• Nenhum resultado encontrado

LÍNGUA PORTUGUESA Profa. Dra. Luana Porto profa.luanaporto

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "LÍNGUA PORTUGUESA Profa. Dra. Luana Porto profa.luanaporto"

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

LÍNGUA PORTUGUESA

LUANA PORTO

(2)

LÍNGUA PORTUGUESA Profa. Dra. Luana Porto

profa.luanaporto

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Os pronomes pessoais são divididos em pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo e podem ser pronunciados de forma fraca (pronomes átonos) e de forma forte (pronome oblíquo). Os pronomes átonos, que são me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s), juntam-se a um verbo e podem estar em três posições diferentes, e essa posição obedece às regras de colocação pronominal:

Colocação pronominal Posição do pronome

na oração Exemplo

Próclise Antes do verbo Não me aborreças!

Mesóclise Intercalado ao verbo Falar-te-ei de tudo.

Ênclise Depois do verbo Diga-me com que quem

saiu ontem.

Compreender as regras que determinam o posicionamento dos

pronomes oblíquos nas frases é uma forma de empregar o padrão formal da língua portuguesa. Na norma culta da língua portuguesa, conforme destaca Ferreira (2007), duas orientações são básicas:

1. Não iniciar oração com pronome átono.

2. Empregar a próclise é sempre correto quando não houver silêncio na fala ou sinal de pontuação na escrita.

Exemplos:

Perguntou-me se a festa está confirmada.

Fui à reunião, lembrando-me da discussão que houve na reunião anterior.

(3)

Emprego da Próclise Usa-se próclise diante de:

1. palavras de sentido negativo (não, nunca, nada etc) Não me convidou para jantar.

2. pronome indefinido (tudo, alguém, outros etc) Tudo me aborrece.

3. pronome relativo (que, quem, qual, cujo etc) A pessoa de quem te falei é falsa.

4. advérbios (hoje, amanhã, talvez etc) Amanhã te confirmo a reunião.

Observação: se depois do advérbio vier vírgula, há uma pausa, então, não se emprega a próclise e sim a ênclise:

Aqui se fala muito.

Aqui, fala-se muito.

5. conjunções subordinativas (como, embora, quando, caso, à medida que etc)

Embora se julgue superior aos outros, precisa aprender mais para ser competitiva no mercado de trabalho.

6. Gerúndio regido de preposição em.

(4)

Em se tratando de projetos arquitetônicos, prefiro os mais sofisticados.

7. Nas orações exclamativas

“Quanto sangue se derramou inutilmente!”

8. Nas orações interrogativas Quem me procurou ontem?

Próclise opcional

Pode-se empregar próclise ou ênclise quando o verbo não inicia a oração e com o verbo no infinitivo não flexionado precedido de palavra negativa ou de preposição.

O aluno feriu-se gravemente. (ênclise) O aluno se feriu gravemente. (próclise) Espero não ver-te mais. (ênclise) Espero não te ver mais. (próclise)

Emprego da Mesóclise

Emprega-se a mesóclise diante de verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, desde que não ocorra condição para a próclise.

Dir-me-á a verdade no depoimento.

Dar-me-iam razão se tivessem aqui.

Formação da mesóclise

(5)

Futuro do Presente Futuro do Pretérito queixar–me–ei queixar–me–ia

queixar–te–ás queixar–te–ias queixar–se–á queixar–se–ia queixar–nos–emos queixar–nos–íamos

queixar–vos–eis queixar–vos–íeis queixar–se–ão queixar–se–iam

Emprego da Ênclise Usa-se ênclise diante de:

1. orações iniciadas por verbo

Falava-me das suas aventuras na infância.

.

2. orações reduzidas de gerúndio sem partícula atrativa

O motorista avançava a faixa de segurança, dirigindo-se aos pedestres.

3. verbo no imperativo afirmativo.

Dê-me um pouco de sossego.

4. verbo infinitivo não flexionado, regido da preposição a.

Todos corriam a vê-lo.

5. Junto a infinitivo precedido de artigo O vender-se; o queixar-se.

(6)

Atenção!

Colocação pronominal nas locuções verbais

1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio:

a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar.

Ex.: Tinham-me convidado para o jantar.

b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar.

Ex.: Não me haviam convidado par ao jantar.

