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Uso de mecanismos de percepção da tarefa para auxiliar os alunos no acompanhamento das atividades em ambientes LMS

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Academic year: 2021

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(1)Pós-Graduação em Ciência da Computação. “Uso de Mecanismos de Percepção da Tarefa para auxiliar os alunos no acompanhamento das atividades em Ambientes LMS” Por. João Almeida e Silva Dissertação de Mestrado Profissional. Universidade Federal de Pernambuco posgraduacao@cin.ufpe.br www.cin.ufpe.br/~posgraduacao. RECIFE, OUTUBRO/2010.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE INFORMÁTICA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO. João Almeida e Silva. Uso de Mecanismos de Percepção da Tarefa para auxiliar os alunos no acompanhamento das atividades em Ambientes LMS. Este trabalho foi apresentado à Pós-Graduação em Ciência da Computação do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre Profissional em Ciência da Computação.. ORIENTADOR: PROF. DR ALEX SANDRO GOMES. RECIFE, OUTUBRO/2010.

(3) Catalogação na fonte Bibliotecária Jane Souto Maior, CRB4-571. Silva, João Almeida Uso de mecanismos de percepção da tarefa para auxiliar os alunos no acompanhamento das atividades em ambientes LMS / Alex Sandro Gomes - Recife: O Autor, 2010. viii, 90 folhas: il., fig., tab., Orientador: Alex Sandro Gomes. Dissertação (mestrado) Universidade Federal Pernambuco. CIn. Ciência da Computação, 2010.. de. Inclui bibliografia e anexo. 1. Ciência da computação – Engenharia de software. 2. Interação homem - máquina. 3. Engenharia de requisitos. 4. Educação. I. Gomes, Alex Sandro (orientador). I. Título. 005.12. CDD (22. ed.). MEI2011 – 005.

(4) i.

(5) DEDICATÓRIA. Dedico este trabalho especialmente a Deus que permitiu e me deu forças pra chegar até aqui. Dedico a minha tia avó, Dona Izaura (in memorian) que do seu pouco conhecimento de lavadeira, usou de sabedoria para me proporcionar educação. Dedico a minha amada Ana Cione, a companheira, a mulher que me ensinou a sorrir e amar. Dedico aos meus filhos João Pedro e Lucas que entenderam os momentos que tive que priválos em virtude deste trabalho. Dedico aos meus pais Jorge Almeida e Fátima que me cobriam com suas orações. Dedico ao casal Durval (in memorian) e Noga, pois estenderam a mão e empenharam sua dedicação em abrir as portas de sua escola para que aquele garoto pobre tivesse uma educação sólida.. ii.

(6) AGRADECIMENTOS. Ao senhor Deus todo poderoso, que me deu sabedoria, equilíbrio e consolo durante os momentos enfrentados no curso deste trabalho. Na minha vida muitas pessoas deram contribuições, se for injusto ao faltar citá-las, saibam na minha mente e no meu coração sempre irei ser grato, pois ninguém vence sozinho. O prezado professor Alex que mesmo diante de minhas limitações e a distância soube dá as doses de orientações, cobranças, estímulos e companheirismo para produzir esta pesquisa. Alex muito obrigado pela compreensão dos momentos difíceis e pela solidariedade de amigo. Aos colegas do grupo CCTE, principalmente ao Ivanildo, Ana Lúcia e Rosângela, grande dicas dessa “mãezona”. Um agradecimento muito especial ao amigo e ex-diretor do IFPE campus de Belo Jardim, o professor Henrique Duarte Filho, que acreditando na sua equipe de professores, nos proporcionou o acesso ao curso de mestrado profissional. Agradeço também ao meu irmão Jorge pelo suporte e hospedagem nas minhas idas para Recife. Ao mano Jefté pelo apóio moral e por sua consideração a este irmão tão falho.. iii.

(7) E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 1ª Coríntios 13:2. iv.

(8) SUMÁRIO. 1 Introdução................................................................................................................................1 1.1 Objetivo geral .............................................................................................................2 1.2 Objetivos específicos..................................................................................................2 2 Percepção em plataformas de gestão da aprendizagem...........................................................4 2.1 LMS: Educação e Economia ......................................................................................4 2.2 Tipos de Percepção em CSCL..................................................................................11 2.2.1 Percepção social e sua importância na aprendizagem online ...........................12 2.3 Considerações finais sobre o capítulo ......................................................................18 3 Método...................................................................................................................................19 3.1 Entrevista online .......................................................................................................20 3.2 Análise de competidores...........................................................................................23 3.3 Prototipagem de Telas ..............................................................................................24 4 Resultados..............................................................................................................................25 4.1 Necessidades de percepção encontradas na entrevista .............................................25 4.1.1 Análise dos entrevistados do grupo Lista EAD-L ............................................25 4.1.2 Análise dos entrevistados do grupo ARL-UFLA .............................................30 4.1.3 Síntese da análise das entrevistas .....................................................................30 4.2 Resultado da análise de competidores ......................................................................31 4.2.1 Ambiente AulaNet............................................................................................32 4.2.2 O ambiente Teleduc..........................................................................................35 4.2.3 Blackboard........................................................................................................39 4.2.4 Moodle..............................................................................................................42 4.3 Síntese dos resultados obtidos na análise de competidores......................................46 4.4 Requisitos levantados ...............................................................................................48 5 Protótipos...............................................................................................................................49 5.1 Descrição dos cenários .............................................................................................49 5.2 Apresentação das telas de protótipos........................................................................55 6 Validação dos protótipos .......................................................................................................60 7 Conclusões e trabalhos futuros ..............................................................................................65 Anexos ......................................................................................................................................70 Entrevista online de coleta de dados.....................................................................................70 Síntese dos requisitos levantados .........................................................................................73 Entrevista de validação de protótipos...................................................................................75 Documentos de casos de uso ................................................................................................79. v.

(9) LISTA DE FIGURAS. Figura 4.1: Tela inicial de um curso no Moodle.........................................................................6 Figura 4.2 - Exemplo notificação da ferramenta de percepção do LMS Sakai ........................10 Figura 4.3 - Ferramenta de visualização comparativa de desempenho. ...................................10 Figura 4.4 - Percepção social e das tarefas na tela principal do LMS Sakai ............................12 Figura 3.1- Visão geral da metodologia adotada......................................................................20 Figura 3.2 - Ferramenta Survey Monkey .................................................................................21 Figura 4.1 - Gráfico da entrevista sobre a possibilidade de motivação através da percepção das atividades ..........................................................................................................................27 Figura 4.2 - Gráfico do grau de importância das percepções abordadas na entrevista.............29 Figura 4.3 - Percepção de Ambiente no Twitter.......................................................................30 Figura 4.4 - Tela inicial do LMS Aulanet ................................................................................32 Figura 4.5 - Gestão do curso no AulaNet. ................................................................................33 Figura 6.6 - AulaNet - Percepção do espaço de trabalho. ........................................................33 Figura 4.7 - AualNet - Módulo de tarefas. ...............................................................................34 Figura 4.8 - Menu do TelEduc..................................................................................................35 Figura 4.9 - TelEduc ferramenta de avaliações. .......................................................................36 Figura 4.10 - TelEduc ferramenta de atividades.......................................................................36 Figura 4.11 - Teleduc ferramenta de grupos.............................................................................37 Figura 4.12 - TelEduc ferramenta fóruns e tela de tópico de um conteúdo. ............................37 Figura 4.13 - Teleduc - Ferramenta Perfil. ...............................................................................38 Figura 4.14 - Blackboard - Tela inicial do curso......................................................................39 Figura 4.15 - Blackboard - Ferramenta atribuições..................................................................40 Figura 4.16 - Blackboard - Ferramenta discussão. ...................................................................41 Figura 4.17 - Blackboard - Ferramenta meu progresso. ...........................................................41 Figura 4.18 - Tela inicial de um curso no LMS Moodle. .........................................................43 Figura 4.19 - Moodle - Lista de participantes. .........................................................................44 Figura 4.20 - Moodle - Perfil do usuário. .................................................................................44 Figura 4.21 - Moodle - Notificação de atividades. ...................................................................45 Figura 5.1 - LMS Amadeus - Protótipo da tela inicial. ............................................................56 Figura 5.2 - Protótipo da configuração de notificações............................................................56 Figura 5.3 - Protótipo de gestão de atividades pendentes.........................................................57 Figura 5.4 - Protótipo tela de gestão de curso - modificada. ....................................................58 Figura 5.5 - Protótipo da tela do gráfico de desempenho.........................................................59 Figura 6.1 - Protótipos de gestão de tarefas: antes (A) e depois (B). .......................................62. vi.

