ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

B O L E T I M ELEITORAL

ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

(Decrete n 21.076, de 24 de fevereiro de 19.52)

ANO II RIO DE JANEIRO, 3 DE JUNHO DE 1933 N. 101

T R I B U N A L S U P E R I O R D E J U S T I Ç A E L E I T O R A L

D a t a da i n s t a l a ç ã o — 20 de m a i o de 1932.

Presidente — M i n i s t r o H e r m e n e g i l d o R o d r i g u e s de B a r r o s . V i c e - p r e s i d e n t e — M i n i s t r o J o s é S o r i a n o de Souza F i l h o . P r o c u r a d o r G e r a l — Desembargador Renato de C a r v a l h o T a -

vares .

Juizes efetivos — M i n i s t r o J o ã o M a r t i n s de C a r v a l h o M o u r â o , e desembargador J o s é L i n h a r e s , D r s . Affonso P e n n a J ú - nior, P r u d e n t e de Moraes F i l h o e F r a n c i s c o C a r n e i r o M o n t e i r o de S a l l e s .

Juizes substitutos — M i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e P l i n i o Casado; desembargadores L e o p o l d o de L i m a e A r t h u r Collares M o r e i r a ; D r s . J o s é M i r a n d a V a l v e r d e , L e v i F e r n a n d e s Carneiro, A l c e u de A m o r o s o L i m a e J o ã o G . da Rocha C a b r a l .

N O T A S — O m i n i s t r o J o s é S o r i a n o de Souza F i l h o acha-se licenciado, estando s u b s t i t u í d o pelo m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a , assim como o D r . P r u d e n t e de Moraes F i l h o , que e s t á s u b s t i t u í d o pelo D r . J o s é M i r a n d a V a l v e r d e .

MINISTÉRIO PÚBLICO

P r o c u r a d o r geral v a r e s .

Desembargador Renato de C a r v a l h o T a -

PROCÜRADORES REGIONAIS :

A c r e — D r . Severino A l v e s de Souza Amazonas — D r . R i c a r d o A m o r i m .

P a r á — D r . A l c i n d o Comba do A m a r a l C a n c e l l a . . • M a r a n h ã o — D r . R o m u a l d o C r e p o r y B a r r o s o F r a n c o .

P i a u í — Desembargador F r a n c i s c o P i r e s de C a s t r o . C e a r á — D r . Moraes C o r r ê a .

Rio Grande do Norte — D r . M i g u e l Seabra F a g u n d e s . P a r a í b a — D r . F l o d o a r d o L i m a da S i l v e i r a .

P e r n a m b u c o — D r . D o m i n g o s V i e i r a . Alagoas — D r . J o s é H e l v é c i o de S o u z a .

Sergipe — D r . Octavio Gomes Cardoso.

B a í a — D r . T h o m a z Garcez P a r a n h o s Montenegro J ú n i o r . E s p i r i t o Santo — D r . B a r r o s W a n d e r l e y .

D i s t r i t o F e d e r a l — D r . A n t ô n i o F e r n a n d e s J ú n i o r . Rio de J a n e i r o — D r . A n t ô n i o Cardoso C o t r i m da S i l v a .

São P a u l o — D r . P l i n i o B a r r e t o . P a r a n á — D r . P i n h e i r o L i m a . Santa C a t a r i n a — D r . J o s é B o i t e u x . Rio Grande do S u l — D r . Oswaldo C a m i n h a . Minas Gerais — D r . O r o z i m b o Nonato da S i l v a . Mato Grosso — D r . A l f e u Rosas M a r t i n s . Goiaz — D r . Rodolpho L u z V i e i r a .

Secretaria da P r o c u r a d o r i a G e r a l de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 24 de m a i o de 1933. — Aprigio de Carvalho Rodrigues dos Anjos, s e c r e t á r i o . — V i s t o , Renato Tavares, p r o c u r a d o r g e r a l .

S U M Á R I O

I — Atas do Tribunal Superior:

1. 3

sessão extraordinária, em 10 de maio< de 1933.

2. 37

sessão ordinária, em 12 de maio de 1933.

3. 3 8

sessão ordinari a, em 16 de maio de 1933.

4. 3 9

sessão ordinária, em 19 de maio de 1933.

5. 40

sessão ordinária, em 23 de maio de 1933.

II — J u r i s p r u d ê n c i a do Tribunal Superior:

1. Processo n.

2. Processo n.

3 . Processo n.

445 — Rio de Janeiro.

453 — Distrito Federal.

497 — Baía.

III — Editais e avisos:

T R I B U N A L S U P E R I O R DE J U S T I Ç A E L E I T O R A L

ATAS

3

S E S S Ã O E X T R A O R D I N Á R I A , E M 10 D E M A I O D E 1933 PRESIDÊNCIA DO SR. MINISTRO H E R M E N E G I L D O DE BARROS, P R E -

SIDENTE ' . . .

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e aprova- ção da ata da s e s s ã o anterior, assim como publi- c a ç ã o dos a c ó r d ã o s referentes aos processos nela julgado; 3) Julgamento do "habeas-corpus" n. 9

— Santa Catarina — paciente, Dr. Claribalte Gal- vâo; 4) Leitura e a p r o v a ç ã o do projeto das Instru- ç õ e s para acelerar o s e r v i ç o de a p u r a ç ã o do plei- to da Constituinte; 5) Julgamento do processo n. 484 — Rio de Janeiro — sobre o direito de voto dos juizes substitutos do T . R . , quando convocados, para o s e r v i ç o de a p u r a ç ã o ; 6) J u l - gamento do processo n. 478 — P a r á — sobre a validade dos votos de militares que n ã o obtiveram t r a n s í e r e n c i a de seus t í t u l o s eleitorais; 7) J u l - gamento do processo n. 472 — P a r a í b a — sobre si os votos avulsos dados em primeiro turno aos candidatos de lista registrada s ã o contados para o fim de se apurar o quiociente eleitoral des- ses candidatos; 8) Encerramento da s e s s ã o . I "

A's nove horas, presentes os j u i z e s : m i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e C a r v a l h o M o u r ã o , desembargadores J o s é L i n h a r e s e Renato Tavares, doutores AfTonso P e n n a J ú n i o r e M i r a n d a V a l v e r d e , tendo deixado de comparecer com causa j u s t i f i c a d a

o S r . M o n t e i r o de Sales, abre-se a s e s s ã o . E ' l i d a e, sem

debate, a p r o v a d a a ata da s e s s ã o anterior, a s s i m como p u -

blicados os a c ó r d ã o s julgados nessa mesma s e s s ã o . O S E -

N H O R C A R V A L H O MOURÃO r e l a t a o habeas-corpus n . 9, de

C a t a r i n a , em que é paciente e impetrante C l a r i b a r t e G a l v ã o ,

e vota no sentido de n ã o se tomar conhecimento do pedido

p o r n ã o estar em jogo a liberdade de l o c o m o ç ã o , n ã o sendo,

portanto, m a t é r i a que possa ser r e s o l v i d a p o r habeas-corpus.

O T r i b u n a l n ã o toma conhecimento do pedido, contra o voto do Sr. J o s é L i n h a r e s , que dele conhecia, mas negava a ordem.

O S R . A F F O N S O P E N N A JÚNIOR apresenta as i n s t r u ç õ e s que devem ser enviadas ao Governo, as quais f o r a m organizadas pela c o m i s s ã o nameada para examinar os meios de acelerar o processo de a p u r a ç ã o das e l e i ç õ e s realizadas a 3 do c o r - r e n t e . D e p o i s de discutidas as i n s t r u ç õ e s , s ã o elas a p r o v a - das unanimemente, tendo os S r s . C a r v a l h o M o u r ã o e Renato Tavares declarado que f a z i a m apenas r e s t r i ç õ e s quanto a i n c l u s ã o de j u i z e s nas t u r m a s apuradoras, a l é m do que as p r e s i d e . O S R . EDUARDO E S P I N O L A r e l a t a o processo n . 484 (do Estado do R i o de Janeiro, r e p r e s e n t a ç ã o dos j u i z e s subs- titutos do T r i b u n a l Regional contra a d e l i b e r a ç ã o do mesmo T r i b u n a l que lhes negou o d i r e i t o de v o t o ) , e v o t a no sentido de que os j u i z e s substitutos, quando convocados p a r a os trabalhos de a p u r a ç ã o , mesmo que n ã o estejam s u b s t i t u i n d o a l g u m m e m b r o efetivo, t ê m d i r e i t o de t o m a r parte n a d i s - c u s s ã o e v o t a ç ã o nas s e s s õ e s do T r i b u n a l , mas somente quando se t r a t a r de assunto referente á a p u r a ç ã o . E ' aceito o voto do relator, c o n t r a os dos S r s . Affonso P e n n a J ú n i o r e M i r a n d a V a l v e r d e , que entendem que os j u i z e s substitutos que n ã o s u b s t i t u í r e m j u i z efetivo, só t ê m voto nas t u r m a s a p u r a d o r a s de que fazem p a r t e . O S R . C A R V A L H O MOURÃO relata o processo n . 478 (do P a r á , sobre a v a l i d a d e dos votos de m i l i t a r e s que n ã o o b t i v e r a m t r a n s f e r e n c i a de seus t í t u l o s e l e i t o r a i s ) , e vota no sentido de n ã o se t o m a r conhe- cimento da consulta por estar pendente de d e c i s ã o do T r i - b u n a l Regional, e dever s u b i r a T r i b u n a l S u p e r i o r como recurso e n ã j como c o n s u l t a . O voto do r e l a t o r ó u n a n i m e - mente a c e i t o . O S R . JOSÉ L I N H A R E S r e l a t a o processo n . 472

(da P a r a í b a , sobre si os votos avulsos dados em p r i m e i r o t u r n o aos candidatos de l i s t a registrada s ã o contados p a r a o f i m de se a p u r a r o quociente e l e i t o r a l desses candidatos), e v o t a no sentido de ser respondida a f i r m a t i v a m e n t e á c o n - s u l t a . E ' aceito o voto do relator u n a n i m e m e n t e . O SENHOR PRESIDENTE d e c l a r a que tendo sido votadas as medidas n e - c e s s á r i a s ao aceleramento do processo de a p u r a ç ã o , p a r a o que foi esta s e s s ã o e x t r a o r d i n á r i a convocada, e alguns p r o - cessos que submeteu a julgamento p o r se t r a t a r de m a t é r i a urgente, encerra a s e s s ã o . L e v a n t a - s e a s e s s ã o ás dez horas e dez m i n u t o s .