2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:

a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Exemplos:

Devo informar-lhe o ocorrido/ Devo-lhe informar o ocorrido.

Estavam dizendo-me muitas bobagens./ Estavam-me dizendo muitas bobagens.

b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Exemplos:

Não posso informar-lhe o ocorrido./ Não lhe posso informar o ocorrido.

Não estavam dizendo-me nada./ Não me estavam dizendo nada.

Observações sobre emprego dos pronomes:

(7)

a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações.

Vou deixar João em casa.

Vou deixá-lo em casa. (deixar + o)

b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a forma no, na, nos, nas.

Levaram João e Maria para o bosque.

Levaram-nos para o bosque.

c) Como complementos verbais, o(s)e a(s) desempenham função de objeto direto; lhe(s), de objeto indireto.

Joana passou no vestibular. Sua mãe deu-lhe um presente. (“deu” = VTDI; “um presente” = OD)

Joana passou no vestibular. Sua mãe a presenteou. (“presenteou” = VTD)

Nas provas de concurso ...

EXERCÍCIOS

Q ues tõ es Tipo de colocação pronominal Erro de colocação

Justificativa de

regra

(8)

1. (CESPE – 2015 – Cargos de nível médio – DPU)

Seria mantida a correção gramatical do período caso a partícula “se”, em “se beneficiar” (l.16), fosse deslocada para imediatamente após a forma verbal

“beneficiar” — escrevendo-se beneficiar-se.

( ) Certo ( ) Errado

2. (CESPE – 2014 – Contador – MTE)

(9)

Na linha 12, o pronome “se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “converteu”, escrevendo-se converteu-se, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

( ) Certo ( ) Errado

3. (CESPE – 2013 – Policial rodoviário Federal – PRF)

(10)

Devido à presença do advérbio apenas (L.18), o pronome se (L.17) poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal coloca (L.17), da seguinte forma: coloca-se.

( ) Certo ( ) Errado

4. (CESPE – 2013 – Analista judiciário – TRT – 10ª região)

No trecho A economia solidária vem-se apresentando (L.1), o deslocamento do pronome pessoal oblíquo para depois do verbo principal da locução não prejudicaria a correção gramatical do texto: vem apresentando-se.

( ) Certo ( ) Errado

5. (CESPE – 2013 – Analista judiciário – MPOG)

(11)

No trecho ele até se espantava ao ver que não avançava no curso (l.12-13), o uso da ênclise com o infinitivo manteria a correção gramatical e o sentido do texto na reescrita seguinte: ele até espantava ao ver-se que não avançava no curso.

( ) Certo ( ) Errado

6. (CESPE – 2013 – Escrivão de Polícia – Polícia Federal)

(12)

Seriam mantidas a correção gramatical e a coesão do texto, caso o pronome os, em não os haveria de ter (l.13), fosse deslocado para imediatamente depois da forma verbal ter, escrevendo-se tê-los.

( ) Certo ( ) Errado

7. (CESPE – 2013 – Analista em geociências – CPRM)

(13)

O pronome se, em que se formaram (L.7), poderia ser corretamente deslocado para logo após a forma verbal formaram, escrevendo-se que formaram-se.

( ) Certo ( ) Errado

8. (CESPE – 2011 – Analista do judiciário - Direito – TJ-ES)

(14)

No trecho enquanto os protestos se espalhavam pelas ruas da capital egípcia (L.7-8), a próclise do pronome se justifica-se pela natureza subordinada da oração, explicitada pela conjunção temporal enquanto.

( ) Certo ( ) Errado

9. (VUNESP - 2016 - Prefeitura de São Paulo - SP - Analista Fiscal de Serviços)

O mundo vive hoje um turbilhão de sentimentos e reações no que diz respeito aos refugiados. Trata-se de uma enorme tragédia humana, à qual temos assistido pela TV no conforto de nossas casas.

Imagens dramáticas mostram famílias inteiras, jovens, crianças e idosos chegando à Europa em busca de um lugar supostamente mais seguro para viver. Embora os refugiados da Síria tenham ganhado maior destaque, existem ainda os refugiados africanos e os latino-americanos.

Dentro da América Latina, vemos grandes migrações, uma marcha de pessoas que buscam o refúgio, mas que terminam em uma espécie de exílio.

