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RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL DO PROJETO DE EXECUÇÃO (RECAPE) DA LINHA PONTE

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(1)

R ELATÓRIO DE C ONFORMIDADE A MBIENTAL DO

P ROJETO DE E XECUÇÃO (RECAPE) DA LINHA P ONTE

DE L IMA V ILA N OVA DE F AMALICÃO , A 400 K V, NOS

TROÇOS T4, T5 E T16

V OLUME 2 – R ELATÓRIO T ÉCNICO

T

OMO

I - R

ELATÓRIO

Outubro 2015

(2)

REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A.

EcoRede – Silvicultura e Exploração

Florestal, S.A.

Relatório de Conformidade Ambiental do

Projeto de Execução da linha Ponte de Lima

– Vila Nova de Famalicão, a 400 kV, nos

troços T4, T5 e T16

Volume 2 - Relatório Técnico

Histórico do Documento

Trabalho/Proposta Nº JRB0621.001 Refª do Documento: Vol2-RelTecnico.doc

Revisão Descrição Editado Verificado Autorizado Data

00 Edição 1

Rita Novais Raquel

Lopes

Cristina Reis Cristina Reis 09/10/2015

(3)

Índice Geral

Volume 1 – Resumo Não Técnico Volume 2 – Relatório Técnico Volume 3 – Plano de Acessos

Volume 4 – Plano de Acompanhamento Ambiental (PAA)

Volume 5 – Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPGRCD)

Volume 6 – Plano de Emergência Ambiental (PEA)

(4)

Índice

Capítulo

1. Introdução ... 1

1.1. Identificação do projeto e do proponente ... 1

1.2. Identificação dos responsáveis pelo RECAPE ... 1

1.3. Objetivos, estrutura e conteúdo do RECAPE ... 2

2. Antecedentes do processo de AIA ... 4

3. Descrição do projeto... 7

3.1. Objetivos do projeto ... 7

3.2. Localização do projeto ... 8

3.2.1. Enquadramento administrativo ... 8

3.2.2. Áreas sensíveis ... 9

3.3. Características estruturais e funcionais do projeto ... 13

3.3.1. Características técnicas do projeto ... 13

3.3.2. Equipamento ... 13

3.3.2.1. Apoios ... 13

3.3.2.2. Cabos ... 14

3.3.2.3. Acessórios dos Cabos Condutores e de Guarda ... 15

3.3.2.4. Amortecedores de Vibrações ... 15

3.3.2.5. Cadeias de Isoladores ... 15

3.3.3. Cálculos relativamente ao funcionamento da linha com interesse em termos ambientais ... 16

3.3.3.1. Campo elétrico e indução magnética ... 16

3.3.3.2. Ruído acústico ... 17

3.3.4. Travessias da linha ... 17

3.3.5. Balizagem aérea ... 20

3.3.5.1. Sinalização para aeronaves ... 20

3.3.5.2. Balizagem para a avifauna ... 21

3.3.6. Principais atividades por fase do projeto ... 21

3.3.6.1. Construção da linha ... 21

3.3.6.2. Exploração da linha ... 26

3.3.6.3. Desmontagem e desativação da linha... 27

3.4. Projetos complementares ou associados ... 29

4. Conformidade Ambiental do Projeto ... 30

4.1. Enquadramento ... 30

4.2. Análise de Condicionantes ... 30

4.2.1. Condicionante 1 ... 30

4.2.2. Condicionante 2 ... 31

4.2.3. Condicionante 3 ... 33

4.2.4. Condicionante 4 ... 36

4.2.5. Condicionante 5 ... 38

4.2.6. Condicionante 6 ... 40

4.2.7. Condicionante 7 ... 40

(5)

4.2.9. Condicionante 9 ... 43

4.2.10. Condicionante 10 ... 46

4.2.11. Condicionante 11 ... 46

4.2.12. Condicionante 12 ... 47

4.2.13. Condicionante 13 ... 57

5. Elementos a apresentar ... 69

5.1. Organização do capítulo ... 69

5.2. Elemento 1 ... 69

5.3. Elemento 2 ... 71

5.3.1. Estrutura do Elemento 2 ... 71

5.3.2. Enquadramento legal ... 72

5.3.3. Localização dos recetores sensíveis ... 74

5.3.4. Caracterização do ambiente sonoro de referência ... 79

5.3.5. Reavaliação dos impactes ao nível do ambiente sonoro ... 81

5.3.6. Avaliação de impactes cumulativos ... 84

5.3.7. Medidas de minimização ... 86

5.4. Elemento 3 ... 86

5.5. Elemento 4 ... 87

5.6. Elemento 5 ... 87

5.7. Elemento 6 ... 89

5.8. Elemento 7 ... 92

5.9. Elemento 8 ... 93

5.10. Elemento 9 ... 94

5.11. Elemento 10 ... 95

5.12. Elemento 11 ... 96

5.13. Elemento 12 ... 96

5.14. Elemento 13 ... 97

5.15. Elemento 14 ... 97

5.16. Elemento 16 ... 100

5.17. Elemento 17 ... 100

6. Medidas de Minimização ... 101

6.1. Organização do capítulo ... 101

6.2. Medidas aplicáveis à fase de desenvolvimento do projeto de execução ... 101

6.2.1. Medida 1 ... 101

6.2.2. Medida 2 ... 101

6.2.3. Medida 5 ... 101

6.2.4. Medida 6 ... 102

6.2.5. Medida 7 ... 102

6.2.6. Medida 8 ... 102

6.2.7. Medida 9 ... 103

6.2.8. Medida 10 ... 104

6.2.9. Medida 11 ... 109

6.2.10. Medida 12 ... 109

6.2.11. Medida 13 ... 115

6.2.12. Medida 14 ... 116

6.2.13. Medida 15 ... 116

(6)

6.2.15. Medida 17 ... 117

6.2.16. Medida 18 ... 118

6.2.17. Medida 19 ... 118

6.2.18. Medida 20 ... 118

6.2.19. Medida 21 ... 119

6.2.20. Medida 22 ... 119

6.2.21. Medida 23 ... 120

6.2.22. Medida 24 ... 120

6.2.23. Medida 25 ... 120

6.2.24. Medida 26 ... 121

6.2.25. Medida 27 ... 121

6.2.26. Medida 28 ... 122

6.2.27. Medida 29 ... 123

6.2.28. Medida 30 ... 123

6.2.29. Medida 31 ... 125

6.3. Medidas aplicáveis à fase de construção ... 125

6.4. Medidas aplicáveis à fase de exploração ... 125

7. Conclusões ... 126

8. Bibliografia ... 127

Tabelas Tabela 1.1 – Equipa Técnica responsável pelo RECAPE... 1

Tabela 3.1 – Distâncias de segurança a cabos ... 15

Tabela 3.2 – Composição de isoladores para os diferentes tipos de cadeias, em linhas de 400kV ... 16

Tabela 3.3 – Limite de Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos a 50 Hz ... 16

Tabela 3.4 – Travessias de estradas ... 17

Tabela 3.5 – Travessias de linhas de caminho de ferro ... 18

Tabela 3.6 – Travessias de cursos de água... 18

Tabela 3.7 – Travessias de gasodutos ... 19

Tabela 3.8 – Sinalização da linha para aeronaves – diurna ... 20

Tabela 4.1 – Diplomas legais de publicação dos PDM ... 32

Tabela 4.2 – Classes de espaço que apresentam incompatibilidades com o projeto ... 32

Tabela 4.3 – Classes de espaço que apresentam incompatibilidades com o projeto ... 33

Tabela 4.4 – Caracterização dos recetores sensíveis implantados até 50 m do eixo da linha. ... 37

Tabela 4.5 – Travessias de cursos de água... 40

Tabela 4.6 – Afastamento do projeto a Santo Egídio, Caminho de Santiago e aglomerados de Vilar do Monte ... 42

(7)

numa envolvente de 1 km ao traçado ... 44

Tabela 4.8 – Informação prestada pelas entidades responsáveis pelas infraestruturas, contactadas no âmbito do da elaboração do RECAPE ... 47

Tabela 4.9 – Rede rodoviária ... 49

Tabela 4.10 – Sobrepassagem das linhas ferroviárias ... 50

Tabela 4.11 – Cota dos apoios localizados na zona 11 da servidão do aeroporto Francisco Sá Carneiro ... 52

Tabela 4.12 – Medidas de minimização para as fases de construção e exploração referidas pela ANPC .... 58

