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Análise de Viabilidade Econômica e Financeira de Projetos

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Academic year: 2021

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Fundador e Presidente do Conselho de Administração:

Janguê Diniz

Diretor-Presidente:

Jânyo Diniz

Diretor de Inovação e Serviços:

Joaldo Diniz

Diretoria Executiva de Ensino:

Adriano Azevedo

Diretoria de Ensino a Distância:

Enzo Moreira

Créditos Institucionais

Todos os direitos reservados 2021 by Telesapiens

Análise de Viabilidade

Econômica e Financeira

(2)

Olá. Meu nome é Daniel Campelo. Sou economista, mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável e especialista em Metodologia do Ensino a Distância. Possuo experiência técnico-profissional na área de economia, gestão e mercado de mais de 15 anos. Há 10 anos atuo na docência do ensino superior nos cursos de graduação e pós-graduação, sendo os últimos 5 anos dedicados ao ensino a distância. Por acreditar que a educação é transformadora e um excelente caminho para uma sociedade mais justa passei a me dedicar transmitindo minha experiência profissional e de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

O AUTOR

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ICONOGRÁFICOS

Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam:

OBJETIVO Breve descrição do objetivo

de aprendizagem; +

OBSERVAÇÃO Uma nota explicativa

sobre o que acaba de ser dito; CITAÇÃO

Parte retirada de um texto;

RESUMINDO Uma síntese das últimas abordagens; TESTANDO

Sugestão de práticas ou exercícios para fixação do

conteúdo; DEFINIÇÃO Definição de um conceito; IMPORTANTE O conteúdo em destaque precisa ser priorizado;

ACESSE Links úteis para fixação do conteúdo; DICA

Um atalho para resolver algo que foi introduzido no

conteúdo; SAIBA MAIS Informações adicionais sobre o conteúdo e temas afins;

+

+

+ EXPLICANDO DIFERENTE Um jeito diferente e mais simples de explicar o que acaba de ser explicado;

SOLUÇÃO Resolução passo a passo de um problema ou exercício; EXEMPLO Explicação do conteúdo ou conceito partindo de um caso prático; CURIOSIDADE Indicação de curiosidades e fatos para reflexão sobre

o tema em estudo; PALAVRA DO AUTOR

Uma opinião pessoal e particular do autor da obra;

REFLITA O texto destacado deve

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SUMÁRIO

Conceitos e definições de projetos ...10

O que é um projeto? ... 10

As fases básicas de um projeto e seus propósitos ... 12

Os ciclos de um projeto ... 14

Gerenciamento de projetos ...20

O que é gerenciamento de projetos ... 20

Componentes de um gerenciamento de projetos. ... 24

Importância dos projetos nas organizações ...28

Importância do gerenciamento de projetos ... 28

Importância de grandes projetos ... 30

O papel do gestor nos projetos organizacionais ...34

Comportamento do gestor de projetos ... 36

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UNIDADE

(6)

Você já imaginou se uma empresa lhe convoca para elaborar, executar e gerenciar um projeto e depois de todo dinheiro investido o projeto não dá retorno para esta organização? De forma geral, os projetos devem presentar não só a viabilidade técnica, mas também a viabilidade econômica e financeira. Mas, antes de estudarmos as questões econômicas e financeiras de um projeto e sua viabilidade, precisamos saber: o que é um projeto? Estas e outras perguntas serão respondidas nesta nossa primeira unidade. Vamos entender o que é um projeto, vamos estudar sobre a gestão dos projetos (sem uma boa gestão o projeto está fadado ao fracasso), a importância dos projetos para a organização e o papel do gestor. Estes assuntos irão dar toda a base que iremos necessitar mais adiante na nossa disciplina. Preparados? Vamos em frente!

(7)

Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos:

OBJETIVOS

Então, vamos em frente? Estarei com vocês caminhando por todas estas temáticas e ajudando a construir novos conhecimentos. Vamos lá!

Definir os conceitos e definições sobre os projetos nas empresas.

1

Compreender como funciona o gerenciamento de projetos.

2

Identificar a importância dos projetos nas organizações.

3

Entender qual o papel do gestor nos projetos organizacionais.

(8)

Conceitos e definições de projetos

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você compreenderá os principais conceitos e as definições dos projetos. É muito comum achar que projetos são elementos que compõe as grandes empresas e que é difícil de executar. Isso é um grande engano. Muitos gestores inclusive não sabem se quer o que significa “projetos”. É isto que vamos abordar neste primeiro capítulo. Além de estudarmos os conceitos de projetos também iremos estudar o ciclo dos projetos. Uma das condições para ser um projeto é preciso que tenha início meio e fim. Assim, nada mais prudente que estudar todas estas etapas que compõem um projeto.

O que é um projeto?

A primeira coisa que você precisa entender é o conceito de projeto. Mas saiba que não existe um conceito único. Vamos entender alguns deles a partir de agora.

De acordo com a terceira edição do PMBOK (ferramenta de padronização que identifica e conceitua processos), um projeto

é definido como um esforço temporário com um começo e um fim e deve ser usado para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.

Observe um detalhe inicial importante: possui começo e fim. Destaco este conceito porque é muito comum nos depararmos no mercado de trabalho com “projetos infinitos”, aqueles que não acabam nunca. Assim, por definição, não deveriam ser chamados de projetos.

(9)

Além disso, vale destacar que um projeto é elaborado progressivamente e não do dia para noite, como muitas vezes nos deparamos nas organizações.

O que essa definição que acabamos de ver de projeto significa é que projetos são aquelas atividades que não podem continuar indefinidamente e devem ter um propósito definido.

Um projeto é a realização de uma atividade que visa criar um produto ou serviço exclusivo e, sendo assim, todas as ações envolvidas para realizar atividades de forma cotidiana não podem ser consideradas projetos.

Por exemplo, se o seu projeto tiver menos de quatro meses e menos de 20 pessoas trabalhando nele, você poderá não estar trabalhando no que é chamado de projeto, de acordo com a definição do termo.

É preciso lembrar que o termo temporário não se aplica ao resultado ou serviço gerado pelo projeto.

Figura 1 - O projeto pode ser finito, mas não o resultado

Fonte: freepik

Por exemplo, um projeto para construir um monumento seria de duração fixa, enquanto o resultado que é o monumento pode durar um período indeterminado.

