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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS CURITIBANOS

COORDENADORIA ESPECIAL DE BIOCIÊNCIAS E SAÚDE ÚNICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Lucas de Souza Pereira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

Curitibanos 2021

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Lucas de Souza Pereira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICADE PEQUENOS ANIMAIS

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Medicina Veterinária.

Orientador: Profº Drº Malcon Andrei Martinez Pereira.

Curitibanos 2021

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.

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Lucas de Souza Pereira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DE CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE PEQUENOS ANIMAIS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Bacharelado em Medicina Veterinária e aprovado em sua forma final pela seguinte banca:

Curitibanos, 28 de Setembro de 2021.

.

________________________

Prof. Dr. Malcon Andrei Martinez Pereira, Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________

Prof. Dr. Malcon Andrei Martinez Pereira Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________

M.V. Dayana Lorena Silva Vaz Hospital Veterinário Stolf

Lages - SC

________________________

M.V. Maysa Bondades Marcondes Clínica Veterinária Toca dos Bichos

Curitibanos - SC

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus pais, Darci e Wanderlei, pois minhas conquistas não seriam possíveis sem a ajuda, esforço e dedicação de vocês. Obrigado por tudo, por todo o amor e incentivo que me dão.

Aos meus irmãos, Thales e Ana. Vocês são tudo para mim. obrigado por aturarem um irmão mais velho e chato (rs).

Aos meus avós, Angelita e José, por serem tão bons comigo, e fazerem parte da minha educação desde sempre. Amo vocês.

As minhas madrinhas, Alzenir e Lourdes. Obrigado pelo apoio e incentivo de sempre.

A minha tia Alberis, por não medir esforços em me ajudar e ajudar minha família, e por me dar a honra de ser padrinho do Gabriel, que é um afilhado incrível.

A todos os meus amigos e colegas que a Universidade Federal de Santa Catarina me deu.

Em especial ao Gabriel, que tem um coração enorme, e é uma das pessoas mais corajosas que conheço. Ao Matheus, por ser a pessoa mais espontânea, gentil e engraçada que eu conheci.

Nossos momentos ficarão marcados para sempre como os mais especiais da minha vida.

Ao meu velho amigo Henrique, que não importa a distância, sempre vai ser alguém muito especial e que tenho muito carinho.

A todos os professores da UFSC, por serem tão importantes na minha formação acadêmica. Em especial ao prof. Malcon, por sempre estar presente durante toda a minha formação com as aulas, projetos e por ser meu orientador, muito obrigado. Ao prof. Alvaro, por sempre cativar os alunos a serem os melhores, você foi muito importante para o meu amadurecimento.

A uma pessoa que foi muito importante para mim, me ajudou a ser uma pessoa melhor, e me apoiou com tudo o que eu precisava na faculdade. Obrigado pela passagem em minha vida, e por ser a melhor mãe que nossos filhos de quatro patas poderiam ter. Sou muito grato a você e a sua família por tudo o que fizeram por mim.

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A toda a equipe do hospital público Anclivepa – ZS. Obrigado por todo o aprendizado e amizade, em especial as médicas veterinárias Yasmin e Mariana. Obrigado pelos desabafos, conversas e ensinamentos.

A toda a equipe da clínica veterinária Animale – São Roque. Obrigado a todos por me acolherem muito bem, e acrescentarem muito no meu aprendizado, em especial a médica veterinária Thais Lisboa, por todo o conhecimento e conselhos compartilhados.

Ao Sansão, você foi gigante. Obrigado por me amar como ninguém. Você faz falta aqui, amigo. Obrigado por tudo.

A toda a minha família e amigos, aos que foram e aos que ficaram em minha vida. Sou muito grato a todos.

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RESUMO

O presente relatório tem como objetivo apresentar as atividades desenvolvidas, acompanhadas e catalogadas durante o estágio curricular obrigatório em Medicina Veterinária na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais. O estágio foi realizado em dois locais: no hospital público Anclivepa, localizado em Jurubatuba, no estado de São Paulo, e na clínica veterinária Animale, localizada em São Roque, no interior de São Paulo.

Palavras-chave: clínica médica e cirúrgica, pequenos animais, estágio obrigatório

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ABSTRACT

This report aims to present the activities developed, monitored and cataloged during the mandatory curricular internship in Veterinary Medicine in the area of Medical and Surgical Practice of Small Animals. The internship was carried out in two locations: at the public hospital Anclivepa, located in Jurubatuba, in the state of São Paulo, and at the Animale veterinary clinic, located in São Roque, in the interior of São Paulo.

Keywords: medical and surgical clinic, small animals, required internship

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fachada do Hospital Público Veterinário Anclivepa, regional de Jurubatura - SP. ... 14

Figura 2. Representação fotográfica da recepção do HPVA ... 15

Figura 3. Imagem do padrão dos consultórios para CM do HPVA. ... 15

Figura 4. Sala de emergência do HPVA. ... 16

Figura 5. Representação gráfica da distribuição dos atendimentos em atendimentos novos e retornos separados por espécies, do HPVA ... 18

Figura 6. Fachada da clínica veterinária Animale ... 31

Figura 7. Recepção da CVA. ... 32

Figura 8. Padrão adotado para os consultórios da CVA. ... 32

Figura 9. Sala com aparelho de radiografia da CVA. ... 33

Figura 10. Sala de internação da CVA. ... 33

Figura 11. Jardim para passeio dos animais. ... 34

Figura 12. Corredor com baias da CVA. ... 34

Figura 13. Sala de internação para pacientes com doenças infectocontagiosas. ... 35

Figura 14. Bloco cirúrgico da CVA. ... 35

Figura 15. Baias para os pacientes pré e pós-cirurgia. ... 36

Figura 16. Sala de esterilização. ... 36

Figura 17. Almoxarifado da CVA. ... 37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Número de atendimentos, divididos por espécie, na clínica médica, durante o estágio

curricular supervisionado em Medicina Veterinária, no HPVA... 18

Tabela 2. Sistemas e afecções acompanhadas durante todo o estágio curricular no HVPA ... 19

Tabela 3. Casuística das afecções relacionadas ao sistema digestivo no HPVA. ... 19

Tabela 4. das afecções relacionadas ao sistema urogenital no HPVA. ... 20

Tabela 5. das afecções relacionadas ao sistema neurológico no HPVA. ... 21

Tabela 6. das afecções relacionadas ao sistema Musculoesquelético no HPVA. ... 22

Tabela 7. Casuística das afecções relacionadas ao sistema tegumentar no HPVA. ... 23

Tabela 8. Casuística das afecções relacionadas ao sistema sensorial no HPVA. ... 23

Tabela 9. Casuística das afecções relacionadas ao sistema cardiovascular no HPVA ... 24

