos e fun¸c˜oes caracter´ısticas paras as distribui¸c˜oes, uti-lizaremos fun¸c˜oes matem´aticas especiais da fam´ılia Hipergeom´etrica, revisadas teori-camente em [Mathai et al., 2010] (9), [Springer, 1979] (19), [Hai & Yakubovich, 1992] (8), [Slater,1966] (18) e [Temme, 1996] (20).

Construiremos distribui¸c˜oes assim´etricas (“skew”) geradas a partir de resul-tados de [Azzalini, 1985] (1) e [Fernandez et al., 1998] (7).

(15)

Os dados clim´aticos se referem a um conjunto que cont´em a precipita¸c˜ao anual da cidade de Los Angeles, entre 1878 e 1998 obtidos no s´ıtio do National Weather Service (NWS) dos Estados Unidos da Am´erica (12).

As aplica¸c˜oes na ´area econˆomico-financeira possuem dois conjuntos de dados. O primeiro se refere aos retornos percentuais calculados a partir das taxas cambiais di´arias para o Real (Brasil) e D´olar (Canad´a) frente ao d´olar americano entre 03 de janeiro de 2000 e 20 de maio de 2011 divulgadas pelo Federal Reserve (5). O segundo trata do consumo de energia em kg de petr´oleo per capita para 136 pa´ıses em 1997 divulgadas pelo Banco Mundial (23).

Palavras-Chave: Fun¸c˜ao H, fun¸c˜ao Hipergeom´etrica, fun¸c˜oes de distribui¸c˜ao e

(16)

Abstract

The study of new distributions is necessary when we are faced with data that often do not fit to already known distributions.

The aim of this work is to present new skew symmetric and asymmetric distributions, its properties and applications with real data, in economic and financial, and climate areas.

Our work has three types of distributions: an asymmetric distribution, which includes non-negative data, a symmetric version of data across the real line, and “ skew” version generated from the symmetric version.

The distributions presented in this work are generally rational forms of poly-nomials. As it has many parameters, we have the advantage of being very flexi-ble and versatile. The distribution has the greatest feature a heavy tail, because it has tails with regular variation of order 2, it means that |x| → ∞, x R or

x→ ∞, x >0, we have probability density functions of type c x2.

To define moments and characteristic functions for distributions, we use ma-thematical special functions of Hypergeometric family, with shown theory in [Mathai et al., 2010] (9), [Springer, 1979] (19), [Hai Yakubovich, 1992] (8), [Slater, 1966] (18) and [Temme, 1996] (20).

In particular, we will generate skew distributions from results of [Azza-lini, 1985] (1) and [Fernandez et al., 1998] (7).

(17)

The applications in the economic-financial area have two data sets. The first refers to the percentage returns calculated from daily exchange rates for the Real (Brazil) and Dollar (Canada) against the U.S. dollar between January 3, 2000 and May 20, 2011 released by the Federal Reserve (5). The second deals with the energy consumption in kg of oil per capita to 136 countries in 1997 released by the World Bank (23).

Keywords: H-function, Hypergeometric function, skew and symmetric distributions

(18)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸c˜

ao

A Estat´ıstica associada `a Probabilidade permite a previs˜ao do comportamento de dados. Ajustar distribui¸c˜oes de probabilidade a dados reais ser´a sempre um desafio, pois encontrar uma fun¸c˜ao matem´atica que traduza os dados de maneira satisfat´oria ´e sempre complexo.

Com certa freq¨uˆencia nos deparamos com dados que possuem peculiaridades que nem sempre conseguem ser captadas pelas distribui¸c˜oes mais conhecidas. As dis-tribui¸c˜oes apresentadas nesse trabalho s˜ao em geral, formas racionais de polinˆomios. Por possu´ırem uma grande quantidade de parˆametros, tem a vantagem de serem bastante male´aveis e vers´ateis.

As distribui¸c˜oes tem como maior caracter´ıstica a cauda pesada, pois possuem caudas com varia¸c˜ao regular de ordem 2, significa que ao |x| → ∞, x R ou

x → ∞, x > 0, temos fun¸c˜oes de densidade de probabilidade do tipo xc2 como ser´a

mostrado no Cap´ıtulo 3. Logo, temos distribui¸c˜oes que podem modelar com eficiˆencia dados ecol´ogicos e ambientais, al´em de dados financeiros.

(19)

O trabalho trata de novas distribui¸c˜oes sim´etricas e assim´etricas e suas pro-priedades. Por serem distribui¸c˜oes que podem assumir formas com caudas pesadas, podem ser utilizada para s´eries de dados financeiros e fenˆomenos naturais como ´ındices pluviom´etricos e temperaturas em determinadas localidades ao longo do tempo. Ser´a apresentada vers˜ao da distribui¸c˜ao apenas com valores positivos e outra vers˜ao para toda a reta real. Al´em de uma distribui¸c˜ao fortemente assim´etrica gerada a partir da distribui¸c˜ao sim´etrica.

Dados ecol´ogicos e ambientais, geralmente de ´ındices pluviom´etricos, tempe-raturas, incidˆencia de raios solares possuem caudas pesadas e dependendo da loca-lidade podem ocorrer distribui¸c˜oes bimodais. Isso porque em certas localoca-lidades, as temperaturas, por exemplo, podem ter duas modas, por exemplo em pa´ıses de clima temperado, onde ocorrem invernos e ver˜oes rigorosos, com valores extremos. Tamb´em para ´ındices pluviom´etricos observamos esse tipo de comportamento, onde temos uma quantidade de precipita¸c˜ao m´edia ao longo do ano, e em uma outra ´epoca do ano, se tem grande quantidade de chuva como, por exemplo, no fenˆomeno das mon¸c˜oes.

Em dados financeiros, temos comportamento de caudas pesadas frequente-mente ao tratarmos de retornos financeiros, pois em geral, possu´ımos um rendimento m´edio (se forem di´arios, geralmente est˜ao em torno de 0). Mas tamb´em teremos val-ores muito abaixo (perdas) ou acima (ganhos) da m´edia do rendimento, que formar˜ao a cauda pesada da distribui¸c˜ao, com valores extremos.

O objetivo ´e determinar propriedades da distribui¸c˜ao, encontrar a densidade, momentos, fun¸c˜ao caracter´ıstica e determinar estimadores para os parˆametros a fim de fazer inferˆencia estat´ıstica a partir destas distribui¸c˜oes e modelar com dados reais.As distribui¸c˜oes s˜ao denominadas invers´ıveis, pois conseguimos simular X a partir das distribui¸c˜oes apresentadas.

O Cap´ıtulo 2 apresenta as fun¸c˜oes matem´aticas especias da fam´ılia Hiper-geom´etrica que ser˜ao utilizadas para c´alculo de momentos e fun¸c˜oes caracter´ısticas. As defini¸c˜oes e resultados apresentados para a Fun¸c˜ao H, Fun¸c˜ao G de Meijer e Fun¸c˜ao H Biavariada podem ser encontrados em [Mathai et al., 2010] (9), [Springer, 1979] (19) e [Hai & Yakubovich, 1992] (8). Os resultados para a Fun¸c˜ao Generalizada de Gauss podem ser encontrados em [Slater, 1966] (18) e [Temme, 1996] (20).

(20)

a vers˜ao assim´etrica, pode-se imaginar, por exemplo, que a distribui¸c˜ao de Pareto tamb´em possui caudas pesadas, ent˜ao porque utilizar a nova distribui¸c˜ao? A van-tagem da nova distribui¸c˜ao ´e que esta passa pela origem, enquanto que a de Pareto n˜ao.