(10) LISTA DE TABELAS. Tabela 2.1- Visão geral das categorias de percepção social.....................................................17 Tabela 4.1 - Requisitos resultantes da análise das entrevistas..................................................31 Tabela 4.2 - Síntese de percepção da análise de competidores. ...............................................47 Tabela 4.3 - Lista de requisitos da análise competidores .........................................................48 Tabela 5.1: Requisitos encontrados durante a descrição de cenários. ......................................55 Tabela 6.1 - Contribuições deste trabalho em relação aos competidores.................................64. vii.

(11) Resumo A crescente demanda por cursos de formação à distância baseados na Web fez com que os ambientes virtuais de ensino colaborativo ganhassem um importante reconhecimento nos dias atuais. Entretanto, a despeito de muitos trabalhos voltados para a área de integração de novas mídias de interação, principalmente com o advento da Web 2.0, muitos ambientes ainda carecem da necessidade de oferecer aos seus usuários, elementos que os ajudem a coordenar suas tarefas e inteirar-se sobre as atividades que ocorrem dentro do ambiente. Essa deficiência, além de reduzir a possibilidade de interação entre os usuários, diminui a motivação de alguns pela sensação de isolamento e de outros o prejuízo pela perda de tarefas por não terem um suporte no ambiente que os mantenha notificados quanto aos prazos. A pesquisa sobre elementos de percepção promove entre outras possibilidades, aumentar as interações aluno-aluno e aluno-ambiente, ajudando-o a melhor utilizar seu tempo, principalmente para os que buscam essa modalidade justamente por falta de tempo. Este trabalho visa modelar as necessidades do aluno com relação à percepção das atividades, permitindo uma interação mais efetiva e o acompanhamento completo e abrangente dessas atividades, tornando-o mais proativo e motivado. Para tanto, usando a metodologia de design centrada no usuário, propôs-se levantar as necessidades dos usuários em relação à percepção e projetar ferramentas que disponibilizem mecanismos de percepção, promovendo a interação entre alunos no ambiente. Como resultados, foram apresentados protótipos de telas contemplando os requisitos levantados e que serão aplicados no contexto do ambiente LMS Amadeus.. Palavras-chave: EAD, CSCL, LMS, Percepção Social e Percepção da tarefa, motivação.. viii.

(12) Abstract The growing demand for distance learning web-based courses made the collaborative teaching virtual environment gain an important recognition nowadays. However, in spite of many works focused on the interaction new medias integration area, mainly after the advent of Web 2.0, many environments still lack the need for offering to their users elements that help them to coordinate their tasks and learn about the activities that occur into the environment. This deficit, besides reducing the interaction possibility among users, decrease the motivation of some for the isolation feeling and others for the loss of tasks for not having a support in the environment that may keep them notified about deadlines. The research on awareness elements promotes, among other possibilities, increased interactions pupil-pupil and pupil-environment, helping him or her to better use his or her time, mainly for those who look for this modality specifically for lack of time. This paper aims to model the pupil's needs concerning to the activities awareness, making possible a more effective interaction and these activities full and broader monitoring, making him or her more proactive and motivated. For that, using a design methodology centered on users, it was proposed to bring up users' needs concerning to the awareness and design tools that available awareness mechanisms, promoting the interaction among pupils on environment. As results, it was presented screen prototypes including the brought up requirements and which will be applied in the context of LMS Amadeus environment.. Keywords: Distance Education, CSCL, LMS, Social awareness and Task awareness, Motivation.. ix.

(13) 1 Introdução Perceber as atividades dos outros indivíduos é essencial para que as atividades possam fluir naturalmente e para diminuir as sensações de impessoalidade e distância, comuns nos ambientes virtuais (Gerosa, Fuks e Lucena 2001). Diante da necessidade de prover soluções aos problemas levantados, algumas questões ajudam no entendimento dos mesmos, a saber: Quem está online? Que está fazendo? Existem atividades pendentes? O tutor está online? Quanto falta para concluir a atividade? são exemplos de informações que caracterizam elementos de percepção para que o aprendiz tome decisões, interaja e mantenha o estímulo no ambiente. Segundo Dourish e Bellotti (1992), percepção é a compreensão que um indivíduo deve ter sobre as atividades de outros, a qual irá prover um contexto para as suas próprias atividades. Apesar da referência anterior ser antiga, Drury e Willians (2002) levantaram que a definição de Dourish e Bellotti ainda é atualmente a mais referenciada em trabalhos de pesquisa, razão que a trazemos como relevante. O tema percepção tem recebido atenção desde início da década de 90, entretanto, trabalhos recentes mostram que nos sistemas de gerenciamento de aprendizagem ainda cabem melhorarias para estes elementos que dão suporte à interação (CSCL, 2009). Dentro das possíveis melhorias destacamos aquelas direcionadas a melhorar a interação entre alunos ao atender sua necessidade de percepção das tarefas e atividades, individuais e do grupo, dentro dos LMS. É inegável o crescimento tecnológico que os sistemas de ensino à distância vêm tendo, e que por sua vez amplia a continuidade de pesquisas no tema da percepção. A melhoria provida no âmbito da percepção tem repercussão direta no processo cognitivo (Gerosa, Fuks e Lucena, 2002). Assim, seja pela oportunidade de melhoria de um LMS ou pela justificativa da crescente demanda comercial em EAD, esta pesquisa está inserida num contexto atual e dinâmico. Segundo Caballé, Daradoumis, Paniagua e Xhafa (2005), o fornecimento eficiente e transparente da percepção aos alunos tanto de interações síncronas como assíncronas é um desafio significativo. Os usuários estão em constante interação com o sistema (seja na criação. 1.