Tabela 4.13 – Informação prestada pelas entidades licenciadoras de pedreiras, contactadas no âmbito do da elaboração do RECAPE ... 62

Tabela 4.14 – Medidas de minimização para a fase de projeto de execução referidas pela DRAP Norte .... 66

Tabela 4.15 – Medidas de minimização a ter em consideração na abertura de acessos referidas pela DRAP Norte ... 66

Tabela 4.16 – Caracterização das áreas agrícolas de regadio afetadas ... 67

Tabela 5.1 – Limites dos níveis sonoros enquadrados no Regulamento Geral do Ruído (RGR) ... 73

Tabela 5.2 – Limites de incomodidade enquadrados no Regulamento Geral do Ruído (RGR) ... 73

Tabela 5.3 – Identificação de recetores sensíveis na envolvente da Linha Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão, a 400 kV, até uma distância de 200 m do traçado ... 74

Tabela 5.4 – Identificação dos pontos de medição em correspondência com os recetores sensíveis ... 79

Tabela 5.5 – Caracterização dos pontos de medição e registo das avaliações sonoras ... 81

Tabela 5.6 – Estimativa dos níveis sonoros de referência emitidos por equipamentos de construção civil .. 82

Tabela 5.7 – Registos das avaliações sonoras ... 84

Tabela 5.8 – Identificação das fontes de ruído (impactes cumulativos) ... 85

Tabela 5.9 – Apoios localizados em áreas agrícolas ou próximos de áreas agrícolas ... 88

Tabela 5.10 – Edificado situado na proximidade do traçado ... 90

Tabela 5.11 – Sistematização das medidas de minimização previstas no RECAPE para a fase de construção ... 97

Tabela 6.1 – Enquadramento legal da delimitação das áreas de RAN nos concelhos atravessados pelo projeto de execução ... 105

Tabela 6.2 – Apoios implantados em áreas RAN ... 105

Tabela 6.3 – Enquadramento legal da delimitação das áreas REN nos concelhos atravessados pelo traçado em estudo ... 106

Tabela 6.4 – Apoios implantados em áreas REN ... 107

Tabela 6.5 - Correspondência das áreas de REN definidas pelo anterior e pelo novo Regime Jurídico ... 108

Tabela 6.6 – Síntese das ocorrências de interesse patrimonial inventariadas na pesquisa documental realizada no âmbito da elaboração do RECAPE ... 115

Tabela 6.7 – Síntese das ocorrências de interesse patrimonial inventariadas em trabalho de campo realizado no âmbito da elaboração do RECAPE ... 115

Tabela 6.8 – Localização de ocorrências inventariadas em fase de EIA e relação com o projeto ... 118

Tabela 6.9 – Localização de ocorrências inventariadas em fase de EIA e relação com o projeto ... 119

(8)

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Tabela 6.12 – Localização de ocorrências inventariadas em fase de EIA e relação com o projeto ... 120

Tabela 6.13 – Localização de ocorrências inventariadas em fase de EIA e relação com o projeto ... 121

Tabela 6.14 – Localização de ocorrências inventariadas em fase de EIA e relação com o projeto ... 122

Figuras Figura 3.1 – Enquadramento Administrativo do projeto ... 9

Figura 3.2 – Áreas sensíveis atravessadas pelo projeto ... 11

Figura 3.3 – Silhueta de um apoio da família DL (DLS) ... 14

Figura 4.1 – Implantação do traçado, nos vãos entre os apoios 77 e 79, face à localização de recetores sensíveis, assinaladas a vermelho (a azul o buffer de 50 m ao traçado e a preto o corredor aprovado na DIA) ... 38

Figura 4.2 – Localização do aglomerado de Gresufes e da Quinta de Santo Adrião ... 39

Figura 4.3 – Implantação do traçado relativamente às áreas de servidão do Aeroporto Sá de Carneiro (conforme delimitação constante na respetiva proposta de Plano Diretor) ... 51

Figura 4.4 – Implantação do traçado face às áreas de servidão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro ... 53

Figura 4.5 – Servidão do aeródromo de Vilar da Luz ... 55

Figura 4.6 – Figura 3 do Despacho n.º 5711/2014, de 30 de abril ... 61

Figura 6.1 – Recursos geológicos, minerais e energéticos existentes na envolvente ao traçado da linha .. 124

(9)

Peças Desenhadas

Nº de Ordem Designação

1 Implantação do projeto

2 Áreas florestais com elevado risco do incêndio ou com risco de erosão

3 Cartas de Ordenamento

4 Recetores sensíveis e pontos de medição de ruído

5 Fisiografia e hipsometria

6 Sensibilidade Visual e Paisagística

7 Localização de ocorrências patrimoniais

8 Condições de visibilidade

9 Compatibilização com as redes de infraestruturas e outros requisitos expressos nas Condicionantes n.º 12 e 13 da DIA (à escala 1:25 000)

10 Edificado e ocupação agrícola

11 Biótopos e habitats

12 Reserva Ecológica Nacional

13 Reserva Agrícola Nacional e capacidade do uso do solo elevada

14 Áreas de exclusão à implantação de estaleiros

(10)

Glossário de Termos

Termo Definição

AIA Avaliação de Impacte Ambiental AID Área de Incidência Direta

AII Área de Incidência Indireta ANA Aeroportos de Portugal, S.A.

ANACOM Autoridade Nacional de Telecomunicações ANPC Autoridade Nacional de Proteção Civil

APA Agência Portuguesa do Ambiente

ARH-N Administração de Região Hidrográfica do Norte CA Comissão de Avaliação

DIA Declaração de Impacte Ambiental DGPC Direção Geral do Património Cultural

DGT Direção Geral do Território

DRAP-N Direção Regional da Agricultura e das Pescas do Norte ERRAN-N Entidade Regional da Reserva Agrícola Nacional do Norte

EIA Estudo de Impacte Ambiental

ICNF Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.

IGESPAR Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, I.P. INAC Instituto Nacional da Aviação Civil

LMAT Linha de Muito Alta Tensão

LPT.VNF Linha Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão, a 400 kV LRR.VNF Linha Recarei – Vila Nova de Famalicão, a 400 kV

LVM.VNF Linha Vermoim – Vila Nova de Famalicão, a 400 kV PAA Plano de Acompanhamento Ambiental

PDM Plano Diretor Municipal

PEA Plano de Emergência Ambiental

PGCEE Plano de Gestão para o Controlo das Espécies Vegetais Exóticas e Invasoras PMDFCI Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios

PPGRCD Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição RAN Reserva Agrícola Nacional

RCD Resíduos de Construção e Demolição

RECAPE Relatório de Conformidade do Projeto de Execução REN Reserva Ecológica Nacional

REN, SA Rede Eléctrica Nacional, S.A. RNT Rede Nacional de Transporte

(11)

Termo Definição SPTL Subestação de Ponte de Lima

SVNF Subestação de Vila Nova de Famalicão

(12)

1. Introdução

1.1. Identificação do projeto e do proponente

O presente documento corresponde ao Relatório Técnico do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) da linha Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão, a 400 kV (LPTL.VNF), nos troços T4, T5 e T16.

Este projeto decorre do Estudo Prévio do Eixo da RNT entre “Vila do Conde”, “Vila Fria B” e a Rede Elétrica de Espanha, a 400 kV, para o qual foi emitida uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA), processo de AIA n.º 2687, a 22 de janeiro de 2015, favorável aos troços 4, 5, 9, 10A, 11, 12B, 13, 15 e 16 para a implantação da linha elétrica, e à localização A para a subestação de “Vila Fria B”, atualmente designada por Ponte de Lima, condicionada a um conjunto de medidas e estudos complementares.

Conforme detalhadamente descrito no Capítulo 2, o presente RECAPE abrange os troços T4, T5 e T16. No decorrer do desenvolvimento do PE verificou-se que a implantação do primeiro apoio do troço T16 estava condicionado pela localização do apoio imediatamente anterior, a localizar no troço T9. Pelo efeito, foi necessário inclui no projeto e no RECAPE esse apoio de transição.

A realização deste projeto é da responsabilidade da REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. que, para efeitos do presente RECAPE, assume o papel de “Proponente”.

O projeto técnico é da responsabilidade da REN - Rede Eléctrica Nacional, S.A.. O adjudicatário do projeto é a ECOREDE – Silvicultura e Exploração Florestal, S.A. que adjudicou à ATKINS (Portugal), atual ATLAS KOECHLIN, o respetivo RECAPE.

