UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO DE
GEOCIÊNCNS
HTDROGEOLOGTA
DA FORMAçÃ,O CAIUÁ
NO ESTADO DO PARANA
André
Celligoi
Orientador:
Prof.
Dr.Uriel Duarte
TESE DE
DOUTORAMENTO
Programa
de Pós-Graduação
em Recursos Minerais
e
Hidrogeologia
H¡DROGEOLOGTA
DA
FORMAçÄp
C¡UÄ
NO ESTADO DO PARAI{A
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Dr^lJriel Duarte
TESE
DE
DOUTORAMËNTO
Programa de
Pós-Graduação
em Recursos
Minerais
e
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STITUTO
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Presidente:
Prof.
Dr.Examinadores: Prof.
Dr.Prof.
Dr.Prof.
Dr.Dr.
|-ilDROGEOLOGIA ÐA
FORMAçÃO
Ce¡UÁ
¡'¡O
ESTADO DO PARANA
ANDRÉ
EELLIGOI
Orientador: Prof. Dr. Uriel
Duarte
TESE DE DOUTORAMENTO
COMISSAO
JULGADORA
Nome
Uriel Ðuarie
Aldo ds Cünhs Bebouçes
CaÌlos Clemènte
Ceri
Luiz Alberto Fernandes
Seiju Hassüda
Assinaiura
sAo
p¡ulo
AGRADECIMENTOS
Gostaria de prestar os meus sinceros agradecimentos:
Em especial ao Prof. Dr. Uriel Duarle, meu orientador, pela grande amizade, orientação e
confiança durante todo o trabalho.
Ao
Departamentode
Geologia Sedimentare
Ambientaldo
lnstituto
de
Geociências daUniversidade de São Paulo pela oportunidade de realizaçäo do curso.
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento
para
Ensino Superior (CAPES) pela concessäo dabolsa PICD.
Ao
Departamentode
Geociênciasda
Universidade Estadualde
Londrina pela liberaçãopara a realização do curso.
À
Fundaçäode
Amparoà
Pesquisado
Estadode
SãoPaulo
(FAPESP)pelo
suportefinanceiro à pesquisa.
À Companhia de Saneamento
do
Paraná (SANEPAR) na pessoa do gerente Joäo HorácioPereira
e
dos
geólogos Gernot Schincker, Erivelto Luís Silveirae
Ester
Amélia AssisMendes pela cessäo dos dados dos poços e de perfilagens geofísicas.
À
Superintendênciade
Desenvolvimentode
Recursos Hídricose
Saneamento Ambiental(SUDERHSA) pelo cadastro geral dos poços.
À
companhia perfuradora HIDROINGÁ,na
pessoado
geólogo OttoC.
Hartleben Jr., pelofomecimento dos dados dos poços perfurados.
Aos meus colegas da Área de Geologia: Angelo Spoladore, Cleuber Moraes Brito, losé Paulo
INDICE
I rNÏRopuçÃo
12
OBJETIVOS
2?
torÀt t7Ârao na ÄRFA4 METODOLOGIADETRABALHO
54.1
PESQUISA BIBLIOGRAFICA E TRABALHOS ANTERIORES4.2
ELABORAçÃO DE BASES TEMÁÏCAS4,2.1
BASE CABToGRÁFICA4.2,2
Bnse eEolóorc¡4.2.3
BASE ÆRoFoToGRA¡4ÉTRCA4.3
CADASTRAMENTo DE PoçoS5
ASPFCTOS rt ll¡tÁ COqt2
5.,I
TEMPERATURA5.2
PRECTP|TAçÃOPLUV|OMÉTR|CA5.3
CLTMA5.4
BALANçO HíDRTCO6
rôNTFxro c¡ol óclro12
14
'16
18
7
C0NTFXT0 HtDRo(ìFot óGtC0R
TÀRÀTTFRITAI^AO DO ÀOIIIFFRO8.1
ESPESSURA MíNIMA DO AQÜíFERO8.2
SUPERFhIE SATURADA8,3
POTENCIALIDADEHÍDRICA8.3.1
VAZÃo8.3.2
CAPACIDADE ESPEciFIcA8,4
PARÂMETROSHIDRAULICOSPRINCIPAIS8.4.1
TRANsllrssrvrDADE8.4.2
CoNounvro¡o¡t
oRÁuLlc¡C
HIDROOUíMICA5t
43
51
EI
52
57
58
61
65
e.
I
coMPosrçAo QUiMrcA9,2
DISTRIBUIçAO DOS ELEMENTOS9,3
POTABILIDADEr o AVAI rAaÃô DÀs RFqFRVAs np Ácuts SIIBTFRRÂNFAs
65
68
79
81
82
10,1
10.2
11 C0NCI tßÕFS
12 BIBI IOGRAFIA
FIGURA 2 - Distribuição dos poços na Formaçäo Caiuá no PR.
FIGURA 3
*
Médias mensais de temperatura nas estações de Cianorte, Paranavaí e Umuarama, no períodoentre 1972 e
1998.
12FIGURA 4
*
Médias anuais de temperatura nas estações de Cianorte, Paranavaí e Umuarama, no periodoentre 1972 e
1998.
1 3FIGURA 5
-
Totais pluviométricos mensais das estaçöes meteorológicas no período entre 1974 e 1984. 14FIGURA 6
-
Mapa da área estudada com a localizaçäo das estaçõesmeteorológicas.
15FIGURA
7
- Tipos climáticos do Estado do Paraná 17FIGURA 8
-
Grafico exibindo distribuição dos valores médios de tempemtura e evapotranspiraçäo potencialpam a estação meteorológica de Cianorte, no período enlre 1972 e 1997. 19
FIGURA 9
-
Gnáfico exibindo distribu¡çäo dos valores médios de temperatura e evapotranspiração potencialpara a estação meteorológica de Umuarama, no período entre 1972e
1997.
20FIGUM 10
-
Grafico exibindo distribuição dos valores médios de temperatura e evapotranspiração potencialpara a estação meteorológica de Paranavaí, no período entre 1972 e
1997.
22FIGURA 1 1
-
Mapa geológico da área pesquisada contendo as formações sedimentares emcores
24FIGURA 12
*
Aspecto geral de afloramento da formação Caiuá junto à rodovia BR 376, nas proximidades deAlto
Paraná
25FIGURA 13
-
Vista panorâmica exibindo relevo característico da formação Caiuá, nas proximidades domunicþio de Terra
Rica
27FIGURA 14
-
Paisagem da formaçäo Caiuá nos anedores deParanavaí
27FIGUM 15
-
Mapa de traços de fraturas obtido a part¡r da análise e ¡nterpretaçäo de imagens de satéfitesI.ANDSAÏ.
29FIGURA 16
-
Diagramas de roseta segundoa
freqüênciae
extensão dos lineamentos nas formaçõessedimentares
cretáceas.
31FIGURA 17
-
Mapa da área pesquisada com asdrenagens
33FIGURA 18
-
Mapa de extensão do aqüífero Caiuá no Estado doParaná
36FIGURA 19
-
Mapa de isolinhas de espessuras mínimas do aqüífero Caiuá no estado doParaná.
38FIGURA 21
-
Mapa contendo a topografia regional da áreapesquisada
40FIGURA 22
-
Bloco diagrama com a super{rcie topográficasimplificada
41FIGURA 29
-
Distribuiçäo de freqüência das vazões dos poços que exploram as águas do aqüífero Caiuá noPanná, com e sem contribuição das zonas aqüíferas da Formação Serra
Geml.
52FIGURA 30
-
Mapa de isolinhas de vazões dos poços que exploram águas somente do aqüíferoCaiuá.