(14) de documentos ou na leitura das contribuições dos outros), gerando eventos, que depois de coletados, devem ser classificados, processados, estruturados e analisados. Sob esta visão, no campo de investigação nos mecanismos de percepção dos LMS, pudemos constatar a existência de espaços a serem melhorados, mesmo em sistemas bastante conhecidos. Hong e Goggins ( 2009) reforçam que ainda o LMS é um véu negro entre o tutor e o alunos e entre os alunos. Os alunos têm apenas um conhecimento limitado sobre o que está acontecendo no curso. Falta-lhes mais percepção social. Assim, levando em consideração que o estudo da percepção em sistemas de ensino a distância ainda trata de um tema desafiador (Caballé, Daradoumis, Paniagua e Xhafa 2005), lança-se a pergunta macro do problema dessa pesquisa: Como atender as necessidades de perceber as tarefas e atividades que há para fazer e participar e sem causar uma sobrecarga de informação ao aluno? Para consolidação deste trabalho o ambiente escolhido foi o LMS Amadeus desenvolvido no Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (Cin-UFPE). O LMS Amadeus é um ambiente virtual de aprendizagem baseado na integração de mídias digitais diversas que visam aproveitar as propriedades destas do ponto de vista da aprendizagem, estendendo o Projeto LMS Amadeus de modo a consolidar esse ambiente virtual de ensino, ampliando a utilização de variadas mídias (LMS AMADEUS, 2010). A análise relativa à percepção social e da tarefa será utilizada para gerar requisitos para as ferramentas do ambiente LMS Amadeus, que através de mecanismos de percepção irão fornecer informações sobre as ações e tarefas dos alunos em um fluxo de tempo de um curso.. 1.1 Objetivo geral Conceber mecanismos de percepção para serem utilizados nas interfaces Web e Mobile do LMS Amadeus com o propósito de atender a necessidade de informação dos alunos sobre sua participação nas tarefas e atividades.. 1.2 Objetivos específicos Para atingir o objetivo geral dessa pesquisa, foi definido como objetivos específicos:. 2.

(15) 1. Entender as necessidades de perceber o desempenho próprio e dos colegas durante a realização das tarefas; 2. Prototipar/Elicitar elementos de percepção que exibam as interações dos alunos com o ambiente e com o grupo. 3. Avaliar as soluções junto aos usuários participantes da pesquisa;. Além deste capítulo, esta dissertação é composta por mais seis capítulos como segue: O capítulo 2 traz os principais conceitos sobre percepção e mecanismos de percepção de serviços ofertados em plataformas de EAD, sua relação com a aprendizagem colaborativa. No capítulo 3, apresentamos a metodologia do design centrada no usuário utilizada neste trabalho e apresentadas as diversas técnicas que auxiliaram a elicitação de requisitos ( a análise de competidores, pesquisa a partir de outro trabalhos e pesquisa online ). No capítulo 4, apresentamos e discutimos os resultados obtidos a partir da análise dos dados obtidos referente tanto da análise de competidores, pesquisa em outros trabalhos e entrevista online com alunos de EAD, bem como serão listados os requisitos levantados com aplicação das técnicas. No capítulo 5, serão mostrados os protótipos de telas que nortearão a implementação do ambiente, e que foram elaborados com base nos requisitos levantados e uma análise de como os protótipos elaborados tendem a atender as necessidades dos usuários. No capítulo 6 apresentamos a validação dos protótipos uma discussão das avaliações realizadas pelos participantes da entrevista. No capítulo 7 apresenta as conclusões e as perspectivas de trabalhos futuros baseados nos resultados apresentados neste trabalho. 3.

(16) 2 Percepção em plataformas de gestão da aprendizagem “Percepção refere-se a ter conhecimento, ter ciência das atividades do grupo, das atividades que influenciarão o trabalho como um todo” (Pinheiro, 2001). Logo, de acordo com Assis (2000), a elicitação de aspectos relativos à percepção pode ser utilizada para incrementar ferramentas e interfaces de um ambiente, promovendo uma visão mais abrangente do contexto no qual o usuário está inserido além de contribuir para o seu crescimento. Neste capítulo apresentamos os principais conceitos sobre percepção e mecanismos de percepção em CSCL ( Computer Supported Colaborative Learning) com foco em ambientes virtuais de ensino também chamados de LMS (Learning Management System) ou sistemas de gestão de aprendizagem e que de agora por diante adotaremos apenas a sigla LMS.. 2.1 LMS: Educação e Economia LMS são uma infra-estrutura de e-learning com as funções de fornecer cursos, dá suporte à colaboração, avaliação, armazenar dados das atividades e gerar relatórios para maximizar a organização da aprendizagem (Yasar e Adiguzel, 2010). Ainda os autores acima, afirmam que enquanto a maioria dos LMS atualmente oferece as funcionalidades citadas, ainda existem muitas limitações. Das limitações mencionadas pelos autores utilizamos duas que têm relação com este trabalho: 1. O desenvolvimento tem pouco foco no aluno; 2. Pouca interação e atividades Para os autores essas situações limitam a capacidade de interação na realização das tarefas e podem levar à insatisfação. Este modelo é reflexo do que é o e-learning na essência, ou seja um formato de educação à distancia que consiste em organizar e disponibilizar materiais didáticos. Nesse contexto quando a CSCL é combinada com e-learning, amplia-se para organizar a aprendizagem (Stahl, Koshmann e Suthers 2006), o foco passa a ser os atores envolvidos no processo, buscando-se intensificar as interações, por torná-los mais sociais.. 4.

(17) CSCL propõe o desenvolvimento de novos softwares e aplicações que propiciem a aprendizagem em grupo e que ofereçam atividades criativas de exploração intelectual e interação social (Stahl, Koshmann e Suthers 2006). Segundo Pinto (2005), os cursos online que melhor exploram as interações entre tutores e aluno e entre alunos, são os que têm um melhor índice de aprendizagem. Deve-se focar nos alunos como participantes ativos (premissa destacada também em CSCL). O nível de percepção ofertado reflete diretamente no comportamento do aluno e na sua avaliação quanto ao curso. Todo LMS deveria registrar e manter vários dados referente a participação dos aprendizes como a quantidade de aprendiz por curso, quem postou ou não nos fóruns, as mensagens enviadas diretamente para o grupo ou para os pares, resposta de questionários online como também a o envio das atividades (Romero, Tricot, Mariné 2009). Em sua maioria (Neto, 2009), os ambientes apresentam um modelo básico, no qual as estruturas das páginas já estão definidas, e um conjunto adicional de recursos podem ser acrescentados à estrutura do curso. Um destaque que fazemos como exemplo, é para o grupo de funcionalidades referente à administração do ambiente, onde o professor pode controlar o período de inscrição no curso, verificar todos os grupos de discussão criados, acessar alguns gráficos estatísticos gerados a partir de dados obtidos nos arquivos de log do servidor, acompanhar o acesso dos alunos no curso, suas notas e outros relatórios que, em tese, devem auxiliá-lo a acompanhar o desenvolvimento de seus alunos. A questão é que muitas dessas informações, na forma percepção, poderiam ser disponibilizadas ao aluno durante o curso, visto ser ele a parte mais interessada em acompanhar seu desenvolvimento nas tarefas e atividades. Assim, a educação online, ainda que crescente frente os avanços nas ferramentas dos LMS atualmente, tropeça em falhas, como questão acima citada, que são necessidades apontadas por professores e alunos que já tenham utilizado estes ambientes, principalmente aqueles que realizaram mais de um curso, como constatadas durante nossas entrevistas. Como exemplo, Romero, Cabalé e Xhafá (2009) afirma que o LMS Moodle (Dougiamas, 2001) apesar de ter sido desenvolvido com propósito de apoiar atividades de colaboração, não foi concebido com a preocupação de utilizar a percepção como uma forma de apoio ao grupo. Os autores acima, comentam que apesar de não ter foco em percepção durante seu desenvolvimento, o Moodle apresenta algumas informações textuais que podem, 5.