Tabela 10. Casuística das afecções oncológicas acompanhadas no HPVA. ... 25

Tabela 11. Casuística das afecções relacionadas ao sistema respiratório no HPVA. ... 26

Tabela 12. Casuística das afecções infectocontagiosas acompanhados no HPVA. ... 27

Tabela 13. Casuística das afecções relacionadas ao sistema endócrino no HPVA. ... 28

Tabela 14. Casuística das afecções odontológicas no HPVA. ... 29

Tabela 15. Casuística das afecções sistêmicas acompanhadas no HPVA. ... 30

Tabela 16. Número de atendimentos, divididos por espécie, durante o estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária, na CVA. ... 38

Tabela 17. Sistemas e procedimentos acompanhados durante todo o estágio curricular na CVA. 38 Tabela 18. Procedimentos cirúrgicos acompanhados durante o estágio curricular na CVA. ... 39

Tabela 19. Afecções do sistema sensorial acompanhadas durante o estágio curricular na CVA.. 39

Tabela 20. Afecções do sistema digestivo acompanhadas durante o estágio curricular na CVA . 40 Tabela 21. Outros procedimentos acompanhados durante o estágio curricular na CVA. ... 41

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

% Porcentagem

ABINPET Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação AINES Anti inflamatório não esteroidal

ANCLIVEPA Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais AVC Acidente vascular cerebral

CFMV Conselho Federal de Medicina Veterinária

CM Clínica Médica

CMPA Clínica médica de pequenos animais CVA Clínica veterinária animale

DAPE Dermatite alérgica à picada de ectoparasitas DRC Doença renal crônica

DTUIF Doença do trato urinário inferior felino FC Frequência cardíaca

FeLV Vírus da Leucemia Felina

FIV Vírus da imunodeficiência felina FR Frequência respiratória

HPVA Hospital Público Veterinário Anclivepa ICC Insuficiência cardíaca congestiva

IM Intramuscular

IRA Insuficiência renal aguda

IRIS International Renal Interest Society

IV Intravenoso

LHF Lipidose hepática felina OSH Ovariosalpingohisterectomia

PA Pressão arterial

PIF Peritonite infecciosa felina

RT- PCR Reverse Transcription–Polymerase Chain Reaction

SC Subcutâneo

SNC Sistema nervoso central TCE Trauma crânio encefálico

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 HOSPITAL PÚBLICO VETERINÁRIO ANCLIVEPA ... 14

2.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL ... 14

2.2 FUNCIONAMENTO DO HPVA ... 16

2.2.1 Clínica médica... 17

2.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 17

2.4 CASUÍSTICA ... 18

3 CLÍNICA VETERINÁRIA ANIMALE ... 31

3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL ... 31

3.2 FUNCIONAMENTO DA CVA ... 37

3.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 37

3.4 CASUÍSTICA ... 38

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 42

5 REFERÊNCIAS ... 43

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1 INTRODUÇÃO

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), existem 80 áreas de atuação, que vão de serviços prestados à sociedade no cuidado com a saúde e o bem-estar dos animais, até na preservação da saúde pública, a produção de alimentos saudáveis e em atividades voltadas para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta. Dentre as áreas de atuação, a escolhida foi a de clínica médica de pequenos animais (CMPA).

A CMPA representa importante parcela dos serviços profissionais, haja visto que o país é o quarto em números de animais de companhia (próximo a 132 milhões, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2016). Estes dados revelando que o país possuía 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos, número inferior apenas aos Estados Unidos. De fato, 63% das famílias das classes A e B, 64% das da classe C e 55% das da classe D possuem animais de estimação, indicando que 59% dos domicílios brasileiros possui algum pet (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Opinião, 2019). Ainda, em 44% destes domicílios há pelo menos um canino e em 16% um gato.

Estes dados destacam a importância da CMPA, tanto para a saúde animal quanto para a economia. De fato, pois desde sua abertura, deste mercado, nos anos noventa, o setor relacionado a produtos para pets tem crescido, com uma taxa média anual de 20%, incluindo-se uma parcela de 20% representada pelos serviços de assistência veterinária (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação - ABINPET, 2019).

O estágio curricular obrigatório em Medicina Veterinária ocorre no décimo semestre de graduação e proporciona uma imersão prática dos conteúdos acadêmicos, contribuindo com o aprendizado e proporcionando uma experiência essencial para a formação profissional do médico veterinário. Assim, considerando a importância para a atuação profissional e objetivando contribuir com a oferta de mais um profissional habilitado a atuar na CMPA, o estágio curricular foi realizado em duas concedentes, totalizando 480 horas, sendo 320 horas na primeira e 160 horas na segunda. A primeira etapa foi realizada no Hospital Público Veterinário Anclivepa, em Jurubatuba, São Paulo, no período de 01 de junho de 2021 a 31 de julho de 2021, sob a supervisão do médico veterinário Luiz Wilson. E a segunda etapa foi realizada na clínica veterinária Animale, em São Roque, São Paulo, no período de 01 de agosto de 2021 a 31 de agosto de 2021, sob a supervisão da médica veterinária Thais Lisboa Machado.

O presente relatório tem como objetivo descrever a estrutura, a rotina acompanhada, as atividades desenvolvidas e a casuística de cada uma das concedentes durante este período.

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2 HOSPITAL PÚBLICO VETERINÁRIO ANCLIVEPA

A primeira etapa do estágio supervisionado foi realizada no Hospital Público Veterinário Anclivepa (HPVA), cuja história iniciou-se em 1957, aproximadamente, no Rio de Janeiro. A criação visava defender, pleitear os interesses de classe, facilitar o congraçamento dos clínicos de pequenos animais e de sociedades congêneres, promover e estimular a formação de filiadas, hoje conhecidas com regionais. Primeiro foi criado o “Clube dos Clínicos Veterinários”, que foi alterado sucessivamente para Sociedade Brasileira de Clínicas Veterinárias, Sociedade Nacional de Clínicas Veterinárias, para posteriormente fixar-se na atual denominação de Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (ANCLIVEPA).

A regional a qual foi realizado o estágio foi inaugurada em agosto de 2020 e se localiza na Rua Agostino Togneri, 153 - Santo Amaro, na Zona Sul da capital paulista (Figura 1). O hospital possui os atendimentos focados em clínica médica (CM), em cirurgia de tecidos moles, em ortopedia, oftalmologia, cardiologia e neurologia. Para isso existem médicos veterinários contratados e médicos veterinários residentes, além de enfermeiros, estagiários e equipe de apoio.

o hospital realiza exames complementares como exames hematológicos e bioquímicos, urinálise, radiologia e ultrassom.

Figura 1. Fachada do Hospital Público Veterinário Anclivepa, regional de Jurubatura - SP.

Fonte: Cauan, 2020.