(10)

Um projeto é uma atividade para criar algo único. Obviamente, muitos dos edifícios de escritórios construídos são semelhantes em muitos aspectos, mas cada instalação individual é única à sua maneira.

Finalmente, como vimos anteriormente, um projeto deve ser elaborado progressivamente. Isso significa que o projeto progride em etapas e continua em incrementos. Isso também significa que a definição do projeto é refinada a cada etapa e, finalmente, o objetivo do progresso é enunciado.

RESUMINDO

Assim, o projeto é definido inicialmente e, em seguida, à medida que o projeto avança, a definição é revisitada e mais clareza é adicionada ao escopo do projeto, bem como às suposições subjacentes sobre o projeto.

Agora que já sabemos o que é um projeto, você sabia que ele é composto de fases básicas e com propósitos definidos? É o que estudaremos agora!

As fases básicas de um projeto e seus

propósitos

As fases de um projeto compõem o ciclo de vida do projeto. É conveniente que os gerentes de projeto dividam o projeto em fases para fins de controle e rastreamento.

Cada marco em cada estágio é então elaborado e rastreado para conclusão. As fases básicas de um projeto dependem do tipo de projeto que está sendo executado.

(11)

Por exemplo, um projeto de software pode ter fases de requisito, design, construção, teste, implementação, enquanto um projeto para construir um metrô ou um prédio pode ter nomes diferentes para cada fase.

Assim, a nomeação das fases de um projeto depende do tipo de entregas que são buscadas em cada fase. Para fins de definição, as fases podem ser divididas em processo inicial, declaração de escopo, plano, linha de base, progresso, aceitação, aprovação e entrega.

Essa classificação está de acordo com o PMBOK. Assim, as fases de um projeto estão intimamente correlacionadas com as do ciclo do projeto.

O objetivo de cada fase do projeto é um conjunto de resultados acordados antes do início do projeto.

Por exemplo, em um projeto de software, a fase de requisitos precisa gerar os documentos de requisitos, a fase de design, o documento de design etc. A fase de criação de um projeto entrega o código completo, enquanto a fase de teste é sobre o teste completo do produto final.

Cada fase do projeto está associada a um determinado marco e o conjunto de entregas que cada fase deve entregar é então rastreado quanto à conformidade e fechamento.

Figura 2 - Cada fase do projeto deve ser cumprida para avançar para próxima fase

(12)

Já o ciclo de vida do projeto consiste em iniciar, executar, controlar e fechar processos da estrutura, conforme descrito no PMBOK. Cada um desses processos é necessário para garantir que o projeto permaneça no caminho certo e seja concluído de acordo com as especificações.

Os ciclos de um projeto

De acordo com Darnall e Preston (2016), um projeto padrão normalmente possui as quatro fases principais a seguir (cada uma com sua própria agenda de tarefas e problemas): iniciação, planejamento, execução e encerramento.

Tomadas em conjunto, essas fases representam o caminho que um projeto segue desde o início até o fim e são geralmente chamadas de “ciclo de vida” do projeto.

Figura 3 - O ciclo de um projeto

Iniciação Planejamento Execução Encerramento

Fonte: Elaborado pelo autor (2021).

FASE 1: INICIAÇÃO

Durante a primeira dessas fases, a fase de iniciação, o objetivo ou a necessidade do projeto são identificados; isso pode ser um problema ou oportunidade de negócios.

Uma resposta apropriada à necessidade é documentada em um caso de negócios com as opções de solução recomendadas. Um estudo de viabilidade é realizado para investigar se cada opção aborda o objetivo do projeto e se uma solução final recomendada é determinada. Questões de viabilidade (“podemos fazer o projeto?”) E justificativa (“devemos fazer o projeto?”) São abordadas.

(13)

Depois que a solução recomendada é aprovada, um projeto é iniciado para entregar a solução aprovada e um gerente de projeto é nomeado. Os principais resultados e os grupos de trabalho participantes são identificados e a equipe do projeto começa a tomar forma.

A aprovação é solicitada pelo gerente de projeto para passar para a fase de planejamento detalhado.

FASE 2: PLANEJAMENTO

A próxima fase, a fase de planejamento, é onde a solução do projeto é desenvolvida destacando o maior número de elementos possíveis e quais são etapas necessárias que serão planejadas com o intuito de atender ao objetivo do projeto estabelecido.

Nesta etapa, a equipe identifica todo o trabalho a ser realizado. As tarefas e os requisitos de recursos do projeto são identificados, juntamente com a estratégia para produzi-los. Isso também é conhecido como “gerenciamento de escopo”.

Um plano de projeto é criado descrevendo as atividades, tarefas, dependências e prazos. O gerente do projeto coordena a preparação do orçamento do projeto, fornecendo estimativas de custos para mão-de-obra, equipamentos e materiais.

O orçamento é usado para monitorar e controlar as despesas de custo durante a implementação do projeto. O orçamento é um elemento importante nos projetos e estudaremos sobre ele nas próximas unidades.

Depois que a equipe do projeto identifica o trabalho, prepara o cronograma e estima os custos, os três componentes fundamentais do processo de planejamento são concluídos.

Este é um excelente momento para identificar e tentar lidar com qualquer coisa que possa representar uma ameaça para a conclusão bem-sucedida do projeto. Isso é chamado de gerenciamento de riscos.

(14)

EXPLICANDO DIFERENTE

+

+

+

No gerenciamento de riscos, problemas potenciais de “alta ameaça” são identificados junto com a ação a ser tomada em cada problema em potencial de alta ameaça, para reduzir a probabilidade de o problema ocorrer ou para reduzir o impacto no projeto, se ocorre.

Este também é um bom momento para identificar todas as partes interessadas no projeto e estabelecer um plano de comunicação descrevendo as informações necessárias e o método de entrega a ser usado para manter as partes interessadas informadas.

Por fim, você deseja documentar um plano de qualidade, fornecendo metas de qualidade, garantia e medidas de controle, juntamente com um plano de aceitação, listando os critérios a serem atendidos para obter a aceitação do cliente. Nesse ponto, o projeto teria sido planejado em detalhes e está pronto para ser executado.

FASE 3: EXECUÇÃO

Durante esta fase de execução, o plano do projeto é acionado e o trabalho do projeto é executado. É importante manter o monitoramento e se comunicar conforme necessário durante a implementação.

