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Letra, lingüística, linguisteria

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Academic year: 2021

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Letra, lingüística, linguisteria

Frederico Zeymer Feu de Carvalhoi

Palavras-chave: significante, letra, lingüística, linguisteria.

Resumo: O texto trabalha a separação conceitual entre significante e letra no ensino de Lacan. Essa separação resultou na distinção entre os domínios da lingüística e da linguisteria, introduzida por Lacan no Seminário 20, e que contribui para aproximar a noção de inconsciente da função da escrita.

Nosso propósito limita-se a explorar um aspecto da intricada relação entre psicanálise lacaniana e lingüística estrutural, concebendo-se esta última a partir do Curso de Lingüística Geral (CLG, 1972)ii. A distinção entre o significante lingüístico e o significante psicanalítico tem sido objeto de numerosos estudos por parte de psicanalistas e lingüistasiii. Mais uma vez, trata-se de colocar em questão esta distinção, mas indagando em que medida ela é atravessada pela noção de letra. Este atravessamento evoca, por um lado, os limites conceituais entre letra, significante e signo; por outro lado, a dificuldade adicional de situar a psicanálise em relação aos campos da lingüística e da poética e o sentido do termo linguisterie, forjado por Lacan.

1- Quando Saussurre define o objeto da lingüística como “a língua considerada em si mesma e por si mesma” (CLG: 271) opera-se um duplo corte. Em primeiro lugar distingue-se língua e fala, relegando a fala a um lugar subordinado em relação à língua: “a fonação em nada afeta o sistema em si” (CLG: 26). Nesta perspectiva, os desvios da fala seriam como as variações de execução de uma partitura musical que mantém intacta a estrutura sinfônica em si mesma, sem afetá-la diretamente. A fala, entretanto, afeta a língua de uma forma indireta, sendo responsável por sua evolução; mas esta interdependêncianão impede que língua e fala sejam tomadas, no Curso, como “duas coisas completamente distintas” (CLG: 27). Para Saussurre, a língua só tem existência social, ao passo que nada existe de coletivo na fala, que compreende as “combinações individuais, dependentes da vontade dos que falam” (CLG: 28).

Portanto, cumpre decidir que caminho trilhar diante da bifurcação que se abre tão logo penetramos no campo das ciências da linguagem. A posição de Saussure é clara quanto a este ponto: a lingüística propriamente dita tem por único objeto a língua e devemos nos acautelar para não transpor os limites que separam estes dois domínios.

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O segundo corte se estabelece no interior do próprio objeto lingüístico acima definido e concerne à distinção entre o significado e o significante. Trata-se de um corte que interpreta esta heterogeneidade — já tematizada por Platão, passando pelos estóicos, Santo Agostinho e a lógica de Port-Royal — em ruptura com a tradição representacionista da linguagem. Entre significante e significado não existe representação, apenas associação. Sendo assim, pode-se pensar o signo lingüístico como uma unidade composta de duas faces, o significante e o significado, sem uni-las pela representação. Este laço associativo é contingente — arbitrário, dirá Saussurre — o que implica que ele poderia ter sido costurado de outra forma; uma vez fixado, porém, o signo tende a se perpetuar no sistema de relações que caracteriza uma língua.

É preciso considerar que o significante em Saussurre não existe fora de sua associação com o significado. Embora conceba significante e significado como duas ordens distintas, esta distinção não poderia ser pensada fora da unidade do signo. Isto se esclarece se levarmos em consideração que a distinção entre significante e significado é postulada por Saussurre no interior do sistema social da língua sendo, portanto, inerente ao plano do sentido onde os signos se fazem reconhecer. Em outros termos, Saussurre não renuncia ao pressuposto fundamental que acompanha a história da lingüística, mesmo anterior ao Curso, que diz respeito à equivalência entre significante e significado, como se vê na analogia com as duas faces de uma folha de papel, mesmo que esta equivalência venha a ser renomeada por Saussurre em oposição à idéia de representação do significado pelo significante, e mesmo considerando que esta relação é continuamente remodelada por deslizamentos entre os dois planos, como mostra a própria evolução da língua.