2.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL

O HPVA possui uma recepção com capacidade para acolher um grande volume de pessoas. A recepção (Figura 2) dispõe de um balcão de atendimento com computadores com sistema gerencial. Ao menos três funcionários são responsáveis pelo atendimento neste setor,

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15 destinando os pacientes para a área que o paciente necessita de atendimento (clínica, cirurgia, exames, entre outros), distribuindo as senhas e retirando eventuais dúvidas.

Figura 2. Representação fotográfica da recepção do HPVA

Fonte: Portal R7, 2020.

O hospital conta com oito consultórios para atendimento (Figura 3), cada um equipado com uma mesa com computador, cadeiras para os tutores, uma maca de aço inox para exame físico, armários com insumos para consulta, pia para higienização das mãos, e produtos para higienização da mesa após cada consulta.

Figura 3. Imagem do padrão dos consultórios para CM do HPVA.

Fonte: Pereira, 2021.

Além disso o hospital possui sala de emergência, sala de coleta e curativos, sala de radiologia, sala de ultrassom, sala de laudos, duas salas para internação (uma para caninos e outra para gatos), sala de enfermagem onde os pacientes recebem medicações, sala de quimioterapia, sala para pacientes com suspeita de doenças infectocontagiosas, bloco cirúrgico com salas para os procedimentos cirúrgicos, sala para preparação do paciente e sala para o pós-cirúrgico, farmácia e

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16 estoque. Além disso, conta com um refeitório e vestiário para os funcionários e estagiários. Estas dependências não foram representadas, por não constituírem ambientes de atuação do relator.

Na emergência (Figura 4) a sala é equipada com cilindros de oxigênio, ambu, sondas endotraqueais, fármacos para reanimação (adrenalina, atropina), para crises epileptiformes (diazepam e fenobarbital), carro-macas de aço inox, cateteres, seringas, agulhas e pia para higienização. Os pacientes acomodados nessa sala estão sob observação intensiva, em especial por enfermeiros, que mensuram frequentemente os parâmetros de cada interno, como frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial (PA), glicemia, mucosas e temperatura.

Figura 4. Sala de emergência do HPVA.

Fonte: Cauan, 2020.

Nas salas de enfermagem os pacientes recebem medicações intravenosa (IV), subcutânea (SC) ou intramuscular (IM), pacientes destinados à enfermagem em geral que não apresentam risco óbito. Entretanto, caso ocorra alguma complicação do quadro do paciente, carecendo de maiores atenções, este é deslocado para a sala de emergência. Na enfermagem também são realizados procedimentos como enema.

2.2 FUNCIONAMENTO DO HPVA

O horário de funcionamento é de segunda-feira à sexta-feira das 07:00 às 17:00 horas. Os atendimentos novos não são agendados por se tratar de hospital público e atingir uma grande quantidade de pessoas. Por isso, no começo do dia são distribuídas 35 fichas para casos novos, em ordem de chegada. Após receberem as senhas, os tutores se encaminham para a recepção e realizam o cadastro, sendo obrigatório que o tutor resida em São Paulo - capital. Porém, casos de

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17 emergência médica não necessitam de senha, o atendimento é feito de imediato. A ordem para atendimento é feita com base na gravidade do quadro clínico do paciente, dando preferência para os mais debilitados.

No dia, são atendidos casos novos e retornos, os retornos são marcados para iniciarem às 12 horas, porém em casos em que o paciente apresentou piora do quadro clínico, o mesmo pode ser atendido antes. Os atendimentos são realizados tanto pelos veterinários contratados quanto pelos residentes.

2.2.1 Clínica médica

Após a realização do cadastro, os tutores aguardam na recepção até serem chamados por senha no painel. Ao identificar sua vez e consultório, sendo chamados pelo veterinário, o paciente recebe o atendimento médico. É realizado anamnese, seguida do exame físico, e, se necessário, são solicitados exames complementares (se for um exame específico que não seja realizado no hospital o tutor é instruído a realizar em um laboratório veterinário externo).

Em seguida, o médico veterinário expõe o caso com o tutor, apontando suas suspeitas diagnósticas e o tratamento se necessário. Quando for preciso, os pacientes são encaminhados para a enfermaria ou emergência para receberem medicações e/ou oxigênio. Também são prescritos medicamentos, e sua administração para continuidade do tratamento em casa. Além disso, é marcado o retorno médico, em quadros clínicos simples ou para pacientes hígidos, o retorno pode ocorrer de forma remota, por telemedicina. No entanto, caso haja alguma complicação, o paciente é encaminhado para atendimento presencial novamente. Apesar de haver uma internação, a mesma não estava em funcionamento, e caso fosse necessário a internação, o tutor era instruído a procurar internação em uma clínica externa.

2.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades realizadas nesta etapa do estágio abrangeram a área de CM, contudo foram acompanhados alguns exames de imagem. O estagiário pode realizar rotações e acompanhar diferentes médicos veterinários do hospital. Dentre as atividades exercidas, estão a realização do exame físico, auxílio na contenção dos animais, na tricotomia, na coleta de material biológico, na realização do acesso venoso, na administração de fármacos pelas diferentes vias e na discussão dos casos clínicos com o atendente. Após cada consulta, é realizada a higienização da maca, e do chão, se necessário.

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2.4 CASUÍSTICA

Somando os dois meses de estágio totalizaram-se 339 atendimentos, estes incluem atendimentos novos e retornos, e não número de pacientes, uma vez que um mesmo paciente pode passar por mais de um atendimento.

Dos 331 atendimentos, 204 foram da espécie canina, destes 112 eram machos e 92 eram fêmeas, e 127 foram da espécie dos felinos domésticos, sendo 65 machos e 62 fêmeas (Tabela 1).

Destes atendimentos, 225 eram casos novos e 106 eram retornos (Figura 5).

Tabela 1. Número de atendimentos, divididos por espécie, na clínica médica, durante o estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária, no HPVA.

Espécie Macho Fêmea Total

Caninos 112 92 204

Gatos 65 62 127

Total de animais 177 154 331

Figura 5. Representação gráfica da distribuição dos atendimentos em atendimentos novos e retornos separados por espécies, do HPVA

Fonte: Pereira, 2021.

Dos atendimentos no HVPA o sistema de maior acometimento foi o digestório, representando 18,43% da casuística acompanhada, seguida pelo sistema geniturinário (16,31%) e neurológico (9,67%). A tabela a seguir (Tabela 2) representa a casuística referente para cada sistema, sendo esses representado pelo sistema digestório, genitourinário, neurológico, musculoesquelético, tegumentar, sensorial, cardiovascular, oncológico, respiratório, hematopoiético, infectocontagiosas, endócrino, odontológico e afecções sistêmicas.