O Cap´ıtulo 4 trata da distribui¸c˜ao sim´etrica em torno de 0 e suas propriedades. Para a vers˜ao sim´etrica, o que se observa ´e que essa distribui¸c˜ao possui semelhan¸ca com a distribui¸c˜ao de Cauchy, j´a que ambas possuem caudas com varia¸c˜ao regular de ordem 2. Mas no caso da nova distribui¸c˜ao temos formas bimodais, o que n˜ao ocorre com a distribui¸c˜ao de Cauchy.

O Cap´ıtulo 5 apresenta vers˜ao fortemente assim´etrica gerada a partir da vers˜ao sim´etrica por meio de resultados encontrados em [Azzalini, 1985] (1) e [Fernandez et al., 1998](7). Essas distribui¸c˜oes possuem formas bimodais e possuem a vantagem de ter uma modelagem mais simples do que a abordagem de mistura de distribui¸c˜oes, frequentemente utilizada para ajuste de dados bimodais.

O Cap´ıtulo 6 trata de aplica¸c˜oes com dados reais onde ser˜ao ajustadas as distribui¸c˜oes com estima¸c˜ao de m´axima verossimilhan¸ca dos parˆametros por meio do pacote DEoptim, segundo as defini¸c˜oes de [Mullen et al., 2011] (11).

O primeiro conjunto de dados estudado ´e o de precipita¸c˜ao anual (quantidade de chuva) na cidade de Los Angeles, para anos de 1878 a 1998. O histograma mostra uma densidade assim´etrica `a direita, em que ser´a aplicada a vers˜ao assim´etrica do Cap´ıtulo 3, que engloba dados n˜ao negativos.

A segunda aplica¸c˜ao se refere aos retornos di´arios percentuais das taxas de cˆambio do Brasil e Canad´a, entre 03 de janeiro de 2000 e 20 de maio de 2011. As densidades estimadas porKernel apontam para dados com caudas pesadas, onde ser´a aplicada a vers˜ao sim´etrica do Cap´ıtulo 4.

(21)

Cap´ıtulo 2

Fun¸c˜

oes Matem´

aticas Especiais

2.1

Introdu¸c˜

ao

Ser˜ao apresentadas a fun¸c˜ao H(z) e a fun¸c˜ao Hipergeom´etrica Generalizada (pFq),

pois alguns resultados para momentos e fun¸c˜oes caracter´ısticas das distribui¸c˜oes que ser˜ao estudadas adiante utilizam estes tipos de fun¸c˜oes. A vantagem de utilizar estas fun¸c˜oes ´e que muitos c´alculos podem ser realizados por meio de implementa¸c˜oes presentes em softwares matem´aticos como o Maple e o Mathematica.

2.2

A Fun¸c˜

ao H(z)

2.2.1

Conceitos e fundamentos - [SPRINGER,1979] (19)

Defini¸c˜ao 2.2.1. A Fun¸c˜aoH(z)´e definida por um tipo de integral de Mellin-Barnes

H(z) =Hm,n p,q

z

(a1, α1), . . . , (ap, αp)

(b1, β1), . . . , (bq, βq)

=

1 2πi

Z

C

Qm

j=1Γ(bj−βjs)

Qn

j=1Γ(1−aj +αjs)

Qq

j=m+1Γ(1−bj +βjs)

Qp

j=n+1Γ(aj −αjs)

zsds, (2.1)

onde

(22)

0np, m 6= 0 ou n 6= 0, αj >0, j = 1,2, . . . , p,

βj >0, j = 1,2, . . . , q,

aj ,com j = 1,2, . . . , p, e bj , com j = 1,2, . . . , q, s˜ao n´umeros complexos tais que

nenhum dos p´olos de Γ(bj −βjs), j = 1, . . . , m, coincidam com algum dos p´olos de

Γ(1aj +αjs), j = 1, . . . , n. Tamb´em, C ´e um contorno no plano complexo

percor-rendo ωi a ω+i, i=√1, para algum ω real tal que

s = bj+k

βj

,

para j = 1, . . . , m e k = 0,1, . . . para o lado direito do contorno C e os pontos

s= aj −1−k

αj

,

para j = 1, . . . , n e k= 0,1, . . . para o lado esquerdo do contorno C com indenta¸c˜oes, se for necess´ario para tal separa¸c˜ao.

O contorno C possui as seguintes defini¸c˜oes:

i) Para C = C−∞ que engloba estritamente os p´olos de Γ(bj −βjs), j = 1, . . . , m, a

integral converge z se µ > 0 e z 6= 0 ou µ = 0 e 0 < z < η. A integral tamb´em

converge se µ= 0, |z|=η e Re(δ)<1, onde

η=

( p

Y

j=1

(αj)−αj

) ( q

Y

j=1

(βj)βj

)

,

µ=

q

X

j=1

βj − p

X

j=1

αj, e

δ =

q

X

j=1

bj− p

X

j=1

aj +

pq

2

ii) Para C =C que engloba estritamente os p´olos de Γ(1aj−αjs), j = 1, . . . , n,

(23)

iii) Para C =Ciω∞ ´e um contorno iniciando no ponto ω−i∞ passando por ω+i∞,

onde ω R = (−∞,+) tal que todos os p´olos de Γ(bj βjs), j = 1, . . . , m

s˜ao separados dos p´olos de Γ(1 aj − αjs), j = 1, . . . , n, a integral converge se

υ < 0,|arg(z)| < 1

2πυ, υ 6= 0. A integral tamb´em converge se υ = 0, ω+Re(δ) <

−1, arg(z) = 0, e z6= 0, onde

υ =

n

X

j=1

αj − p

X

j=n+1

αj + m

X

j=1

βj − q

X

j=m+1

βj

.

2.3

A Fun¸c˜

ao Generalizada de Gauss

p

F

q

2.3.1

Conceitos e fundamentos - [SLATER,1966] (18)

Defini¸c˜ao 2.3.1. A Fun¸c˜ao Generalizada de Gauss, denotada por pFq, ´e uma s´erie

de potˆencias da forma

1 + a1a2. . . ap

b1b2. . . bq

z

1! +

a1(a1+ 1)a2(a2+ 1). . . ap(ap+ 1)

b1(b1+ 1)b2(b2+ 1). . . bq(bq+ 1)

z2

2! +. . .

X

n=0

(a1)n(a2)n. . .(ap)n

(b1)n(b2)n. . .(bq)n

zn

n!, (2.2)

onde (ai)n e (bi)n s˜ao o s´ımbolo de Pochhammer dado por:

(a)k =

Γ(a+k)

Γ(a) =a(a+ 1)...(a+k−1)

Ent˜aoa1, a2, . . . , aqs˜ao parˆametros do numerador eb1, b2, . . . , bqs˜ao parˆametros

do denominador que n˜ao podem ser inteiros negativos, pois a s´erie n˜ao ´e definida para

estes valores, z ´e a vari´avel e a e z podem assumir valores reais ou complexos.

