• Nenhum resultado encontrado

Inserção do jovem no mercado de trabalho de São Paulo e Distrito Federal – uma análise do período 1992-2006 César Augusto Andaku

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Inserção do jovem no mercado de trabalho de São Paulo e Distrito Federal – uma análise do período 1992-2006 César Augusto Andaku"

Copied!
21
0
0

Texto

(1)

Federal – uma análise do período 1992-2006

César Augusto Andaku1

Fábio Marvulle Bueno2

Resumo

O texto analisa a inserção dos jovens de 16 a 24 anos no mercado de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo e do Distrito Federal entre 1992 e 2006, comparando a evolução da intensidade do desemprego, a dinâmica de mudanças na estrutura da ocupação juvenil, bem como as principais características na posição da ocupação, ressaltando o processo de precarização da ocupação jovem e a importância do crescimento econômico no combate ao desemprego juvenil.

Palavras-chave: desemprego, juventude, São Paulo, Distrito Federal, mercado de trabalho

Abstract

This paper analyzes the 16 to 24 years-old youth insertion in the labor market of the São Paulo metropolitan area and the Federal District from 1992 to 2006. It compares the evolution of unemployment, the dynamics of structural changes in youth workforce,

occupational insertion and its position in the occupational structure, standing out the process of precarious youth occupation and the importance of economic growth to fight youth unemployment.

Keywords: unemployment, youth, São Paulo, Distrito Federal, labor market

1 Mestrando em Desenvolvimento Econômico (Área de Economia Social e do Trabalho) - Instituto de Economia, UNICAMP. Email: ceandaku@gmail.com.

2 Doutorando em Teoria Econômica - Instituto de Economia, UNICAMP. Email:

fmbuenobr@yahoo.com.br.

(2)

1 Introdução

As grandes transformações pelas quais a economia brasileira atravessou a partir dos anos 90 do século XX impactaram de forma significativa no mercado de trabalho, tanto na questão dos índices de desemprego quanto na forma de ocupação da população economicamente ativa (BALTAR, 2003b).

Entre os jovens, entendidos como aqueles que se encontram na faixa etária que se estende dos 16 até os 24 anos, a situação não foi diferente: o desemprego acentuou-se e as ocupações mostraram-se mais desestruturadas no que tange à proteção social dessa força de trabalho (POCHMANN, 1999).

Esse quadro traz consigo pelo menos três importantes desdobramentos para a sociedade brasileira.

O primeiro é a necessidade de um olhar mais atento dos governos para um segmento da população que vem crescendo, já que, de acordo com IBGE (2000), o segmento de 15 a 24 anos passou de 19,5% em 1991 para 20,1% da população residente em 2000. O segundo desdobramento vem do aumento da incerteza em um dos marcos da passagem da vida juvenil à vida adulta, a transição da situação de dependente para a de economicamente ativo, realizada por meio da inserção no mercado de trabalho (IPEA, 2008:148/149, RIOS-NETO & GOLGHER, 2003:50). O terceiro é a sustentação de uma visão que estabelece e naturaliza uma relação direta de causa e efeito entre desemprego juvenil, falta de perspectiva laboral/ascensão social e aumento da violência (IPEA, 2008:149), contribuindo para a criminalização dos jovens das periferias urbanas.

O objetivo deste artigo é destacar as principais tendências no mercado de trabalho dos jovens de 16 a 24 anos3 na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e no Distrito Federal (DF) quanto à evolução do desemprego, da inserção setorial e da posição na ocupação.

Para tanto, analisaremos as séries estatísticas da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de 1992 a 2006, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

O artigo está organizado da seguinte forma: após esta introdução, realizaremos um breve levantamento do debate sobre a relação entre

3 A Organização das Nações Unidas (ONU) inclui no conceito de jovens as pessoas com idade entre 15 e 24 anos. Adotamos aqui a mesma metodologia do DIEESE, pessoas entre 16 e 24 anos, por considerar que a legislação brasileira permite apenas o trabalho formal a partir dos 16 anos de idade, sendo que o trabalho dos 14 aos 16 anos de idade é reconhecido na condição de “aprendiz”.

(3)

crescimento econômico e desemprego, seguido da discussão sobre as dificuldades de inserção do jovem no mercado de trabalho. Na parte seguinte, traçaremos um panorama da economia brasileira, relacionando-o ao comportamento da intensidade do desemprego juvenil nas regiões escolhidas, bem como à evolução da taxa especifica de atividade. Analisaremos então a trajetória da ocupação juvenil e da posição na ocupação. Por fim, teceremos as considerações finais.

2 Crescimento e desemprego: teoria e o caso da juventude brasileira

O campo da teoria macroeconômica estabelece, desde o seminal trabalho de KEYNES (1992), uma relação causal direta entre gastos autônomos em relação à renda (Investimento Agregado), nível de atividade econômica e nível de emprego.

A Teoria do Investimento de Keynes (1992) mostra que o capitalista depara-se com duas opções para sua riqueza: investi-la na busca de um fluxo de renda (lucro) ou mantê-la na forma de moeda, privilegiando o atributo da liquidez. Para tanto, compara as expectativas de retorno financeiro, a chamada eficiência marginal do capital, entre diversas possibilidades – máquinas, equipamentos, instalações, etc. –, e o preço para abrir mão da liquidez, a taxa de juros.