N O T A — As I n s t r u ç õ e s aprovadas nesta s e s s ã o , vieram a ser aprovadas pelo decreto n 22 695, de 10 de maio de 1933 e se acham publicadas no "Boletim Eleitoral" n. 97, de 24-5-1933.

37» S E S S Ã O ORDINÁRIA, E M 12 D E M A I O D E 1933 PRESIDÊNCIA DO S R . MINISTRO HERMENEGILDO DE BARROS, P R E -

SIDENTE

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e aprova- ção da ata da s e s s ã o anterior; 3) P u b l i c a ç ã o dos a c ó r d ã o s referentes aos processos ns. 472, 478 e 484 e "habeas-corpus" n. 9; 4) I n t e r p r e t a ç ã o do disposto no art. 1° das I n s t r u ç õ e s aprova- das pelo decreto n. 225.695, sobre magistrados em e x e r c í c i o efetivo nas turmas apuradoras;

5) Julgamento do Recurso Eleitoral n. 26 — P i a u í ; 6) Julgamento do Recurro Eleitoral nu- mero 27 — M a r a n h ã o ; 7; Julgamento do pro- cesso n. 469 — Rio Grande do Sul — sobre o modo de se proceder quanto a a p u r a ç ã o de votos impugnados e quanto ao prazo para a inter- p o s i ç ã o dos recursos das d e c i s õ e s das turmas apuradoras; 8) Julgamento do processo n. 473

— Rio Grande do Sul — sobre o modo de utili- zar os modelos ns. 25 A e 25 D — Convertido em diligencia; 9) Julgamento do processo nu- mero 476 — Espirito S a n t o - C e a r á — sobre si p ô d e organizar maior numero de turmas apu- radoras e si, para isso, é n e c e s s á r i o novo sor- teio; 10) Julgamento do processo n. 487 — M i - nas Gerais — sobre a i n t e r r u p ç ã o dos trabalhos de a p u r a ç ã o , afim de poder funcionar a C â m a r a Criminal do Tribunal de R e l a ç ã o do Estado;

11) Encerramento da s e s s ã o .

A's nove horas, presentes os j u i z e s : m i n i s t r o s E d u a r d o E s p m o l a e C a r v a l h o M o u r ã o , desembargadores J o s é L i n h a r e s e Renato T a v a r e s , doutores Affonso P e n n a J ú n i o r , M o n t e i r o de Sales e M i r a n d a V a l v e r d e , sete, abre-se a s e s s ã o . E ' l i d a e, sem debate, a p r o v a d a a ata da s e s s ã o a n t e r i o r . S ã o p u - blicados os a c ó r d ã o s referentes aos processos n s . 478, 484, 472 e habeas-corpus n . 9. O S R . J O S É L I N H A R E S, no e x p e - diente, p r o p õ e que o T r i b u n a l f i x e n o r m a u n i f o r m e sobre a o r g a n i z a ç ã o das t u r m a s apuradoras, pois o r e c e n t e decreto n . 22.695, que a p r o v o u as p r o v i d e n c i a s s u g e r i d a s p e l o T r i - b u n a l e s t á sendo interpretado, de modo a s e r dada p r e f e -

rencia a c o n v o c a ç ã o de magistrados p a r a a c o m p o s i ç ã o das t u r m a s apuradoras, quando se p r o c u r o u e v i t a r essa c o n v o - c a ç ã o , no i n t u i í o de n ã o p e r t u r b a r a j u s t i ç a o r d i n á r i a . O SR. C A R V A L H O MOURÃO diz que estava c o n v e n c i d o ter sido essa a i n t e n ç ã o do T r i b u n a l a u t o r i z a r a c o n v o c a ç ã o dos j u i - zes, tanto que v o t a r a com r e s t r i ç õ e s nesta parte, por enten- der que é inconveniente tal c o n v o c a ç ã o . O S r . Affonso Penna J ú n i o r esclarece a i n t u i t o do a r t . I

do recente decreto sobre a o r g a n i z a ç ã o de t u r m a s apuradoras, que foi justamente o de e x c l u i r os magistrados em efetivo e x e r c í c i o dos t r a b a - lhos da a p u r a ç ã o , tanto assim que deu unicamente ao p r e s i - dente da t u r m a a a t r i b u i ç ã o de d i r i m i r as duvidas s u s - citadas, porque somente o presidente é u m magistrado, j u i z efetivo ou substituto do T r i b u n a l R e g i o n a l . O T r i b u n a l u n a - n i m e m e n t e resolve que sejam expedidas i n s t r u ç õ e s no sen- tido de que n ã o podem ser convocados magistrados p a r a a c o m p o s i ç ã o das t u r m a s apuradoras, a n ã o ser os aposenta- dos ou em d i s p o n i b i l i d a d e . O S R . C A R V A L H O MOURÃO r e l a t a o recurso e l e i t o r a l n . 26, do P i a u í , em que é recorrente Á l - v a r o M o n t e i r o da C u n h a e r e c o r r i d o o T r i b u n a l Regional desse Estado, e vota, de acordo c o m o parecer do p r o c u r a d o r geral, no sentido de ser negado p r o v i m e n t o ao recurso, p a r a c o n f i r m a r a d e c i s ã o r e c o r r i d a , pela sua c o n c l u s ã o , v i s t o n ã o h a v e r recurso do despacho de q u a l i f i c a ç ã o " e x - o f f i c i o " . O T r i b u n a l u n a n i m e m e n t e nega p r o v i m e n t o ao r e c u r s o . O S E - NHOR JOSÉ L I N H A R E S r e l a t a o r e c u r s o e l e i t o r a l n . 27, do M a r a n h ã o , em que ó recorrente o delegado do P a r t i d o S o c i a -

l i s t a e r e c o r r i d o o T r i b u n a l Regional desse Estado e vota, de acordo com o parecer do p r o c u r a d o r geral, no sentido de n ã o se t o m a r conhecimento do recurso por n ã o se achar devidamente i n s t r u í d o . O T r i b u n a l n ã o tomou conhecimento do r e c u r s o , u n a n i m e m e n t e . O S R . MONTEIRO DE S A L E S r e l a t a o processo n . 469 (do R i o G r a n d e do S u l , sobre p r o v i d e n c i a do T r i b u n a l Regional r e l a t i v a aos votos impugnados e sobre o prazo p a r a o r e c u r s o apresentados durante a a p u r a ç ã o ) , e v o t a no sentido de que seja a p r o v a d a a p r o v i d e n c i a ado- tada pelo T r i b u n a l R e g i o n a l p o r estar de acordo com as I n s t r u ç õ e s , e que o prazo p a r a i n t e r p o s i e ã o do recurso de que t r a t a o § 2° do a r t . 46 das I n s t r u ç õ e s é de 48 horas, tal como f i c a r a determinado pelo T r i b u n a l S u p e r i o r . A m b a s as c o n c l u s õ e s do r e l a t o r s ã o aceitas u n a n i m e m e n t e . O SENHOR R E N A T O T A V A R E S r e l a t a o processo n . 473 (do R i o G r a n d e do Sul, sobre o modo de u t i l i z a r os modelos 25 A e 25 D ) , e vota no sentido de ser pedido ao consulente que e s c l a r e ç a m e l h o r q u a l a d ú v i d a a ser r e s o l v i d a . E ' unanimemente, aceito o voto do r e l a t o r . O S R . MONTEIRO DE S A L E S r e l a t a o processo n . 476 (do E s p i r i t o Santo e C e a r á , sobre si podem ser o r g a - nizadas m a i o r n ú m e r o de t u r m a s e s i p a r a isso é n e c e s s á r i o novo s o r t e i o ) , e v o t a no sentido de que, quanto ao E s p i r i t o Santo, pode o T r i b u n a l R e g i o n a l d i v i d i r - s e em tres turmas apuradoras de dois j u i z e s cada u m a , fazendo novo sorteio p a r a isso, e, quanto ao C e a r á , que se responda que, si o Estado t i v e r menos de cem s e c ç õ e s eleitorais e s t á p r e j u d i - cada a consulta, em v i s t a do q u e . d i s p õ e o recente decreto n . 22.695, que só se a p l i c a á s r e g i õ e s que t ê m mais de cem s e c ç õ e s e l e i t o r a i s . O voto do r e l a t o r é u n a n i m e m e n t e aceito.

