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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

KELVIN RUDAH SILVA DA VEIGA

DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UM MANUAL DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA O CENTRO

ACADÊMICO DO AGRESTE

Caruaru, 2016.

(2)

KELVIN RUDAH SILVA DA VEIGA

DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UM MANUAL DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA O CENTRO

ACADÊMICO DO AGRESTE

P - U P - U P T

: Saneamento Ambiental

Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Simone Machado Santos

Co-Orientador: Prof. Dr. Gilson Lima da Silva

Caruaru, 2016.

(3)

Catalogação na fonte:

Bibliotecária – Marcela Porfírio CRB/4 – 1878

V426 V K R S

D z / K R S V – 2016

59f : ; 30

O : S M S : G L S

M f (T ) – U P 2016

R f

1 G 2 3 M – S S M (O ) S G L ( ) Tí 620 DD (23 ) U P ( 2016-341)

(4)

DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UM MANUAL DE SISTEMA DE GESTÇAO AMBIENTAL PARA O CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Acadêmico do Agreste - CAA, da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, como requisito para o título de Bacharel em Engenharia Civil.

: Saneamento Ambiental

Orientador(a): Prof(a). Dr(a). Simone Machado Santos

A banca examinadora composta pelos professores abaixo, considera o aluno KELVIN RUDAH SILVA DA VEIGA APROVADO COM NOTA _________________.

Caruaru, 19 de dezembro de 2016.

Banca examinadora:

Profª. Drª. Simone Machado Santos ______________________________________

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Orientadora)

Profª. Drª. Marileide Lira de Araújo Tavares ________________________________

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Avaliadora)

Prof. Dr. Manoel Guedes Alcoforado Neto _________________________________

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Avaliador)

Prof. Dr. Cléssio Leão Silva Lima ________________________________________

Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Coordenador da disciplina)

(5)

À minha amada mãe.

(6)

GR D M NTOS

Agradeço, primeiramente, à minha mãe, Vera Lúcia, que sempre me deu forças para não desistir de meus sonhos, ao meu pai, José Enio, por cuidar de mim quando me mudei para Caruaru para iniciar o curso de Engenharia Civil, ao meu irmão, Kalil, por ser um grande amigo e trazer alegria para o apartamento.

Agradeço à minha vó, Zefinha, e às minhas tias, Gracinha, Zilda, Sônia, Zenilda e Ilda, por cuidarem de meu irmão e de mim quando minha mãe estava ausente e por ainda cuidar após sua ida ao céu.

Agradeço à minha namorada, Jéssica, por estar sempre ao meu lado e ouvir minhas preocupações e lamentações e por compartilhar os momentos felizes também, à família dela por se preocupar comigo nas horas difíceis e dar-me apoio.

Muito grato aos amigos da vida acadêmica por todos os momentos inusitados e de aprendizado útil e inútil compartilhado entre nós.

Muito grato aos professores que lecionaram as disciplinas que cursei e por todos os conselhos extracurriculares.

Não poderia me esquecer de agradecer o apoio da minha orientadora, Professora Simone, por ter acreditado no trabalho e por ter ido atrás de informações para o trabalho ao meu lado, e todos os conselhos do co-orientador do trabalho, Professor Gilson, que foram de muita valia.

Por fim, agradeço aos servidores e estagiários do campus por se

disponibilizarem em me ajudar na obtenção de informações para o trabalho e por

pararem suas tarefas para me dar entrevistas sobre os setores onde trabalham.

(7)

R SUMO

As ações antrópicas sobre o meio ambiente culminaram em impactos relevantes e até irreversíveis. A preocupação que surgiu a partir destes fatos fez com que a humanidade buscasse desenvolver estudos e formas de mudar a situação, seja do setor público ou privado. A Gestão Ambiental, então, nasce por meio de uma série de acontecimentos que visavam o melhor aproveitamento dos recursos naturais e a menor geração de impactos provenientes das atividades humanas. Instrumentos de gestão ambiental surgiram pelo mundo, destacando-se no Brasil a elaboração da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) pelo Ministério do Meio Ambiente, em 1999. Diante do exposto, este trabalho visa diagnosticar a situação ambiental do Centro Acadêmico do Agreste por meio do modelo de diagnóstico da A3P como metodologia de trabalho e, consequentemente, apresentar propostas de melhoria e, até mesmo, de inovação. A realização do diagnóstico foi feita junto aos diversos setores do campus, por meio da busca de informações concernentes à instituição e de entrevistas junto aos servidores e à comunidade acadêmica. Os resultados são apresentados por meio de um diagnóstico seguido de proposições de curto, médio e longo prazos, visando direcionar a universidade para uma gestão mais adequada ao cenário ambiental. O trabalho revela a necessidade de uma instituição federal em instituir práticas sustentáveis e como é simples a aplicação da A3P.

Palavras-chave: Gestão ambiental. Manual de gestão ambiental. A3P. ISO

14001.

(8)

ABSTRACT

The anthropic action on the environment culminated in relevant and maybe irreversible impacts. The concern to these facts has made mankind to develop studies and ways to change this situation, whether in the public or private sector.

Environmental management, then, is born through a series of events that aimed a better use of natural resources and less generation of impacts made by mankind.

Environmental management tools emerged around the world, standing out in Brazil the elaboration of the Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) by the Ministry of Environment, in 1999. Upon the facts, this work aims to diagnose the environmental situation at Centro Acadêmico do Agreste using the diagnose model developed by A3P as work methodology and, consequently, introduce improvement proposals and, even, innovation. The diagnosis was made among the various sectors of the campus, through the search of information concerning the institution and interviewing employees and the academic community. The results are presented by a diagnosis followed by short, medium and long term propositions, aiming to guide the university to a more adequate management against the environmental background.

The work reveals the necessity of a federal institution determine sustainable practices and how simple the application of A3P is.

Keywords: Environmental management. Environmental management manual.

A3P. ISO 14001.

(9)

Lista de Figuras

Figura 1 - Linha do tempo do Histórico Ambiental ... 20

Figura 2 – Estrutura da A3P ... 31

Figura 3 – Respostas das pesquisas ... 43

Figura 4 – Campanha de conscientização 1 ... 43

Figura 5 – Campanha de conscientização 2 ... 44

Figura 6 – Resíduos do Laboratório de Construção Civil... 45

Figura 7 – Boletins de frequência dos servidores ... 46

Figura 8 – Lixeiras de Coleta Seletiva ... 47

Figura 9 – Caçamba de lixo do CAA ... 48

Figura 10 – Caçamba deteriorada em desuso ... 49

(10)

Lista de Quadros

Quadro 1 – Normas NBR- ISO 14000... 22

Quadro 2 – Perguntas da entrevista ... 35

Quadro 3 – Setores e laboratórios entrevistados ... 35

(11)