Para Darnall e Preston (2016), a evolução é controlada de forma contínua e qualquer ajuste necessário deve ser feito e registrado como, por exemplo, alterações do que foi definido no planejamento original. Seja qual for o projeto, caso você seja o gerente, verá que passará a maior parte do seu tempo na fase de execução.

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Durante a execução do projeto, as pessoas estão executando as atividades e as informações de evolução devem relatadas através de reuniões regulares da equipe.

O gestor do projeto utiliza as principais informações para manter o monitoramento acerca da direção do projeto, fazendo a comparação dos relatórios de evolução com o planejamento do projeto para avaliar o desempenho das atividades do projeto e fazer as ações corretivas necessárias.

Ainda para Darnall e Preston (2016), o primeiro curso de ação deve sempre ser trazer o projeto de volta ao curso (ou seja, retorná-lo ao plano original). Se isso não acontecer, a equipe deve registrar variações do plano original e registrar e publicar modificações no plano.

Durante esta etapa, os patrocinadores do projeto e outras partes interessadas devem ser mantidos informados sobre o status do projeto, de acordo com a frequência e o formato de comunicação acordados. O plano deve ser atualizado e publicado regularmente.

Os relatórios de status sempre devem enfatizar o ponto final previsto em termos de custo, cronograma e qualidade dos produtos a serem entregues. Cada entrega do projeto produzida deve ser revisada quanto à qualidade e mensurada com base nos critérios de aceitação.

Por fim, Darnall e Preston (2016), afirma que depois que todas as entregas tiverem sido produzidas e o cliente aceitar a solução final, o projeto estará pronto para o encerramento.

FASE 4: ENCERRAMENTO

Durante a fase final de fechamento ou conclusão, a ênfase está em liberar as entregas finais para o cliente, entregar a documentação do projeto aos negócios, rescindir contratos com fornecedores, liberar recursos do projeto e comunicar o fechamento do projeto a todas as partes interessadas.

(16)

O último passo restante é realizar estudos com lições aprendidas para examinar o que correu bem e o que não correu. Por meio desse tipo de análise, a sabedoria da experiência é transferida de volta à organização do projeto, o que ajudará as futuras equipes do projeto.

Uma empresa de construção dos EUA ganhou um contrato para projetar e construir a primeira mina de cobre no norte da Argentina. Não havia infraestrutura existente para o setor de mineração nem para grandes projetos de construção nessa parte da América do Sul. Aprender como foram os ciclos deste projeto através de um passo-a-passo:

Passo 1: durante a fase de iniciação do projeto, o gerente

do projeto concentrou-se em definir e encontrar uma equipe de liderança com conhecimentos, habilidades e experiência para gerenciar um grande projeto complexo em uma área remota do globo.

A equipe do projeto montou três escritórios. Um estava no Chile, onde existia uma grande infraestrutura de projeto de construção de mineração. Os outros dois estavam na Argentina.

Um estava em Buenos Aires para estabelecer relacionamentos e conhecimento argentino e o segundo na maior cidade próxima ao local da mina.

Passo 2: durante a fase de planejamento, a equipe do

projeto desenvolveu um cronograma de projeto integrado que coordenava as atividades das equipes de design, compras e construção.

A equipe de controles do projeto também desenvolveu um orçamento detalhado que permitiu à equipe do projeto rastrear as despesas do projeto em relação às despesas esperadas.

(17)

A equipe de design do projeto desenvolveu o design conceitual e desenvolveu desenhos detalhados para uso da equipe de compras. A equipe de compras usou os desenhos para começar a pedir equipamentos e materiais para a equipe de construção; desenvolver projeções de trabalho; refinar o cronograma de construção; e configurar o canteiro de obras.

Passo 3: durante a fase de implementação representa

o trabalho realizado para atender aos requisitos do escopo de trabalho e cumprir o estatuto. Durante a fase de implementação, a equipe do projeto realizou o trabalho definido no plano e fez ajustes quando os fatores do projeto mudaram.

Equipamentos e materiais foram entregues no local de trabalho, a mão de obra foi contratada e treinada, um local de construção foi construído e todas as atividades de construção, desde a chegada da primeira escavadeira até a instalação do interruptor final, foram realizadas.

Passo 4: a fase de encerramento incluiu a entrega da

planta recém-construída à equipe de operações do cliente. Uma lista de itens de construção restantes foi desenvolvida e os itens concluídos.

O escritório na cidade próxima a mina foi fechado, o escritório em Buenos Aires arquivou todos os documentos do projeto e o escritório chileno já estava trabalhando no próximo projeto. Os livros contábeis foram reconciliados e fechados, os relatórios finais escritos e distribuídos e o gerente do projeto iniciou um novo projeto.

Você sabe agora como funciona na prática os ciclos de um projeto em uma organização.

Agora que já sabemos o que é um projeto, as suas fases e o ciclo de um projeto, vamos saber como funciona de forma bastante objetiva o gerenciamento de projetos.

(18)

Gerenciamento de projetos

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona o gerenciamento de um projeto, suas atividades e técnicas de gerenciamento. Você sabia que o gerenciamento de projetos possui componentes e os gestores atuam em papéis específicos? Embora as pessoas desconheçam isso, estes elementos é uma realidade no gerenciamento de projetos nas organizações. Entender estes elementos é importante para a total compreensão da disciplina. Após entendermos sobre o que é projeto e seus ciclos, este capítulo reunirá os conceitos elementares e relevantes para que você compreenda sobre o gerenciamento de projetos. E é para isso que estamos aqui! Iremos te dar todos estes elementos para que você continue avançando em seu conhecimento. Vamos em frente!

O que é gerenciamento de projetos

Um projeto em qualquer organização é uma colaboração entre departamentos para alcançar um único objetivo bem definido. O processo de planejamento, organização e gerenciamento de recursos para atingir o objetivo organizacional é chamado de gerenciamento de projetos.

O gerenciamento de projetos é muito importante na produção de bens e serviços e na geração de ideias para produção final de produto ou serviço, onde cada etapa pode ser categorizada como projetos individuais.