1.2. Identificação dos responsáveis pelo RECAPE

O presente RECAPE foi elaborado pela ATLAS KOECHLIN, no período entre março e setembro de 2015. Na Tabela 1.1 apresenta-se a equipa técnica responsável pelo RECAPE.

Tabela 1.1 – Equipa Técnica responsável pelo RECAPE

Área de Responsabilidade Equipa Habilitação Académica

Coordenação Geral Organização da equipa e revisão

técnica do RECAPE Descritor ambiente sonoro

Cristina Reis Eng.ª do Ambiente

Edição Técnica do RECAPE

Articulação com o projeto Rita Novais Eng.ª do Ambiente

Análise da DIA Descrição de Projeto Resumo Não Técnico

Raquel Lopes Eng.ª do Ambiente

Ordenamento do território Marlene Francisco Geógrafa

Plano de Acessos

António Oliveira Andreia Rocha

Rui Vieira

Eng. do Ambiente Eng.ª do Ambiente Técnico de segurança e

ambiente Plano de Acompanhamento Ambiental

e Plano de Emergência Ambiental

Andreia Rocha António Oliveira

Eng.ª do Ambiente Eng. do Ambiente

(13)

Área de Responsabilidade Equipa Habilitação Académica Património Alexandre Canha, Vítor Dias, Fernando

Robles e André Pereira (Zephyros) Arqueólogos Ecologia Tiago Neves, Margarida Silva, Sónia Roxo

e Teresa Marques (Bio3) Biólogos

Cartografia e SIG Hugo Faria Desenhador (AutoCad e

ArcView)

1.3. Objetivos, estrutura e conteúdo do RECAPE

De acordo com o Regime Geral de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), constante do Decreto-Lei º 151- B/2013, de 31 de outubro, sempre que um projeto seja submetido ao processo de AIA na fase de Estudo Prévio ou Anteprojeto, como é o presente caso, o Proponente deverá apresentar o correspondente Projeto de Execução à entidade licenciadora ou competente para autorização, acompanhado de um Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) com a respetiva Declaração de Impacte Ambiental (DIA).

O principal objetivo do RECAPE será, assim, dar cumprimento ao estabelecido no n.º 1 do art.º 20 do Decreto- Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, ou seja, verificar se o Projeto de Execução das linhas elétricas obedece aos critérios e condições estabelecidos na DIA.

Neste contexto, o RECAPE procede à avaliação de conformidade do Projeto de Execução das linhas elétricas, com a respetiva DIA, explicitando as formas de cumprimento das condicionantes e medidas que são listadas em Anexo à DIA. O RECAPE constitui assim, um documento que descreve e demonstra o cabal cumprimento das condições impostas na DIA.

Metodologicamente, o RECAPE seguiu as seguintes fases de análise:

I. Análise da Declaração de Impacte Ambiental, do Parecer da Comissão de Avaliação e do Relatório de Consulta Pública;

II. Análise das medidas de minimização apresentadas no EIA;

III. Análise do Projeto de Execução da linha e das suas características técnicas; IV. Avaliação do projeto à luz das Condicionantes identificadas na DIA;

V. Definição das medidas de minimização a implementar em fase de obra, de acordo com as solicitações da DIA;

VI. Elaboração dos documentos que compõem o RECAPE.

A organização e conteúdo do RECAPE foram definidos de acordo com as disposições do Anexo IV da Portaria n.º 330/2001, de 2 de abril, da DIA e do Parecer da Comissão de Avaliação, sendo constituído, na sua totalidade, por 6 volumes:

Volume 1 – Resumo Não Técnico – síntese do RECAPE, destinado à divulgação pública;

Volume 2 – Relatório Técnico – o presente documento;

Volume 3 – Plano de Acessos;

Volume 4 – Plano de Acompanhamento Ambiental (PAA);

Volume 5 – Planos de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPGRCD);

Volume 6 – Plano de Emergência Ambiental.

(14)

No Capítulo 1 são apresentados o projeto e o proponente, a equipa responsável pelo RECAPE, a estrutura e conteúdo deste documento e a sua organização.

No Capítulo 2 procede-se à descrição dos antecedentes do procedimento de AIA, enquanto no Capítulo 3 é feita uma descrição genérica do Projeto de Execução da linha.

Nos Capítulos 4 a 9 procede-se à avaliação da Conformidade Ambiental do projeto, de acordo com a seguinte organização:

 No Capítulo 4 é avaliada a Conformidade do Projeto com as Condicionantes da DIA;

 No Capítulo 5 constam os Elementos a apresentar em sede de RECAPE;

 No Capítulo 6 é demonstrado o cumprimento das medidas de minimização listadas na DIA, sendo ainda apresentadas as novas medidas que resultaram da avaliação ambiental feita em fase de RECAPE;

 No Capítulo 7 são apresentadas as Conclusões do RECAPE;

 E, finalmente, no Capítulo 8, são apresentadas as Referências Bibliográficas do estudo realizado.

(15)

2. Antecedentes do processo de AIA

O Estudo Prévio do Eixo da RNT entre “Vila do Conde”, “Vila Fria B” e a Rede Elétrica de Espanha, a 400 kV, foi alvo de um Estudo de Impacte Ambiental (EIA), realizado pela ATKINS Portugal, atual ATLAS KOECHLIN, entre dezembro de 2010 e maio de 2013. A versão final do EIA produzido contemplou a delimitação e avaliação de diversos troços, alguns alternativos entre si, para a implantação da linha elétrica, tendo sido proposta uma solução de corredor preferencial para o desenvolvimento da linha. Este EIA foi enviado a 1 de agosto de 2013 pela DGEG, na qualidade de entidade licenciadora, à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para efeitos de procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), nos termos do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de novembro. O procedimento de avaliação de impacte ambiental seguiu o seguinte faseamento metodológico:

1) Constituição da Comissão de Avaliação (CA)

No âmbito do procedimento de AIA, foi nomeada pela APA, na qualidade de Autoridade de AIA, uma Comissão de Avaliação (CA), constituída por representantes da APA, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, I.P. (ICNF, I.P.), Direção Geral do Património Cultural (DGPC), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR Norte), Instituto de Agronomia/ Centro de Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves (ISA/CEABN), Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P. (LNEG, I.P.).

2) Análise da conformidade do EIA

No decurso da análise de conformidade do EIA, a CA considerou necessário solicitar a apresentação de elementos adicionais ao estudo apresentado, ao abrigo do n.º 5 do artigo 13º do Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de novembro, nas seguintes áreas:

o Fatores ambientais – situação de referência, avaliação de impactes, medidas de minimização (geomorfologia, geologia e sismicidade, recursos hídricos e qualidade da água, ecologia, ambiente sonoro, uso do solo e ordenamento do território, socio- economia, paisagem, património);

o Comparação de alternativas; o Conclusões;

o Reformulação do Resumo Não Técnico.

O prazo do procedimento de AIA foi interrompido até à entrega da totalidade dos elementos adicionais solicitados, o que ocorreu a 7 de novembro de 2013.

3) Emissão da Declaração de Conformidade do EIA

Após a análise dos elementos adicionais anteriormente apresentados, a CA considerou que a informação contida nos documentos dava resposta às questões colocadas, pelo que foi declarada a conformidade do EIA a 25 de novembro de 2013.

4) Solicitação de esclarecimentos e elementos adicionais

No âmbito da avaliação, foram, ainda, solicitados esclarecimentos e elementos adicionais relativos aos fatores ambientais Ecologia, Ambiente Sonoro e Paisagem, os quais foram respondidos através do documento “2.º Aditamento”, datado de dezembro de 2013. Foi ainda solicitada informação complementar relativamente aos fatores ambientais Ordenamento do Território e Paisagem, os quais foram respondidos através do documento “Resposta ao 2.º pedido de elementos complementares”, em fevereiro de 2014.

(16)

5) Solicitação de pareceres específicos a entidades externas à CA, com relevância para o projeto Foram solicitados pareceres à Direção Regional de Cultura do Norte (DRC Norte), Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Direção-Geral do Território (DGT), ANA – Aeroportos de Portugal, SA, Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAP Norte), Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), Direção Regional de Economia do Norte (DRE Norte), EDP – Renováveis; EDP – Distribuição, REN Gasodutos, EP – Estradas de Portugal, Rede Ferroviária Nacional (REFER), Estado-Maior General das Forças Armadas (EMFAérea), Ministério da Defesa Nacional – Direção Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa (MDN/DGAID), Direção-Geral de Saúde (DGS).