Quando o capitalista investe na aquisição de um ativo produtivo (cujo pré-requisito é apresentar uma expectativa de rendimento que excede a taxa de juros), cria-se uma demanda por mão-de-obra, a qual gera um fluxo de renda para os trabalhadores empregados na produção, na forma de salário, possibilitando o gasto em consumo destes. Em suma, o investimento privado é condição sine qua non para a geração de empregos.

Entretanto, o gasto em investimento privado não é o único gasto autônomo em relação à renda que afeta o nível de produção e de emprego na economia. Os gastos ou despesas públicas também exercem papel fundamental tanto na contratação de mão-de-obra quanto na geração de expectativas no setor privado da economia4.

O citado referencial teórico, ao estabelecer a relação causal dos gastos autônomos com a renda, determinando o nível de atividade e de emprego da economia, leva a que o desemprego da mão-de-obra na economia

4 O aumento do gasto público, por exemplo, ao aumentar a renda do trabalhador, tende a gerar expectativas positivas de realização de lucros no setor privado. (KEYNES, 1992, Capítulo 2)

(4)

decorra da insuficiência do nível de gastos na economia (Demanda Efetiva).

Isto é, quanto maiores os investimentos privados e as despesas públicas, maior o nível de atividade da economia e, portanto, menor o desemprego.

Dada a relação causal inversa entre crescimento econômico e nível de desemprego, autores como GIMENEZ (2001) mostram que o primeiro apresenta a qualidade de enfraquecer as segmentações existentes no mercado de trabalho, ou seja, o aumento no nível do produto gera uma demanda por trabalho na economia, que passa inclusive a incorporar indivíduos dos segmentos de cor, gênero, idade, qualificação profissional habitualmente preteridos nos empregos ofertados em situações de menor nível de atividade econômica.

É desta perspectiva teórica, que foca os efeitos positivos do crescimento econômico no nível de emprego em geral e na diminuição das segmentações específicas do mercado de trabalho, que se infere a importância do crescimento econômico no combate ao desemprego do segmento juvenil da população.

A experiência brasileira mostra que o período de baixo crescimento econômico dos anos 90 implicou um aumento generalizado da taxa de desemprego em nossa sociedade, com uma singularidade muito importante em relação à dinâmica do mercado de trabalho observada em décadas anteriores: a desproporção com que o segmento jovem da população foi afetado. POCHMANN (2001:28) mostra que, durante a década de 80, o desemprego situou-se entre 4% e 8% da População Economicamente Ativa (PEA) de 10 a 24 anos, saltando na década de 90 para níveis até três vezes maiores que os vigentes da década anterior. Ou seja, o baixo crescimento econômico favoreceu a segmentação do mercado de trabalho, impactando de forma negativa na população juvenil.

Uma das muitas repercussões desse aumento do desemprego juvenil na sociedade brasileira foi a intensificação da produção analítica das Ciências Sociais, em especial da Teoria Econômica, sobre o tema.

(5)

3 O debate sobre as dificuldades da inserção do jovem no mercado de trabalho

A literatura econômica mostra que a taxa de desocupação revela intensidades distintas dentro da PEA, afetando mais fortemente segmentos que apresentam características específicas de sexo (mulheres), cor (negros), idade (jovens), renda familiar (pobres), dentre outras.

Tal fato sugere a existência de fatores estruturais específicos que operam para dificultar a inserção no mercado de trabalho de determinados segmentos. No caso dos jovens, os fatores comumente levantados na literatura econômica remetem a certas características da demanda e oferta de trabalho deste segmento etário.

Dentre os autores que destacam fatores vinculados à oferta da força de trabalho juvenil que influenciam a taxa de desemprego deste segmento etário, WELLER (2007:63) aponta o pouco acúmulo de informações e conhecimentos inerente ao recém-ingresso no mercado de trabalho.

GIMENEZ (2001) sublinha que as taxas de desemprego são pressionadas pelo fato do jovem buscar cada vez mais cedo uma ocupação (taxa de participação), seja para complementar a renda familiar, seja para participar dos mercados de consumo e satisfazer demandas por lazeres. Já CAMARANO et al. (2003:61) argumenta que o reconhecimento a priori da dificuldade de obtenção de emprego faz os jovens desistirem de procurá-lo, elevando o desemprego sob a forma oculta de desalento. Por fim, IPEA (2008) aponta a alta rotatividade e conseqüente circulação por vários empregos, uma estratégia para acumular conhecimentos e experiência na juventude, como uma influência às taxas de desemprego.

Ainda no âmbito dos fatores relacionados à oferta da força de trabalho, encontramos os adeptos da teoria do capital simbólico, privilegiando características da estrutura familiar na determinação das possibilidades de emprego do jovem. WELLER (2007:63) argumenta que os jovens de famílias pobres, por acumularem pouco capital humano (acesso à educação e capacitação de boa qualidade), capital social (rede de relações sociais baseadas na confiança, cooperação e reciprocidade) e capital cultural (manejo dos códigos estabelecidos pela cultura dominante), sofrem mais intensamente o desemprego quando comparados com os jovens de outros estratos de renda.

