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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE GEOLOGIA

DANIEL MENDONÇA RODRIGUES

DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE OURO NAS LITOLOGIAS DA PORÇÃO SUL DO “GREENSTONE BELT” DO RIO ITAPICURU –

BAHIA.

Salvador 2013

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DANIEL MENDONÇA RODRIGUES

DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE OURO NAS LITOLOGIAS DA PORÇÃO SUL DO “GREENSTONE BELT” DO RIO ITAPICURU –

BAHIA.

Salvador 2013

Monografia apresentada ao Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia.

Orientador: Prof. Dr. José Haroldo da Silva Sá

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TERMO DE APROVAÇÃO

DANIEL MENDONÇA RODRIGUES

DISTRIBUIÇÃO E CONCENTRAÇÃO DE OURO NAS LITOLOGIAS DA PORÇÃO SUL DO “GREENSTONE BELT” DO RIO ITAPICURU –

BAHIA.

Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora:

JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ - Orientador

Doutor em GEOCIÊNCIAS pela UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

PEDRO MACIEL DE PAULA GARCIA

Mestre em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

THIAGO NOVAES XAVIER SOUZA

Graduado em GEOLOGIA pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA YAMANA GOLD.

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A meus pais

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha família, por ter me dado todo o suporte e apoio que necessitei nessa etapa da vida. À minha mãe que sempre me estimulou a correr atrás das coisas que gosto e seu total apoio pelas minhas escolhas, mesmo se encontrando distante. Ao meu pai, que sempre se esforçou para me oferecer o melhor, sempre preocupado em me fornecer apoio nesses anos de curso. Ao meu irmão, por todo o seu companheirismo e amor por mim. À minha irmã, que sempre esteve presente em toda a minha vida, oferecendo o possível e o impossível para a minha felicidade, compartilhando sempre que possível, os seus momentos comigo. E a lulu, que sem motivos, grudou em mim desde os primeiros meses de idade e não largou até o momento.

Ao meu orientador Haroldo Sá, professor e amigo, pelo apoio, paciência e por acreditar no meu potencial. Não posso deixar de registrar também o meu agradecimento pela enorme bagagem geológica ensinada.

Agradeço à CBPM pela ajuda com os motoristas, que me levaram para as visitas de campo, estiveram comigo e me ajudaram durante toda essa etapa. Agradeço também pelas láminas delgadas confeccionadas e por ter enviado as amostras coletadas para o laboratório GEOLAB em Minas Gerais, o qual também sou grato.

À toda equipe geológica da YAMANA e à própria empresa, pelo apoio fornecido. Em especial a Thiago, por ter deixados parte do seu trabalho de lado para poder me acompanhar e me ajudar na etapa de campo, tirando as minhas dúvidas e me ensinando.

Aos meus amigos e colegas da faculdade, pela felicidade e companheirismo fornecido durante esses 5 anos de curso. Em especial para Richard, Paulão, Aline, Marcelinho, Daniel, Smeagol, Carol, Enaldo, Mario, Pedroca, Edmar, Mari, Leti, Cipri e Substancia.

Aos meus familiares que sempre acreditaram em mim.

Aos professores Osmario, Simone, César, André, Michel, Gisele, Débora, Flávio, Pedro Maciel e mais uma vez ao meu orientador Haroldo Sá, pelo conhecimento geológico fornecido e por ajudarem a aumentar a cada matéria o meu amor pela geologia.

Por ultimo e mais importante, gostaria de agradecer a Luana, Clarinha e a professora Ângela. Sem vocês não seria possível concluir esse trabalho. Também agradeço pela amizade, da qual nunca esquecerei.

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RESUMO

O “greenstone belt” do rio Itapicuru está situado no nordeste da Bahia, inserido no contexto tectônico do Cráton do São Francisco, sobreposto ao arcabouço de para-ortognaisses e migmatitos arqueanos com idade de 2,9 Ga do bloco Serrinha.

De modo geral, o “greenstone belt” do rio Itapicuru apresenta-se metamorfisado na facies xisto verde a anfibolito e é composto pelos domínios metavulcânico máfico, metavulcânico félsico, metassedimentar e granitoides intrudidos nas sequências vulcanossedimentares. Datações foram realizadas e obtiveram idades de 2,2 Ga para os metabasaltos do domínio metavulcânico máfico e 2,1 Ga para os metandesitos do domínio metavulcânico félsico.

A porção sul do “greenstone belt” do rio Itapicuru foi o enfoque do presente estudo que visa identificar a(s) rocha(s) fonte(s) mais prováveis do ouro na área, onde encontram-se metabasaltos do domínio metavulcânico máfico, metandesitos do domínio metavulcânico félsico, formações ferríferas, xistos e metapelitos do domínio metassedimentar e os granitoides Salgadália, Barrocas e Teofilândia. A área apresenta um “trend” E-W, com os flancos dos sinclinais e anticlinais mergulhando para N e S. Dados geoquímicos foram obtidos de todas essas litologias e analisado a distribuição e concentração de ouro, cobre e arsênio.

Desde a década de 70 estudos realizados na sequência vulcanossedimentar comprovaram que ela tem grande potencialidade para mineralização de ouro. Atualmente a mina Fazenda Brasileiro da Yamana está inserida na área estudada e explota ouro. Essa mineralização aurífera está situada em uma zona de cisalhamento nomeada como Faixa

“Weber” na qual a mineralização é fortemente controlada pela estrutura e pelas rochas encaixantes

Análises geoquímicas e petrográficas foram realizadas em todas as litologias da porção sul do “greenstone belt” do rio Itapicuru indicaram concentrações de ouro relativamente anômalos nas sequencias supracrustais, com destaque para as metavulcanicas félsicas e os metassedimentos. Observou-se também uma correlação positiva dos valores de ouro e arsênio nas rochas analisadas.

Palavras-chave: OURO, CONCENTRAÇÃO, GREENSTONE.

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ABSTRACT

The Itapucuru greenstone belt is located in northeastern Bahia, placed in the context of the Craton tectonic, superimposed on the framework of para-Archean orthogneiss and migmatites age of 2.9 Ga of Serrinha block.

In general, the Itapicuru greenstone belt presents metamorphosed at greenschist facies to amphibolite and is composed of the domains metavulcanic mafic, metavulcanic felsic, metasediments and granitoids intruded in volcanossedimentaries sequences. Datings were performed and obtained ages of 2.2 Ga for the metabasalts in domain metavolcanic and 2.1 Ga to metandesitos in metavolcanic felsic domain.

The southern portion of the "greenstone belt" of Itapicuru was the focus of this study to identify rock(s) source(s) most likely gold in the area, which are metabasalts of the domain metavolcanic mafic metabasalts, metandesitos Domain metavulcânico felsic, iron formations, shales and metapelites of the metasedimentary domain and granitoids Salgadália, Barrocas and Teofilândia. The area presents a EW "trend", with the flanks of synclines and anticlines plunging to N and S. Geochemical data were obtained from all those lithologies and analyzed the distribution and concentration of gold, copper and arsenic.

From the 70, studies following volcanosedimentary proved that it has great potential for gold mineralization. Currently the Fazenda Brasileiro mine of Yamana is inserted in the studied area and category exploited gold. This gold mineralization is located in a shear zone named "Weber" zone in which mineralization is strongly controlled by the structure and the host rocks.