6) Consulta Pública

O processo de consulta pública decorreu, inicialmente, durante um período de 40 dias úteis, entre 16 de dezembro de 2013 e 13 de fevereiro de 2014, tendo sido, posteriormente, prorrogado por mais 10 dias úteis, ou seja, até 27 de fevereiro de 2014. No contexto da consulta pública, foram recebidos 178 pareceres de entidades, entre as quais representantes da Administração Local, Partidos Políticos, entidades públicas e privadas, associações e outros movimentos da sociedade civil, cidadãos a título individual e empresas locais.

7) Articulação com o Reino de Espanha

Tratando-se de um projeto que envolve uma interligação com a Rede Elétrica de Espanha (REE), foram desenvolvidas as devidas diligências para a consulta do Reino de Espanha sobre o respetivo interesse em participar no procedimento de avaliação de impacte ambiental português, nos termos do previsto no “Protocolo de atuação entre o Governo da República Portuguesa e o Governo do Reino de Espanha sobre a aplicação às avaliações ambientais de planos, programas e projetos com efeitos transfronteiriços”. Esta consulta ficou sem efeito, a partir de agosto de 2014, atendendo a que a REN, S.A. solicitou nesta data à APA a retirada da linha entre a subestação de “Vila Fria B” e a rede elétrica de Espanha do procedimento de AIA em curso.

8) Visita ao local de implantação do projeto

9) Análise técnica do EIA, do Aditamento ao EIA e dos Elementos Complementares Esta análise incluiu:

o a seleção dos fatores ambientais tendo em consideração as características do projeto e da área de implantação para cada um dos corredores em avaliação;

o a integração das diferentes análises setoriais e especificas, dos resultados da Consulta Pública e dos contributos das entidades externas consultadas;

o a proposta de decisão sobre a alternativa considerada ambientalmente menos desfavorável. 10) Emissão do Parecer Final da CA

11) Emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA)

A 22 de janeiro de 2015 foi emitida uma DIA favorável à implantação da linha no corredor formado pelos troços T4, T5, T9, T10A, T11, T12B, T13, T15 e T16 avaliados no EIA, mas condicionada a um conjunto de disposições a assegurar em fase de RECAPE:

o ao desenvolvimento do projeto de execução em cumprimento das condicionantes listadas na DIA e à sua demonstração em sede de RECAPE;

o à apresentação de informação adicional, designada por “Elementos a apresentar em sede de RECAPE”

o à concretização no RECAPE de outras condições para licenciamento ou autorização do projeto, nomeadamente, das medidas de minimização e planos de monitorização descritos na DIA.

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No Anexo A apresenta-se a DIA emitida.

Na sequência da emissão da DIA, foi desenvolvido o projeto de execução da linha elétrica no interior do corredor aprovado, no estrito cumprimento das condicionantes e demais medidas estabelecidas na DIA, tendo sido elaborado um RECAPE que continha a respetiva demonstração.

O projeto da linha Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão a 400 kV e respetivo RECAPE foram remetidos para licenciamento e pós-Avaliação em 29 de abril de 2015. Entretanto a CM de Barcelos tomou a iniciativa junto da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) de chamar a atenção para a revisão em curso do PDM no âmbito do qual o corredor aprovado colocava fortes condicionalismos os quais poderiam ser mitigados através de outro corredor alternativo.

A fim de avaliar essa possibilidade a REN, SA solicitou a suspensão da Avaliação do RECAPE e participou numa reunião no dia 18 de junho de 2015 na SEA com a presença da APA e da CM de Barcelos, na qual se tomaram as seguintes decisões:

a) Reformulação do RECAPE, no âmbito do procedimento de AIA n.º 2687, correspondente aos troços T4, T5 e T16 do corredor aprovado, pela DIA;

b) Um novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) relativo à zona intermédia do traçado, que tenha em conta a opção anteriormente submetida no âmbito do procedimento de AIA n.º 2687 e a sugestão apresentada pela CM de Barcelos. Este EIA seria apresentado com o projeto em fase de projeto de execução em todas as alternativas que venham a ser submetidas.

No Anexo A junta-se cópia do fax da REN - ref.ª REN – 6101/2015 para a APA onde foi solicitada a retirada do RECAPE em avaliação e a indicação da metodologia acordada que vai ser adotada para seguimento do processo, bem como ainda a correspondente resposta da APA – ref.ª S037037-201507-DAIA.DAP, clarificando que o RECAPE a desenvolver deverá abranger os troços T4, T5 e T16.

O presente documento constitui o RECAPE do projeto de execução da linha Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão a 400 kV, respeitante aos troços T4, T5 e T16 da DIA relativa ao Procedimento de AIA nº2687, como definido acima em a).

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3. Descrição do projeto

3.1. Objetivos do projeto

O projeto em avaliação refere-se à linha dupla Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão (LPTL.VNF), a 400 kV, entre os apoios 1 e 18 e os apoios 66 e 98/107. Numa primeira fase, a LPTL.VNF, a 400 kV será equipada apenas com um terno, pelo que será licenciada como linha simples.

O projeto em avaliação, incluído no PDIRT 2014-2023, faz parte de um novo eixo da RNT a concretizar no Minho com início na zona do Porto (Alfena/Sobrado) e inclui uma nova interligação com a Rede Elétrica de Espanha. O referido eixo da RNT inclui assim:

 Duas novas subestações, respetivamente de Vila Nova de Famalicão e de Ponte de Lima;

 Três linhas aéreas a saber: Linha Recarei-Vila Nova de Famalicão/Vermoim-Vila Nova de Famalicão (troço comum) a 400 kV; Linha Ponte de Lima - Espanha a 400 kV e linha Ponte de Lima - Vila Nova de Famalicão a 400 kV que corresponde ao presente projeto.

O desenvolvimento da RNT no Minho entre a zona do grande Porto e a Galiza vai potenciar a sua aproximação a centros de consumos importantes como a área de Vila do Conde/Póvoa de Varzim/Vila Nova de Famalicão e a zona ao longo do rio Minho, além de ser essencial para atingir a meta de 3.000 MW de capacidade de interligação no âmbito do MIBEL- Mercado Ibérico de Eletricidade.

O reforço de abastecimento à Rede Nacional de Distribuição (RND) é outro objetivo fundamental englobando a abertura da nova subestação de Vila Nova de Famalicão (SVNF) e a extensão dos 400 kV à zona de Viana do Castelo, mediante a construção da nova subestação de Ponte de Lima.

Por outro lado a criação deste novo eixo a 400 kV entre o Minho e a Galiza irá proporcionar um aumento do valor das capacidades de trocas, em ambos os sentidos. Atualmente, o grande fluxo de entrada permanente de energia na atual única linha de 400 kV transfronteiriça desta área, a linha dupla Alto Lindoso – Cartelle (Galiza), é por vezes responsável por limitações de importação face ao disparo simultâneo dos dois circuitos daquela linha, não apenas por sobrecargas induzidas noutras linhas da REN, S.A., como também pelos desvios angulares entre os barramentos de fronteira que se verificam no caso do seu disparo e que condicionam a sua interligação e, por conseguinte, limitam o aumento dos níveis de capacidade de interligação.

A concretização do projeto da LPTL.VNF, a 400 kV visa cumprir os objetivos específicos seguintes:

 Reforçar o abastecimento à Rede Nacional de Distribuição (RND) dos concelhos que atravessa não só em termos de aumento da capacidade de transporte como também em termos de qualidade de serviço;

 Criar alternativas de escoamento da produção adicional de energia de origem hidroelétrica da bacia do Cávado (Salamonde II com 207 MW e Venda Nova III com 736 MW) da EDP – Produção e cuja construção está a terminar, em particular para a zona do Grande Porto e do Distrito de Aveiro;

 Criar condições para construir uma nova Interligação com a Rede Elétrica de Espanha na zona do Minho contribuindo assim para o reforço do MIBEL - Mercado Ibérico de Eletricidade.

Refira-se ainda que o projeto da LPTL.VNF, a 400 kV tem o estatuto especial de PIC – Projeto de Interesse Comunitário, conforme consta do Regulamento Delegado (EU) n.º 1391/2013 (PIC nr. 2.17).