Passando aos autores que privilegiam os fatores específicos vinculados à demanda da força de trabalho, TODESCHINI (2003:21) e

(6)

WELLER (2007:64) destacam a exigência de comprovação de experiência prévia, estratégia dos empregadores para contornar a assimetria de informação que implique equívocos na seleção de seus empregados, como agravante do desemprego. A barreira da exigência de experiência prévia seria reforçada pelo fato do mercado informal absorver boa parte dos jovens, não provendo experiência reconhecida pelo mercado formal de trabalho. Já IPEA (2008:150) aponta o menor custo para a demissão dos trabalhadores mais jovens, tanto em termos de valor das indenizações como também em termos da pouca imprescindibilidade para o funcionamento da empresa, dada sua menor experiência como fator de destaque no desemprego juvenil. REIS &

CAMARGO (2005) argumentam que a falta de informações sobre a produtividade do trabalhador jovem incentiva a demissão deste em um ambiente macroeconômico que combina controle inflacionário e rigidez de salário nominal, pois dificulta o nivelamento do salário real à produtividade do trabalhador.

É interessante notar que o único argumento, de ordem estrutural, que remete a uma vantagem competitiva dos jovens no mercado de trabalho é que tal segmento possuiria uma suposta facilidade em lidar com novas tecnologias e novos processos organizativos quando comparados à mão-de- obra mais velha (WELLER, 2007:63).

Em síntese, as análises dos fatores estruturais que operam para dificultar a inserção juvenil no mercado de trabalho acabam por privilegiar o aspecto da qualificação profissional que se manifesta sob diferentes formas – acúmulo de conhecimento, experiência prévia, condição familiar determinando capital social, menores custos de desligamento, etc. O desdobramento prático do viés predominante nessas análises são políticas públicas voltadas essencialmente para a qualificação e intermediação de mão- de-obra.

Na próxima seção, analisaremos a trajetória e intensidade do desemprego entre os jovens da RMSP e do DF à luz do desempenho da economia brasileira dos últimos anos, tentando reunir elementos para reforçar a importância de políticas públicas voltadas para o crescimento econômico como principal arma contra as dificuldades de inserção do jovem no mercado de trabalho.

(7)

4 A trajetória da economia brasileira e as taxas de desemprego dos jovens

Nesta seção, proporemos uma periodização da macroeconomia brasileira entre 1992 e 2006 com base em mudanças institucionais na condução da política econômica e da média da taxa de crescimento real do PIB para, em seguida, analisar a trajetória das taxas de desemprego juvenis no DF e na RMSP, recorrendo também à investigação de como se comportou a intensidade do desemprego dos segmentos juvenis nesses períodos (Tabela 1).

Definimos a intensidade com que o desemprego se abate sobre a juventude (In fee/reg(t)) como a diferença, em pontos percentuais, entre a taxa desemprego de uma faixa etária específica em uma região em determinado ano (Dfee(t)) e a taxa de desemprego da região (Dreg(t)) no mesmo ano, conforme a equação (1). A idéia da medida de intensidade do desemprego sobre a juventude é destacar o grau de enfraquecimento dos fatores estruturais que atuam no mercado de trabalho do segmento jovem em momentos de crescimento da economia brasileira.

(1) Infee/reg(t) = Dfee(t) - Dreg(t)

A Figura 1 mostra a trajetória da intensidade do desemprego para o segmento de 16 a 20 anos5 na RMSP e no DF entre 1992 e 2006, calculada segundo as equações (2) e (3).

(2) In16-20/RMSP(t) = D16-20(t) – DRMSP(t) (3) In16-20/DF(t) = D16-20(t) – DDF(t)

Já a Figura 2 traz a trajetória da intensidade do desemprego para o segmento de 21 a 24 anos, entre 1992 e 2006, calculada segundo as equações (4) e (5).

(4) In21-24/RMSP(t) = D21-24(t) – DRMSP(t) (5) In21-24/DF(t) = D21-24(t) – DDF(t)

Ao voltarmos nossa atenção para a macroeconomia brasileira entre 1992 e 2006, é importante lembrar que, a partir de 1990, o Brasil adentra um novo período histórico em seu capitalismo, marcado: i) pelo aumento da

5 A definição das duas faixas etárias trabalhadas baseia-se na hipótese de que somente aos 20 anos de idade há uma segurança maior para inferir que os jovens, em sua maior parte, concluíram o ensino médio/técnico.

(8)

presença do capital internacional (investimentos direto e de portfólio) na estrutura econômica brasileira; ii) pelo intenso processo de aberturas comercial e financeira; iii) por mudanças significativas no funcionamento do Estado (novos arranjos institucionais de gestão da política econômica, incluindo o processo de privatização); e iv) pelo aumento do nível de desemprego e precarização6 nas relações de trabalho.

Dado esse quadro histórico e tomando como referência as médias de crescimento da economia brasileira, podemos subdividir o período que se estende de 1992 a 2006 em três momentos distintos.

O primeiro momento vai de 1992 até o ano de 1995, período de consolidação do Plano Real – programa de estabilização econômica apoiado no câmbio fixo valorizado e na atração dos fluxos de capitais internacionais por elevados patamares de juros. Neste período, a média anual de crescimento real do PIB foi de 3,5%, mesmo com a recessão de 1992 (Tabela 1)7.

As taxas de desemprego da RMSP e do DF apresentam uma tendência conjunta de queda até 1994 e elevação em 1995 apenas para o DF, e essa mesma tendência se apresenta para os segmentos de 16-20 anos e 21- 24 anos nas duas regiões (Tabela 1).

