7 REFLEXOS AMBIENTAIS (BIODIVERSIDADE) DA
URBANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PARATY-RJ
FILIPE SEGURADO GARCIA1 & JOÃO GORENSTEIN DEDECCA2
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Graduação em Ciências Sociais - IFCH/UNICAMP (filipegarcialorca@gmail.com) 2 Graduação em Engenharia Elétrica – Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação/UNICAMP (jdedecca@gmail.com)
RESUMO: O trabalho visa analisar as transformações geográficas do município de Paraty-RJ durante as últimas quatro décadas, período de urbanização do município, tomando como inicio a construção da rodovia federal BR-101. A análise, sobretudo histórica, do processo de urbanização do município carioca visa estabelecer um balanço entre as perdas e ganhos ambientais de tal processo. Analisa-se em que medida, o município de Paraty (integralmente tombado pelo IPAHN), representa um OIKOS ambientalmente preservado pós-urbanização (especulação imobiliária). Foi possível demonstrar a diminuição das áreas desmatadas no Saco do Mamanguá, com a população caiçara se deslocando (parcialmente) para bairros que não existiam anteriormente, ocuparam áreas desocupadas e/ou com vegetação. E em geral, apesar de ter havido recuperação da vegetação em relação à década de 90, a área florestada no município de Paraty ainda é menor do que antes da construção da BR-101.
PALAVRAS CHAVES: Urbanização, Paraty, BR-101, Biodiversidade.
ABSTRACT: This study aims to examine the geographical changes in the municipality of Paraty, Rio de Janeiro during the last four decades, a period of urbanization of the city, taking as starting the construction of federal highway BR-101. The analysis, especially historical process of urbanization in the Rio municipality aims to establish a balance between environmental losses and gains of such a process. We analyze to what extent the municipality of Paraty (fully listed by IPAHN), representing an preserved post-urbanization OIKOS. It was possible to demonstrate a decrease in the cleared areas at the Mamanguá, with the local population moving (partially) for districts that did not exist previously, to unoccupied areas and/or with vegetation. And in general, although there was recovery of vegetation in relation to the 90's, the forested area in the municipality of Paraty is still lower than before the construction of the BR-101.
KEYWORDS: Urbanization, Paraty, BR-101, Biodiversity.
INTRODUÇÃO
O trecho do Rio de Janeiro à Santos da Rodovia BR-101 foi construído a partir de 1970 e o tráfego aberto em 1976. Segundo o site oficial da prefeitura municipal de Paraty, tal construção “consolidou a vocação turística de Paraty no momento em que a tornou mais acessível.” (P.M. Paraty, 2009). A abetura desta rodovia, juntamente com a abertura da
estrada de Paraty para Cunha (RJ-165), trouxeram a especulação imobiliária e o turismo para o municipio em questão, proporcionando um aumento demográfico e de circulação de pessoas, mercadorias e serviços.
O processo moderno de urbanização da região histórica de Paraty-RJ beneficia diversas atividades econômicas e estimula o desenvolvimento técnico-científico relacionado a
8 preservação do patrimônio histórico, cultural,
paisagístico, arquitetônico e ambiental do município. Tal processo trás também impactos ambientais negativos e em determinadas situações consequências positivas para o meio ambiente.
A respeito da biodiversidade, regiões como o Saco do Mamanguá representam exemplos de aumento de biodiversidade nas últimas décadas. Em contraponto, regiões como os bairros Ilha das Cobras e Parque da Mangueira, representam o contrário, ao passo que estas áreas são recentemente construidas.
O presente artigo, articulando a discussão “Ecologia e Capitalismo”, pretende, através de um estudo de caso, analisar as transformações históricas do ecossistema terrestre, relacionando-as com relacionando-as relações entre o Homem e o seu meio, relação esta intermediada pela consciência.
Pressupomos, nos faltaria coerência de outra forma, que as transformações ecossistêmicas devem ser analisadas sistemicamente e para tal, escolhemos duas regiões (recorte intencional) pertencentes ao OIKOS Paraty, RJ. As regiões escolhidas são relacionalmente “batatas do mesmo saco” e com específicas particularidades: Saco do Mamanguá (litoral do município de Paraty – RJ) e bairro Ilha das Cobras e bairro Parque da Mangueira, sendo ambos pertencentes ao município de Paraty-RJ. O projeto de estudo do processo urbanizador da cidade de Paraty, parte da leitura dos artigos sobre o 'Projeto Arborização da BR 101 em Paraty-RJ' (Velloso & Andrade, 2008;
Lopes, 2008), nas discussões da AMAM (associação dos moradores e amigos do Mamanguá); discussões com o Professor Dr. Carlos Fernando e nos relatos transmitidos pelos moradores do município, como o eng. Agrônomo Silvio L. Velloso.