O Brasil, que sempre se destacou por sua capacidade de acolher diferentes culturas, apresenta uma das sociedades com maior diversidade. Podemos afirmar nossa capacidade de lidar com o multiculturalismo com bastante naturalidade, embora, muitas vezes, a questão seja tratada de maneira

(15)

superficial. Por outro lado, o preconceito existente, antes disfarçado, deixou de ser tímido e passou a se manifestar de forma aberta e hostil.

Comparado a outros países, o Brasil não recebe um número elevado de refugiados, e a maioria da sociedade brasileira aceita-os, acreditando que é possível fazer algo para ajudá-los, mesmo diante do momento crítico da economia e da política.

Diante desse cenário, destacam-se as iniciativas de solidariedade, de forma objetiva e praticada por jovens estudantes de nossas universidades. Com a cabeça aberta e o respeito ao diferente, muitos deles manifestam uma visão de mundo que permite acreditar em transformações sociais de base.

(Soraia Smaili, Refugiados no Brasil: entre o exílio e a solidariedade. Em:

cartacapital.com.br. 02.02.2016. Adaptado) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, conforme a norma- padrão.

a) Quando dão-se conta da situação dos refugiados, as pessoas já põem-se a acolhê-los sem discriminação.

b) No Brasil, vê-se que o número de refugiados não é tão grande. Aceita-os, sem restrição, boa parte da população.

c) Se veem imagens dramáticas dos refugiados na TV. Não trata-se de ficção: é a pura realidade.

d) Têm visto-se turbilhões de refugiados. O mundo os vê se deslocarem em busca de uma vida melhor.

e) Os refugiados buscam uma vida melhor. Discriminaria-os aqueles que desconhecem a solidariedade.

10. (IBFC - 2015 - SAEB-BA - Analista de Registro de Comércio) Náufragos da modernidade líquida

(Frei Beto) Qual o próximo centro financeiro? Nos séculos XIII e XIV, foi Bruges, com o advento do mercantilismo; nos séculos XIV a XVI, Veneza, com suas

corporações marítimas e a conquista do Oriente; no século XVI, Antuérpia, graças à revolução gráfica de Gutenberg.

Em fins do século XVI e início do XVII, foi Gênova, verdadeiro paraíso fiscal;

nos séculos XVIII e XIX, Londres, devido à máquina a vapor e a Revolução

(16)

Industrial; na primeira metade do século XX, Nova York, com o uso da energia elétrica; na segunda, Los Angeles, com o Vale do Silício. Qual será o próximo?

Tudo indica que o poderio econômico dos EUA tende a encolher, suas empresas perdem mercados para a China, a crise ecológica afeta sua qualidade de vida. Caminhamos para um mundo policêntrico, com múltiplos centros regionais de poder.

A agricultura se industrializa, a urbanização invade a zona rural, o tempo é mercantilizado. Há o risco de, no futuro, todos os serviços serem pagos:

educação, saúde, segurança e lazer.

Torna-se difícil distinguir entre trabalho, consumo, transporte, lazer e estudo.

A vida urbana comprime multidões e, paradoxalmente, induz à solidão. O salário se gasta predominantemente em compra de serviços: educação, saúde, transporte e segurança.

Antes de 2030, todos se conectarão a todas as redes de informação por infraestruturas de alta fluidez, móveis e fixas, do tipo Google. A nanotecnologia produzirá computadores cada vez menores e portáteis. Multiplicar-se-ão os robôs domésticos.

O mundo envelhece. As cidades crescem. Se, de um lado, escasseiam bens insubstituíveis, de outro, produzem-se tecnologias que facilitam a redução do consumo de energia, o tratamento do lixo, o replanejamento das cidades e dos transportes.

O tempo se torna a única verdadeira raridade. Gasta-se menos tempo para produzir e mais para consumir. Assim, o tempo que um computador requer para ser confeccionado não se compara com aquele que o usuário dedicará para usá-lo.

Os produtos postos no mercado são “cronófagos”, isto é, devoram o tempo das pessoas. Basta observar como se usa o telefone celular. Objeto de

multiuso, cada vez mais ele se impõe como sujeito com o poder de absorver o nosso tempo, a nossa atenção, até mesmo a nossa devoção.