O momento macroeconômico de 1992 a 1995 presenciou um leve aumento na intensidade do desemprego de 16-20 anos no Distrito Federal (1,8 p.p.) e a manutenção do patamar em São Paulo (Figura 1). Já o segmento de 21-24 anos (Figura 2) mostra não só um menor aumento de intensidade no DF (0,9 p.p.) como também uma diminuição de 0,5 p.p. em São Paulo, quando comparamos 1992 e 1995.

Um segundo momento macroeconômico brasileiro inicia-se em 1996 e se estende até o ano de 2003, caracterizado por um forte rebaixamento da taxa média anual de crescimento real para o patamar de 1,9%. Tal diminuição do crescimento, aliada a um intenso processo de reestruturação produtiva das empresas, acarretou uma dinâmica em que “os níveis absolutos e relativos de desemprego aumentaram, bem como a informalidade das relações de trabalho e a desproteção previdenciária para amplos segmentos do mercado de trabalho urbano, enquanto os níveis reais médios de renda do trabalho e a sua distribuição pioraram” (CARDOSO JR., 2007:10).

6 Para uma discussão aprofundada do tema, ver o excelente trabalho de KREIN (2007), em especial o capítulo 2.

7 As tabelas encontram-se em anexo.

(9)

Do ponto de vista macroeconômico, o período 1996 a 2003 se subdivide em duas fases: até 1998, abarcando a consolidação do Plano Real até a eclosão das crises internacionais do sudeste da Ásia e da Rússia, as quais agravaram os problemas externos da economia brasileira, levando o país a um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional8; e a fase de 1999 a 2003, quando se consolida um novo tripé institucional na condução da política econômica brasileira: câmbio flexível, regime de metas de inflação e política fiscal de superávits primários.

A Tabela 1 mostra que o momento macroeconômico brasileiro de 1996 a 2003 gerou uma forte elevação nas taxas de desemprego da RMSP e do DF devido à queda da média anual de crescimento real do PIB.

Chama atenção o aumento na intensidade do desemprego para a faixa de 16-20 anos, em torno de 10 p.p. para o Distrito Federal e 8,5 p.p para São Paulo (Figura 1), fazendo com que as taxas de desemprego desta faixa ficassem em 29,5 e 22,7 p.p. acima das taxas de desemprego do DF e da RMSP, respectivamente, no ano de 2003.

Já os jovens de 21 a 24 anos sofreram também um aumento na intensidade do desemprego, mas de forma muito menos brutal (Figura 2), aproximadamente 2,5 p.p no Distrito Federal e 1,5 p.p em São Paulo.

Enquanto os jovens de São Paulo nessa faixa etária amargavam 4 p.p de taxa de desemprego a mais que a taxa recorde de desemprego da RMSP no ano de 2003, os jovens do Distrito Federal sofriam o dobro da intensidade paulistana no mesmo período (Tabela 1 e Figura 2).

8 Para uma análise das condicionalidades nos acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI), ver BUENO (2006).

(10)

Figura 1 - Intensidade do desemprego para a faixa etária de 16 a 20 anos

Figura 2 - Intensidade do desemprego para a faixa etária de 21 a 24 anos

(11)

O terceiro momento macroeconômico inicia-se em 2004, com a confluência entre elevação do patamar de crescimento econômico (média de crescimento real passa a 4,2%), aumento expressivo no superávit em conta corrente do Balanço de Pagamentos, valorização cambial e expansão do volume de concessão de crédito em relação ao PIB.

A interação entre a trajetória dessas variáveis macroeconômicas acarretou um duplo movimento no mercado de trabalho: tendência de diminuição da taxa de desemprego junto com o aumento do assalariamento com carteira de trabalho assinada (CARDOSO JR., 2007:11). A Tabela 1 mostra que a elevação da média de crescimento real leva a uma tendência de queda nas taxas totais de desemprego, tanto do DF como da RMSP.

Essa mesma tendência de queda se apresenta na intensidade do desemprego que afeta o segmento de 16-20 anos, com a diminuição de 1,9 p.p. no Distrito Federal e 0,8 p.p. em São Paulo (Figura 1 e Tabela 1). Já entre os jovens de 21-24, as tendências da intensidade do desemprego são divergentes entre as regiões: enquanto se estabiliza no Distrito Federal, mostra uma queda de aproximadamente 1 p.p. em São Paulo.

Portanto, com relação à dinâmica do desemprego: i) os jovens de 16 a 20 anos são mais afetados que os de 21 a 24 anos; ii) o DF apresenta taxas e intensidades sistematicamente mais elevadas que as da RMSP; e iii) a comparação da trajetória da intensidade do desemprego juvenil reforça a importância do crescimento econômico na determinação do desemprego juvenil, com capacidade de enfraquecer os fatores estruturais que dificultam a inserção do jovem no mercado de trabalho, dado que nos períodos de maior crescimento – de 1992 a 1995 e de 2004 a 2006 –, a intensidade do desemprego sobre as faixas etárias jovens diminuem ou, no pior dos casos, se mantêm.