53FIGURA
3l
-
Distribuiçäo de freqüência das capacidades específicas no aqüífero Caiuá noParaná.
54FIGURA 32
-
Mapa de isolinhas de capacidades específicas dos poços que exploram águas somente doaqüífero
Caiuá.
55FIGURA 33
-
Distribuição dos poços com suas capacidadesespecíficas
56FIGURA 34
-
Localização dos poços debombeamento.
58FIGURA 35
-
Distribuição de freqüência dos dados detransmissividade.
59FIGURA 36
-
Distribuição dos poços de bombeamento com valores detransmissividade
60FIGURA 37 - Distribuição dos poços de bombeamento com os valores de condutividade
hidráulica.
62FIGURA 38
-
Distribuiçäo de freqüência dos dados de condutividadehidráulica.
63FIGURA 39
-
Condutividade hidráulica em diferentesrochas
64FIGURA
40
-
Diagrama de PIPER-
Composição química das águas subterrâneas do aqüífero Caiuá noParaná.
65FIGURA 41
-
Diagrama de PIPER-
Poços com águas do aqüîfero Caiuá e poços com contribuição dosbasaltos Sena
Geral
66FIGUM 42
-
Mapa dos poços plotados com diagramas de STIFF evidenciando as variações das composiçõesquímicas.
70FIGURA 23
*
Seção geológica esquemática com as superfícies dos aqüíferos Caiuá e Sena Geral.FIGURA 24
-
Mapa potenciométrico do aqüífero Caiuá no Paraná.FIGURA 25
-
Bloco diagrama contendo a superfície saturada do aqüífero CaiuáFIGURA 26
-
Mapa de isolinhas da espessura saturada do aqüifero CaiuáFIGURA 27
-
Foto de fonte originada por contato litológico na região de lguaraçuFIGURA 28
-
Localização geográ,fica dos poços peffilados,FIGURA 43
-
lsolinhas de distribuição dos teores de sódioFIGURA 44
-
lsolinhas de distribuição dos teores de cálcioFIGURA 45
-
lsolinhas de distribuição dos teores de magnésio.FIGURA 46
-
lsolinhas de distribuiçäo dos teores de potassio.FIGURA 47
-
lsolinhas de distribuição dos teores de cloreto.FIGURA 48
-
lsolinhas de distribuição dos teores de bicarbonato.FIGURA 49
-
lsolinhas de dishibuição dos teores de nitmto,FIGURA 50
-
lsolinhas de distribuiçäo dos teores de sulfato.FIGURA 51
-
lsolinhas de distribuição dos teores de sílica.42
44
45
46
47
49
72
72
74
74
75 75
77
77
vii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1
-Relaçäo
das folhas topográficas utilizadas.TABELA 2
-
Distribuição dos poços por atividadeTABELA 3
-
Médias mensais dos dados pluviométricosTABELA 4
-
Balanço hídrico da estaçåo meteorológica de CianorteTABELA 5
-
Balanço hídrico da estaçäo meteorológica de UmuaramaTABELA 6
-
Balanço hídrico da estaçäo meteorológica de ParanavaíTABELA 7
-
Freqüências e extensöes médias dos lineamentos medidosTABELA 8
-
Descrição sumária das unidades estratigníficasTABELA 9
-
Distribuiçäo das culturas agrícolas na regiãoTABELA 10
-
Dados químicos médios dos aqüíferos Caiuá e Serra GeralTABELA 1 1
-
Totais pluviométricos da estação fluviomélrica Águas do lacu7
9
16
19
20
21
30
35
69
ANEXO 2
-
Dados químicos dos poços utilizados para o diagrama de PIPERANEXO 3 - Gráficos de testes de bombeamento
RESUMO
A área de afloramento do aqüífero Caiuá no Estado do Paraná, regiäo noroeste do
Estado
do
Paraná, sobrea
qual está inseridaa
área de pesquisa, contém maisde
160municípios, sendo
os
mais
populososos de
Umuarama, Paranavaí, Cianortee
NovaEsperança, com respec'tivamente 90,878, 7 2.97
2,
52.437 e 25.87 7 habitantes.0
aproveitamentoda
água
subterrânea, captada
principalmentepo¡
poçostubulares,
tem sido
utilizado
em
grande
quantidade, principalmentecomo
fonte
nosistema de abastecimento público dos municípios.
0s
objetivos principais foramo
estudoe
interpretaçäo das condições gerais deocorrência das águas subterrâneas
do
aqüífero Caiuáno
Estadodo
Paraná, pelas suascondições hidráulicas, geológicas
e
hidrogeoquímicas, bem comoo
estabelecimento dosparâmetros de reservas de águas subterrâneas, fornecendo subsidios para uso racional
na exploração agrícola, doméstica, industrial e comercial deste aqüífero.
Foi
realizadoum
cadastramentogeral
de
168
poços
para
a
quantificação equalificaçäo
da
água
subterrâneanessa regiåo, abordando
a
localizaçãode
poçostubulares perfurados por toda
a
região noroeste do estado do Paraná, tendo por finalidadeo
relacionamentodos
dados
técnico-construiivosde
cada obra,
principalmenteos
delocalização geográfica, profundidade, vazã0, níveis d'água,
ano
de
perfuraçã0, entradasd'água, perfil geológico, bem como análises quimicas.
As maiores espessuras saturadas
do
aqüíferoestão
na
porção
centro-noroeste
e
centro-sudoesteda
área
aflorantee
as
menores espessurasnas
porçõesmarginais
de
contato lestee
sul
coma
Formação Serra Geral, verificando-se, também,uma inclinaçäo regional da superfície potenciométrica na direção E-W, no sentido da calha
do rio
Paraná,refletindo,
mesmoque
grosseiramente,o
comportamentogeral
dasvazões menores do que 5,0 m3/h e apenas 4,6To com vazões maiores do que 50,0 m3/h.
A
partir de testes
de
bombeamento,foi
possívela
obtenção
dos
principaisparâmetros hidrodinâmicos: Transmissividade
e
condutiv¡dade hidráulica'que têm
emseus valores médios, 1 ,28
x
102 mzldiae
3,22x
10-'
m/dia, em queos
maiores valoresde
localizam-sena
porçåo centro-noroesteda
área, coincidindo coma
área
de
maiorespessura saturada do Aqüífero.
Através
do
diagramade
Piper
com
as
águasdo
aqüífero Caiuáno
Paraná,sustenta-se
o
caráter bicarbonatado cálcicoa
calco-magnesiano, com uma distribuiçãorelativamente difusa. Tal composição coaduna-se relativamente com
a
tipologia químicapara
águas
deste aqüifero na Bacia do Paraná.A reserva permanente
do
Aqüífero no Paraná, calculada em funçãoda
porosidadeefetiva, da área de ocorrência e da espessura saturada média foi estimada em 4,5
x
1 011 m3,enquanto que a reserva reguladora, calculada através da análise das curvas de recessäo dos
ABSTRACT
The aim of this work was the study and interpretation of the general conditions of
groundwater
of
Caiuá aquiferthrough
its
hydraulic, geologicaland
hydrogeochemicalconditions as well as
the
determination ofthe
groundwater resource parameters, givingsupport to the rational use in agricultural, domestic, industrial and commercial exploitation
of this aquifer,
The
area
of
Caiuáaquifer
in
Paranástate
comprisesmore
than
160
cities,including Umuarama, Paranavaí, Cianorte
and
Nova Esperança. The groundwater pickedup by tubular wells has been used as source of water supply in many cities.