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Tabela 2. Sistemas e afecções acompanhadas durante todo o estágio curricular no HVPA

Sistemas Cães Gatos Nº de casos %

Digestório 30 31 61 18,43

Genitourinário 23 31 54 16,31

Neurológico 25 7 32 9,67

Sensorial 28 3 31 9,37

Músculo-esquelético 14 12 26 7,85

Cardiovascular 19 2 21 6,34

Oncológico 13 7 20 6,04

Respiratório 9 9 18 5,44

Tegumentar 15 3 18 5,44

Infectocontagioso 7 6 13 3,93

Hematopoiético 10 2 12 3,63

Sistêmicas 6 5 11 3,32

Endócrino 3 4 7 2,11

Odontológico 2 5 7 2,11

Total 204 127 331 100,00

Dentre as doenças do sistema digestivo, a de maior ocorrência foi a gastroenterite, seguida pela hepatopatia, ambas somando 57,38 % da casuística desse sistema, como apresentado na Tabela 3.

Tabela 3. Casuística das afecções relacionadas ao sistema digestivo no HPVA.

Afecções sistema digestório Cães Gatos Nº de casos %

Gastroenterite 12 6 18 29,51

Hepatopatia 6 11 17 27,87

Fecaloma 1 7 8 13,11

Giardíase 4 1 5 8,20

Corpo estranho 2 2 4 6,56

Torção gástrica 2 - 2 3,28

Verminose 1 1 2 3,28

Anorexia - 2 2 3,28

doença inflamatória intestinal 1 - 1 1,64

pancreatite 1 - 1 1,64

tríade felina - 1 1 1,64

Total 30 31 61 100,00

As gastroenterites são afecções recorrentes encontradas na rotina clínica veterinária, acometendo diferentes idades e não possuindo predisposição racial, tendo diferentes etiologias, como bacteriana, viral, parasitária e intoxicações (RODRIGUES et al, 2018).

A gastroenterite canina é um quadro clínico caracterizado por vômito e diarreia, sendo na maioria das vezes sanguinolenta (CORRÊA; CORRÊA, 1992; BELONI, 1993 apud OLIVEIRA;

CIAN; BETTINI, 2012). A enterite hemorrágica é uma forma mais grave de enterite catarral aguda (RODRIGUES et al., 2018).

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20 Em um estudo epidemiológico de 2008 realizado por Siqueira e colaboradores, em 343 atendimentos clínicos de cães e gatos, as enfermidades do sistema digestório foram a de segunda maior ocorrência, correspondendo à 18,95% dos casos.

Das hepatopatias observadas, a maioria corresponde à lipidose hepática felina (LHF). A LHF é uma doença hepatobiliar muito comum, que ocorre maioritariamente em gatos obesos e/ou debilitados (HOLAN, 2009 apud SILVA, 2012), podendo ou não co-existir com doença hepática intrínseca (SILVA, 2012). Ela é definida como uma síndrome clínica colestática caracterizada por extenso acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitos, gerando alterações na arquitetura e função hepática, colestase intra-hepática grave e insuficiência hepática progressiva (RODRIGUES, 2009). O diagnóstico desta afecção pode ser feito por meio de exames laboratoriais e imagiológicos que permitem a confirmação da suspeita clínica e descoberta da causa primária.

Contudo, o diagnóstico definitivo de LHF é realizado apenas através de biópsia hepática.

(SILVA, 2012). A LHF corresponde a uma síndrome associada a anorexia, perda de peso, atrofia muscular, icterícia, atividade elevada das enzimas hepáticas e acumulação grave de lípidos no fígado (Biourge et al., 1994 apud SILVA, 2012).

O segundo sistema de maior casuística foi o urogenital, cuja distribuição das afecções estão na Tabela 4.

Tabela 4. das afecções relacionadas ao sistema urogenital no HPVA.

Afecções urogenitais Cães Gatos Nº de casos %

DRC 4 10 14 25,45

Obstrução uretral 1 11 12 21,82

Cistite 5 3 8 14,55

IRA 3 2 5 9,09

Cálculo vesical 3 1 4 7,27

DTUIF - 3 3 5,45

Piometra 2 - 2 3,64

Distocia 1 - 1 1,82

Eclâmpsia 1 - 1 1,82

Hiperplasia prostática 1 - 1 1,82

Ovário policístico 1 - 1 1,82

Balanopostite 1 - 1 1,82

Prenhez - 1 1 1,82

Pseudociese 1 - 1 1,82

Total 23 31 54 100,00

Das afecções geniturinárias, a mais comum foi a doença renal crônica (DRC). A DRC ocorre mais frequentemente em cães e gatos idosos, sendo a doença renal mais comum que

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21 acomete esses pacientes (BARTIGES, 2012). A DRC é caracterizada pela presença de anormalidades estruturais ou funcionais de um ou ambos os rins que estiveram presentes por um período prolongado, normalmente 3 meses ou mais (POLZIN, 2011). Sendo a retenção ou perda de compostos que resulta nas manifestações clínicas da DRC (BARTIGES, 2012). Muitos pacientes apresentam sinais clínicos característicos de doenças crônicas, como perda da condição corporal, peso corporal e massa muscular, além de aparência desleixada (BARTIGES, 2012). A poliúria e a polidipsia ocorrem devido à incapacidade dos rins de regularem o equilíbrio hidroeletrolítico, outros sinais como hiporexia ou anorexia, vômito, halitose, estomatite ulcerativa e gastroenterite podem estar presentes (BARTIGES, 2012).

Cães e gatos com DRC são classificados de acordo com as diretrizes desenvolvidas pela International Renal Interest Society (IRIS), esse sistema de estadiamento de 4 níveis é baseado na função renal, proteinúria e pressão arterial (POLZIN, 2011). O estadiamento da DRC dessa maneira facilita a aplicação de práticas clínicas adequadas para diagnóstico, prognóstico e tratamento da doença (POLZIN, 2011).

O sistema nervoso também foi um sistema bastante acometido, totalizando 9,67% da casuística do HPVA, como mostra a Tabela 5.

Tabela 5. das afecções relacionadas ao sistema neurológico no HPVA.

Afecções neurológicas Cães Gatos Nº de casos %

Crise epileptiforme 16 - 16 50,00

TCE 6 6 12 37,50

Síndrome vestibular 1 1 2 6,25

AVC 1 - 1 3,13

Cerebelite 1 - 1 3,13

Total 25 7 32 100,00

A epilepsia é uma doença cerebral complexa em que a atividade súbita e anormal nas redes neuronais causa o sinal clínico proeminente de convulsões que são caracterizadas por características motoras, autonômicas e / ou comportamentais (BERENDT et al., 2015). Epilepsia é o distúrbio neurológico crônico mais comum em cães e é caracterizado por atividade epiléptica espontânea e recorrente (TORRES, 2011). A prevalência nesta espécie é estimada em 0,5% a 5,7% (CHANDLER, 2006 apud MARTINS; MARTINS; TORRES, 2012).