Em particular, a fun¸c˜ao generalizada de Gauss ´e um caso especial da fun¸c˜ao H:

pFq

"

a1, . . . , ap

b1, . . . , bq

(24)

H1,p p,q+1

x

(1a1,1), . . . , (1−ap,1),

(0,1), (1b1,1), . . . , (1−bq,1)

 (2.3)

2.3.2

A convergˆ

encia da Fun¸c˜

ao Generalizada de Gauss

p

F

q

A s´erie pFq converge para todos os valores de z real ou complexo quando p ≤q,

se unzn ´e o n-´esimo termo de s´erie

un+1 un ≤ |

a1+n||a2+n|. . .|ap+n||z|

|b1 +n||b2+n|. . .|bq+n|(1 +n)

≤ |z|n

p−q−1(1 +|a

1|/n)(1 +|a2|/n). . .(1 +|ap|/n)

(1 + 1/n)(1 +|b1|/n)(1 +|b2|/n). . .(1 +|bq|/n

, (2.4)

e (2.4) tende a zero, quando n → ∞, para p q. Tamb´em, se p = q+ 1, a s´erie converge desde que |z| < 1. Tamb´em converge quando z = 1, se Re(Pqj=1bj −

Pp

j=1aj)>0, ez =−1, se Re(

Pq

j=1bj−

Pp

j=1aj)>−1.Se p > q+ 1, a s´erie nunca

converge, exceto para z = 0, e a fun¸c˜ao ´e definida apenas quando a s´erie termina, isto ´e, quando um ou mais dos a parˆametros ´e zero ou um inteiro negativo.

2.3.3

A Fun¸c˜

ao Hipergeom´

etrica de Gauss

2

F

1

Um caso em especial da fun¸c˜ao hipergeom´etrica, ser´a do interesse de nossos estudos, 2F1, tamb´em conhecida como s´erie de Gauss.

Defini¸c˜ao 2.3.2. A s´erie

1 + ab

c z

1!+

a(a+ 1)b(b+ 1)

c(c+ 1)

z2

2! +

a(a+ 1)(a+ 2)b(b+ 1)(b+ 2)

c(c+ 1)(c+ 2)

z3

3! +. . . (2.5)

´e simbolizada por 2F1[a;b;c;z], onde a, b e c s˜ao parˆametros e z a vari´avel. Se a ou b

for um inteiro negativo, a s´erie tem um n´umero finito de termos, e torna-se, de fato,

(25)

2.3.4

Convergˆ

encia da Fun¸c˜

ao de Gauss

2

F

1

A s´erie de Gauss,2F1, pode ser denotada por

2F1[a;b;c;z] =

X

n=1

(a)n(b)n

(c)nn!

, onde (2.6)

(a)n=a(a+ 1)(a+ 2)(a+ 3). . .(a+n−1). (2.7)

Por exemplo, (2)5 = 2.3.4.5.6 = 720. Em particular, (a)0 ≡ 1 e (1)n = n!.

Logo,

(a)n=

Γ(a+n)

Γ(a) e (2.8)

lim

n→∞(a)n =

1

Γ(a). (2.9)

Sea ´e um inteiro negativo m, ent˜ao

(a)n = (−m)n, if m≥n

e

(a)n= 0, if m < n

.

Por exemplo, (2)2 = (−2).(−1) = 2, entretanto, (−2)5 = 0.

Ent˜ao em 2F1[a;b;c;z], se a ou b for um inteiro negativo, a s´erie tem um

n´umero finito de termos, e torna-se, de fato, um polinˆomio, mas se c ´e um inteiro negativo, a fun¸c˜ao n˜ao ´e definida, uma vez que apenas um n´umero finito de termos da s´erie torna-se infinito. Temos que

d

dz(2F1[a;b;c;z]) = ab

(26)

2.3.5

Rela¸c˜

oes Funcionais de

2

F

1[

a

;

b

;

c

;

z

]

Segundo [Temme, 1996] (20), a fun¸c˜ao hipergeom´etrica satisfaz `as seguintes rela¸c˜oes:

2F1[a;b;c;z] = 2F1[b;a;c;z] (2.11)

2F1[a;b;c;z] = (1−z)−a 2F1

a;cb;c; z

z1

(2.12)

2F1[a;b;c;z] = (1−z)−b 2F1

ca;b;c; z

z1

(2.13)

2F1[a;b;c;z] = (1−z)c−a−b 2F1[c−a;c−b;c;z] (2.14)

Seja a forma abaixo a Integral de Contorno de 2F1[a;b;c;z]. Temos que

2F1[a;b;c;z] =

Γ(c) Γ(a)Γ(b)

1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s)Γ(a+s)Γ(b+s) Γ(c+s) (−z)

sds (2.15)

ou

2F1[a;b;c;z] =

Γ(c) Γ(a)Γ(b)

1 2πi

Z γ+i∞

−γ−i∞

Γ(s)Γ(as)Γ(bs) Γ(cs) (−z)

−sds (2.16)

2.4

A Fun¸c˜

ao G de Meijer

Defini¸c˜ao 2.4.1. A Fun¸c˜ao G de Meijer ´e definida pela integral

G(z) = Gm,n p,q

z

a1, . . . , ap

b1, . . . , bq

(27)

1 2πi

Z

C

Qm

j=1Γ(bj −s)

Qn

j=1Γ(1−aj +s)

Qq

j=m+1Γ(1−bj +s)

Qp

j=n+1Γ(aj −s)

zsds, (2.17)

onde

0mq,

0np, m 6= 0 ou n 6= 0,

aj ,com j = 1,2, . . . , p, e bj , com j = 1,2, . . . , q, s˜ao n´umeros complexos tais que

nenhum dos p´olos de Γ(bj −s), j = 1, . . . , m, coincidam com algum dos p´olos de

Γ(1aj+s), j = 1, . . . , n. Tamb´em, C ´e um contorno no plano complexo percorrendo

ωi a ω+i pra algum ω real tal que

s=bj+k,

para j = 1, . . . , m e k = 0,1, . . . para o lado direito do contorno C e os pontos

s=aj −1−k,

para j = 1, . . . , n e k= 0,1, . . . para o lado esquerdo do contorno C com indenta¸c˜oes, se for necess´ario para tal separa¸c˜ao. A integral (2.17) ´e chamada Mellin-Barnes e

pode ser vista como uma Transforma¸c˜ao Inversa de Mellin.

A fun¸c˜ao G de Meijer ´e comput´avel e est´a implementada emsoftwares matem´a-ticos como o Maple e o Mathematica.

Em particular, a fun¸c˜ao G de Meijer ´e um caso especial da fun¸c˜ao H:

Gm,n p,q

"

a1, . . . , ap

b1, . . . , bq

z

#

=

Hm,n p,q

z

(a1,1), . . . , (ap,1),

(b1,1), . . . , (bq,1)

(28)

Se os parˆametrosαj, j = 1, . . . , p e βj, j = 1, . . . , q da fun¸c˜ao Hipergeom´etrica

Generalizada s˜ao racionais, a fun¸c˜ao H pode ser escrita como fun¸c˜ao G.

2.5

A Fun¸c˜

ao Bivariada

H

[

x, y

]

2.5.1

Conceitos e fundamentos - [MATHAI et al.,2010] (9)

Defini¸c˜ao 2.5.1. A Fun¸c˜ao Hipergeom´etrica Generalizada BivariadaH[x, y]´e definida pela integral complexa

H

 x

y

=H0,n1:m2,n2;m3,n3

p1,q1:p2,q2;p3,q3   x y

(ai, αi, Ai)1,p1 : (ci, γi)1,p2; (ei, Ei)1,p3

(bj, βj, Bj)1,q1 : (dj, δj)1,q2; (fj, Fj)1,q3 

= (2.19)

− 1

4π2

Z

C1 Z

C2

φ(s, t)φ1(s)φ2(t)xsytdsdt, (2.20)

onde x e y s˜ao vari´aveis n˜ao-nulas. A nota¸c˜ao (ai, αi, Ai)1,p1 ´e a abrevia¸c˜ao da

sequˆencia de parˆametros (a1, α1, A1), . . . ,(ap1, αp1, Ap1). De forma similar, deve ser

feito com as outras sequˆencias de parˆametros.Onde

φ(s, t) =

Qn1

i=1Γ(1−ai +αis+Ait)