Ainda que cercados de pessoas, ao desligar o celular nos sentimos exilados em uma ilha virtual. Do outro lado da janelinha eletrônica, o capital investido nas operadoras agradece tão veloz retorno...

Náufragos da modernidade líquida, há uma luta a se travar no que se refere à subjetividade: deixar-se devorar pelas garras do polvo tecnológico, que nos cerca por todos os lados, ou ousar exercer domínio sobre o tempo pessoal e reservar algumas horas à meditação, à oração, ao estudo, às amizades e à ociosidade amorosa. Há que decidir!

(Disponível em: http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artld=5121.

Acesso em: 02/07/2015)

(17)

No 6º parágrafo, tem-se a forma verbal “Multiplicar-se- ão”, na qual o pronome oblíquo encontra-se em posição mesoclítica. Assinale a opção em que se ERRA, de acordo com a norma padrão, na colocação pronominal.

a) “A agricultura se industrializa”(4°§)

b) “Torna-se difícil distinguir entre trabalho, consumo” (5°§) c) “Antes de 2030, todos se conectarão a todas as redes” (6°§) d) “de outro, produzem-se tecnologias “ (7°§)

e) “Objeto de multiuso, cada vez mais ele se impõe como sujeito” (9°§)

11. (FCC - 2015 - SEFAZ-PI - Analista do Tesouro Estadual - Conhecimentos Gerais)

A lanterninha Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.

A casa, com seus corredores, portas, móveis e ângulos que recebiam iluminação plena, passou a ser um lugar estranho, variável, em que só se viam seções de paredes e objetos, nunca a totalidade. E as seções giravam, desapareciam, transformavam-se. Isso me encantou. Eu descobria outra casa dentro da casa.

A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em nossa percepção visual. E que a luz é Deus.

A partir daí entronizei minha lanterninha em pequeno nicho colocado na estante, e dispensei-me de ler os tratados que me perturbavam a consciência. Todas as noites retiro-a de lá e mergulho no divino. Até que um dia me canse e tenha de inventar outra divindade.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis.

Rio de Janeiro: José Olympio, 1985, p. 25)

Ganhei uma lanterna e passei a explorar a lanterna, projetando a luz que emanava da lanterna para transfigurar os cantos e objetos familiares da casa, dotando a lanterna desse poder divino de criar as coisas ao mesmo tempo que ilumina as coisas.

Evitam-se as viciosas repetições acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

a) explorar-lhe − lhe emanava − dotando-a − ilumina-as b) explorá-la − a emanava − dotando-lhe − as ilumina c) a explorar − nela emanava − dotando-lhe − lhes ilumina d) lhe explorar − emanava dela − dotando-a − ilumina-lhes

(18)

e) explorá-la − dela emanava − dotando-a − as ilumina

12. (VUNESP - 2014 - DESENVOLVESP - Analista - Grupo 8) Googlall

Vira e mexe, vejo-me olhando o sujeito na mesa ao lado e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu conheço esse cara? Terá sido meu companheiro no chalé IV do acampamento Rancho Ranieri, em 1987? O namorado da prima de uma ex-namorada, na faculdade? Um passageiro com quem troquei três frases na ponte aérea, semana passada?

Muito em breve, essa e outras questões serão resolvidas num piscar de olhos. Literalmente: bastará encarar a pessoa através das nossas lentes de contato digitais e uma legenda aparecerá, como na viseira do Robocop: “Pedro Arruda, 35, advogado tributarista, vulgo ‘Goiabão’, roubou seus bonecos do Comandos em Ação na quarta série”.

Tudo estará na rede e a rede estará em nós. Imagine um novo casal tendo aquela típica conversa: “Que coisa doida a gente nunca ter se esbarrado por aí antes... Será que a gente já passou pertinho um do outro em algum lugar?”.

Como seremos chipados ao nascer, os namorados poderão ver as situações em que estiveram mais próximos acessando o histórico de seus GPSs

pessoais. E já que as lentes filmarão o tempo inteiro, do exame do pezinho à pá de cal, dará até para assistirem às cenas de seus quase encontros: na infância, a três assentos de distância, no barco viking do Playcenter; na adolescência, se cruzando numa passeata dos “caras-pintadas”; numa tarde modorrenta de 2003, olhando pro painel de senhas do cartório Vampré, em Pinheiros. (Essas imagens, claro, estarão no vídeo de casamento dos dois, mandado diretamente para as lentes dos convidados.)