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3.2. Localização do projeto

3.2.1. Enquadramento administrativo

De acordo com as divisões territoriais de Portugal, o traçado atravessa, segundo a divisão administrativa em NUTS IIa, a região Norte, e em NUTS III, as sub-regiões do Grande Porto, Ave, Cávado e Minho-Lima. O traçado atravessa os distritos de Viana do Castelo, Porto e Braga, nos concelhos de Ponte de Lima (Freguesia de Ardegão, Freixo e Mato; Navió e Vitorino de Piães; Poiares), Barcelos (Cossourado; Panque; Aborim; Paradela; União das freguesias de Chorente, Góis, Courel, Pedra Furada e Gueral; Rates; Macieira de Rates; União das freguesias de Negreiros e Chavão; Balazar; União das freguesias de Gondifelos Cavalões e Outiz; Fradelos; União das freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada), Póvoa de Varzim (Rates e Balazar), Vila Nova de Famalicão (União das freguesias de Gondifelos, Cavalões e Outiz; Fradelos) e Vila do Conde (União das freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada).

Na Figura 3.1 pode observar-se o enquadramento administrativo do projeto.

a NUT é a sigla utilizada oficialmente para designar a Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, criada pelo INE (Instituto Nacional de Estatística). De acordo com esta Nomenclatura, o território foi dividido em Continente, NUTS II e NUTS III, sendo que as NUTS II correspondem às Regiões e as NUTS III às Sub-Regiões. O nível abaixo é constituído pelos Concelhos.

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Figura 3.1 – Enquadramento Administrativo do projeto

3.2.2. Áreas sensíveis

Consideram-se como áreas sensíveis, de acordo com o estabelecido nos termos da alínea a) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 31 de outubro, as seguintes áreas:

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i) as Áreas Protegidas, classificadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho; ii) os Sítios da Rede Natura 2000, definidos nos termos do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de abril,

com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 49/2005, de 24 de fevereiro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 156-A/2013, de 8 de novembro, diploma que revê a transposição para a ordem jurídica interna da Diretiva n.º 79/409/CEE, do Conselho, de 2 de abril (relativa à conservação das aves selvagens), e da Diretiva n.º 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de maio (relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens); e

iii) as zonas de proteção dos bens imóveis classificados ou em vias de classificação, definidas na Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, que estabelece as bases da política e do regime de proteção e valorização do património cultural.

O diploma que constitui a Rede Nacional de Áreas Protegidas, Decreto-Lei n.º 142/2008, de 24 de julho, consagra cinco figuras de proteção: Parque Nacional, Parque Natural, Reserva Natural, Paisagem Protegida e Monumento Natural, podendo ainda ser classificadas áreas protegidas de estatuto privado, designadas áreas protegidas privadas.

A Rede Natura 2000 é definida como uma rede ecológica de âmbito europeu que compreende as áreas classificadas como ZEC – Zona Especial de Conservação (de habitats) e as áreas classificadas como ZPE – Zona de Proteção Especial (da avifauna). A Resolução do Conselho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de julho aprovou o Plano Setorial da Rede Natura 2000 relativo ao território continental.

Na Figura 3.2 apresentam-se as áreas sensíveis atravessadas pelo projeto.

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Figura 3.2 – Áreas sensíveis atravessadas pelo projeto

Tal como se pode verificar por análise da figura anterior, o traçado em avaliação aproxima-se de uma zona de proteção de bens imóveis classificados ou em vias de classificação, encontrando-se a média distância de outras 4 zonas de proteção de bens imóveis, contudo os imóveis em referência nunca serão atravessados pelo traçado da linha:

 Castelo de Curutelo, também conhecido como Paço de Curutelo, situado no concelho de Ponte de Lima e cuja Zona Geral de Proteção (ZGP) encontra-se a cerca de 375 m do traçado e a 385 m do apoio mais próximo (P8). Este monumento terá sido construído na primeira metade do século XVI e

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associa os traços da arquitetura renascentista com as torres de menagem da Idade Média. Encontra- se classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977;

 Castro de Carapeços, também conhecido como Castro de Monte Crasto ou Castro da Picarreira, situado no concelho de Barcelos e cuja Zona Especial de Proteção (ZEP) encontra-se a cerca de 3160 m do traçado e do apoio mais próximo (P18). Este sítio corresponde a um povoado de cronologia romana que se apresenta fortificado por duas linhas de muralhas, fazendo ainda parte do sistema defensivo dois fossos. Encontra-se Em Vias de Classificação (Homologado como IIP) pelo Despacho de homologação de 15-02-1984 com base no Parecer da Comissão Nacional Provisória de Arqueologia a propor a classificação como IIP dos Serviços Regionais de Arqueologia da Zona Norte. A Zona Especial de Proteção é definida pelo Anúncio n.º 39/2013, DR, 2.ª série, n.º 20, de 29-01- 2013, com Parecer favorável de 7-11-2011 da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura, com origem na proposta de 12-09-2011 da DRC Norte;

 Ruínas do Castelo de Faria e estação arqueológica subjacente, situada no concelho de Barcelos e cuja ZGP encontra-se a cerca de 4,7 km do traçado e apoio mais próximo (P66). Este sítio corresponde a um castelo que originalmente corresponde aos séculos IX-X, embora a primeira referência escrita seja de 1099, tendo subsistido pelo menos até ao século XIV. Encontra-se classificado como Monumento Nacional (MN) pelo Decreto n.º 40 684, DG, I Série, n.º 146, de 13-07- 1956;

 Igreja e Convento da Franqueira também denominados de Convento do Bom Jesus da Franqueira ou Convento dos Frades, situados no concelho de Barcelos e cuja ZGP encontra-se a cerca de 5,1 km do traçado e apoio mais próximo (P66). Este monumento encontra-se Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura) pelo Anúncio n.º 94/2014, DR, 2.ª série, n.º 76, de 17-04-2014 e que tem origem no Despacho de 5-12-2013 da diretora-geral da DGPC a determinar a abertura do procedimento da classificação pela proposta de abertura de 2-12-2013 da DRC Norte;

 Ermida ou Igreja de Nossa Senhora da Franqueira, situada no concelho de Barcelos e cuja ZGP encontra-se a cerca de 4,8 km do traçado e apoio mais próximo (P66). Este monumento corresponde a um pequeno templo dedicado a Nossa Senhora da Franqueira cuja arquitetura remete para uma cronologia em torno do século XV. Este monumento encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Publico (IIP) pelo Decreto n.º 42 692, DG, I Série, n.º 276, de 30-11-1959.

Na envolvente do projeto, registam-se ainda as seguintes áreas sensíveis:

 Sítio de Interesse Comunitário (SIC) Rio Lima (PTCON0020), criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 142/97, de 28 de agosto, que se implanta a oeste do traçado da linha, a cerca de 8 km;

 Sítio de Interesse Comunitário (SIC) Litoral Norte (PTCON0017), criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/00, de 5 de julho, que se implanta a noroeste do traçado da linha, a cerca de 8,7 km;

 Parque Natural do Litoral Norte, criado pelo Decreto Regulamentar nº 6/2005, de 21 de julho, que se implanta a oeste do traçado da linha, a cerca de 7,4 km.

(24)

3.3. Características estruturais e funcionais do projeto

3.3.1. Características técnicas do projeto

Os elementos a seguir apresentados foram extraídos da Memória Descritiva do Projeto de Execução da Linha Ponte de Lima – Vila Nova de Famalicão (LPTL.VNF), a 400 kV, entre os apoios 1 e 18 e os apoios 66 e 98/107, que irá ser integrada na RNT.

Conforme referido no capítulo 1.1, no decorrer do desenvolvimento do PE verificou-se que a implantação do primeiro apoio do troço T16 (P67) estava condicionado pela localização do apoio imediatamente anterior, a localizar no troço T9. Pelo efeito, foi necessário inclui no projeto e no RECAPE esse apoio de transição, que, no presente projeto, se encontra designado como apoio P66.

A LPTL.VNF em projeto consiste numa linha dupla que será equipada, numa primeira fase, apenas com um terno. O projeto foi objeto de Avaliação de Impacte Ambiental e emissão de Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada.

Em termos gerais, a linha integrada no projeto a que se refere o presente RECAPE é constituída por elementos estruturais e equipamento normalmente usados em linhas do escalão de tensão de 400 kV, nomeadamente:

 Apoios reticulados em aço da família “DL”;

 Fundações dos apoios constituídas por quatro maciços independentes formados por uma sapata em degraus e uma chaminé prismática;

 Dois cabos condutores por fase, em alumínio-aço, do tipo ACSR 595 (ZAMBEZE);

 Dois cabos de guarda, um convencional, em alumínio-aço, do tipo ACSR 153 (DORKING) e outro, do tipo OPGW, possuindo características mecânicas e elétricas idênticas ao primeiro;

 Isoladores de vidro temperado do tipo U160BS;

 Cadeias de isoladores e acessórios adequados ao escalão de corrente de defeito máxima de 50 kA;

 Circuitos de terra dos apoios dimensionados de acordo com as características dos locais de implantação.