A survey
of
168 tubular wells of the northwest regionof
Paraná state was carriedout with
respectto
geographiclocation,
depth,
discharge,water level,
drilling
year,geological
profile
and
chemical analyseswith
the
objective
of
relate
the
technical-constructive data of each construction.
The
highest
saturated ihicknessesof
the
aquifer
are
located
in
the
center-northwest and center-southwest and the smallest ones are in
the
boundaries of the SerraGeral formation, A regional dipping
ofthe
hydraulic head was noticed inthe
E-W direction,showing the general behavior of the Paraná sedimentary basin sheets in this region.
.
The survey showedan
average dischargeof
15,3
m3/h, with specific capacity of0,8
m3ih.m,with 38,5% of
the
wells having discharges lesserthan
5,0
m3/hand
only4,6% showing discharges higher than 50,0 m3/h.
Using pumping tests, it was possible
to
obtain the main hydrodynamic Parametersltransmissivity and hydraulic conductivity, with average values
of
1,28x
102 m2lday and3,22
x
1Or
m/day, respectively. The major valuesare
locatedin
the
center-northwestThis composition, in great part, agrees with the chemical typology for waters of this aquifer
in the Paraná Basin.
The þermanent reserve of the aquifer in Paraná state, calculated in function of the
effective porosity,
the
area
of
occurrenceand
the
average saturated thickness was estimated in 4,5x
1 0r 1 m3, while the regulator reserve, estimated through the analysesol
1
TNTRODUÇÃ0A regiäo noroqste
do
Estadodo
Paraná, sobrea
qual está
inseridaa
área
depesquisa,
é
constituídade
mais
de
160
municípios localizadossobre
a
área
deafloramento do aqüifero Caiuii no Estado do Paraná'
Irata-se
de
uma região
do
Estado
onde
o
desenvolvimentoeconômico
epopulacional apoia-se basicamente
na
agriculturae
agropecuária,tendo
a
pastagemformada como sua cultura principal, perfazendo cerca de
87lo
da área disponível para oplantio, seguido de mata natural, algodã0,
trigo
e
milho, somados em aproximadamente107o.
O aproveitame¡to
da
água subterrânea nesta região tem sido utilizado cada vezem maior quantidade,, principalmente como
fonte no
sistemade
abastecimento públicodos municþios, Cerca.de 50% dos mesmos possuem um ou mais poços tubulares para o
abastecimento público total oq parcial de suas áreas urbanas e, não raramente, rurais.
Tais poços,
a
partirde
um cadastramento geral para este trabalho, perfazem umtotal
de
513
unidades, sendoque
nesses númerosnão
estäo
inclusosos
poços
departiculares, os quais qbastecem grande parte das indústrias
e
área rural de todaa
regiãopara fins de irrigaçå0.
Dessa forma, a quantificação e qualificaçäo das águas subterrâneas nos domínios da
0
estudo e interpretaçäo das condiçöes gerais de ocorrência das águas subterrâneasdo Aqüífero Caiuá no Estado
do
Paraná, pelas suas condições hidráulicas, geológicase
hidrogeoquímicas,Serão
determinadasa
espessura saturada;
potencialidadehídrica, bem como osparâmetros hidráulicos principais e mapas hidrogeoquímicos,
O estabelecimento dos parâmetros
de
reservasde
águas subterrâneas, fornecendosubsídios para uso racional na exploração agrícola, doméstica, industrial
e
comercial3
L0CALTZAçÃO DA ÁREAA área em estuy'o encontra-se localizada nas regiões nofte e noroeste
do
Estadodo
Paraná, onde afloramas
rochas sedimentares cretáceasdo
Grupo Bauruda
BaciaSedimentar do Paraná, mais extensivamente
a
Formação Caiuá, estando delimitada pelosrios Paraná, Paranapanema e Piquiri, respectivamente a oeste, norte e sul e pelo limite de
ocorrência das formações
a
leste coma
Formação Serra Geral,de
idade iuro-cretácea,perfazendo uma área
{e
cerca de29.500
km'z (FIGURA 1).lnserida
entre
as
coordenadas geográficasde
longitudes51"
e
54o W
e
delatitudes
24"30'
e 22'30'
S,a
regiäo abrange vários municípios,tendo entre
os
maispopulosos
os
municípiosde
Umuarama, Paranavaí, Cianortee
Nova Esperança, com?.4to,000
-U' 2 = 5
7/00,000
-r¡r0.000
-FIGURA 1
-
Mapa de localização e delimitação da área de pesquisatsþ,mo-I
ãr0,000
I
250,000
| *t-*
I
s0.æ0
tüo.m ¡o0,@Ia PPrEipâÊ municþbs
0 25lan
L--J
EscaÞ gráfica
I
4
MFIODOLOGIA DE TRABALHO4.1
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E TRABALHOS ANTERIORESA
Formação Caiuátem sido
estudadano
Estadode São
Paulo,com
grandenúmero de trabalhos publicados,
tanto
em estratigrafia, quanto em águas subterrâneas.Entretanto, no Estado do Paraná não acontece o mesmo.
Existem diversps
trabalhos
abordando estratìgrafia, sedimentaçãoe
depósìtosminerais:
STEVAUX
&
FERNANDEZ(1995)
realizaram uma avaliaçäo preliminardo
potencialmineral
da
regiäo noroestedo
Estadodo
Paraná, resultando em dadosde
mapeamentoregional e de semi-detalt¡e em algumas localidades por eles escolhidas.
FERNANDES
(1992)
em dissertaçäo de mestrado, fez um estudo detalhado sobrea
geologiae
os
ambientesde
sedimentaçäoda
cobertura suprabasálticado
estado doParaná, incluindo
a
FormaEão{aiuá e
propondo paraa
mesma uma elevaçäoa
nível degrupo e subdividindo-a em 2 formações:
a
Formação Goio-Erê ea
Formação Rio Paraná'O trabalho desta pesquisa em andamento
terá
como base geológicao
mapa produzidoneste trabalho, com algumas ¡nodificações.
Entretanto, os trabalhos publicados sobre águas subterrâneas
do
Aqüífero Caiuáno Estado do Paraná säo relativamenie escassos, restringindo-se praticamente a boletins
internos
da
SANEPAR (COMPANHIA DE SANEAMENTOD0
ESTADOD0
PABANÁ)E
IAP(INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ) e a alguns trabalhos destacados, como ROSA FILHO
(1982),
no
qual
são
analisadose
discutidos os
parâmetros construtivossobre
ado Estado do Paraná, publicou em 1995 o relatório final do ESTUDO D0 PLANO DIRETOR
PARA
A
UTILIZAçÃO OOS nrCUnSOS HÍDR|COS DO ESTADO NO PARANÁ.Tal
relatório,entre outros temas, realizou uma abordagem para a estratégia de gerenciamento do meio
ambiente hídrico
no
Estado
do
Paraná.
A
escassezde
água para
abastecimentodoméstico
e
industrial, deterioração
da
água
de
superfície
e
recursos
de
águasubtenânea devido ao aumento do esgoto doméstico, säo alguns temas que abrangem o
escopo geral do relatório.