Lista de Tabelas

Tabela 1 – Custos referentes aos serviços contratados no CAA e critérios de

sustentabilidade ... 39

Tabela 2 – Receitas referentes às concessões de espaço no CAA e critérios de

sustentabilidade ... 39

Tabela 3 – Estimativa volumétrica de resíduos sólidos ... 49

(12)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

1.1 Justificativa ... 14

1.2 Motivação ... 14

1.3 Objetivos ... 15

1.3.1 Objetivo Geral ... 15

1.3.2 Objetivos Específicos ... 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 16

2.1 Breve Histórico sobre os Instrumentos de Gestão ambiental... 21

2.1.1 BS 7750 – Specifications for Environmental Management Systems 21 2.1.2 ISO 9000/ISO 14000 ... 22

2.1.3 Gestão Ambiental nas Instituições de Ensino Superior ... 24

2.1.4 Políticas ambientais no Brasil ... 25

2.1.5 Gestão ambiental na administração pública ... 29

3 METODOLOGIA DO TRABALHO... 33

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES... 37

4.1 Consumo de recursos naturais ... 37

4.2 Principais bens adquiridos e serviços contratados ... 38

4.3 Obras realizadas ... 41

4.4 Práticas de desfazimento de bens obsoletos ... 42

4.5 Práticas ambientais já adotadas ... 42

4.6 Necessidade de capacitação/sensibilização ... 46

4.7 Geração de resíduos sólidos... 47

4.8 Requisitos necessários à implantação de um modelo de gestão ambiental baseado no sistema A3P ... 50

5 CONCLUSÃO ... 52

(13)

REFERÊNCIAS ... 53

APÊNDICE A – Resultados das entrevistas realizadas nos setores e

laboratórios do CAA... 57

(14)

DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE UM MANUAL DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA O CENTRO ACADÊMICO DO

AGRESTE

1 INTRODUÇÃO

Com a grande exploração dos recursos naturais, com o crescimento demográfico e a degradação do meio ambiente, surgiu uma preocupação, em nível global, em extrair de forma mais adequada as matérias-primas presentes na natureza, visando ao futuro. Além disso, a intensificação na quantidade de ocorrências de acidentes advindos de ações antrópicas, causando diversos impactos no meio ambiente, só inflamou ainda mais a apreensão das nações ao redor do mundo.

A partir disto, por volta da década de 60, o mundo tomou consciência de suas ações, percebendo que se poderia aliar o desenvolvimento econômico aos cuidados com o meio ambiente e, consequentemente, melhorar o bem-estar social, surgindo o conceito de desenvolvimento sustentável, uma nova perspectiva que prega o desenvolvimento, como um todo, de modo a não interferir na disponibilidade de recursos das gerações futuras.

Foi baseado nos diversos acontecimentos que se pensou em formas mais elaboradas de gerenciar qualquer tipo de organização, surgindo iniciativas quanto à gestão ambiental.

Ao longo dos anos várias iniciativas se desenvolveram, por todo o planeta, a fim de trazer mudanças relevantes. Entre elas, pode-se destacar a BS 7750, norma ambiental inglesa, publicada na década de 90, que serviu de referencial para a elaboração da série de normas ISO 14000. Além disso, surgiram diversas políticas ambientais desenvolvidas pelos governos de cada nação que, diferente das normas que são internacionais, limitam-se ao território de seu estabelecimento.

Nesse contexto, evidencia-se um marco relevante na Gestão Ambiental da Administração Pública. O Ministério do Meio Ambiente elabora e formaliza seu programa de gestão ambiental, a Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P), voltado para a implantação em órgãos, instituições e entidades públicas do país.

Pode-se entender Gestão Ambiental como um meio de gerir, controlar e

conduzir processos de tal forma que não cause danos ao ambiente e à integridade

(15)

das pessoas, além de reduzir desperdícios e o consumo de energia (MARCKMANN, 2012).

1.1 Justificativa

A universidade, como formadora de opinião e de futuros tomadores de decisões, deve ter em seus objetivos a conscientização da sociedade que ela abrange e dos profissionais formados por ela sobre as questões relacionadas ao meio ambiente. Além disso, a universidade por se assemelhar bastante a um núcleo urbano populoso, que causa tanto impactos ambientais positivos quanto negativos em seus arredores, deve ser um excelente exemplo de como administrar de forma consciente os aspectos decorrentes das atividades exercidas por uma comunidade.

A partir disto, o trabalho que se segue surge da vontade de se conhecer os procedimentos para gerir, de forma ambientalmente adequada, uma organização universitária, conhecendo os possíveis aspectos ambientais por ela gerados. Como consequência dessa gestão, espera-se que a comunidade possa compreender a importância da preservação ambiental, comportando-se de forma mais amigável com o meio ambiente.

1.2 Motivação

A atual situação da cidade de Caruaru, quanto ao abastecimento de água e a crise energética em todo o país são questões difíceis de serem resolvidas por diversos fatores, sendo a racionalização o instrumento mais drástico para a amenização do consumo desses recursos. Ainda, a falta de instrumentos que visem gerenciar adequadamente os resíduos sólidos da região caracteriza o panorama vivido em outras partes do país. Não há ainda centros de triagem nem sistemas de reaproveitamento dos resíduos integrados ao sistema de limpeza urbana oficial, muito menos medidas de inclusão social que tragam os catadores para o sistema formal de gestão de resíduos sólidos.

Introduz- “ ”

acontece em todo o país: falta de implantação de ferramentas que disciplinem o

consumo de recursos (água, energia e outros materiais). Não é incomum encontrar

banheiros com vazamento de água nas instalações (vasos sanitários, torneiras,

registros, etc.), salas de aula com condicionadores de ar ligados sem ninguém

presente e projetores ligados. Quanto aos resíduos sólidos, pode-se observar no

(16)

campus uma enorme quantidade de lixeiros de coleta seletiva, nos quais pode ser feita a distinção por tipo de resíduo. Porém, ao se coletar os diversos tipos há logo em seguida a mistura dos mesmos e dispostos juntos em um único lugar para a coleta final por parte da Prefeitura Municipal.

Neste contexto, o trabalho tem como foco fornecer indicativos de ações necessários à gestão ambiental com vistas a uma futura implantação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P).

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Fornecer diretrizes para elaboração de uma proposta de Manual de Sistema de Gestão Ambiental para o Centro Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco.

1.3.2 Objetivos Específicos

 Elaborar roteiro de diagnóstico com base no modelo do programa criado pelo

Ministério do Meio Ambiente, denominado Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P);

 Realizar o diagnóstico geral no campus para identificação dos aspectos

ambientais decorrentes das atividades exercidas na universidade.

(17)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O expressivo crescimento populacional, a exploração dos recursos naturais, o crescimento demográfico e a degradação do meio ambiente geram uma preocupação, em nível global, com o futuro do planeta. Além disso, o crescimento da quantidade de acidentes oriundos de ações antrópicas e que causam impactos ambientais, aumentou ainda mais a apreensão das nações ao redor do mundo.

Na década de 60, o mundo começou a tomar consciência de suas ações e a mudar seu ponto de vista sobre a relação entre poluente e meio ambiente, além de reconhecer os recursos naturais como uma matéria finita (SEIFFERT, 2009). Para Nascimento (2012), a percepção da humanidade sobre as conexões que existem entre meio ambiente, economia e o bem-estar social se deu através da publicação do livro de Raquel Carson, em 1962, A Primavera Silenciosa, que alertava sobre os efeitos que o Diclorodifenil Tricloretano (DDT) causava por toda a cadeia alimentar.

Em 1965, é sancionada no Brasil a Lei nº 4771/1965 que estabeleceu o Código Florestal Brasileiro. Já em 1967, no mesmo segmento, a Lei nº 5197/1967 que diz respeito à flora e à fauna (HAYASHI & SILVA, 2015).