Petrographic and geochemical analyzes were performed on all lithologies of the southern portion of the itapicuru greenstone belt indicated relatively anomalous gold concentrations in supracrustal sequences, especially the metavolcanic felsic and metasedimentary rocks. We also observed a positive correlation of the values of gold and arsenic in rocks analyzed.

Keywords: GOLD, CONCENTRATION, GREENSTONE.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1: Mapa do estado da Bahia com as 3 principais estradas federais que cortam o estado, a BR 101, a BR116 e a BR324. A área de estudo se encontra na região de Teofilândia, cujo acesso se dá pela BR 116... ...2 Figura 1.2: Mapa demonstrando o acesso que se da para Teofilândia a partir de Salvador...3 Figura 2.1: Craton do São Francisco delimitado pela linha vermelha e seu limite com as faixas Sergipana e Riacho do Pontal a norte, Faixa Rio Preto a noroeste, Faixa Brasília a leste, Faixa Ribeira e Araçuaí a sul...6 Figura 2.2: Mapa simplificado do estado da Bahia evidenciando os segmentos crustais arqueanos e paleoproterozoicos. Estruturas deformacionais paleoproterozoicas, neoproterozoicas e mesozoicas também são indicadas. ... ...7 Figura 2.3: Mapa geológico do Bloco Serrinha evidenciando o Complexo Santa Luz, o Cinturão Caldeirão, o

“greenstone belt” Rio Itapicuru e granitoides do Paleoproterozoico. ...10 Figura 2.4: Basaltos do Rio Itapicuru ocupando o campo dos basaltos oceânicos no diagrama TiO2-K2O-P2O5 proposto por Pearce et al. (1975)...12 Figura 2.5: Diagrama MgO-SiO2 evidenciando o hiato de sílica entre as rochas vulcânicas máficas e félsicas do GBRI. Círculos representam as vulcânicas máficas e quadrados representam as vulcânicas félsicas...12 Figura 2.6: Evolução geotectônica do Bloco Serrinha através de seções esquemáticas W-E mostrando a formação do GBRI em um contexto pré-colisional ao Orógeno. (a) Microcontinente Santa Luz e Formação de um arco-de- ilha. (b) Cratonização com a colisão do microcontinente com o arco-de-ilha, com formação de vulcânicas cálcio- alcalinas. (c) Colisão final formando o GBRI...15 Figura 3.1: Coluna litoestratigráfica representativa da porção sul do “greenstone belt” do Rio Itapicuru, com características dos domínios supracrustais. ...16 Figura 3.2: Mapa geológico da porção sul do “greenstone belt” do Rio Itapicuru, com pontos visitados nas litologias estudadas...17 Figura 3.3: Sessão SW-NE da parte sul do “greenstone belt” do Rio Itapicuru. As dobras regionais foram formadas no evento D1...26 Figura 3.4: Sessão N-S que abrange o granitoide Barrocas e a Faixa “Weber”, onde se localiza a mineralização de ouro da mina Fazenda Brasileiro. F2 representa o plano axial da dobra regional com flanco invertido...26 Figura 4.1: Diagrama de QAP de rochas vulcânicas segundo a classificação IUGS. A amostra analisada classifica-se como quartzo andesito...34 Figura 5.1: Seção em perfil da mineralização da Fazenda Brasileiro, com visada para oeste. CCX – carbonato clorita xisto, CAX – carbonato albita xisto, GRX - granada xisto, CLX – clorita xisto, DVF – domínio metavulcânico félsico...48 Figura 5.2: Diagrama de sílica x álcalis para rochas vulcânicas, marcando as sequências vulcânicas encontradas em campo em basalto, andesito e dacito. DMM - metabasalto do domínio metavulcânico máfico, DMF – domínio metavulcânico félsico, CLX – clorita xisto, CAX – clorita carbonato xisto...51

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Figura 5.3: Distribuição do ouro nas litologias estudadas, com teores de ouro obtidos por analise química das amostras coletadas nas diversas litologias da área estudada...52 Figura 5.4: Distribuição do arsenio nas litologias estudadas, com teores de ouro obtidos por analise química das amostras da área estudada...53 Figura 5.5: Distribuição do cobre nas litologias estudadas, com teores de ouro obtidos por analise química das amostras da área estudada...53 Figura 5.6: Diagrama binário Cu x Au sem presença de “trend”, evidenciando uma falta de correlação entre esses dois elementos na área estudada. DMM – Domínio Metavulcânico Máfico, DMF – Domínio Metavulcânico Felsico, DM – Domínio Metassedimentar, GS – Granitoide Salgadália, GB – Granitoide Barrocas, GX – Grafita Xisto...54 Figura 5.7: Diagrama binário de As x Au com “trend” ascendente, correlação positiva com o ouro associado ao arsênio na área estudada. DMM – Domínio Metavulcânico Máfico, DMF – Domínio Metavulcânico Felsico, DM – Domínio Metassedimentar, GS – Granitoide Salgadália, GB – Granitoide Barrocas, GX – Grafita Xisto... ...54

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LISTA DE FOTOS

Foto 3.1: Afloramento em forma de lajedo de metabasaltos afanítica. Ponto 48. Coord.: 482656 8731583...19 Foto 3.2: Afloramento em forma de lajedo de metabasaltos fanerítica fino. Ponto 30. Coord.: 496537 8741671...19 Foto 3.3: Afloramento em forma de lajedo de metagabro cisalhado dentro dos domínios da Mina Fazenda Brasileiro. Ponto 7. Coord.: 489218 8733928...19 Foto 3.4: Afloramento em forma de lajedo de veio de quartzo apresentando dobra em Z paralelamente a foliação.

Ponto 38. Coord.: 489063 8739340...19 Foto 3.5: Afloramento em perfil de veio de quartzo, com espessura aproximada de 50 centímetros, cortando a foliação. Ponto 32. Coord.: 493528 8740065...19 Foto 3.6: Afloramento em forma de lajedo de metandesito milonitizado com pórfiros de quartzo e feldspato em matriz sericítica. Ponto 27. Coord.: 495085 8735507...20 Foto 3.7: Afloramento em perfil de metandesitos milonitizado, com textura afanítica. Ponto 30. Coord.: 496537 8741671...20 Foto 3.8: Afloramento em lajedo de metapelitos com foliação marcada pela orientação dos minerais micáceos.

Ponto 49. Coord.: 482656 8731583...21 Foto 3.9: Afloramento em perfil de sericita xisto milonitizado e alterado intempericamente. Apresenta textura afanítica. Ponto 26. Coord.: 495000 8735282...21 Foto 3.10: Afloramento em lajedo e perfil do granitoide Salgadália com foliação incipiente e textura fanerítica fina a média. Ponto 22. Coord.: 483884 8735648...22 Foto 3.11: Afloramento em perfil do granitoide Salgadália milonitizado com mergulho para leste e textura afanítica. Ponto 25. Coord.: 476801 8735471...22 Foto 3.12: Afloramento em lajedo com evidencia o contato entre o granitoide Salgadália e um veio pegmatítico.