4,2
ELABORAçÃO DE BASES TEMÁTICAS0
material de base utilizado paraa
pesquisae
elaboraqão dos mapas, bem comooutras figuras presentes no relatório final deste trabalho foi:
4.2.1
Bnsr cnRrocnÁRcRFolhas topográ,ficas
na
escala
1:50.000
(IBGE)e
I:100.000
(DSG),as
quaisrecobrem
toda
a
área
pesquisada,que
é a
área
de
afloramentodas
formaçõesffiþhãrió
suFir,,l, ....Colorado
Diamante,do Norte
Esperança do Norte
GUäI|. çå,-.::.'' ;.; ::' i¡¡''",'.: ¡';
llo¡or-ó do Paranapanema
luçana'
: Ma¡ing_á€ønipo¡Moufåo.', Cianorte
ËJdi
¡i,..,,l';,,,,.. Goio Erê6o¡¡6¡'.,,.¡1,.'.', : .:,.
lcaraíma
1g¡6f
.,t, '' l¡1,.,,,fParanacity
,,.P,ãf,'ánãVal,' ¡.','..-'';.. .1;,':i:;
Peabirú
,tp.g¡tãátu,.'''rr, -', ' : ...,'',,i
Sabáudia
:SantAFá
., ,'
Santo lnácio5äo João do Caiuá
Teodoro Sampaio
+ ..:Á'
lern¡'ffica
',
'.,;.[gndrlna'.,
.,,
',¡, ',.1Mamborê
-,;,,,--
Pffi
:,,,,,:;,¡,''..,.,.,,
Paraíso do Node .'.,.'
t*fa,.,
1;:
.'"..,,Tapira
tlmuamma
TABELA 1
-
Relação das folhas topográficas utilizadas.4.2,2
Bnsr erolóetcnMapa geológico
da
qobertura cretácea
suprabasálticado
Paraná
e
Pontal
doParanapanema
(Sf),
escala1:500.000
-
FERNANDES (1992)Mapa geológico, escala 1:500.000
-
MINEROPAR(1983)
Mapa geológico
do
bloco
St-l}-tJ,
escala
1:100.000
CONSÓRC0estado do Paraná.
-
lmagens de satélites LANDSAT, escala 1:250.000, da região pesquisada.4.3
CADASTRAMENTO DE PoçoSUm cadastramento compreendeu
a
localização de poços tubulares perfurados portoda
a
região noroestqdo
esiadodo
Paraná, tendo por finalidadeo
relacionamento dosdados técnico-construtivos
de
cada
obr4
principalmenteos
de
localização geogriífica,profundidade, vazä0, níveis d'água, ano de perfuraçäo, entradas d'água, per{il geológico,
entre outros (FIGURA 2).
Tal cadastro compreendeu a abordagem inicial de 5'i 3 poços que exploram as águas
do
aqüífero Caiuáno
estadodo
Paraná. Entretanto, apenas168
poços
puderam seraproveitados com confiança, onde foram observados
os
dadosdos
poços (profundidadetotal e profundidade de revestimento), as caracteísticas do aqüífero (entradas d'água e nível
estático) e os dados dq produçäo (vazäo e capacidade específica), bem como resultados de
análises químicas. A tabela dos poços com os principais dados encontra-se relacionada nos
ANEXOS.
0s
poçose
seus parâmetros foram plotados em mapase
superfícies de tendênciaforam feitas, utilizando-se
krþgþgcono
metodologia de interpolação de dados.Bplatórios, de festes
de
bombeamento foram obtidosjunto
à
SANEPARe junto
àempresa
de
perfuraçãq de poços HIDROINGÁ, que perfizeram umtotal
de
17 poços com9
dos filtros, etapas contlnuas de bombeamento com vazäo máxima
e
recuperaçäo posterior,bem como o acompanhamento efetivo do geólogo responsável.
Para
a
análise
e
interpretação
dos testes,
foi
utilizada
a
metodologia
derecuperação
de
COOPER-JABOB,a
qual
consisteem
bombeamento contínuoe
após
aestabilizaçäo do nível dinâmico, procede-se
a
recuperaçäo de nível. Este método permitea
obtenção
dos
principais parâmetros
hidrodinâmicos
do
aqüifero,
que
são:transmissividade
e
condutividade hidráulica.0
parâmetro coeficientede
armazenamentofoi
descartado neste trabalho,em viftude
de
que, para
o
cálculodo
mesmo,se
farianecessária
a
mediçäodos
níveiscom poços
de
observaçã0, procedimentoeste
näo presente quando da realização dos testes.Dos 168 poços cadastrados, 78 säo de propriedade da SANEPAR
-
Companhia deSaneamento
do
Paraná,
80
pertencemàs
prefeituras municipais,todos
utilizados noabastecimento público, e
o
restante-
10-
de particulares, é destinado ao uso industrial,doméstico e comercial (TABELA 2).
TABELA 2
-
Distribuição dos poços por atividade 1587¡50,0æ
-ul
z
!
z.tæ,0æ-'.; ' ."51 3
,,
".'
1; r;3
192. åo:ro ì
a
FIGURA
I
200,000
a[
al."
z8l
v4aa
Distribuição
dosI
250.000
poços
I
na
Formaçäo
Caiuát-::--+-
-l*1
[ -:- I
t- -.i
- .._l
LEGENDA
o Poços no aqülcro Caiuá
a Poços no aqüifêro Ceiuå qúc at¡ng.m ou penctnm no aqûfflro Scna Gcnl
0 25 |rr E*l¿ y&a
UTM E.W
no PR
com seus
respectivos
númerosI
450,000
0
ponto de partida para a obtenção dos dados iniciou-se a partir do cadastro geralde
poçosda
SUDERHSA (Superintendênciade
Desenvolvimentode
Recursos Hídricos eSaneamento Ambiental), órgäo pefiencente
à
Secretariade
Estadodo
Meio Ambiente doParaná, Este cadastro, aliado aos relatórios conclusivos de poços tubulares da SANEPAR, na
região noroeste
do
Estadodo
Paraná, permitiu umavisäo
inicialdo
abastecimento eutilização dos poços tubulares e sua localizaçäo geográfica.
Foram também obtidas fichas e relatórios de conclusäo de poEos junto aos arquivos
de
companhias perfuradorasque
operam efetivamentena
regiã0,tais
como Hidroingá,Waldemar Georg, Copam e Yguqtu, selecionando-se sempre os dados mais completos'
Resultados
de
análises físico-químico-bacteriológicas foram também inventariadasjunto à SUDERHSA
e
SANEPAR, afm
de se obter uma caracterizaçäo hidroquímica básicadas águas
do
aqüífer.o Caiuána
regiãode
pesquisae
a
relação destas comas
rochas5.1
TEMPERATURATomando-se como base
as
médias climatológicasdo
períodoentre 1972
e
1998,medidas nas estações meteorolóEcas de Cianorte, Paranavaí
e
Umuarama"do
INSTITUTOAGRONOMICO DO PARANA
-
IAPAR, pode-se dizer quea
região em estudo gozade
umatemperatura média anual em torno de 21,8"C.
0
mês mais quente é fevereiro, apresentandotemperatura média em tomo de 24,9"C e os meses de junho e julho säo os mais frios, com
temperaturas médias em torno
de
17,7e
17,9"C, respectivamente (FIGURA 3).Médias mensais
(-,
F 28,0
26,0 24,0 22,0 20,0
18,0 16,0 14,0 12,0
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO SET OUT
NOY
NEZMeses do ano
-
Cianorte-
p¿¡¿¡¿yaí
-
Umuarama
FIGURA
3
-
Médias mensaisde
temperatura
nas
estações
de
Ganorle,
Paranavaí13
Qbservando-se as curvas das médias anuais das três estações, nota-se na FIGURA
abaixo que, embora com configuração semelhante, a estação de Cianorte apresenta valores
freqüenternente inferiores aos de Paranavaí e Umuarama, devido, talvez,
à
sua proximidadecom regiões mais altas
e
de
relevo mais ondulado, imposto pelos basaltosda
FormaçãoSerra Geral aflorantes.