Qp1

i=n1+1Γ(ai−αis−Ait)

Qq1

j=1Γ(1−bj+βjs+Bjt)

, (2.21)

φ1(s) =

Qm2

j=1Γ(dj −δjs)Qi=1n2 Γ(1−ci +γis)

Qq2

j=m2+1Γ(1−dj+δjs)

Qp2

i=n2+1Γ(ci−γis)

, (2.22)

φ2(t) =

Qm3

j=1Γ(fj −Fjt)Qi=1n3 Γ(1−ei+Eit)

Qq3

j=m3+1Γ(1−fj +Fjt)

Qp3

i=n3+1Γ(ei−Eit)

(29)

Assume-se queai, bj, ci, dj, ei, fj s˜ao n´umeros complexos e seus respectivos

coe-ficientesαi, Ai, βj, Bj, γi, δj, Ei, Fj s˜ao n´umeros reais e positivos, tais que os contornos

C1, C2 existem se

ρ1 = p1 X

i=1

αi+ p2 X

i=1

γi− q1 X

j=1

βj− q2 X

j=1

δj ≤0,

ρ2 = p1 X

i=1

Ai+ p2 X

i=1

Ei − q1 X

j=1

Bj− q2 X

j=1

Fj ≤0,

Ω1 =− p1 X

i=n1+1

αi− q1 X

j=1

βj + m2 X

j=1

δj − p2 X

j=m2+1

δj+ n2 X

i=1

γi− p2 X

i=n2+1

γi >0,

Ω2 =− p1 X

i=n1+1

Ai− q1 X

j=1

Bj+ m3 X

j=1

Fj − p3 X

j=m3+1

Fj + n3 X

i=1

Ei− p3 X

i=n3+1

Ei >0.

Sob as condi¸c˜oes supracitadas, a integral dupla de Mellin-Barnes (2.20)

con-verge e define uma fun¸c˜ao anal´ıtica de duas vari´aveis x e y dentro do setor dado por:

|arg(x)|< 1

2πΩ1

|arg(y)|< 1

2πΩ2

(30)

2.6

Caso Especial da Fun¸c˜

ao Bivariada

H

[

x, y

]

2.6.1

Conceitos e fundamentos - [HAI & YAKUBOVICH,

1992] (8)

Defini¸c˜ao 2.6.1. Um caso especial da Fun¸c˜ao Hipergeom´etrica Generalizada

Bivari-ada H[x, y] ´e definida pela integral complexa a seguir

H

 x

y

=H0,n1:m2,n2;m3,n3

p1,q1:p2,q2;p3,q3   x y

(α(1)p1, a

(1) p1) : (α

(2) p2 , a

(2) p2); (α

(3) p3 , a

(3) p3 )

(βq(1)1 , b

(1) q1 ) : (β

(2) q2 , b

(2) q2 ); (β

(3) q3 , b

(3) q3 )

= (2.24)

41π2

Z

C1 Z

C2

φ1(s+t)φ2(s)φ3(t)x−sy−tdsdt, (2.25)

onde x e y s˜ao vari´aveis n˜ao-nulas.Onde

φ1(s+t) =

Qn1

j=1Γ(1−α (1) j −a

(1)

j (s+t))

Qp1

j=n1+1Γ(α

(1) j +a

(1)

j (s+t))

Qq1

j=1Γ(1−β (1) j −b

(1)

j (s+t))

, (2.26)

φ2(s) =

Qm2

j=1Γ(β (2) j −b

(2) j s)

Qn2

j=1Γ(1−α (2) j −a

(2) j s)

Qp2

j=m2+1Γ(α

(2) j +a

(2) j s)

Qq2

j=n2+1Γ(1−β

(2) j −b

(2) j s)

, (2.27)

φ3(t) =

Qm3

j=1Γ(β (3) j −b

(3) j t)

Qn3

j=1Γ(1−α (3) j −a

(3) j t)

Qp3

j=m3+1Γ(α

(3) j +a

(3) j t)

Qq3

j=n3+1Γ(1−β

(3) j −b

(3) j t)

, (2.28)

Assume-se que ai, bj s˜ao n´umeros reais e positivos. Mais informa¸c˜oes sobre

(31)

Cap´ıtulo 3

Uma Nova Distribui¸c˜

ao

3.1

Introdu¸c˜

ao

A distribui¸c˜ao que ser´a apresentada a seguir tem como caracter´ıstica assimetria `a direita acentuada. Como possui diversos parˆametros, a distribui¸c˜ao pode assumir v´arias formas, o que facilita o uso em diversos dados onde se queira modelar v.a’s positivas.

3.2

Distribui¸c˜

ao Acumulada Assim´

etrica

Defini¸c˜ao 3.2.1. Seja a forma

F(x) = a

ρx

(ax2+ 2bx+c)ρ (3.1)

a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao acumulada de uma v.a. X onde x >0, a >0, c >0, eρ >0.

A distribui¸c˜ao acumulada acima possui quatro parˆametros e pode ser reescrita como uma fun¸c˜ao de trˆes parˆametros se o fator aρ no denominador (3.1) for colocado

em evidˆencia, ent˜ao assumiremos que a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao acumulada assim´etrica de interesse de nossos estudos ´e da forma abaixo.

Defini¸c˜ao 3.2.2. Seja a forma

F(x) = x

(32)

a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao acumulada assim´etrica de uma v.a. X onde B = ba e C = ac,

x >0, C > 0, e ρ >0.

3.2.1

Propriedades da Distribui¸c˜

ao Acumulada

Dado que F(x) ´e distribui¸c˜ao, ent˜ao ela satisfaz `as seguintes propriedades:

i) limx→0F(x) = 0

ii) limx→∞F(x) = 1

iii)F(x)F(y),x < y;x, y R

iv) 0 FX(x)≤1,∀x∈(0,∞);

Demonstra¸c˜ao:

i) limx→0F(x) = limx→0 x

(x2+2Bx+C)ρ = 0

ii) limx→+∞F(x) = limx→+∞ x

(x2+2Bx+C)ρ = limx→+∞(

1 1+2B x +

C x2

= 1

iii) Como f(x) > 0,x (0,), ent˜ao F(x) ´e fun¸c˜ao n˜ao-decrescente, x

(0,).

iv) De fato, pelas propriedades i)iii) conclui-se queiv) tamb´em vale.

Para os valores fornecidos deF(x),xpode ser obtido pela seguinte express˜ao:

x= BF

1/ρ+ [B2F2/ρ+CF1/ρ(1F1/ρ)]1/2

(1F1/ρ)

(33)

3.2.2

Gr´

aficos para a Distribui¸c˜

ao Acumulada

Como provamos que F(x) ´e distribui¸c˜ao, ent˜ao apresentaremos algumas formas da distribui¸c˜ao, para diversos valores dos parˆametros B, C, ρ.

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=25,C=35,Ρ=1.5 B=-4,C=30,Ρ=0.7 B=0.4,C=8,Ρ=2 B=0.5,C=3,Ρ=1 B=0.8,C=1,Ρ=0.1 B=0.4,C=0.2,Ρ=0.5

Figura 3.1: Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada Assim´etrica F(x)

Para verificar o efeito de cada um dos parˆametros na curva, produzimos gr´aficos onde se fixa dois parˆametros enquanto um terceiro varia.