Ponto 24. Coord.: 479275 8734479...23 Foto 3.13: Afloramento em forma de perfil de enclave anfibolítico com bandas de anfibólio e bandas de plagioclásio, apresenta textura fanerítica fina a média. Ponto 22. Coord.: 483884 8735648...23 Foto 3.14: Afloramento em forma de lajedo do granitoide Barrocas cortado por pegmatitos. Ponto 43. Coord.:

490582 8732000...24 Foto 3.15: Afloramento em forma de lajedo do granitoide Barrocas com granulometria fanerítica fina e pouca alteração intemperica. Ponto 44. Coord.: 490864 8731011...24

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LISTA DE FOTOMICROGRAFIAS

Fotomicrografia 4.1: Bandas crenuladas de clorita (Clr) no centro da imagem, no domínio metavulcânico máfico.

Lâmina DR-41B, com aumento de 25X, em nicóis cruzados. Ca = Carbonato, Qtz = quartzo...28 Fotomicrografia 4.2: Visão geral da lâmina, com cristais de actinolita de cor verde acastanhado, no domínio metavulcânico máfico. Lâmina DR46, com aumento de 25X, em luz plana...29 Fotomicrografia 4.3: Visão geral da lâmina com cristais de actinolita parcialmente orientados segundo a foliação, no domínio metavulcânico máfico. Lâmina DR-46, com aumento de 25X, em nicóis cruzados...29 Fotomicrografia 4.4: Cristais de plagioclásio (Plg) inclusos nos cristais de actinolita (Act), no domínio metavulcânico máfico. Lâmina DR-46, com aumento de 200X, em nicóis cruzados...29 Fotomicrografia 4.5: Blastopórfiro tabular de plagioclásio (Plg) com estrutura de dominó com movimento aparente sinistral, no domínio metavulcânico máfico. Lâmina DR-1A, com aumento de 200X, em nicóis cruzados. Ca = carbonato... ...30 Fotomicrografia 4.6: Aglomerado de cristais de carbonato (Ca) em contato com matriz e blastopórfiros de plagioclásio (Plg), no domínio metavulcânico máfico. Lâmina DR-1E, com aumento de 100X, em nicóis cruzados... ...30 Fotomicrografia 4.7: Cristais xenoblásticos de opacos (Opc) e biotita (Bt), no domínio metavulcânico máfico.

Lâmina DR-46, com aumento de 200X, em luz plana. Act = actinolita, Plg = plagioclásio...31 Fotomicrografia 4.8: Cristal de plagioclásio (Plg) totalmente sericitizado e saussuritizado, com preservação da geminação albita, no metagabro. Lâmina DR-16, com aumento de 100X, em nicóis cruzados. Epd = epídoto, Clr

= clorita, Ca = carbonato, Qtz = quartzo...32 Fotomicrografia 4.9: Veio de quartzo (Qtz) e carbonato (Ca) cortando o metagabro. Lâmina DR-16, com aumento de 25X, em nicóis cruzados. Plg = plagioclásio, Epd = epídoto...33 Fotomicrografia 4.10: Mineral opaco (Opc) com borda de alteração formando titanita (Ttn), no metagabro.

Lâmina DR-16, com aumento de 200X, em luz plana. Clr = clorita...33 Fotomicrografia 4.11: Blastoporfiro de quartzo (Qtz) com textura mortar em sua borda, no metaquartzo andesito.

Lâmina DR-9, com aumento de 100X, em nicóis cruzados. Bt = biotita, Plg = plagioclásio...35 Fotomicrografia 4.12: Borda de alteração do mineral opaco (Opc) formando biotita (Bt), no metaquartzo andesito. Lâmina DR-9, com aumento de 200X, em luz plana...36 Fotomicrografia 4.13: Estrutura de Kink band no metassedimento. Lâmina DR-34A, com aumento de 100X, em luz plana...37 Fotomicrografia 4.14: quartzo (Qtz) em contato com grunerita (Grt) e biotita no metassedimento. Lâmina DR- 34A, com aumento de 100X, em nicóis cruzados...37 Fotomicrografia 4.15: Cristal placóide de biotita (Bt) orientado segundo a foliação, em contato com o quartzo, no metassedimento. Lâmina DR-34A, com aumento de 100X, em luz plana...38 Fotomicrografia 4.16: Veio de quartzo cortado por veio de carbonado, no grafita xisto, apresentando movimento dextral aparente. Lâmina DR-8C, com aumento de 25x, em luz plana...39

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Fotomicrografia 4.17: Veio de quartzo cortado por veio de carbonato, apresentando movimento sinistral aparente, no grafita xisto. Lâmina DR-8C, com aumento de 25X, em luz plana...39 Fotomicrografia 4.18: Veios de carbonato (Ca) cortando paralelamente a foliação do grafita xisto. Lâmina DR-5, com aumento de 100X, em nicóis cruzados...40 Fotomicrografia 4.19: Blastoporfiro de plagioclásio (Plg) com textura poiquiloblástica, no granitoide Salgadália.

Lâmina DR-34B, com aumento de 200x, em nicóis cruzados. Qtz = quartzo...41 Fotomicrografia 4.20: Blastoporfiro de quartzo com textura poiquiloblástica e textura mortar, no granitoide Salgadália. Lâmina DR-34B, com aumento de 25x, em luz plana...41 Fotomicrografia 4.21: Cristal de clorita (Clr) de cor verde claro, no granitoide Salgadália. Lâmina DR-34B, com aumento de 200x, em luz plana...42 Fotomicrografia 4.22: Cristal de moscovita (Ms) incolor em forma de placa, no granitoide Salgadália. Lâmina DR-34B, com aumento de 200X, em luz plana...42 Fotomicrografia 4.23: Cristal de moscovita (Ms) em contato com o quartzo (Qtz) e plagioclásio (Plg), no granitoide Salgadália. Lâmina DR-34B, com aumento de 200x, em nicóis cruzados...42 Fotomicrografia 4.24: Cristais de hornblenda (Hbl) orientados segundo a foliação, no enclave anfibolítico.

Lâmina DR-22C, com aumento de 100X, em luz plana. Plg = plagioclásio...44 Fotomicrografia 4.25: Cristais de hornblenda (Hbl) orientados segundo a foliação, no enclave anfibolítico.

Lâmina DR-22C, com aumento de 100X, em nicóis cruzados. Plg = Plagioclásio...44 Fotomicrografia 4.26: Cristal de titanita (Ttn) incluso no plagioclásio (Plg), no enclave anfibolítico. Lâmina DR- 22C, com aumento de 200X, em luz plana. Hbl = hornblenda...44 Fotomicrografia 4.27: Cristal de titanita (Ttn) incluso na hornblenda (Hbl), no enclave anfibolítico. Lâmina DR- 22C, com aumento de 200X, em luz plana. Plg = plagioclásio...44 Fotomicrografia 4.28: Visão geral da lâmina do granitoide Barrocas, com cristal de plagioclásio (Plg) zonado na porção leste. Lâmina DR-43, com aumento de 25X, em nicóis cruzados. Qtz = quartzo...45 Fotomicrografia 4.29: Granitoide Barrocas, com cristal de plagioclásio (Plg) zonado e sericitização e saussuritização no centro. Lâmina DR-43, com aumento de 200X, Em nicóis cruzados. ...45 Fotomicrografia 4.30: Cristais de clorita (Clr) preenchendo fratura do granitoide Barrocas. Lâmina DR-43, com aumento de 100X, em luz plana...46 Fotomicrografia 4.31: Cristal de K-feldspato (Kfd) xenoblástico com geminação tartan. Lâmina DR-43, com aumento de 100X, em nicóis cruzados...46

