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AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

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Academic year: 2022

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Relatório

Agrupamento de Escolas do Levante da Maia

M AIA

A VALIAÇÃO E XTERNA DAS E SCOLAS

1 a 5 março

2012

Área Territorial de Inspeção

do Norte

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1 I NTRODUÇÃO

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência

no

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas do Levante da Maia – Maia, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 1 a 5 de março de 2012. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

sede do Agrupamento e as escolas básicas com 1.º ciclo e jardim de infância de Monte das Cruzes, de Santa Cristina e de Arcos.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios EXCELENTE A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha com o valor esperado na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2011-2012 está disponível n.

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2 C ARACTERIZAÇÃO DO A GRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas do Levante da Maia, cuja escola-sede se situa na freguesia de Nogueira, concelho da Maia e distrito do Porto, é constituído pela escola básica e secundária do Levante da Maia (escola-sede), pelas escolas básicas com 1.º ciclo e jardim de infância de Santa Cristina, Folgosa, Vilar de Luz, Arcos, Frejufe, Monte da Cruzes, e, ainda, pelo jardim de infância de Barroso e pela escola básica com 1.º ciclo de Monte Calvário.

A população escolar, atualmente constituída por 1469 crianças/alunos, encontra-se assim distribuída:

252 crianças na educação pré-escolar (11 grupos); 569 alunos (28 turmas) no 1.º ciclo do ensino básico;

232 (10 turmas) no 2.º ciclo; 325 (15 turmas) no 3.º ciclo; 17 (uma turma) no ensino secundário (nível de ensino que o Agrupamento passou a oferecer a partir do presente ano letivo); e 74 (cinco turmas) nos cursos de educação e formação de jovens (Serviço de Mesa; Pastelaria e Panificação; Cuidados e Estética do Corpo e Rosto).

De acordo com os dados constantes do Perfil de Escola, 54% dos alunos não beneficiam de auxílios económicos no âmbito da ação social escolar. Do total de alunos, 63% têm computador e Internet em casa. O Agrupamento é frequentado por 21 alunos de outras nacionalidades.

Os indicadores relativos à formação académica dos pais dos alunos permitem verificar que 6% têm formação superior e 11% secundária. Quanto à ocupação profissional 12% dos pais exercem atividades profissionais de nível superior e intermédio.

Do total de docentes que prestam serviço, 70% pertencem ao quadro do Agrupamento, 8% ao quadro de zona pedagógica e 22% são contratados. De entre os professores, 14% têm menos de cinco anos de tempo de serviço e 51% mais de 19 anos de atividade profissional. O pessoal não docente é constituído por 36 elementos, assim distribuídos: um chefe de serviços de administração escolar, oito assistentes técnicos, um encarregado operacional e 26 assistentes operacionais. Para suprir as necessidades do Agrupamento, desempenham ainda funções não docentes 20 elementos contratados pela autarquia da Maia, oito tarefeiras e 30 elementos colocados pelo Centro de Emprego da Maia ao abrigo do programa Emprego-Inserção.

No ano letivo de 2010-2011, ano para o qual há referentes nacionais calculados, os valores das variáveis de contexto do Agrupamento situavam-se, genericamente, abaixo da mediana nacional. A percentagem de alunos do 9.º ano sem ação social escolar estava nos valores medianos nacionais.

3- A VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1 – R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Na educação pré-escolar verifica-se a existência de registos e informações relativos aos percursos e evolução das aprendizagens das crianças. Estas informações são periodicamente dadas a conhecer aos respetivos pais e encarregados de educação.

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No ensino básico, a evolução das taxas de transição/conclusão, verificada nos últimos três anos letivos (2008-2009 a 2010-2011), evidencia a estabilidade dos resultados do 1.º ciclo, uma contínua melhoria no 2.º ciclo e uma contínua involução no 3.º ciclo.

No último dos anos letivos em análise (2010-2011), as taxas de transição/conclusão observadas nos 1.º e 2.º ciclos situaram-se acima dos valores nacionais de referência, contrariamente ao 3.º ciclo, onde se registou uma taxa de transição/conclusão inferior à nacional. Nas provas de aferição do 4.º ano, as percentagens de classificações positivas em Língua Portuguesa e Matemática foram superiores às nacionais, em 2010 e 2011. O mesmo não se verificou no 6.º ano já que, nos últimos três anos letivos, a percentagem de classificações positivas nessas disciplinas foi, sistematicamente, inferior às nacionais, tendo-se mesmo agravado a diferença percentual em 2011.