Nesse período ainda pode-se destacar, segundo Seiffert (2009), o surgimento de um grupo de especialistas, entre eles economistas e cientistas, em 1968. Este grupo denominava-se Clube de Roma, que tinha por objetivo estudar as consequências das interações entre produção, população e meio ambiente. Em ONG “ f ” ( T ) planeta da degradação ambiental (HENRIQUES, 2013).

Nos primeiros anos da década de 70, o Clube de Roma publica seu

documento mais eminente. Em 1971, uma ação realizada por ativistas em um barco

de pesca a fim de evitar testes nucleares que seriam executados na ilha de

Amchitka, deu início a um grupo denominado Greenpeace. O grupo busca mudar a

consciência das pessoas através de suas ações ao defender o meio ambiente e

disseminar a paz (GREENPEACE, 2010). Mais precisamente, em 1972, o grupo

divulga um relatório que, através de projeções elaboradas por modelos matemáticos,

alertou sobre as consequências das interações que estudavam na década

precedente. Este relatório foi intitulado como Limites ao Crescimento

(NASCIMENTO, 2012).

(18)

Ainda de acordo com Nascimento (2012), a importância deste relatório foi tamanha que pode ser visto como colaborador para a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrido em Estocolmo, Suécia, em 1972. Cabe ressaltar, que a crise do petróleo vivida nesta época ocasionou problemas no que tange ao uso de energia no globo. Esta problemática estimulou a procura por meios energéticos diferentes e a se pensar na racionalização destes (HAYASHI & SILVA, 2015). Este evento foi o primeiro debate em âmbito global sobre como as atividades antrópicas influenciavam o meio ambiente (COELHO et al, 2015/2016). Entretanto, houve divergências quanto às medidas preconizadas. Enquanto países desenvolvidos defendiam providências que buscassem prevenir acidentes ambientais, os países em desenvolvimento defendiam seus direitos quanto ao desenvolvimento econômico (SEIFFERT, 2009).

No Brasil, a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) em 1973 surge da influência da Conferência de Estocolmo (NASCIMENTO, 2012).

De acordo com Seiffert (2009), foi ainda nos anos 70 que surgiu nos EUA a primeira ação preventiva, os Estudos de Impacto Ambiental, voltada para avaliar possíveis danos ocasionados por empreendimentos, além de ser um instrumento de reconhecimento do empreendimento.

A partir dos anos 80, segundo Nascimento (2012), podem ser percebidas as primeiras iniciativas quanto às legislações que buscavam o controle das emissões industriais na atmosfera e, de acordo com Conceição et al (2011), observou-se a formalização com caráter obrigatório da realização dos Estudos de impacto ambiental e seus respectivos Relatórios de Impacto ao Meio Ambiente.

1980 “D S á ” já constatado no plano apresentado na I Estratégia Mundial para a Conservação, o qual foi criado pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) com auxílio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da World Wide Fund (WWF) (SEIFFERT, 2009).

Enquanto isso, no Brasil, foi estabelecida a Política Nacional do Meio Ambiente com a sanção da Lei 6.938 de 1981, que designava autoridade aos estados e municípios para tomar providências cabíveis visando proteção ambiental (NASCIMENTO, 2012).

Em 1983, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou, a pedido da

PNUMA, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (HAYASHI &

(19)

SILVA, 2015), presidida por Gro Harlem Brudtland, que estudou as questões relacionadas ao meio ambiente e sua conexão com o desenvolvimento, tendo como resultado propor soluções apropriadas e facilitar o entendimento do assunto para todos os segmentos, de acordo com Tauchen (2007).

Já no fim dos anos 80, mais precisamente em 1987, não se pode deixar de citar a publicação do Relatório Brundtland, que foi intitulado, Nosso Futuro Comum (SEIFFERT, 2009), que, segundo Nascimento (2012), alertou sobre a ligação entre o desenvolvimento da sociedade e as questões de caráter ambiental e afirmando que nossa maneira de se desenvolver, no qual não melhora nossa qualidade de vida, não deve ser entendida como desenvolvimento. O relatório teve como objetivo sugerir a adaptação das questões econômicas às questões ambientais (TAUCHEN J. A., 2007). Desta maneira, apresenta-se a definição de desenvolvimento sustentável, sendo aquilo que garanta as necessidades das gerações atuais e futuras que, para Coelho et al (2015/2016), deve ser atribuído a Brundtland.

Ainda em 1987, foram constatados os impactos que um país poderia causar em seus vizinhos. Como resolução, países de diversas partes do mundo, principalmente da Europa, criaram um tratado com o intuito de reduzir a fabricação e utilização de produtos químicos que deterioram a camada de ozônio, entre eles, os ’ (Clorofluorcarbono) e os halons. Este documento ficou conhecido como Protocolo de Montreal, tendo o Brasil entre os signatários. Seguindo na mesma temática, em 1988, um grupo ainda maior de países assinaram o documento instituído pela Convenção da Basileia com o fim de controlar a movimentação de resíduos perigosos entre nações (SEIFFERT, 2009).

A impulsão ou a concretização da consciência ambiental no globo foi o marco do fim do século XX (CONCEIÇÃO et al, 2011). Eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992, e popularmente conhecida como Rio-92, segundo Coelho et al (2015/2016) e Tauchen (2007), solidificaram a noção de desenvolvimento sustentável e, de acordo com Nascimento (2012), impôs o compromisso com a sustentabilidade. A conferência ainda estabeleceu a criação da Carta da Terra (Declaração do Rio) e da Agenda 21, que pregam o desenvolvimento em conciliação com a conservação ambiental e a construção de uma sociedade justa e pacífica.

Tais iniciativas despertaram na sociedade o senso de responsabilidade e a

consciência ambiental se torna inerente à cidadania.

(20)

Uma reunião envolvendo 166 países foi realizada no Japão para avaliar a situação e definir ações relacionadas ao aquecimento global (SEIFFERT, 2009). O evento 6ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecido como COP6, ocorrido em 1997, elaborou um documento intitulado Protocolo de Kyoto que, de acordo com Hayashi & Silva (2015), estabeleceu prazos e metas para restringir a emissão de gases causadores do efeito estufa (cerca de 6% entre 2008 e 2012) que deveriam ser cumpridos por países industrializados.

Pelo conhecimento do cidadão, sendo parte interessada no produto, as empresas entenderam a necessidade de se adequar às exigências ambientais impostas também pela sua clientela (CONCEIÇÃO et al, 2011) e, ainda, usaram a situação ao seu favor como modo de melhorar sua imagem perante a sociedade e se tornarem mais competitivas. Tauchen (2007) afirma que a propagação das novas ideias aconteceu com demasiada agilidade, atribuindo a globalização este sucesso.

Com o tempo, pôde-se perceber que a pressão sofrida supracitada foi de grande importância para evolução dos meios produtivos e para a mudança do hábito de remediar os impactos gerados pela produção para tornar inerente, ao processo, o hábito de preveni-los.

Ainda antes do fim do século, a criação das normas britânicas (BS 7750 – Especificação para Sistema de Gestão Ambiental) embasou a elaboração de diversas normas ambientais ao redor do globo, inclusive a série ISO 14000, norma vigente no Brasil (TEIXEIRA, 2006).