O S R . R E N A T O T A V A R E S r e l a t a o processo n . 487 (de M i n a s Gerais, sobre a i n t e r r u p ç ã o dos trabalhos de a p u r a ç ã o ás sextas-feiras, a f i m de poder f u n c i o n a r a c â m a r a c r i m i n a l do T r i b u n a l da R e l a ç ã o ) , e v o t a no sentido de n ã o ser aprovada essa d e c i s ã o . O T r i b u n a l resolve que se deve responder no sentido de que as d i f i c u l d a d e s apontadas n ã o devem ser r e m o v i d a s c o m i n t e r r u p ç ã o da a p u r a ç ã o , mas com as m e d i - das adotadas nas I n s t r u ç õ e s p a r a a o r g a n i z a ç ã o e f u n c i o n a - mento das t u r m a s apuradoras, c o n t r a os votos do r e l a t o r P do S r . C a r v a l h o M o u r ã o . O S r . presidente designa o senhor E d u a r d o E s p i n o l a p a r a l a v r a r o a c ó r d ã o . P e l o adeantado da h o r a , o S r . presidente declara encerrada a s e s s ã o . L e v a n - ta-se a s e s s ã o á s onze horas e v i n t e o cinco m i n u t o s .

38» S E S S Ã O O R D I N Á R I A , E M 16 D E MATO D E 1933 PRESIDÊNCIA DO S R . MINISTRO H E R M E N E G I L D O DE BARROS, P R E -

SIDENTE

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e apro-

ç ã o da ata da s e s s ã o anterior e p u b l i c a ç ã o dos

a c ó r d ã o s referentes aos processos ns. 469, 473,

476 e 487 e recursos ns. 26 e 27; 3) Projeto

sobre a reabertura do alistamento, elaborado

pela c o m i s s ã o ; 4) Julgamento do "habeas-cor-

pus" n. 10 — Santa Catarina — paciente, o dou-

tor Claribalte G a l v ã o ; 5) Julgamento do proces-

so n. 492 — P a r a n á e outros — sobre o funcio-

namento das turmas apuradoras, pelo re-

gime anterior ao decreto n. 22.627 e em nume-

ro inferior ao determinado no decreto n. 22.695;

Sábado 3 BOLETIM ELEITORAL Maio de 1933 2211

6) Julgamento do processo n. 493 — sobre o mo- do de s u b s t i t u i ç ã o dos juizes do Tribunal Regio- nal (prejudicada); 7) Julgamento do processo n. 480 — Santa Catarina — sobre a remunera- ção dos juizes do T . R . durante os trabalhos de a p u r a ç ã o ; 8) Leitura d3 um oficio urgente do T . R . do Distrito Federal, sobre o D r . Jona- thas Serrano, juiz substituto do T . R . , que pede dispensa e cuja a u s ê n c i a e s t á impedindo o fun- cionamento de uma das turmas apuradoras 9) Julgamento do processo n. 494 — Espirito Santo -— sobre o pagamento do subsidio dos jui- zes do T . R . a l é m de nove s e s s õ e s mensais;

1.0) Julgamento do processo n. 479 - —• Santa C a - tarina — sobre a s u s p e n s ã o das s e s s õ e s o r d i n á - rias do Tribunal Regional, durante os trabalhos de a p u r a ç ã o ; 11) Julgamento do processo n. 477

— sobre a a p u r a ç ã o de s e c ç õ e s eleitorais onde o numero de sobre-cartas n ã o conferir com o de eleitores declarado na ata pelo presidente da mesa receptora; 12) Julgamento do processo nu- mero 482 — Espirito Santo — sobre a validade dos votos contidos em sobre-cartas diferentes e com o timbre da Prefeitura; 13 Julgamento do processo n. 489 :— sobre o processo a ser re- gulado nos recursos das d e c i s õ e s das turmas apuradoras (adiado); 14) Julgamento do proces- so n. 491 — Espirito Santo — sobre o modo de ser calculado o quocicnte eleitoral; 15) Julga-

• mento do processo n. 485 — I, sobre si os mem- bros das turmas apuradoras podem tomar parte no julgamento dos recursos interpostos das d e c i s õ e s das turmas apuradoras; II — sobre a validade de e l e i ç ã o procedida perante mesa receptora, presidida por f u n c i o n á r i o demissivel "ad nutum"

e III — sobre a validade de e l e i ç õ e s encerradas antes das 3 8 horas; 16) Julgamento do processo n. 495 — P i a u í — sobre o modo de serem apu- radas as c é d u l a s p a r t i d á r i a s e avulsas; 17) J u l - gamento do processo n. 490 — Espirito Santo —.

sobre a validade dos votos dados em sobre-cartas não completamente opacas; 18) Julgamento do processo n. 483 —. Espirito Santo — sobre a va- lidade da e l e i ç ã o quando a ata n ã o declarar a hora exata do inicio da v o t a ç ã o ; 19) Encerra- mento da s e s s ã o .

A ' s nove horas, presentes os j u i z e s : m i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e C a r v a l h o M o u r ã o , desembargadores J o s é L i n h a r e s e Renato Tavares, doutores Affonso P e n n a J ú n i o r , M o n t e i r o de Sales e M i r a n d a V a l v e r d e , abre-se a s e s s ã o . E ' l i d a e, sem debate, aprovada a ata da s e s s ã o a n t e r i o r . S ã o p u b l i -

^ cados os a c ó r d ã o s referentes aos recursos n . 2 6 e 27, p r o - cessos n s . 469, 473, 476 e 4 8 7 . O S R . C A R V A L H O MOURÃO envia á mesa o projeto organizado p e l a c o m i s s ã o e n c a r r e - gada de estudar as medidas n e c e s s á r i a s á r e a b e r t u r a do a l i s - tamento. O S r . presidente declara que v a i m a n d a r i m p r i - m i - l o e d i s t r i b u i r pelos j u i z e s p a r a poder s u b m e t ê - l o á d i s - c u s s ã o . O S R . JOSÉ L I N H A R E S r e l a t a o habeas-corpus n . 10, de Santa C a t a r i n a , em que é paciente e i m p e t r a n t e o doutor Claribalte G a l v ã o , e v o t a no sentido de n ã o se tomar conhe- cimento do pedido p o r n ã o ser caso de habeas-corpus. O T r i b u n a l , unanimemente, n ã o toma conhecimento do p e d i d o . O S n . CARVALHO MOURÃO r e l a t a o processo n . 492 (do P a r á , P a r a n á , Santa C a t a r i n a o outros Estados, sobro a o r g a n i z a ç ã o de t u i m a s a p u r a d o r a s ) , e v o t a no sentido de que se responda a cat i u m dos consulentes que o T r i b u n a l a u t o r i z a a que sejam tomadas as medidas a l v i t r a d a s , quanto á c r e a ç ã o de novas turmas, manter-se o r e g i m e a n t e r i o r ou crear t u r m a s em n ú m e r o i n f e r i o r a dez o que seja o m i n i s t r o - p r e s i d e n t e do T r i b u n a l S u p e r i o r a u t o r i z a d o a responder á s consultas i d ê n t i c a s , consoante ao r e s o l v i d o no presente processo. E ' unanimemente aceito o voto do r e l a t o r . A i n d a sobre o mesmo assunto, p r o p õ e o r e l a t o r que se responda ao oficio do presidente do T r i b u n a l R e g i o n a l de M i n a s G e r a i s no s e n -

tido de ser o mesmo autorizado a o r g a n i z a r m a i s doze t u r - mas, a l é m das oito j á organizadas, logo que isso seja neces- s á r i o , mas que a p r e s i d ê n c i a dessas t u r m a s deve caber s e m - pre a u m magistrado aposentado, em d i s p o n i b i l i d a d e ou mesmo em efetivo e x e r c í c i o , ou m e m b r o do M i n i s t é r i o P ú - b l i c o . E ' a proposta aprovada u n a n i m e m e n t e . O S R . JOSÉ L I N H A R E S relata o processo n . 493 (de M i n a s G e r a i s , sobre o modo de s u b s t i t u i ç ã o dos j u i z e s do T r i b u n a l R e g i o n a l i m - pedidos), e v o t a no sentido de que e s t á em p a r t e p r e j u d i c a d a

a consulta, em v i s t a da s o l u ç ã o dada á de n . 492, e que quanto á vaga do S r . P e d r o A i e i x o , deve-se representar ao Governo sobre a c o n v e n i ê n c i a de p r e e n c h ê - l a c o m brevidade.