As regiões escolhidas possuem recentes (últimas quatro décadas) transformações econômicas, demográficas e ecológicas. As transformações ecológicas - o termo pode ser traduzido para Estudo (de LOGOS) da casa (ou OIKOS) – serão aqui analisadas.
Com relação a tais transformações, vemo-nos obrigados a discorrer a respeito da implantação da Rodovia BR-101, onde o trecho Rio - Santos está presente desde o início dos anos 70, com o tráfego aberto em 1976. A construção da rodovia fez parte de um movimento do executivo federal de estatização ferroviária, sucateamento ferroviário e construção de rodovias à fim do suposto progresso da nação.
Em relação à abertura da rodovia e do processo migratório caiçara subseqüente, um site cuja missão é “promover a cidade de Paraty para um público diferenciado que busca um destino turístico rico em belezas naturais e históricas ”, define o povo caiçara como “o povo descendente do encontro dos portugueses e dos índios e que desde sua origem optaram por viver fora dos centros urbanos, juntos ao mar, tirando dele os recursos necessários à sobrevivência.” e explica o movimento migratório conforme se segue:
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”A abertura da rodovia BR-101 trouxe o
turismo e a especulação imobiliária, tirando os caiçaras de suas tradicionais vilas em belas
praias, concentrando-os em terras novas como os bairros Ilha das Cobras e Mangueira, próximos ao centro histórico, mas longe do mar. Alguns,
mesmo na cidade, mantiveram sua cultura de
construção naval (escunas, baleeiras e canoas)
montando pequenos estaleiros na margem do rio
Mateus Nunes. Outros montaram novas vilas caiçaras, em locais na costa ou em ilhas como Corumbê, Praia Grande e Araújo. Não afetados
pela expansão das cidades, estão as
comunidades caiçaras que vivem em áreas de praias, costeiras e enseadas de difícil acesso e dentro de áreas de preservação ambiental, como por exemplo as comunidades de pescadores do
Sono, Ponta Negra, Pouso, Cajaíba, Saco das Enchovas, Joatinga, Martim de Sá e Cairuçu. Esses caiçaras mantém ainda hoje suas tradições e, estando afastados da civilização, tiveram sua cultura preservada.” (PARATY TUR)
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizadas fotos das regiões em estudo em diferentes datas, relatos da população, índices socio-econômicos governamentais, assim como o Plano de Manejo da Serra da Bocaina e teses e dissertações sobre a região. Além disso, pesquisou-se no sitio do IPHAN e do Sebrae-RJ no estudo. Para realizar o estudo da trajetória de ocupação de diferentes regiões do município de Paraty é utilizado um método comparativo entre épocas e regiões, comparando o aumento
(ou perda) de vegetação ou área construída, possibilitada por fotos de diferentes épocas. A interpretação desse processo (crescimento/perda de área construída ou de vegetação) pode então ser realizada de acordo com o desenvolvimento histórico de ocupação de Paraty. A dinâmica desta ocupação é passível de ser estudada graças aos relatos de moradores e estudos da história da região.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Dinâmica histórica da área florestada em Paraty - Paraty está localizada no Parque Nacional Serra da Bocaina, criado pelo decreto n. 70.694 de 8 de junho de 1972, pelo regime militar, pelo menos nominalmente e apesar de não ter demonstrado grande interesse (IBAMA, 1997).
O relevo do município de Paraty é um dos fatores que contribui para conter o crescimento urbano. Os inconvenientes de se fixar nas partes mais altas e de mais difícil acesso restringe a pressão antrópica sobre a área florestada às partes baixas do município. Mas apesar desse fator, o que se constata é um aumento da área ocupada no município. A área florestada do município de Paraty apresentou uma recuperação entre 1994 e 2002, mas com relação a 1984 se constata claramente uma perda de vegetação (Tabela 1). Além disso, a recuperação constatada entre 1994 e 2002 se deu, sobretudo sobre as áreas de pastagens, enquanto que a área urbana total (alta, média e baixa) passou de 0,57% da
10 área total do município para 1,06 % da mesma.
Outrossim, a área urbana de baixa ocupação (definida como 'área de urbano rarefeito com poucas casas esparsas, porém já formando uma pequena vila) (Procopio, 2005) se mostrou praticamente estável, enquanto que a de média ocupação quadruplicou. As queimadas na região se concentram, sobretudo no norte do município (IBAMA, 1997).
