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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O GESTOR FAVORECE A ARTE COMO AUXÍLIO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por: Renata Guerra Leal Castro

Orientador

Prof. Vilson Sérgio de Carvalho

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O GESTOR FAVORECE A ARTE COMO AUXÍLIO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Administração e Supervisão Escolar

Por: Renata Guerra Leal Castro

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que é digno de toda honra e toda glória, o qual me fortaleceu a todo instante e sempre me deu forças para lutar e não desistir.

Deixou-me sempre certa da vitória.

(4)

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia primeiramente à minha avó Marieta, pois se não fosse ela, no momento, não teria feito essa Pós- Graduação.

Também dedico ao meu marido, Rodrigo, e ao meu filho, Lucas, pela compreensão, paciência e incentivo nas horas difíceis.

Amo Vocês.

(5)

RESUMO

Como se vive na era da gestão escolar participativa, o

presente estudo trata obter uma maior compreensão do gestor

acerca da importância da arte no processo ensino-aprendizagem

da educação infantil. Creio que o objetivo deste trabalho é mostrar

que o gestor compreende que a prática do ensino das Artes na

Educação Infantil é primordial, pois a criança, por evoluir

rapidamente, capta sensações, imagens, experiências que precisa

sentir avaliar e expressar. Este estudo se justifica, pois a proposta

da arte educativa para um gestor favorece a aproximação da

cultura escolar aos avanços que a cultura da sociedade vem

desfrutando, promovendo uma educação criativa e pra zerosa para

a criança; integrando, desenvolvendo, socializando e propiciando a

valorização da criança, aumentando, assim, a sua au to-estima.

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METODOLOGIA

O presente trabalho utilizou uma ampla e atualizada pesquisa bibliográfica que trouxe o tema em estudo nos esclarecendo informações sobre a arte como auxílio pedagógico na construção do conhecimento na educação infantil no cotidiano da sala de aula.

As diversas pesquisas bibliográficas favoreceram uma

abordagem mais ampla no que se refere à Arte no processo

ensino-aprendizagem, proporcionando compreender e f avorecer os

meios mais adequados para utilizá-la dentro de um contexto

educativo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I – A Arte e a formação dos professores 11

CAPÍTULO II – O papel do Gestor Escolar 19

CAPÍTULO III – O comprometimento do Gestor para a formação 26 continuada do professor na Educação Infantil

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA 33

ÍNDICE 34

FOLHA DE AVALIAÇÃO 35

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INTRODUÇÃO

A educação possui sua própria história, que obviamente, é uma parte da história da humanidade, no entanto, apesar de também ter sofrido modificações ao longo do tempo, a educação sistemática e formal vem acontecendo de forma mais lenta, não acompanhando as mudanças do mundo.

Desde os tempos remotos da Pré-história, em que o homem desenhava e pintava em cavernas, o ser humano faz referências às imagens artísticas como uma forma de se expressar. A arte surge no mundo como forma de organização, como modo de transformar a experiência vivida em objetos de conhecimento que demonstram sentimentos, percepção e imaginação. A arte está presente desde que o homem é homem, como uma linguagem que traduz sua relação com o meio em que vive.

Nos últimos tempos, percebe-se uma preocupação em acelerar a educação no sentido de acompanhar realmente as mudanças que estão ocorrendo no mundo para atender às demandas da sociedade contemporânea, que a cada dia exige mais do indivíduo.

A Educação Infantil já vinha há muito buscando o seu reconhecimento como espaço de educação. Na nova LDB teve seu direito assegurado, conquistando seu espaço na sociedade e com isso é possível através da relação teoria e prática, traçar caminhos capazes de propiciar a qualidade tão sonhada. Assim , a partir dessa modalidade inicial do processo educativo é preciso investigar como o compromisso político-pedagógico do gestor escolar de instituições de Educação Infantil poderá favorecer a arte como auxílio pedagógico do processo ensino-aprendizagem.

O tema abordado no presente estudo trata das artes e o

compromisso político-pedagógico do gestor escolar na Educação

Infantil. A atividade artística estabelecida pelo educador para o

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educando, influência na construção do conhecimento. Portanto é possível perceber que os resultados obtidos pelo aluno na escola vão depender da qualidade do ensino estabelecida entre o gestor e o professor. Para tanto, se formulou o seguinte problema: O gestor escolar de Educação Infantil poderá favorecer a arte como auxílio pedagógico do processo ensino-aprendizagem?

No decorrer do estudo serão analisadas as seguintes questões:

a) Como a Arte auxilia os professores na construção do conhecimento na Educação Infantil?

b) Qual o papel do gestor escolar?

c) Como o gestor escolar pode contribuir na formação

contínua do professor de Educação Infantil?

O objetivo geral deste trabalho é mostrar que o gestor compreende que a prática do ensino das Artes na Educação Infantil é primordial, pois a criança, por evoluir rapidamente, capta sensações, imagens, experiências que precisa sentir avaliar e expressar.

Especificamente os objetivos que se procura alcançar neste trabalho são:

― Caracterizar a contribuição da Arte para os professores na construção do conhecimento na Educação Infantil;

― Identificar o papel do gestor escolar;

― Identificar estratégias que possam contribuir para a formação continuada do professor de Educação Infantil no que se refere à artes.