No início do século XXI foi determinada a realização de uma nova conferência

mundial que seria organizada pela Comissão de Desenvolvimento Sustentável

(CDS) ligada a ONU (SEQUINEL, 2002). A Cúpula Mundial sobre o

Desenvolvimento Sustentável, popularmente chamada de Rio + 10, ocorreu em

Johannesburgo, África do Sul, em 2002, buscou debater, segundo Hayashi & Silva

(2015), novas formas que não agredissem o meio ambiente ao extrair recursos

naturais, além de analisar os resultados das providências tomadas na Rio 92, de

acordo com Seiffert (2009). Ainda, segundo relata Sequinel (2002), durante a

realização do evento, que durou dez dias (26 de setembro a 4 de agosto),

apresentou-se no mundo um clima otimista de que as ações concernentes ao meio

ambiente fossem fortalecidas, porém, a constatação de que os resultados esperados

em 1992 fracassaram fizeram com que o sentimento de euforia desse lugar à

(21)

frustração. Segundo Seiffert (2009) e Sequinel (2002), como resultado concreto pode-se destacar a Declaração Política e o Plano de Implementação, mas considerados aquém da Declaração do Rio. Segue abaixo na Figura 1 resumo dos acontecimentos falados acima.

Figura 1 - Linha do tempo do Histórico Ambiental

Fonte: Veiga (2016)

(22)

2.1 Breve Histórico sobre os Instrumentos de Gestão ambiental

Pode-se entender Gestão Ambiental, segundo Marckmann (2012), como um meio de gerir, controlar e conduzir processos de tal forma que não cause danos ao ambiente e à integridade das pessoas, além de reduzir os desperdícios e o consumo de energia.

É a partir de sua implantação que se reduz o potencial de gerar dano ao meio ambiente, além de reduzir riscos e custos com a correção, aumentando a melhor visibilidade de uma organização e sua lucratividade (OLIVEIRA, 2008). A seguir, pode-se ter um entendimento resumido de como esse tema se iniciou e propagou-se pelo mundo.

2.1.1 BS 7750 – Specifications for Environmental Management Systems

Publicada em 1992, a BS 7750 – Specifications for Environmental Management Systems é o produto de 38 instituições inglesas que constituíram um comitê técnico formado unicamente para este fim (CAMPOS & SELIG, 2002).

Sua publicação pode ser vista como um marco revolucionário da gestão ambiental, seja para o setor de serviço quanto para o industrial (CICCO, 1994).

Segundo Nahuz (1995), esta norma surgiu para especificar elementos de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) sem discriminar o porte e o tipo de uma organização. Além disso, para Campos & Selig (2002), a norma busca garantir que o SGA de uma organização esteja consonante com as leis locais vigentes e com a sua própria política, porém, não exige desempenho ambiental, e para Cicco (1994), ela também visa a assegurar que os efeitos provenientes de suas atividades não causem danos ao meio ambiente.

Esta norma foi estruturada de tal forma a ser compatível com BS 5750 e a ISO 9000, ambas são especificações de gestão da qualidade (NAHUZ, 1995) e, segundo Cicco (1994), a segunda teve a primeira como fundamentação.

A BS 7750 é norma que deu embasamento a diversos outros documentos

normativos relacionados às questões ambientais, inclusive da séria ISO 14000.

(23)

2.1.2 ISO 9000/ISO 14000

A criação da série ISO 9000 representa a facilitação das negociações internacionais, garantindo a satisfação do cliente e é a referência para poder implementar qualquer sistema de gestão da qualidade. Entretanto, já não é mais suficiente se certificar desta forma. O consumidor se tornou mais exigente e demanda a conciliação da atividade exercida com qualidade e o respeito às questões ambientais (CAMPANER et al, 2009).

A partir da contínua preocupação com as questões ambientais e com o desenvolvimento sustentável, da mudança de hábitos das pessoas e da criação de leis cada vez mais rígidas, as organizações, dos mais variados tipos e portes, iniciaram a se interessar com essas questões e buscar meios de controlar os impactos decorrentes de suas atividades, produtos ou serviços, passando a se preocupar em demonstrar um determinado desempenho ambiental (NICOLELLA, MARQUES, & SKORUPA, 2004).

A série ISO 14000 foi resultado de discussões focadas em promover o desenvolvimento econômico frente às questões ambientais, visando à obtenção de uma gestão ambiental efetiva (MARCKMANN, 2012).

A série ISO 14000 aborda a temática do gerenciamento ambiental em organizações, servindo de guia para o conjunto de ações que uma organização adote para reduzir os impactos decorrentes de suas atividades, além de estimular de forma contínua a melhoria do processo (LOPES et al, 2015). A família pode se dividir em um grupo que visa a orientar processos e outro que guia produtos, englobando um total de treze normas (POMBO & MAGRINI, 2008). Segue abaixo no Quadro 1 os documentos que compões a série.

Quadro 1 – Normas NBR- ISO 14000 Subcomitê da

ABNT/CB-38 Norma NBR-ISSO

SC 01 - Sistemas de gestão ambiental

NBR-ISO 14001:2004. Sistemas de gestão ambiental - requisitos com orientações para uso.

NBR- ISO 14004. Sistemas de gestão ambiental -

diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

SC 02 - Auditorias ambientais

NBR-ISO 14015. Sistemas de gestão ambiental - avaliações ambientais de localidades e organizações.

NBR-ISO 19011. Diretrizes para auditorias de qualidade

e ambiental.

(24)

Subcomitê da

ABNT/CB-38 Norma NBR-ISSO

SC 03 - Rotulagem ambiental

NBR-ISO 14021. Auto declarações ambientais (rótulo ambiental tipo II).

NBR-ISO 14024. Rótulo ambiental tipo I (de terceira parte).

SC 04 - Avaliação de desempenho ambiental

NBR-ISO 14031. Avaliação do desempenho ambiental - diretrizes.

SC 05 - Avaliação do ciclo de vida

NBR-ISO 14040. Avaliação do ciclo de vida - princípios e estrutura.

NBR-ISO 14041. Avaliação do ciclo de vida - definição de escopo e análise do inventário.

NBR-ISO 14042. Avaliação do ciclo de vida - avaliação do impacto do ciclo de vida.

NBR-ISO 14043. Avaliação do ciclo de vida - interpretação do ciclo de vida.

SC 06 - Termos e

definições NBR-ISO 14050 Rev. 1. Termos e definições.

SC 07 - Aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos (ecodesign)

NBR-ISO TR 14062. É um relatório técnico, com o mesmo título do subcomitê.

Fonte: Pombo & Magrini (2008).

Pode ser entendida como o conjunto de normas voltadas a fornecer as organizações elementos de um sistema da gestão ambiental sem causar quaisquer tipos de impedimentos e ainda sendo possível aliá-las às diversas outras formas de gestão que se encontrem em uma organização (TEIXEIRA, 2006). As normas visam, por meio de sistemáticas, direcionar uma padronização para as questões ambientais dentro de uma organização (MARCKMANN, 2012).