Confesso que, quando penso neste futuro próximo, o que mais me atiça a curiosidade não são as maravilhas possíveis (como encontrar doadores compatíveis), mas as pequenas inutilidades. Como, por exemplo, pegar uma caneta Bic e, através das impressões digitais, descobrir as mãos pelas quais já passou, ver as fotos e perfis desses desconhecidos cujo único vínculo é uma esferográfica - e, quem sabe, uma medula óssea. Talvez, quando esse dia chegar, já não se precise mais de cronistas: cada pedrinha no chão, cada tijolo na parede, ao serem escaneados, contarão histórias muito mais ricas do que as que poderemos inventar. Enquanto esse dia não chega, contudo,

continuamos aqui, todo domingo.

Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 09.03.2014. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho – ... vejo-me olhando o sujeito na mesa ao lado e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu conheço esse cara?

(19)

– está corretamente reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, tendo-se as expressões destacadas substituídas por pronomes.

a) ... vejo-me olhando-o e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu o conheço?

b) ... vejo-me olhando-lhe e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu o conheço?

c) ... vejo-me lhe olhando e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu lhe conheço?

d) ... vejo-me lhe olhando e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu conheço-lhe?

e) ... vejo-me olhando-o e espremendo o cérebro feito um limão: de onde eu conheço-lhe?

13. (FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Analista - Auditoria)

De acordo com a norma culta da língua, assinale a opção correta quanto à colocação pronominal.

a) Esperemos, agora, que resolvam-se todos os problemas.

b) Ninguém preparou-se devidamente para aquela situação.

c) Perceber-se-ia uma nova atmosfera na sala de reuniões.

d) Nunca divulgou-se uma notícia como essa.

e) Não constituir-se-á advogado.

14. (CONSULPLAN - 2017 - Prefeitura de Sabará - MG - Advogado)

Nick Vujicic: australiano sem braços e pernas passará em 5 cidades do Brasil em Outubro de 2016

Histórias de superação são sempre fascinantes, porque nos mostram que vencer as dificuldades, por piores que elas sejam, é possível. A incrível e emocionante vida do australiano Nick Vujicic já tinha sido transformada em livros, e agora ele chega com uma turnê ao vivo entre 3 e 8 de outubro no Brasil.

Já estão confirmadas as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Nick Vujicic nasceu sem pernas e sem braços devido a uma síndrome rara, denominada tetra-amelia, que ocorre por falha na formação embrionária. Apesar de suas limitações, aprendeu a escrever com a boca, a digitar, nadar, mergulhar, surfar, jogar futebol, andar de skate, jogar golfe... Formou-se em Economia e Contabilidade, casou-se e é pai. Não satisfeito, tornou-se palestrante motivacional e escritor best-seller. Já falou para mais de seis milhões de pessoas, em 50 países, sendo sempre ovacionado pelo público.

(20)

“Sabe por que consigo fazer tudo isso? Porque não tenho medo de dificuldades e me esforço bastante!”, conta Nick, no seu livro Me Dá Um Abraço, lançado pela editora Mundo Cristão. Em oito capítulos ricamente ilustrados, o autor narra alguns acontecimentos que mais marcaram sua vida, sempre ressaltando a importância do amor e dos gestos daqueles que influenciaram positivamente sua trajetória. Logo no primeiro capítulo ele traz o emocionante relato sobre um encontro com uma garotinha de três anos de idade, que o olhava espantada, mas que, para a surpresa dele, aproximou-se para abraçá-lo com os braços para trás. “Que jeito mais especial de abraçar! Esticou o pescoço, apoiou a cabeça em meu ombro e pressionou seu pescoço de leve contra o meu. Nós nos abraçamos como duas girafas”, escreveu.

(Disponível em: https://noticias.terra.com.br/dino/nick-vujicic-australiano- sem-bracos-e-pernas-passara-em-5-cidades-do-brasil-em-outubro-de- 2016,980ba27b0a6dc406c5664e4e45e0a12ad1jp4dqy.html.)

Caso o termo “dificuldades” tivesse sido introduzido no texto anteriormente ao trecho “vencer as dificuldades” (1º§), haveria correção gramatical e coesiva sua substituição por:

a) Vencê-las.

b) Vencê-lhes.

d) Vencer-nas.

d) Vencer-lhes.