Nos pontos seguintes apresenta-se uma breve descrição das principais características técnicas do projeto. 3.3.2. Equipamento

3.3.2.1. Apoios

O projeto em análise prevê a construção de 21,9 km de linha dupla com 50 novos apoios. Note-se que o projeto contempla 51 apoios, dos quais 1 deles (P98/107) comum com a Linha Recarei – Vila Nova de Famalicão (LRR.VNF), tendo sido licenciado neste âmbito. As principais características dos apoios são apresentadas no Anexo B.1.

A totalidade dos apoios a construir no projeto pertence à família DL, encontrando estes apoios e respetivas fundações licenciados como elementos-tipo das linhas da RNT. Seguidamente referem-se as características gerais dos apoios:

 Os apoios são constituídos por estruturas metálicas treliçadas convencionais, constituídas por perfis L de abas iguais ligados entre si diretamente ou através de chapas de ligação e parafusos;

 Nos apoios da família DL a altura mínima ao solo, da consola inferior, é de 24,00 m e a altura máxima, ao mesmo nível, é de 52,00 m. A altura máxima total é de 74,60 m. A envergadura máxima entre consolas é de 17,00 m;

(25)

Na Figura 3.3 apresenta-se um exemplo de silhueta dos apoios da família DL, a qual se encontra no Anexo B.2.

Figura 3.3 – Silhueta de um apoio da família DL (DLS)

3.3.2.2. Cabos

Os cabos a instalar apresentam as seguintes características:

 Cabos condutores – ACSR 595 (ZAMBEZE);

 Cabos de guarda – ACSR 153 (DORKING) e OPGW.

As características mecânicas e elétricas dos cabos estão indicadas no Projeto de Execução, as condições gerais de utilização são as habitualmente adotadas pela REN, SA neste tipo de cabos. Um dos cabos instalados na posição de cabo de guarda será de facto um cabo tipo OPGW (optical ground wire), o qual possui no seu interior fibras óticas destinadas às funções de telemedida e telecontrolo bem como de telecomunicações em geral.

No que se refere a Distâncias de Segurança associadas a cabos, observa-se o disposto no RSLEAT (Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de fevereiro). Estas distâncias referem-se a obstáculos a sobrepassar (solo, árvores, edifícios, estradas, entre outros.), sendo o seu cumprimento verificado para a situação de flecha máxima, ou seja, uma temperatura dos condutores de 85ºC e ausência de vento.

Neste Projeto, adotaram-se os critérios definidos pela REN, S.A. os quais estão acima dos mínimos regulamentares, criando-se assim uma servidão menos condicionada e aumentando-se o nível de segurança geral. Na tabela seguinte mostram-se os valores adotados.

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Tabela 3.1 – Distâncias de segurança a cabos

Tipo de obstáculos

Escalão de tensão de 400 kV

Valores a adotar [m] Mínimos (RSLEAT) [m]

Solo 14,0 8,0

Árvores 8,0 5,0

Edifícios 8,0 6,0

Estradas 16,0 10,3

Distância a vias-férreas eletrificadas 16,0* 16,0*

Distância a vias-férreas não eletrificadas 15,0 10,3

Outras linhas aéreas 7,0* 6,5*

Obstáculos diversos 7,0 5,0

Nota: * considerando o ponto de cruzamento a 200 m do apoio mais próximo

O arvoredo a sobrepassar é representado no perfil da linha (desenho LD032333 fls. 1 a 3 do projeto de execução), pela altura máxima das árvores da mancha respetiva.

3.3.2.3. Acessórios dos Cabos Condutores e de Guarda

Os acessórios de fixação (pinças de amarração e de suspensão) e os de reparação (uniões e mangas de reparação) estão dimensionados para as ações mecânicas transmitidas pelos cabos e para os efeitos térmicos resultantes do escalão de corrente de defeito máxima de 50,0 kA.

3.3.2.4. Amortecedores de Vibrações

Consideram-se aqui os problemas de fadiga causada por vibrações eólicas sobre os fios dos cabos, uma vez que este problema não se coloca em relação aos apoios (estes têm uma frequência própria de vibração muito baixa). Apesar das conhecidas características redutoras de danos de fadiga nos cabos condutores associadas ao uso de pinças de suspensão AGS, tanto estes como os cabos de guarda estão sujeitos a regimes de vibrações eólicas, que exigem a adoção de sistemas especiais de amortecimento das mesmas.

O critério de colocação de amortecedores será determinado após a regulação dos cabos, elaborado com base em estudos específicos a realizar pelo fornecedor deste tipo de equipamento. No entanto para efeitos de estimativa de quantidades de amortecedores apresentado no Anexo B.3 – Elementos Gerais da Linha, considerou-se a utilização de um amortecedor por vão. No OPGW o critério utilizado é o do fabricante. 3.3.2.5. Cadeias de Isoladores

Serão utilizados isoladores em vidro temperado do tipo “U160BS”. Estes isoladores estão bem adaptados às zonas de poluição média, que caracterizam em geral o traçado da linha em análise. A relação entre a linha de fuga das cadeias para 400 kV, a tensão mais elevada de funcionamento da linha (420 kV) conduz a um valor de 20,81 mm/kV. Os valores obtidos são considerados bastante satisfatórios em face dos níveis de poluição das zonas atravessadas pela linha.

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Os acessórios que equipam as cadeias de isoladores dos condutores e que constituem os conjuntos de fixação dos cabos de guarda são conforme o especificado pela REN, SA, adequados ao tipo de linha em causa.

Tabela 3.2 – Composição de isoladores para os diferentes tipos de cadeias, em linhas de 400kV

Função da Cadeia Isoladores Tipo e Quantidade Isolador Cadeias de amarração dupla

(pórticos das subestações) 2 x 23 U160BS Cadeias de amarração dupla 2 x 23 U160BS Cadeias de suspensão dupla 2 x 23 U160BS

3.3.3. Cálculos relativamente ao funcionamento da linha com interesse em termos ambientais

3.3.3.1. Campo elétrico e indução magnética

A Portaria n.º 1421/2004, de 23 de novembro, define as restrições básicas e fixa os níveis de referência relativos à exposição da população a campos eletromagnéticos (0 a 300GHz). Esta portaria adota a recomendação do Conselho da União Europeia, sobre os limites de exposição do público em geral aos campos eletromagnéticos. (“Recomendação do Conselho de 12 de julho de 1999 relativa à limitação da exposição da população aos campos eletromagnéticos (0 a 300GHz)).

Apresentam-se no quadro seguinte os valores limites de exposição do público, para os campos elétrico e magnético à frequência de 50 Hz.

Tabela 3.3 – Limite de Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos a 50 Hz Características de Exposição Campo Elétrico

[kV/m] (RMS)

Campo de Indução Magnética [μT] (RMS)b

Público Permanente 5 100

Nos Anexos B.4 e B.5 apresenta-se o cálculo do valor do campo elétrico máximo entre 0 e 40 metros do eixo da linha, bem como do campo magnético máximo, respetivamente. Ambos os valores obtidos encontram-se abaixo dos níveis de referência indicados pela Portaria n.º 1421/2004, de 23 de novembro.

O cálculo dos campos elétricos efetua-se a partir do conhecimento das cargas elétricas em cada um dos cabos da linha. No presente caso considerou-se uma linha dupla de 400 kV com dois condutores por fase e dois cabos de guarda para os apoios do tipo “DL”.

Os valores que se obtiveram correspondem portanto a valores máximos absolutos do campo elétrico, nos planos horizontais em que foram calculados e que correspondem, sensivelmente ao nível do solo e ao nível da cabeça de um homem (1,80 m do solo).

O cálculo do campo elétrico crítico e perdas por efeito coroa foi feito com base nas características geométricas dos apoios utilizados na linha e considerada a distância média dos cabos ao solo, 25,35 metros respetivamente. O campo elétrico crítico é definido como o limiar do valor de campo elétrico a partir do qual

b 1 mT = 1000 μT

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o efeito coroa surge. O valor deste limiar depende da geometria dos condutores e de parâmetros atmosféricos que afetam as condições de ionização do ar.