Médias anuais
U
23,5
23
22,5
22
21,5
21
20,5
20
;ji
ilïlil
Ano
-
cianorle
-
Paranavaí
-
umuarama
FIGURA 4
-
Médias anuais de temperatura nas estações de Cianorte, Paranavaí e Umuarama,no período entre 1 972
e
1998,
(Fonte: IAPAR-
Área de ecofisiologia).Nota-se, também que, embora variando muito de ano para ano, existe uma tendência
de aumento geral de temperatura desde 1972 até 1998.
A média anual de precipitação pluviométrica para
a
regiäo noroestedo
Estado doParaná,
no
períodoentre 1974
e
1984,
nas
estações meteorológicasde
Douradina,Santa lsabel
do
lvaí, Quintado
Sol, Rondon, Porto Ricoe
ParanacitY, está compreendidaem
torno
de
1.397
mm. A estação meteorológicade
Quintado
Soltem
uma média de1.61 1 mm para
o
mesmo período, constituindo-se em uma exceção para essa regiäo doEstado.
O mês mais chuvoso é dezembro, com média pluviométrica acima de 200 mm e julho
e agosto os de menor precipitaçã0, com cerca de 51 mm em média. A FIGURA
5
apresentagráfico da distribuição dos totais pluviométricos mensais das estações acima citadas.
Totais Pluviometricos Mensaís
E
Srso o rõ d
-=
3 roo
o
ù
50
-
Darradina
-
Sta lsabel do lvai
-
Quinta do 5ol
-
Rondon
-
Porto Rico
-
Paranacity
-Média
MM
ABRsET
OUT NOV
DT.FIGURA
5
-
Totais pluviométricos mensais das estações meteorológicasno
período entre15
i\
'I
I ..
Paranadity . '
a" ', I
,."1
I
4i0.m0
I ¡00.000
I
250!@
l 200 000
Portolió''.
.,a
Sta lsabel do lvai a
']
li
DoundinaaRondon
a
q
z
5 7.4ûû.0O
Quinta do Sola
TEGENDA
o Estaçöes meteorológicas
',1
{00.000
FIGURA 6
-
Mapa da área estudada com a localização das estações meteorológicas.As precipitações são em geral bem distribuídas durante
o
ano, apesar de que naporçäo mais
setentrional,possa
ser
detectadauma
curta
estação
seca
no
inverno,conforme observações
feitas
por
MAACK(1981) para
o
clima
do
terceiro
planalto paranaense.Devido à implantaçäo de culturas como café, soja, trigo e milho, no norte e oeste do
Estado, com conseqüente destruição das florestas tropicais, reservas ou matas de proteção
das nascentes näo são mantidas. Este fato tem modificado significativamente o coeficiente de
variação
das
precipitações.Como
conseqüência,estas
regiões
têm
freqüentementeregistrado peíodos de abundância e escassez de chuvas.
As médias mensais dos dados pluviométricos das estações, compreendidos
entre
1974 e61 43,2 60,2 119,4 181,8 142,5 212,7 1397,4
1 16,5
72,6 39,9 52,5 111,9 166,7 '133,6 180,9 1313,8 109,5 111 73,6 62,9 129,5 175,4 179,2 233,8 1610,9 134,2 99,4 57,1 51,9 106,7 171 ,7
1 18,6
196
1357,4
I 13,1
71,7 47,7 46,6
1 16,8
191,4
'151,5
223,9
1391,7
1 16,0
83,4 44,4 35,4 129,7 152,2 130,7 2A8,2
1 312,3
109,4 83,2 51,0 51,6 119,0 173,2 142,7 209,3 1397,25 116,4
TABELA 3
-
Médias mensais dos dados pluviométricos das estações entre 1974e
1984.
s.3
cltMASegundo a classificaçäo de Köppen (MAACK, 1981), cuja sistemática se fundamenta
nos regimes térmico e pluviométrico e nas associações vegetais, a regiäo da Formaçäo Caiuá
no Estado
do
Paraná enquadra-se como pertencente ao clima mesotérmico, sem estaçäoseca, com verões quentes
e
com médiado
mês mais quente superiora
25oC, sendo asT7
É o clima predominante de todo norte, oeste e sudoeste paranaense, em altitudes
normalmente inferiores
850-900
metros.Vale ressaltar que
tem se
verificado emtoda
a
porçäonorte,
incluindoa
zona limítrofe com o estado de São Paulo, neste últimos anos verifica-se um período mais secono inverno, caracterizando o
tipo
climático Cwa, que se diferencia do Cfa pelo defato
deapresentar estiagem no inverno.
FIGURA
7
-
Tipos climáticosdo
Estadodo
Paraná (EMPßESA BßASILEIBA DE PESQUISAFoi
realizadoo
balançohídrico
em três
localidades distribuídaspela área
emestudo, com a finalidade
de
uma melhor compreensão dos ganhose
perdas constantesno ciclo hidrológico.
A
metodologia utilizadapara
o
cálculofoi a de
THORNTHWAITE' adaptada porNETO
el
al
(1991),
a
qual se
baseiaem dois
elementos climáticosla
precipitaçãopluviométrica e a evapotranspiração potencial, também chamada pelos autores acima de
evapotranspiração de referência.
THORNTHWAITE
&
MATHER(1955),
in
NETO
et
al.
(1991)'
definemevapotranspiraçäo potencial como sendo a perda total de água na forma de vapor normal
de uma superficie natural em suprida de água à atmosfera, ocorrendo quando a folhagem
vegetal se mantém turgescente e quando o processo decorre dependente de atributos do
clima, não havendo restrição de água ou cobertura vegetal'
Este método,
adaptado
pæa as
condições climatológicas brasileiras, segundoVELÁSQUEZ
(1996), tem
sido
amplamente aplicado,visto
a
sua
viabilidade perante àdisponibilìdade
de
dados,dos
quaissó são
requeridosa
temperaturae a
precipitaçãopluviométrica médias mensais.
0
balanço foi realizado para um período de 25 anos, desdeo
anode
1972 até oano
de
1997,
parat¡ês
estações meteorológicasdo
IAPAR, distribuídaspela área
deafloramento do aqüífero Caiuá, São elas: Cianorte, Paranavaí e Umuarama.