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=0.4,Ρ=10 B=0.4,C=0.4,Ρ=7 B=0.4,C=0.4,Ρ=4 B=0.4,C=0.4,Ρ=2 B=0.4,C=0.4,Ρ=1 B=0.4,C=0.4,Ρ=0.5

Figura 3.2: Formas para a Distribui¸c˜ao AcumuladaF(x) - varia¸c˜ao deρ, com B >0,

(34)

0 2 4 6 8 10 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

B=-0.4,C=30,Ρ=10 B=-0.4,C=30,Ρ=7 B=-0.4,C=30,Ρ=4 B=-0.4,C=30,Ρ=2 B=-0.4,C=30,Ρ=1 B=-0.4,C=30,Ρ=0.5

Figura 3.3: Formas para a Distribui¸c˜ao AcumuladaF(x) - varia¸c˜ao deρ, com B <0,

C fixos

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=5,C=1.5,Ρ=1 B=2,C=1.5,Ρ=1 B=0.4,C=1.5,Ρ=1 B=0.2,C=1.5,Ρ=1 B=-0.2,C=30,Ρ=1 B=-1,C=30,Ρ=1

Figura 3.4: Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F(x) - varia¸c˜ao de B, com C, ρ

fixos

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=20,Ρ=1 B=0.4,C=6.2,Ρ=1 B=0.4,C=4.6,Ρ=1 B=0.4,C=3,Ρ=1 B=0.4,C=0.8,Ρ=1 B=0.4,C=0.2,Ρ=1

Figura 3.5: Formas para a Distribui¸c˜ao AcumuladaF(x) - varia¸c˜ao deC, comB >0,

(35)

0 2 4 6 8 10 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

B=-0.4,C=86,Ρ=1 B=-0.4,C=70,Ρ=1 B=-0.4,C=55,Ρ=1 B=-0.4,C=21,Ρ=1 B=-0.4,C=13,Ρ=1 B=-0.4,C=10,Ρ=1

Figura 3.6: Formas para a Distribui¸c˜ao AcumuladaF(x) - varia¸c˜ao deC, comB <0,

ρ fixos

3.2.3

Fun¸c˜

ao Densidade de Probabilidade

Uma vez que F(x) existe, ent˜ao encontraremos f(x) = dFdx(x) a seguir:

f(x) = d

dx(

x2ρ

(x2+ 2Bx+C)ρ)

= (2ρx

2ρ−1)(x2 + 2Bx+C)ρ((xρ)(x2+ 2Bx+C)ρ−1(2x+ 2B))

(x2+ 2Bx+C)

= 2ρx

2ρ+1+ 4B+ 2Cρx2ρ−1 2ρx2ρ+12Bρx

(x2 + 2Bx+c)ρ+1

= 2Bρx

+ 2Cρx2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1

= 2ρx

2ρ−1(Bx+C)

(36)

Defini¸c˜ao 3.2.3. Seja a forma

f(x) = 2ρx

2ρ−1(Bx+C)

(x2+ 2Bx+C)ρ+1 (3.3)

a fun¸c˜ao densidade de probabilidade de uma v.a. X onde x >0, C > 0, e ρ >0.

3.2.4

Gr´

aficos para a Fun¸c˜

ao Densidade de Probabilidade

A seguir apresentaremos algumas formas da f.d.p., para diversos valores dos parˆametros B, C, ρ:

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=0.6,Ρ=1.5 B=4,C=20,Ρ=0.3 B=-0.15,C=20,Ρ=0.2 B=0.5,C=3,Ρ=1 B=0.8,C=1,Ρ=0.1 B=-0.5,C=11,Ρ=0.5

Figura 3.7: Formas para a Densidade de Probabilidade Assim´etrica f(x)

Observando a figura (3.7), podemos ver certa semelhan¸ca com a distribui¸c˜ao Gama Generalizada. A fun¸c˜ao densidade de probabilidade da uma v.a. X com dis-tribui¸c˜ao Gama Generalizada ´e da forma

h(x) = αβ α γ Γ(αγ)x

α−1e−βxγ

(37)

onde x > 0, β > 0 ´e parˆametro de escala, α, γ > 0 s˜ao parˆametros de forma. O gr´afico da f.d.p com a v.a. X Γ(α, β, γ) pode ser observado abaixo:

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

a=25,b=35,c=1.5 a=6,b=3,c=1.2 a=4,b=3,c=0.8 a=5,b=2,c=1 a=2,C=2,Ρ=1

Figura 3.8: Formas para a Densidade Gama Generalizada

Os gr´aficos das densidades presentes nas figuras (3.7) e (3.8) possuem diferen¸cas nas caudas. No caso da nova densidade, ela pode assumir formas com caudas mais pesadas.

(38)

0 2 4 6 8 10 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=0.4,Ρ=10 B=0.4,C=0.4,Ρ=7 B=0.4,C=0.4,Ρ=4 B=0.4,C=0.4,Ρ=2 B=0.4,C=0.4,Ρ=1 B=0.4,C=0.4,Ρ=0.5

Figura 3.9: Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de ρ, com

B >0, C fixos

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=-0.4,C=30,Ρ=10 B=-0.4,C=30,Ρ=7 B=-0.4,C=30,Ρ=4 B=-0.4,C=30,Ρ=2 B=-0.4,C=30,Ρ=1 B=-0.4,C=30,Ρ=0.5

Figura 3.10: Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de ρ, com

(39)

0 2 4 6 8 10 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

B=5,C=1.5,Ρ=1 B=2,C=1.5,Ρ=1 B=0.4,C=1.5,Ρ=1 B=0.2,C=1.5,Ρ=1 B=-0.2,C=1.5,Ρ=1 B=-0.4,C=1.5,Ρ=1

Figura 3.11: Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de B, com

C, ρ fixos

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=20,Ρ=1 B=0.4,C=6.2,Ρ=1 B=0.4,C=4.6,Ρ=1 B=0.4,C=3,Ρ=1 B=0.4,C=0.8,Ρ=1 B=0.4,C=0.2,Ρ=1

Figura 3.12: Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de C, com

(40)

0 2 4 6 8 10 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

B=-0.4,C=20,Ρ=1 B=-0.4,C=6.2,Ρ=1 B=-0.4,C=4.6,Ρ=1 B=-0.4,C=3,Ρ=1 B=-0.4,C=0.8,Ρ=1 B=-0.4,C=0.2,Ρ=1

Figura 3.13: Formas para a Densidade de Probabilidade f(x) - varia¸c˜ao de C, com

B <0, ρ fixos

Pela figura (3.9) observamos que o parˆametro ρ controla a queda inicial da cauda da densidade, isto ´e, o meio da fun¸c˜ao. Quando nos referimos ao meio da curva, estamos nos atendo ao segmento da curva entre o pico e o final da cauda, onde normalmente se encontra a curvatura da f.d.p., para B >0.

Pela figura (3.10) conclu´ımos que o parˆametro ρ controla a queda inicial da cauda da densidade. Mas com B < 0 associado a ρ, a curva fica mais achatada do que no caso em que B >0.

Pela figura (3.11) verificamos que o parˆametroB determina o comportamento relacionado `a assimetria. Quanto maior B, mais larga ´e a curva.

Pela figura (3.12) observamos que o parˆametroC determina o comportamento relacionado ao pico da fun¸c˜ao. Quanto maior C, menor o pico da curva, para B >0.

(41)

relacionado ao pico da fun¸c˜ao. Mas n˜ao existe a rela¸c˜ao inversamente proporcional que encontramos quando B >0.