15. (FUMARC - 2018 - COPASA - Analista de Saneamento - Administrador ) A medicalização da vida

Jackson César Buonocore

Podemos compreender o conceito de medicalização, como processo que transforma de forma artificial as questões não médicas em problemas médicos.

São problemas de diferentes ordens que são apresentados como doenças, transtornos e distúrbios psiquiátricos que escondem as grandes questões econômicas, políticas, sociais, culturais e emocionais – que atingem a vida das pessoas.

A sociedade brasileira vive esse processo de medicalização em todas as dimensões da vida, por uma busca desenfreada por explicações biológicas, fisiológicas e comportamentais – que possam dar conta de diversos tipos de sofrimento psíquico, entre os mais frequentes estão a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.

A medicalização da vida é uma prática comum, pois tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos. Nessa busca por um alívio

(21)

imediato dos sintomas, cada vez mais pessoas colocam sua confiança em receitas rápidas, que possam diminuir o mal-estar sem compreender as origens desse sofrimento.

Assim difunde-se a ideia de que existe um “gene” que poderia explicar o alcoolismo, o sofrimento psíquico, a infelicidade, a falta de atenção, a tristeza, etc., que transformariam os pacientes em portadores de distúrbios de comportamento e de aprendizagem. Essas hipóteses duvidosas ainda são publicadas pela mídia como fatos comprovados, cumprindo a função social de abafar e ocultar violências físicas e psicológicas.

Além da acentuada carga medicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante – que é o aumento da medicalização da infância. Atualmente observa-se que crianças e adolescentes que apresentam características de personalidade que diferem dos catalogados como normais são frequentemente enquadrados em categorias nosológicas.

Diante desse contexto inquietante a respeitável psicanalista Elisabeth Roudinesco, alerta: “Que sempre haverá um medicamento a ser receitado, pois cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitado à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma”.

Na mesma linha de raciocínio, o renomado jornalista americano Robert Whitaker, questiona os métodos de tratamento adotados pela psiquiatria para os casos de pacientes com doenças mentais. Whitaker escreveu dois livros analisando a evolução de pacientes com esquizofrenia em países como Índia, Nigéria e Estados Unidos, e afirma que a psiquiatria está entrando em um período de crise e conclui: “A história que nos contaram desde os anos oitenta caiu por terra, de que a esquizofrenia e a depressão são causadas por desequilíbrios químicos no cérebro”.

Não há dúvidas da importância da utilidade dessas substâncias químicas e do conforto e da qualidade vida que elas trazem aos pacientes, desde que os psicofármacos – sejam prescritos de forma criteriosa e responsável são aliados indispensáveis na luta contra o sofrimento psíquico. Portanto, é preciso contextualizar o uso abusivo que se faz de antidepressivos, antipsicóticos e ansiolíticos.

(Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista. Disponível em https://www.psicologiasdobrasil.com.br/medicalizacao-da-vida/. Acesso em 20/04/2018).

Nos excertos abaixo, atente para a colocação pronominal, as alterações propostas e as afirmações feitas:

(22)

a) 1, apenas.

b) 2, apenas.

c) 3, apenas.

d) 1, 2 e 3.

16. (VUNESP - 2017 - Câmara de Barretos - SP - Advogado) O futuro da universidade

Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, disse em entrevista que o teto salarial paulista, hoje em R$ 21 mil, é uma ameaça à excelência das universidades públicas do Estado de São Paulo. Com esse valor para o topo da carreira, fica difícil atrair os melhores talentos. Concordo, mas acrescento que a lista de constrangimentos não para aí.

A isonomia salarial, tão celebrada pelos sindicatos, produz um efeito muito semelhante. Mesmo que não houvesse teto, a regra segundo a qual não pode haver diferenças salariais entre professores com a mesma titulação e tempo de carreira impediria as universidades públicas de contratar prêmios Nobel ou quaisquer outros pesquisadores de gabarito internacional. Para escancarar o

(23)

absurdo da coisa, tente imaginar um clube como o Barcelona ou o PSG tendo de lidar com uma norma que manda pagar o mesmo para a estrela do time e o terceiro goleiro reserva.

Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que, receio, acabarão condenando as universidades públicas à mediocridade. Para tornar o quadro mais dramático, vale lembrar que hoje, ao contrário de décadas passadas, elas já não reinam absolutas.

Em áreas como medicina, direito, economia e engenharias, que têm forte inserção no mercado, já surgiram instituições privadas que oferecem cursos de qualidade comparável ou até superior aos da Unicamp, USP etc. Elas ainda ficam bastante atrás em pesquisa e é improvável que se interessem por criar cursos quase que fadados a ser deficitários como sânscrito ou astronomia, que são, entretanto, o que assegura o caráter de universalidade que faz parte até da raiz da palavra “universidade”.

De todo modo, se as universidades públicas querem manter a relevância, precisam pensar em reformas mais profundas do que apenas criar cotas ou estancar o deficit orçamentário.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, http://www1.folha.uol.com.br/

colunas/helioschwartsman/2017/08/1913821-o-futuro-da-universidade.shtml.

29.08.2017. Adaptado)

Considere a seguinte frase escrita a partir do texto.

Teto e isonomia são apenas dois exemplos de uma série de empecilhos institucionais que condenarão as universidades públicas à mediocridade.

Substituindo-se a expressão “as universidades públicas”, fica em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, quanto ao uso e à colocação do pronome, a seguinte redação:

a) ... uma série de empecilhos institucionais que as condenarão à mediocridade.

b) ... uma série de empecilhos institucionais que condenarão-as à mediocridade.

c) ... uma série de empecilhos institucionais que lhes condenarão à mediocridade.

d) ... uma série de empecilhos institucionais que condenarão-lhes à mediocridade.

(E) ... uma série de empecilhos institucionais que condenarão-nas à mediocridade.

17. (IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário - Administrativa)

(24)

Observe a construção verbal do enunciado a seguir: “Tratar-se-ia apenas de amor próprio.” Quanto à norma de colocação pronominal utilizada, assinale a alternativa correta.

a) Mesóclise - uso do pronome no interior do verbo no futuro do pretérito.

b) Mesóclise - uso do pronome no interior do verbo no futuro mais-que-perfeito.

c) Próclise - uso do pronome no interior do verbo no futuro do presente.

d) Mesóclise ± uso do pronome no interior do verbo no pretérito imperfeito.

18. (CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do trecho da letra de música anteriormente apresentado, julgue o item que se segue.

Em “Mas não me deixe sentar” (v.11), a colocação do pronome “me” após a forma verbal “deixe” — deixe-me — prejudicaria a correção gramatical do trecho.

( ) Certo ( ) Errado

19. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Investigador) Dicas de Segurança: Em casa

• Em sua residência, ao atender um chamado, certifique-se de quem se trata, antes mesmo de atendê-lo. Em caso de suspeita, chame a Polícia.

(25)

• À noite, ao chegar em casa, observe se há pessoas suspeitas próximas à residência. Caso haja suspeita, não estacione; ligue para a polícia e aguarde a sua chegada.

• Não mantenha muito dinheiro em casa e nem armas e joias de muito valor.

• Quando for tirar cópias de suas chaves, escolha chaveiros que trabalhem longe de sua casa. Dê preferência a profissionais estabelecidos e que tenham seus telefones no catálogo telefônico.

• Evite deixar seus filhos em casa de colegas e amigos sem a presença de um adulto responsável.

• Cuidado com pessoas estranhas que podem usar crianças e empregadas para obter informações sobre sua rotina diária.

• Cheque sempre as referências de empregados domésticos (saiba o endereço de sua residência).

• Utilize trancas e fechaduras de qualidade para evitar acesso inoportuno. O uso de fechaduras auxiliares dificulta o trabalho dos ladrões.

• Não deixe luzes acesas durante o dia. Isso significa que não há ninguém em casa.

• Quando possível, deixe alguma pessoa de sua confiança vigiando sua casa.

Utilize, se necessário, seu vizinho, solicitando-lhe que recolha suas correspondências e receba seus jornais quando inevitável.

• Ao viajar, suspenda a entrega de jornais e revistas.

• Não coloque cadeados do lado de fora do portão. Isso costuma ser um sinal de que o morador está viajando.

• Cheque a identidade de entregadores, técnicos de telefone ou de aparelhos elétricos.