As
TABELAS4
e
5,
bem como
as
FIGURAS8
e
9,
referentes
aos
dadospedencentes
às
estaçöesde
Cianortee
Umuarama, respectivamente, evidenciam umexcedente hídrico para
todos
os
mesesdo
ano, inclusive parajulho
e
agosto,que
se19
de
os
dados
de
evqpotranspiraçãopotencial serem sempre superiores
que
os
deprecipitaçä0. 129,3 111,1 111,0 81,8 56,9 44,1 43,8 59,3 69,7 96,8 112,8 126,9
T:Temperatura ('C)
Saldo:
P-EP
(mm)Déficit hídrico (mm)
FIGURA
I
Grafico[P: Evapotranspiração potencial (mm)
ARM: Arnaz de água disponúvet (mm)
ER: Evapotranspiração real (mm)
24.6 24,5 24.0 22,0 t9.t 17.4 17.5 19.2 20.2 22.4 23.7 24.3 212,6 155,1 133,5 119,9 1 35,1 109,9 70,6 72,8 130,6 175,2 146,3 206,4 83.3 44.0 22.5 38.r 78.2 6s.8 26.8 13.5 61.9 78,4 33.5 79.5 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0,0 129,3
1 1 1.1
111.0 81.8 56.9 44.1 43.8 59.3 68.7 96.8
1 12.8
126.9
P: Precipitaçäo pluviométrica (mm)
1ûA: Megatirc acurnulafu (tnmlDËFr
EXC: Ercedente hídrico (mm)
83.3 44.0 22.5 38.1 78.2 65.8 26.8 13.5 61.9 78,4 33.5 79.5
temperatura
e0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0,0 0.0 0.0 0.0 0.0 E E
TABELA 4
-
Balanço hídrico da estação rneteorológica de Cianorte.mar abr md jun id ago set oLt
novlliscs dó ano
+
Evapotranspiração Potarcial-+
Prælpltaçãoexibindo distribuição
dos
valores médios
de drlevapotranspiraçäo potencial
para
a
estação meteorológicade
Cianorte,no
período entreBalanço Hidrico - Estaçåo Cianorle
25.0 24.8 24.4 22.2 19.5 17.8 18.0 19.5 20.5 22.6 23,9 24.7 T: Temperatura ("C) Saldo:P-EP(mm)
Déficit hídrico (mm) 134,2 114 115 82,7 58,7 45,4 45,8 60,4 70,1 97,9
1 14,5
131,6 173,3 145,2 128,6 139,4 141,6 113,1 67,7 77,6 142,7 170,7 161,4 182,3 39.1 31,2 13.6 56.7 82.9 67,7 21.9 17.2 72.6 72,8 46.9 50.7 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125.0 125,0 125.0 125.0 125.0 125.0 134.2
1 14.0
115.0 82,7 58.7 45.4 45.8 60.4 70.1 97.9
1 14.5 131.6
0.0
39.10.0
31,20.0
13.60,0
56,70.0
8290.0
67.70.0
21.90.0
17.20.0
72,60.0
72.80.0
46.90.0
50.7EP: Evapotranspiração potencial (mm)
ARM:Armaz. de água disponível(mm)
ER: Evapotranspiração real (mm)
P: Precipitação pluviométrica (mm)
NA: Negativo acumutado (mm)DEF:
EXC: Excedente hídrico (mm)
TABELA 5
-
Balanço hídrico da estação qeteorológica de Umuarama.150
Ê
roo50
0
mar abr mai jun jul ago sd
oulllcscs.do ano
+
Evapotrarspir4ão Potencial=+ PrecipitaçãoFIGURA
9
Grafico
exibindo distribuição
dos
valores médios
de
temperatura
eevapotranspiraçäo potencial para
a
estação meteorológicade
Umuarama, no período entreBalanço Hldrico - Estação Umuarama
2L
A estaçäo de Paranavaítem cornportamento semelhante no tocante ao excedente
hídrico em geral, porém apresenta um pequeno déficit no mês de agosto, onde os valores
médios
de
evapotranspiraçäopotencial superam ligeiramente
os
de
precipitaçãopluviométrica (TABELA
6
e FIGURA 10).25,1 24.9 24.4 22.2
r 9.5
17.8 18.1 19.9 20.7 22.9 ¿4,1 24.8 134,9
1 14,8
114,8 82,5 58,4 45,1 46,1 63,'l 71,4 100,8
1 16,3
132,3 184,6 149,4 132,3 109,1 116
1 02,1
55,3 53,9 137,6 167,5 125,5 179,3 49.7 34.6 17.5 26,6 57,6 57.0 9.2 -9.3 66,2 66.7 9.2 47.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 9.3 0.0 0.0 0.0 0.0 125.0 125.0 12s.0 125.0 125.0 125.0 125.0 116.0 125.0 125.0 125.0 125.0 134.9 114.8 114.8 82.5 58.4 45.1 46.1 62.9 71.4 100.8 116.3 132.3
0,0
49.70.0
34.60.0
17.50.0
26.60.0
57.60.0
57.00.0
9.20.3
0.00.0
57.20,0
66.70.0
9.20.0
47.0 T: Temperatun ("C)Saldo:P-EP(mm)
Déficit hídrico (mm)
EP: Evapotranspiração potencial (mm)
ARM|Armaz. de água disponívet (mm)
ER: Evapotranspiraçäo real (mm)
P: Precipitaçäo pluviométrica (mm)
NA: Negativo acumulado (mm)DEF:
EXC: Excedente hídrico (mm)
Balanço tlídrico - Estação Paranavaí
mai jun jrl ago set out nov dez
Meses do ano
c
Evapotranspiraçäo Poterrial+
PreciPitaçãoFIGURA
10
Gráfico
exibindo
distribuição
dos
valores médios
de
temperatura
eevapotranspiração potencial para
a
estaçäo meteorológicade
Paranavaí,no
período entre1972
e
1997.Ainda assim, pode-se afirmar que
o
aqüífero Caiuá recebe em geral recargas portodo o ano, pelo menos durante
o
intervalo de tempo amostrado, tomando-se como base6
CONTEXTO GEOLOGICO6.1
LITOLOGIANa área em estudo afloram as rochas sedimentares referentes ao Grupo Bauru, o
qual
é
constituídopelas
formações: Caiuá,Santo
Anastácio, Adamantinae
Marília,assentadas sobre as rochas basálticas da formação Serra Geral,
a
qual constituitodo
osubstrato rochoso. A maior extensäo, no Estado
do
Paraná, cabeà
Formaçäo Caiuá-
aFormaçäo Marilia não ocorre no Estado e as outras duas muito Iocalmente (FIGURA 1 1).
A
Formação Caiuápode ser
divididaem
2
fácies: FáciesPorto
Rico, inferior, eFácies Mamborê, que þ a superior. A primeira, segundo STEVAUX
e
FERNANDEZ(1995)'
é constituída por areniÌo
fino
a
médio, arroxeado, com estratificação cruzada de grandeporte, típica de dunas eólicas de ambiente desértico. A superior, segundo o mesmo autor,
apresenta arenito de mesma granulometria que a anter¡or com maior quantidade de finos
na
matriz, ostentando estratificações cruzadas acanaladasde
médioa
pequeno pofte, que se alternam com camadas de arenito maciço.Tal faciologia sugere uma
gêneseligada
a
depósitos subaquáticos. BÓSIOe
LANDIM
(1971)
afirmamque
o
grau de
seleção dessesarenitos
apresentam níveissuperiores quando comparados com
os da
Formação Botucatu, referenteao
triássico.FERNANDES
(1992)
rqfere-se a essa fácies como uma transição da Formação Caiuá para7.450,0æ _ .t> ¿. E b 7.400.000 -I I
I
)Ir
Afo
"4;*'Ì-a-,
[\
\r-,-"-(
L1U\\''
{N,,'
t
\t \tt\.
{\
\ø1i]\
x=.
t
jx
7,35C,0m
-Í
It)tt
1F \) ïlUTM E-W
FIGURA 1 1
-
Mapa geológico da área pesquisada contendo as formações sedimentares em cores (Modificado de FERNANDES, 1 992)./rt" I æ0.ûû0 I 250.m0 ¡{n
ll
u),VP
ðJX¡g
300,000
Q
Qgtemá¡io.:
:Ka
Føna$oÂdaryntira lGa Førm@SartoÀrrasrftioKc
Forrrn@CaiuICg
FormaçtuS€rraG€rdr)
ConÞto f,tolóc{ooI
I
40û.0æ
t-E66tDil
'- Þ$$ ïq!30! *trb*oi¡inats.
- ittr*os lrqs a mito ftrgs, slþsos. túsæs,
næip9, rom irtrr*4õæ dc lcnlcs dr ffi$.
. kniltol ft¡o¡ ¡ mlto ftç, rmstos, 4gunts ;
É:ca corn estr#r{ãc cr¡r¡¿a t*Ur dc kixo eBe.
.lrsúþs ìm* r n!i.b fi.tos. '¡ro¡cdi; tom
ëüàfta{e $Pdq lalrdr d€ grdÌdr a
iocstgro poræ. .:. ., Rodræ cn¡clfoæ bõá&æ.