5 A taxa específica de atividade dos jovens em São Paulo e no Distrito Federal

Uma das dimensões de inserção dos jovens no mercado de trabalho é dada, segundo RIOS-NETO & GOLGHER (2003), pela “(...) razão entre a população economicamente ativa (PEA) em um determinado grupo etário e a população deste grupo etário”, chamada de Taxa Específica de Atividade (TEA), conforme a equação (6), em que POP é a população de uma faixa etária específica (fee) de uma região (reg) em um determinado ano (t). A

(12)

idéia na análise da trajetória da taxa específica de atividade é captar a intensidade da relação entre jovens ocupados e inativos.

(6) TEA fee/reg(t) = PEA fee/reg(t) / POP fee/reg(t)

Para a faixa dos 16 aos 20 anos de idade (Figura 3), observamos uma grande diferença no nível da TEA entre as duas regiões. Enquanto na RMSP a TEA em 1992 era de 73%, no DF era de 60%. Tal diferença diminuiu no decorrer do período estudado, passando para 8 p.p. no ano de 2006 devido à conjunção de: i) uma forte retração na participação dos jovens da RMSP no início dos anos 90, quando a TEA desta faixa etária cai de 73% para 67%

entre 1992 e 1998, seguindo de forma relativamente estável nesse patamar até 2006; e ii) um aumento no nível da TEA no DF, que passa de 57% em 2000 para 62% em 2003.

Figura 3 - Taxa Específica de Atividade 16-20 anos

Quais as possíveis explicações para os movimentos responsáveis pela diminuição da diferença na TEA da faixa de 16 a 20 anos? Em relação à RMSP, a queda contínua da TEA acontece justamente em um período de diminuição das taxas médias de crescimento da economia e aumento do desemprego. Ou seja, haveria evidências da validade da hipótese de CAMARANO et al. (2003:61) para o período entre 1992 e 1998, no qual o aumento da intensidade do desemprego geraria expectativas negativas nos

(13)

jovens de 16 a 20 anos, os quais saíram do mercado de trabalho, diminuindo a TEA.

Já no DF, a taxa específica de atividade se eleva no início da primeira década do século XXI, período de baixo crescimento econômico e aumento do desemprego. Ao contrário da RMSP, tal contexto não desmotivou o jovem do Distrito Federal a procurar emprego, o que vai contra a hipótese de CAMARANO et al. (2003:61), sugerindo a influência da complementação do rendimento na atitude dessa força de trabalho, conforme GIMENEZ (2001) e a Figura 5, que nos mostra a queda no rendimento real dos ocupados no DF justamente entre o período de 2000 a 2004.

Na faixa dos 21 a 24 anos de idade (Figura 4), nota-se uma semelhança no comportamento e nos níveis absolutos da TEA para ambas as regiões. Quanto à tendência, tanto a RMSP como o DF aumentam a taxa específica de atividade, no primeiro caso, de 82% para 86% e, no segundo, de 79% para 85%.

Figura 4 - Taxa Específica de Atividade 21-24 anos

(14)

Ao compararmos a trajetória da TEA da faixa de 21 a 24 anos (Figura 4) com a variação do PIB brasileiro no mesmo período (Tabela 1), podemos notar: i) uma relativa “autonomia” do comportamento da taxa de participação dos jovens desta faixa etária, ou seja, a tendência ao aumento da participação é constante apesar das intensas variações do PIB, o que refuta a hipótese de CAMARANO et al. (2003:61) para este grupo de jovens; ii) os índices nas duas regiões relativamente altos, sugerindo que, para grande parte dos jovens de 21 a 24 anos de idade, não está colocada mais a condição de inativo para dedicação exclusiva ao estudo.

Figura 5 - Rendimento médio real dos ocupados (em R$ de jan/08)

É importante ressaltar que a busca de crescimento econômico com distribuição de renda pode conferir um aspecto positivo à queda da TEA entre os jovens, principalmente daqueles entre 16 e 20 anos, pois o aumento da renda familiar gera condições objetivas para sustentar uma maior permanência dos jovens apenas no estudo.

6 Ocupação setorial dos jovens

O primeiro aspecto a ressaltar quando comparamos a forma de inserção dos jovens no mercado de trabalho entre a região metropolitana de São Paulo e o Distrito Federal são as diferenças significativas, decorrentes de estruturas econômicas muito distintas, na composição setorial da ocupação da

(15)

força de trabalho juvenil. Enquanto a indústria de transformação possui peso significativo na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), no Distrito Federal (DF) é o serviço público e o doméstico que se destacam, conforme as Tabelas 2 e 3, as quais trazem os dados da distribuição da ocupação, por setor de atividade9, para as faixas etárias de 16 a 20 anos e de 21 a 24 anos.

Quando comparamos a trajetória da composição ocupacional nos jovens das duas regiões, três tendências comuns se destacam. A primeira diz respeito à queda do peso da indústria da transformação na absorção da força de trabalho jovem. A Tabela 2 mostra que, na faixa de 16 a 20 anos, a queda é mais intensa na RMSP (passa de 25,8% em 1992 para 20,2% em 2006, saldo líquido negativo de 5,6 p.p) quando comparada ao DF (de 5% em 1992 a 3,7% em 2006, saldo líquido negativo de 1,3 p.p.). A mesma tendência de trajetória é observada para a faixa de 21 a 24 anos (Tabela 3), e a intensidade do saldo líquido negativo aumenta nas duas regiões (7,5 p.p. à RMSP e 1,8 p.p. ao DF).