A ISO 14001 discrimina as condições necessárias para se estruturar um

Sistema de Gestão Ambiental. É um instrumento que acarreta uma mudança cultural

na organização, sendo aplicável em tudo que possa ser controlado pela mesma

(MARTINS & SILVA, 2014). A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental,

totalmente em conformidade com a ISO 14001, propicia a uma organização a

possibilidade de requerer uma certificação juntamente a uma unidade especializada

e, obviamente, credenciada para esta atividade (TEIXEIRA, 2006).

(25)

2.1.3 Gestão Ambiental nas Instituições de Ensino Superior

A gestão ambiental e a consciência ecológica estão ganhando cada vez mais espaço no ramo empresarial. O desenvolvimento desses conceitos nos demais setores, como o da educação, não segue na mesma proporção, porém já se encontram de alguma forma presentes nas Instituições de Ensino Superior (IES) (TAUCHEN & BRANDLI, 2006).

Segundo Feres e Antunes (2007), as IES, por formarem futuros profissionais, devem ser responsáveis por fomentar em seus estudantes e propagar para toda a sociedade a consciência do desenvolvimento sustentável.

Segundo Tauchen e Brandli (2006)

a educação ambiental, um dos pilares do desenvolvimento sustentável, contribui para a compreensão fundamental da relação e interação da humanidade com todo o ambiente e fomenta uma ética ambiental pública a respeito do equilíbrio ecológico e da qualidade de vida, despertando nos indivíduos e nos grupos sociais organizados o desejo de participar da construção de ” .

Por nutrirem conhecimento e informações, espera-se dessas instituições uma liderança na caminhada pelo desenvolvimento da consciência sustentável e, por apresentarem larga experiência em pesquisas na busca de soluções para os mais diversos problemas sociais, ações mais práticas nesse tocante. Tais instituições são sempre geradoras de impactos ambientais, de fato em menor escala se comparadas a área industrial, pois se assemelham, em menor proporção, a um centro urbano, sendo perfeitas para se desenvolver meios de solucionar esses impactos ao meio ambiente ao se implantar seu próprio Sistema de Gestão Ambiental (TAUCHEN &

BRANDLI, 2006).

Segundo Vaz et al. (2010) foi na década de setenta que se deu início as

primeiras iniciativas para implantação de meios de gestão ambiental nas IES, mais

precisamente, em instituições americanas. Políticas voltadas à gestão de resíduos e

eficiência na produção de energia foram os destaques dos anos oitenta, enquanto

que nos anos noventa surgiram de fato as primeiras políticas ambientais que

reuniam todos as partes de uma instituição, como exemplo, o Campus Ecology da

University of Wisconsin at Madison ou o Brown is Green, da University of Brown,

ambas instituições americanas.

(26)

O Ecocampus se destaca na Europa por ser um sistema bastante flexível de reconhecimento das universidades realmente interessadas na gestão ambiental e por suas atitudes relacionadas à sustentabilidade. O projeto busca compatibilizar a forma de gestão com os requisitos estabelecidos pela ISO 14001 (TAUCHEN &

BRANDLI, 2006).

Ainda, segundo Vaz et al. (2010) existem cerca de 140 universidades no mundo engajadas em manter o compromisso com a sustentabilidade e as políticas ambientais, porém, apenas dez estariam certificadas com a ISO 14001, tendo como pioneira, a Universidade de Tóquio.

Já em nosso país, podemos encontrar instituições com Sistemas de Gestão Ambiental já implantados ou pelo menos em fase de experiência, de acordo com Vaz et al. (2010). Mas, segundo Feres e Antunes (2004), a primeira universidade a implantar seu SGA baseada e certificada na ISO 14001, não só do Brasil, mas da América Latina, foi a Universidade do Vale do Rio dos Sinos, a UNISINOS, e, ainda sobre isso, Vaz et al. (2010) diz que o SGA da UNISINOS busca melhorar, preservar e recuperar a qualidade ambiental e socioeconômica e segue seu plano de acordo com o projeto Verde Campus.

Ainda há diversos outros exemplos espalhados pelo Brasil, mas não tão amplos quanto o da UNISINOS, como os de alguns departamentos de ensino da USP, o sistema próprio da UNICAMP, na UFRGS e nas estaduais e federais do Rio de Janeiro, entretanto nem todos certificados na ISO 14001 (VAZ et al, 2010).

2.1.4 Políticas ambientais no Brasil

Segundo Santaella et al (2014), é partir de iniciativas do Poder Executivo e do Poder Legislativo que se viabilizaram a Política Ambiental no Brasil por meio das leis ambientais.

Para se obter melhorias relevantes, a união de ações e instrumentos deve ser entendida como indispensável para se alcançar a sustentabilidade ambiental de um país.

É neste tocante que se deve inserir o surgimento, o desenvolvimento e o

conceito das políticas ambientais do nosso país. Cada uma das políticas descritas

abaixo traz consigo uma mudança muito significativa no que concerne às questões

ambientais, além de agregar aparato legal à Gestão Ambiental.

(27)

2.1.4.1 Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) – Lei nº 6938/1997

Publicada no ano de 1997, esta lei instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), considerada o pontapé de iniciativas concernentes à conservação do meio ambiente, além de disseminar o assunto nos mais diversos setores da sociedade brasileira, aliando tais questões ao desenvolvimento urbano e industrial (NETO & MOREIRA, 2010). Segundo Santaella et al (2014), é considerada um marco decisivo na garantia de termos o direto ao meio ambiente de qualidade.

Anteriormente a sua publicação, o desenvolvimento econômico tinha amplo favorecimento em detrimento das questões ambientais. A partir dela, o tema passou a receber uma nova percepção que visava o equilíbrio entre ambas as frentes e compreendeu que a qualidade de vida da sociedade é dependente das condições em que se encontra a qualidade ambiental (SEIFFERT, 2009). De acordo com Seiffert (2009), a lei estipula claramente que tudo que gere danos nocivos ao meio ambiente é considerado poluidor, sendo este obrigado a reparar as consequências de seus atos ou indenizar pelos mesmos, sem fazer distinção de culpa.

Ainda nesta lei, consta a instituição do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, sendo uma maneira de descentralizar a tomada de decisões e o planejamento de ações relacionadas à área ambiental, pois, segundo o art. 6º, o SISNAMA é constituído de órgãos e entidades de âmbito federal, estadual e municipal e, também, de fundações instituídas pelo Poder Público (NETO &

MOREIRA, 2010), além de dispor sobre o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, sendo o órgão que propõe diretrizes de políticas sobre o meio ambiente e delibera sobre norma e padrões em compatibilidade com o equilíbrio do meio ambiente (BRASIL, 1981), tendo representantes dos governos federais e estaduais e de representantes da sociedade civil (NETO & MOREIRA, 2010).

2.1.4.2 Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) – Lei nº 9433/1997

A Lei nº 9433/1997, conhecida como a Lei das Águas, estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos, considerada fator importante na mudança de visão do país quanto à gestão da água, trazendo consigo recursos já difundidos com sucesso em diversos países (BORSOI & TORRES, 1997).

Ela constitui a terceira etapa da história da gestão brasileira de recursos

hídricos, conhecida como modelo sistêmico de integração participativa, já

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caracterizada por buscar a equidade social e o equilíbrio ambiental, segundo Borsoi

& Torres (1997).