Ao observarmos o comportamento da f.d.p. (3.3), quando x→ ∞, temos lim

x→∞f(x)≈c

x2ρ

x2ρ+2 ≈

c x2,

onde c ´e uma constante, e possui gr´afico com cauda assint´otica:

0 2 4 6 8 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

a=5 a=4 a=3 a=2 a=1 a=0.5

Figura 3.14: Comportamento da Densidade de Probabilidade f(x) quandox→ ∞

Logo, o que se observa ´e que o comportamento da cauda tem varia¸c˜ao regular de ordem 2. Observe que o comportamento da cauda de f(x) quando x → ∞ pode ser comparada com a cauda da distribui¸c˜ao Cauchy. A distribui¸c˜ao de Cauchy pode ser definida como:

k(x) = θ

π

1

θ2+ (xµ)2

(42)

onde−∞< x <,µ´e parˆametro de loca¸c˜ao,θ >0 ´e parˆametro de escala. O gr´afico da f.d.p com a v.a. XC(µ, θ) pode ser observado abaixo:

-10 -5 0 5 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

Μ=3,Θ=5

Μ=3,Θ=2

Μ=2,Θ=2

Μ=-1,Θ=1

Μ=0,Θ=1

Figura 3.15: Formas para a Densidade de Cauchy

A nova distribui¸c˜ao tem cauda pesada como as distribui¸c˜oes de Levy e Pareto, por exemplo. No caso da Levy, a nossa distribui¸c˜ao tem a vantagem de deter forma expl´ıcita sempre. E ao compararmos com a de Pareto, observamos que a nova densi-dade (3.3) passa pela origem, o que n˜ao ocorre com Pareto.

3.2.5

Distribui¸c˜

oes de M´ınimo e M´

aximo

A distribui¸c˜ao e a densidade do M´ınimo X(1) =min(X1, . . . , Xn) s˜ao dadas por:

P(X(1) ≤z) = 1−P(X(1) > z) = 1−P(min(X1, . . . , Xn)> z) = 1− n

Y

i=1

[1FX(1)(z)]

F(z) = 1

1 z

(z2+ 2Bz+C)ρ

(43)

f(z) = 2nρ z

2ρ−1(Bz +C)

(z2+ 2Bz+C)ρ+1

1 z

(z2+ 2Bz+C)ρ

n−1

A distribui¸c˜ao e a densidade do M´aximo X(n) =max(X1, . . . , Xn) s˜ao dadas

por:

P(X(n)≤w) = P(max(X1, . . . , Xn)≥w) = n

Y

i=1

FX(1)(w)

F(w) = 1

w2ρ

(w2+ 2Bw+C)ρ

n

f(w) = 2nρ w

2ρ−1(Bw+C)

(w2+ 2Bw+C)ρ+1

w2ρ

(w2+ 2Bw+C)ρ

n−1

3.2.6

Momentos para X

Calcularemos o k-´esimo momentoµ′

k para a densidade definida em (3.3):

µ′k =EXk=

Z ∞

0

xkdF(x) =

Z ∞

0

xk 2ρx

2ρ−1(Bx+C)

(44)

Z ∞

0

2ρxk+2ρ−1(Bx+C)

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx=

Z ∞

0

2ρBxk+2ρ

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx+

Z ∞

0

2ρCxk+2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx

Temos o seguinte resultado, encontrado em [PRUDNIKOV et al, 1986] (14):

Z ∞

0

xp−1

(ax2+ 2bx+c)qdx=a

−p/2cp/2−qB(p,2q

−p)2F1

p

2;q−

p

2;q+ 1 2; 1−

b2

ac

,

(3.6)

onde B(a, b) = Γ(a)Γ(b)Γ(a+b) para a > 0, c > 0, b2 < ac, 0 < p < 2q. Utilizando (2.13),

obtivemos a seguinte express˜ao alternativa:

Z ∞

0

xp−1

(ax2+ 2bx+c)qdx=a

q−pbp−2qB(p,2q

−p)2F1

q p

2+ 1 2;q−

p

2;q+ 1 2; 1−

ac b2

,

(3.7)

onde B(a, b) = Γ(a)Γ(b)Γ(a+b) para a >0, b >0, b2 > ac, 0< p <2q.

Isto significa que, para as duas situa¸c˜oes, tanto b2 < ac quanto b2 > ac temos solu¸c˜oes em termos de 2F1 diferentes. Usando o resultado (3.6) para resolver EXk,

temos:

EXk =

Z ∞

0

2ρBxk+2ρ

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx

| {z }

I

+

Z ∞

0

2ρCxk+2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx

| {z }

II

=

i) Comparando (I) e a express˜ao (3.6), temos:

  

p = k + 2ρ + 1

(45)

Logo,

I = 2ρBhCk−21Γ(k+2ρ+1)Γ(1−k)

Γ(2ρ+2)

i

2F1

h

k+2ρ+1 2 ;

1−k 2 ;ρ+

3 2; 1−

B2

C

i

ii) Comparando (II) e a express˜ao (3.6), temos:

  

p = k + 2ρ q = ρ + 1

Logo,

II = 2ρChCk2−1 Γ(k+2ρ)Γ(2−k)

Γ(2ρ+2)

i

2F1

h

ρ+k 2; 1−

k 2;ρ+

3 2; 1−

B2

C

i

Ent˜ao,

µ′k =EXk = (I) + (II)

=BhCk−21Γ(k+ 2ρ+ 1)Γ(1−k) i

2F1

k+ 2ρ+ 1 2 ;

1k

2 ;ρ+ 3 2; 1−

B2

C

+

ChCk2−1Γ(k+ 2ρ)Γ(2−k) i

2F1

h

ρ+ k 2; 1−

k 2;ρ+

3 2; 1−

B2 C i h 2ρ Γ(2ρ+2) i , (3.8)

onde B2 < C, 0 < k < 1. Pode ser obtido resultado similar para B2 > C, pois

existe a forma (3.7), que gera 2F1 diferente para este caso. Observamos ent˜ao que o

(46)

3.2.7

Fun¸c˜

ao Caracter´ıstica para X

Calcularemos a fun¸c˜ao caracter´ısticaϕX(t) para a densidade definida em (3.3):

ϕX(t) =EeitX =

Z ∞

0

eitxdF(x) =

Z ∞

0

eitx 2ρx

2ρ−1(Bx+C)

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx=

Z ∞

0

eitx 2ρBx

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx+

Z ∞

0

eitx 2ρCx

2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx=

Z ∞

0

(cos(tx)+isen(tx)) 2ρBx

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx+

Z ∞

0

(cos(tx)+isen(tx)) 2ρCx

2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dx=

Z ∞

0

cos(tx)

2ρBx2ρ

(x2+ 2Bx+C)ρ+1 +

2ρCx2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1

dx

| {z }

I

+

i

Z ∞

0

sen(tx)

2ρBx2ρ

(x2+ 2Bx+C)ρ+1 +

2ρCx2ρ−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1

dx

| {z }

II

Transformando cos(x) e sen(x) em integrais de contorno, temos:

cos(tx) =

π

2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(12 +s)

tx

2

2s

ds; 0< γ < 1

2, x >0 (3.9) e

sen(tx) =

π

2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(32 +s)

tx

2

2s−1

(47)

Usando o resultado (3.9) para resolver a express˜ao (I), temos:

I =

π

2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(1

2 +s)

t2

4

sZ

0

2ρBx2ρ+2s

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dxds+

π

2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(12 +s)

t2

4

sZ

0

2ρCx2ρ+2s−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dxds

i) Comparando (I) e a express˜ao (3.6), temos:

I = 2ρB

π

Γ(2ρ+ 2)√C

1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(12 +s)

t2C

4

s

×

Γ(2ρ+ 1 + 2s)Γ(12s)2F1

ρ+1 2 +s;

1

2 −s;ρ+ 3 2; 1−

B2

C

ds+

2ρ√π

Γ(2ρ+ 2) 1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(1

2 +s)

t2C

4

s

×

Γ(2ρ+ 2s)Γ(22s)2F1

ρ+s; 1s;ρ+3 2; 1−

B2

C

ds

ii) Usando as rela¸c˜oes (2.13) e (2.11), temos que:

I = 2ρ

π

Γ(2ρ+ 2) 1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(12 +s)

4

t2B2

−s

(48)

Γ(2ρ+ 1 + 2s)Γ(12s)2F1

1

2 −s; 1−s;ρ+ 3 2; 1−

C B2

ds+

2ρ√πC

Γ(2ρ+ 2)B2

1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(12 +s)

4

t2B2

−s

×

Γ(2ρ+ 2s)Γ(22s)2F1

1s;3

2−s;ρ+ 3 2; 1−

C B2

ds

iii)Usando a defini¸c˜ao (2.16) da Integral de Contorno de 2F1[a;b;c: z] e a express˜ao

(I), temos:

I = 2ρ

πΓ(ρ+ 3/2)

Γ(2ρ+ 2)

−1

4π2

Z γ+i∞

γ−i∞

Z δ+i∞

δ−i∞

Γ(s)Γ(12s)Γ(2ρ+ 1 + 2s) Γ(1

2 +s)Γ(1−s)Γ( 1 2 −s)

×

Γ(s1)Γ(12 −s−s1)Γ(1−s−s1)

Γ(ρ+ 3 2 −s1)

C B2 −1

−s1 4

t2B2

−s

ds1ds+

2ρ√πΓ(ρ+ 3/2)C

Γ(2ρ+ 2)B2

−1

4π2

Z γ+i∞

γ−i∞

Z δ+i∞

δ−i∞

Γ(s)Γ(22s)Γ(2ρ+ 2s) Γ(1

2 +s)Γ( 3

2 −s)Γ(1−s)

×

Γ(s1)Γ(32 −s−s1)Γ(1−s−s1)

Γ(ρ+32 s1)

C B2 −1

−s1

4

t2B2

−s

(49)

iv) Usando a defini¸c˜ao (2.24) deH

 x

y

, temos que:

I =c1H0,2:1,2;1,00,0:1,3;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

0,1) 1 2,1

: (1,1) (0,2) 1 2,1

;−−

−−: (0,1) (2ρ+ 1,2) 12,1: (0,1) 12 ρ,1

+

c2H0,2:2,1;1,00,0:2,4;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

0,1) 12,1: (1,1) (1,2) 12,1;−−

−−: (0,1) (2ρ,2) 1 2,1

: (0,1) 1 2 −ρ,1

 

em que c1 =

2ρ√πΓ(ρ+32)

Γ(2ρ+2) e c2 =

2ρC√πΓ(ρ+32) B2Γ(2ρ+2) .

Usando o resultado (3.10) para resolver a express˜ao (II), temos:

II =

π

2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(3

2 +s)

t

2

2s−1Z

0

2ρBx2ρ+2s−1

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dxds+

π

2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(32 +s)

t

2

2s−1Z

0

2ρCx2ρ+2s−2

(x2+ 2Bx+C)ρ+1dxds

i) Comparando (II) e a express˜ao (3.6), temos:

II = 4ρB

πi

Γ(2ρ+ 2)Ct

1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(32 +s)

t2C

4

s

×

Γ(2ρ+ 2s)Γ(22s)2F1

ρ+s; 1s;ρ+3 2; 1−

B2

C

ds+

4ρ√πi

Γ(2ρ+ 2)√Ct

1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(3

2 +s)

t2C

4

s

(50)

Γ(2ρ1 + 2s)Γ(32s)2F1

ρ1

2 +s; 3

2 −s;ρ+ 3 2; 1−

B2

C

ds

ii) Usando as rela¸c˜oes (2.13) e (2.11), temos que:

II = 4ρ

πi

tBΓ(2ρ+ 2) 1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(3

2 +s)

4

t2B2

−s

×

Γ(2ρ+ 2s)Γ(22s)2F1

1s;3

2 −s;ρ+ 3 2; 1−

C B2

ds+

4ρ√πC

Γ(2ρ+ 2)tB3

1 2πi

Z γ+i∞

γ−i∞

Γ(s) Γ(32 +s)

4

t2B2

−s

×

Γ(2ρ+ 1 + 2s)Γ(32s)2F1

3

2 −s; 2−s;ρ+ 3 2; 1−

C B2

ds

iii)Usando a defini¸c˜ao (2.16) da Integral de Contorno de 2F1[a;b;c: z] e a express˜ao

(II), temos:

II = 4ρ

πΓ(ρ+ 3/2)i

Γ(2ρ+ 2)tB

−1

4π2

Z γ+i∞

γ−i∞

Z δ+i∞

δ−i∞

Γ(s)Γ(22s)Γ(2ρ+ 2s) Γ(32 +s)Γ(32 s)Γ(1s)×

Γ(s1)Γ(32 −s−s1)Γ(1−s−s1)

Γ(ρ+ 32 s1)

C B2 −1

−s1

4

t2B2

−s

(51)

4ρC√πΓ(ρ+ 3/2)i

Γ(2ρ+ 2)tB3

−1

4π2

Z γ+i∞

γ−i∞

Z δ+i∞

δ−i∞

Γ(s)Γ(32s)Γ(2ρ+ 1 + 2s) Γ(32 +s)Γ(2s)Γ(32 s) ×

Γ(s1)Γ(2−s−s1)Γ(32 −s−s1)

Γ(ρ+32 s1)

C B2 −1

−s1

4

t2B2

−s

ds1ds

iv) Usando a defini¸c˜ao (2.24) deH

 x

y

 (2.19), temos que:

II =c3H0,2:1,2;1,00,0:1,3;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

0,1) 1 2,1

: (1,1) (1,2) 3 2,1

;−−

−−: (0,1) (2ρ,2) 12,1: (0,1) 12 ρ,1

+

c4H0,2:2,1;1,00,0:2,4;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

(1,1) 12,1: (1,1) (2,2) 32,1;−−

−−: (0,1) (2,2) 12,1(1ρ,1) ; (0,1) 12 ρ,1

 

em que c3 =

4ρ√πΓ(ρ+3 2)i

tB3Γ(2ρ+2) e c4 =

4ρC√πΓ(ρ+3 2)i

tB3Γ(2ρ+2) .

Mas,ϕX(t) = (I) + (II), ent˜ao

ϕX(t) = c1H0,2:1,2;1,00,0:1,3;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

0,1) 1 2,1

: (1,1) (0,2) 1 2,1

;−−

−−: (0,1) (2ρ+ 1,2) 12,1: (0,1) 12 ρ,1

+

c2H0,2:2,1;1,00,0:2,4;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

0,1) 12,1: (1,1) (1,2) 12,1;−−

−−: (0,1) (2ρ,2) 12,1: (0,1) 12 ρ,1

+

c3H0,2:1,2;1,00,0:1,3;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

0,1) 12,1: (1,1) (1,2) 32,1;−−

−−: (0,1) (2ρ,2) 1 2,1

: (0,1) 1 2 −ρ,1

(52)

c4H0,2:2,1;1,00,0:2,4;0,2

 

4 t2B2

C B2 −1

(1,1) 12,1: (1,1) (2,2) 32,1;−−

−−: (0,1) (2,2) 1 2,1

(1ρ,1) ; (0,1) 1 2 −ρ,1

,

onde c1 =

2ρ√πΓ(ρ+32) Γ(2ρ+2) ,c2 =

2ρ√πΓ(ρ+32C) Γ(2ρ+2)B2 , c3 =

4ρπΓ(ρ+32)i

tBΓ(2ρ+2) ec4 =

4ρ√πΓ(ρ+32)Ci tB3Γ(2ρ+2) .