A segunda tendência ocupacional comum às duas regiões estudadas é o aumento do peso do setor de serviços na ocupação juvenil. Para a faixa de 16 a 20 anos (Tabela 2), o aumento na absorção de força de trabalho entre 1992 e 2006 é de 7,6 p.p. tanto na RMSP como no DF, ao passo que para a faixa de 21 a 24 anos (Tabela 3) é de 5 p.p. para a RMSP e 3,9 p.p. para o DF.

Uma das hipóteses para explicar o aumento da participação dos serviços é a de que várias atividades anteriormente realizadas dentro das empresas passaram a ser terceirizadas, na forma de prestação de serviços por pessoa jurídica (KREIN, 2007; BALTAR, 2003a), o conhecido processo de terceirização, como sugere o aumento do peso dos autônomos para empresas nas Tabelas 4 e 5.

A terceira tendência ocupacional comum às duas regiões é a trajetória dos serviços domésticos. Apesar de ambas apresentarem a diminuição da participação dos jovens entre 16 e 20 anos, o processo foi muito mais intenso no DF (queda de quase 60% do peso da atividade, passando de 27,2% em 1992 a 11,4% em 2006, conforme Tabela 2) do que na RMSP (queda de aproximadamente 50%, passando de 8,7% em 1992 para 4,2% em 2006).

Com intensidade muito menor, podemos perceber a mesma tendência em ambas as regiões para a faixa de 21 a 24 anos (Tabela 3).

9 Nas tabelas, a ocupação na Administração Pública foi incorporada à ocupação nos Serviços de Utilidade Pública.

(16)

A comparação entre as regiões mostra uma importante diferença na trajetória dos serviços de utilidade pública. Enquanto a RMSP mostra estabilidade para a faixa de 16 a 20 anos, passando de 2,5% em 1992 a 2,7%

em 2006 (Tabela 2), para a faixa de 21 a 24 anos apresenta uma trajetória de diminuição, passando de 3,1% em 1992 a 2,2% em 1992 (Tabela 3). Já o DF tem um considerável aumento da absorção da força de trabalho juvenil na faixa de 16 a 20 anos nessa atividade, passando de 9,4% em 1992 a nada menos que 15,9% em 2006 (Tabela 2). Na faixa de 21 a 24 anos, o DF mostra a mesma tendência de queda da RMSP, passando de 15,3% em 1992 a 13,6%

em 2006 (Tabela 3).

A conjugação entre diminuição da importância da indústria de transformação na ocupação juvenil e aumento da participação relativa do setor de serviços poderia sugerir a ocorrência de um processo semelhante ao dos países do centro capitalista, em que o setor de serviços passa a predominar na dinâmica da ocupação, em detrimento ao setor industrial, o processo de terceirização.

Interpretamos, porém, que a conjugação entre redução da ocupação industrial e aumento dos serviços aponta não para a convergência ao centro capitalista, mas para a sobreposição de um processo de desindustrialização relativa10, com especial impacto na RMSP, região historicamente mais industrializada do país, à disseminação da estratégia empresarial de terceirização de parte de suas atividades. Tal processo acabou por provocar a desarticulação de várias cadeias produtivas, transferindo parte significativa da ocupação para o setor serviços que, no Brasil, é historicamente mais desestruturada e menos socialmente protegida. Dessa forma, a desindustrialização não apontou para um processo virtuoso, mas para o aumento da precarização nas condições do trabalho (CANO, 2007; IEDI 2005 e 2007; CARNEIRO, 2002; BALTAR 2003a; KREIN, 2007).

10 Entendemos como desindustrialização relativa o processo relacionado à: i) tendência à diminuição da importância do setor industrial no PIB e na ocupação de país; e ii) menor dinamismo do setor industrial de um determinado país quando comparado aos setores industriais de outros países. Dessa forma, o conceito deve ser usado em termos nacionais que, no caso do Brasil, aplica-se corretamente por haver ocorrido esse processo de forma consistente desde os anos 90. (IEDI, 2005 e 2007)

(17)

Passando à análise da posição na ocupação, um primeiro destaque é a diferença no comportamento da ocupação com carteira assinada (Tabelas 4 e 5). Observa-se que, enquanto no DF há um movimento de crescimento, especialmente a partir do ano 2000, na RMSP esse crescimento acontece somente a partir de 2004. Porém, o saldo líquido nesse período é bastante distinto nas duas regiões para ambas as faixas etárias. Enquanto no DF, para a faixa dos 16 a 20 anos (Tabela 4), a ocupação com carteira assinada salta de 23% em 1993 para 37,5% em 2006 (saldo líquido positivo de 14,5 p.p.), na RMSP ela decresce de 50% para 42% no mesmo período (saldo negativo de 8 p.p.).

Já para a faixa dos 21 a 24 anos (Tabela 5), no DF o saldo é positivo em 7,6 p.p., enquanto na RMSP o saldo é negativo em 2,7 p.p. Nota-se que, mesmo com o aumento da formalização das ocupações juvenis no DF, as ocupações com carteira assinada se mantêm em níveis inferiores aos da RMSP.