O voto do r e l a t o r é aceito u n a n i m e m e n t e . O S R . RENATO TAVARES relata o processo n . 480 (de Santa C a t a r i n a , sobre a r e m u n e r a ç ã o dos j u i z e s do T r i b u n a l R e g i o n a l durante os trabalhos da a p u r a ç ã o ) , e v o t a no sentido de que aos j u i z e s efetivos o aos substitutos que e s t i v e r e m s u b s t i t u i n d o j u i z efetivo cabo o subsidio pelas s e s s õ e s do T r i b u n a l a que c o m - parecerem, a t é o l i m i t e fixado na r e s p e c t i v a d o t a ç ã o o r ç a m e n -

t a r i a , n ã o tendo, p o r é m , eles d i r e i t o a n e n h u m a r e m u n e - r a ç ã o pelos trabalhos nas t u r m a s a p u r a d o r a s . O voto do r e l a t o r é u n a n i m e m e n t e aceito, tendo o S r . Affonso P e n n a J ú n i o r ressalvado o seu ponto de v i s t a c o n t r á r i o ao c o m p a - r e c i m e n t o dos substitutos, somente convocados p a r a os t r a - balhos da a p u r a ç ã o , ás s e s s õ e s do T r i b u n a l . O S R . P R E S I - DENTE c o m u n i c a h a v e r recebido, e n c a m i n h a d a pelo p r e s i - dente do T r i b u n a l R e g i o n a l do D i s t r i t o F e d e r a l , u m r e q u e - r i m e n t o do D r . Jonathas S e r r a n o pedindo dispensa do cargo

de j u i z s u b s t i t u t o desse T r i b u n a l , devido a ser m e m b r o do d i r e t ó r i o da L i g a E l e i t o r a l C a t ó l i c a e ao seu estado de s a ú d e , r e q u e r i m e n t o esse que submete á julgamento, dada a u r g ê n -

cia, porquanto devido á a u s ê n c i a desse j u i z n ã o funciona uma das t u r m a s a p u r a d o r a s . O T r i b u n a l resolve que o fato do pertencer o j u i z ao d i r e t ó r i o de p a r t i d o p o l í t i c o n ã o é m o t i v o p a r a se conceder dispensa do cargo, mas s i m p a r a que o j u i z seja convidado a r e n u n c i a r o lugar • que ocupa nesse d i r e t ó r i o , mas sendo de concecier-se a dispensa s o l i - citada u m a vez p r o v a d a a m o l é s t i a alegada. O S R . RENATO T A V A R E S r e l a t a o processo n . 494 (do E s p i r i t o Santo, sobre o pagamento do s u b s i d i o dos j u i z e s do T r i b u n a l Regional, a l é m de nove s e s s õ e s m e n s a i s ) , e v o t a p a r a que se enca- m i n h e ao G o v e r n o o telegrama, v i s t o n ã o ser da c o m p e t ê n - cia do T r i b u n a l r e s o l v e r a m a t é r i a . E ' o voto do relator u n a n i m e m e n t e a c e i t o . O S R . JOSÉ L I N H A R E S r e l a t a o p r o - cesso n . 479 (de Santa C a t a r i n a , sobro a s u s p e n s ã o das s e s s õ e s do T r i b u n a l R e g i o n a l d u r a n t e os trabalhos do a p u - r a ç ã o ) , e v o t a no sentido de que as s e s s õ e s o r d i n á r i a s devem ser realizadas cabendo ao presidente, n ã o convocar as sessões, s i v e r i f i c a r que n ã o é oportuna a r e a l i z a ç ã o d e s e s s õ e s durante os trabalhos da a p u r a ç ã o . E ' u n a n i m e m e n t e aceito o voto do r e l a t o r . O S R . EDUARDO E S P I N O L A r e l a t a o processo n . 477 (do E s p i r i t o Santo, sobre a p u r a ç ã o de s e c ç õ e s eleitorais onde o n ú m e r o de sobrecartas n ã o confere c o m o de eleitores declarado na ata pelo presidente) . O S r . C a r v a l h o M o u r ã o levanta a p r e l i m i n a r de ser a resposta u m p r e j u l g a m e n t o de r e c u r s o a ser i n t e r p o s t o . O T r i b u n a l toma conhecimento c o n t r a os votos dos S r s . C a r v a l h o M o u r ã o , Renato Tavares e M i r a n d a V a l v e r d e . De meritis o r e l a t o r v o t a no sentido de que sempre que f ô r p o s s í v e l a v e r i g u a r pelos papeis r e l a - tivos á e l e i ç ã o que a d i s c o r d â n c i a entre o n ú m e r o de sobre- cartas encontradas n a u r n a e o de eleitores declarado n a ata pelo presidente da mesa r e c e p t o r a é p r o d u t o de manifesto e q u i v o c o ; n ã o é n u l a a v o t a ç ã o da s e c ç ã o onde isso o c o r r e r ; n ã o sendo provado o equivoco a v o t a ç ã o é n u l a e se p r o c e - d e r á a n o v a e l e i ç ã o , na f o r m a do a r t . 56 das I n s t r u ç õ e s baixadas pelo decreto n . 2 2 . 6 2 7 , e marcadas depois de t e r - m i n a d a a a p u r a ç ã o . O voto do r e l a t o r é aceito unanimemente.

O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 482 (do E s p i - r i t o Santo, sobre a v a l i d a d e dos votos contidos em sobre- cartas diferentes e c o m o t i m b r e da P r e f e i t u r a ) , e levanta a p r e l i m i n a r de que a resposta a esta consulta i m p o r t a em p r e j u l g a r o r e c u r s o p o r v e n t u r a interposto da d e c i s ã o do T r i b u n a l R e g i o n a l . O T r i b u n a l unanimemente, n ã o toma c o - n h e c i m e n t o da consulta, p o r i m p o r t a r em prejulgamento do r e c u r s o c a b í v e l n a e s p é c i e . O mesmo j u i z r e l a t a o processo n . 489 (do M a r a n h ã o , P i a u í e P a r a í b a , sobre o processo do r e c u r s o interposto das d e c i s õ e s das t u r m a s a p u r a d o r a s ) , e v o t a no sentido de que o processo deve ser o do a r t . 44 do Regimento Interno do S u p r e m o T r i b u n a l F e d e r a l , sendo o prazo p a r a i n t e r p o s i ç ã o do r e c u r s o de 48 horas" e c o m e ç a n d o

a ser contado da data em que f o i p r o f e r i d a a d e c i s ã o . E ' adiado o j u l g a m e n t o por ter pedido v i s t a dos autos o senhor Affonso P e n n a J ú n i o r . O S R . EDUARDO ESPINOLA relata o processo n . 491 (do E s p i r i t o Santo, sobre s i o quociente e l e i t o r a l se c a l c u l a pelo n ú m e r o de eleitores ou pelo n ú m e r o

de votos a p u r a d o s ) , e v o t a no sentido de que o quociente e l e i t o r a l é calculado pelo n ú m e r o total de votos apurados.

E ' o voto do r e l a t o r aceito u n a n i m e m e n t e . O S R . CARVALHO MOURÃO r e l a t a o processo n . 485 (de Alagoas, sobre s i os membros das t u r m a s apuradoras podem tomar parte no j u l - gamento dos recursos interpostos de d e c i s õ e s das turmas de

que fazem p a r t e ) , e v o t a no sentido a f i r m a t i v o , v i s t o esse

r e c u r s o dever ser considerado m a i s como embargo do que

como a g r a v o . Quanto á segunda parte da consulta sobro

v a l i d a d e do e l e i ç ã o p r o c e d i d a perante Mesa Receptora p r e -

s i d i d a por f u n c i o n á r i o d e m i s s i v e l ad nutum, o á t e r c e i r a a

v a l i d a d e de e l e i ç õ e s encerradas antes das dezoito horas, j u l g a

n ã o p o d e r e m mais ser respondidas depois de r e a l i z a d a a

e l e i ç ã o p o r i m p o r t a r a resposta em p r e j u l g a m e n t o do recurso

interposto da d e c i s ã o que p r o f e r i u o T r i b u n a l R e g i o n a l . O

voto do r e l a t o r é u n a n i m e m e n t e aceito, quanto a p r i m e i r a

parte, e quanto á s 2° o 3

partes c o n t r a o voto do senhor

M o n t e i r o de Sales, que entende n ã o haver inconveniente em

se responder a essas c o n s u l t a s . O S R . A F F O N S O P E N N A J Ú -

NIOR relata o processo n . 495 (do P i a u í , sobre o modo de serem apuradas as c é d u l a s p a r t i d á r i a s e a v u l s a s } , . e v o t a no sentido de que, depois de contadas as c é d u l a s p a r t i d á r i a s , apuram-se os votos dados p a r a p r i m e i r o t u r n o aos c a n d i - datos desse p a r t i d o , feito o que, passa-se á contagem dos votos de p r i m e i r o e segundo turnos das c é d u l a s a v u l s a s . O voto do r e l a t o r é aceito u n a n i m e m e n t e . O S R . MONTEIRO DE SALES r e l a t a o processo n . 490 (do E s p i r i t o Santo, sobre a validade dos votos dados e m sobrecartas n ã o c o m p l e t a - mente opacas), e levanta a p r e l i m i n a r de poder ser o u n ã o respondida a c o n s u l t a , ü T r i b u n a l resolve que n ã o seja respondida a consulta, p o r i m p o r t a r a resposta em p r e j u l - gamento de recurso c a m v e l n a e s p é c i e , c o n t r a o voto do r e - l a t o r . E ' designado o S r . C a r v a l h o M o u r ã o p a r a l a v r a r o

a c ó r d ã o . U S R . MONTEIRO DE S A L E S r e l a t a o processo n ú -

mero 483 (do E s p i r i t o Santo, s ô ü r e a v a l i d a d e d a e l e i ç ã o , quando a ata n ã o m e n c i o n a a h o r a exata e m que c o m e ç o u a v o t a ç ã o ) , e levanta a p r e l i m i n a r de poder o u n ã o , ser r e s - pondida a c o n s u l t a . O T r i b u n a l resolve que pode ser r e s - pondida a consulta, c o n t r a os votos dos Srs. C a r v a l h o M o u r ã o , Renato Tavares e M i r a n d a V a l v e r d e . De meritis, v o t a no s e n -

tido de que n ã o constando da a t a a h o r a e m que c o m e ç o u a e l e i ç ã o s u p õ e - s e que deve ter c o m e ç a d o a h o r a legal, a t é p r o v a e m c o n t r á r i o . E ' aceito o voto do relator, c o n t r a os votos dos S r s . C a r v a l h o M o u r ã o , Renato T a v a r e s e M i r a n d a V a l v e r d e . U S r . presidente declara encerrada a s e s s ã o pelo adeantado da h o r a . L e v a n t a - s e a s e s s ã o á s onze horas e v i n t e e cinco m i n u t o s .