2- Este duplo corte, ensejado pela definição do objeto lingüístico, é também essencial à definição do inconsciente. Ele permite pensar o inconsciente como uma cadeia articulada

“segundo as leis de uma ordem fechada” (Lacan, 1998: 504), ao mesmo tempo efeito de linguagem e em ruptura com o signo por uma barra resistente à significação. Em outros termos, o inconsciente se apresenta, ao mesmo tempo, estruturado como uma linguagem e portando os traços individuais de seu recorte pela fala, o que equivale a tomá-lo como uma espécie de linguagem privada, para o arrepio dos lingüistas e filósofos da linguagem. Isso fala, dirá Lacan. Isso fala, no entanto, a partir de uma combinação individual que independe

“da vontade de quem fala” (CLG: 28). A separação entre língua e fala é, portanto, o ponto a partir do qual a psicanálise pôde esclarecer a extimidade desta relação. A trajetória de Lacan retorna, assim, ao ponto de bifurcação assinalado por Saussurre, onde a distinção entre língua

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e fala levou à sua separação epistêmica. O inconsciente interdita a separação epistêmica entre língua e fala. A questão lacaniana pode ser então formulada nos seguintes termos: como é possível pensar junto o que está epistemicamente separado no Curso?

Por outro lado, “a língua em si mesma e por ela mesma é intrinsecamente anterior a toda fronteira que se possa traçar aí em nome da significação; ela pode e deve ser analisada independentemente desta fronteira” (Milner, 1999: 91). Este aspecto esclarece as razões que levaram Lacan a preferir a lingüística à lógica. “Escolher a lingüística é escolher que a significação não faça fronteira na linguagem” (Milner, 1999: 91). Desde este ponto de vista, o inconsciente se distingue pela insistência em falar do que não se pode falar, atravessando a fronteira que a lógica designa como o limite da significação — tomando-se como referência o Tractatus, de Wittgenstein. O inconsciente sustenta que a significação não é essencial à linguagem e que seu limite é intrínseco ao próprio dizer, na medida em que não é possível dizer nenhum todo.

De fato, o inconsciente é o que diz não à tentativa lógica de traçar um limite para a linguagem a partir da significação, apresentando-se, na experiência mais imediata, como expressão do que se situa, de início, fora do campo da significação e insiste à margem desta fronteira. De certa forma, o modelo do Witz freudiano mostra que a linguagem corrente atravessa esta fronteira graças às propriedades da língua, desfazendo a unidade do signo para cingi-la de outro modo, o que leva Freud a se referir ao Witz como um jogo entre sentido e não sentido que não rompe o laço social da língua. Esta manifestação se impõe como uma experiência irresistível ao falante, confundindo sua posição de usuário da linguagem pela interposição da técnica do Witz à intenção de quem fala. Tal técnica está em perfeita consonância com as propriedades poéticas da língua que compreendem os deslizamentos do significado sob o significante.

É na medida que regredimos no inconsciente que se rompe a equivalência entre significado e significante. Tudo se passa como se, ao estender a ação do significante até o inconsciente, nos deparássemos com o que o significante comporta de autonomia em relação ao signo, rompendo-se o sistema social da língua. Poderíamos dizer que esta autonomia aponta para a função da letra? Se assim for, concordaremos com a afirmação de Ritvo de que

“a letra tem esta função inicial de distinguir o significante lingüístico do significante psicanalítico porque introduz [no significante] o que é inerente à noção de letra: o efeito de cortar, apagar, desaparecer” (Ritvo: 2000, 13). Para sustentar sua hipótese, Ritvo alude ao Seminário 9 (A Identificação, de 1962), onde Lacan considera a letra “a essência do

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significante, através da qual este se distingue do signo” (Ritvo: 2000, 12). Ainda segundo esta hipótese, que podemos remontar a Freud, o inconsciente utiliza uma escrita em ruínas para o seu trabalho essencial de cifrar o gozo, como o trabalho do escriba que reescreve a partir das marcas apagadas da sua história (Ritvo: 2000, 16).