Porém, no caso do DF, esse aumento não aconteceu “em troca” da ocupação sem carteira assinada. Assim como na RMSP, a ocupação sem carteira assinada aumentou muito no DF, passando de 20% a 30% (na RMSP de 22% para 35% na faixa dos 16 a 20 anos de idade) e de 10% a 17% na faixa dos 21 a 24 anos (na RMSP passa de 11% para 20%, quase dobrando).

No caso do DF, há dois segmentos que “transferem” sua participação na ocupação para os assalariados com e sem carteira assinada. Na faixa dos 16 a 20 anos de idade, o emprego doméstico mensalista, categoria majoritária na coluna “Outros” da tabela 4, que respondia por quase 30% no início da década de 90, diminui sua participação para cerca de 11%. Já na faixa dos 21 a 24 anos de idade (Tabela 5), reduz a participação do assalariado público, de 20% para em torno de 13%11.

No caso da RMSP, a ocupação sem carteira assinada aumentou em detrimento da ocupação com carteira assinada, uma vez que as demais participações permaneceram praticamente estáveis no período estudado.

Nessa região, assim como no DF, na categoria “Outros” a queda acentuada acontece devido à diminuição na ocupação doméstico mensalista, ou seja, sua

“transferência” às ocupações sem carteira assinada apenas mantêm a

11 Isso indica para a consolidação do processo de terceirização inclusive no setor público (KREIN, 2007).

(18)

precarização no trabalho. Na faixa dos 16 a 20 anos de idade, também destaca o aumento do autônomo para as empresas, na perspectiva das terceirizações apontada anteriormente, e em menor impacto na faixa dos 21 a 24 anos.

É perceptível que em ambas as regiões há um claro movimento de aumento das ocupações sem carteira assinada no período estudado, evidenciando um processo de precarização nas relações de trabalho dos jovens, movimento esse que segue a tendência do mercado de trabalho em geral. Por outro lado, contrariando a tendência geral do mercado de trabalho, não houve, ao menos, aumento significativo do trabalho autônomo, o que seria uma segunda forma de precarização por não garantir os direitos trabalhistas consagrados na Constituição de 1988.

O aumento das ocupações em serviços em São Paulo, historicamente mais desestruturados que a indústria de transformação, aponta para um quadro de menor proteção social, constatado com o aumento do assalariamento sem carteira assinada. No Distrito Federal, a diminuição dos serviços domésticos, também historicamente precarizado, seria positiva se houvesse, em contrapartida, aumento da ocupação em setores mais estruturados. Porém, não é isso o que os dados apontam, pois o aumento também do assalariamento sem carteira assinada sinaliza a manutenção da precarização do trabalho juvenil.

8 Conclusão

Nossa análise destacou algumas características importantes da inserção do jovem nos mercados de trabalho da Região Metropolitana de São Paulo e do Distrito Federal. Na questão do desemprego, a faixa de 16 a 20 anos apresenta taxas e intensidades sistematicamente maiores que a faixa de 21 a 24 anos em ambas as regiões. Além disso, o DF enfrenta taxas e intensidades mais elevadas que as da RMSP para ambas as faixas etárias. O período estudado mostrou uma forte correlação entre elevação das taxas médias de crescimento e diminuição da intensidade do desemprego sobre os jovens.

O comportamento da taxa de atividade específica mostrou uma trajetória ascendente para a faixa de 21 a 24 anos em ambas as regiões. Já para a faixa de 16 a 20 anos, o DF presencia uma elevação da participação de seus jovens, ao passo que na RMSP é a diminuição que marca o período.

(19)

A diminuição da absorção da força de trabalho juvenil pela indústria de transformação e pelos serviços domésticos, assim como a elevação da participação do setor de serviços, são tendências de ocupação setorial juvenil encontrada tanto na RMSP como no DF, guardadas algumas importantes diferenças de intensidade e o aumento da participação dos serviços de utilidade pública para os jovens de 16 a 20 anos no DF.

O aumento dos assalariados sem carteira assinada chama a atenção para ambas as faixas etárias de jovens tanto no DF como na RMSP, destacando-se a trajetória oposta da participação dos trabalhadores com carteira assinada, com aumento no DF e diminuição na RMSP.

O quadro anterior mostra uma profunda desestruturação que ocorreu nos mercados de trabalho juvenis na RMSP e no DF. Além do aumento extraordinário nos índices de desemprego, principalmente no segmento de 16-20 anos, as formas predominantes de ocupação apontam para uma aguda precarização no trabalho dos jovens.

A queda no dinamismo da economia desde os anos 90, bem como a profunda reestruturação no setor industrial, influenciaram negativamente na perspectiva dos jovens em conseguir um emprego e na renda familiar, alterando o comportamento da taxa específica de atividade daquela faixa da população.

Dessa forma, sem a retomada de índices substantivos de crescimento econômico, os quais enfraquecem as segmentações do mercado de trabalho, não se vislumbra a queda do desemprego juvenil, uma vez que os problemas dessa natureza estão relacionados muito mais à Demanda Efetiva, portanto, à criação da demanda de força de trabalho, do que uma questão apenas de qualificação na oferta. Ressalta-se que a formulação de políticas de oferta aos jovens não é suficiente para amenizar as mazelas provocadas nos últimos 15 anos no país no mercado de trabalho.

Para além da geração de mais oportunidades de trabalho, através do crescimento econômico equilibrado e prolongado, é preciso que sejam criados postos de trabalho estruturados, de forma a permitir o pleno desenvolvimento educacional, cultural e social dos jovens, inclusive de modo indireto, por meio da melhora da renda familiar, especialmente nos chefes de família.