A PNRH define a água como recurso natural renovável de uso comum, porém limitado, que, através da disponibilidade e da qualidade, estabelece competividade entre as diversas partes que fazem uso (PATRÍCIO et al, 2012), além de garantir a multiplicidade do uso deste recurso (MACHADO, 2003).

Para Castro et al (2005), esta lei surge com o intuito de resolver conflitos entre os usos múltiplos da água em uma época na qual se instituía a descentralização da tomada de decisões para se obter soluções de caráter mais específico, atuando em sua localidade, ou seja, as esferas municipais tomavam as rédeas, pois se encontravam próximas do panorama local. Entretanto, quanto aos recursos hídricos, a percepção da realidade por parte da gestão municipal não é clara, pois as relações que governam a dinâmica hidrológica não se limitam apenas a um só município, pois um corpo hídrico pode contemplar diversos municípios e até mesmo vários estados.

A criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, instituído pela mesma lei, trouxe consigo a ideia de fazer uso da bacia hidrográfica como instrumento basilar do planejamento da gestão dos recursos hídricos (BORSOI

& TORRES, 1997), sendo administrados pelos Comitês de Bacia Hidrográfica, seja de cunho federal ou estadual (CASTRO et al, 2005).

Tais comitês ainda dispõem sobre a outorga de direito pelo uso da água, concedendo volume adequado ao solicitante mediante pagamentos previstos e estabelecidos no processo e com prazos definidos, de acordo com Seiffert (2009).

2.1.4.3 Política Nacional de Saneamento Básico – Lei nº 11445/2007

O início da transformação do setor de saneamento básico do país se deu na década de 1970, mostrando sinais do que se apresenta atualmente. O estabelecimento do Plano Nacional de Saneamento Básico por parte do Governo Federal marcou a mudança na prática de prestação de serviços de saneamento, mudança esta realizada através de incentivos financeiros para a criação de companhias de saneamento básico ligadas aos governos estaduais, o que, anteriormente, era de competência dos municípios (NETO & MOREIRA, 2010).

Ainda, de acordo com Neto e Moreira (2010), sentia-se a falta de um

arcabouço legal que articulasse e regulasse as decisões em âmbito estadual e

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municipal. A solução surge em 2007, após diversas tentativas de aprovação nas áreas competentes, a Lei nº 11445.

A Lei nº 11445 de 2007 é considerada o instrumento de corroboração da Política Nacional de Saneamento Básico que, de acordo com a própria, firma as diretrizes necessárias, de âmbito nacional, referentes ao saneamento básico (GAMA, 2010). Deu início a uma nova etapa do saneamento básico no Brasil, que se encontrava de forma imprecisa e indeterminada, contemplando mudanças na gestão deste serviço público (BORJA, 2014)

Segundo Gama (2010), sua estrutura traz poucas mudanças, se comparada à antiga legislação, entretanto, a maneira como o tema é visto sofre uma considerável evolução. A iniciativa de integrar políticas de cunho social, além de políticas de saúde, trouxe certo grau de complexidade, fazendo-se necessário uma melhor compreensão dos fenômenos que constituem a temática sanitária.

A política enfatiza a necessidade de planejamento para a realização dos serviços de saneamento, incluindo a prestação desses serviços e a sua fiscalização, limitando-se não somente a esfera pública, mas, também, integrando a participação social a esta atividade, visando uma gestão eficaz (FADE, 2012). A descentralização trazida pela política federal tem como consequência a nova perspectiva em que se encaixa a Política Nacional de Saneamento (GAMA, 2010).

2.1.4.4 Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei nº 12305/2010

Foi a partir da aprovação da Lei 12305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, que nosso país deu início às ações voltadas especificamente às questões relacionadas ao combate dos principais problemas decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Segundo Santaella et al (2014), as exigências necessárias para gerir os resíduos sólidos se encontravam repartidas em diversas leis, sendo complementadas por Decretos, Portarias e Resoluções. De acordo com Neto &

Moreira (2010), anteriormente à aprovação desta lei, o tema era abordado,

brevemente e de forma inespecífica, em legislações mais abrangentes, como a

própria Constituição Federal de 1988 e a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº

9605/1998) ou em resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e

da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), causando confusão no

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cumprimento de cada uma delas e transtornos na adequação de meios de gerenciamento.

Ela se refere a todo e qualquer tipo de resíduo, distinguindo-o de rejeitos e classificando-os de acordo com a atividade geradora (FADE, 2012), entretanto, não inclui rejeitos radioativos, justamente por haver uma legislação específica em vigência, segundo Santaella et al (2014). Prever a prevenção e redução da geração destes e propõe práticas sustentáveis de consumo e instrumentos voltados a estimular ações que busquem o melhor tratamento para o resíduo ou sua destinação mais apropr j ó L f í “ ô ” É com essa conceituação que a Lei visa a incluir nos processos de triagem, reciclagem ou de coleta as pessoas que já trabalham de maneira informal nestas atividades, organizando-as em cooperativas e associações (FADE, 2012).

Sua elaboração surge para auxiliar Estados, Distrito Federal e Municípios de tal forma a encontrarem meios para um manejo apropriado (SANTAELLA et al, 2014), sendo para Neto & Moreira (2010), o estabelecimento de um aparato que não desse mais espaço a irresponsabilidades por parte da administração pública municipal quanto aos cuidados com a disposição, objetivando a valorização dos resíduos junto aos meios produtivos e o surgimento de competitividade.

Cabe aos Municípios o gerenciamento dos resíduos sólidos em seu território com o apoio do Estado, entretanto, só fazem parte da coleta os resíduos gerados nos domicílios e aqueles decorrentes da limpeza urbana. O gerenciamento deve ser feito através da elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, onde deverá constar, pelo menos, método de diagnóstico, metas para redução da geração de rejeitos e ações e projetos. No caso de atividades industriais, comerciais e de serviços privados, segundo o artigo 27, o próprio gerador é o responsável por destinar adequadamente seu resíduo, além de se fazer necessário a constituição de seu Plano de Gerenciamento (FADE, 2012).

2.1.5 Gestão ambiental na administração pública

O poder de punição e de correção que as esferas governamentais possuem

é, de fato, um fator muito importante na formulação de ações que gerem mudanças

em um cenário conturbado de um país. A capacidade de criar incentivos e melhorias

voltadas à resolução de qualquer situação e estabelecer políticas pertinentes a cada

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assunto faz do poder público um agente imprescindível na evolução das questões ambientais de uma nação (NASCIMENTO, 2012).

A percepção do Estado se dá na inserção de padrões socioambientais nos mais variados setores da administração pública, incluindo processos e serviços como investimentos, compras, licitações etc, afirmando-se na evolução de seu comportamento ao aderir à sustentabilidade através da reformulação de seus processos e, com isso, ainda promover para as áreas da sociedade a fim de integrar o setor privado (SILVA, 2011).

As políticas públicas começaram a evoluir fundamentadas nas normas concernentes ao tema estabelecendo um caráter gerencial em meados da década de 1990. Ainda neste período, novos instrumentos surgiam no continente europeu em duas vertentes, uma com caráter punitivo baseada no controle e a outra de cunho econômico, que ao longo do tempo foi levada apenas ao patamar de discussões e poucas aplicações. Nesse contexto, o Eco-label e o Eco-audit, instrumentos voluntários de adesão de certificação e de auditoria, respectivamente, destacavam-se antes mesmo das normas da ISO (MAGRINI, 2001).