A discrepância verificada no 2.º ciclo entre a avaliação interna (taxas de transição/conclusão superiores às nacionais) e a avaliação externa (percentagem de classificações positivas das provas de aferição inferior aos valores nacionais) foi já objeto de reflexão por parte dos órgãos/estruturas de gestão pedagógica do Agrupamento e razão para ajustamentos nos instrumentos de uma avaliação interna reconhecidamente inflacionada.

No que concerne aos exames nacionais do 9.º ano na disciplina de Língua Portuguesa, as médias das classificações do Agrupamento em 2009 e 2011 situaram-se em valores inferiores aos nacionais. Na disciplina de Matemática, depois de em 2009 e 2010 as médias das classificações do Agrupamento se situarem em linha com as nacionais, em 2011 ficaram abaixo dos valores nacionais.

Da análise dos resultados internos e externos observados nos últimos três anos letivos no ensino básico regular, é notória a consistência e a sustentabilidade dos resultados académicos no 1.º ciclo e a sua fragilidade/instabilidade nos restantes ciclos de escolaridade. Ainda assim, num contexto socioeconómico inferior à mediana nacional, os resultados de 2009-2010 (ano letivo para o qual existem referentes nacionais calculados), situaram-se, genericamente, em linha com o valor esperado.

Relativamente aos cursos de educação e formação, a taxa de sucesso dos cursos concluídos em 2010-2011 (68,1%) é ligeiramente superior à taxa verificada nos cursos concluídos em 2009-2010 (64,7%), encontrando-se, no entanto, aquém da verificada nos cursos concluídos em 2008-2009 (82,4%).

De acordo com os dados fornecidos pelo Agrupamento, a taxa de abandono/desistência no ensino regular tem vindo a situar-se em valores residuais. Nos cursos de educação e formação, sendo mais elevada, o valor registado em 2010-2011 (5,1%) decresceu face ao verificado no ano letivo anterior (16,9%).

RESULTADOS SOCIAIS

A auscultação e recolha de sugestões dos alunos no âmbito da elaboração/discussão de documentos estruturantes do Agrupamento tem vindo a concretizar-se em reuniões de delegados e subdelegados de turma com a direção. Embora a atual oferta educativa do Agrupamento inclua o ensino secundário, os alunos deste nível de ensino ainda não participam nos órgãos onde têm assento (conselho geral e conselho pedagógico), sendo, contudo, garantida a sua participação nos conselhos de turma.

Os procedimentos de responsabilização das crianças e dos alunos iniciados na educação pré-escolar e no 1.º ciclo não emergem como práticas recorrentes nos restantes ciclos/níveis de ensino, sendo reduzidas as atividades/tarefas e responsabilidades atribuídas. Ainda assim, importa destacar a participação dos alunos da escola-sede na receção dos colegas dos 4.º anos de escolaridade, levada a efeito na parte final do ano letivo. Entre outras atividades, os mais velhos são convidados a apadrinhar os futuros alunos do 5.º ano.

Referenciada, num passado recente, como uma escola problemática em termos de comportamento e disciplina, a escola-sede tem vindo, no sentir da comunidade escolar, a revelar melhorias significativas.

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A inexistência de registos estatísticos fiáveis relativos a processos disciplinares e a medidas disciplinares sancionatórias referentes aos anos letivos anteriores a 2009-2010 não permitem uma análise quantitativa da evolução do comportamento e disciplina dos alunos. Contudo, de acordo com depoimentos em sede de vários painéis, a sua notória melhoria decorre, sobretudo, da alteração/substituição da direção e, por via desta, de uma nova estratégia de atuação, onde se destaca a criação de um código de conduta, a responsabilização dos alunos pelos seus atos (princípio do estragador pagador), o reforço da vigilância e a relação mais estreita com as famílias. Para a melhoria do ambiente educativo contribuiu, ainda, a criação do gabinete do aluno e a implementação de planos de tutoria sempre que os alunos necessitem de um acompanhamento mais próximo.