Dessa forma, o presente estudo se justifica, pois a proposta

da arte educativa para um gestor favorece a aproximação da

cultura escolar aos avanços que a cultura da sociedade vem

desfrutando, promovendo uma educação criativa e pra zerosa para

a criança; integrando, desenvolvendo, socializando e propiciando a

valorização da criança, aumentando, assim, a sua au to-estima.

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Contribuindo, assim, para uma prática educativa participativa e modificando o pensamento de que a Educação Infantil serve apenas para educar e cuidar da criança, mas também, para o desenvolvimento dos aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade, como regulamenta a LDB 9394/96.

Acredita-se no compromisso político-pedagógico do gestor escolar para com a Educação Infantil e, mais especificamente com a formação continuada do professor, dedicado a esta modalidade de ensino, contribuindo para uma prática educativa mais humanista, que atenda às demandas da sociedade contemporânea, no que diz respeito à formação do cidadão conscient e, crítico e participativo.

Enfim, a artes, a formação continuada do professor e o compromisso político-pedagógico do gestor escolar nos dias atuais devem ser analisados a fim de demarcar a sua importância.

A metodologia utilizada neste estudo foi à pesquisa

bibliográfica, que permite o levantamento bibliográfico e o

entrecruzamento entre eles.

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CAPÍTULO I

ARTE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES

De acordo com Ferraz e Fusari (1992) a importância da Arte na Educação consiste em garantir uma aprendizagem que vise a um acompanhamento do desenvolvimento natural do individuo, não apenas no que se refere aos aspectos intelectuais, mas envolvendo, também, os aspectos sociais, perceptivos, físicos, emocionais e psicológicos. A educação consiste ainda em diferentes métodos de ensino para desenvolver de forma livre e flexível, a sensibilidade e a conscientização de todos os sentidos (ver, sentir, ouvir, cheirar, provar), realizando assim uma interação do sujeito.

Em 1943, Robert Read publicou uma obra intitulada “A Educação pela Arte”, em que discutia a questão do objeto da educação, mostrando que a base para ela deve ser a liberdade individual, assim como na democracia, buscando uma integração com todas as suas diferenças.

No Brasil, quando foi difundida a educação por meio da Arte, houve uma valorização da Arte Infantil baseada na livre expressão. Desde então, os professores passaram a incorporar a idéia da “livre expressão”, entendida como o caminho para uma boa educação.

Depois dos anos 60, os professores adeptos da “livre expressão”

passaram a utilizar essa idéia ao seu extremo, entendendo que a expressão dos alunos não poderia sofrer nenhuma intervenção, acabando por prejudicar o processo criativo e educativo. Esse período foi durante a Pedagogia Nova.

Entre 1960 e 1970, surgiu a Pedagogia Tecnicista, em que a

educação foi considerada insuficiente no preparo de profissionais. A princípio,

essa Pedagogia visava a um aperfeiçoamento na formação dos profissionais

da educação, tendo como objetivo a formação de indivíduos mais competentes

e, principalmente, mais produtivos.

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“No entanto, o que está em destaque é a própria organização racional, mecânica, desses elementos curriculares [...]. Tudo isso visando estabelecer mudanças nos comportamentos dos alunos que, ao saírem do curso, devem corresponder aos objetivos preestabelecidos pelo professor em sintonia com os interesses da sociedade industrial” (FERRAZ e FUSARI, 1992, p.41).

A preocupação com a Educação Infantil resulta da convicção de que, os primeiros anos de vida de uma criança são muito importantes, definitivos para a sua evolução. Por diferentes estudos do assunto e, principalmente, pelos trabalhos de Piaget (1976), sabe-se que não só o desenvolvimento físico, como também o mental, o emocional e o social, têm fases decisivas no período entre 0 a 6 anos, justamente dentro da faixa em que compreende a pré-escola.

“A pré-escola é o segmento educacional mais indicado para oferecer a igualdade de oportunidades de desenvolver a que todas as crianças têm direito”

(DROUET, 1990, p.2).

Na área de Educação Infantil, o debate sobre a formação de

professores, ou de educadores como alguns, ainda, preferem chamar, sempre

partiu de uma ênfase muito grande sobre as características do

desenvolvimento infantil na faixa de 0 a 6 anos. O conhecimento que existe

sobre essa etapa do desenvolvimento humano – e, mais recentemente, sobre

como as crianças pequenas se desenvolvem em ambientes coletivos de

acolhimento e educação – tem sido, na maioria dos países um dos

pressupostos básicos para a formulação de propostas pedagógicas para essa

faixa etária e para o delineamento da formação previa e em serviço dos

profissionais que trabalham nas creches e nas pré-escolas. A consideração do

duplo aspecto “educar e cuidar” na definição de programas e do perfil do

educador decorre dessa importância conferida às necessidades de

desenvolvimento da criança pequena (CERIZARA, 1992, p.24).

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“A criança é um ser vivo que vive num meio ambiente.

Conhecer a criança é conhecer, simultaneamente, a sua realidade biológica, a sua realidade psicológica (intelectual, afetiva e social) e o meio em que se desenvolve; é também conhecer a sua historia, as suas experiências e as sucessivas etapas da sua formação. A educação não deve manter-se passiva perante a evolução da criança, deve atuar respeitando a realidade infantil sem a mutilar nem a traumatizar” (DROUET, 1990, p.21).