I 0 æktr
25
O
mesmoautor
reconheceua
individualidadeda
unidade
Caiuá(
FULFARO;PERINOTTO,
1996) e,
com
baseem
características litológicase
áreasde
ocorrência,promoveu-a para Grupo
e
separouos
arenitos Caiuá em duas formações: Rio Paraná eGoio-Erê.
A primeira, localizada na margem esquerda
do
rio
Paranáe de
maior extensäo,constitui-se de quartzo-arenitos finos
a
muito finos, arroxeados, supermaturos, com boamaturidade
textural.
Geralmentebem
selecionados,pouca
ou
nenhumamatriz
silto-argilosa, com estratificaçäo cruzada de médio a grande porte (FIGURA 12).
FIGURA 12
-
Aspecto geral de afloramento da formaçäo Caiuá juntoà
rodovia BR376,
nasproximidades de Alto Paraná, evidenciando estratificações cruzadas de grande porte (foto do
Autor).
A segunda, cuja exposição mais característica
está
na rodovia Campo Mouräo-Goio-Erê,
é
constituída
por
quartzo-arenitos
de
cor
marrom-avermelhadaa
orientado na direção NE-SW, formando uma calha alongada que se abre em direção ao
Estado do Mato Grossq do Sul. Um alto estrutural regional na sub.iacente Formaçäo Serra
Geral,
alinhado
grosseiramentecom
o
rio
Paranapanema,separa
o
depocentroparanaense que se apresenta mais profundo (mais que
250
metros)do
queo
paulista(cerca
de 50
metros),
na
região
de
Presidente Prudentee
Adamantina STEVAUX eFERNANDEZ,
r99s).
O
lvìapa Geológicodo
Estadodo
Paraná (MINEROPAR'1989)
apresenta, aindaque em ocorrências bastante localìzadas, as formações Adamantina
e
Santo Anastácio,restritas à porçäo norte do Estado, nos municipios de Porecatu, Centenário do Sul a Santo
lnácio.
A
Formação Santo Anastácio constitui-sede
arenitofino
a
médìo,com
Poucamatriz,
bem
selecionado,com
cimentaçãocarbonática localizada.
.lá
a
FormaçãoAdamantina,
de
ocorrênciamuito restrita,
é
formada
por
arenito
fino
a
muito
fino, alternado por bancos de lamilos e siltitos.Além dessas formações referentes
à
Baciado
Paraná, encontram-se também,depósitos
aluvìo-colu{ionares quaternários, adjacentesao
curso dos
rios
principais,próximos à sua foz, bqm como depósitos subaquosos de bacias localizadas'
Em termos geomorfológicos, a área pesquisada peftence ao 3e Planalto Paranaense
(MAACK,
1981),
ondqo
relevoé
constituídode
colinas amplas,de topos
extensos earredondados, apresentando encostas de baixa declividade (FIGURA 13 e FIGURA 14)
Em função dessa característica geomorfológica,
a
rede
de
drenagemé
do
tipodendrítica,
com
rios
meandrantesde
baixopoder erosivo
e,
em geral, com
pequenaFIGURA
13
-
Vista
panorâmicaexibindo relevo
característicoda
formação
Caiuá, nasproximidades do
municþo
de Terra Rica (foto do Autor).em caráter regional: NW-SE, NE-SW e E-W, As duas mais imporlantes, segundo ZALÁN et
al (1986),
são as com orientações NW-SEe
NE-SW, que podem constituir falhas simples,ou
extensas zonas de. falhas, porém com rejeitos verticais relativamente pequenos. 0smesmos autores reconhecem os lineamentos E-W, os quais säo pouco compreendidos na
Bacia do Paraná, mas que sugerem a importância de sua influência no atual arcabouço da
Bacìa.
A
cobeftura sedimentar pós-basálticatem
seus limites atuais coincidentes comimportantes estruturas tectônicas (NW e NE), muitas delas associadas a antigas zonas de
falhas profundas, de idade prþ-cambriana a eopaleozóica (FERNANDES,
I992).
Com a análise e interpretaçäo de imagens LANDSAT, foi possível a identificação de
estruturas do tipo fratura e/ou falhamento na área da Formação Caiuá no Paraná. Foram
identificadas 3 famílias de.iuntas principais, com direEões preferenciais médias de: N 4o E
(com
l1%
de todas
as
medidas),N
450 Ee
N
'15oW, as
quaisestão
mostradas naTABELA 7 e nas FIGURAS 1 5
e
16.A classe mais dpminante
-
N 4o E-
, entretanto, tem extensão média dos ttaçosde fraturas de
9,9
km,issim
comoa
de N 450 E, que possuì7,8
km de média nos seusalinhamentos. A tercei¡a família
-
N
150 W-
tem os
maiores alinhamentosentre
asclasses mais dominantes em freqüência, com cerca de
I6,9
km de extensäo em média.Uma
das
famíJiasde
alinhamentos
menos
representativas
em
termos
defreqüência, que
é
de
N 850 W na média, têmas
maiores extensões médias verificadas,7,430,000
-al
z
!
r,oo,mo-=::
:]
1I l
7,350,000
-FIGURA 15
-
Mapa de traços de fraturäs obtido a partir da análise e interpretação de irnagens de satélites LANDSAT.\
200.000
I
250.000
29
I
300.000
...t
il
350,000 4æ,000
UTM E-W
LTGENDA Tnços de fratuns
40 a49
50a59
60a69
70 a79
80a89
0a9
'10
a
1920 a29
30a39
40 a49
50a59
60a69
70 a79
80a89
10.3
4.5
3,2
3,5
1.9
8.0
11.2 8.6
12.0
8.5
3.5
8.1
6.8
6.1
3.5
4,5
1.9 3.5
2,9
7.3
t6.9
8.0 8.8
1 1.9
12.0
12.9 14,4
17.3
TABELA
7 -
Freqüênçias e extensões médias dos lineamentos medidos.Em estudo geológico-estrutural, notaram-se concentrações
de
direções distintas,com
evidências
de
falhamento
relacionadas
a
diferentes unidades
geológicas:fraturamentos NW, ENE
e
NEnos
basaltos (CELL|GO|; DUARTE,1994),
NWe
NNW emrochas do Cretáceo Superior e falhas normais com rejeitos de até dezenas de metros de
0
Exlensõo
oeste, recebendo diverios cursos d'água que atravessam a Formação Caiuá, como os rios
Paranapanema, Pìquiri e lvaí, Êom seus respectivos afluentes.
A bacia hidrográfica do Baixo lvaí drena a maior pade da área, sendo responsável
por
cercade
44Toda área
drenadana
referida formaçäono
Estadodo
Paraná, com29.452km2 (FIGURA 17).
0
pacote sedimentarde todo
o
Grupo Bauru, principalmenteno
Estadode
SäoPaulo, se constitui, segundo CAMPOS
(1987),
como sendo um sistema aqüífero poroso elivre por toda
a
sua
extensã0,embora
FERNANDES (1992)
afirme
que
o
mesmocomporta-se como semi-confinado
no
Paraná, em virtude da freqüência em intercalaçõeslamíticas e intercalações carbQnáticas.