Foi a partir de 1930 que se iniciaram as medidas políticas voltadas à proteção ambiental através do Código Florestal Brasileiro, Código das Águas e Código da Pesca (NETO & MOREIRA, 2010). É através de instrumentos previstos na Política Nacional do Meio Ambiente que o nosso país se caracteriza no controle dos impactos ambientais oriundos das atividades humanas (SCARDUA, 2003).

Uma grande mudança no que tange à gestão ambiental na administração pública pode ser vista através da elaboração de um projeto voltado especificamente para a resolução dos problemas concernentes a esse tema. Esse projeto é denominado de Agenda Ambiental na Administração Pública e pode ser entendido no que segue abaixo.

2.1.5.1 Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)

Esse projeto criado pelo Ministério do Meio Ambiente em 1999 e oficializada

pela Portaria Nº 510/2002 é considerado um avanço na maneira como são tratadas

as questões ambientais na administração pública, objetivando racionalizar o

consumo dos recursos e melhores condições de trabalho (SANTOS et al, 2012),

através da implementação de critérios de gestão ambiental no dia a dia da instituição

(OLIVEIRA, 2008).

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Teve como recursos basilares a Agenda 21, o princípio 8 da Declaração da Rio 92 e a Declaração de Johannesburgo e apresenta cinco objetivos: sensibilização dos gestores públicos; fomentar a economia de recursos naturais e gastos institucionais; redução do impacto socioambiental; contribuição para revisão dos modos de produção e consumo; e melhoria da qualidade de vida (KRUGER et al, 2011). A gestão adequada dos resíduos sólidos provenientes das atividades, a revisão dos processos de investimento, compra e contratação de prestação de serviços e a busca pela contínua melhoria da qualidade de vida no espaço de trabalho são critérios da A3P de sustentabilidade (OLIVEIRA, 2008).

Segue abaixo a Figura 2 representativa da estrutura da A3P.

Figura 2 – Estrutura da A3P

Fonte: Como implantar a A3P – Ministério do Meio Ambiente

Gerenciamento de resíduos sólidos: procura-se promover o consumo

sustentável e instrumentos que aumentem o ensejo de reciclar e reutilizar os

resíduos gerados, além de destiná-los de forma adequada. Por fim, fomenta a

criação ou, em alguns casos, o aperfeiçoamento da Coleta Seletiva Solidária e a

elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos próprio.

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Qualidade de vida no ambiente de trabalho: eixo voltado às questões sociais da organização, visando desenvolver os indivíduos profissionalmente a fim de aumentar sua produtividade e seu bem estar, além de trazer a acessibilidade ao local de trabalho e a melhoria da qualidade de vida através da redução do estresse.

Sensibilização e capacitação dos servidores: promoção de ações que sensibilizem e conscientizem os membros da instituição. A sensibilização pode ser realizada através de campanhas que mostrem a importância dos temas ambientais, esclarecer as medidas e suas consequências positivas em suas adoções, além de incentivar a interação entre os servidores para fazê-los disseminar essa cultura também de forma natural.

Contratações públicas sustentáveis: insere critérios de sustentabilidade e uma preocupação do modo de produção de bens para realização de um planejamento para a contratação de empresas para aquisição de bens, de serviços, obras e reformas. Esse eixo tem embasamento no Decreto nº 7746/2012 que instituiu critérios, práticas e diretrizes gerais para desenvolver na administração pública do país a realização de contratações sustentáveis.

Construções sustentáveis: demanda o uso de propostas de sustentabilidade na concepção, construção, operação e renovação das edificações e demais ambientes. Enfatiza a melhoria da qualidade de vida como resultado da concepção da obra, considerando durante sua concretização reduzir os resíduos gerados e o consumo de materiais e energia.

Em 2002, foi reconhecido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) “O melhor dos exemplos” na categoria de Meio Ambiente e a partir disto foi incluído no Plano Plurianual (PPA) de 2004/2007 e 2008/2011, garantindo mais recursos financeiros e fortalecendo a ideia de um referencial de sustentabilidade da administração pública (MELO, 2011).

Segundo Magrini (2001), a A3P possui semelhanças, não muito relevantes, com a ISO 14001, entretanto, seu maior foco é diminuir o desperdício através do í 3R’ (R z R R z )

O programa ainda se caracteriza pela sua forma de adesão pelos órgãos

públicos, que se dá de maneira voluntária, sendo muito recomendado pelo Ministério

do Meio Ambiente sem a obrigatoriedade legal (KRUGER et al, 2011).

(34)

3 METODOLOGIA DO TRABALHO

A metodologia empregada nesse trabalho está baseada no modelo de diagnóstico do programa criado pelo Ministério do Meio Ambiente denominado Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P).

O método consiste em realizar um diagnóstico na instituição. Essa etapa é fundamental para obter uma eficiência na implantação de um sistema de gestão ambiental, sendo necessário conseguir informações que devem formar uma linha- base ou série histórica sobre o que envolve os eixos temáticos da A3P, que já foram dissertados no capítulo anterior, junto aos servidores envolvidos com cada um desses eixos. É através do diagnóstico que se identifica todos os pontos críticos presentes no dia a dia da instituição. Devem constar nesta etapa seis tipos de levantamento relacionados com os eixos temáticos supracitados, sendo elas:

 Levantamento de recursos naturais

Aqui se identificam os principais recursos consumidos na instituição através da leitura dos contratos firmados e de entrevista junto ao setor de gerenciamento de contratos, levantando o consumo de energia elétrica, de água (tanto de abastecimento da concessionária quanto de água mineral), de papel (folhas A4 e papel higiênico), de copos descartáveis, de clipes, de grampo etc. A partir disso, discrimina-se a quantidade consumida de cada item e seus respectivos gastos mensais em tabela.

A referência utilizada para água e energia deve ser as faturas referentes a cada caso. Os dados coletados devem constituir uma linha base definida por uma série histórica de consumo.

 Levantamento dos principais bens adquiridos e serviços contratados pela

instituição

Nesta etapa identificam-se os principais bens adquiridos e os serviços

contratados através dos editais de licitação e dos contratos firmados. Feito isso,

busca-se obter através da análise dos documentos acima citados o consumo e o

custo relacionado a cada objeto e se o contrato estipula critérios de sustentabilidade

para o exercício das atividades na instituição.

(35)

Como exemplos de bens adquiridos, têm-se os diferentes tipos de papel necessários no campus, copos descartáveis, impressoras, computadores, ar condicionado, entre outros que possam vir a existir. Em relação aos serviços prestados, podem ser identificados os de limpeza, de manutenção predial, de controle de pragas, de transporte, de segurança, de manutenção de outros tipos, de copiadora e etc.

 Levantamento de obras realizadas

No presente levantamento se faz necessário uma pesquisa sobre as obras e as reformas realizadas no campus que será realizado junto ao setor de infraestrutura da instituição. Assim como no levantamento anterior, identificam-se as obras e as reformas e faz-se a análise dos editais e contratos para saber se critérios de sustentabilidade foram adotados e quais foram.