Projeto apresentado pela c o m i s s ã o incumbida de propor as providencias n e c e s s á r i a s á reabertura do alistamento

A c o m i s s ã o nomeada p a r a estudar e i n d i c a r as p r o v i - dencias n e c e s s á r i a s p a r a que se p r o s s i g a r e g u l a r m e n t e no alistamento e l e i t o r a l , suspenso nos termos do § 2°, do a r t . I

, do decreto n . 22.650, de 20 de m a r ç o p . p . , é de p a r e c e r que este E g r é g i o T r i b u n a l S u p e r i o r s u g i r a ao G o v e r n o P r o - v i s ó r i o as seguintes, cuja m o t i v a ç ã o v i r á depois, c o m r e f e - r e n c i a a cada u m a de p e r s i , n a o r d e m e m que v ã o ser e n u m e r a d a s :

1 — U m novo prazo de s u s p e n s ã o dos trabalhos de a l i s - tamento p o r tempo de tres meses, a contar do decreto que o i n s t i t u i r .

l i — A a q u i s i ç ã o desde j á e a remessa, no m a i s breve tempo p o s s í v e l , a cada u m dos j u i z e s eleitorais, v i t a l í c i o s e preparadores, c o m sede em m u n i c i p i o s onde n ã o haja Gabinetes de I d e n t i f i c a ç ã o , do m a t e r i a l i m p r e s c i n d í v e l ao s e r v i ç o dos identificadores (indicado nas fotografias r e m e - tidas ao M i n i s t é r i o da J u s t i ç a p o r este T r i b u n a l S u p e r i o r , com o oficio de ) .

III — P r o v i d e n c i a s no sentido de serem convocados e reempossados, no f i m do prazo do item I, os identificadores, que f i c a r a m e m d i s p o n i b i l i d a d e p o r f o r ç a das medidas de e m e r g ê n c i a , tomadas pelp G o v e r n o P r o v i s ó r i o p a r a que, a 3 do corrente m ê s de maio, pudessem r e a l i z a r - s e , como c o m b r i l h o desusado se r e a l i z a r a m , as e l e i ç õ e s p a r a a C o n s t i - t u i n t e .

IV — A q u i s i ç ã o no m a i s breve p r a z o p o s s í v e l do m a t e - r i a l menacografico (ao q u a l se refere a r e p r e s e n t a ç ã o deste T r i b u n a l S u p e r i o r , enviada ao G o v e r n o p o r oficio n . de

) e seu fornecimento á S e c r e t a r i a C e n t r a l (a deste T r i b u n a l S u p e r i o r ) .

V — N o m e a ç ã o desde j á de t é c n i c o s datiloscopistas, que procedam á c l a s s i f i c a ç ã o s i s t e m á t i c a das fichas recebidas por este T r i b u n a l S u p e r i o r , conforme f o i t a m b é m solicitado por oficio n . de , ao M i n i s t é r i o da J u s t i ç a .

V I — D a r c a r á t e r permanente á i n s t i t u i ç ã o dos tres c a r t ó r i o s eleitorais, creados no D i s t r i t o F e d e r a l pelo decreto n . 21.660, de 20 de j u l h o de 1932.

V I I — A ' v i s t a do excelente resultado que deram, no alistamento a que se procedeu p a r a a e l e i ç ã o da C o n s t i t u i n t e , umas, e de r e c o m e n d á v e l s i m p l i f i c a ç ã o dos s e r v i ç o s que determinam, outras — dispor, p o r d e c r e t o : I

, que f i c a r á e m vigor, com c a r á t e r permanente, o que f o i preceituado, como medidas de e m e r g ê n c i a , quanto á q u a l i f i c a ç ã o r e q u e r i d a , á e x p e d i ç ã o e entrega dos t í t u l o s eleitorais, e á o r g a n i z a ç ã o dos registros n o T r i b u n a l S u p e r i o r e nos T r i b u n a i s R e g i o - nais, nos seguintes artigos o u p a r á g r a f o s do decreto n ú - mero 22.168, de 5 de dezembro de 1932: — a r t . 2

, §§ I

, 2°

e 3

, do a r t . 3

(o p r i n c i p i o deste artigo f i c a r á r e d i g i d o do modo abaixo p r o p o s t o ) ; a r t . 4

(com e x c l u s ã o do § 2 ° ) ; a r t . 5°; a r t . 6

(com e x c l u s ã o , apenas, do inciso I, s u p r i - míflas no inciso II as p a l a v r a s "onde h o u v e r " , e s u b s t i t u í d a s ,

na l e t r a a do mesmo inciso II, as p a l a v r a s : " e m u m a ú n i c a f i c h a d a t i l o s c o p i c a " p o r " e m duas fichas datiloscopicas, u m a p a r a ser r e m e t i d a ao T r i b u n a l S u p e r i o r , o u t r a ao T r i b u n a l R e g i o n a l " ) ; a r t s . 7

e 8° ( s u p r i m i d a s , em u m e outro, a l o - c u ç ã o a d v e r b i a l " p o r emquanto" e a p a l a v r a : "apenas", e acrescentando-se ao a r t . 7 ° : u m inciso (deve ser o I) nos seguintes t e r m o s : " R e g i s t r o datiloscopico, c o m u m a 2

se- c ç ã o de I n s c r i ç õ e s P l u r a i s " ) ; finalmente, os a r t s . 11 e 13, que d e v e r ã o ser reproduzidos, t a l e q u a l ; — 2

) — preceituar no mesmo decreto q u e : (em s u b s t i t u i ç ã o ao a r t . 3

, p r i n - c i p i o , do citado decreto n . 22.168) :

A r t . Os presidentes, diretores, chefes e c o m a n - dantes, respectivamente — dos T r i b u n a i s de J u s t i ç a e dos s e r v i ç o s p ú b l i c o s , c i v i s e m i l i t a r e s ; os j u i z e s — p a r a os f u n c i o n á r i o s e a u x i l i a r e s do J u i z o ; os reitores e diretores dos estabelecimentos de ensino, oficiais ou fiscalizados; os presidentes, diretores ou chefes das Juntas e demais r e p a r t i ç õ e s encarregadas do r e g i s t r o de f i r m a s c o m e r c i a i s e de d i p l o m a s c i e n t í f i c o s ; e, f i - nalmente, os diretores de sindicatos reconhecidos de acordo c o m o decreto n . 19.770, de 19 de m a r ç o de 1931, s ã o obrigados a e n v i a r , de tres em tres meses, a contar da data do presente decreto, ao j u i z e l e i t o r a l sob cuja j u r i s d i ç ã o e s t i v e r e m , a lista dos novos f u n - c i o n á r i o s q u a l i f i c a v e i s " e x - o f f i c i o " nos termos do a r - tigo deste decreto, nomeados depois de h a v e r sido r e - m e t i d a a ú l t i m a lista, b e m como dos demais sob sua autoridade que a i n d a n ã o t e n h a m sido q u a l i f i c a d o s ; lista, essa, que d e v e r á conter, e m r e f e r e n c i a a cada alistando, as i n d i c a ç õ e s mencionadas no a r t . 37, § 2

, do Código E l e i t o r a l .

E , m a i s (em c u m p r i m e n t o do que d i s p u n h a o a r - tigo 12 do decreto n . 2 2 . 1 6 8 3 .

A r t . F i c a m sem efeito os t í t u l o s eleitorais e x - pedidos a t é a presente data e que n ã o forem r e v a l i - dados mediante as f o r m a l i d a d e s e pelos processos es- tabelecidos nos p a r á g r a f o s s e g u i n t e s .

§ 1.° O alistado r e q u e r e r á e m p e t i ç ã o p o r ele es- c r i t a e assinada, c o m a l e t r a e f i r m a reconhecida p o r t a b e l i ã o o u p o r m e i o do atestado de que t r a t a o a r t . , p a r á g r a f o ú n i c o , l e t r a b, do presente decreto (1), que se r e v a l i d e o seu t i t u l o , o q u a l d e v e r á ser j u n t o desde logo ao r e q u e r i m e n t o .

§ 2." A p e t i ç ã o d e v e r á ser entregue em c a r t ó r i o , -diretamente, ao e s c r i v ã o o u aos f u n c i o n á r i o s p a r a esse f i m designados pelo mesmo e s c r i v ã o ; mediante recibo numerado, cuja n u m e r a ç ã o s e r á imediatamente r e p r o - d u z i d a n a p e t i ç ã o entregue.

§ 3." O e s c r i v ã o , recebendo a p e t i ç ã o , c o m o t i t u l o e l e i t o r a l , a n o t a r á n a c o l u n a de " o b s e r v a ç õ e s " do m o - , d ê l o n . 2, anexo ao Regimento G e r a l , o s e g u i n t e : Pe-,

dido de revalidação em tal data" — observada r i g o r o - samente a o r d e m e m que f o r a m apresentados os r e - querimentos, constantes de s u a n u m e r a ç ã o . E m se- g u i d a j u n t a r á a p e t i ç ã o e o t i t u l o e l e i t o r a l aos respec- tivos autos de i n s c r i ç ã o , independentemente de des- pacho do j u i z ; e f a r á os autos conclusos.

§ 4;° O j u i z , seja m e r o p r e p a r a d o r o u v i t a l í c i o , v e r i f i c a r á : I

, s i do processo consta j á haver sido o alistado i d e n t i f i c a d o c o m todas as formalidades o r i g i - n a r i a m e n t e exigidas pelo Código E l e i t o r a l e pelo R e - gimento G e r a l , o u , 2

, s i o n ã o f o i , de todo, ou, 3°; s i o f o i apenas mediante a tomada de u m a ú n i c a f i c h a d a t i l o s c o p i c a .