Qualquer projeto, como vimos, requer um gerente de projeto, que o conduz à sua conclusão lógica. O gerente de

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projeto é responsável por nomear membros da equipe com antecedentes diferentes, mas essenciais na conclusão do projeto.

Figura 4 - O gerente é fundamental para o sucesso do projeto

Fonte: freepik

Importante reforçar: Um projeto não é uma atividade normal do dia a dia realizada pela organização, é uma atividade específica, não rotineira, com prazos variáveis e viabilidade de impacto dos negócios a longo prazo. Um projeto típico possui as seguintes características:

Linha do tempo: um projeto tem uma linha do tempo

definida com ponto inicial e final mensurável;

Recursos: um projeto possui recursos limitados de

capital e mão de obra;

Ferramentas: tipos especiais de ferramentas e técnicas

são usados para gerenciamento de projetos (Gráficos de Gantt etc.);

Equipe: o gerenciamento de projetos requer uma

(20)

SAIBA MAIS

Como montar um Gráfico de Gantt? Assista ao vídeo disponível e saiba como executar tal ação no Excel. Clique aqui.

Vimos que um projeto típico é dividido em quatro fases. Cada fase do projeto tem sua própria importância e impacto no sucesso geral do projeto, conforme iremos rever abaixo de forma simplificada.

Fase de iniciação: nesta fase do projeto, o feedback

recebido dos clientes é analisado e o brainstorming é feito para desenvolver novo produto ou modificar o produto existente para atender às novas demandas;

Fase de planejamento do projeto: nesta fase, os

esforços do projeto são feitos para definir a solução para o problema apresentado pelos clientes. O planejamento do projeto é feito e os marcos definidos são estabelecidos;

Execução do projeto: nesta fase, todas as atividades e

marcos estabelecidos na fase anterior são executados de maneira oportuna e ordenada. Esta fase utiliza o máximo de todos os recursos;

Encerramento do Projeto: esta é a última fase do

projeto. Nesta fase, o produto ou serviço final é entregue à equipe de operações para produção comercial.

Além das quatro fases do projeto, as atividades de gerenciamento de projetos são divididas principalmente em três categorias principais: planejamento, programação e controle. Vamos saber do que se trata cada uma destas atividades:

(21)

Planejamento: as atividades de planejamento incluem

a definição do objetivo do projeto, planejamento de recursos etc.;

Programação: as atividades de programação incluem

o desenvolvimento de marcos e diretrizes detalhados para o projeto. Essas atividades são executadas normalmente antes do início real do projeto;

Controle: As atividades de controle incluem o

desenvolvimento de pontos de controle orçamentário e financeiro. Nesta categoria a medição das tarefas agendadas é realizada.

Para a execução destas atividades de gerenciamento existem várias técnicas utilizadas. Uma das técnicas é o Gráfico de Gantt (que já vimos anteriormente). A outra técnica é o planejamento de rede. Vamos ver cada uma delas:

Gráficos de Gantt: Esses gráficos são usados para

representar as tarefas do projeto em relação ao tempo. Ele monitora o progresso das tarefas individuais do projeto e destaca a dependência, se houver, entre essas tarefas do projeto.

Técnicas de planejamento de rede: Essas técnicas

mostram a relação entre as atividades do projeto, a duração do projeto, o caminho crítico, as restrições das atividades não críticas e a utilização dos recursos. Existem dois tipos de técnicas de planejamento de rede: método de caminho crítico (CPM) e técnica de avaliação e revisão de programas (PERT).

Agora que já estudamos e aprofundamos sobre o que é gerenciamento de projetos, as atividades e técnicas, vamos estudar sobre os componentes de um gerenciamento de projetos. Vamos em frente!

(22)

Componentes de um gerenciamento de

projetos.

Existem vários componentes do gerenciamento de projetos que abrangem o espectro do gerenciamento de projetos. Desde a configuração inicial do projeto até o fechamento, cada fase traz um novo conjunto de desafios e componentes para a arte do gerenciamento de projetos.

EXPLICANDO DIFERENTE

+

+

+

Especificamente, o gerente de projeto deve gerenciar a equipe e assumir a responsabilidade final pelos resultados, juntamente com o gerenciamento das partes interessadas do projeto.

Se considerarmos cada um desses componentes individualmente, a configuração inicial do projeto envolve o estabelecimento de procedimentos e processos para as fases subsequentes e a definição das funções dos membros da equipe.

Nas organizações que enfatizam os processos, essa fase é crucial para o sucesso do projeto. Existem muitas organizações que assinam algumas diretrizes sobre processos e essas organizações tomam medidas para garantir que estejam em sintonia com as diretrizes.

Diante de tanta responsabilidade e papéis, você sabia que já houve muito debate sobre o que o gerente de projeto pode ou não fazer? E o argumento também se concentra em adotar uma abordagem proativa ou moderada em relação às questões que envolvem o gerenciamento do projeto.

(23)

A abordagem proativa favorece uma abordagem intervencionista e prática que inclui a intervenção nos assuntos cotidianos do projeto.

Figura 5: Proatividade gera boas ideias

Fonte: freepik

Essa abordagem, por exemplo, se manifesta no setor de TI, onde o gerente de projetos é chamado a se envolver nos aspectos técnicos do projeto, que incluem a participação no design, codificação e outras atividades.

Não se pode dizer que esse fenômeno esteja restrito apenas ao setor de TI, pois existem vários casos em outros setores em que o gerente de projeto precisa literalmente sujar as mãos.

Existem organizações que definem claramente o papel do gerente de projetos e definem os papéis e responsabilidades. Isso geralmente acontece nas organizações onde a estrutura é tal que há muita ênfase na clareza do papel.

Assim, parece que não há uma resposta única para a questão de saber se o gerente de projeto deve estar no centro do universo ou como um condutor dirigindo a sinfonia.

(24)

Qualquer projeto possui várias partes interessadas que precisam ser cuidadas. Uma parte interessada é alguém que investiu no projeto e obtém valor do resultado ou de um terceiro que contribui para o sucesso e, inversamente, para o fracasso do projeto.

A primeira tarefa antes do gerente de projeto é garantir que as partes interessadas sejam claramente identificadas e, em seguida, suas funções e responsabilidades sejam demarcadas e delineadas.

A tarefa de identificar as partes interessadas assume importância, pois não deve haver nenhuma confusão sobre quem é e quem não é.