3- Mas, o axioma lacaniano isso fala, presentificando o que do inconsciente responde como uma cadeia articulada, renova-se no momento em que Lacan lhe opõe um está escrito (Lacan, 2003: 25). A partir daí, a cadeia significante se contrapõe ao “Um encarnado na alíngua” (Lacan, 1985b: 196).

Seguindo esta trilha, uma psicanálise se definiria como uma prática da letra que limita a prática do sentido em torno do vazio da significação, desenhando a borda que escreve a experiência de um sujeito para além do que pode ser por ele significado. Como no célebre exemplo de Leclaire (1977: 93), Poordjeli, fruto do trabalho de análise, que Lacan menciona em 1964 (Lacan, 1985a:236), este “nome secreto”, “termo intransponível”, “desprovido de sentido" , “matriz literal” que convoca o inconsciente como um nó (Leclaire 1977: 94). A letra é este recorte não linear do texto com que se escreve a contingência do encontro entre saber e gozo para além do limite da significação. O Um da letra se contrapõe aqui tanto à cadeia significante quanto à unidade do signo. A unidade da letra difere da unidade do signo:

a letra é diferente de si mesma, pois quando digo a, este a é pura diferença; quanto ao signo, importa-lhe a diferença relativa e a oposição entre o elemento a e o elemento b, como em “a árvore da vida” por oposição à “árvore frutífera”. Em outros termos, o signo estabelece relações dentro de um sistema enquanto o privilégio da letra acaba por se dirigir, em Lacan, à relação do simbólico com o real e não às relações no interior de um mesmo sistema simbólico.

A letra enoda assim dois registros heterogêneos, aos quais Lacan irá se referir ao evocar, em Lituraterra, o jogo de palavras litura/litoral (Lacan, 2003: 21). Não se trata aqui do encontro do ar e da água evocado por Saussurre e das vagas que aí se articulam para intermediar “o plano indefinido das idéias confusas e o plano não menos indeterminado dos sons” (CLG:

130) que fixa a unidade do signo; tampouco de uma fronteira da linguagem que permitiria demarcar os limites da significação, como em Wittgenstein. O que se designa com a letra é, enfim, o enodamento entre o mar do saber e a terra do gozo, ali onde o vazio da significação impera, o signo é incapaz de referir e o que se escreve se rasura.

O crescente interesse lacaniano pela função da letra vai, assim, de par com o declínio progressivo de suas referências à lingüística estrutural. Milner (1999: 94) identifica este

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declínio à passagem do primeiro ao segundo classicismo de Lacaniv, ao levar em consideração que o regime da letra é o que doravante dará o estatuto do inconsciente, a ser pensado como uma escritura que afeta diretamente a própria língua, por situar-se fora de sua situação literária. Declínio da referência à lingüística mas não à linguagem. Será preciso então forjar o termo linguisteria para distinguir, do domínio da lingüística, o que diz respeito à fundação do sujeito: “meu dizer que o inconsciente é estruturado como uma linguagem não é do campo da lingüística” (Lacan, 1985b: 25)

4- Segundo Milner (1995: 120), a descoberta dos anagramas de Saussurre, da qual Lacan toma conhecimento em 1964, foi decisiva para que a disjunção entre letra e significante se desenvolvesse no ensino lacaniano até completar-se por volta de 1973. De fato, esta distinção nem sempre é clara no ensino lacaniano, transitando entre uma relação essencial em 1962 (a letra como essência do significante)v e uma distinção quase absoluta em 1971 (nada leva a confundir, como já se fez, letra e significante)vi. Conforme assinala Mandil (2003), a letra é inicialmente pensada por Lacan como subordinada ao significante, a partir da equivalência entre letra e estrutura fonemática. Esta dimensão literal do significante “emerge da total depuração do significado” (Mandil 2003: 30). É o que se verifica, por exemplo, em A Instância da letra..., escrito de 1957, onde a letra vem a ser tomada a partir da “estrutura essencialmente localizada do significante” (Lacan, 1998a: 504), isto é, preservando-se no nível dos caracteres o mesmo jogo de oposições que caracterizam as relações fonemáticas,