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LISTA DE TABELAS

Tabela 5.1: Tabela de analises químicas para elementos maiores das litologias encontradas na área de estudo...50

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS...I RESUMO...II ABSTRACT...III LISTA DE FIGURAS...IV LISTA DE FOTOS...VI LISTA DE FOTOMICROGRAFIA...VII LISTA DE TABELAS...IX CAPITULO I -

1– INTRODUÇÃO...1

1.1 Objetivos ...1

1.2 Localização e Acesso...2

1.3 Metodologia...3

1.3.1 PESQUISA BIBLIOGRAFICA...3

1.3.2 TRABALHO DE CAMPO...4

1.3.3 ESTUDOS PETROGRÁFICOS ...4

1.3.4 ESTUDOS GEOQUÍMICOS ...4

1.3.5 ÁNALISE E INTEGRAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS...4

CAPITULO II 2- GEOLOGIA REGIONAL ...5

2.1 Cráton do São Francisco...5

2.2 Bloco Serrinha...7

(15)

2.3 “greenstone belt” do Rio Itapicuru...9

2.4 Evolução Tectônica...13

CAPITULO III 3- GEOLOGIA LOCAL...16

3.1 Domínio Metavulcânico Máfico...18

3.2 Domínio Metavulcânico Félsico...19

3.3 Domínio Metassedimentar...20

3.4 Granitoide Salgadália...21

3.5 Granitoide Barrocas...23

3.6 Granitoide Teofilândia...24

3.7 Geologia Estrutural...25

CAPITULO IV 4- PETROGRAFIA...27

4.1 Domínio Metavulcânico Máfico...27

4.1.1 METAGABRO...31

4.2 Domínio Metavulcânico Félsico...33

4.3 Domínio Metassedimentar...36

4.4 Grafita Xisto...38

4.5 Granitoide Salgadália...40

4.5.1 ENCLAVE ANFIBOLÍTICO...42

4.6 Granitoide Barrocas...45

CAPITULO V 5- GEOQUÍMICA...47

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5.1 A Mineralização de ouro...47 5.2 Geoquímica das rochas encaixantes, hospedeiras e envoltórias da mineralização de ouro...49 5.3 Distribuição do ouro nas litologias analisadas...51 CAPITULO VI

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS...55 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...57

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CAPITULO I

1- INTRODUÇÃO

Na área escolhida para a pesquisa ocorrem rochas pertencentes a uma sequência vulcanossedimentar denominada como “Greenstone Belt” do Rio Itapicuru (GBRI). Está inserido, em sua totalidade, no segmento crustal denominado Bloco Serrinha, pertencente ao Cráton do São Francisco.

Desde a década de 70 que essa sequência metavulcanossedimentar foi caracterizada como GBRI, onde um intenso programa de prospecção mineral vem sendo realizado, possibilitando a identificação de inúmeras ocorrências auríferas. Atualmente duas minas pertencentes à empresa Yamana GOLD estão em operação, sendo elas a mina Fazenda Brasileiro localizada na porção sul da sequência e a mina C1 na porção centro-oeste. As ocorrências auríferas das duas minas estão relacionadas ao hidrotermalismo em zonas de cisalhamento.

A importância desse trabalho consiste em identificar de que litologia da sequência vulcanossedimentar o ouro foi transportado pelos fluidos hidrotermais.

1.1 Objetivos

Como objetivo geral, este trabalho busca através de análises litogeoquímicas com controle petrográfico a procura de indícios da(s) litologia(s) da porção sul do GBRI que tenha maior probabilidade de ter sido fonte do ouro proveniente do hidrotermalismo na Faixa

“Weber”.

Tem-se, como objetivos específicos:

- Identificação mineralógica a partir de lâminas petrográficas das litologias encontradas.

- Interpretação dos resultados obtidos pelas análises químicas.

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1.2 Localização e Acesso

A área de estudo se encontra na porção nordeste do Estado da Bahia (Figura1.1), delimitada pelas coordenadas 4800000E e 5000000E, 8745000N e 8730000N. Abrangendo a cidade de Teofilândia.

Teofilândia foi escolhida como cidade sede para a hospedagem, localizada na parte sul da área de estudo. O acesso à área de estudo saindo de Salvador se dá pela BR-324 até Feira de Santana, depois segue-se para norte pela BR-116 passando por Serrinha até chegar a cidade de Teofilândia. Compreendendo um total de 212 km de distancia (Figura 1.2).

Figura 1.1: Mapa do estado da Bahia com as 3 principais estradas federais que cortam o estado, a BR 101, a BR116 e a BR324. A área de estudo se encontra na região de Teofilândia, cujo acesso se dá pela BR 116.

Fonte: IBGE, 2006.

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1.3 Metodologia

A Metodologia empregada consistiu em analisar e descrever as litologias encontradas na porção sul do GBRI buscando obter dados pertinentes sobre a(s) provável(is) fonte(s) de ouro da zona mineralizada na Faixa “Weber” , seguindo as etapas descritas a seguir:

1.3.1 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Inicialmente durante essa etapa foi levantado no acervo de artigos sobre as mineralizações de ouro no GBRI tendo como alvos a mina C1 e Fazenda Brasileiro, sendo a última o foco.

Figura 1.2: Mapa demonstrando o acesso para Teofilândia a partir de Salvador.

Fonte: Google Earth.

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1.3.2 TRABALHOS DE CAMPO

A etapa de campo consistiu em duas campanhas, onde a primeira campanha durou cinco dias, entre o dia 20 e 24 de Novembro de 2012. Consistindo em coleta de amostras nas diferentes litologias dentro da mina Fazenda Brasileiro e em seu entorno. E a segunda campanha de campo foi realizada entre os dias 17 e 22 de Junho de 2013, quando foram coletadas amostras das litologias mais distantes da mina Fazenda Brasileiro, e amostragem complementar dentro da mina.

1.3.3 ESTUDOS PETROGRÁFICOS

Foram confeccionadas 24 lâminas delgadas das amostras mais representativas de cada litologia. Estas foram analisadas e descritas com o auxílio do microscópio petrográfico, disponível no Laboratório de Mineralogia e Petrografia do Instituto de Geociências.

1.3.4 ESTUDOS LITOGEOQUÍMICOS

Foram feitas análises de amostras de rocha colhidas na superfície e alguns furos de sondagem, no laboratório GEOLAB em Minas Gerais. Foram analisadas setenta e cinco amostras, sendo usado os métodos analíticos de Absorção Atômica (AA) e Espectrometria de Emissão em Plasma (ICP) em todas as amostras e o método analítico Fluorescência de Raio X em vinte e duas amostras para elementos maiores.

1.3.5 ANÁLISE E INTEGRAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS

Na etapa final, diagramas binários Au x As e Au x Cu foram gerados no software MinPet® versão 2.0, além de tabelas com intuito comparativo da distribuição de ouro dentre as litologias estudadas foram confeccionadas e diagrama de sílica x álcalis gerado pelo software GCDkit® 2.3 para identificação das rochas vulcânicas. Posteriormente os dados obtidos foram integrados para a redação final da monografia e obtenção da sua conclusão.

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CAPITULO II

2- GEOLOGIA REGIONAL

Neste capitulo é realizado uma breve apresentação sobre os aspectos regionais na qual a área de estudo está inserida, a partir de uma breve descrição do Cráton São Francisco, Bloco Serrinha e o GBRI. Por fim é apresentada a evolução tectônica da região.