§ 5.° S i constar j á h a v e r sido identificado n a f o r m a p r i m i t i v a m e n t e estabelecida, o j u i z , s i f ô r meramente preparador, o r d e n a r á que se r e m e t a m os autos ao j u i z da sede da zona, a f i m de d e l i b e r a r sobre a r e v a l i d a ç ã o do t i t u l o , e s i f ô r o j u i z da sede, e s c r e v e r á no anverso do t i t u l o , no alto a n o t a : "Valido", datada e r u b r i c a d a com a sua r u b r i c a ; feito o que, m a n d a r á p o r despacho nos autos seja o mesmo t i t u l o desentranhado e r e s t i - t u i d o ao e l e i t o r ; o que se f a r á mediante a entrega do recibo do c a r t ó r i o com a a s s i n a t u r a do eleitor no verso.

§ 6." S i o alistado a i n d a n ã o h o u v e r sido i d e n t i f i - cado, m a n d a r á o j u i z que o seja em d i a e hora, que o e s c r i v ã o d e s i g n a r á , n o t i f i c a n d o os interessados p o r e d i t a l afixado á p o r t a do c a r t ó r i o , do q u a l c o n s t a r á a r e l a ç ã o dos identificandos em cada d i a ; feito o que,

(1) Atual art. 5°, p a r á g r a f o ú n i c o , letra "b" <3o decreto

n. 22.168.

Sábado 3 BOLETIM ELEITORAL

s e r ã o os autos de novo conclusos ao j u i z , que, v e r i f i - cando acharem-se c u m p r i d a s as formalidades legais, ou mandando s u p r i r as que faltarem, e s c r e v e r á no t i - tulo, na f o r m a estabelecida, no § 5

, a n o t a : "Revali- dado" e m a n d a r á r e s t i t u i r o t i t u l o , t a m b é m n a f o r m a a l i estabelecida.

§ 7." S i o alistado h o u v e r sido i d e n t i f i c a d o c o m a tomada de u m a ú n i c a ficha, m a n d a r á o j u i z que se tome u m a o u t r a ; procedendo-se em seguida como e s t á disposto no p a r á g r a f o antecedente.

§ 8." Nos casos dos antecedentes p a r á g r a f o s 6

e 7

, s i o j u i z f ô r meramente preparador, l i m i t a r - s e - á a mandar preencher as formalidades que f a l t a r e m e a remeter, quando j á o t e n h a m sido, o processo ao j u i z da sede da zona, a q u e m c o m p e t i r á r e v a l i d a r o t i t u l o na f o r m a a c i m a p r e s c r i t a e mandar r e s t i t u i - l o .

§ 9." S i o eleitor desde logo r e q u e r e r que se p r e - encham as formalidades que f a l t a r e m ( i d e n t i f i c a ç ã o p u tomada de o u t r a f i c h a ) , p r o v i d e n c i a r á o c a r t ó r i o ,

independentemente de despacho, p a r a que se f a ç a a d i l i g e n c i a de r e v a l i d a ç ã o que h o u v e r sido r e q u e r i d a ; o que feito, s e r ã o e n t ã o os autos conclusos ao j u i z .

§ 10. E n t r e g u e o t i t u l o , s e r ã o os autos remetidos á Secretaria do T r i b u n a l Regional p a r a o devido r e - g i s t r o .

A r t . P a r a que se possam executar as p r o v i d e n - cias e s t a t u í d a s no a r t i g o precedente: I

, n ã o s e r ã o remetidos á S e c r e t a r i a R e g i o n a l os processos de i n s - c r i ç ã o que a i n d a se a c h a r e m em c a r t ó r i o , s e n ã o de- pois de c u m p r i d a s as ditas p r o v i d e n c i a s ; 2°, s e r ã o de- volvidos aos j u i z e s das sedes de zonas eleitorais todos os processos de i n s c r i ç ã o que nas mesmas Secretarias se a c h a r e m ; 3

, s e r ã o remetidos, pelos j u i z e s das zonas aos preparadores, dos m u n i c í p i o s componentes, os que a l i h o u v e r e m sido i n i c i a d o s .

MOTIVAÇÃO

Quanto á primeira sugestão — J u s t i f i c a - s e p e l a i m p o s - sibilidade de se r e i n i c i a r e m automaticamente, logo a p ó s a eleição, os trabalhos do alistamento, sem estarem os c a r t ó r i o s eleitorais aparelhados c o m o i m p r e s c i n d í v e l m a t e r i a l p a d r o - nizado, em quantidade bastante p a r a as novas i n s c r i ç õ e s , c o m o m a t e r i a l t é c n i c o que requer o s e r v i ç o de i d e n t i f i c a ç ã o d a - tiloscopica e com os identificadores a postos; p a r a o que, atentas a grandeza do p a í s e a escassez do c o m u n i c a ç õ e s c o m muitos dos m u n i c í p i o s em que se divide, n ã o é demasiado o prazo de tres meses.

Quanto ás segunda, terceira, quarta e quinta sugestões — é manifesta a necessidade das indicadas p r o v i d e n c i a s — p a r a

que se faça o alistamento de acordo c o m o que prescreve o Código E l e i t o r a l (segunda e t e r c e i r a s u g e s t õ e s ) e p a r a que se possam organizar os registros eleitorais de acordo com as e x i g ê n c i a s t é c n i c a s (quarta e q u i n t a s u g e s t õ e s ) , conforme j á

f

;Di sobejamente demonstrado nas r e p r e s e n t a ç õ e s deste T r i - bunal S u p e r i o r , a c i m a mencionadas.

A l é m disso, é de tod a e v i d e n c i a que, atenta a- n e c e s s i - . dade de se r e v a l i d a r , em bloco, o alistamento e l e i t o r a l , j á

p r o v i s o r i a m e n t e feito, conforme manda o a r t . 12 do decreto n . 22.168, — atenta a necessidade, n ã o menos i m p e r i o s a , de se ter pronto, n a data do encerramento da C o n s t i t u i n t e , u m . grande alistamento d e f i n i t i v o , completo em todas as p e ç a s do

seu mecanismo, segundo o Código E l e i t o r a l ( i n c l u s i v e os i n d i s p e n s á v e i s registros nas Secretarias, C e n t r a l e R e g i o n a i s ) ,

— atenta a c i r c u n s t a n c i a de n ã o dever a C o n s t i t u i n t e se ocupar de r e f o r m a r a l e i e l e i t o r a l , pois é m a t é r i a de l e g i s - lação o r d i n á r i a , torna-se i m p r e s c i n d í v e l a p r o v e i t a r i m e d i a - tamente o prazo de s u s p e n s ã o do alistamento p a r a a p a r e l h a r

de modo i n t e g r a l os c a r t ó r i o s e Secretarias E l e i t o r a i s , a f i m de se n ã o retardar, findos os trabalhos da Constituinte, a eleição da A s s e m b l é a L e g i s l a t i v a o r d i n á r i a , por falta de p r o - v i d ê n c i a s oportunas, quanto ao a l i s t a m e n t o .

•Quanto á sexta sugestão — E m b o r a , nos p r ó p r i o s termos do art." 1°, do decreto n . 21.660, de 1932, subsistam, em v i - gor, as providencias estabelecidas no mesmo decreto, e m - quanto n ã o se completar o " e x a u s t u i v o t r a b a l h o de r e s t a u r a - ção do eleitorado" do D i s t r i t o F e d e r a l (segundo diz o citado decreto), parece u t i l d a r - l h e s c a r á t e r permanente, p a r a p r e - v e n i r d u v i d a s .

Quanto á sétima sugestão — A e x p e r i ê n c i a da descentra- lização do s e r v i ç o de alistamento e da e x p e d i ç ã o dos t í t u l o s pelos juizes eleitorais — p r o v i d e n c i a s de e m e r g ê n c i a adota-

das pelo decreto n . 22.168, do 1932, p a r a a e l e i ç ã o da Cons- t i t u i n t e — d e i x o u f o r a de d ú v i d a que tais medidas se r e c o - mendam como normas permanentes e d e f i n i t i v a s , p e l a m a i o r celeridade que i m p r i m e m ao s e r v i ç o , sem quebra das g a r a n - tias do que deve estar cercado o alistamento, bem como p e l a s i m p l i f i c a ç ã o do processo, confiado em sua integridade ao j u i z s i n g u l a r , sempre que n ã o h o u v e r i m p u g n a ç ã o .

A s u p r e s s ã o do R e g i s t r o D a t i l o s c o p i c o nas Secretarias Regionais obedeceu á necessidade do r e d u z i r , no alistamento de e m e r g ê n c i a , a u m a ú n i c a f i c h a a i d e n t i f i c a ç ã o dos a l i s t a - dos; ficha, esta, que necessariamente se destinava, como se destinou, á S e c r e t a r i a C e n t r a l (do T r i b u n a l S u p e r i o r ) . Sem fichas n ã o p o d i a haver R e g i s t r o D a t i l o s c o p i c o nos T r i b u n a i s R e g i o n a i s . P u r a u m alistamento d e f i n i t i v o , p o r é m , é i m p r e s - c i n d í v e l restabelecer o R e g i s t r o D a t i l o s c o p i c o nas Secretarias

Regionais, sem o q u a l (á parte outras utilidades) lhes n ã o s e r á p o s s í v e l exercer a a t r i b u i ç ã o de p r o m o v e r e m " e x - o í í i - c i o " a e x c l u s ã o dos i n s c r i t o s , no caso de p l u r i d a d e de i n s c r i - ç ã o (arts. 50, n . 4 e 53 do Código E l e i t o r a l combinados), bem como ao T r i b u n a l R e g i o n a l d e c i d i r com s e g u r a n ç a sobre a identidade, ou n ã o , dos .eleitores á v i s t a das i m p r e s s õ e s d i g i t a i s , quando i m p u g n a d a no ato de v o t a r a r e f e r i d a i d e n - tidade (citado Código, a r t . 81, § 2

, l e t r a b) .