Constitui-se, portanto, um dos princípios da Educação Infantil conhecer a criança em profundidade para buscar formas de atendê-la e orientá-la. Trabalhar na Educação Infantil as habilidades básicas que interferem no processo de alfabetização – incluindo, a linguagem artística de todas as formas possíveis: por meio da musica, desenho, pintura, dança, representação, entre outras – poderá vir a ser uma excelente estratégia para evitar problemas subseqüentes.

“[...] se, se nega à criança condições e oportunidades de desenvolvimento, isto se refletirá nas etapas posteriores de um modo permanente, que não será desfeito por nenhum processo de adestramento” (DROUET, 1990, p.13).

De acordo com as Referências Curriculares da Educação Infantil (1998), “as artes fazem parte do cotidiano da vida infantil”. A arte é uma linguagem e, portanto, uma das formas mais importantes de comunicação e de expressão humana, o que justifica sua presença na Educação Infantil.

1.1 – A atuação do professor

A arte vem conquistando mais espaços, porém não são todas as

escolas que dispõem de profissionais que consigam trabalhar de forma a

utilizar os recursos artísticos como um importante instrumento de

aprendizagem. Muitos procuram trabalhar a arte por a considerarem

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importante, mas não conseguem adequá-la no que se refere à construção do conhecimento da criança.

Um exemplo seria um desenhista da área de arquitetura que terá um entendimento restrito à sua prática: linhas definidas e precisas, sem uso de intensidades ou variações.

Ao procurar avaliar o professor que atua na Educação Infantil, depara-se com a ansiedade e o uso indiscriminado de técnicas com o objetivo de “ensinar a desenhar” inibindo a manifestação de elementos gráficos que expressem a imaginação pessoal.

Uma obra do artista Paul Klee (1934) realizada a partir de uma linha, nos leva a refletir; “tal como a linha, o homem tem direito ao sonho, ao inovador, à criação”.

Existe uma necessidade latente para deixar fluir a cultura de cada um, de forma transformadora, rica e criativa. Ao deparar-se com esta conduta, o educador estará enriquecendo sua visão frente ao universo gráfico infantil.

Neste ponto, observa-se o valor da vivência, significando um caminho aberto para o desconhecido e oportunizando o crescimento de nossa consciência. Dentro da educação, a vivência atua como personagem central na formação de profissionais capacitados a lidar artesanalmente com crianças.

O educador transmite sua visão de mundo e comportamento de forma a interferir, direta ou indiretamente na forma de seres individuais e sociais.

Um professor instrumentalizado necessita de vivência de linguagem gráfica, o que não é comum encontrar, pois esbarra-se na questão:

formação do educador.

“Se o professor incentivar a expressão criadora de seus

alunos pelo emprego constante de materiais simples e

tiver o cuidado de não estabelecer limites superiores às

suas possibilidades e não serem capazes de destruir o

seu desejo pessoal de criação, a educação pela arte

produzirá seus frutos” (SOUZA, 1970, p.36).

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A educação que é oferecida pelo sistema educacional, político, econômico, administrador e cultural, deixou lacunas na formação da grande maioria dos educadores atuais, por ser insipiente e deficitária.

Necessita-se, portanto, de maiores investimentos no sistema educacional para que possa surgir um novo significado no encontro entre adulto e criança, propiciando ao educador, o confronto de idéias, delineando possibilidades expressivas sobre novos repertórios gráficos.

Ao professor de Educação Infantil, é essencial absorver a noção de possibilidade de inter-relação e interdependência de todas as instancias físicas, psíquicas, emocionais culturais, biológicas, simbólicas e de tudo mais que favorece o pleno desenvolvimento da criança.

Se não possuir vivência prática e efetiva das linguagens expressivas, o educador certamente incorrerá a erros grosseiros ao avaliar garatujas e rabiscos realizados pelo aluno de 3 a 6 anos.

Sobre o papel fundamental e desafiador do professor, afirmou Allessandrini (1994):

“Aprendemos quando adquirimos conhecimento.

Situações de aprendizagem desafiadoras geram no individuo a necessidade interna básica de, talvez, romper com seus próprios limites enquanto movimentos em busca do novo. Por vezes, essa experiência vem acompanhada de sensações, sentimentos e emoções, com alegria e prazer, ou dos incômodos e conflitos. As dinâmicas da psique atuam constante na elaboração e aprendizagem decorrentes dessas situações” (p. 23).

1.2 – Princípios que deverão nortear o professor

O professor deve estar atento e alerta ao desempenho infantil, preocupada com a participação ativa e efetiva de todas as crianças.

O trabalho de artes deve desenvolver-se em clima de liberdade,

alegria e descontração, favorecendo atividades espontâneas e criativas. Para

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que isto aconteça, a metodologia adotada deve pressupor certos procedimentos:

• Oferecer propostas adequadas, que respeitem e estimulem as experiências das crianças;

• Respeito à individualidade da criança, considerando sua expressão como linguagem;

• Valorização das respostas dadas pela criança;

• Utilização intensa das atividades lúdicas;

• Oferecimento de propostas que trabalhem o pensamento divergente;

• Oferecimento de oportunidades freqüentes e contínuas para experiências sensoriais;

• Oferecimento de oportunidades que levem a criança à observação, imaginação, exploração, improvisação, concentração, criação, fluência e flexibilidade;

• Estimulação adequada e constante da criança por meio de desafios e situações-problemas que ajudem a sua curiosidade;

• Identificação com os interesses da criança, respeitando seu próprio ritmo;

• Utilização de recursos que ajudem à criança na organização de seu material, de si própria e de seu ambiente de trabalho;

• Presença discreta e efetiva para toda classe, sem perder de vista a relação particular com cada criança;

• Oferecimento de propostas em que as técnicas se adaptem às necessidades

naturais de cada criança e nunca aquelas em que as crianças têm de se

adaptar às técnicas;

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• Criação de um ambiente seguro, de uma atmosfera em que haja confiança e tranqüilidade;

Muitas vezes as atividades de Artes Plásticas podem não acontecer na sala de aula. Aliás, esta deve ser uma preocupação do professor variar os locais de trabalho, sempre que possível.