Os resultados obtidos confirmam o cumprimento integral dos valores limite estipulados por lei (inferiores aos limites definidos), uma vez que, segundo os cálculos realizados, o campo elétrico máximo varia entre 1,58 kV/m ao nível do solo e 1,59 kV/m a 1,8 m do solo (campo elétrico máximo a cerca de 6 m do eixo da linha). No que se refere ao valor máximo do Campo de Indução Magnética, o valor máximo a 1,8 m do solo é de 6,114 T/kA. Quanto aos valores da indução magnética, verifica-se que estes decaem rapidamente e que a 30 m do eixo da linha não excedem 2,427 T/kA.

Com o objetivo de avaliar o eventual impacte dos campos eletromagnéticos produzidos pela linha no público e a sua conformidade com os valores limites de exposição à população constantes na legislação portuguesa e que correspondem aos propostos pela Organização Mundial de Saúde, foi identificada no projeto a situação de maior proximidade da linha a habitações, efetuados os respetivos cálculos do campo elétrico e magnético para essa situação e solicitado o parecer à DGS como autoridade da saúde em Portugal através da carta (RS001341-2015,de 29 de abril de 2015), tendo a mesma respondido (Ref.DGS/DSAO/005888/12/06/15, Proc. 4886-A) que os níveis previstos se encontram conformes com a legislação. Os respetivos ofícios apresentam-se no Anexo E.3.

3.3.3.2. Ruído acústico

De acordo com a metodologia seguida para o cálculo do ruído acústico suscetível de vir a ser produzido pela linha em estudo, apresentam-se no Anexo B.6 os valores dos níveis do ruído acústico entre 0 e 35 m do eixo da linha, conforme a configuração dos apoios. Estes valores apresentam-se conformes com o critério de nível máximo de exposição e com o critério de incomodidade em todas as zonas atravessadas, em qualquer dos períodos avaliados.

3.3.4. Travessias da linha

Nas travessias de vias (Estradas Municipais, Estradas Nacionais e Linhas de Caminho de Ferro), Rios, Cursos de Água e pontos de água são respeitadas as distâncias mínimas apresentadas anteriormente.

Para melhorar a fiabilidade mecânica da linha, serão utilizadas cadeias duplas de suspensão nas travessias de estradas, caminhos de ferro, rios navegáveis e de outras linhas de alta tensão.

Tratando-se de apoios com cadeias de amarração e como estas são sempre duplas (nas linhas da RNT) a melhoria da fiabilidade está também garantida.

Travessias de estradas

No traçado da LPTL.VNF em avaliação ocorrem as seguintes travessias de estradas:

Tabela 3.4 – Travessias de estradas

Vão Designação Altura dos condutores

inferiores à Estrada (m)

5-6 EM 538 29,40

7-8 CM 1270 32,24

8-9 EN 308 37,63

12-13 EM 547 43,58

13-14 EM 547-2 46,39

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Vão Designação Altura dos condutores inferiores à Estrada (m)

70-71 EM 504 36,80

75-76 EN 306 27,74

78-79 EN 206 30,95

78-79 CM 1136 21,40

88-89 EM 506 34,06

89-90 A7 27,51

95-96 EN 309 25,05

Travessias de linhas de caminho de ferro

No traçado da LPTL.VNF em avaliação ocorrem a seguinte travessia de linhas de caminhos de ferro: Tabela 3.5 – Travessias de linhas de caminho de ferro

Vão Designação Altura dos condutores

inferiores ao solo (m)

80-81 Linha Famalicão 34,52

Travessias de cursos de água

O traçado da LPTL.VNF em avaliação atravessa os seguintes cursos de água (não navegáveis): Tabela 3.6 – Travessias de cursos de água

Vão Designação Altura dos condutores inferiores ao curso de água (m)

8-9 Ribeiro dos Pombarinhos 56,85

13-14 Rio Neiva 36,19

67-68 Ribeiro do Moinho Velho 37,63

76-77 Ribeira de Macieira 26,60

81-82 Rio Este 31,52

87-88 Ribeiro dos Peixes 28,00

96-97 Ribeira da Ponte das Eiras 29,54

Aproximação a pontos de água

No traçado da LPTL.VNF em avaliação não existem interferências com pontos de água.

Servidões aeronáuticas civis e militares

Não foram identificadas servidões aeronáuticas militares que interferissem com o traçado da LPTL.VNF em avaliação.

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No que diz respeito a servidões aeronáuticas civis, foram identificadas as servidões gerais associadas ao aeródromo de Vilar da Luz:

 Entre o apoio P81 e o apoio P89, a LPTL.VNF atravessa uma parte da área de servidão geral do Aeródromo de Vilar da Luz.

No seguimento do acordado com a autoridade aeronáutica civil, os apoios e vãos foram sinalizados, conforme descrito no capítulo 3.3.5.1.

De acordo com a proposta de alteração da servidão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro constante no Plano Diretor, existem 12 zonas de servidão.

Na Zona 11 ficam sujeitas a parecer favorável da autoridade aeronáutica “(...) a execução de quaisquer obras, instalações e construções, seja qual for a sua natureza (...), carecendo de autorização prévia vinculativa da mesma autoridade aeronáutica, a criação de quaisquer outros obstáculos, mesmo que temporários, cuja cota máxima referenciado ao Marégrafo de Cascais ultrapasse a cota de uma superfície com uma cota variável a 5%, variando de 102m a 202m (...) ou atinja a cota de 202 metros”, respetivamente para as Zonas 11 e 12:

A LPTL.VNF atravessa uma parte da zona de servidão 11 entre o apoio P93 e o Pórtico.

Cruzamentos e paralelismos com linhas de telecomunicações

Em nenhum ponto do traçado da LPTL.VNF ocorrem situações de paralelismo com linhas de telecomunicações.

No que se refere a situações de cruzamentos, identificam-se como mais gravosas as seguintes:

 Ângulo mínimo de cruzamento no vão P12-P13 com 62,48º (superior ao valor mínimo regulamentar de 15º);

 Distância mínima entre condutores da Linha de Energia e a Linha de Telecomunicação ocorre no vão P78-P79, de valor 23,85 metros.

Os pontos neutros da RNT (Rede Nacional de Transporte) são ligados à terra em todas as subestações e a linha em projeto possui em toda a extensão dois cabos de guarda também ligados à terra.

O valor máximo encontrado é de 89,57 V, no vão 78-79, o qual é inferior à recomendação do ITU-T - União Internacional de Telecomunicações (tensão máxima induzida inferior a 650 V, para linhas aéreas de telecomunicações em fios nus).

Cruzamentos e paralelismos com gasodutos

No traçado da LPTL.VNF em avaliação observam-se as seguintes travessias de redes primárias e secundárias de abastecimento de gás.

Tabela 3.7 – Travessias de gasodutos Vão Comprimento

do vão (m)

Distância do Gasoduto ao apoio mais próximo (m)

Altura dos condutores inferiores ao Gasoduto (m)

16-17 522,79 261,24 55,34

Cruzamentos e paralelismos com adutoras

No traçado da LPTL.VNF em avaliação não ocorrem interferências com redes adutoras.

(31)

Cruzamentos e paralelismos com feixes hertzianos

No traçado da LPTL.VNF em avaliação não ocorrem cruzamentos com feixes hertzianos.

3.3.5. Balizagem aérea

3.3.5.1. Sinalização para aeronaves

De acordo com as circulares da Divisão de Regulamentação e Licenciamento Aeronáutico da ANA, Aeroportos de Portugal, SA, considera-se necessário efetuar a balizagem dos seguintes obstáculos:

 Das linhas aéreas quando penetrem numa área de servidão geral aeronáutica e/ou que, ultrapassem as superfícies de desobstrução (que são para este nível de tensão de 25 m);

 Dos vãos entre apoios que distem mais de 500 m;

 Dos vãos que cruzem linhas de água, lagos, albufeiras, etc., com uma largura média superior a 80 m ou que excedam, em projeção horizontal, mais de 60 m relativamente às cotas de projeção sobre o terreno, no caso de vales ou referida ao nível médio das águas;

 Dos elementos de uma linha aérea que se situem nas proximidades de pontos de captação de água localizados em zonas de risco de incêndios florestais;

 Das linhas aéreas que cruzem Autoestradas, Itinerários Principais ou Complementares.