(18) apesar de não terem esse fim, ajudar os membros do grupo a ter uma percepção de tempo durante a execução das atividades colaborativas. Na figura 4.1, identificamos algumas dessas informações de percepção. 1. Programação – apresenta ao grupo o planejamento do curso. 2. Ultimas notícias – últimos tópicos do fórum de notícias do curso. 3. Calendário – Apresenta as datas importantes com de atividades agendadas 4. Próximos eventos – É a descrição textual das datas do calendário. Percebemos aqui que mesmo um LMS como o Moodle, presente em 254 países1, cabe melhorias que ajudem a intensificar as interações sociais, principalmente em relação às tarefas.. Figura 2.1: Tela inicial de um curso no Moodle. Ser fundamentalmente social implica na tecnologia ser projetada especificamente para mediar e encorajar ações sociais que constituem a aprendizagem em grupo e levam à aprendizagem individual (Stahl, Koshmann e Suthers, 2006, p. 13).. 1 Fonte: http://moodle.org/sites/ em 20-07-2010. 6.

(19) Ainda os pesquisadores acima enfatizam que essas tecnologias, entendamos aqui, o LMS, podem registrar e manter uma atividade, mas devem explorar mais o potencial de exibir os registros das interações e da colaboração como recurso à aprendizagem e tornar possíveis novas interações. Como pudemos ver, a EAD tem se ampliado também com os benefícios dos LMS, todavia os mecanismos que promovem as interações sociais, dentro desses sistemas, devem ser mais explorados afim que o usuário sinta-se confortável e motivado em realizar o curso. Logo, a percepção estudada nesses ambientes tem papel fundamental nesse processo. Perceber é o ato de adquirir informação por meio dos sentidos [Brinck & McDaniel, 1997]. A definição de percepção mais referenciada (Drury e Willians 2002) foi dada por Dourish e Belloti (1992). Segundo eles, percepção é a compreensão das atividades de outros, a qual proporciona um contexto para sua própria atividade. Em outras palavras, podemos dizer que a observação das atividades de outros alunos ou grupos, através da percepção das atividades e tarefas, poderá influir em como o aluno realizará suas ações. Conforme Gao, Zhang, Wells, e Hawryszkiewycz (2005), a percepção é importante para efetivar a colaboração e a coordenação, e portanto, dá suporte à percepção nas ferramentas de aprendizagem colaborativa, é uma necessidade. Apoiado nessa observação, entendemos que a percepção deve ser vista como um elemento indispensável no auxilio da realização das tarefas e atividades colaborativas para a aprendizagem online. A colaboração é um processo através do qual indivíduos negociam e compartilham entendimentos relevantes à resolução do problema (tarefa), (Stahl, Koschmann, e Suthers, 2006). Vejamos um cenário hipotético que envolve a situação de colaboração e compartilhamento no ambiente LMS Amadeus: O professor de física colocou uma tarefa relacionada a eletricidade. A tarefa deve ser resolvida em duplas. Uma das duplas utiliza o recurso de chat existente no ambiente e discute os conceitos e possibilidades de solução. A construção da solução é realizada num editor online integrado ao ambiente. Uma outra dupla, tendo dificuldade em encontrar uma solução, percebe pelo ambiente, que houve atividades no chat relacionada aquela tarefa. Como o ambiente, mesmo armazenando os logs do chat, dá ao aluno a opção de tornar suas conversas acessíveis para consulta aos membros do curso, a. 7.

(20) dupla que estava com dificuldades, encontra na discussões da primeira, a linha de raciocínio para construírem sua solução. Nesta. situação. perfeitamente. factível,. exemplificamos. uma. construção. de. conhecimento dentro da visão de CSCL e que foi possível dentro desse ambiente graças à utilização adequada de elementos de percepção social, das tarefas e das atividades. Neste caso, a aprendizagem acontece através das interações entre os alunos. Eles aprendem através das suas perguntas, perseguindo conjuntamente linhas de raciocínio, ensinando um ao outro e vendo como os outros estão aprendendo. Quando os membros de um grupo desconhecem o que seus colegas estão fazendo, ou não sabem a relação de sua tarefas ou atividades com os demais, muito menos a situação dessa tarefa, surge o problema da falta de contexto. O fornecimento deste contexto aos membros de um grupo é chamado de percepção, e pode ser também conceituado como a contextualização das atividades individuais através da compreensão das atividades de outras pessoas (Jr, Castro, e Spósito, 2008). A exemplo, a pesquisa desses autores teve como foco desenvolver um módulo de percepção para o LMS Moodle que permitisse aos alunos monitorar os acontecimentos ocorridos no ambiente, por entenderem que a percepção nesse LMS é limitada, esse módulo foi chamado de estação de percepção. De forma geral a falta desse contexto de percepção, cria no aluno a dificuldade de ter uma visão global de suas atividades e do grupo o que acarreta a desmotivação podendo assim, comprometer todo o processo de aprendizagem. A motivação é a força interior que impulsiona o indivíduo para exercer um comportamento particular (Xie e Ke, 2009). Acredita-se que a motivação influencia decisivamente a aprendizagem dos estudantes, ou seja, um comportamento de aprendizagem não ocorrerá a menos que ele esteja motivado (Elias, Nooreen, e Mahyuddin R.Hj., 2010). Manter o nível de interação colaborativa dos alunos é uma tarefa difícil (Stahl, Koschmann, e Suthers, 2006), mas a visualização das atividades dele em relação a outros ou em grupo pode funcionar como motivador (Janssen, Erkens, Kanselaar, e Jaspers, 2007). No estudo dos autores supra citados, foi investigado o efeito da visualização de participação na aprendizagem colaborativa. Eles partiram da hipótese que a visualização da participação poderia contribuir para a aprendizagem. Apesar de não ter obtido resultados significativos, os 8.

(21) quais foram identificados por limitações da pesquisa quanto ao nível escolar e o quantitativo com a ferramenta adotada para prover a percepção de visualização das atividades, foi possível identificar que o nível de participação nas mensagens passou a ter maior qualidade. Na mesma direção de aumentar a motivação através da percepção da visualização das tarefas, Laffey et al. (2008) obtiveram em alunos do ensino superior e com a adição de notificações, excelentes resultados. Notificar os alunos, por exemplo através de e-mail, sobre suas atividades também é um recurso que chama atenção deles sobre o que ocorre no LMS, bem como dá-lhe referencia sobre seu desempenho. (Laffey et al., 2008) •. Dá visualização da percepção social para a auto-avaliação por comparação, de forma a elevar a aprendizagem online;. •. Através da percepção é possível aumentar a motivação dos alunos em colaborar. Entretanto nesse tipo contexto que permite a visualização da comparação social, que. identifica os alunos pelo nome, pode ter um impacto negativo sobre a participação de alguns, isso porque para uns parece normal aos olhos de seus pares, para outros é uma questão de privacidade. Dessa forma, a construção de mecanismos de percepção que apresenta algum tipo de comparação entre alunos deve oferecer alguma forma de controle de exibição aluno ou não exibir nomes nas comparações. Para ilustrar a abordagem da ferramenta CAN, as Figura 4.2 e 4.3 respectivamente mostram a notificação por e-mail e visualização de comparação de desempenho.. 9.