É necessário também um aumento da fiscalização do Estado no cumprimento das leis trabalhistas, de forma a coibir as contratações precarizadas, sem carteira assinada. Essas políticas seriam válidas para ambas

(20)

as regiões estudadas, pois independem das especificidades na estruturação econômica.

Referências Bibliográficas

BALTAR, Paulo. O mercado de trabalho no Brasil dos anos 90. Tese (Livre- docência) – Instituto de Economia, Unicamp, Campinas, 2003a.

______. Estrutura econômica e emprego urbano na década de 90. In PRONI, M.W.;

HENRIQUE, W. (orgs.). Trabalho, mercado e sociedade: o Brasil nos anos 90. São Paulo: Editora UNESP; Campinas: Instituto de Economia da UNICAMP, 2003b.

BUENO, Fabio. A nova tutela do FMI - Uma análise da política econômica dos acordos com o Brasil entre 1998 e 2002. Dissertação (Mestrado em Economia) – Instituto de Economia, UNICAMP, 2006.

CAMARANO, Ana; PAZINATO, Maria; KANSO, Solange; VIANNA, Caroline. A transição para a vida adulta: novos ou velhos desafios? Boletim de Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise, IPEA, Brasília, n. 21, fev. 2003.

CANO, Wilson et alli. Economia paulista: dinâmica socioeconômica entre 1980 e 2005. Campinas: Editora Alínea, 2007.

CARDOSO JR., José. De volta para o futuro? As fontes de recuperação do emprego formal no Brasil e as condições para sua sustentabilidade temporal. Texto para discussão, IPEA, Brasília, n. 1310, 2007.

CARNEIRO, Ricardo. Desenvolvimento em crise – a economia brasileira no último quarto do século XX. São Paulo: Editora UNESP, 2002.

GIMENEZ, Denis. Políticas de inserção dos jovens no mercado de trabalho: uma reflexão sobre as políticas públicas e a experiência brasileira recente. In:

ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS DO TRABALHO, Anais..., Salvador, 2001. CD-ROM.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo Demográfico 2000. Brasília: IBGE, 2000.

INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – IEDI. Ocorreu uma desindustrialização no Brasil? IEDI, São Paulo, nov. 2005.

______. Desindustrialização e os dilemas do crescimento econômico recente. IEDI, São Paulo, mai. 2007.

INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO APLICADO – IPEA. Políticas Sociais - acompanhamento e análise, IPEA, Brasília, n.º 15, 2008.

KEYNES, John Maynard. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo:

Editora Atlas, 1992.

(21)

KREIN, Jose. Tendências recentes nas relações de emprego no Brasil 1990-2005.

Tese (Doutorado) – Instituto de Economia, UNICAMP, Campinas, 2007.

POCHMANN, Márcio. O trabalho sob fogo cruzado. São Paulo: Editora Contexto, 1999.

______. Emprego e desemprego juvenil no Brasil: as transformações nos anos 90. In:

Desemprego Juvenil no Brasil: em busca de opções a luz de algumas experiências internacionais. Brasília: Organização Internacional do Trabalho - OIT, 2001.

REIS, Maurício; CAMARGO, José. Desemprego dos jovens no Brasil: os efeitos da estabilização da inflação em um mercado de trabalho com escassez de informação.

Texto para Discussão, IPEA, Rio de Janeiro, n. 1116, set. 2005.

RIOS-NETO, Eduardo; GOLGHER, André. A oferta de trabalho dos jovens:

tendências e perspectivas. Boletim de Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise, IPEA, Brasília, n. 21, fev. 2003.

TODESCHINI, Remígio. Combate ao desemprego juvenil no Brasil: a proposta do Ministério do Trabalho e Emprego. Boletim de Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise, IPEA, Brasília, n. 21, fev. 2003.

WELLER, Jürgen. La inserción laboral de los jóvenes: características, tensiones y desafios. Revista de la CEPAL, n. 92, ago. 2007.

Referências

Documentos relacionados

A solução, inicialmente vermelha tornou-se gradativamente marrom, e o sólido marrom escuro obtido foi filtrado, lavado várias vezes com etanol, éter etílico anidro e

As inscrições serão feitas na Comissão Permanente de Vestibular da UFMG (COPEVE), situada no Prédio da Reitoria da UFMG, à Av. Presidente Antônio Carlos, 6627 – Campus da

Por sua vez, a complementação da geração utilizando madeira, apesar de requerer pequenas adaptações do sistema, baseia-se em um combustível cujas origens são mais diversifi

Arrendatários e parceiros são mais prósperos e mais bem educados nas regiões onde a cultura da cana está concentrada, e existe uma correlação entre mercados de aluguel ativos e

Aplicação dos princípios humanitários, étnico- raciais, ambientais e científicos em áreas relacionadas a produção, controle de qualidade e distribuição de

Observa-se que as ações para possibilitar o acesso das mulheres à APS, à realização do exame citopatológico e a promoção da saúde se dá por meio de campanhas do outubro rosa,

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

A legislação da Comunidade Econômica Européia de defesa da concorrência coibiu as concentrações empresarias e o abuso de posição dominante que possam existir no mercado, pois