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22 Quando o equilíbrio entre sinapses excitatórias e inibitórias de certos grupos de neurônios encefálicos é alterado, o aumento da excitação ou a diminuição da inibição pode gerar atividade epileptiforme (TORRES, 2011).

As crises epilépticas ocorrem em episódios e são breves, durando na maioria dos casos menos de 2–3 minutos, ela pode surgir de uma infinidade de causas, alguns casos raros são exclusivamentes genéticos, alguns são de desenvolvimento e têm influências genéticas e epigenéticas complexas, e alguns são causados por lesão cerebral, como trauma, doença infecciosa, inflamatória, vascular ou neoplásica (BERENDT et al., 2015).

A crise epiléptica é definida como a manifestação clínica de descargas neuronais paroxísticas, excessivas e, especialmente, sincrônicas de uma população neuronal que, geralmente, são auto-limitantes (TORRES, 2011). Já o termo epilepsia deve ser utilizado para descrever um distúrbio cerebral causado por predisposição persistente do cérebro a gerar as crises epilépticas de forma espontânea e recorrente (Chandler, 2006 apud TORRES, 2011).

As afecções do sistema músculo esquelético acompanhadas no HPVA estão na Tabela 6, sendo o atropelamento a maior causa do acometimento desse sistema.

Tabela 6. das afecções relacionadas ao sistema Musculoesquelético no HPVA.

Afecções Musculoesqueléticas Cães Gatos Nº de casos %

Atropelamento 9 8 17 65,38

Queda 3 2 5 19,23

Fratura 1 2 3 11,54

Claudicação 1 - 1 3,85

Total 14 12 26 100,00

Um estudo de CORREIA (2015) fez um levantamento das lesões decorrentes de atropelamentos em cães, e de 82 cães estudados, 46% tiveram lesões nas extremidades (membros e cauda), 20% tiveram lesões no tórax e 17% tiveram lesões pélvicas, o restante tiveram lesões abdominais, lesões na cabeça e no pescoço. No HPVA a maior parte das lesões decorrentes de atropelamento ocorreram em medula espinhal.

A Tabela 7 mostra a distribuição das afecções do sistema tegumentar, que foi 5,44% dos atendimentos no HPVA.

(23)

23

Tabela 7. Casuística das afecções relacionadas ao sistema tegumentar no HPVA.

Afecções tegumentares Cães Gatos Nº de casos %

Dermatite alérgica 8 3 11 61,11

Demodiciose 3 - 3 16,67

DAPE 2 - 2 11,11

Dermatite atópica 1 - 1 5,56

Abrasão 1 - 1 5,56

Total 15 3 18 100,00

Os casos dermatológicos apresentam grande prevalência em pequenos animais (CARDOSO et al., 2011). As consultas em dermatologia de pequenos animais representam 25 a 30% do total das consultas veterinárias (MACHICOTE & YOTTI, 2005 apud SILVA et al., 2012). Durante o estágio no HPVA foi acompanhado um menor número de casos dermatológicos do que o descrito na literatura.

Estas doenças são caracterizadas por inflamação crônica da pele, acompanhada de prurido e afetam principalmente os cães (Leung 1995, Scott et al. 2001 apud VASCONCELOS et al., 2017).

As doenças alérgicas da pele de cães podem ter causas diversas e apresentar formas clínicas variadas como placas liquenificadas e nódulos (Marsella; Olivry 2001 apud VASCONCELOS et al, 2017), além das lesões auto-traumáticas geradas pelo prurido (Scott et al.

2001 apud VASCONCELOS et al, 2017).

O diagnóstico para a maioria das dermatopatias tem sido realizado com base em dados clínicos ou de forma terapêutica, o que pode acarretar em um maior tempo para se obter o diagnóstico definitivo e aumento dos custos do tutor com medicações (MADUREIRA, 2017).

Em relação aos órgãos pertencentes ao sistema sensorial, os que tiveram importância clínica no HPVA foram os olhos e ouvidos, o qual está sendo caracterizado na Tabela 8.

Tabela 8. Casuística das afecções relacionadas ao sistema sensorial no HPVA.

Afecções sistema sensorial Cães Gatos Nº de casos %

Otite 8 1 9 29,03

Otohematoma 7 - 7 22,58

Catarata 6 - 6 19,35

Entrópio 1 1 2 6,45

Cherry eye 2 - 2 6,45

Ceratoconjuntivite 1 - 1 3,23

Descemetocele 1 - 1 3,23

Complicações pós-cirúrgicas - 1 1 3,23

Ablação de conduto auditivo 1 - 1 3,23

Síndrome do Akita 1 - 1 3,23

Total 28 3 31 100,00

(24)

24 A otite externa é uma inflamação dos componentes do tecido mole do meato auditivo externo (LINZMEIER; ENDO; LOT, 2009). Em muitos casos de otite externa, infecção secundária por bactérias ou fungos, como Malassezia pachydermatis, estará presente (PYE, 2018). Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus pseudintermedius, Escherichia coli e Klebsiella spp. estão entre os patógenos bacterianos mais comuns em casos de otite externa infecciosa, sendo Pseudomonas aeruginosa o isolado Gram-negativo mais comum (MILLER, 2013 apud PYE, 2018).

O exame otoscópico ajudará o clínico a identificar além de possíveis alterações timpânicas, o tipo de lesões e secreção no conduto auditivo externo e se o canal está estenótico, além disso, também pode ajudar a descartar a presença de um corpo estranho (PYE, 2018).

Porém Gotthelf (2004) diz que o diagnóstico de otite média em cães pode ser bastante difícil de fazer por causa da conformação longa, curvada e em forma de funil do canal auditivo do cão, o que dificulta a visualização da membrana timpânica. Além disso, muitos pacientes com otite média apresentam uma membrana timpânica inalterada, dando ao veterinário a impressão de que não há inflamação e / ou infecção no ouvido médio (GOTTHELF, 2004). A citologia é o teste mais valioso para ajudar a confirmar a presença de otite externa infecciosa (PYE, 2018).

As afecções do sistema cardiovascular (Tabela 9) somam 6,34% do total de atendimentos acompanhados na rotina do HPVA durante o estágio obrigatório.

Tabela 9. Casuística das afecções relacionadas ao sistema cardiovascular no HPVA

Afecções cardiovasculares Cães Gatos Nº de casos %

ICC 13 1 14 66,67

Cardiomiopatia dilatada 4 - 4 19,05

Síndrome cardiorrenal 2 - 2 9,52

Cardiomiopatia hipertrófica - 1 1 4,76

Total 19 2 21 100,00

A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) é uma síndrome clínica na qual o coração não é capaz de bombear o sangue eficientemente, afetando a ejeção ventricular e o retorno venoso (TRALDI JUNIOR, 2008 apud MORAES et al., 2020 ).