Cabe ao professor atuar como redefinidor, reorganizador do espaço-ambiente da sala de aula. O novo ambiente atuará sobre as crianças, induzindo-as a observações, atividades e comportamento. O professor poderá organizar atividades ricas, sensibilizadoras e criativas, usando móveis, paredes, vidraças e painéis.

1.3 – Formas alternativas para o trabalho com a criança

As atividades podem ser desenvolvidas tanto a partir de proposta única, em que o professor prepara, estimula e orienta todas as crianças para uma mesma técnica de propostas diversificadas, em que dois ou mais grupos realizem simultaneamente técnicas diferentes.

É importante lembrar que a criança irá aos poucos adquirindo hábitos e atitudes que facilitam o trabalho dela e do professor, desde que se estabeleçam normas e limites ao comportamento infantil.

Seja qual for, no entanto, a alternativa de trabalho, algumas condições são importantes para que ele tenha êxito:

• Planejar com antecedência as atividades;

• Organizar o ambiente de acordo com a proposta de trabalho;

• Dar orientação clara e segura para que todas as crianças a entendam;

• Ter alternativas de estimulação que atendam às diferenças individuais;

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• Prever a quantidade de material necessária à atividade;

• Ter certeza de que a qualidade do material não irá interferir no produto do trabalho;

• Ter propostas preparadas para as crianças que terminam rapidamente seus trabalhos;

• Estar preparado para conversar com a criança sobre as realizações dela.

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CAPÍTULO II

O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR

2.1 – Considerações Iniciais

A administração escolar, como parte integrante do processo ensino-aprendizagem é, ao mesmo tempo, fonte de preocupação e excelente tema de análise e reflexão para educadores que desejam um desempenho com qualidade.

Muito se tem escrito sobre as funções da administração escolar nas diferentes tendências pedagógicas. A literatura também é rica na análise de técnicas e na apresentação de instrumentos coerentes com as tecnologias emergentes. Portanto, é mais do que oportuno neste momento de reflexão sobre as práticas da escola na sociedade brasileira, tentar entender o significado da administração escolar e o caráter ético, profissional e pedagógico que a escola terá diante da comunidade, na qual está inserida, num momento em que o gerenciamento permeia todos os momentos para garantir uma escola de qualidade.

Para um novo mundo, uma nova educação, esse é o desafio que a sociedade e, principalmente as escolas tem que enfrentar, não só buscando superar as dificuldades naturais que toda mudança traz, como também vigiar para que o novo paradigma não se constitua num quadro de regras e normas que reforcem a idéia de um homem mecânico e levem a visão simplificada do mundo.

É impossível se pensar em mudanças sociais e educacionais sem se pensar e repensar em educação, incluindo-se aí a administração escolar.

Cabe a escola, com competência técnica, consciente de seu papel e de seu

comprometimento, criar uma nova pedagogia, um novo ambiente escolar, onde

todos os seus componentes estejam comprometidos com valores éticos e

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morais e que exerçam a cidadania. Ao analisar o papel do Administrador Escolar e sua efetivação numa escola que busque a qualidade, através de um regime democrático, e onde todos os elementos da escola estejam envolvidos e atuem de modo a responder à necessidade da construção de uma escola que seja coerente com a nova era e os novos homens que a sociedade do século XXI precisa ter, percebe-se que existe a necessidade dos especialistas, no caso, o administrador e o coordenador pedagógico estejam em sintonia e trabalhando em conjunto.

A gestão escolar participativa é hoje considerada a mais eficiente forma de administração, não por uma questão de modismo, mas por atender características de uma época e de uma sociedade que exigem uma escola holística, construída com um pensamento e a ação de todos os seus integrantes.

Neste contexto, os projetos educacionais certamente assumirão funções específicas, que exigirão o trabalho e o comprometimento de todos da comunidade escolar. Segundo Luck et al (2000), “A literatura sobre gestão participativa reconhece que a vida organizacional contemporânea é altamente complexa, assim como seus problemas” (p.19).

O conceito de gestão participativa pode se inserir numa visão de homem, de mundo e de educação. É foco de estudos dos chamados educadores progressistas, ou seja, aqueles que vêem o educando na sua totalidade e a escola como espaço privilegiado para a reflexão sobre a realidade e o estudo dos meios de nela se intervir para as mudanças necessárias.

Nessa linha de pensamento, Luck et al (2000) ressalta:

“Cabe lembrar que toda pessoa tem um poder de

influência sobre o contexto de que faz parte, exercendo-o

independentemente da sua consciência desse fato e da

direção e intenção de sua atividade. No entanto, a falta de

consciência dessa interferência resulta em uma falta de

consciência do poder de participação que tem, de que

decorrem resultados negativos para a organização social

e para as próprias pessoas que constituem o ambiente

escolar” (p.17).