Tabela 1 : Uso da Terra (%) no Município de
Paraty/RJ Fonte: (Procopio, 2005) (ver: Nota do Editor)
Já a área de Mangue em Paraty, apesar de representar apenas 0,70 % da área total em 1984,
sofreu uma redução importante. Isso ocorreu em parte porque o crescimento da área urbana se deu sobre os manguezais de Paraty. A leve recuperação desta área de 1994 para 2002 ocorreu sobretudo na mangue do Saco do Mamanguá, enquanto que a área do mangue próximo ao município permaneceu estável no período.
Análise do Saco do Mamanguá e entornos - O Saco do Mamanguá é o único fiorde tropical no Brasil, e se trata de um braço de mar de 8 km de extensão. O acesso pode ser feito por trilas, ou de barco, desde Paraty ou da praia de Paraty-mirim, que é conectada por uma estrada à BR-101.
Segundo o Plano de Manejo da Serra da Bocaina, a região do entorno do Saco do Mamanguá não apresenta risco de degradação das terras por erosão, e não houve incêncidos de nota no local. O estudo de impactos ambientais nota, porém a ocorrência esparsa de desmatamento na vegetação entorno do Saco do Mamanguá, segundo a carta do IBGE de 1974, porém de baixa dimensão.
Uso e Cobertura 1984 1994 2002 Afloramento Rochoso 0,02 0,02 0,02 Corpos d'Água 0,88 0,71 0,76 Cordão Arenoso 0,03 0,03 0,03 Floresta 92,27 87,58 90,66 Mangue 0,70 0,34 0,40 Áreas de Pastagem 5,52 10,35 7,07 Urbano Baixo 0,41 0,39 0,41 Urbano Médio 0,16 0,60 0,65 Urbano Alto 0,00 0,00 0,00 Total 100,00 100,00 100,00
11 Figura 1: Saco do Mamanguá (2008). Imagem SAgII
Sabe-se que anteriormente à venda de terras, por parte dos caiçaras, no entorno do Saco do Mamanguá, este apresentava áreas com um maior nível de desmatamento que o atual, apesar de não ser possível afirmar que era um
desmatamento endêmico ou em grande escala. Como se constata pela Figura 1, a área não apresenta atualmente desmatamento de nota.
Tabela 2. Quadro das tendências socioambientais no Mamanguá com ocorrências em diferentes décadas (fonte: Sílvio Luiz Velloso)
Anos 50 Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 Anos 00
Aquisição Especulativa Masse; Munhoz e Gibrail Munhoz e Cid Ribeiro
Não Não Não
Aquisição Veraneio
Não Não Inicio Auge Revendas
Sócio Econômica Sem alterações Inicio atividades econômicas Inicio construções Construçõ es + empregos Construçõe s + empregos População x x X+50% 2x 3x
12 Queimadas 3.000ha/ano 2.000ha/ano 1.000ha/ano 100/ano 20ha/ano
Cobertura vegetal Muito destruída Idem Inicio da recuperação Plena recuperaç ão Plena recuperaçã o Agricultura Banana+subsistên cia Banana+cana +subsistência Estagnação Quase nada Inexistente
Pesca Artesanal Inicio pesca de arrasto Pesca de arrasto intensa Idem Limitação da pesca de arrasto
Escolaridade Baixíssima Baixa Melhoria Melhoria Melhoria ascendente
Carteira assinada Raras Poucas Aumento substancial
Aumento ascendent e
Regra geral
Análise dos bairros Ilha das Cobras e Parque da Mangueira - São bairros novos, criados com a construção da rodovia BR-101 trecho Rio-Santos. Sua regulamentação veio com a lei n° 706 de 1° de Novembro de 1985, sancionada pelo prefeito Edson Didimo Lacerda.
Estes bairros estão entre os dois principais rios da Baía de Paraty, o Mateus Nunes e o Perequê-Açu, e o assoreamento nestes pontos é um problema grave, realizando a prefeitura de Paraty dragagens para diminuir o problema, porém esta é uma medida paliativa que não impede o posterior assoreamento (Benchimol, 2007). Este assoreamento é resultado da perda da mata ciliar, causada pela criação destes bairros na década de 70.
São estes, os bairros mais populosos do município de Paraty. Ilha das Cobras é atualmente habitado por cerca de 2 mil pessoas e
o Parque da Mangueira por 7 mil pessoas (IBGE, data]. Bairros vizinhos, localizados no subúrbio de Paraty e bem próximos ao centro histórico.
Ilha das Cobras ''É hoje um bairro populoso, no qual não resta mais o aspecto de favela, possuindo boas residências, pousadas, escola, comércio intenso e variado. Quase todas as ruas têm pavimentação, iluminação pública, coleta de lixo e é atendida por abastecimento d’água.''(IHAP, 2009). O bairro Parque da mangueira, extenção natural do bairro Ilha das Cobras ''É hoje, provavelmente, o bairro mais populoso da cidade, possuindo excelente comércio e serviços, ruas pavimentadas, rede de iluminação elétrica e água. Nele está situada a maior e mais importante escola municipal - a Escola da Mangueira.'' (IHAP, 2009).