Um projeto de TI teria as partes interessadas listadas desde os sistemas e os administradores de rede até o cliente e o patrocinador do projeto. Porém, pode haver outras partes interessadas, como a equipe de funcionários, que entram e saem das fases do projeto como e quando são necessárias.

Assim, a necessidade é estabelecer limites e identificar os papéis das diferentes partes interessadas adequadamente.

Além disso, o gerente de projeto deve fazer questão de garantir que as partes interessadas sejam categorizadas de acordo com sua importância e relevância para o projeto e o início de cada fase de acordo.

A satisfação das partes interessadas deve ser a meta final para a qual os gerentes de projeto devem trabalhar. Satisfação e satisfação do cliente são algumas das frases usadas como complemento do bom gerenciamento de projetos e de suas práticas.

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EXPLICANDO DIFERENTE

+

+

+

A satisfação do cliente é alcançada quando se mede as necessidades do cliente e as medidas apropriadas para garantir que sejam atendidas.

Em sua empresa, você deve estar atento para o papel do gestor de projetos. Acabamos de ver que, embora simples, é uma atividade que exige conhecimento e dedicação.

(26)

Importância dos projetos nas organizações

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender como funciona, a importância e complexidade dos projetos nas organizações. Além disso, você vai entender mais profundamente a importância de grandes projetos. Você sabia que se estima que mais de 80% dos projetos de TI geralmente estejam atrasados e com excesso de custos? Além de ser importante conhecer os motivos também se faz necessário como atuar de forma gerencial e estratégica na organização. Então, irei te conduzir nesse novo mundo de conhecimento: a controladoria nas organizações. Preparado? Vamos lá!

Importância do gerenciamento de projetos

Uma vez que já focamos nos tópicos anteriores sobre a definição de projetos e gerenciamento de projetos, vamos focar agora o nosso estudo na importância do gerenciamento de projetos.

Como vimos, o gerenciamento de projetos é a arte de gerenciar o projeto e suas entregas, com o objetivo de produzir produtos ou serviços acabados. Existem muitas maneiras pelas quais um projeto pode ser executado e a maneira como ele é executado é o gerenciamento de projetos.

O gerenciamento de projetos inclui: identificar requisitos, estabelecer objetivos claros e realizáveis, equilibrar as demandas concorrentes das diferentes partes interessadas e garantir que um objetivo comum seja alcançado.

(27)

Figura 6 Gerenciar projetos com qualidade é essencial para alcançar os objetivos desejados

Fonte: freepik

É claro que, a menos que exista uma abordagem estruturada e científica para a prática da administração, as organizações se encontrariam à deriva no oceano, denominadas desenvolvimento organizacional e, portanto, seriam incapazes de enfrentar os inúmeros desafios que a era moderna lança para eles.

Portanto, a importância do gerenciamento de projetos para as organizações não pode ser mais enfatizada e os parágrafos seguintes fornecem algumas razões pelas quais as organizações devem levar a sério a prática do gerenciamento de projetos.

Sem uma abordagem científica para a tarefa de gerenciar os projetos e alcançar os objetivos, seria muito difícil para as organizações executarem os projetos com sucesso dentro das restrições de tempo, escopo e qualidade e obter o resultado necessário.

Em outras palavras, deve haver uma estrutura e uma maneira definida de fazer as coisas para garantir que haja uma estrutura na arte do gerenciamento de projetos.

(28)

Assim, o gerenciamento de projetos visa criar estrutura e gerenciar os compromissos do projeto e a entrega dos resultados acordados. Usando os métodos de gerenciamento de projetos, conforme descrito no PMBOK e nos jornais técnicos aliados, as organizações podem procurar obter controle sobre o ambiente do projeto e garantir que os resultados do projeto estejam sendo gerenciados.

Os gerentes enfrentam o que é conhecido como “restrição tripla”. Essas são as demandas concorrentes de tempo, escopo e qualidade na lista de tarefas do gerente de projetos e quão bem o gerente de projetos gerencia essas restrições ajuda bastante na determinação do sucesso do projeto.

Sem o uso do gerenciamento de projetos, gerentes e organizações se deparariam com um ambiente imprevisível e caótico sobre o qual eles têm pouco controle.

O gerenciamento de projetos, como vimos, é uma área muito grande para ser abordada em algumas páginas e a tentativa é fornecer definições concisas e lúcidas dos vários termos e terminologias associados a um projeto.

É importante observar que o gerenciamento de projetos fornece uma estrutura na qual ações subsequentes da organização podem ser tomadas e, dessa forma, é essencial que as organizações adotem a estrutura fornecida pela prática de gerenciamento de projetos.

Importância de grandes projetos

Estima-se que mais de 80% dos projetos de TI (tecnologia da informação) geralmente estejam atrasados e com excesso de custos. Esse é especialmente o caso de grandes projetos de TI que envolvem várias partes interessadas e levam muito tempo para serem concluídos.

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Figura 7 - É importante que prazos e custos sejam mantidos em grandes projetos

Fonte: freepik

Há muitas razões para essa situação e elas variam, tais como: Não envolver todas as partes interessadas em cada estágio ou fase do projeto, não receber as aprovações necessárias dos clientes, aumentar o escopo e não fornecer à equipe as habilidades desejadas e o fato que grandes projetos precisam de monitoramento e envolvimento da alta e média gerência.

O principal aspecto aqui é que os grandes projetos precisam de coordenação e comunicação excepcionais, e isso exige vários gerentes de projeto e um gerente de programa que é responsável pelo projeto geral.

Em outras palavras, como existem vários pontos de interface com partes interessadas externas e internas, é necessário gerentes e líderes de projeto dedicados para cada ponto de contato do cliente e cada interface interna de partes interessadas.

Por uma primeira razão, é comum que a aprovação do cliente nos requisitos não seja obtida na totalidade ou mesmo para cada fase do projeto. Por exemplo, para um projeto bancário, os clientes precisam assinar antecipadamente os requisitos e o gerente do programa devem garantir que tudo esteja claramente escrito e explicado.

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Os requisitos devem ser mutuamente acordados entre o cliente e o fornecedor e não deve haver nenhuma alteração nos requisitos nas fases subsequentes.