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A ação do Administrador Escolar na sociedade brasileira nos dias atuais não é tarefa nada fácil, pois implica na mudança da cultura educacional.

Ele é peça fundamental nesse processo. Partindo do princípio que educar é uma ação bilateral, sua ação deve ter para ela o sentido de troca de valores e conhecimentos. Os novos profissionais da educação que tem presentes a idéia de troca, de respeito, da liberdade, do convívio, do aprender permanente, são fonte de enriquecimento para a escola e para eles próprios.

Diante disso, os administradores escolares verão também seus papéis modificados no gerenciamento de suas tarefas, inclusive de sua postura e de sua atuação.

Enfim, a Administração Escolar, uma vez inserida no Sistema Escolar, deve antes de tudo conscientizar toda comunidade escolar da sua importante e real influência no contexto escolar como um todo.

2.2 – Gestão Escolar

Atualmente, muito se discute com relação ao tipo de administração escolar realizada no país. Esse fato se dá quanto às perspectivas mundiais para com a educação, que certamente influenciam todas as sociedades, inclusive a brasileira.

O Brasil deixou a ditadura militar e dotou a democracia, enquanto regime político. Esse processo de mudança se deu gradativamente, visto as implicações que acarreta.

A escola que está inserida neste contexto sofreu as mesmas mudanças, porém, de forma muito mais lenta e, ainda hoje, encontram-se gestões escolares autoritárias, verdadeiras ditaduras escolares.

A gestão escolar vem sendo inserida nas escolas de forma

gradativa, procurando envolver a todos da comunidade escolar. A gestão

escolar vem sendo reivindicada pelos movimentos sociais desde a ditadura

militar, tornando-se efetiva na Constituição Brasileira de 1988. Assim, a gestão

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escolar vem sendo aplicada nas instituições públicas, resgatando o caráter político da administração pública.

Na verdade, a gestão democrática do ensino público, vem resgatando o controle da sociedade civil sobre a educação e a escola pública, efetivando a eleição para dirigentes e conselhos escolares, garantindo, portanto, a liberdade de expressão, de pensamento, de criação, de organização coletiva da escola, facilitando a luta por condições melhores para o desenvolvimento da prática educativa, bem como por salários dignos a todos os profissionais da educação. No entanto, o clientelismo e a burocracia já enraizados no sistema político e econômico, ainda não possibilitam as transformações necessárias à administração pública.

O mundo vem atravessando mudanças significativas nesses últimos tempos e uma nova era vem se estabelecendo, exigindo da educação um novo papel perante a sociedade. Este é um momento de transformações da sociedade e de todas as instituições sociais que nela se incluem.

Infelizmente, as mudanças que permitem a transição para o exercício da democracia política no sistema educacional brasileiro, ainda não conseguiram abolir o regime de correlação de forcas desiguais existentes, isto é, entre o Ministério da Educação e do Desporto e as Secretarias de Educação, entre estas e as escolas, entre as escolas e a comunidade escolar. Segundo Bastos (2000), percebe-se claramente esta correlação de forças desiguais a cada momento em diversas esferas do contexto educacional. Assim, para realmente se reverter esta situação faz-se necessário:

“A formação de um controle social da sociedade civil sobre o Estado, através de uma permanente participação popular nas decisões da coisa publica, da criação de um novo senso comum que substitua os velhos princípios taylotistas e fordistas por novos princípios e novas práticas participativas de administração” (p.08).

Sendo assim, percebe-se que é mais do que preciso que as

políticas educacionais brasileiras não mais permitam a correlação de forças

desiguais. Para tal, existe portanto, a necessidade de conscientização de

(23)

mudanças para que se efetivem a democracia e o exercício da cidadania por parte de seus integrantes, incluindo os educadores e educandos.

Nesse sentido, a gestão da educação e da escola pública torna-se um dos inúmeros itens dessa política educacional, incluindo nesse âmbito a concorrência acirrada daqueles que estão nos cargos das várias instâncias do poder, seja ele do Município, do Estado ou da União.

Contudo, a democracia é vista tanto pela sociedade quanto por aqueles que são responsáveis pela educação no país como o único caminho viável para a reconstrução do sistema de ensino e a construção da tão sonhada escola pública de qualidade.

A Gestão Escolar é imprescindível nas instituições escolares, sejam elas de qualquer espécie, ou seja, privada ou pública, carente ou rica, enfim, qualquer origem. Toda escola tem por natureza um diretor, ou administrador, ou gestor, ou qualquer que seja a nomenclatura empregada, um líder que terá como principal responsabilidade zelar pela organização e execução das áreas administrativa e pedagógica da instituição de ensino.

A escola é um sistema complexo de relações. Dentre os elementos pode-se destacar: o administrador, o coordenador pedagógico, pessoal de apoio, corpo docente e discente. No entanto, o papel do gestor escolar é o de integrador de todos os elementos da comunidade escolar, possibilitando o trabalho coletivo através do Projeto Político Pedagógico e da prática educativa. Neste aspecto Luck et al (2000) afirma que:

“A institucionalização da democracia e, simultaneamente, o aprimoramento da eficiência e da qualidade da educação tem sido uma força poderosa a estimular o processo de mudanças na forma de gerir escolas no Brasil. A participação da comunidade escolar, incluindo professores, especialistas, pais, alunos, funcionários e diretor, é parte desse esforço que promove o afastamento das tradições corporativas e clientelistas, prejudiciais à melhoria do ensino por visarem ao atendimento a interesses pessoais e grupos” (p.13).