SCHOBER e colaboradores (2010) apud MORAES e colaboradores (2020) traz a ICC como uma afecção comum em cães e frequentemente fatal, caracterizada por disfunção cardíaca, ativação neuro-hormonal, retenção de sódio e água, e aumento das pressões de enchimento do

(25)

25 ventrículo esquerdo. Nesse caso, é considerada uma causa secundária frequente à doença degenerativa de válvula mitral (DDVM) e cardiomiopatia dilatada (CMD) (MORAES et al., 2020).

Dentre as cardiopatias valvares adquiridas em cães, a degeneração mixomatosa crônica da valva mitral é a de maior prevalência (BRIGHT; MEARS, 1997 apud AMPUERO, 2017) representando de 75% a 80% das doenças cardíacas desta espécie, afetando principalmente cães adultos em idade avançada (DETWEILER; PATTERSON; 1965; KEENE, 1988 apud AMPUERO, 2017).

As afecções oncológicas (Tabela 10) representaram 6,04% da casuística acompanhada do HPVA.

Tabela 10. Casuística das afecções oncológicas acompanhadas no HPVA.

Afecções oncológicas Cães Gatos Nº de casos %

Linfoma 1 5 6 30,00

Neoformação hepática 3 - 3 15,00

Insulinoma 2 - 2 10,00

Neoformação pulmonar 2 - 2 10,00

Neoformação em vesícula urinária

1 1 2 10,00

Neoformação cutânea 1 1 2 10,00

Neoformação mamária 1 - 1 5,00

Síndrome paraneoplásica 1 - 1 5,00

Pós-cirúrgico mastocitoma 1 - 1 5,00

Total 13 7 20 100,00

O linfoma ou linfossarcoma é a neoplasia que se origina em órgãos linfóides sólidos como linfonodos, baço ou fígado (CARDOSO et al., 2004). Essa é a neoplasia hematopoiética mais comum em cães, representando 5-10% de todas as neoplasias que acometem esta espécie (DOBSON; GORMAN, 1993; ANDRADE et al., 1994; CURIEL et al., 1998; VAIL, 2000 apud CARDOSO et al., 2004). Já nos gatos, estima-se que o linfoma seja responsável por 50 a 90%

dos tumores hematopoiéticos e estes, por sua vez, correspondem aproximadamente a um terço de todos os tumores nesta espécie (Morris; Dobson, 2001; Vail, 2003 apud ARAUJO, 2009).

A etiologia do linfoma é multifatorial, uma vez que diversos fatores podem influenciar o desenvolvimento desta neoplasia (TOMÉ, 2010). Atualmente os gatos com FeLV (Vírus da Leucemia Felina) correspondem a 14% a 25% dos casos de linfoma felino (TOMÉ, 2010).

(26)

26 As afecções do sistema respiratório (Tabela 11) somam 5,44% do total de atendimentos acompanhados na rotina do HPVA durante o estágio obrigatório.

Tabela 11. Casuística das afecções relacionadas ao sistema respiratório no HPVA.

Afecções Respiratórias Cães Gatos Nº de casos %

Asma felina - 4 4 22,22

Pneumotórax 1 2 3 16,67

Colapso traqueal 3 - 3 16,67

Broncopneumonia 1 1 2 11,11

Síndrome braquicefálica 2 - 2 11,11

Pneumonia 1 - 1 5,56

Rinotraqueíte crônica - 1 1 5,56

Ruptura diafragmática - 1 1 5,56

Traqueobronquite 1 - 1 5,56

Total 9 9 18 100,00

A asma felina é uma doença imunomediada com caráter crônico de alta incidência (GÓMEZ et al., 2012). Os gatos são a única espécie que desenvolve uma síndrome similar à asma humana, de hipersensibilidade do tipo I caracterizada por inflamação e consequente estreitamento das vias aéreas (MOSES; SPAULDING, 1985; REINERO et al., 2009; REINERO, 2011; RECHE JUNIOR; CASSIANO, 2015; BARAL, 2016; BORDINI; ZANUTTO, 2018 apud DECIAN, 2019).

Os gatos afetados podem apresentar períodos assintomáticos entre as crises, até períodos sintomáticos, com tosses diárias ou semanais, sibilos, respiração ruidosa e dispneia (REINERO, 2011; WEXLER-MITCHELL, 2018 apud DECIAN, 2019). Clinicamente, observa-se tosse intermitente que, na ausência de exposição ao alérgeno, o paciente permanece sem manifestações clínicas (VENEMA; PATTERSON, 2010; RECHE JUNIOR; CASSIANO, 2015 apud DECIAN, 2019). A cura da asma é praticamente impossível, a menos que sejam identificados um ou alguns alérgenos e irritantes que desencadeiam os sinais clínicos, sendo improvável de forma geral (GÓMEZ et al, 2012).

Em relação ao sistema hematopoiético, a única afecção observada neste sistema foi a hemoparasitose, sendo 10 casos em caninos e dois em gatos. As hemoparasitoses são enfermidades de grande importância na Medicina Veterinária, acometendo diversas espécies animais, entre elas, os cães e gatos (SOUZA MUNDIN et al., 2008). Os hematozoários e bactérias hemotrópicas são agentes que parasitam células sanguíneas, gerando complicações no organismo animal como anemia hemolítica, trombocitopenia, insuficiência renal e, até mesmo, óbito (BREDA et al., 2018). Os principais agentes causadores das hemoparasitoses em animais

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27 de companhia são Babesia canis e Erlichia canis, hemoparasitas comumente diagnosticadas em caninos, e o Mycoplasma haemofelis, um hemoparasita de felinos (SILVEIRA et al., 2019).

Carrapatos contaminados são responsáveis pela transmissão dos agentes, sendo estes os vetores responsáveis, e as suas espécies se diferenciam acerca de cada agente infeccioso (Andrade et al., 2014 apud BREDA et al., 2018).

SILVEIRA e colaboradores (2019) analisaram 100 esfregaços sanguíneos de 80 cães e 20 gatos e obtiveram uma prevalência de 10% positivas para Ehrlichia canis, 5% positivas para Babesia canis e 1% positiva para Mycoplasma haemofelis.

Cães infectados podem apresentar quadro agudo com anorexia, apatia, diarreia, pneumonia, febre, hemoglobinúria, anemia branda a grave e icterícia, sendo que esta última nem sempre ocorre, com curso de 3 a 10 dias (FIGUEIREDO, 2011).

O diagnóstico de babesiose é confirmado pela demonstração da presença dos protozoários no interior de eritrócitos (FIGUEIREDO, 2011). Entre os achados laboratoriais mais comuns estão a anemia regenerativa, hiperbilirrubinemia, bilirrubinúria, hemoglobinúria, trombocitopenia, acidose metabólica, azotemia e cilindros renais, sendo as principais anormalidades hematológicas observadas a anemia e a trombocitopenia (NELSON; COUTO, 2001 apud FIGUEIREDO, 2011).