(22) Figura 2.2 - Exemplo notificação da ferramenta de percepção do LMS Sakai. Figura 2.3 - Ferramenta de visualização comparativa de desempenho.. Ainda na figura 4.3, destacamos a possibilidade que a ferramenta oferece de o usuário selecionar o tipo e a quantidade de informação de percepção: ➊ O usuário pode escolher a opção de visualização, ➋ Quando o usuário passa o mouse sobre a legenda, o item correspondente no gráfico é selecionado, ➌ O gráfico mostra o desempenho do usuário e e. 10.

(23) média da turma, ➍ A tabela mostra o que o usuário fez e quando e por fim ➎ a opção de desempenho individual por atividade. A percepção dentro de um ambiente real envolve vários aspectos cognitivos relativos à habilidade humana. Enquanto a interação, entre pessoas e ambiente, dentro de uma situação face-a-face parece natural, visto que os sentidos como visão e audição estão disponíveis em sua plenitude (Alves 2006), a situação fica menos clara quando há a tentativa de fornecer suporte à percepção em ambientes virtuais. Dessa forma cabe ao projetista de ambientes de ensino à distância, aprofundar-se na mensuração dos elementos de percepção que possam funcionar como estimulador das interações. Assim, apresentamos nessa seção, conceitos de percepção, seu emprego dentro de CSCL e exemplos atuais de pesquisas voltadas a melhorar as interações que conduzem à aprendizagem colaborativa por meio de elementos de percepção. Na próxima seção, trazemos a abordagem sobre a classificação dos tipos de percepção, afim também de apresentarmos sobre quais tipos situa-se o foco deste trabalho. 2.2 Tipos de Percepção em CSCL Gutwin, Stark e Greenberg (1995), apresentaram quatro tipos principais de percepção que podem estar envolvidas em uma situação de aprendizagem colaborativa: 1. Percepção social (social awareness); 2. Percepção das tarefas (tasks awareness); 3. Percepção de conceitos (concept awareness) ; 4. Percepção do espaço de trabalho (workspace awareness). Visto que as interações entre alunos e professores e a realização de atividades estão no escopo da percepção social, mantivemos o foco neste tipo de percepção dado sua relevância neste trabalho. Todavia, entendemos que os quatro tipos de percepção são elementares de existir em todo LMS. Assim as sub-seções seguintes, focam no domínio da percepção social.. 11.

(24) 2.2.1. Percepção social e sua importância na aprendizagem online. Gutwin e Greenberg, (1999), Prinz (1999) e Prasolova-Forland e Divitini, (2003) definem percepção social como a percepção sobre o próprio grupo de aprendizagem, sobre as conexões sociais existentes dentro do grupo e as informações de presença e atividades das pessoas envolvidas no ambiente. Envolve conhecer sobre quem é o grupo, qual seu objetivo, quem faz parte dele, quem esta presente, o papel de cada participante, responsabilidades entre outras informações. Este conjunto de informações que o ambiente virtual deve fornecer é algo que é natural e espontâneo em ambientes físicos. Dessa forma é papel dos elementos de percepção social oferecer condições para que isso ocorra dentro do LMS considerando as características do ambiente digital. Um exemplo de alguns elementos de percepção social podemos encontrar no LMS Sakai (Sakai, 2010), na tela principal do aluno, Figura 4.4. Na aba ➊“My Sakai” percebe-se. ➋os cursos ou disciplinas do aluno, ➌colegas de grupo, ➍um seletor de status, ➎informação de caixa de mensagens e ➏identificação de colegas que estão online. Estes elementos devem ser comuns a todo LMS.. Figura 2.4 - Percepção social e das tarefas na tela principal do LMS Sakai. 12.

(25) Segundo Souza Neto (2004), não basta apenas aos LMS oferecer recursos que apóiem a execução das tarefas, é preciso também que eles ofereçam às pessoas a possibilidade de se conhecerem, construírem relações e compreenderem o contexto social em que estão. Contextos sociais são caracterizados pelos esforços constantes dos participantes para coordenar o seu comportamento em relação com o comportamento dos outros (Jürgen, Bodemer, Dehler, e Engelmann, 2009). Isto, por sua vez, favorece a realização de atividades e a construção do conhecimento dentro do grupo de aprendizagem. Sem esses elementos de sinalização dos fenômenos social que ocorrem por meios de um LMS, as interações, as relações inter-pessoais são mínimas ou tendem não existir, e o que se deseja para que a aprendizagem possa fluir, é exatamente o contrário. Esses elementos de percepção, irão trazer aquilo que está implícito nos registros do ambiente como uma forma de dá consciência sobre o sujeito e seus pares, possibilitando a coordenação de suas atividades individuais em relação ao grupo. Assim, quando sabemos quem está presente, suas atividades, sua disponibilidade, tarefas executas entre outras, tem-se pistas que criam uma proximidade virtual (Souza Neto, 2004), que constrói condições para as interações sociais. Na elaboração de elementos de percepção, é necessário definir quais informações serão registradas e o modo como serão apresentadas (Souza Neto, 2004; Alves, 2006). Segundo (Gutwin e Greenberg, 2002), os requisitos que mostram essas informações estão descritos nas questões a seguir: •. Quais informações devem ser fornecidas aos usuários?. •. Onde as informações são geradas e como provê-las?. •. Quem são os usuários e quais suas ações?. •. Quando os eventos ocorrem e quando as informações devem ser apresentadas aos usuários?. •. Como apresentar essas informações?. •. Qual a quantidade de informações que devem ser fornecidas?. 13.

(26) De forma a propor uma classificação geral para os mecanismos de percepção em CSCL, apresentamos, segundo (Gutwin e Greenberg, 2002), (Souza Neto, 2004), (Alves, 2006), (Amelung, Laffey, e Turner, 2007), as cinco categorias a seguir:. •. Quem. Elementos de percepção pertencentes a essa categoria passam uma idéia de presença e de identidade de indivíduos e também de autoria dos objetos, ações e atividades. Dão idéia de quem está ou esteve presente. Age como facilitador da colaboração, à medida que estimula a interação e a comunicação informal entre membros. Portanto, fornecer informações sobre os colegas (foto, telefone, e-mail, redes sociais) é importante para o fortalecimento da noção de grupo (Christ, 2005). Assim, a percepção social apresenta três grupos de informações sobre o aluno de um LMS: Presença – Quem está presente no ambiente? Quem esteve ontem? Identidade – Quem é aquela pessoa? Autoria – Quem realizou ou está realizando esta atividade? Quem é o responsável por aquela parte do trabalho? •. O quê Através dessa categoria de percepção o usuário tem conhecimento sobre ações e. atividades que ocorrem, artefatos e objetos existentes e sobre as intenções e os papéis dos outros usuários no espaço de trabalho. Assim, toma-se conhecimento do que as pessoas estão fazendo e qual papel dessas pessoas no grupo. A percepção das atividades que ocorrem, nesse tipo de ambiente, é muito importante para a coordenação das atividades em grupo, especialmente aquelas que não têm uma estrutura que define suas etapas de realização (Alves, 2006).. 14.