Na prática, isso é difícil de concretizar, pois os clientes frequentemente apresentam novos requisitos e em diferentes fases e, portanto, a melhor maneira de lidar com isso é ter os requisitos gerais aprovados pelos clientes ou pelo menos os requisitos principais possam ser incorporados com o consentimento do cliente que concorda em pagar mais por essas alterações.

Dito isto, é importante entender que o “escopo de fluência” ou a extensão dos requisitos do que foi acordado é natural em grandes projetos.

O ponto aqui é que o gerenciamento de grandes projetos geralmente é aquele em que a elaboração e a extensão são comuns e, portanto, a complexidade precisa ser tratada.

Essa é a razão pela qual os gerentes de programa e o gerente de projeto específico responsável pelos requisitos e pelo escopo devem comunicar claramente esses aspectos aos clientes e obter sua aprovação antes de comprometer o fornecedor com as alterações.

Falando sobre comunicação, é a regra fundamental no gerenciamento de projetos que a comunicação superlativa deva ser praticada. Se usa o termo superlativo, porque mesmo uma excelente comunicação não é suficiente quando confrontados com o cliente que tenta fazer mais pelo mesmo custo ou culpa o fornecedor por atrasos e excedentes de custos. Os gerentes de projeto devem ter habilidades superiores de comunicação e devem ter tudo escrito em mensagens oficiais e documentos do projeto!

Além disso, a comunicação com as partes interessadas internas é outra área prioritária, pois o apoio das equipes de finanças, infraestrutura, recursos humanos e administração é muito importante.

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As partes interessadas internas são tão importantes quanto as externas e, portanto, devem ser designados líderes de projetos dedicados para cuidar desses aspectos.

RESUMINDO

O gerenciamento de projetos e a prática dele tornaram-se indispensáveis para o gerente de projetos moderno e formam a base de muito do que é alcançado durante o curso de um projeto.

Assim, a ideia de um projeto sendo gerenciado profissionalmente se presta aos conceitos e processos estabelecidos para os praticantes da arte do gerenciamento de projetos.

No que diz respeito a equipe, geralmente os grandes projetos não conseguem encontrar pessoas com as habilidades e a produtividade desejadas, levando o mesmo trabalho a levar mais tempo e, consequentemente, a impor atrasos e custos excessivos no projeto. Assim, é importante perceber que a equipe é um item de alta prioridade.

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O papel do gestor nos projetos

organizacionais

OBJETIVO

Ao término deste capítulo você será capaz de entender que os recursos organizacionais representam todos os recursos disponíveis para a organização, necessários para o desempenho de suas atividades. Nestes recursos estão incluídos: recursos humanos, financeiros, materiais, entre outros. Iremos focar nos recursos humanos. Iniciaremos estudando sobre o papel do gestor nas organizações e avançaremos sobre o comportamento dos gestores de projetos. Estes elementos te darão um ganho competitivo no mercado de trabalho. Conhecer bem esta temática é peça-chave no seu conhecimento e em sua profissão. E então? Motivado para desenvolver este novo conhecimento? Então vamos lá. Avante!

Como se deve comportar um gestor de projetos? A questão colocada é sobre o papel do gerente de projetos e as maneiras pelas quais ele conduz o projeto para a conclusão bem-sucedida. O questionamento acima nos faz refletir como um gestor lida com um conjunto de perguntas que incluem quanto e até que ponto ele deve se envolver e até que ponto ele deve ir ao encontro das partes interessadas expectativas e manter a equipe intacta.

Como já vimos, o gerenciamento de projetos envolve a arte de equilibrar demandas concorrentes e determinar intervenções apropriadas sempre que necessário. O ato de equilíbrio consiste em reunir os diferentes requisitos das partes interessadas e garantir que tudo se encaixe com o objetivo comum de atender às entregas do projeto.

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Assim, temos uma definição para os gerentes de projeto: a prática da administração com o objetivo expresso de oferecer satisfação ao cliente e valor às partes interessadas.

Figura 8 O gerente de projetos deve estar atento aos objetivos organizacionais

Fonte: freepik

Os gerentes de projetos e a arte do gerenciamento de projetos são altamente contextuais e dependem da situação, pois a teoria pode apenas apontar o caminho e cabe ao indivíduo tomar as decisões e seguir o caminho de acordo.

Os cenários do mundo real costumam surpreender o gerente de projetos mais experiente e, portanto, a teoria só pode ajudar a um ponto na tomada de decisões que afetam pessoas reais. Assim, uma maneira de analisar a questão é que os gerentes de projeto precisam combinar a ciência do gerenciamento de projetos com a arte das pessoas e o gerenciamento de processos para obter os melhores resultados.

O gerenciamento de projetos combina estatísticas e habilidades das pessoas em igual medida, e cabe ao gerente do projeto planejar suas estratégias de acordo.

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Muitos debates ocorreram sobre o que o gerente de projeto pode ou não fazer, e o argumento também se concentra em adotar uma abordagem proativa ou moderada em relação às questões que envolvem o gerenciamento do projeto. Como vimos, a abordagem proativa favorece uma abordagem intervencionista e prática que inclui a intervenção nos assuntos do dia a dia do projeto.

Existem organizações que definem claramente o papel do gerente de projetos e definem os papéis e responsabilidades. Isso geralmente acontece nas organizações onde a estrutura dela é tal que há muita ênfase na clareza do papel.

Assim, parece que não há uma resposta única para a questão de saber se o gerente de projeto deve estar no centro do universo ou como um condutor dirigindo a sinfonia. Em conclusão, a questão de como os gerentes devem se comportar precisa ser respondida como algo contextual e dependente da situação.

No mundo acelerado das organizações e do gerenciamento de projetos, o papel central de um gerente de projetos garante que ele esteja sempre no meio da ação e no meio das coisas.

A arte do gerenciamento de projetos requer paciência extraordinária e certa consideração pela equipe e pelas partes interessadas. Qualquer gestão desprovida de sensibilidade e falta de sutileza está fadada ao fracasso.

Após esta abordagem acerca do papel do gestor de projetos, vamos estudar o comportamento do gestor de projetos nas organizações.

Comportamento do gestor de projetos

Existem vários modelos de comportamento nos quais o gerente de projetos pode recorrer em seu trabalho.

Isso inclui a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, a teoria da higiene de Herzberg e a teoria X de McGregor e a teoria Y aplicada ao gerenciamento de projetos.