A solidariedade é um dos eixos da educação para a cidadania contemplado em iniciativas levadas a efeito no Agrupamento. Disso são exemplos o banco solidário, a recolha/oferta de livros escolares no final do ano letivo para serem entregues no ano imediato a alunos carenciados e cabaz de família.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

É notório o reconhecimento da comunidade pelas iniciativas dos atuais responsáveis escolares tendentes à inversão da imagem social desfavorável do Agrupamento. Os resultados dos questionários aplicados a alunos, pais e pessoal docente e não docente, refletem razoáveis níveis de satisfação face à atual realidade. Entre os aspetos que mereceram maior concordância de um grupo de respondentes importa destacar os seguintes: a boa comunicação entre o jardim de infância e os pais; a disponibilidade e boa ligação à família por parte do diretor de turma; o conhecimento das regras de comportamento na escola- sede e a disponibilidade da direção. Entre os aspetos que mereceram maior discordância de um ou mais grupos de respondentes, destacam-se os seguintes: o uso do computador na sala de aula; o conforto das salas de aula e o comportamento dos alunos.

Como formas de valorização dos sucessos dos alunos, foram instituídos prémios de mérito e de revelação, cuja entrega é feita no Dia do Agrupamento, destinados a reconhecer os resultados académicos e atos meritórios praticados na escola ou comunidade. Ainda como forma de valorizar as aprendizagens e os sucessos dos alunos, o Agrupamento leva a efeito exposições de trabalhos, a divulgação de outros quer na plataforma moodle ou no sítio do Agrupamento, quer em diferentes blogues. A participação dos alunos dos cursos de educação e formação em vários eventos da comunidade, onde têm oportunidade de demonstrar as suas competências, concorre também para a valorização do sucesso destes alunos.

A diversificação da oferta educativa/formativa é genericamente reconhecida como um contributo do Agrupamento para o desenvolvimento da comunidade.

Em conclusão: Apesar da ação do Agrupamento nem sempre evidenciar uma evolução favorável, consistente e sustentável dos resultados académicos, as atuações positivas desenvolvidas com impacto nos resultados educativos e os níveis de satisfação positivos, expressos nas respostas dos pais e encarregados de educação das crianças, dos alunos e dos profissionais aos questionários, justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados.

3.2 – P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

O Agrupamento organiza atividades conducentes a uma articulação vertical eficaz entre a educação pré- escolar e o 1.º ciclo do ensino básico, para o que parece concorrer a proximidade dos espaços ocupados por estes dois níveis de educação e ensino. No que diz respeito à articulação curricular entre o 1.º e os 2.º

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e 3.º ciclos constatou-se existir essa preocupação, manifesta na realização de atividades conjuntas em momentos chave da transição escolar. Para além disso, existe coerência formal entre o projeto educativo, o projeto curricular de agrupamento e os projetos curriculares de grupo/turma. Em resultado dessa adequação, os projetos curriculares de turma estão desenhados de forma a promover a articulação entre as competências desejadas para as disciplinas/áreas de saber e o perfil dos alunos que integram essas turmas. As planificações, realizadas em sede de departamento, evidenciam uma articulação entre os conteúdos programáticos disciplinares e as linhas orientadoras do projeto educativo. Encontraram-se evidências nos projetos curriculares de turma da preocupação em organizar os conteúdos curriculares das disciplinas de forma a promover alguma interdisciplinaridade, tornando assim, mais significativas as aprendizagens dos alunos.

De um ponto de vista mais geral e ajuizando agora sobre a oferta educativa do Agrupamento quer no que diz respeito à oferta dos cursos existentes, quer à oferta de atividades de enriquecimento do currículo (clubes, desporto escolar e outras), constata-se que há uma preocupação evidente de adequação ao meio envolvente. Os factos descritos sumariamente autorizam considerar que o Agrupamento desenvolve uma atividade adequada e funcional no que toca à articulação e à coerência curricular.

Os projetos curriculares de grupo/turma contêm a informação necessária sobre o enquadramento sociocultural dos alunos, bem como a diagnose das suas caraterísticas enquanto aprendizes. É prática comum que cada diretor de turma receba no início do seu mandato toda a informação pertinente relativa aos alunos. O respeito pelo princípio da continuidade na distribuição de serviço docente, habitualmente seguido pelo Agrupamento, contribui para uma boa articulação do planeamento com as necessidades dos destinatários.