2.1 Cráton do São Francisco

O Cráton do São Francisco (CSF) é uma grande unidade tectônica que compreende a maior parte do Estado da Bahia e se estende às regiões vizinhas de Minas gerais, Sergipe, Pernambuco e Goiás. Seu Embasamento consolidou-se ao término do mesoproterozoico, após o qual somente sofreu deformações de natureza paratectônica. Sua cobertura compreende dois complexos. O mais antigo é correlativo de uma faixa de dobramento desenvolvida durante a primeira metade do Mesoproterozoico. O mais novo, neoproterozoico, recobre quase metade de sua área. Faixas de dobramentos surgiram durante a evolução de geossinclíneos dispostos às bordas do cráton no neoproterozoico, na segunda metade do Pré-Cambriano Superior (Modificado Almeida, 1977).

Segundo H. Ebert (1968), o Cráton do São Francisco tem caráter de antepaís assíntico e Almeida (1977) determinou que o CSF é circundado por faixas de dobramento desenvolvidas durante o Ciclo Brasiliano, que apresenta estruturas geralmente paralelas às suas bordas, mas cortam em variados ângulos as estruturas pré-brasilianas de seu embasamento.

O seu limite é delimitado pela Faixa Sergipana, Faixa Riacho do Pontal e Faixa Rio Preto a norte, pela Faixa Brasília a oeste, Faixa Ribeira e Faixa Araçuaí a sul (Figura 2.1), sendo essas faixas originadas pelos Cinturões de dobramentos gerados durante a orogênese neoproterozoica. Segundo Barbosa (2009) corresponde a um segmento crustal consolidado entre o Arqueano e o Paleoproterozóico com idade entre 3,4 Ga e 1,9 Ga com substrato poupado do metamorfismo das colisões que ocorreram no neoproterozoico.

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Segundo Barbosa (2012), o embasamento arqueano-paleoproterozoico do Cráton aflora em cerca de 50% da área total do estado da Bahia, formado principalmente por litologias metamórficas de alto a médio graus e de granitoides. Através de pesquisas petrológicas, geocronológicas e isotópicas, foi possível identificar seis importantes segmentos crustais, sendo eles: os Blocos Gavião, Jequié, Uauá, Serrinha e os cinturões Itabuna- Salvador-Curaçá e Salvador-Esplanada (Figura 2.2).

Figura 2.1: Cráton do São Francisco delimitado pela linha vermelha e seu limite com as faixas Sergipana e Riacho do Pontal a norte, Faixa Rio Preto a noroeste, Faixa Brasília a leste, Faixa Ribeira e Araçuaí a sul.

Cruz (2004)

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2.2 Bloco Serrinha

O Bloco Serrinha faz parte do compartimento geotectônico nordeste da Bahia, situado a leste do Cinturão Salvador-Curaçá e recoberto a leste pelos sedimentos fanerozóicos da bacia de Tucano e Recôncavo, localizado na porção NE do Cráton do São Francisco. O arcabouço é composto por uma infra-estrutura de para-ortognaisses atribuídos ao Arqueano pelos registros geocronológicos datados de 2,9 Ga e um conjunto supracurstal,

Figura 2.2: Mapa simplificado do estado da Bahia evidenciando os segmentos crustais arqueanos e paleoproterozoicos. Estruturas deformacionais paleoproterozoicas, neoproterozoicas e mesozoicas também são indicadas.

Fonte: Barbosa, 2012

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vulcanossedimentar, correspondente ao “greenstone belt” do rio Itapicuru cuja idade é Paleoproterozoica (modificado Brito Neves et al., 1980; Pereira, 1992 apud Sabaté, 1996).

Tem como embasamento gnaisses e migmatitos de idade arqueana com paragênese da fácies anfibolito denominados de Complexo Santa Luz (Figura 2.3) (modificado Mascarenhas

& Garcia, 1989). Melo (1991) distinguiu duas unidades litológicas ocorrentes: (i) gnaisses bandados, caracterizados pela alternância entre rochas gnáissicas cinzas (com biotita, hornblenda, microclina, plagioclásio e quartzo como minerais principais) e bandas anfibolíticas com ou sem granada e (ii), ortognaisses granodioríticos a tonalíticos, com estruturas migmatíticas (Carvalho & Oliveira, 2003).

Na porção leste, o GBRI (GBRI) se encontra inserido e forma uma faixa com orientação preferencial N-S. Segundo Silva (1992) o GBRI abrange uma área superior a 7500 km², com 170 km de extensão e 15 km de largura máxima. Ele é constituído por rochas máficas, félsicas e sedimentares de idade paleoproterozóica metamorfisadas em fácies xisto verde a anfibolito, intrudidas por domos graníticos, com idades também paleoproterozóicas (Kishida 1979, Kishida & Riccio 1980 apud Carvalho 2003).

Rochas intrusivas caracterizadas por granitoides de diferentes composições ocorrem intrudidos na sequência vulcanossedimentar ou margeando-a. Rios et al (1998) classificaram as rochas graníticas da parte sul-oriental do Bloco Serrinha em cinco principais grupos, sendo eles:

O grupo G1 representado por doze intrusões, como as de Teofilândia, Barrocas, Itareru e Santa Luz é representado por rochas leucocráticas de granulação média a grossa, com composição variando desde biotita-granodiorito até monzogranito, bastante deformado, gnaissificado, localmente com aspectos migmatíticos (Rios et al. 1998).

O grupo G2 é representado pelos maciços de Ambrósio, Pedra Alta, Poço Grande e Salgadália, sendo o primeiro o corpo típico. Os corpos se localizam nas zonas centrais de antiformes que afetam o GBRI, tendo formas elípticas e estão alongados segundo a direção N-S (Rios et al, 1998).

O grupo G3 é caracterizado pelos granitoides de forma ovoides e incluem os maciços de Nordestina, Lagoa dos Bois e Eficéas. O maciço de Nordestina apresenta

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grande quantidade de xenólitos de anfibolito a oeste, e de rochas metavulcânicas máficas a leste (Inda & Barbosa, 1978).

O grupo G4 possui termos com afinidade shoshonítica e outros com afinidade alcalino-potássica. O Maciço de Cansanção corresponde ao corpo típico desse grupo.

É constituído por rochas de composição monzonítica a monzodiorítica, shoshonítica e está intrudido no Maciço de Nordestina (Rios et al. 1998).

Os Granitoides G5 ocorrem como stocks praticamente isotrópicos e têm como corpos típicos o de Morro do Lopes. Este corpo é um biotita monzogranito leucocrático, de coloração cinza, granulação fina e estruturas isotrópica.

Normalmente, os granitos desse grupo apresentam estruturas de fluxo magmático não deformadas, revelando que são posteriores às principais deformações regionais.

Além de stocks, esses corpos também ocorrem em forma de diques que cortam as rochas do embasamento e os granitoides mais antigos (Rios et al, 2000).

O cinturão Caldeirão também faz parte do Bloco Serrinha, situado entre o Bloco Uauá e o Bloco Serrinha (Oliveira et al. 2010). Formado por quartzitos, sillimanita-granada- cordierita gnaisses e anfibolitos, todos intercalados com migmatitos e gnaisses do embasamento. Oliveira (2002) datou os zircões desse embasamento e obteve idades SHRIMP de 3.152±5 Ma.