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SAIBA MAIS

Para saber mais sobre estas teorias, recomendo a leitura do artigo “Teorias de Herzberg e McGregor: um comparativo entre setores administrativos público e privado”, de Zwicker et al. (2018), Clique aqui.

Todos esses modelos comportamentais apontam para a capacidade do gerente de projetos de motivar as pessoas da equipe em direção ao objetivo comum de garantir o sucesso do projeto.

Figura 9 - É importante observar os requisitos comportamentais dos gerentes

Fonte: freepik

A teoria da hierarquia de necessidades de Maslow postula que as pessoas não trabalham apenas por dinheiro ou segurança. De acordo com essa teoria, uma vez que uma pessoa satisfaz as necessidades básicas de dinheiro e segurança, ela tende a buscar a realização pessoal e a se envolver no que ele chamou de “autorrealização”.

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Assim, essa teoria sustenta que, uma vez que um indivíduo atinge um determinado estágio da vida ou uma posição, o salário e outros benefícios são menos importantes para ele do que a qualidade do trabalho que estão realizando.

Quando aplicamos essa teoria às questões de gerenciamento do mundo real, descobrimos que o gerente de projeto precisa garantir que ele ou ela não se concentre em elevar as vantagens sozinho para obter o desempenho ideal dos membros de sua equipe, mas também continuará dando um trabalho desafiador aos membros da equipe para realizar seu potencial.

De acordo com a experiência dos profissionais e de acordo com gerentes de projeto experientes, se observa que a maioria dos membros da equipe se orgulha de seu trabalho e, portanto, atribuições desafiadoras são uma maneira de motivá-los.

Figura 10 - Pirâmide de Maslow

Respiração, comida, água, sexo, sono, homeostase, excreção.

Moralidade, criatividade, espontaneirdade, solução de problemas, ausência de preconceito, aceitação dos fatos;

Auto-estima, confiança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros;

Amizade, família, intimidade sexual;

Fisiologia

Realização

Estima

Amor/relacionamento

Segurança do corpo, do emprego, de recursos, da moralidade, da família, da saúde, da propriedade;

Segurança

Fonte: Freepik

Obviamente, há muitas críticas a essa teoria nos últimos anos e especialistas apontaram várias inconsistências nessa teoria e aplicação. O exemplo mais notável é o da disparada remuneração de executivos que desmente a hipótese da teoria de Maslow.

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Esse é um exemplo claro do fato de que o pagamento importa mais do que outras variáveis e a satisfação no trabalho por si só não motiva as pessoas. Na minha opinião, é um fato que as pessoas tendem a ficar motivadas por benefícios, além de promessas de recompensas, monetárias e outras.

Cabe ao gerente de projeto usar a noção de recompensa criteriosamente, sem comprometer a qualidade ou alienar outros membros da equipe.

Se dermos uma olhada na teoria da higiene de Herzberg, os fatores que contribuem para o sucesso do indivíduo podem ser divididos em presença e ausência de fatores de higiene. A definição é que a presença de boas condições de trabalho e salário são coisas que não motivam as pessoas sozinhas.

A ausência de tais fatores desmotiva o indivíduo. Assim, a ideia aqui é que os fatores de higiene são aqueles que não contribuem pela presença, mas contribuem negativamente pela ausência.

EXPLICANDO DIFERENTE

+

+

+

O gerente de projeto não pode ser complacente com o fato de que ele ou ela forneceu condições ideais de trabalho para os membros da equipe e espera que eles atuem em todo o seu potencial.

O gerente também precisa entender que é sua responsabilidade liderar a motivação dos membros da equipe, realizando reuniões individuais regulares e garantindo que suas queixas sejam ouvidas e aceitas.

A teoria X e a teoria Y sustentam que as pessoas precisam ser supervisionadas e instruídas sobre o que fazer (X) e as

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pessoas trabalhariam com pouca supervisão e, portanto, não precisam ser instruídas sobre o que fazer (Y).

Essas são as visões opostas da teoria da motivação e do comportamento. Assim, essas visões conflitantes e concorrentes refletem a natureza humana e modelam o comportamento de acordo.

Como discutimos, a teoria subjacente aos modelos de motivação é a abordagem que o gerente de projeto deve adotar para garantir que os membros da equipe e a equipe como um todo sejam motivados o suficiente para agir e contribuir significativamente para o projeto.

Recursos humanos

Um recurso é um meio que permite obter algo que se pretende, podendo ser de todo tipo. O dinheiro é um bom exemplo, pois ele e o meio para comprar um carro. O recurso pode ser o meio para comprar algo, produzir um bem, construir alguma coisa etc.

O trabalho, realizado pelas pessoas, é um dos recursos (meio) mais precioso de uma organização: os recursos humanos. É por conta dessa importância que atualmente há tantos debates acerca das mudanças no setor de recursos humanos/gestão das pessoas dentro das empresas. E, de início, são nessas próprias nomenclaturas que podem residir significados, conceitos, entendimentos e ações não adequadas sobre o próprio tema.

Ao escolher ou adotar o termo recursos humanos corre-se, na maioria das vezes, o risco de tratar as pessoas como meros recursos, como coisas, através da direção e do controle, buscando obter delas o maior rendimento possível.

Ao utilizar o termo gestão de pessoas, pode se deixar subentendido um tratamento direcionado, uma certa imposição, considerando algo ou alguém que vai ser gerido, administrado, controlado, de uma maneira apenas passiva.

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Um dos melhores caminhos, sem dúvidas, é não coisificar esses conceitos e as pessoas. É não as conceituar e entendê-las de uma maneira passiva, estática, absorvidas pela inércia. É importante uma diferente conceituação. Entender diferente e o mais importante: praticar diferente.

REFLITA

Nas organizações modernas as vezes é preciso deixar termo “recursos humanos” um pouco de lado e pensando no colaborador, no talento, pensando numa gestão com pessoas. O “com” faz toda a diferença. Desde que saia da teoria e vá para a prática.