O facto de o Agrupamento procurar estabelecer uma relação mais estreita entre o que se ensina, as caraterísticas de quem aprende e o que se avalia, determinou, num passado recente, uma discrepância entre os resultados escolares internos e os externos, razão pela qual o Agrupamento decidiu organizar os seus processos avaliativos de modo mais centrado no perfil final de competências desejado para o ensino básico.

O trabalho cooperativo entre os docentes foi considerado por todos os grupos questionados como uma das mais-valias da ação atual do Agrupamento. Os professores cooperam entre si no âmbito das equipas pedagógicas que asseguram os apoios, do trabalho desenvolvido na biblioteca escolar, de algumas atividades de carácter interdisciplinar desenvolvidas nas turmas e da realização de atividades com cariz mais final de mostra do trabalho realizado. Projetos, como o Plano de Ação da Matemática, no 2.º ciclo, ou o Plano Nacional de Leitura, contribuem para a eficácia do planeamento curricular.

PRÁTICAS DE ENSINO

Uma análise atenta da estrutura e do conteúdo dos projetos curriculares de turma permite concluir que existe uma generalizada adequação do ensino às capacidades e ritmos de aprendizagem dos alunos. Nos projetos curriculares de turma consta a diagnose individual, a que se recorre de forma sistemática, e que determina o esquema de trabalho a seguir. Encontrámos também evidências de que existe uma diferenciação pedagógica planeada em cada turma de acordo com as necessidades mais particulares dos alunos.

De entre os alunos com necessidades educativas especiais, existem alguns para quem a escola desenhou um currículo específico. As práticas de apoio desenvolvidas estão ajustadas às especificidades dos alunos a quem se destinam, constatando-se que o Agrupamento assegura o cumprimento do princípio da inclusão.

O incentivo à melhoria do desempenho dos alunos é estimulado pelos professores, bem como pelas

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Agrupamento inclui, nas suas estratégias para a melhoria dos desempenhos, práticas de maior rigor avaliativo e atribuição de prémios que visam o reconhecimento do esforço e da criatividade. De um outro ponto de vista, mas concorrendo para o mesmo fim, o Agrupamento desenvolve uma ação tutorial vocacionada para intervir aos níveis pessoal, social e de aprendizagem de alunos que evidenciem algumas dificuldades de integração no ambiente escolar.

No desenvolvimento do currículo, recorre-se frequentemente a metodologias ativas. Tal prática foi constatada como corrente nos diversos níveis/ciclos de escolaridade. Todavia, não é possível validar o mesmo carácter generalizado para as atividades experimentais, à exceção da turma do 10.º ano, onde o recurso a atividades experimentais é sistemático e entendido pelo Agrupamento como uma condição de valorização da própria oferta educativa de nível secundário, que é agora oferecida.

O Agrupamento aposta no Desporto Escolar como a sua principal oferta de complemento curricular. Tal oferta, complementada com muitas atividades organizadas ao longo do ano, constitui uma resposta às tradições e recursos locais. Quanto à promoção artística existe um clube de música, bem como algumas atividades de fomento da competência estética de cariz mais avulso.

Do ponto de vista da integração das tecnologias da informação e comunicação nas práticas educativas e de acesso ao conhecimento promovidas pelo Agrupamento, pode afirmar-se que o esforço neste âmbito é meritório a quase todos os níveis de educação e ensino. Constatou-se o uso generalizado de quadros interativos, o recurso a computadores na sala de estudo e, também, a adesão do Agrupamento à Escola Virtual.

O acompanhamento e supervisão da prática letiva fazem-se, de forma indireta, nos departamentos curriculares, por via das planificações e da verificação documental do seu cumprimento. Não existem mecanismos de supervisão da prática letiva em sala de aula.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

As formas de avaliação respeitam o princípio de adequação entre o ensinado e o avaliado e correspondem à diversidade requerida pelas aprendizagens. Do projeto curricular do Agrupamento consta uma secção relativa às modalidades diferenciadas de avaliação e respetivos instrumentos, também diversificados, que os professores deverão usar na sua prática letiva.

A aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação é uma prática generalizada e consistente em todos os grupos de recrutamento e departamentos curriculares. Depois da aprovação dos critérios pelo conselho pedagógico, os departamentos fazem um trabalho de divulgação e de apropriação pelos alunos desses mesmos critérios. Tal prática inclui a partilha de instrumentos de avaliação e de diagnóstico e a elaboração conjunta de testes, mesmo nos casos de transição de ciclo, em que a articulação se torna mais necessária. Recentemente, no 3.º ciclo, o Agrupamento optou por fazer testes intermédios a algumas disciplinas de forma a validar o trabalho curricular e a aplicação dos critérios de avaliação.

A monitorização interna do desenvolvimento do currículo é feita em sede de departamento para verificação do cumprimento dos conteúdos dos programas e em sede de conselho de turma para verificação e adaptação das medidas constantes do projeto curricular de turma. A estrutura dos projetos curriculares de turma, desenhada de forma a fazer uma articulação adequada entre os professores, as diferentes disciplinas e as especificidades das turmas, favorece essa monitorização.

As medidas de apoio educativo são diversificadas e todas elas pensadas numa lógica de ajuda e de estímulo à superação de algumas dificuldades acumuladas, como é o caso das tutorias e da hora de apoio extra para todas as disciplinas do 10.º ano. Constata-se também que tem havido alguma reflexão sobre a eficácia dessas medidas e posterior reformulação, como é exemplo a dimensão dos grupos apoiados. Nos últimos dois anos, os planos de recuperação têm suplantado notoriamente os planos de

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acompanhamento. A taxa de eficácia dos primeiros situa-se na ordem dos 75% no 1.º ciclo, de 90% no 2.º ciclo e de 62% no 3.º ciclo.

As medidas preventivas do abandono escolar, e que parecem resultar eficazmente, dizem respeito à proximidade dos diretores de turma relativamente aos alunos e aos encarregados de educação. Também o papel da autarquia, através dos projetos Maia Não Desiste e Semana da Família, tem vindo a contribuir para a prevenção das situações de abandono escolar.

Em conclusão: O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes, pelo que os factos evidenciados e os juízos avaliativos produzidos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – L

IDERANÇA E GESTÃO LIDERANÇA

O projeto educativo do Agrupamento, sob o lema Uma Escola Multicultural na Promoção da Saúde, do Ambiente e da Inclusão, estabelece com clareza os objetivos, as metas globais a alcançar, os princípios, as estratégias e valores orientadores, bem como os domínios de intervenção prioritários. Os documentos estruturantes do Agrupamento são consistentes e coerentes entre si, revelando uma visão estratégica consolidada na comunidade educativa e a pretensão de conseguir atingir os objetivos do Programa Educação 2015.

A atual direção exerce uma liderança atenta e mobilizadora das lideranças intermédias, sendo reconhecida como um ponto forte do Agrupamento. A motivação do pessoal docente e não docente manifesta-se no seu empenhamento em alcançar as metas definidas no projeto educativo e em melhorar os procedimentos tendentes à prevenção de conflitos e a imagem social desta organização escolar.

Há uma boa articulação entre o Agrupamento e as autarquias locais, quer com a câmara municipal, quer com as juntas de freguesia, designadamente no apoio ao desenvolvimento das ações educativas ao nível da educação pré-escolar e do 1.º ciclo na componente/serviços de apoio à família. É de sublinhar o papel das associações de pais e de encarregados de educação, salientando-se o seu empenhamento, participação e trabalho colaborativo desenvolvido no Agrupamento, bem como o esforço, por parte da direção, no âmbito da abertura ao meio e ao envolvimento da comunidade local.

O Agrupamento tem vindo a aderir a diversos projetos nacionais que concorrem para uma melhor concretização dos objetivos inscritos no seu projeto educativo.

GESTÃO

É notória uma gestão equilibrada dos recursos humanos, procurando compatibilizar as competências profissionais com a eficiência dos serviços. As práticas de gestão, organização e afetação de recursos humanos assentam em princípios de auscultação dos diferentes atores educativos. A estes princípios acresce o da equidade, que é tido em conta, no ajustamento de interesses e perfis aos diferentes cargos e funções a desempenhar, sendo, no caso do pessoal docente, valorizada a continuidade da relação pedagógica. Existem critérios explícitos para a distribuição de serviço, elaboração de horários e constituição de grupos/turmas, sustentados no princípio da continuidade das equipas pedagógicas. A direção é disponível e partilha competências e responsabilidades, aspeto que é valorizado pela maioria dos docentes, conforme está manifesto nas respostas aos questionários de satisfação.