2.3 “Greenstone belt” do Rio Itapicuru

A sequência vulcanossedimentar do “greenstone belt” do Rio Itapicuru (GBRI) e os terrenos graníticos-gnáissicos cobrem uma área de 8400km2 consistindo principalmente em rochas supracrustais alongadas na direção NNW, somente na parte sul, a foliação adquire um

“trend” regional E-W (Pimentel et al. 2003). As rochas supracrustais desse terreno, com espessura de aproximadamente 9,5 km, compreendem rochas vulcânicas máficas (na base), rochas vulcânicas intermediárias a félsica, além de sedimentos clásticos e químicos, tanto intercalados nas rochas vulcânicas como formando um pacote individualizado no topo da sequência (Silva, 1992).

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Figura 2.3: Mapa geológico do Bloco Serrinha evidenciando o Complexo Santa Luz, o Cinturão Caldeirão, o “greenstone belt” rio Itapicuru e granitoides do Paleoproterozoico.

Fonte: (Barbosa. 2012).

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A sequência vulcano-sedimentar pode ser subdividida em 3 unidades:

- Unidade vulcânica máfica consiste em um pacote, de aproximadamente 5 Km de espessura e situando-se nas bordas da estrutura sinclinal, formada por metabasaltos exibindo abundantes estruturas vulcânicas primarias tais como pillow lavas, basaltos porfirítico, brecha de fluxo e texturas vesiculares. Finas camadas pelíticas (xisto grafitoso) e químicas (metacherts, formações ferríferas e manganesíferas), sedimentos são comuns; pequenas intrusões máficas semelhantes em composição a vulcânica também são encontradas no interior da pilha vulcânica.

De acordo com o diagrama de Pearce & Cann (1973), os basaltos do Itapicuru pertencem ao grupo dos toleítos de baixo K, típicos tanto de ambientes de fundo oceânico (OFB) (Figura 2.4) quanto de arcos de ilhas (IAT) (Silva, 1992).

- Unidade vulcânica félsica intermediária formada por lavas e depósitos piroclásticos de composição andesítica a dacítica, e também por pequenas intrusões subvulcânicas, ocupando cerca de 25% da área de exposição do GBRI. As piroclásticas compreendem lentes de tufos de cinza, tufos de cristais, tufos líticos lapilli, tufos vítreos e aglomerados vulcânicos (Silva, 1992). A unidade apresenta paragênese predominante da fácies xisto verde com o desenvolvimento de albita, clorita, carbonato, sericita, epídoto, quartzo e hematita, oriunda dos processos hidrotermais do evento metamórfico de fundo oceânico (M1) (Silva, 1992).

Silva (1992) realizou análises químicas de amostras de lavas andesíticas e dacíticias, as quais apontam a existência de um hiato de sílica entre o vulcanismo máfico e o evento vulcânico félsico (Figura 2.5). Considerando que as características geoquímicas apontaram para um ambiente do tipo arco de margem continental que as vulcânicas máficas toleíticas e os vulcanismos intermediários a félsicos não poderiam ter sido originados de uma mesma fonte magmática, através de processos de cristalização fracionada. Uma alternativa seria a derivação dessas rochas a partir da fusão parcial da crosta oceânica subductada e modificada, considerando o ambiente geotectônico no qual elas parecem ter sido geradas. Nesse caso, os andesitos do GBRI teriam sido originados numa margem continental ativa, margem essa adjacente à bacia de extensão onde foram geradas as rochas basálticas toleíticas.

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Figura 2.4: Basaltos do Rio Itapicuru ocupando o campo dos basaltos oceânicos no diagrama TiO2-K2O-P2O5 proposto por Pearce et al. (1975).

Figura 2.5: Diagrama MgO-SiO2 evidenciando o hiato de sílica entre as rochas vulcânicas máficas e félsicas do GBRI. Círculos representam as vulcânicas máficas e quadrados representam as vulcânicas félsicas.

Fonte: (Silva, 1992).

Fonte: (Silva, 1992).

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-Unidade sedimentar recente compreendendo conglomerados, arenitos, siltitos, folhelhos, cuja composição aponta para um retrabalhamento das rochas piroclásticas andesíticas e dacíticas. Exibem estruturas sedimentares, tais como foliação plana, estratificação cruzada e acamamento gradacional, evidenciando uma natureza turbidítica (modificado Silva, 1992).

Segundo Neto (1994) o embasamento da sequência foi interpretado por gnaisses migmatíticos com idade de 2,9Ga. A idade foi determinada pelo método U-Pb em zircões de um megaxenólito de gnaisses migmatítico encaixado no Domo do Ambrósio. Valores de 2,2Ga foram obtidos para os basaltos e 2,1Ga para andesitos da sequencia supracrustais do GBRI, através de isócronas Pb-Pb e por idade modelo TDMNd.

Jardim de Sá (1982) e Teixeira (1984) detectaram evidências de 5 fases deformacionais, revelando que a sequência vulcanossedimentar se encontra intensamente dobrada. Já Silva & Matos (1991) consideram duas fases de deformação, sendo elas: A fase inicial (D1) resultante de uma tectônica tangencial, concomitante ao fechamento da bacia e diapirismo granítico. A esta fase estão relacionados os eventos F1, de deformação cisalhante de “trend” N-S e o evento F2, responsável pelo desenvolvimento de uma sucessão de anticlinais e sinclinais, de eixo N-S e vergência para leste. A fase D2 está representada por um dobramento de grande amplitude, que afetou também o embasamento e cujo fechamento se encontra na porção sul da estrutura greenstone.

A sequência vulcanossedimentar do “greenstone belt” foi submetida a três eventos metamórficos (Silva, 1983). O primeiro evento foi de natureza hidrotermal (metamorfismo de fundo oceânico), o qual hidratou de forma generalizada as paragêneses originais das rochas vulcânicas. O segundo evento foi de metamorfismo regional mascarando quase que totalmente evidencias do evento anterior, sendo este de natureza dinamotermal. O terceiro evento metamórfico relaciona-se a intrusão de pequenos corpos tardi-tectônicos, dando origem a uma auréola de contato em torno dos mesmos na fácies hornblenda-hornfels.

2.4 Evolução Tectonica

O conjunto gnáissico-granitico-migmatítico metamorfisado em fácies anfibolito do Bloco Serrinha é caracterizado como Complexo Santa Luz do Mesoarqueano. Este conjunto

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foi penetrado por granitoides também mesoarqueanos como os denominados Ambrósio, Valente, Maracanã e Requeijão. Idades em torno de 3,08 e 2,98Ga foram encontradas nessas rochas e estudos caracterizaram um modelo geotectônico de crosta basáltica subductada (Modificado Barbosa 2012).

Duas propostas para o contexto geotectônico do GBRI foram sugeridas, sendo elas:

“Segundo Silva (1991, 1992) e Silva et al. (2001), a unidade máfica do GBRI pode ter-se formado em uma bacia de back-arc desenvolvida sobre uma crosta continental arqueana; em seguida um arco continental, instalado a leste, seria o gerador do magmatismo intermediário a félsico bem como provedor dos sedimentos.