D a í t a m b é m a necessidade de se tornarem duas fichas no ato da i d e n t i f i c a ç ã o (a p r i m e i r a p a r a o T r i b u n a l Regio- nal, a segunda p a r a o S u p e r i o r ) , em vez de u m a ú n i c a , como se d i s p u n h a no a r t . 6

, inciso I, do citado decreto n . 2 2 . 1 6 8 . A t e r c e i r a , que o Código exige é n a verdade, i n ú t i l ; — n ã o tem destino, pois nos c a r t ó r i o s n ã o h a r e g i s t r o a l g u m .

A s m o d i f i c a ç õ e s sugeridas nos a r t s . 3° e 12 do decreto n . 22.168, j u s t i f i c a m - s e pelas r a z õ e s seguintes: — a do a r t . 3

— p r i n c i p i o — porque, e m b o r a haja o Código E l e i - toral i n s t i t u í d o a q u a l i f i c a ç ã o " e x - o f f i c i o " t ã o somente nos p r i m e i r o s 15 dias i n i c i a i s do alistamento, ó patente que essa feliz p r o v i d e n c i a — c r e a ç ã o o r i g i n a l , que t ã o m a g n í f i c o s r e - sultados deu no alistamento que se fez a t é agora — deve ter a p l i c a ç ã o i n t e r m i t e n t e — de e s p a ç o a e s p a ç o repetindo-se, p a r a atender ao r e c r u t a m e n t o de novos c i d a d ã o s q u a l i f i c a - veis pelas v a r i a s categorias de f u n c i o n á r i o s , reservistas, p r o f i s s i o n a i s ou membros de sindicatos, enumerados no a r -

tigo 2°, do decreto n . 22.168, que neste ponto m o d i f i c o u o C ó d i g o ; e, finalmente, a m o d i f i c a ç ã o do a r t . 12, porque é preciso d e t e r m i n a r - s e q u a l o modo p r á t i c o pelo q u a l se h a de dar e x e c u ç ã o , quanto á i d e n t i f i c a ç ã o datiloscopica, no alistamento d e f i n i t i v o que se v a i fazer, ao preceituado no a r t . 12 do citado decreto n . 22.168, quando d i s p ô s que

"todos os c i d a d ã o s que se a l i s t a r e m sem a i d e n t i f i c a ç ã o d a - t i l o s c o p i c a e sem a p r o v a de q u i t a ç ã o , quanto ao s e r v i ç o m i l i t a r , t e r ã o de sujeitar-se oportunamente a essas e x i g ê n - cias do Código E l e i t o r a l " .

N a verdade, n ã o é p o s s í v e l , sem d e s t r u i r pela base todo o sistema adotado pelo citado Código, p r e s c i n d i r da e x i g ê n c i a , agora, da i d e n t i f i c a ç ã o , e m b o r a s i m p l i f i c a d a , de todos os inscritos, porquanto a falta dessa p r o v i d e n c i a , integralmente realizada, t o r n a r á absolutamente i m p r a t i c á v e l a o r g a n i z a ç ã o dos registros datiloscopicos — pedra a n g u l a r do Registro E l e i t o r a l que é, p o r sua vez, a a l m a do s i s t e m a . P o r mais incomodo que isto seja, f o r ç o s o é aceitar esta c o n t i n g ê n c i a p a r a n ã o t r a n s f o r m a r em u m a b u r l a o alistamento, tal como foi i n s t i t u í d o pelo C ó d i g o .

O mesmo j á n ã o sucede com a e x i g ê n c i a de " p r o v a " (o Código contentava-se c o m a s i m p l e s " a f i r m a ç ã o " do a l i s - tando) de q u i t a ç ã o do s e r v i ç o m i l i t a r . Pensa a c o m i s s ã o que é v i t a l , p a r a o b o m ê x i t o do alistamento, r e n u n c i a r - s e d e f i n i t i v a m e n t e a essa e x i g ê n c i a — v e r d a d e i r o espantalho p a r a os alistandos; sob pena de se v ê r i n u t i l i z a d o , em grande p a r t e — q u i ç á em sua m a i o r p a r t e — o alistamento j á feito com tanto e s f o r ç o e s a c r i f í c i o e c o m t ã o belo exito, bem como de se e n t r a v a r seriamente o r e c r u t a m e n t o t ã o dese- j á v e l do m a i o r n ú m e r o p o s s í v e l de c i d a d ã o s alistaveis, entre os que se n ã o i n s c r e v e r a m a i n d a . E s t e m a i s que fundado' temor deve prevalecer sobre as r a z õ e s , sem dúvid,a m u i t o r e s p e i t á v e i s , que d e t e r m i n a r a m o Código a exigir, como r e - q u i s i t o p a r a a q u a l i f i c a ç ã o r e q u e r i d a , a a f i r m a ç ã o da q u i - t a ç ã o de t a l dever p a t r i ó t i c o (dispensada, entretanto, p a r a os q u a l i f i c a d o s " e x - o f f i c i o " , que s ã o m u i t í s s i m o s ) .

Na m o d i f i c a ç ã o s u g e r i d a p a r a o texto do a r t . 3

, p r i n -

c i p i o , s u p r i m i u - s e p r o p o s i t a l m e n t o a e x i g ê n c i a da m e n ç ã o

da " f i l i a ç ã o " de cada u m dos relacionados nas listas de q u a -

l i f i c a v e i s " e x - o f f i c i o " , a e n v i a r pelos chefes de r e p a r t i ç ã o ,

e t c , porque, n a m a i o r p a r t e dos casos, n ã o t ê m eles onde

colher t a l i n f o r m a ç ã o , a n ã o ser p o r c o l a b o r a ç ã o do p r ó p r i o

alistando, de que se quiz p r e s c i n d i r , e que n ã o deve r e a l i -

zar-sc sob a e x c l u s i v a responsabilidade do s i g n a t á r i o da lista, que de nada sabe a r e s p e i t o .

São estas as s u g e s t õ e s , sobre o assunto, que, parece á c o m i s s ã o , devem ser submetidas á alta a p r e c i a ç ã o e á sabe- d o r i a do G o v e r n o P r o v i s ó r i o .

Itio de Janeiro, 15 de m a i o de 1933. — Carvalho Mourão, r e l a t o r . - - Renato Tavares. — A. Penna Júnior.

39« SESSÃO ORDINÁRIA, E M 19 D E M A I O D E 1933 PRESIDÊNCIA DO SR. MINISTRO IIERMENEÜ1LD0 DE BARROS, P R E -

SIDENTE

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e apro- ção da ata da s e s s ã o unterior; 3) P u b l i c a ç ã o dos a c ó r d ã o s referentes aos processos ns. 477, 479, 4S0, 483, 485, 489 a 495 e "habeas-corpus" n. 10;

4) Projeto regulando as a t r i b u i ç õ e s do M i n i s t é - rio Publico Eleitoral; 5) Julgamento do recurso eleitoral n. 28 — Goiaz; tí) Julgamento do pro- cesso n. 489 (adiado da s e s s ã o anterior) nomea- ção de uma c o m i s s ã o ; 7) Julgamento do proces- so n. 481 — M a r a n h ã o — sobre si o juiz eleitoral quando presidir mesa receptora p ô d e nomear os suplentes e s e c r e t á r i o s e sobre si s ã o nulas as c é d u l a s em que um nome ultrapassar uma linha;

8) Julgamento do processo n. 4S0 — M a r a n h ã o

— sobre a validade de s e c ç õ e s eleitorais presi- didas por f u n c i o n á r i o s demiasiveis "ad nutum";

9) Julgamento do processo n. 488 — Rio Gran- de do Sul •— sobre a incompatibilidade de um juiz do T . R . para julgar um "habeas-corpus", cujo eoator era o Interventor Federal, cunhado do mesmo juiz; 10) Julgamento do processo nu- mero 490 — Distrito Federal — sobre a l t e r a ç ã o dos modelos ns. 25 e 25 13; 11) Julgamento do processo n. 497 —- B a í a — sobre a r e a l i z a ç ã o de e l e i ç ã o nas localidades onde n ã o poude haver no dia prefixado; 12) Julgamento do processo nu- mero 498 — Distrito Federal — sobro o pedido de dispensa do juiz substituto do T . R . , Dr. Jo- nathas Serrano; 13) Julgamento do processo nu- mere 499 — Minas Gerais — sobre si o juiz fe- deral p ô d e passar ao seu substituto a f u n ç ã o de a p u r a ç ã o para presidir a uma diligencia impor- tante; 14) Encerramento da s e s s ã o .