As ações de formação desenvolvidas no Agrupamento, previstas no plano anual de atividades,

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nos recursos existentes internamente e, por vezes, em colaboração com outras entidades parceiras, com destaque especial da autarquia e do Centro de Formação Maiatrofa.

Os circuitos de informação e comunicação internos e externos são reconhecidos pela comunidade educativa como eficazes, sendo, porém, necessário reforçar a comunicação interna na escola-sede, entre alguns setores, nomeadamente no âmbito do pessoal não docente.

Para veicular a informação do Agrupamento pela comunidade educativa, são utilizados instrumentos e dispositivos diversificados, designadamente o correio eletrónico, a plataforma moodle e a página Web do Agrupamento.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

O Agrupamento tem vindo a estruturar um processo de autoavaliação desde o ano 2007-2008, quando aderiu ao projeto de Promoção e Inovação Escolar na Maia (PRISMA) da iniciativa do Conselho Municipal de Educação da Maia.

O relatório de autoavaliação, datado de 2007-2008, realizado no âmbito desse mesmo projeto, permitiu identificar os pontos fortes e as áreas de melhoria do Agrupamento. Porém, somente em 2010-2011 o Agrupamento dispôs de um plano de melhoria resultante daquela avaliação interna. Ainda assim, é de salientar o trabalho desenvolvido no sentido de se proceder ao levantamento dos aspetos a melhorar. A informação recolhida foi analisada em conselho pedagógico, apresentada ao conselho geral e divulgada à comunidade educativa.

Concluído este processo, a direção constituiu, este ano letivo, uma nova equipa de autoavaliação, que se encontra em fase inicial do seu trabalho. Para além desta equipa, existem várias equipas de trabalho, criadas pelo conselho pedagógico e pelo conselho geral, com o objetivo de identificarem áreas prioritárias de intervenção do Agrupamento.

A descontinuidade da equipa de autoavaliação, o menor envolvimento dos pais e do pessoal não docente, bem como a ausência de representantes dos alunos, podem condicionar o desenvolvimento do processo de autoavaliação. Acresce que carece de aprofundamento a articulação entre as diferentes equipas que trabalham no domínio da avaliação interna, por forma a dar coerência e unidade ao processo de autoavaliação.

Em conclusão: A prevalência de pontos fortes na maioria dos campos em análise e as ações positivas desenvolvidas com impacto na melhoria das aprendizagens e nos percursos escolares dos alunos, justificam a atribuição, no domínio Liderança e Gestão, da classificação de BOM.

4 P ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

Taxas de transição/conclusão do 1.º ciclo, bem como os resultados das provas de aferição do 4.º ano no último triénio.

Reconhecimento da comunidade pelas iniciativas dos atuais responsáveis escolares tendentes à melhoria da imagem social do Agrupamento.

Trabalho cooperativo entre os docentes.

Adequação do ensino às capacidades e ritmos de aprendizagem dos alunos.

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Liderança da atual direção, atenta e mobilizadora das lideranças intermédias e da participação dos encarregados de educação.

Gestão equilibrada dos recursos humanos, procurando compatibilizar as competências profissionais com a eficiência dos serviços.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

Taxas de transição/conclusão do 3.º ciclo em 2011, bem como a tendência descendente dos resultados de Língua Portuguesa e Matemática nas provas de aferição do 6.º ano, no último triénio.

Participação dos alunos do ensino secundário nos órgãos onde têm assento.

Utilização mais instrumental e funcional dos projetos curriculares de turma, por via de um acompanhamento mais próximo do trabalho desenvolvido e da respetiva avaliação.

Acompanhamento e supervisão da prática letiva mais próximos do contexto de sala de aula.

Eficácia dos circuitos de informação e comunicação interna na escola-sede no âmbito pessoal não docente.

Consolidação e sistematização do processo de autoavaliação.

Referências

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