“cuja escuta deve equivaler a um procedimento de leitura, incidindo sobre as combinações e recombinações de letras” (Mandil 2003: 30). O poder poético das palavras residiria, assim, na evocação de “uma multiplicidade de significações por meio de um movimento de suspensão de qualquer decisão semântica” (Mandil 2003: 31).

Já em Lituraterra, texto de 1971, assistimos a uma verdadeira promoção do escrito em contraposição à fala, que acaba por distanciar a noção de letra da noção de significante. Este recorte torna-se evidente a partir da oposição entre littera (letra) e litura (rasura), da qual se deriva a oposição literatura/lituraterra. Lacan se detém, neste texto, sobre a metáfora do litoral, reportando-a à função da letra que conjuga, ao mesmo tempo em que separa, dois campos heterogêneos, configurando o que poderíamos chamar de uma borda entre simbólico e real.

Para Milner (1995: 128-130), a distinção entre significante e letra já se encontra estabelecida em 1970 e no centro do que ele denomina o segundo classicismo de Lacan: o

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significante se inscreve em um sistema e somente subsiste por suas relações diferenciais, sendo neste sentido um termo sem positividade; a letra subsiste só, embora possa se relacionar a outras letras, sendo uma positividade suportada por seu elemento sensível; o significante, não sendo positivo, não pode ser destruído, embora possa vir a faltar em seu lugar; a letra pode ser destruída, rasurada, integralmente substituída; um significante apenas representa um sujeito para outro significante e nada transmite em si mesmo; a letra torna possível a transmissão integral, como prova a ciência galileana; o significante concerne ao semblante; a letra concerne ao limite entre simbólico e real; o significante procede do múltiplo; a letra procede do Um; o significante pode ser partilhado por uma comunidade lingüística, a partir do significante se tecem discursos; a letra, em sua solidão, é resto de discurso, provocando efeitos de dispersão no sistema.

5- Dois pontos, contudo, merecem ser destacados. Em primeiro lugar, o abismo instigante que separa as ocupações noturnas de Saussurre e o que então ele fazia em nome da lingüística, e a profunda vinculação que se pode estabelecer entre os anagramas e o rébus freudiano, no ponto onde “Saussurre espera por Freud (...) e se renova a questão do saber”

(Lacan, 1985b: 129). Bastaria evocar, para demonstra-lo, a estrita equivalência entre a formula “Ad temPLa pOrtatO” (“levado diante dos templos”) do verso saturnino, onde se lê a escrita anagramática do nome de Apolo no poema que lhe é dedicado (Starobinski,1996: 62), e a escrita dos nomes Signorelli e Bósnia-Herzegovina no jogo de letras que se verifica em torno de Botticelli, Boltraffio, Signor, Herr, etc, “nomes manipulados como imagens de um texto (...) transformado em um jogo de enigma visual”, analisado por Freud em 1901 (Freud, 1969, v. VII: 24). Ou, ainda, a referência à Trimetilamina, que se escreve em caracteres bem distintos no sonho da injeção de Irma (Freud, 1969, v. V, cap. II) Não escapa a Lacan a hesitação de Saussurre quanto a saber em que medida as estranhas pontuações de escrita que se encontram nos versos saturninos são ou não produtos da intenção do poeta. Ora, é justamente a função da letra o que se ressalta nas palavras sob as palavras onde se lêem os anagramas. É aí que reaparece, em Sassurre, a questão do sujeito em sua relação com a língua: ele é suposto nesse corte literal onde emergem essas pontuações que Saussurre mantén no campo do indescidível. Retroativamente, diremos que ele emerge também no Curso como efeito do recorte exigido na massa indistinta dos sons onde se elocubra um saber sobre alíngua.