A' s nove horas, presentes os j u i z e s : m i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e C a r v a l h o M o u r ã o , desembargadores J o s é L i n h a r e s e Renato Tavares, doutores Affonso Penna J ú n i o r , M o n t e i r o de Sales c M i r a n d a V a l v e r d e , sete (7), abre-se a s e s s ã o . E ' l i d a e eprovada, sein debate, a ata da s e s s ã o a n t e r i o r . S ã o publicados os a c ó r d ã o s referentes ao habeas-corpus n 10,

processos ns. 477, 479, 480, 483, 485, 489 a 495. O S R . R E - NATO TAVARES, no expediente, apresenta u m projeto darido nova o r g a n i z a ç ã o ao M i n i s t é r i o P ú b l i c o e l e i t o r a l , e o j u s t i - fica, p r i n c i p a l m e n t e , quanto a c o n v e n i ê n c i a de n ã o ser o p r o c u r a d o r u m j u i z do T r i b u n a l , o que tem acarretado m u i -

tos inconvenientes o até o absurdo de u m p r o c u r a d o r ter votado como j u i z em u m processo sobre o q u a l o p i n a r a na qualidade de m e m b r o do M i n i s t é r i o P ú b l i c o . O S r . p r e s i - dente submete o projeto a d i s c u s s ã o , a q u a l é encerrada sem debate, e, em seguida, é o projeto aprovado unanimemente, p a r a ser enviado ao G o v e r n o . O S R . A F F O N S O P E N N A JÚNIOR relata o recurso e l e i t o r a l n . 28, de Goiaz, c m que é r e c o r - rente Claru A u g u s t o de Godói, e r e c o r r i d o o T r i b u n a l R e - gional desse Estado, e v o t a no sentido de que, de acordo c o m o parecer do p r o c u r a d o r geral, seja negado p r o v i m e n t o ao recurso, por n ã o estar a i m p u g n a ç ã o e s c r i t a pelo i m p u g - nante, mas somente por ele a s s i n a d a . P r o p õ e o relator que do recurso sejam e x t r a í d a s copias dos documentos que e n u - mera, a f i m de serem enviados ao p r o c u r a d o r geral para os fins de d i r e i t o . O T r i b u n a l u n a n i m e m e n t e nega p r o v i m e n t o ao recurso e decide favoravelmente á remessa das copias de documentos do processo ao p r o c u r a d o r g e r a l . O S R . AFFONSO P E N N A JÚNIOR apresenta o processo n . 489, sobre o processo dos recursos interpostos das d e c i s õ e s das t u r m a s a p u r a d o - ras, adiada da c e s s ã o anterior, e vota no sentido de que seja nomeada u m a c o m i s s ã o p a r a estudar o assunto. A p r o v a d o unaniipemente o voto do S r . Affonso P e n n a J ú n i o r , o p r e - sidente n o m e i a p a r a essa c o m i s s ã o os S r s . C a r v a l h o M o u r ã o , Affonso Penna J ú n i o r o M i r a n d a V a l v e r d e , pedindo u r g ê n c i a p a r a a s o l u ç ã o da m a t é r i a . O S R . A F F O N S O P E N N A JÚNIOR relata o processo n . 481 (do M a r a n h ã o , sobre si o j u i z e l e i - toral quando p r e s i d i r Mesa Receptora pode n o m e a r os s u - plentes, e sobre si s ã o nulas as c é d u l a s em que u m nome ultrapassar urna l i n h a ) , e vota, quanto á p r i m e i r a parte, que o j u i z eleitoral pode nomear os suplentes e os secre- t á r i o s quando t i v e r que p r e s i d i r a Mesa Receptora no caso de nova e l e i ç ã o ; e, quanto á segunda, que n ã o s ã o nulas as

c é d u l a s em que o nome do candidato u l t r a p a s s a r u m a l i n h a , desde que n ã o haja dois nomes em u m a l i n h a . Ambas as c o n c l u s õ e s do r e l a t o r s ã o aceitas, a p r i m e i r a , contra o voto do S r . J o s é L i n h a r e s , que entende dever ficar a mesa ante- r i o r , com e x c e ç ã o do presidente, e a segunda u n a n i m e m e n t e . Ü S n . JOSÉ L I N H A R E S r e l a t a o processo n . 480 (do M a r a n h ã o e P i a u í , sobre a v a l i d a d e de s e c ç õ e s eleitorais presididas por f u n c i o n á r i o d e m i s s i v e l ad nutum), e levanta a p r e l i m i n a r , pela q u a l vota, de que a resposta a essa consulta i m p o r t a em p r e j u l g a m e n t o de r e c u r s o interposto de d e c i s õ e s sobre essa m a t é r i a . O T r i b u n a l n ã o toma conhecimento da consulta,

c o n t r a o voto do S r . M o n t e i r o do Sales. O S R . AFFONSO P E N N A JÚNIOR r e l a t a o processo n . 488 (do R i o G r a n d e do Sul, sobre a i n c o m p a t i b i l i d a d e de u m j u i z do T r i b u n a l para j u l g a r u m habeas-corpus, cujo coator era o interventor cunhado do mesmo j u i z ) , c v o t a no sentido de que o j u i z era de fato i m p e d i d o de t o m a r parte nesse j u l g a m e n t o . O voto do relator é u n a n i m e m e n t e aceito, tendo o S r . Jo-<e L i n h a r e s declarado que assim v o t a v a p o r ter o j u i z se de- clarado i m p e d i d o . O S R . MIRANDA V A L V E R D E relata o p r o - cesso n . 490 (do D i s t r i t o F e d e r a l , sobre a l t e r a ç ã o dos m o - delos 25 e 25 B ) , e v o t a no sentido de que t a l a l t e r a ç ã o n ã o é conveniente no estado a t u a l da a p u r a ç ã o e por d i f i c u l t a r a a p u r a ç ã o geral." E ' aceito o voto do relator, u n a n i m e - m e n t e . O S R . MONTEIRO D E S A L E S r e l a l a o processo n . 497

(da B a í a , sobre a r e a l i z a ç ã o de e l e i ç ã o em lugares onde n ã o poude haver no d i a marcado por falta de m a t e r i a l ) , e vota no sentido de que deve se proceder a e l e i ç ã o nos lugares onde n ã o t i v e r h a v i d o p o r n ã o ter a í chegado o respectivo m a t e r i a l . O T r i b u n a l resolve que só no caso de a n u l a ç ã o da e l e i ç ã o ou de a l g u m a s e c ç ã o ou s e c ç õ e s s e r á realizada nova e l e i ç ã o , c o n t r a o voto do r e l a t o r . O S r . presidente designa o S r . Affonso P e n n a J ú n i o r p a r a l a v r a r o a c ó r d ã o . O SENHOR EDUARDO E S P I N O L A r e l a t a o processo n . 498 (do D i s t r i t o F e d e r a l , sobre o pedido de dispensa do S r . Jonathas Serrano, de j u i z substituto do T r i b u n a l R e g i o n a l ) , e v o t a no sentido de que, estando, agora, p r o v a d a a m o l é s t i a do requerente por atestados m é d i c o s , que o i m p o s s i b i l i t a a exercer a f u n ç ã o , é de se conceder a d i s p e n s a . E ' concedida a dispensa solicitada pelo D r . Jonathas Serrano, u n a n i m e m e n t e . O S n . CARVALHO MOURÃO relata o processo n . 499 (de M i n a s G e r a i s , sobre si o j u i z federal pode passar ao seu substituto a f u n ç ã o da a p u r a ç ã o p a r a p r e s i d i r a u m a d i l i g e n c i a i m p o r t a n t e e j u l g a r diversos r é u s presos), e v o t a no sentido de que, preferindo o e l e i t o r a l outro q u a l q u e r s e r v i ç o , deve o j u i z federal passar o e x e r c i c i o da j u d i c a t u r a o r d i n á r i a ao seu substituto p a r a que esse substituto p r e s i d a a d i l i g e n c i a e j u l g u e os r é u s presos. E ' o voto do r e l a t o r u n a n i m e m e n t e a c e i t o . Nada mais havendo a tratar, o S r . presidente declara encerrada a s e s s ã o . L e v a n t a - s e a s e s s ã o ás dez horas e cincoenta e cinco m i n u t o s .

Regula a c o m p e t ê n c i a e as atribuições do Ministério Público Eleitoral

A r t . 1." O Ministério Público eleitoral, que é exercido por um procurador geral e vinte e dois procuradores regionais, c o advogado da lei eleitoral e o fiscal da sua execução, incumbindo-lhe promover a ação pública contra todas as violações do direito.

A r t . 2." No exercicio de. suas atribuições, ha reciproca inde- pendência entre os órgãos do Ministério Público eleitora! e os da magistratura eleitoral.

A r t . 3." O procurador geral e os procuradores regionais são nomeados pelo Chefe do Governo da República, o primeiro escolhido dentre os juristas que figurem na lista de que trata o art. 9

, § 2°, letra c, do Código Eleitoral, e os demais escolhidos nas listas de que cuidam o art. 21, § 2

, ns. I e II, letra c, do mesmo Código e art. 2

, letra c, do decreto n . 21.321, de 26 de abril de 1932, e desempenha- rão suas funções pelo período de dois anos.

A r t . 4.° A o procurador geral, como chefe do Ministério P ú - blico eleitoral c o seu órgão perante o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, incumbe:

o) exercer a ação pública e promovê-la até final em todas as causas da competência do Tribunal;

b) oficiar e dizer de direito nos processos criminais;

c) velar pela execução das leis, decretos e resoluções eleitorais que tiverem de ser aplicadas;

d) defender a jurisdição do Tribunal;

c) ministrar instruções aos procuradores regionais e sujeitar á decisão do Tribunal as consultas dos mesmos procuradores concer- nentes á matéria eleitoral ou ao exercicio de seu cargo;

f) representar ao Tribunal o que entender a bem da fiel obser-

vância do Código Eleitoral, de modo que este seja uniformemente

executado, quer pelo Tribunal, quer pelos Tribunais Regionais;