(27) A definição de papéis trata do conjunto de funções, privilégios e responsabilidades que são assumidas pelos usuários, as quais podem ser: professor, tutor, aluno entre outros (Alves, 2006). •. Quando Caballé, Daradoumis, Paniagua, e Xhafa (2005), escrevem que quando os usuários. estão desenvolvendo atividades colaborativas, devem ter sempre a percepção tarefas e atividades, tanto suas como dos outros, no tempo presente e o que fizeram no passado. Assim podemos concluir que é importante considerar quando esses eventos ocorrem e quando devem sem apresentados. Portanto, esta categoria lida com a questão tempo, apresentando informações sobre a ocorrência de evento, tarefa ou atividade, tais como (Alves, 2006): Quem e quando esteve presente, quando aconteceu ou acontecerá o vento , quem alterou o artefato entre outras. •. Onde Dizem respeito a onde as informações geradas são apresentadas. Um fato importante a. considerar neste caso, é que os membros do grupo possam perceber as informações de percepção de modo natural, sem perder o tempo em que poderiam estar colaborando (Christ, 2005). •. Como Uma vez identificados os elementos de percepção, ou seja, os elementos que devem. ser percebidos pelos participantes, o próximo passo é analisar como as informações serão reunidas e distribuídas. Deve-se levar em conta se a informação vai ser explicitamente gerada, direcionada e separada do objeto de trabalho compartilhado; ou passivamente colhida, distribuída e apresentada na interface do sistema (Gerosa, Fuks, e Lucena, 2001). Nesta categoria deve ter cuidado com o volume de informações. Automatizar o provisionamento da percepção permite tomada de decisão eficaz pelos usuários. Isso ocorre porque a atenção de um ser humano é um recurso finito que deve ser otimizado. Entretanto, se a informação dada for muito, pouco, ou mal orientada, os usuários irão agir de forma inadequada ou ser menos eficaz. Com muita informação, os usuários têm de lidar com uma. 15.

(28) sobrecarga que acrescenta-se ao seu trabalho e pode mascarar as informações importantes (Baker, Georgakopoulos, Nodine, e Cichocki, 2006). Também Souza Neto, (2004), os elementos de percepção social apóiam os objetivos de realização de tarefas e atividades colaborativas. Desse modo, dependendo da demanda de atenção exigida dos usuários, os elementos de percepção podem desviá-los de seus objetivos e atividades. Cadiz, Fussell, Kraut, Lerch, e Scherlis (1998), aponta alguns princípios que são seguidos na elaboração dos elementos de percepção: •. Proporcionalidade – Os elementos devem ser projetos de modo que as alterações mais importantes no ambiente registrem maiores alterações na interface do usuário;. •. Apresentação assíncrona – Ao apresentar informações de forma assíncrona é possível reduzir a demanda de atenção sem reduzir a utilidade da informação. Informações apresentadas de forma assíncrona podem ser acessadas a qualquer momento e não demandam tanta atenção se comparadas com as síncronas;. •. Agregação — Deve-se reunir uma grande quantidade de informação em algo mais resumido e organizado, proporcionando uma assimilação mais rápida por parte do usuário. Evita a sobrecarga apresentando um resumo ao invés de cada alteração individual;. •. Decomposição - É o processo inverso da agregação. Pode haver interesse em se enxergar as alterações individuais que se encontram resumidas. Desse modo existe a possibilidade de obter mais ou menos informações de acordo com o interesse do usuário;. •. Personalização - Tendo em vista que os membros de um grupo podem assumir papéis ou exercer atividades diferentes, os mecanismos de percepção devem permitir a definição de critérios para a delimitação do que é de interesse desses membros. Assim, os mecanismos de percepção poderão adequar-se às reais necessidades de cada usuário;. •. Notificação — A interface do sistema pode notificar a ocorrência de eventos importantes por meio de recursos que atraiam a atenção do usuário, como por exemplo, animações ou sons. No entanto, devemos oferecer também uma forma de desligá-los para que não sejam intrusivos.. 16.

(29) A partir das cinco categorias descritas por Gutwin e Greenberg, (2002), e citadas anteriormente, bem como por Souza Neto, 2004 e Alves, (2006), foi considerado que seria necessário manter um histórico de presença no ambiente, bem como saber quem está presente no momento em que algum usuário se conectar ao ambiente. Para essas informações serão utilizados os mecanismos de percepção pertencentes às categorias quem e quando. Também foi considerado necessário que o usuário conectado tenha sempre noção de onde se encontra no ambiente, por exemplo, ele pode estar inscrito em mais de um curso, e o ambiente deve sempre deixar claro qual curso ele está acessando no momento. Para essas informações de contexto e localização, foi utilizada a categoria onde. Além disso, é necessário que um usuário saiba o que está acontecendo no ambiente, que tenha noção de que atividades são desenvolvidas por seus colegas e também que saiba que atividades ele deve realizar e que ações tomar. Essas informações são dadas pelos elementos de percepção da categoria o que. Por fim, devemos dispor a informação de percepção dentro do ambiente de modo que atenda às necessidades do contexto do curso e do aluno, e segundo Pinheiro (2001) deve-se ter o cuidado de uma interface balanceada através de elementos como, ícones ou cores associados a informações específicas, sons, gráficos, resumos textuais ou ainda a combinação destes. Na Tabela 2.1. apresentamos o resumo desta seção. Tabela 2.1- Visão geral das categorias de percepção social. Categoria. Informações de percepção. Questões. Presença (obrigatoriedade). Quem está presente no sistema?. Identidade. Quem é aquela pessoa?. Autoria. Quem é o responsável pela atividade?. Atividades. O que as outras pessoas estão fazendo agora?. Artefatos. Em quais objetos estão trabalhando agora?. Papéis. Qual o papel dessa pessoa no grupo?. Quando. Tempo de geração dos eventos (passado, presente e futuro). Quando um determinado evento ocorre?. Onde. Localização. Onde a pessoa está trabalhando?. Sobrecarga. Como evitar a sobrecarga de informações?. Demanda de atenção. Como apresentar os elementos de percepção sem prejudicar a atenção do usuário na realização de suas tarefas?. Quem. O que. Como. O ponto chave do desenvolvimento dessa questão é o fornecimento eficaz sem causar nem a insuficiência, que poderia deixar os usuários sem um contexto para as suas atividades, nem a sobrecarga, que pode prejudicar os participantes à medida que interrompe o seu. 17.

(30) trabalho e exige atenção excessiva para filtrar as informações de seu interesse (Pinheiro, 2005).. 2.3 Considerações finais sobre o capítulo Este capítulo apresentou uma revisão de literatura acerca da percepção social empregada nos ambientes de gestão de aprendizagem, apontando sua utilização como estimulador incondicional das interações sociais para o processo de aprendizagem colaborativa. Destacamos também que a percepção do contexto das atividades individuais e do grupo, se corretamente empregado é visto como um motivador do aluno a novas interações. Por fim apresentamos uma tabela que resume os aspectos de percepção que devem contemplar um LMS. No próximo capítulo, iremos apresentar a metodologia usada para elicitação dos requisitos deste trabalho.. 18.

(31) 3 Método. Metodologia da pesquisa é um dos alicerces na formação de um pesquisador. Os cientistas têm uma linguagem, não de “chavões” técnicos, mas com objetividade, critério e ética no que se faz, no que se fala e no que se escreve. (Aquino, 2008, p.18).. Segundo Oliveira (2007), pode-se dizer que a metodologia de pesquisa compreende a utilização de métodos e que pressupõe o estabelecimento de procedimentos didáticos, metodológicos e técnicos para ensinar, analisar, conhecer a realidade e produzir novos conhecimentos.. Assim,. nesse. capítulo. estaremos. apresentando. os. procedimentos. metodológicos adotados neste trabalho, considerando-se os seus objetivos e o contexto,no qual a pesquisa foi realizada. Assim, este trabalho tem o objetivo geral conceber elementos de percepção para serem utilizados nas interface Web e Mobile do LMS Amadeus com o propósito de atender a necessidade de informação dos alunos sobre sua participação nas tarefas e atividades. Para tanto, este capítulo apresenta a metodologia de design centrada no usuário utilizada neste trabalho para a elicitação de requisitos de percepção e a proposta de mecanismos de percepção que auxiliem o aluno durante as atividades colaborativas, dê visibilidade de localização dos membros do grupo e do tutor e também auxilie na gestão do tempo. Para tanto, como mostrado na Figura 3.1 o método utilizou as seguintes ações: •. Inicialmente realizamos a pesquisa de campo com o grupo EAD-L da Unicamp e a turma de Administração de Redes Linux a distância da UFLA.. •. Em seguida analisamos os pontos identificados na pesquisa que demonstraram deficiências dos LMS identificados. •. Realizamos a análise de competidores a partir de outros trabalhos cruzando com os LMS que foram identificados na pesquisa.. 19.