As afecções infectocontagiosas (Tabela 12) estiveram presentes em 3,93% dos atendimentos acompanhados no HPVA.

Tabela 12. Casuística das afecções infectocontagiosas acompanhados no HPVA.

Afecções infectocontagiosas Cães Gatos Nº de casos %

Parvovirose 3 - 3 23,08

PIF - 3 3 23,08

Cinomose 3 - 3 23,08

FIV/FeLV - 2 2 15,38

Complexo respiratório felino - 1 1 7,69

Leptospirose 1 - 1 7,69

Total 7 6 13 100,00

A cinomose canina é uma enfermidade multissistêmica causada por um Morbillivirus, da família Paramyxoviridae (MARTINS; LOPES; FRANÇA, 2009). com elevado índice de mortalidade e geradora de transtornos oculares, respiratórios, gastrintestinais e neurológicos (GREENE, 1984 apud TUDURY et al., 1997). É uma das doenças neurológicas mais comuns em cães (CHRISMAN, 1991 apud TUDURY et al., 1997).

(28)

28 Vários sinais neurológicos podem estar presentes e a mioclonia geralmente é considerada a manifestação clássica da infecção pelo vírus (SILVA et al., 2007). A lesão no SNC se manifesta na forma de três síndromes clínicas conhecidas como encefalomielite dos cães jovens, encefalomielite multifocal dos cães adultos e encefalite dos cães idosos (FENNER, 2004;

AMUDE et al., 2006 apud SILVA et al., 2007).

Moraes e colaboradores (2013) citam como forma de diagnóstico as técnicas de isolamento viral, imunofluorescência, soroneutralização, e reação em cadeia pela polimerase precedida de transcrição reversa (RT- PCR). O diagnóstico clínico pode ser confirmado pela identificação de corpúsculos de inclusão (Corpúsculos de Lentz) (GEBARA et.al., 2004a apud MORAES et al., 2013).

Quanto ao tratamento, Moraes e colaboradores (2013) citam SANTOS (2006) que diz não haver medicamentos antivirais ou agentes quimioterápicos de valor prático para o tratamento da cinomose canina.

As afecções do sistema endócrino acompanhadas no HPVA estão organizadas na tabela 13.

Tabela 13. Casuística das afecções relacionadas ao sistema endócrino no HPVA.

Afecções endócrinas Cães Gatos Nº de casos %

Diabetes mellitus 3 3 6 85,71

Hipotireoidismo - 1 1 14,29

Total 3 4 7 100,00

A diabetes mellitus consiste em um transtorno do pâncreas endócrino em que as células beta, produtoras do hormônio insulina, por alguma razão deixam de secretá-lo ou diminuem sua secreção, ou ainda ocorre a chamada resistência perifèrica à insulina (VEIGA, 2005 apud SILVA, 2014).

A etiologia do diabetes mellitus é multifatorial (RICHARD; NELSON; COUTO; 1998 apud MAIOCHI et al., 2015). Os sinais clínicos mais comuns de um paciente com diabetes são:

poliúria, polidipsia compensatória, polifagia e perda de peso, outra complicação comum é a formação da catarata (MAIOCHI et al., 2015). As fêmeas são especialmente predispostas às infecções do trato urinário ascendente, sendo que aproximadamente 25% a 50% das fêmeas diabéticas apresentam cistite bacteriana (CHASTAIN; GANJAN, 1986; LILLEY, 1988;

NELSON; FELDMAN, 1988; FELDMAN, 1989 apud FARIA, 2007).

(29)

29 O diagnóstico da diabetes mellitus baseia-se na presença de sinais clínicos característicos associada a uma hiperglicemia persistente e de glicosúria (SILVA, 2014).

As opções terapêuticas incluem aplicações de insulina (normalmente administradas duas vezes por dia em intervalos de 12h), modificações dietéticas, perda de peso em animais obesos, exercício moderado em cães, e medicamentos hipoglicemiantes orais em gatos (MAIOCHI et al., 2015).

Foi acompanhado 7 atendimentos referentes ao sistema odontológico no HPVA, estes estão listados na tabela 14.

Tabela 14. Casuística das afecções odontológicas no HPVA.

Afecções odontológicas Cães Gatos Nº de casos %

Complexo gengivite estomatite faringite felina

- 3 3 42,86

Fratura de mandíbula - 2 2 28,57

Estomatite 1 - 1 14,29

Fístula em maxilar 1 - 1 14,29

Total 2 5 7 100,00

O complexo gengivite-estomatite-faringite felina (CGEFF) é caracterizado por inflamação, ulceração e proliferação de tecidos moles na cavidade oral, sendo uma doença de caráter crônico em gatos (ADDIE et al., 2003 apud SONTAG; RUBIO, 2017). A etiologia desta doença não é nitidamente conhecida (HOFMANN-APPLLO et al., 2010; LUSKIN, 2011;

REITER, 2011 apud SANTOS et al., 2016), mas suspeita-se que determinados agentes como bactérias, vírus, a alimentação, o ambiente e o manejo (estresse), ou uma associação destes fatores com fatores genéticos sejam a sua origem (HEALEY et al., 2007; QUECK, 2012 apud SANTOS et al., 2016).

A biópsia é o único meio que permite estabelecer um diagnóstico definitivo (ABREU, 2012). Os achados geralmente são ulceração, hiperplasia epitelial e infiltrado inflamatório difuso predominantemente linfocítico-plasmocitário (NILZA et al., 2004; QUIMBY et al., 2007;

HEALEY et al., 2007; SOUZA, 2008; HOFMANN-APPOLLO, 2008; SILVEIRA et al., 2008;

SPRANDEL et al., 2009 apud ABREU, 2012). Atualmente, a doença vem sendo tratada com protocolos clínicos e cirúrgicos, onde a resposta ao tratamento tem se demonstrado muito variável e individual (NILZA et al., 2004 apud ABREU, 2012).

Nas afecções sistêmicas (Tabela 15) a intoxicação foi a de maior prevalência nos atendimentos acompanhados.

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Tabela 15. Casuística das afecções sistêmicas acompanhadas no HPVA.

Afecções sistêmicas Cães Gatos Nº de casos %

Intoxicação 5 4 9 81,82

Reação de hipersensibilidade

1 - 1 9,09

Tríade neonatal - 1 1 9,09

Total 6 5 11 100,00

As intoxicações ocorreram por diferentes agentes tóxicos, incluindo intoxicação por chumbinho, por água sanitária, por ingestão de sapo, e especialmente nos gatos, por ingestão AINES.

A intoxicação medicamentosa é uma das causas mais frequentes de intoxicação nos pequenos animais, que pode ocorrer pela ingestão acidental ou pela administração do proprietário sem conhecimento prévio (ARAUJO, 2017). Outro problema da terapêutica felina é a extrapolação de doses e indicações terapêuticas dos fármacos de outras espécies, em particular o cão. Por estes motivos são relatados tantos casos de intoxicações na clínica de felinos (BREATHNACH, 2006 apud ARAUJO, 2017).