• Insista com seus filhos: eles devem informar sempre onde estarão, se vão se atrasar ou se forem para a casa de algum amigo. É muito importante dispor de todos os telefones onde é possível localizá-los.

• Verifique se as portas e janelas estão devidamente trancadas e jamais avise a estranhos que você não vai estar em casa.

Adaptado de https:<//sesp.es.gov.br/em-casa>. Acesso em: 30/jan./2019.

Considerando as regras de regência e de colocação pronominal, assinale a alternativa redigida corretamente.

a) Lembre-se de suspender a entrega de jornais e revistas.

b) Lembre da suspensão da entrega de jornais e revistas.

c) Não esqueça-se de trancar portas e janelas.

d) Não esqueça de trancar portas e janelas.

e) É mais preferível pedir que o vizinho recolha as correspondências do que suspender sua entrega.

20. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Escrivão de Polícia)

(26)

“Em 2013, a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio de policiais da Academia de Polícia (Acadepol) capixaba, conheceu o programa e […]

trouxe para o Estado”.

A expressão em destaque no excerto apresentado pode ser substituída adequadamente, considerando a escolha pronominal e sua colocação, por a) conheceu-o.

b) os conheceu.

c) conheceu-lhe.

d) conheceu-no.

e) lhe conheceu.

21. (VUNESP - 2019 - TJ-SP - Médico Judiciário) Considere os trechos do texto.

• Médicos sempre ocuparam uma posição de prestígio na sociedade. (1°

parágrafo)

• Já o lado humanístico, que perdeu espaço para os exames e as máquinas...

(2° parágrafo)

• Esses doutores teriam uma função diferente, atuando na interface... (7°

parágrafo)

De acordo com a norma-padrão de emprego e colocação de pronomes, as expressões destacadas podem ser substituídas por:

a) a ocuparam; o perdeu; a teriam.

b) ocuparam-na; perdeu-o; teriam-na.

c) ocuparam-lhe; o perdeu; a teriam.

d) a ocuparam; o perdeu; teriam-na.

e) ocuparam-na; perdeu-lhe; a teriam.

22. (VUNESP - 2018 - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial)

Assinale a alternativa em que em que a colocação do pronome destacado atende à norma-padrão da língua.

a) Apenas quando lembra-se do que lera nos jornais, o narrador compreende a razão de não haver pão.

b) Ao ouvir a história do padeiro, o narrador indigna-se com a forma como sempre tratavam-no nas casas.

c) O narrador relacionava a história do padeiro à sua, se recordando do tempo em que era um jovem escritor.

d) De tanto ouvir que não era ninguém, o padeiro já não se incomodava mais por ser tratado assim.

e) Para o padeiro, era natural a ideia de que ninguém reconhecia-o devido à natureza do seu trabalho.

(27)

Gabarito 1. Certo 2. Certo 3. Errado 4. Certo 5. Errado 6. Certo 7. Errado 8. Certo 9. B 10. A 11. E 12. A 13. C 14. A 15. C 16. A 17. A 18. Certo 19. A 20. A 21. A 22. D

Referências

Documentos relacionados

Cada aluno deverá adquirir somente o conjunto de materiais de Inglês do grupo que faz parte... MATERIAL PADRONIZADO Item 4 5

Emprego do pronome pessoal (Reto, Oblíquo e Pronome de Tratamento), do pronome possessivo, do pronome indefinido e do pronome demonstra- tivo. Emprego do pronome relativo.

Emprego do pronome pessoal (Reto, Oblíquo e Pronome de Tratamento), do pronome possessivo, do pronome indefinido e do pronome demonstrativo.. Emprego do

Próclise: Sua colocação pronominal ocorre com o uso do pronome oblíquo átono antes do verbo. - Palavras com sentido negativo sempre irão atrair o pronome para junto de

Como a tecnologia atual de união dos componentes para formação do calçado baseia-se, em grande parte, nos adesivos, a possibilidade de substituição dos materiais utilizados

Fruto de um trabalho do Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio do Núcleo de Estudos Agrários e de Desenvolvimento e Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola, com

Alicerçado na Pedagogia de projetos o trabalho interdisciplinar buscou contribuir para a diminuição do desperdício de alimentos e ainda promover hábitos

Além disto, a nefrotoxicidade (toxicidade para os rins) da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40 mg em pacientes