(32) Figura 3.1- Visão geral da metodologia adotada.. As seções a seguir descrevem cada uma das ações/técnicas utilizadas na metodologia adotada.. 3.1 Entrevista online Sendo a entrevista online uma possibilidade metodológica da pesquisa qualitativa, ela se define também como uma atividade situada que localiza o observador no mundo. Assim, o pesquisador não precisa mais estar circunscrito a canais convencionais de divulgação de seu trabalho. Qualquer informação pode ser divulgada, desde que haja acesso a uma página na Internet, que pode ser acessada a qualquer momento, em qualquer lugar (Mendes, 2009). Entretanto deve-se ressaltar que este tipo de pesquisa precisa contar com voluntários culturalmente letrados, ainda o fato de que não se pode ter plena convicção na veracidade das respostas dadas. Conta-se então com a postura ética daqueles que se dispuserem a participar. Dentro dessa visão a construção do questionário deve ser tal que permita ao pesquisador identificar os casos de amostras a serem descartadas por falta de credibilidade. Para desenvolvimento e aplicação da pesquisa foi utilizado a ferramenta online Survey Monkey2( Survey Monkey, 2010), Figura 3.2. A entrevista foi denominada “Percepção em ambientes de EAD”. Após a elaboração do questionário, a ferramenta disponibiliza um link 2. http://www.surveymonkey.com. 20.

(33) para divulgação bem como uma ferramenta de relatórios que nos permitiu além da consulta na própria página, também fazer o download dos dados para análise.. Figura 3.2 - Ferramenta Survey Monkey. Com o questionário pronto para ser divulgado, a pesquisa foi iniciada aplicado-o em dois grandes grupos, o primeiro foi dos participantes da lista de discussão em EAD (Ead-l, 2010) e o segundo grupo com alunos do curso de Administração de Redes Linux da Universidade Federal de Lavras-MG (ARL-UFLA, 2010). As razões da escolha desses dois grupos deu-se pela facilidade de contato do pesquisador, visto o mesmo não dispor de outros canais que o atendessem. O primeiro é a maior lista de discussão sobre educação online, é conduzida pela Unicamp e conta com a presença tanto de tutores, alunos, pedagogos, instituições de ensino e designers nessa modalidade. É um grupo com um volume mensal de mais de 150 participações onde se discute sobre as tecnologias existentes e aplicadas na educação online como os problemas existentes. Um fator relevante considerado nesse grupo além da heterogeneidade dos entrevistados e cursos realizados, está também na variedade LMS encontrada, permitindo-nos comprovar a existência de necessidades que são comuns a todos, conforme referencial teórico no capitulo quatro. No segundo grupo foi onde o pesquisador participou como aluno entre 2004 e 2005. Na oportunidade o coordenador e idealizador do curso foi o responsável por divulgar entre os. 21.

(34) alunos atuais sobre a pesquisa passando a eles o link e a justificativa da pesquisa. O LMS utilizado por esse grupo é exclusivamente o Moodle. As questões apresentadas aos alunos foram agrupadas obedecendo a uma estrutura que corrobora com os elementos de percepção mais citados pelos principais pesquisadores na área, buscando-se saber se além da existência de tais elementos, o aluno conseguia percebê-los, e avançamos em descobrir necessidades que os alunos consideram importantes. Buscando também descobrir a avaliação deles quanto aos benefícios que podem quando têm informação sobre seu desempenho, atividades individuais e em relação ao grupo. Para elaboração das questões, tomou-se como referencia o LMS Moodle, visto ser software livre, ter maior número de citações na conferência de CSCL 2009 e ainda ser a maior base instalada em mais de 205 países segundo o próprio projeto. Assim, nas questões iniciais buscou-se coletar se os usuários conseguiam identificar os elementos de percepção – de presença, da tarefa, do espaço de trabalho - os quais sabia-se ter neste ambiente, além detectar as dificuldades ocorridas nas atividades colaborativas, senso de administração do tempo e outros para daí analisar e levantar requisitos que ampliassem a visibilidade ao suporte de percepção do LMS Amadeus. A entrevista foi disponibilizada à Lista EAD-L a partir de 21 de janeiro e para a UFLA só conseguimos em 25 de fevereiro. Obtivemos um total de 80 respostas até 25 de Fevereiro, não havendo mais até o momento. Destes, quatro foram descartados, os quais pertenciam ao grupo da Lista EAD-L, por terem preenchido a identificação inicial com apenas um caractere em cada campo, assim como as respostas discursivas. A análise foi então realizada com 75 entrevistas sendo 48 da Lista EAD-L e os 27 restantes do grupo da ARL UFLA. Estes 2 grupos apresentam duas características marcantes, a primeira é relacionada ao LMS utilizado e ao tipo de curso no qual o aluno participou. Quanto à primeira característica, os grupos da Lista EAD-L por ser uma lista aberta, os participantes são de diversas instituições, o que refletiu na coleta de uma diversidade de LMS e cursos diferentes, dandonos assim uma maior granularidade para análise, já no grupo ARL UFLA trata-se de um grupo homogêneo quanto ao ambiente, que é o Moodle, e o curso, Administração de Redes Linux.. 22.

(35) 3.2 Análise de competidores A análise de competidores é uma técnica de IHC (Interação Homem Computador) que consiste em avaliar produtos existentes para coletar guidelines, princípios e boas práticas de design para construção de um novo sistema (Borchers, 2000). Dessa forma, através da identificação desses elementos podemos identificar as características e funcionalidades úteis que devem ser mantidas no projeto do novo sistema e aquelas que devem ser evitadas. Segundo Alves (2005), a análise de competidores é útil para: 1. Levantar requisitos; 2. Identificar e avaliar os pontos fortes e fracos de produtos competidores; 3. Reutilizar experiências de design; e 4. Colaborar com a especificação funcional de novos sistemas. Além disso, Maguire (2001) e Nielsen (1993) destacam que a análise de competidores também pode auxiliar na identificação de potenciais problemas de usabilidade. Porém, neste trabalho, não foi objetivo da análise identificar problemas de usabilidade. O objetivo da análise de competidores foi de através dos principais sistemas encontrados, identificar e verificar o que oferecem em termos de percepção, bem como seus pontos fortes e fracos. Os tipos de percepção apresentados no capítulo 2 foram utilizados no processo de análise, isto é, em cada LMS foram identificados os mecanismos de percepção e destacados pelo tipo de percepção que se apóiam. Na seção 4.2.4, as informações coletadas sobre os sistemas foram organizadas em um quadro, que apresenta o que sistema oferece em termos de percepção social e de tarefas aos usuários. Por fim, resultante das informações coletadas dos competidores, é listado um conjunto de requisitos de percepção importantes no que tange a aumentar a motivação do aluno segundo o referencial teórico. Na análise, para facilitar a identificação dos mecanismos de percepção, utilizamos nas figuras de cada LMS marcadores numéricos nas ocorrências consideradas relevantes para este trabalho.. 23.