O gestor escolar terá que interagir com todo o sistema escolar

visto que é “amola mestra”do processo. A tarefa de administrar não é fácil, visto

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que há uma complexidade de pessoas a gerenciar e a colocar em prática os projetos na escola. Isto faz parte de uma cultura organizacional, como salienta Luck et al (2000):

“Sabemos que, dada à tendência burocrática e centralizadora ainda vigente na cultura organizacional escolar e do sistema de ensino brasileiro que a reforça, a participação, em seu sentido dinâmico de interapoio e integração, visando construir uma realidade mais significativa, não se constitui em uma prática comum nas escolas” (p.17).

Tudo que envolve pessoas é conflitante, pois as idéias são diferentes. A diversidade é inerente ao ser humano e como tal ser levada em conta e respeitada por todos e em qualquer área. Assim, confirma-se que o gestor escolar deve ser um líder em potencial para que a gestão aconteça de forma a aproximar os elementos da comunidade escolar, trabalhando as relações interpessoais e principalmente a motivação do trabalho coletivo e permanente, buscando assim a tão sonhada qualidade na educação.

No sistema educacional o objetivo é o processo de aprendizagem do aluno. Para isso, todos os setores devem permanecer em harmonia, focalizando principalmente a formação do cidadão de forma plena e atualizada, para com as significativas mudanças que o mundo vem atravessando. Assim, o papel do gestor escolar além de ser de suma importância do sistema escolar, evidencia a necessidade da consonância entre a teoria e a prática, pressupondo estas em sua capacitação e ações no contexto educativo dentro de uma escola, primando pela democracia e consequentemente pelo trabalho coletivo, como determina a LDB 9394/96:

“Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I- Participação dos profissionais de educação na

elaboração do projeto político pedagógico da

escola;

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II- Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes” (art.14).

2.2.1 – Compromissos do gestor escolar

É do conhecimento de todos, o crescimento e a complexidade cada vez maiores do sistema escolar brasileiro (federal, estadual, municipal), por conta da amplitude que vem sendo assumida as diversas modalidades da prática educativa na sociedade. Também, a necessidade a cada dia de atender a população vem crescendo e se tornando cada vez mais exigente.

Desta forma, surge também a necessidade de procura cada vez mais crescente e permanente de ações para se atingir um atendimento escolar real e efetivo, frente ao que a realidade espera, implicando na necessidade de se repensar o papel do administrador escolar dentro da escola nos dias atuais.

É preciso compreender, portanto, que a natureza da escola mudou. Hoje, não se pode mais ver o Administrador Escolar como o antigo ponto central da escola ou um mero burocrata. Segundo Libâneo (1995):

“... vai sendo necessária uma variedade maior de agentes do processo educacional: os que se dedicam à docência, aqueles ocupados com o planejamento, gestão e administração dos sistemas escolares, assim como supervisão e assistência pedagógico-didática ao sistema e às escolas” (p.53).

O questionamento sobre o papel da educação na sociedade tem a falta de clareza a respeito do papel a ser exercido pelo gestor escolar, porém é hora de se mudar esse estado de coisa. O Gestor Escolar deve abarcar às suas funções a divulgação de seu trabalho, aproveitando para se aproximar da comunidade na qual a escola está inserida, a fim de investigar mais profundamente a realidade vivida e envolver não somente os integrantes das áreas administrativa e pedagógica, mas a comunidade escolar como um todo.

Vive-se em uma época em que os modelos tradicionais do exercício da função

docente entram em crise.

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CAPÍTULO III

O COMPROMETIMENTO DO GESTOR PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

3.1 – A Educação Infantil

As escolas de educação infantil vem crescendo a cada dia, isso porque a demanda cresceu muito com a inserção significativa da mulher no mercado de trabalho e assim, escolas de educação infantil e creches vem sendo abertas a cada dia a fim de dar conta dessa mudança que influencia toda a sociedade brasileira.

O Gestor Escolar se vê hoje diante da Educação infantil como mais uma modalidade da educação da qual tem que dar conta e com isso novas propostas surgem e suas responsabilidades aumentam. Assim sendo, a gestão escolar deve estar atenta à história da educação infantil e sua colocação hoje no âmbito social, a fim de fazer valer seu compromisso político- pedagógico com mais essa parcela da população.

Educação Infantil é um termo que exige explicação. A LDB regulamenta que a educação infantil representa a primeira etapa da educação básica (art.21/I), responsável pela educação das crianças de 0 a 6 anos, com a finalidade de desenvolver integralmente a criança, em seus aspectos: físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade (art.29).

A Educação Infantil hoje ocupa gradativamente um lugar de maior

relevância e com ela caminha a gestão escolar, que será capaz de construir

caminhos sólidos para sua implementação de forma democrática e coerente

com os objetivos educacionais, capazes de contribuir desde o nascimento para

a formação de um cidadão consciente, crítico e participante na sociedade à

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qual pertence. Ela mostra a todos a importância de se construir uma história educativa no cidadão desde seu nascimento e assim, proporcionar-lhe uma ação pedagógica que o possibilite maior interação com o mundo a sua volta.