13 Como se pode notar pela Figura 2, a área
ocupada agora por estes dois bairros era em 59
muito menor.
Figura 2. Ocupação dos bairros Ilha das Cobras e Parque da Mangueira
Como se pode notar pela Figura 3, a área desmatada no Saco do Mamanguá diminuiu consideralvemente de 1987 para 2009. Isso se deve em parte à diminuição da população caiçara no local, já que alguns venderam seus terrenos aos interessados em construir casas de verão e condomínios residenciais na região, após a construção da rodovia BR-101. Como os caiçaras desmatavam terrenos para suas culturas, e como aqueles que permanecem no local já não exercem mais as mesmas atividades (trabalham com o turismo), e não tendo os novos moradores, turistas, interesse em desmatar a área, a
vegetação no Mamanguá cresceu (porém é preciso notar que a foto de 1987 não apresenta diferença significativa em relação ao estado de desmatamento de 1977). Assim, é preciso considerar que a diminuição no desmatamento não se deu somente por causa da remoção de parte da população caiçara do local (mesmo porque os que ainda permanecem mudaram suas atividades), e mas também devido a uma maior atuação e presença dos orgãos públicos e um maior interesse dos moradores (caiçaras e não-caiçaras).
14 Figura 3. Vegetação em um ponto do Saco do Mamanguá. Fontes: foto de Silvio Luiz Velloso
(FURNAS ) e Google (Nota do Editor: ver imagem Google 2012 disponíveis) CONCLUSÃO
A partir da construção do trecho Rio-Santos da BR-101, há concordância de que a partir desse momento se deu o desenvolvimento da indústria turística da região, com o crescimento do número de hotéis e de casas. Dois exemplos de ocupação decorrente do novo acesso são o Condomínio Laranjeiras, conjunto residencial de alto nível, e as casas construídas no entorno do saco do Mamanguá. Foi possível demonstrar a diminuição das áreas desmatadas no Saco do Mamanguá, mas a população caiçara que aí morava efetivamente se deslocou (parcialmente) para os bairros que não existiam
anteriormente, ocuparam áreas desocupadas e/ou com vegetação.
A principal comparação desse artigo foi, então, o crescimento ou diminuição da vegetação no Saco do Mamanguá e no centro de Paraty. Ao todo, apesar de ter havido recuperação da vegetação em relação à década de 90, a área florestada no município de Paraty ainda é menor do que antes da construção da BR-101. Se não houver um compromisso sério da sociedade, governo (principalmente através do IBAMA) e dos indivíduos que possuem casas em áreas sensíveis em preservar o meio-ambiente, não se podem garantir a manutenção (e aumento) dessas
15 áreas. Cabe também analisar, em outro estudo, a
condição da população que foi deslocada para o centro da cidade, já que mesmo os bairros Ilha das Cobras e Parque da Mangueira tendo atualmente serviços públicos como água corrente e esgoto, a situação era outra quando do deslocamento. Finalmente, apesar da implantação de casas de veraneio na região ter diminuído o desmatamento em certos locais, é preciso questionar a necessidade de construções (de áreas relevantes) cujo fator de utilização, por não serem moradias principais, é baixo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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IHAP, 2009. INSTITUTO
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www.ihap.org.br/site/ - Acessado em 18/05/2009
FARIA BENCHIMOL, M. de – ‘Gestão de Unidades de Conservação Marinhas: Um
Estudo de Casoda Área de Proteção Ambiental de Paraty – RJ’, UFRJ, 2007 LOPES, A. M. M., Arborização da BR-101 –
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http://www.pmParaty.rj.gov.br/cultura.php. -
www.pmparaty.rj.gov.br/
PARATY TOUR , 2011- Sítio
www.paraty.tur.br
PROCOPIO DA ROCHA, S., 2005. Análise Espaço-Temporal do Uso e Cobertura da Terra no Entorno da BR-101 – Trecho Angra dos Reis e Paraty/RJ, UERJ, 2005. Disponível
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TDE-2007-08-02T120111Z-144/Publico/Pre%20textuais.pdf
VELLOSO, L. V. e ANDRADE, C. F. S., Queimadas e o Projeto de Arborização da Rodovia Rio-Santos (BR-101 – Município de Paraty), Revista Educação Ambiental BE-597, volume 1, 2008
NOTA DO EDITOR: Plano de Manejo da Serra da Bocaina, disponível em: http://www.paraty.com.br/bocaina/pdf/encarte 5.pdf