Neste modelo, o Complexo Granulítico Caraíba (e.g. Figueiredo 1982), localizado a oeste do GBRI, no orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, seria o arco relacionado à bacia de back-arc. Entretanto, com o avanço dos dados geocronológicos, esta hipótese não é mais sustentável porque os gnaisses granulíticos do Complexo Caraíba têm idade entre 2695 Ma e 2634 Ma (Silva et al. 1997), ou um pouco mais novos na região da mina de Caraíba (2570 Ma cf. Oliveira et al 2010), enquanto aos basaltos do GBRI é atribuída idade de 2209 Ma (Silva 1996).”(Oliveira et al. 2010) Já pesquisas recentes segundo Barbosa (2012) mostram que o Complexo Santa Luz foi um microcontinente onde ao largo do seu proto-oceano formou-se um arco-de-ilha entre 2,15 e 2,12Ga (Figura 2.6). O substrato basáltico produzido pelo arco-de-ilha foi intrudido por TTG e plútons alcalinos. Com a litogeoquímica concluiu-se que os metabasaltos são parecidos com basaltos de transição oceano-continente. Interpretações tectônicas sugerem que no Paleoproterozoico, esse arco-de-ilha, colidiu com o microcontinente Santa Luz,

“cratonizando” a área em cerca de 2,11Ga. Com a continuidade da subdução a crosta oceânica subductou esse craton em cerca de 2,08Ga, mergulhando para oeste. Os metabasaltos, metandesitos, metadacitos e os metassedimentos químicos e clásticos do GBRI foram posteriormente intrudidos por diversos granitoides cálcio-alcalinos e plútons TTG ainda durante o paleoproterozoicos.

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a formação do GBRI em um contexto pré-colisional ao Orógeno. (a) Microcontinente Santa Luz e Formação de um arco-de-ilha. (b) Cratonização com a colisão do microcontinente com o arco-de-ilha, com formação de vulcânicas cálcio-alcalinas. (c) Colisão final formando o GBRI.

Fonte: (Barbosa. 2012)

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CAPITULO III

3. GEOLOGIA LOCAL

A porção sul do GBRI é constituída pela sequência metavulcanossedimentar que apresenta um “trend” W-E, e foi dividida através da litoestratigrafia (Figura 3.1) nos domínios metavulcânico máfico, metavulcânico félsico e metassedimentar. A área é caracterizada como terreno granito-greenstone, compondo tanto os domínios metavulcânico máfico, metavulcânico félsico, metassedimentar, quanto pelos domos graníticos de Salgadália, Barrocas e Teofilândia (Figura 3.2).

Figura 3.1: Coluna litoestratigráfica representativa da porção sul do “greenstone belt” do rio Itapicuru, com características dos domínios supracrustais.

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Modificado Yamana (2008).

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3.1. Domínio Metavulcânico Máfico

Distribuído por quase toda a área de estudo, da qual a região onde tem mais afloramentos deste domínio se encontra na porção centro-leste. Também são encontrados aflorantes nas porções sul, norte nordeste e em pequenas dimensões a oeste do granitoide Salgadália. Apresenta um solo vermelho escuro a amarronzado com predomínio de minerais argilosos. Compreende cerca de 25% da área de estudo (Figura 3.2).

As rochas deste domínio apresentam granulação afanítica (Foto 3.1) e em alguns afloramentos fanerítica fina (Foto 3.2) com cristais de anfibólio de até 2 mm. Sua coloração varia de verde escuro a cinza esverdeado. Existem duas gerações de veios de quartzo, a primeira geração são veios milimétricos dobrados paralelamente com a foliação, a segunda geração são veios centimétricos que cortam a foliação dessa unidade. Na zona de cisalhamento nomeada como Faixa “Weber”, dentro do domínio da mina Fazenda Brasileiro, esta unidade tem como característica uma forte alteração hidrotermal com maior formação de clorita e intensamente milonitizada. Dentro da zona de cisalhamento encontram-se sills de metagabro (Foto 3.3) que sofreram menor alteração hidrotermal. Considerado nesse trabalho como parte do domínio metavulcânico máfico, tem textura fanerítica fina a média, e são compostos por clorita, epídoto, plagioclásio, quartzo e carbonato.

O domínio metavulcânico máfico é subdividido em três litologias: (I) quartzo clorita/actinolita xisto (CLX), localizado na Faixa “Weber” com forte alteração hidrotermal, altas concentrações de clorita e hospedeira da mineralização de ouro, já a leste do granitoide Barrocas, apresenta alta concentração de actinolita; (II) clorita carbonato xisto (CAX) localizado na Faixa “Weber”, com forte alteração hidrotermal e formação de carbonato; (III) carbonato clorita xisto (CCX), abrange a maior parte do domínio metavulcânico máfico da área estudada, caracterizado por menor alteração hidrotermal que o CAX e o CLX.

A Faixa “Weber” apresenta forte controle estrutural com foliação preferencial no sentido leste oeste e mergulho para sul. Já na porção norte noroeste, observa-se dobras regionais com flancos orientados no sentindo N-S. Na parte leste da área de estudo encontram-se dobras parasíticas em Z, W e S, onde alguns veios de quartzo paralelos à foliação também se encontram dobrados (Foto 3.4) e outros veios de quartzo cortando a foliação ocorrem não deformados (Foto 3.5).

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Foto 3.1: Afloramento em forma de lajedo de metabasaltos com textura afanítica. Ponto 48.

Coord.: 482656 8731583.

Foto 3.2: Afloramento em forma de lajedo de metabasalto fanerítico fino. Ponto 30. Coord.:

496537 8741671.

Foto 3.3: Afloramento em forma de lajedo de metagabro cisalhado dentro dos domínios da Mina Fazenda Brasileiro. Ponto 7. Coord.: 489218 8733928.

Foto 3.4: Afloramento em forma de lajedo de veio de quartzo apresentando dobra em Z paralela à foliação. Ponto 38. Coord.: 489063 8739340.

Foto 3.5: Afloramento em perfil de veio de quartzo, com espessura aproximada de 50 centímetros, cortando a foliação. Ponto 32. Coord.:

493528 8740065.

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3.2. Domínio Metavulcânico Félsico

Segundo Neto (1994), esta unidade é composta por rochas intermediárias a félsicas, representadas por lavas que variam composicialmente de andesitos a dacitos, e vários tipos de rochas piroclásticas de composição semelhante. Origina um solo bege claro mais arenoso, o que contrasta com o solo dos metabasaltos. Na área de estudo, essa unidade se encontra principalmente na porção norte e centro-leste, ocupando cerca de 7% da área total.

Foram encontrados dois tipos de rochas do domínio metavulcânico félsico, sendo elas, rocha porfirítica de cor salmão, composta por porfiroclastos de quartzo e feldspato com grãos de até 4 mm, imersos em uma matriz sericítica, e apresentando maior grau de intemperismo (Foto 3.6). A outra rocha se encontra com textura afanítica e coloração cinza azulada, com baixo grau de intemperismo (foto 3.7). Ambas apresentam um “trend” NE-SW com mergulho para SE, são encontradas fortemente cisalhadas com proeminente foliação milonítica, lineação de estiramento mineral e caracterizadas pela literatura como metandesitos.

3.3. Domínio Metassedimentar

Ocorre bordejando o domo de Salgadália, tanto a leste como a oeste. Representa cerca de 18% da área de estudo, e está em contato através de falhas de empurrão com o domo de Salgadália, e tectonicamente sobreposta pela unidade metavulcânica máfica. Sua coloração

Foto 3.6: Afloramento em forma de lajedo de metandesito milonitizado com pórfiroblastos de quartzo e feldspato em matriz sericítica. Ponto 27.