 Levantamento sobre práticas de desfazimento adotadas pela instituição

Esta etapa tem por objetivo identificar todos os bens inutilizados da instituição que já foram destinados, caso haja essa política de se desfazer do objeto, e para quais instituições eles foram encaminhados. Além disso, observar se a política está falhando através da presença no campus de materiais obsoletos. O levantamento será feito juntamente ao gabinete responsável pelo patrimônio do centro.

 Levantamento de práticas ambientais já adotadas, principalmente com

relação ao descarte de resíduos sólidos

Este levantamento consiste em identificar em todos os departamentos constituintes do campus se há a aplicação de práticas ambientais, principalmente descarte de materiais.

Práticas como a utilização de papel reciclado ou não-clorado, a padronização

de impressões em folhas A4 na frente e no verso, racionamento de energia em

algum horário específico do dia, o método de racionamento de copos descartáveis

ou a utilização de copos permanentes, a realização de coleta seletiva, se caso

houver a geração de resíduos perigosos como eles são descartados e, por último, a

implantação de programas de prevenção de riscos ambientais e de campanhas de

(36)

conscientização, são exemplos básicos dos itens da entrevistas realizadas neste levantamento.

Para obtenção de resultados, foram realizadas entrevistas com os setores e com os laboratórios do CAA. A entrevista contava com cinco perguntas de respostas “ ” “ ” xo, além de perguntar aos entrevistados se tinham alguma consideração ou comentário sobre o tema.

Segue abaixo no Quadro 2 as perguntas da entrevista:

Quadro 2 – Perguntas da entrevista 1. Imprime frente e verso como padrão?

2. Promove campanhas de conscientização?

3. Desliga as luzes na hora do almoço?

4. Disponibiliza copos permanentes para todos os funcionários?

5. Realiza Coleta Seletiva Solidária?

Fonte: Veiga (2016)

Os setores e laboratórios entrevistados do campus estão especificados abaixo no Quadro 3:

Quadro 3 – Setores e laboratórios entrevistados Infraestrutura

Laboratório Multidisciplinar de Tecnologias para o Semiárido (LAMTESA) Laboratório de Engenharia Ambiental (LEA)

Gerência de Compras e Finanças Protocolo

Laboratório de Construção Civil (LCC) Laboratório de Química (LQ)

Secretaria do CAA Central de Estágios Divisão de Gestão de Pessoas Laboratório de Tipografia do Agreste (LTA)

Soluções em Energia e Design (SENDES)

Laboratório de Design Industrial e Engenharia Reversa (LABDIER)

Fonte: Veiga (2016)

 Levantamento de necessidades de capacitação

Este levantamento foi realizado junto ao setor gestor responsável e aos

diversos departamentos do campus. Primeiramente foram identificadas as

demandas de capacitação para em seguida verificar se já existe alguma demanda

voltada à instituição da gestão ambiental no centro acadêmico. Por fim, faz-se o

(37)

levantamento dos setores mais interessados na gestão ambiental e a quantidade de servidores engajados em se capacitar neste assunto.

A formalização dos resultados provenientes destes levantamentos é feita

através da confecção de planilhas também fundamentadas no método da A3P e

tudo aquilo que não se encaixe nestas planilhas será explicado e dissertado de

forma clara no capítulo de resultados.

(38)

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados serão apresentados seguindo as etapas da metodologia do trabalho através de tabelas e fotos. De acordo com os resultados, serão discutidas as análises feitas em cada etapa para facilitar o entendimento do leitor e, ao final de cada uma delas, serão expostas as propostas para melhorias ou soluções.

4.1 Consumo de recursos naturais

Quanto a esta etapa, pôde-se obter poucas informações. Não havia no campus um banco de dados que guarde os boletos de energia e de água. As contas de consumo de água e energia do CAA são recebidas e pagas pela Diretoria de Orçamento e Finanças (DOF), situada no campus de Recife, que é responsável por todas as operações deste tipo no que concerne a toda a UFPE. Entretanto, foram conseguidos alguns deles junto à Divisão de Fiscalização de Contratos que iniciava há pouco tempo a realização dessa prática.

Em relação ao consumo de água mineral, o campus possui uma média de consumo de duzentos garrafões de 20 L por semana, equivalendo a oitocentos garrafões por mês. Os dados dos garrafões foram obtidos por meio de entrevista na Gerência de Infraestrutura, onde foram mostradas as notas de empenho que são geradas na efetivação da entrega do produto.

Em relação ao consumo de outros itens tais como resmas de papel, copos descartáveis e os diversos materiais de escritório, foram adquiridas algumas listas dos materiais disponíveis no setor para requisição, referentes a poucos meses do corrente ano. Entretanto, a obtenção do controle feito a partir dos pedidos, ou seja, o controle do que sai do almoxarifado, não foi possível.

Não foi possível concluir essa etapa de forma satisfatória, uma vez que não dispusemos das informações necessárias para fazer uma análise. Dessa forma, sugerem-se como medidas de curto prazo:

Criação de um banco de dados que salve informações quanto ao consumo de energia e de água e seus respectivos custos mensais para que seja possível uma posterior visualização a fim de avaliar o consumo no campus;

Identificar os locais onde é possível o aproveitamento máximo das condições

naturais de iluminação e ventilação das edificações, com vistas a estabelecer

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ou não a necessidade de climatização e iluminação artificial desses locais, em horários pré-estabelecidos;

Fiscalização contínua das salas e banheiros para identificação de algum aparelho ligado a energia sem precisão e se há torneiras e vasos sanitários com vazamentos. Essa fiscalização pode ser mais intensificada ao trazer os alunos e servidores para essa iniciativa e informá-los em qual setor isso pode ser notificado;

Padronizar a impressão de materiais menos relevantes na frente e no verso da folha;

Usar os papéis já usados sem valor como bloco de notas ou de rascunho;

Eliminar o uso de copos descartáveis ao longo do tempo por meio da redução de sua disponibilização, levando ao uso de copos ou garrafas permanentes;

Criação de sistema de controle de entrada e saída de material do Almoxarifado (para sua posterior análise) visando a identificar os setores que mais consomem e quais os materiais mais consumidos para, posteriormente, estabelecer soluções para sua redução;

Publicar o controle do Almoxarifado no s-00ite da instituição para o conhecimento do público e dos servidores para visualizarem suas demandas.

4.2 Principais bens adquiridos e serviços contratados

Muitos dos bens adquiridos, como computadores, impressoras, móveis e dos demais itens de escritório, são comprados para todas as unidades da UFPE, ou seja, o contrato possui caráter global, não apresentando a devida quantidade que chega ao campus, consequentemente o valor despendido na compra.

Uma maneira de saber a quantidade destes bens que chegam ao campus seria por meio do Almoxarifado do CAA. No entanto, não foi possível obter as quantidades que chegam por mês destes materiais junto ao setor devido à ausência de planilhas referentes a cada mês com as respectivas quantidades, mas, como dito no subtítulo anterior, conseguiu-se algumas listas do que se tinha no setor em alguns meses deste ano.

Entretanto, os contratos relativos às contratações de serviços são específicos

para cada campus da instituição. Sendo assim, todos os serviços que foram

prestados, ou que se encontram em vigência, referem-se apenas ao CAA,

possibilitando a análise pontual do caso em questão. Segue abaixo a Tabela 1 e a

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