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Em segundo lugar, a conseqüência que esta mesma descoberta tem sobre Jakobson e sua pretensão de incluir a poética no campo da lingüística, que obriga Lacan a reconsiderar as relações entre psicanálise, lingüística e poética sob um novo prisma. Sobre este segundo apontamento, Lemos (1998) afirma que o projeto de Jakobson fracassa justamente por desconsiderar, a despeito de sua proximidade com Lacan, “que a lingüística, sem a psicanálise, não dá conta do poético” (Lemos 1998: 3). Segundo este projeto, a função poética poderia ser inteiramente assimilada às funções da linguagem. É o que a referência ao witz permite pensar. É interessante notar que Jakobson retoma a mesma questão que embaraça Saussurre e que ele deixa em aberto a respeito dos anagramas, a saber, se o poeta participa ativamente da criação do poema ou se é por ele arrebatado. Ainda segundo Lemos, a posição de Lacan quanto a incluir a poética na linguisteria não é unívoca. A princípio, no seminário do ano de 1972/73, Lacan teria separado os domínios da lingüística e da linguisteria,

“deixando a Jakobson seu domínio reservado” (Lacan, 1985b: 25), distinguindo poética e psicanálise. Outra vez, no seminário intitulado Rumo a um significante novo, de 1977, Lacan teria admitido que “não há outra lingüística que não a linguisteria” (Lacan, 1998b: 6), abrindo caminho para que se pudesse “relacionar a intervenção do analista à ordem do poético”

(Lemos 1998: 17).

Uma última observação nos servirá aqui à guisa de conclusão. O significante nos remete a um deslizamento infinito em cujos meandros podemos facilmente nos perder; a letra é um ponto de detenção e de finitude, ponto limite a partir do qual não podemos mais deslizar, apenas atravessar. Este impasse é comum à experiência literária e à psicanálise. Contudo, devemos avançar com precaução, evocando a função da letra e o ciframento de gozo que aí se produz para não confundir esta função literal com a função do belo, este último anteparo diante do real. Uma psicanálise não é, neste sentido, uma pura experiência poética, embora possa dela se servir. Da mesma forma que nem todo poema é belo o bastante para defender o poeta do que do gozo caminha em direrção à morte. E é para não se render às malhas do poético que, talvez, o recurso à ciência da linguagem continue sendo essencial à psicanálise.

Neste sentido, poderíamos opor a travessia literária a uma travessura da letra nas malhas do significante, para evocar o núcleo duro da letra que se escreve como uma rasura. Ali, onde o real não cede ao simbólico. Para tanto, caberia à lingüística aceder à linguisteria.

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Referências bibliográficas

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STAROBINSKI, Jean. Las palabras bajo las palabras. La teoria de los anagramas de F. de Saussurre. Trad. Lía Varela e Patricia Willson. Barcelona: Gedisa, 1996.

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i Psicanalista, membro da EBP- seção MG, doutorando em Estudos Linguísticos pela

FALE/UFMG. E-mail: fredericofeu@uol.com.br

ii Trata-se do volume compilado a partir de anotações de alunos de cursos proferidos por Saussurre, em Genebra, nos anos compreendidos entre 1907 e 1911. Por essa razão designaremos a referência pelas iniciais CLG, como tem sido costume entre linguistas.

iii Conferir, por exemplo, ARRIVÉ (1999).

iv Conferir, a este respeito, MILNER (1995).

v LACAN, Jacques. O Seminário, livro 9 – A identificação. Inédito.

vi LACAN, Jacques. O Seminário, livro 18 – D´um discours qui ne serait pas du semblant.

Sétima lição. Inédito.

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