3.2.8

Estimadores para os parˆ

ametros

B, C, ρ

de

f

(

x

)

O m´etodo utilizado ´e o de M´axima Verossimilhan¸ca. Os estimadores do M´etodo dos Momentos n˜ao ser˜ao calculados, pois existem apenas os momentos fracion´arios entre 0 e 1, que podem n˜ao fornecer boas estimativas. Desta forma, calcularemos o E.M.V., onde θ= (B, C, ρ), θΘ =C > 0, B R, ρ > 0 como a seguir:

L(θ;x) =

n

Y

i=1

f(xi|θ) = n

Y

i=1

2ρx2ρi −1(Bxi+C)

(x2

i + 2Bxi+C)ρ+1

=

L(θ;x) = (2ρ)n

n

Y

i=1

Bx2ρi +Cx2ρi −1

(x2

i + 2Bxi +C)ρ+1

(3.11)

e

l(θ;x) = logL(θ;x) =nlog 2 +nlogρ+

n

X

i=1

log

Bx2ρi +Cx2ρi −1

(x2

i + 2Bxi+C)ρ+1

=

nlog 2 +nlogρ+

n

X

i=1

log((Bxi+C)x2ρi −1)− n

X

i=1

log(x2i + 2Bxi+C)ρ+1 =

nlog 2 +nlogρ+

n

X

i=1

log(Bxi+C) + (2ρ−1) n

X

i=1

logxi−(ρ+ 1) n

X

i=1

log(x2i+ 2Bxi+C)

(53)

Para estimar valores θ = (B, C, ρ), resolveremos a l′(θ;x) = ∂l(θ;x) ∂θ = 0:

I)

∂l(θ;x)

∂ ρ = 0⇒ n ρ + 2

n

X

i=1

logxi− n

X

i=1

log(x2i + 2Bxi+C) = 0

II)

∂l(θ;x)

∂B = 0⇒

n

X

i=1

xi

Bxi+C −

(ρ+ 1)

n

X

i=1

2xi

(x2

i + 2Bxi+C)

= 0

III)

∂l(θ;x)

∂C = 0⇒

n

X

i=1

1

Bxi+C −

(ρ+ 1)

n

X

i=1

1 (x2

i + 2Bxi+C)

= 0

(54)

Cap´ıtulo 4

Vers˜

ao Sim´

etrica para a

Distribui¸c˜

ao

4.1

Introdu¸c˜

ao

Apresentaremos a seguir distribui¸c˜ao sim´etrica correspondente `aquela apresentada no Cap´ıtulo 3. Como possui diversos parˆametros, a distribui¸c˜ao pode assumir v´arias formas, o que facilita o uso em diversos dados onde se queira modelar v.a’s em toda a reta real.

4.2

Distribui¸c˜

ao Acumulada Sim´

etrica

Defini¸c˜ao 4.2.1. Seja a forma

G(x) = 1 2+

1 2

x|x|2ρ−1

(x2+ 2B|x|+C)ρ (4.1)

a fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao sim´etrica em torno de 0 de uma v.a. X onde −∞ < x <

∞, C > 0, e ρ > 0.

4.2.1

Propriedades da Distribui¸c˜

ao Acumulada Sim´

etrica

(55)

i) limx→−∞G(x) = 0

ii) limx→∞G(x) = 1

iii)G(x)G(y),x < y;x, y R

iv)0GX(x)≤1,∀x;

Demonstra¸c˜ao:

i) limx→−∞G(x) = limx→−∞12+ 1 2

x|x|2ρ−1

(x2+2B|x|+C)ρ = limx→−∞

1

2+sinal[x] 1 2(

1 1+2B

|x|+

C

|x|2)

ρ= 1

2 − 1 2 = 0 ,

onde sinal[x] = |xx| = |xx|.

ii) limx→+∞G(x) = limx→+∞12+ 1 2

x|x|2ρ−1

(x2+2B|x|+C)ρ = limx→+∞12+sinal[x] 1 2(

1 1+2|xB|+|xC|2)

ρ= 1

2 + 1 2 = 1

iii) Como G(x) ´e fun¸c˜ao n˜ao-decrescente,xR, logo atende `a propriedadeiv).

iv) De fato, pelas propriedades i)iii) conclui-se queiv) tamb´em vale.

4.2.2

Gr´

aficos para a Distribui¸c˜

ao Acumulada Sim´

etrica

Como provamos que G(x) ´e distribui¸c˜ao, ent˜ao apresentaremos algumas formas da distribui¸c˜ao, para diversos valores dos parˆametros B, C, ρ:

-10 -5 0 5 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=0.4,Ρ=10 B=0.4,C=0.4,Ρ=7 B=0.4,C=0.4,Ρ=4 B=0.4,C=0.4,Ρ=2 B=0.4,C=0.4,Ρ=1 B=0.4,C=0.4,Ρ=0.5

(56)

Para verificar o efeito de cada um dos parˆametros na curva, produzimos gr´aficos onde se fixa dois parˆametros enquanto um terceiro varia.

-10 -5 0 5 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=0.4,Ρ=10 B=0.4,C=0.4,Ρ=7 B=0.4,C=0.4,Ρ=4 B=0.4,C=0.4,Ρ=2 B=0.4,C=0.4,Ρ=1 B=0.4,C=0.4,Ρ=0.5

Figura 4.2: Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de ρ, com B >0, C fixos

-10 -5 0 5 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=-0.4,C=30,Ρ=10 B=-0.4,C=30,Ρ=7 B=-0.4,C=30,Ρ=4 B=-0.4,C=30,Ρ=2 B=-0.4,C=30,Ρ=1 B=-0.4,C=30,Ρ=0.5

(57)

-10 -5 0 5 10 0.2

0.4 0.6 0.8 1.0

B=5,C=1.5,Ρ=1 B=2,C=1.5,Ρ=1 B=0.4,C=1.5,Ρ=1 B=0.2,C=1.5,Ρ=1 B=-0.2,C=30,Ρ=1 B=-1,C=30,Ρ=1

Figura 4.4: Formas para a Distribui¸c˜ao Sim´etrica Acumulada G(x) - varia¸c˜ao de B, com C, ρ fixos

-10 -5 0 5 10

0.2 0.4 0.6 0.8 1.0

B=0.4,C=20,Ρ=1 B=0.4,C=6.2,Ρ=1 B=0.4,C=4.6,Ρ=1 B=0.4,C=3,Ρ=1 B=0.4,C=0.8,Ρ=1 B=0.4,C=0.2,Ρ=1

Imagem

Figura 3.2: Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F (x) - varia¸c˜ao de ρ, com B &gt; 0, C fixos
Figura 3.3: Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F (x) - varia¸c˜ao de ρ, com B &lt; 0, C fixos 0 2 4 6 8 100.20.40.60.81.0 B=5,C=1.5,Ρ=1B=2,C=1.5,Ρ=1 B=0.4,C=1.5,Ρ=1B=0.2,C=1.5,Ρ=1 B=-0.2,C=30,Ρ=1B=-1,C=30,Ρ=1
Figura 3.6: Formas para a Distribui¸c˜ao Acumulada F (x) - varia¸c˜ao de C, com B &lt; 0, ρ fixos
Figura 3.9: Formas para a Densidade de Probabilidade f (x) - varia¸c˜ao de ρ, com B &gt; 0, C fixos 0 2 4 6 8 100.20.40.60.81.0B=-0.4,C=30,Ρ=10B=-0.4,C=30,Ρ=7B=-0.4,C=30,Ρ=4B=-0.4,C=30,Ρ=2B=-0.4,C=30,Ρ=1B=-0.4,C=30,Ρ=0.5
+7

Referências

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