(36) 3.3 Prototipagem de Telas Os protótipos de baixa fidelidade são aqueles que não se assemelham com o produto final (Rogers, Sharp e Preece 2002). Estes protótipos são úteis para a exploração e testes na fase inicial de desenvolvimento do sistema. São protótipos simples, baratos e de fácil produção e alteração facilitando deste modo a exploração e teste de idéias. Estes tipos de protótipos nunca são desenvolvidos com o objetivo de serem incorporados no produto final. Na prototipagem de baixa fidelidade alguns dos principais compromissos estabelecidos são: o sistema não funciona e o protótipo não se assemelha com o sistema final. Neste trabalho, serão apresentados protótipos simples de tela, mostrando apenas onde os mecanismos de percepção devem ser inseridos no contexto do ambiente LMS Amadeus. Para a prototipação de telas utilizamos o software Balsamiq Mockups, que é uma aplicação desenvolvida em Flash e roda sobre o AIR da Adobe, o que permite rodar em múltiplas plataformas Neste capítulo apresentamos a descrição metodológica utilizada neste trabalho e as diversas técnicas que auxiliaram a etapa de elicitação de requisitos.. 24.

(37) 4 Resultados Este capítulo apresenta e discute os resultados obtidos a partir da análise dos dados coletados, referentes tanto à análise de competidores quanto entrevista e bem como no referencial teórico, visando atingir o objetivo dessa pesquisa de identificar requisitos que orientem a proposta de mecanismos de percepção que auxiliem na gestão de tarefas. Dividimos este capítulo em duas partes: os resultados obtidos da entrevista realizada com alunos de EAD e da análise de competidores dos sistemas LMS. Em cada uma destas seções assinalamos os requisitos levantados com o indicador [REQ_ PERCEP] e no final da seção apresentamos uma listagem geral dos requisitos obtidos com a aplicação da respectiva técnica. 4.1 Necessidades de percepção encontradas na entrevista Dado a heterogeneidade entre os dois grupos entrevistados, Lista EAD-L e ARL UFLA, conforme exposto na seção 4.1 do capítulo quatro, cabe aqui uma análise prévia de cada um deles, antes de chegarmos a uma visão geral. O grupo da UFLA, por exemplo, utiliza um único LMS, o Moodle, assim como o curso no qual os alunos fazem, logo as respostas tendem ser muito semelhantes. Por outro lado o outro grupo apresenta uma variedade de ambiente e curso, e isto nos fez propor uma análise separada afim de identificar alguma tendência ou constatar necessidades comuns. Com o início da análise dos dados coletados, identificamos características que nos levaram a entender que os resultados aqui obtidos talvez não possam ser considerados para qualquer usuário de LMS. O perfil dos usuários que participaram da pesquisa é de pessoas com a faixa etária entre 23 a 66 anos, onde 74% deles já tinham graduação, assim tratando-se de indivíduos com maior probabilidade de adaptação em tais ambientes. Dessa forma partimos do princípio que a validação deste trabalho ocorrerá considerando-se sua aplicação para este perfil de usuários. 4.1.1. Análise dos entrevistados do grupo Lista EAD-L. Para este grupo o objetivo inicial foi identificar o LMS utilizado pelo participante para a partir desse ponto obtermos dados que trouxessem informações da visão do aluno sobre o ambiente. Como o LMS usado com referencia para criar as cinco primeiras questões, o objetivo foi saber se o ambiente que ele usou oferecia elementos de percepção de presença, localização, atividades, tarefa e tempo.. 25.

(38) A entrevista com os participantes desse grupo nos permitiu algumas observações quanto a estatísticas como a média de idade que é de 40 anos, o Moodle é o LMS que aparece como mais utilizado num total de 54%, em segundo lugar ficou o Aulanet com 17%. Esse dado confirma a demanda de trabalhos de pesquisa que tem tomado o Moodle com referencia. Com primeiro grupo entrevistado, conseguimos capturar os seguintes elementos de percepção: Percepção de presença (REQ_PERCEP01) – Todos os alunos tiveram no seu sistema algum tipo de indicação da presença dos colegas e vêm esses requisitos como indispensável. Percepção da tarefa (REQ_PERCEP02) – Através dessa percepção os alunos os poderão saber o que os outros estão fazendo e onde estão trabalhando. Esse é um tipo de percepção difícil de exibir, devido a dificuldade atual de se registrar em tempo real e imediatamente exibir ao aluno. Quando o aluno está trabalhando no chat ou no fórum esse registro torna-se mais evidente, pois são módulos onde ele efetua registros. Para este tipo de percepção foram dadas manifestações na entrevista que corroboram com o referencial no capítulo 4 seção 4.2 onde pesquisadores como Laffey, Hong, Galyen, Goggins, e Amelung, (2008) falam a cerca da motivação. Nessas constatações tivemos 67,3% dos entrevistados classificando como muito importante ter a percepção das atividades individuas e em relação ao grupo como agente motivacional, dos quais recortamos comentários3 4 interessantes a respeito: Entrevistado 3 - “Muito se o progresso fosse meu, no caso do grupo, não me afetaria.” Entrevistado 5 - “ Isso é vital.” Entrevistado 9 - “Ajuda sim lhe passa a idéia de realmente estar dentro de sala aula.” Entrevistado 18 - “Não sei se seria exatamente a motivação, mas me ajuda a me organizar no tempo para realizar as atividades dentro do prazo.” Entrevistado 20 - “Tenho comentado isso diante de reuniões que um gráfico de desempenho ajudaria muito!” Entrevistado 33 - “Como a aprendizagem tb é colaborativa, vc nunca sabia se estava agindo certo ou não.” 3 Nesta questão o entrevistado tive que fazer uma escolha entre as opções muito, pouco ou indiferente, já o comentário não era obrigatório.. 4 A fim de garantir a autenticidade dos comentários, mantivemos a grafia e a formatação usadas pelos entrevistados.. 26.

(39) Entrevistado 37 - “Acho que sim por um lado, pq pode-se fazer uma auto-avaliação de desempenho mas, por outro pode gerar ansiedade por não estar no mesmo ritmo.” Entrevistado 47 - “o Sistema ead ainda torna os alunos frios e distantes.” Entrevistado 50 - “É como estivesse em uma sala de aula presencial entrando em contato com as avaliações feitas por todos.” Entrevistado 51 - “As atividades dos outros servem como parâmetro para as nossas, além de fornecer motivação.” O acompanhamento das atividades é um recurso muito comum na interface do tutor, ficando o aluno, quando muito, restrito, a saber, apenas sua nota. Dos participantes 44%, disseram que o ambiente o qual utilizaram, não oferecia qualquer forma que ele pudesse visualizar seu progresso em tarefas ou participações. Na Figura 4.1 é possível ver a representação gráfica da importância dada para esse requisito.. Figura 4.1 - Gráfico da entrevista sobre a possibilidade de motivação através da percepção das atividades. Percepção do tempo (REQ_PERCP04) - No contexto de atender a necessidade do aluno perceber o progresso de suas atividades um fator a ser considerado é a questão tempo,. 27.

Referências

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