A sinalização diurna consiste na colocação de esferas de cor alternadamente vermelha ou laranja internacional e branca possuindo o diâmetro mínimo de 600 mm, que serão instaladas nos cabos de guarda convencionais (no cabo OPGW com a utilização de preformados de proteção) de modo a que a projeção segundo o eixo da linha da distância entre esferas consecutivas seja sempre igual ou inferior a 30 metros. A balizagem diurna dos apoios consiste na pintura às faixas, de cor alternadamente vermelha ou laranja internacional e branca. As faixas a pintar correspondem a troços modulares das estruturas de forma a realçar a sua forma e dimensões. As faixas extremas são pintadas na cor vermelha ou laranja internacional. Assim será necessário efetuar a sinalização diurna dos seguintes vãos:

Tabela 3.8 – Sinalização da linha para aeronaves – diurna

Vão a sinalizar

Coordenadas geográficas dos pontos

médios dos vãos a balizar (WSG84) Comprimento do vão (m) Latitude N Longitude W

5-6 41º 39' 50,388''N 08º 36' 22,227''W 609,92 8-9 41º 39' 07,657''N 08º 36' 37,872''W 667,85 13-14 38º 24' 50,668''N 08º 34' 53,210''W 687,02 15-16 41º 37' 40,186''N 08º 36' 24,027''W 589,56 16-17 41º 37' 23,512''N 08º 36' 33,158''W 522,79 78-79 41º 25' 07,827''N 08º 37' 50,762''W 554,27 79-80 41º 24' 58,055''N 08º 37' 29,596''W 599,03 81-82 41º 24' 42,904''N 08º 36' 50,995''W 530,38 84-85 41º 24' 36,094''N 08º 36' 19,840''W 586,85

(32)

Vão a sinalizar

Coordenadas geográficas dos pontos

médios dos vãos a balizar (WSG84) Comprimento do vão (m) Latitude N Longitude W

85-86 41º 24' 05,563''N 08º 36' 01,637''W 647,71 89-90 41º 23' 22,012''N 08º 36' 55,921''W 560,85 96-97 41º 21' 49,282''N 08º 36' 45,483''W 579,21

No traçado da LPTL.VNF em avaliação foi identificada a necessidade de uso de balizagem diurna no apoio P89, devido à proximidade à Autoestrada A7.

No que concerne a balizagem noturna, esta consiste na colocação de balizadores nos condutores superiores, próximo das fixações dos cabos às cadeias, de cada lado dos apoios. Estes dispositivos emitem permanentemente luz vermelha com uma intensidade mínima de 10 Cd. No traçado da LPTL.VNF foram identificadas situações onde existe necessidade de uso de balizagem noturna nos apoios 89 e 90 devido a travessia da A7.

3.3.5.2. Balizagem para a avifauna

Neste escalão de tensão as distâncias de isolamento não permitem atingir pontos a potenciais diferentes sem a utilização de meios especiais, o que diminui os riscos de eletrocussão das aves.

Os dispositivos de sinalização para a avifauna são do tipo “BFD” (Bird Flight Diverter), dispositivos de forma helicoidal de fixação dupla com 35 cm de diâmetro e 1 m de comprimento, de cor laranja/vermelho e branco, que se ajustam ao cabo de guarda por enrolamento no mesmo. Numa das extremidades, estes dispositivos têm um anel de maior diâmetro, que sobressai no perfil do cabo. Este anel, combinado com a cor do dispositivo, aumenta significativamente a visibilidade dos cabos pelas aves, sem lhe conferir um aspeto volumoso, e não introduzindo nenhum aumento significativo em relação à área exposta ao vento.

Na sequência dos estudos da ecologia realizados no âmbito do Projeto da linha em avaliação, considerou-se necessária sinalização intensiva, o que corresponde à instalação de BFD, de cor vermelha e branca, dispostos alternadamente, de 10 em 10 m, em cada cabo de terra (que resulta, em perfil, num espaçamento aproximado de 5 em 5 m), entre os apoios P13 e P15, de acordo com as diretrizes constantes em ICNB (2010)).

Nos vãos em que exista balizagem aérea, a colocação dos BFD, se necessário, deverá ser efetuada com o espaçamento adequado no intervalo entre as bolas de balizagem.

No Anexo B.7 apresentam-se os esquemas de dimensionamento dos dispositivos BFD a instalar.

3.3.6. Principais atividades por fase do projeto

3.3.6.1. Construção da linha

As atividades necessárias à construção de uma linha elétrica encontram-se bastante tipificadas, existindo pequenas variações relacionadas com os elementos técnicos específicos de cada infraestrutura, nomeadamente o tipo de apoios. Habitualmente, a fase de construção envolve as seguintes atividades: Em fábrica:

 Fabrico dos apoios, cabos, isoladores e acessórios Localmente:

 Instalação do(s) estaleiro(s) e parque de material – a localizar habitual e preferencialmente em locais previamente infraestruturados existentes na proximidade da linha.

(33)

 Reconhecimento, sinalização e abertura dos acessos – Sempre que possível são utilizados ou melhorados acessos existentes. A abertura de novos acessos é acordada com os respetivos proprietários, sendo tida em conta a ocupação dos terrenos, a época mais propícia (após as colheitas, por ex.). A dimensão máxima normalmente necessária para um acesso implica a passagem de grua para montagem dos apoios, e corresponde a cerca de 4 m de largura. Esta atividade é realizada com o recurso a retroescavadoras.

 Desmatação – A desmatação e abate de arvoredo ocorre apenas na envolvente dos locais de implantação dos apoios, numa área variável entre 100 e 200 m2, variando de acordo com as dimensões dos tipos de apoio a utilizar e da densidade da vegetação. Numa área de cerca de 400 m2, em caso de povoamentos florestais cerrados, ocorre o abate de arvoredo, com o recurso a motosserras, de forma a permitir manobrar a maquinaria necessária.

 Abertura da faixa de proteção – É constituída uma faixa de proteção com 45 m de largura máxima, limitado por duas retas paralelas distanciadas 22,5 m do eixo do traçado, onde se procede ao corte ou decote das árvores para garantir as distâncias de segurança exigidas pelo Decreto Regulamentar n.º 1/92, de 18 de fevereiro (Regulamento de Segurança de Linhas de Alta tensão – RSLEAT). Habitualmente, procede-se à desflorestação apenas no caso de povoamentos de eucalipto ou de pinheiro. As restantes espécies florestais, caso seja possível, serão objeto de eventual decote para cumprimento das distâncias mínimas de segurança. Esta atividade é realizada com o recurso a motosserras.

 Transporte e depósito temporário, na zona de construção, dos apoios, cabos, isoladores e acessórios.

 Trabalhos de topografia – Estes trabalhos incluem a piquetagem e marcação de caboucos dos apoios.

 Abertura de caboucos – Esta atividade é realizada com o recurso a retroescavadoras e a circulação de maquinaria ocorre na área de cerca de 400 m2, na envolvente do local de implantação do apoio. A escavação limita-se aos caboucos, cujo dimensionamento é feito, caso a caso, de acordo com as características geológicas dos locais de implantação do apoio.

 Construção dos maciços de fundação e montagem das bases – Inclui a instalação da ligação à terra. Envolve operações de betonagem no local, com recurso, normalmente, a betão pronto. Esta atividade é realizada com o recurso a betoneiras e desenvolve-se na área de cerca de 400 m2, na envolvente do local de implantação do apoio. As fundações são constituídas por maciços de betão independentes e a sua área enterrada não é passível de tabelação atendendo que o seu dimensionamento é feito, caso a caso, de acordo com as características geológicas dos locais de implantação.

 Montagem ou colocação dos apoios e isoladores – Inclui o transporte, assemblagem e levantamento das estruturas metálicas, reaperto de parafusos e montagem de conjuntos sinaléticos. As peças são transportadas para o local e levantadas com o auxílio de gruas. Esta atividade desenvolve-se dentro da área de cerca de 400 m2, na envolvente do local de implantação do apoio.

 Colocação dos cabos e montagem de acessórios – Inclui o desenrolamento, regulação, fixação e amarração dos cabos condutores e de guarda. Esta atividade é realizada com os cabos em tensão mecânica, assegurada por maquinaria específica (equipamento de desenrolamento de cabos em tensão mecânica) e desenvolve-se na área de cerca de 400 m2, na envolvente do local de implantação do apoio ou a meio vão da linha. No cruzamento e sobrepassagem de obstáculos tais como vias de comunicação, linhas aéreas, linhas telefónicas, etc. são montadas estruturas porticadas, para sua proteção, durante os trabalhos de montagem.

Associados à construção há a considerar, como atividades passíveis de induzir impactes ambientais:

 A instalação dos estaleiros e parques de máquinas;

 O estabelecimento, quando necessário, de acessos provisórios aos locais de montagem dos apoios;

Referências

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