O Gestor Escolar precisa ter consciência da importância de se conhecer o universo infantil de 0 a 6 anos e a partir do conhecimento da realidade vivida por essas crianças, propor coletivamente um trabalho pedagógico embasado e direcionado nas suas peculiaridades, sabendo que estará contribuindo significativamente para essa parcela da população de forma efetiva.

3.2 – O comprometimento do gestor para a formação do professor

Não é novidade o fato de que o professor brasileiro tem uma formação bastante precária, haja vista as últimas mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei federal 9394/96, que determina que a partir de 2007 todos os professores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental tenham o curso superior.

Atualmente, sabe-se que nos Estados mais desenvolvidos a grande maioria deles fez o curso normal e em alguns casos chegou inclusive a cursar uma faculdade – em geral de Pedagogia. No entanto, nas regiões mais pobres a maior porcentagem deles é leigo, sendo que nas zonas rurais é frequente encontrar professores que fizeram apenas o curso primário e, muitas vezes, o primário incompleto. Percebe-se que o que é exigido nas instituições, são funcionários e professores que sejam criativos e capazes de tomar decisões rápidas e inteligentes. Portanto, como decretar em lei federal o curso superior obrigatório se simplesmente não existem diretrizes capazes de oferecer uma boa formação para o professor?

Os professores necessitam desde conhecimento curricular até

habilidades de relacionamento interpessoal e de trabalho em grupo, e é gestor

(28)

que deve buscar para melhoria da qualidade da escola, processos de capacitação em serviço e os desenvolvimentos de tais habilidades.

Com formação bastante deficitária e manifestando até mesmo sérias dificuldades para expressar-se por escrito de maneira correta, os professores das regiões mais desenvolvidas acabam transmitindo uma herança cultural que longe está de ser a mera reprodução da norma culta, marcada pelos padrões dominantes, geralmente sem levar em conta a bagagem cultural de seus alunos, ou seja, suas realidades. Da mesma forma, não é menos equivocada a afirmação que a escola funciona como um dos aparelhos ideológicos do Estado, cuja função seria a mera reprodução da ideologia dominante, como ensina Althusser (2001).

É na perspectiva de re-significação do papel da escola que se aponta para uma educação que possa responder aos interesses dos alunos desde a Educação Infantil, que deve se dar a formação do professor, ou quando não, em sua formação continuada.

De acordo com Luck et al (2000), investimentos significativos no crescimento profissional devem ser planejados cuidadosamente, para que possam gerar resultados produtivos. O gestor deve incentivar e acolher as participações de todos os elementos da escola de modo a possibilitar um projeto que contemple as divergências e as expectativas dos alunos, pais, professores e comunidade.

A formação continuada deve fazer parte da rotina institucional e deve ocorrer frequentemente, para que os membros possam ser responsáveis pela construção do projeto educacional e do clima institucional.

O gestor escolar pode contribuir viabilizando essa formação continuada, buscando subsídios para que ela aconteça. Segundo Luck et al (2000), Educação é um processo longo e contínuo.

O desenvolvimento e crescimento profissional dos gestores

recebem pouca atenção, se comparado com a capacitação de professores. Os

gestores assumem seu cargo sem nenhuma preparação e qualificação

adequada.

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“A realização de programas de capacitação no trabalho ou prévia para diretores escolares é um elemento importante para qualquer programa que vise ao aperfeiçoamento educacional e à melhoria da qualidade do ensino” (LUCK et al, 2000, p.96).

O gestor escolar pode propor uma mudança de enfoque da escola que adapta o aluno, para a escola que se adapte ao aluno. Para isto, é necessário um reposicionamento de todos os profissionais, na busca de uma qualidade nova, que responda aos interesses reais dos alunos. Tanto os professores como os gestores devem estar envolvidos nos programas de formação continuada.

Palestras, seminários, cursos, centros de estudos, incentivo a escolaridades e promoções de projetos interdisciplinares devem ser destinados para a troca de idéias sobre a prática, estudos sobre diferentes temas pertinentes ao trabalho, organização e planejamento da rotina, das atividades relativas ao projeto educativo podem ser excelentes instrumentos dos quais o gestor escolar, devido a seu compromisso com a formação do professor, pode promover em sua escola, a fim de realmente contribuir para a formação continuada.

Certamente, esta não é uma tarefa fácil, porém nada em educação é simples ou mesmo fácil, sempre há de ser desdobrar e novos caminhos buscar. Um bom começo é a reflexão acerca da ação educativa feita até então nas escolas.

Através da reflexão sobre a sua prática os gestores irão retirando tudo o que a ideologia internalizada sustenta e que os impede de ver a realidade social e o papel que desempenham na perpetuação de uma sociedade de desigualdades.

Na ação e na reflexão, em sua práxis enfim, chegarão a compreender quem é o aluno real, para o qual planejarão, não aceitando mais os planos elaborados fora da escola, para alunos abstratos e idealizados.

Pesquisando em ação e para a ação, com participação dos alunos

e de sua comunidade, sujeitos daquilo que lhes diz respeito, juntos viverão

momentos coletivos de descoberta, de criação de um novo conhecimento, de

(30)

emergência de um novo saber, a partir da crítica de verdades superadas no confronto com a realidade presente. Este novo saber, na medida em que vai sendo incorporado, transforma-se em novas formas de ação que dá sentido ao saber.