Embora
a
espessura saturada nos arenitosdo
Grupo Bauruno
Estadode
SãoPaulo variem
entre
100
e
I50
metros,
a
mesmavaria
entre 50
e
100
metros
nossedimentos da FormaSo Caiuá no Estado
do
Paraná, cuia base está assentada sobre asth J f r,noo.ooo
-H
l
UTM E-W
FIGURA 17
-
Mapa da área pesquisada com as drenagens e a bacia hidrográfica do baixo lvaí em destaque.\.\-/)<
),Ì
(
,(t
\)
( ì,þ
$\
('t'
\r,
,ll
./t \ tr'
)
33
(*
'-'LEGENDA
/
ktimitaçao/
de bacia hidrogriífica-'
DrenaoensIJ
0 25h
caracterizada
por
um potencial explorávelde
médioa
baixo, com águas relativamentemais salinizadas, fortemente bicarbonatadas cálcicas
e
potencialmente incrustantes oucorrosivas.
A
unidadell
corresponderia às formações Santo Anastácioe
Caiuáe
seriacaracterizada
por
um potencial médioa
elevado, com águas comteores
salinos muitobaixos, bicarbonatadas calco-magnesianas, potencialmente corrosivas.
Como mencionado
no
capítulo anterior,
as
formações
Santo
Anastácio
eAdamantina ocupam uma porção bastante reduzida dentro do território paranaense, com
cerca
de
2,81oem á¡ea para
a
Formação Santo Anastácioe
0,2Vo paraa
FormaçãoAdamantina, existindo uma relativa afinidade geológica
entre as
formações acimae
aFormaçäo Caiuá, tanto litológica, quanto estrutural,
A
Formação Caiuá ocupa, podanto,o
restantedos
sedimentos suprabasálticos.Cerca
de
6,3% sobre
a
área
aflorantesäo
identificáveis como sedimentos aluvionaresquaternários (vide FIGÇRA
11-
pag.24).
Tais sedimentos, embora atinjam uma extensão significativa dentro
da
área deestudo, principalmente no terraço
do
Baixo lvaí, sua exploração com poqos tubulares épraticamente inexistente. lsto se deve em função, principalmente, das condições do relevo
plano característico, uma vez que
o
nível freáticoé
bastante alto,fato
que viabiliza emgrande
parte
a
perfuraçäode
poçosdo
tipo
cacimba, suficientes muitas vezespara
osuprimento de água das pequenas propriedades da regiä0.
Como
as
formações sedimentares suprabasálticassão todas
aflorantes,
näoexistindo um confinamento geológìco por formações superiores, exceto as quaternárias,
consideraremos os limites atuais da
Forma$o
Caiuá e correlatas, coma
Formaçäo SerraGeral sotoposta, como área de afloramento do Aqüífero Caiuá, sendo toda ela mapeável
35
Dessa
forma,
o
aqüífero Caiuáaqui
considerado, consiste geologicamente nasrochas sedimentares cretáceas pós-basálticas
da
Bacia
Sedimentardo
Paraná, QU€incluem
a
Formaçäo Caiuá propriamentedita
e
maisas
formações Santo Anastácio eAdamantina, peftencentes ao grupo Baurú (FIGURA 18).
A
tabela
abajxo apresenta uma descriçäo sumáriadas
unidades sedimentarescretáceas aqui consideradas:
,.
'.,
ur0t06rA
ESTRUTUNA$
Arenitos finos
a
muito finos' Arenitos finosa
muito finos'Arenitos finos
a
muito finos,arroxeados, com estratificação maciços, algumas vezes com
siltosos, róseos, maciços, com
cruzada tabular de grande
a
eslratificação cruzada tabular depequeno
p'rre.
baixoânguro.
intercalações de lentes de lamitos' Estratificação/laminação cruzada ..
Maciç0,
localmente com Maciço; estntificação cruzadatabular, tangencial na base. Na
base
bancos
macicos,-
estratificação de baixo ânguloa
acanalada e tangencial na base,subhorizontal;
calcretes.
de pequeno porte. cimentação carbonática,Desértico' interior e periferia
de
Desértico' lençóis de areiae
Fruviar entreraçado, distar.
campo de
dunas.
exlradunas,TABELA 8
-
Descrição sumária daE unidades estratigráficas(Modificado de FERNANDES, 1992)
Al,lßlElllE, ¡ ,,,
-ltþt^q
7
lQtlíreno SERR^ GERALAet¡lrERo cAruÁ
0
20kn l*¡tl
4C(r 0ú ¿15C.m0
J
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Û aqt¡¡rånocruÁ
Fb",,M
1[]-
tì\\
VçI
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á{\
)
UTM E-W
I I 30c.0c0 .4J\
Í
rJf lJ'FIGURA 18
-
Mapa de extensão e localização do aqüífero Caiuá no Estado do Paraná7 4m.0û0
I
cARAcTERTzAçÃooo
nQúlreno
8.1
ESpESSURA uft'lt¡¡Rto,qQüírrno
A
partir dos
dadosde
profundidades dos poçosfoì
possivela
obtençäode
ummapa
de
isoprofundidades.De 168
poços cadastrados,38
deles atingem,ou
mesmopenetram
nas
rochas basálticasda
Formaqäo Serra Geral sotoposta, diversos destesobtêm sua produção destas zpnas aqüíferas e näo do Aqüifero Caiuá, propriamente dito,
A partir destes dados, foi confeccionado um maPa de isópacas.
0
termo "isópaca"será considerado nesse trabalho como "espessura mínima", uma vez que diversos dos
poços
cadastradosou
plotados
näo
atingem
a
superfíciedo
basalto
(FIGURA 19),existindo assim, uma parcela
da
espessurada
Formaçåo Caiuá näo atravessada pelospoços. Dessa
forma,
Qmapa
a
ser
apresentadoaqui será
um
mapade
espessurasmínimas, em detrimento ao de isópacas.
0bserva-se, a padir desse mapa, que as maiores esPessuras do aqüífero estäo na
porção centro-noroeste
e
centro-sudoesteda área
aflorantee
as
menores espessurasnas porções marginair de contato leste e sul com
a
Formação Serra Geral (Vide FIGURA11-pâ9.2a).
Verifica-se, também,
pelo
mapado topo da
Formaçäo Serra Geral, queexiste, assim como na superfície topogriifica, uma inclinaçäo regional na direção E-W, no
sentido da calha do rio Paraná. Esie comportamento reflete, mesmo que grosseiramente,
o comportamento geral das camadas das formaçôes pertencentes
à
Bacia Sedimentar doParaná nesta região, as quais
têm
uma inclinação médiade
5o no sentido citado acima,lt
2 =
$
r,læ,o-FIGURA 19
-
Mapa de isolinhas de espessuras mínimas do aqüífero Caiuá no estado do Paraná.zÞ.0æ
.q
e1'
l-li JJ
'f/
r¿
ltl
t.,
]PF
-|N
LEGENDA
'-
lsolinhas dæ espessurasmínimas (m)
0 25h
Ek¡¡ qrfs. I
450,m
l
U?
z
=!
t,oæ,*-a,-'---/
i
'i;.F
l
æ0,m
I
qB
I
250.000
FIGURA 20
-
Mapa de isolinhas do topo da Formação Sena Geral na área.39
3æ.0æ
UTM E-W
,*L.
LEGENDA
-/
Cota do topo daFormação Sena Geral
(em metros)
Eeh 9füft¿
450,æO 400
FIGURA 21
-
Mapa contendo a topografia regional da área pesquisada (digitalizado a partir de FERNANDES, 1 992).I
200.o0
UTM E-W
LEGENDA
Cotas topográficas
300 m
^;
400 m500 m
0 25h
, *O.Eitu
I I
/tso.(Ilo
I
a
{
-.i )'l- /''
\
.--''-.--f -=
FIGURA
22 -Bloco
diagrama com a supeÉície topográfica simplificada4t
" :ao 3lo m
-! I
L.-l'-
--
I
,-m-t. --- ';
'I
s00.1
I
EI
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c)t400.{EI
Ë
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FIGURA