Coord.: 495085 8735507.

Foto 3.7: Afloramento em perfil de metandesitos afanítico, com granulação fina. Ponto 30. Coord.:

496537 8741671.

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varia entre um bege acinzentado escuro, quando menos alterada intempericamente, a bege claro, com maior grau de intemperismo. O solo característico desta unidade é arenoso e de cor amarela a castanha clara.

Em campo foram observados: (I) metapelitos compostos por biotita, moscovita, sericita e poucos pórfiroblastos de quartzo (Foto 3.8), apresentando coloração cinza e em alguns afloramentos se encontram dobrados; (II) Xistos/metapelitos (Foto 3.9) compostos por sericita, quartzo e em um afloramento foram observados porfiroblastos de granada de 1 a 2 mm. Encontram-se intensamente dobrado, com boundins de quartzo e sua cor varia de bege claro a bege acinzentado; (III) Metassedimentos químicos exalativos foram encontrados em dois pontos da área de estudo, um em contato com o domo de Salgadália e outro na parte central do mapa em forma de blocos rolados. São representados por formações ferríferas bandadas, com intercalação de níveis ricos em óxido de ferro e níveis quartzosos, característica dessas litologias.

3.4. Granitoide Salgadália

Localizado na parte oeste do mapa, apresenta uma forma elipsoidal alongada segundo o sentido norte sul, abrangendo cerca de 10% da área estudada. Seus afloramentos se encontram às margens das estradas, cortes da estrada de ferro e próximo a lagoas e barragens.

Foto 3.8: Afloramento em lajedo de metapelitos com foliação marcada pela orientação dos minerais micáceos. Ponto 49. Coord.: 482656 8731583.

Foto 3.9: Afloramento em perfil de sericita xisto milonitizado e alterado intempericamente.

Apresenta granulometria fina. Ponto 26. Coord.:

495000 8735282.

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Seu solo é característico, devido a alta porcentagem de quartzo, resultando em horizontes muito arenosos de coloração branca a amarelo claro.

Nos afloramentos encontrados, observou-se que na parte mais central do granitoide, ele se encontra com uma foliação incipiente marcada pela biotita e com granulometria fanerítica fina a média (Foto 3.10). Composto por k-feldspato, quartzo, biotita, plagioclásio e moscovita. Os cristais chegam a ter no máximo 4 mm, sendo esses de plagioclásio e quartzo.

Já nas bordas do corpo onde se encontra em contato com os metassedimentos, a rocha se apresenta milonitizada devido às zonas de cisalhamento que o bordejam (Foto 3.11). Nos afloramentos observados nessas zonas, a rocha se apresenta com textura milonítica e afanítica, podendo apresentar porfiroclastos de quartzo e há diminuição na porcentagem de biotita.

Veios de quartzo esfumaçado e leitoso, além de pegmatito, são comuns nas bordas do granodiorito de Salgadália cortando a foliação milonítica, também são observados em menor proporção pegmatitos na parte central do corpo (Foto 3.12). Esses pegmatitos com escala métrica se estendem por centenas de metros até quilômetros intrudindo os metassedimentos e os metabasaltos.

Em um afloramento na parte leste do granitoide Salgadália foi observado um enclave anfibolítico com espessura aproximada de um metro, com bandas de anfibólio variando de 5 a 15 cm e bandas de plagioclásio variando de 1 a 3 cm (Foto 3.13).

Foto 3.10: Afloramento em lajedo e perfil do granitoide Salgadália com foliação incipiente e textura fanerítica fina a média. Ponto 22. Coord.:

483884 8735648.

Foto 3.11: Afloramento em perfil do granitoide Salgadália milonitizado com mergulho para leste e granulação fina. Ponto 25. Coord.: 476801 8735471.

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3.5. Granitoide Barrocas

Localiza-se na parte sul do mapa, ocupando cerca de 7% da área total. Tem um formato amendoado, com a principal zona de cisalhamento do GBRI em contato com seu limite a oeste. Segundo Barrueto (2002), que teve como foco de trabalho o granitoide Barrocas e Teofilândia, o corpo tem um formato de uma grande SC regional. O Contato desse granitoide com os metabasaltos a norte e leste é brusco, a sul se encontra em contato com o granitoide Teofilândia. Seu solo característico é arenoso de cor amarelo claro a esbranquiçado.

Datado através do método Pb-Pb em zircões por Silva (1994), tem a idade de 2127±5 Ma. Em campo apresenta foliação marcada pela biotita, com orientação leste oeste na porção norte do corpo, tem uma textura fanerítica média a grossa e é composto por quartzo, biotita, plagioclásio, k-feldspato e anfibólio (Foto 3.15). Quando encontrado com pouca alteração intempérica, apresenta uma coloração cinza clara; já quando o nível de intemperismo é maior, sua cor varia de bege a vermelho amarelado. Veios pegmatíticos e veios de quartzo se encontram tanto paralelamente quanto truncando a foliação (Foto 3.14).

Segundo Barrueto (2002) o granitoide Barrocas é considerado como um complexo granítico-gnáissico bastante homogêneo na sua porção centro-sul, mas com variações significativas na sua porção norte. Compreendido por três fácies: biotita-granodiorito e

Foto 3.12: Afloramento em lajedo com evidencia o contato entre o granitoide Salgadália e um veio pegmatítico. Ponto 24. Coord.: 479275 8734479.

Foto 3.13: Afloramento em forma de perfil de enclave anfibolítico com bandas de anfibólio e bandas de plagioclásio, apresenta textura fanerítica fina a média. Ponto 22. Coord.: 483884 8735648.

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hornblenda-biotita granodiorito aflorantes na parte norte, e hornblenda-biotita gnaisse porfirítico mais a sul.

3.6 Granitoide Teofilândia

Segundo Rocha (1980), o Granitoide Teofilândia é um corpo homogêneo na sua porção NE, de composição granodiorítica a tonalítica, intrudido em meso a epizona, com fácies subvulcânicas. Considerado como um granito dômico, anidro, pôs-tectônico, gerado sobre pressões de 4 a 6 kb e suas injeções tardias (pegmatitos) ocorreram durante o mesoproterozoico.

Nascimento et al. (1998) reconheceu quatro fácies, sendo uma quartzo-feldspato pórfiro e as outras três tonalíticas (uma porfiritica, outra menos porfiritica e a ultima mais máfica).

Barrueto (2002) subdividiu o Granitoide Teofilândia em: (I) Biotita-granodiorito, isotrópica, de granulação média a grossa, formada por feldspato, quartzo, biotita e raros anfibólios; (II) Hornblenda-biotita granodiorito, de granulação média a grossa, com foliação bem marcada, e mais enriquecido em anfibólio do que a fácies anterior; (III) Quartzo- monzodiorito, mantém as mesmas texturas e estruturas que a fácies granodiorítica, mas a

Foto 3.14: Afloramento em forma de lajedo do granitoide Barrocas cortado por pegmatitos. Ponto 43. Coord.: 490582 8732000

Foto 3.15: Afloramento em forma de lajedo do granitoide Barrocas com granulometria fanerítica fina e pouca alteração intemperica. Ponto 44.

Coord.: 490864 8731011

Referências

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