O principal efeito em gatos é a lesão eritrocitária devido sua maior sensibilidade à oxidação dos eritrócitos que converte hemoglobina em metahemoglobina e leva a formação de corpúsculos de Heinz que resulta em anemia hemolítica (DORIGON et al., 2013 apud CHIMENES et al., 2019).

O diagnóstico de intoxicação é feito por meio do histórico e sinais clínicos do animal, associado a alterações em exames laboratoriais (BATES, 2013 apud CHIMENES et al, 2019).

O tratamento busca garantir a oxigenação adequada, impedindo maior produção de metabólitos tóxicos evitando assim danos ao fígado e às hemácias (Bates, 2013 apud CHIMENES et al, 2019), e consiste em cuidados de suporte e terapia antidotal específica à base de N-acetilcisteína, ácido ascórbico e cimetidina (Cortinovis et al., 2014 apud CHIMENES et al, 2019).

(31)

31

3 CLÍNICA VETERINÁRIA ANIMALE

A segunda etapa do estágio foi realizada na Clínica Veterinária Animale (CVA), aberta em 2012 pela Médica Veterinária Thaís Lisboa, na cidade de Ibiúna, interior de São Paulo, e em 2018 foi aberta a unidade de São Roque, sendo nesta unidade onde foi realizado o estágio.

Esta unidade se localiza na Rua Mathias Leme de Barros, 109 – São Roque, interior de São Paulo (Figura 6). A clínica oferece serviços 24 horas, incluíndo clínica médica, além de especialidades, como oftalmologia, odontologia, acupuntura, ozonioterapia, nefrologia, cardiologia, endocrinologia, neurologia, anestesia, cirurgia de tecidos moles e ortopédicos, realiza exames hematológicos e bioquímicos, urinálise, radiologia e ultrassom. Além disso, realiza atendimentos para animais silvestres.

Figura 6. Fachada da clínica veterinária Animale

Fonte: Pereira, 2021

3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL

A CVA possui uma recepção (Figura 7), com uma bancada com computador, a recepção dispõe também de uma área de espera para os clientes. Um funcionário é responsável pelo atendimento nesse setor, que inclui a recepção, orientação, pagamentos, orçamentos, etc.

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Figura 7. Recepção da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

A clínica contém três consultórios para atendimento (Figura 8), sendo que uma delas possui o aparelho de radiografia (Figura 9). Todos os consultórios dispõe de uma mesa com computador, duas cadeiras para os clientes, uma mesa de inox para exame físico, além de armários com insumos para a consulta, e pia para higienização das mãos.

Figura 8. Padrão adotado para os consultórios da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

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Figura 9. Sala com aparelho de radiografia da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

A clínica realiza internação para pacientes, para isso contém uma sala (Figura 10). Ela possui 18 baias, a mesma sala abriga cães e gatos, contudo, os animais são abrigados em lados diferentes do ambiente. A sala contém um balcão de mármore, uma pia, e insumos para higienização, contém armários que comportam fármacos para a terapia dos pacientes, incluindo os de reanimação. Também fica a disposição um tricótomo, bombas de infusão, doppler com esfigmomanômetro e manguitos para aferição de pressão. A internação contém uma área com gramado para que os animais possam passear acompanhados (Figura 11).

Figura 10. Sala de internação da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

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Figura 11. Jardim para passeio dos animais.

Fonte: Pereira, 2021.

A clínica conta com um corredor com dez baias para animais que estão esperando os tutores ou esperando para um procedimento, mas que se encontram em um bom estado geral, como representado na Figura 12.

Figura 12. Corredor com baias da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

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35 Para animais com suspeita de doenças infectocontagiosas há uma sala de internação separada (Figura 13), que contém duas baias, uma pia e um balcão de mármore.

Figura 13. Sala de internação para pacientes com doenças infectocontagiosas.

Fonte: Pereira, 2021.

Para realização de procedimentos cirúrgicos, a clínica dispõe de um bloco cirúrgico (Figura 14), com uma mesa cirúrgica, e uma mesa de instrumentais. Para a paramentação há um lavabo com sensor de movimento, permitindo a lavagem das mãos de forma mais segura. O bloco contém um aparelho de anestesia inalatória e um monitor multiparamétrico, no bloco também é armazenado os fármacos utilizados na anestesia.

Figura 14. Bloco cirúrgico da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

Ligado ao bloco cirúrgico existem quatro baias que acolhem os pacientes que irão para cirurgia ou que ficarão em análise pós-cirúrgica (Figura 15), e ao lado se encontra a sala de

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36 esterilização dos materiais cirúrgicos (Figura 16), tendo a disposição uma autoclave, uma pia e armários para armazenar os materiais estéreis.

Figura 15. Baias para os pacientes pré e pós-cirurgia.

Fonte: Pereira, 2021.

Figura 16. Sala de esterilização.

Fonte: Pereira, 2021.

Há um almoxarifado (Figura 17) com geladeira e armários para o armazenamento de insumos gerais de uso da clínica, incluindo fármacos, vacinas, tubos de coleta, seringas, soros, entre outros.

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Figura 17. Almoxarifado da CVA.

Fonte: Pereira, 2021.

3.2 FUNCIONAMENTO DA CVA

A clínica oferece atendimento 24 horas, havendo rotação de veterinários, recepcionistas e enfermeiros o tempo todo. A clínica oferece diversos serviços, e alguns ela faz de forma terceirizada, como o exame ultrassonográfico, de forma que sempre que necessário um veterinário vai até a clínica realizar o exame. Durante todo o tempo há pelo menos um veterinário clínico geral, e durante o dia há o veterinário clínico geral e especialista em animais silvestres.

Outras especialidades são terceirizadas, como a especialidade em oftalmologia, odontologia, endocrinologia, nefrologia, cardiologia. Estas consultas são marcadas para que o especialista atenda. A clínica realiza o exame radiográfico e o laudo é realizado por uma empresa terceirizada. Para os procedimentos cirúrgicos há um cirurgião, um anestesista e um auxiliar.

Na internação sempre há pelo menos um enfermeiro e um médico veterinário. Os estagiários também auxiliam nos exames físicos dos pacientes internados.

3.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades realizadas envolveram tanto a clínica médica quanto a clínica cirúrgica, sendo possível acompanhar consultas, auxiliar na contenção, quando necessário, em especial para os exames de imagem ultrassonográfica e de radiolografia, realizar exame físico de pacientes na internação, e discutir casos clínicos que ocorriam na rotina e outros que os médicos veterinários relatavam. Foi possível acompanhar consultas de especialistas, como de oftalmologia, odontologia, endocrinologista e silvestres. Na área de cirurgia foi possível acompanhar alguns

Referências

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