A ação coletiva consciente e intencional recuperará a globalidade perdida na especialização, quando a visão parcial de cada especialista será totalizada na ação interdisciplinar. Da ação coletiva do educador surgirão novas metodologias, objetivação de uma qualidade nova, em resposta a um momento novo. A qualidade superada, que preparava os alunos de uma escola fracassada é substituída pela qualidade nova que os prepara para a conquista da hegemonia, e que se efetiva no desenvolvimento de habilidades de discussão, crítica, organização, comunicação, liderança e compreensão da realidade presente e de sua verdadeira história.

Sendo assim e só então os professores tornarão realidade os propósitos proclamados desde sempre de que seriam agentes de mudança na educação.

Para isto, é necessário que as instituições dêem condições para todos os profissionais de participarem destes momentos de formação, os quais são de extrema importância para o trabalho educativo, para que se alcance produtividade e qualidade.

Enfim, torna-se claro, a necessidade dos educadores de se

conscientizarem da importância de transformar e mudar, de forma eficaz e

continuada.

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CONCLUSÃO

Entender que as crianças têm um olhar crítico, que subverte a ordem das coisas e muda a direção de certas situações, exige uma educação que conheça essas crianças, o que fazem, de que brincam como inventam e de que falam. É reconhecer na infância sua capacidade de imaginação, fantasia e criação. A sociedade brasileira tem na escola um papel social de grande importância e muitas vezes, determinantes, visto a sua contribuição para a formação de cidadãos conscientes, críticos e participantes.

Por ter um papel social relevante, socializante, político, além da transmissão e construção de conhecimentos, a escola assume uma perspectiva de crítica aos problemas sociais e como tal seus educadores e também gestores devem estar conscientes e sabedores do que realmente se propõe e se almeja com relação à ação educativa cotidiana desde a Educação Infantil.

Reconhecer que todo ser humano é potencialmente criativo e que a possibilidade de criação não é um dado genético ou hereditário, mas algo que pode se concretizar através do trabalho. Esse potencial criativo se desenvolve e se manifesta quando são criadas condições, quando seu meio ambiente possibilita ou exige. Através de um trabalho estimulador, a criança construirá seu conhecimento por estratégias próprias. Estando, assim, promovendo seu desenvolvimento adequado, e dando-lhe condições de realizar com maior destreza os desafios futuros. Deste modo, contribuindo para torná-lo um adulto critico, questionador e transformador da sociedade.

O processo de aprendizagem por meio da arte auxilia a criança na

alfabetização estética, ou seja, possibilita a descoberta de inúmeros fatos e

acontecimentos do mundo que a cerca, auxiliando no desenvolvimento da

critica e no estudo das condições e dos efeitos da criação, estando sempre

ligados à imaginação e a criatividade, importantes características da faixa

etária analisada e que, cada vez mais, vem perdendo espaço para atividades

de repetição e preparação para o ensino fundamental.

(32)

A escola deve assumir que seu papel não é ingênuo, porém pode ser libertador, transformador, sendo portanto, o papel do gestor e do coordenador de suma importância, desde que estejam em consonância.

O país e todos devem estar conscientes da necessidade de mudanças capazes de levar a todos a novos caminhos mais justos e qualitativos, vislumbrando novos horizontes, novos ideais, incluindo a Educação Infantil, a Gestão Escolar e a Artes. Há de se relaciona-las e integrá- las em prol de uma ação educativa inovadora, respeitosa e eficaz.

Transformação, essa é a palavra-chave para a qualidade da

Educação.

(33)

BIBLIOGRAFIA

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado: nota sobre os aparelhos ideológicos de estado. 8 ed. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

BASTOS, João Batista. Gestão Democrática. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/ Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

______. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação, n˚ 9394/96 de 20 de Dezembro de 1996. Brasília: Congresso Nacional, 1996.

CERIZARA, Ana Beatriz. Educação Infantil: Um jogo de quebra-cabeça ou quebrando a cabeça? Florianópolis: Mimeo, 1992.

DROUET, R.C.R. Fundamentos da educação pré-escolar. São Paulo: Ática, 1990.

FERRAZ, M.H.; FUSARI, M.F.R. Arte na educação escolar. São Paulo:

Cortês, 1992.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991.

LUCK, Heloísa et al. A Escola Participativa: o trabalho do gestor escolar.

Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

SOUZA, Alcídio Mafrade. Artes plásticas na escola. Rio de Janeiro: Ed.

Bloch, 1970.

(34)

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

A Arte e a formação dos professores 11

1.1 - A atuação do professor 13

1.2 - Princípios que deverão nortear o professor 15 1.3 - Formas alternativas para o trabalho com a criança 17 CAPÍTULO II

O papel do Gestor Escolar 19

2.1 - Considerações Iniciais 19

2.2 - Gestão Escolar 21

2.2.1 - Compromissos do gestor escolar 25 CAPÍTULO III

O comprometimento do Gestor para a formação continuada do professor na educação infantil

3.1 - A Educação Infantil 26

3.2 - O comprometimento do gestor para a 27 formação do professor

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA 33

ÍNDICE 34

FOLHA DE AVALIAÇÃO 35

(35)

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-graduação “Lato Senso”

Título da Monografia: O GESTOR FAVORECE A ARTE COMO AUXÍLIO PEDAGÓGICO

NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autor: Renata Guerra Leal Casto

Data de entrega: 31/07/2009

Avaliado por:

Conceito:

Referências

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