Administrar com as pessoas significa tocar a organização juntamente aos colaboradores: os parceiros internos que mais entendem dela, das suas atividades, dos seus negócios e do seu futuro. Isso requer uma nova visão das pessoas, não mais como um mero recurso organizacional, um objeto servil ou mero sujeito passivo do processo produtivo, mas fundamentalmente como um sujeito ativo e provocador de decisões, empreendedor das ações, criador da inovação e agregador de valor dentro das organizações. Mais do que isso, um agente ativo e proativo que dá vida a organização e dotado de inteligência - a maior e mais avançada e sofisticada habilidade humana (Chiavenato, 2014).

Em uma organização, é muito importante não olhar os recursos humanos apenas como indivíduos. Observar as equipes de trabalho, montá-las, treiná-las e desenvolvê-las é ponto fundamental. É muito comum no nosso cotidiano escutarmos a palavra “trabalho em equipe”.

Para a boa execução de um projeto, em todos os seus ciclos, é importante saber sobre a importância do trabalho em equipe e como ele faz a diferença para o sucesso de um projeto.

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Mas afinal, o que isto realmente significa “trabalho em equipe”?

As empresas, que antes tinham um formato de trabalho individual, começaram a entender que era de extrema importância dividir as tarefas, passando a ter um formato de trabalho coletivo. Embora o trabalho coletivo gere conflitos, mobilize recursos, entre outros fatores, em determinados momentos ele é essencial para o sucesso de uma empresa.

Nas empresas, os profissionais terão, em quase todos, os casos a experiência de trabalhar de forma coletiva. O que você precisa estar atendo é que o trabalho coletivo vai muito mais além do que se trabalhar em grupo, é preciso trabalhar em equipe.

Para entender a definição de equipes vamos ver um exemplo prático. Você está em uma organização e seu superior diz: “Você fará parte de uma equipe!” Qual a primeira coisa que vem em sua cabeça? Normalmente as pessoas já associam a resposta àquilo que é o oposto dela: não trabalharei sozinho. De fato, esta resposta está correta, mas trabalhar em equipe é muito além do que simplesmente não executar uma atividade de forma individual.

A primeira coisa é que um trabalho coletivo pode ser realizado em grupo e em equipes. Você deve estar se perguntando agora se isto não significa a mesma coisa. Embora nos dois casos o modo de trabalho é coletivo, existem diferenças.

Observe que o que difere um grupo de uma equipe são, principalmente, os objetivos em comum que os profissionais pretendem alcançar e a forma como os membros interagem coletivamente. Você deve estar atento que embora o trabalho em equipe seja muito comum nas empresas, algumas delas simplesmente desprezam essa forma de trabalho e, ainda aquelas que têm o formato de trabalho em equipe, apresentam alguma deficiência na formação de suas equipes.

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E, ao formar equipes deficientes, um gestor de projetos terá ainda mais dificuldade em treiná-los e desenvolvê-los, principalmente se todos os indivíduos desta equipe malformada tiver interesses e objetivos muito distinto.

Figura 11 - O critério de seleção individual é importante na composição de equipes

Fonte: freepik

Você sabia que nem sempre formar uma boa equipe está a cargo do RH? Porém, o profissional de RH precisa estar atendo para perceber que quando uma boa equipe não é formada, isto vai exigir uma dedicação ainda maior para treinar e desenvolver esta equipe.

É fundamental que uma equipe que faça a composição de um projeto seja qualificada e capacitada. A formação da equipe tem uma estrutura vertical, isto mostra que de alguma forma as estruturas de formação de equipes obedecem a certa hierarquia como, por exemplo: diretores, supervisores e funcionários.

Formar uma boa equipe vai além de entender sua estrutura. É preciso, além de formar uma equipe, treiná-la e desenvolvê-la. O desenvolvimento de uma equipe pode ser realizado a fim

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de atender dois objetivos distintos. Se a empresa que você irá trabalhar, por exemplo, está com algum problema nas relações internas entre os indivíduos de determinado setor, é provável que o gestor precise fazer com que haja um treinamento que busque um desenvolvimento intraequipes. Porém, se o problema desta empresa é entre diversos setores, o gestor precisará desenvolver os setores de forma interequipes.

Os gestores de um projeto devem saber identificar se os problemas são dentro de um determinado setor ou entre setores, ou seja, onde é necessário executar melhorias no desempenho do trabalho. Ter sensibilidade para identificar isto fará com que você desenvolva cada vez mais o trabalho de sua equipe em prol do projeto e da empresa.

Suponha que João trabalhe no departamento administrativo de uma empresa e necessite de um relatório financeiro para tomar uma decisão importante. É necessário que o departamento financeiro disponibilize este relatório. Porém, Antônio, que trabalha no departamento financeiro não quer liberar o relatório para João, pois sempre há problemas entre os dois departamentos e ele viu nesta atitude uma forma de prejudicar João e o seu departamento. Você é responsável por dois departamentos e precisar resolver imediatamente este problema. O que você faria?

Naturalmente é preciso que haja um treinamento em busca de um desenvolvimento interequipes. Resolver os problemas dentro de apenas um único setor não seria a melhor alternativa, uma vez que o problema é entre os dois departamentos. Se você respondeu interequipes, você já começa a desenvolver um entendimento positivo sobre a formação de grupos, como treinar, desenvolver e trabalhar com eles.

O desenvolvimento de uma equipe não acontece de forma desordenada. Ela é feita através de etapas que se inicia na definição da equipe e termina com a criação e definição de um plano de acompanhamento.

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Quando treinamos e desenvolvemos equipes estamos naturalmente lidando com pessoas. Cada pessoa vai requerer uma atenção especial. Isto mostra que treinar e desenvolver uma equipe são pontos extremamente delicados. Uma das teorias que falam sobre as personalidades humanas virou um diagrama, que ficou conhecido como “Eneagrama de Personalidade”.

SAIBA MAIS

A fim de enriquecer seus conhecimentos e saber identificar as nove personalidades existentes, leia o artigo “Eneagrama e empreendedorismo: o uso da teoria das personalidades no mundo corporativo”. Clique aqui.

Agora que você já é capaz de entender como deve ser formada uma equipe e a importância de uma boa formação de equipes para treiná-la e desenvolvê-las, podemos prosseguir com nosso estudo. Vamos em frente?

Visto a forma com que as empresas montam suas equipes e como ela as desenvolve você precisa a partir de agora entender que nem sempre estas equipes, uma vez formadas, atuam exatamente como equipes. Em alguns momentos o trabalho coletivo é desempenhado apenas como um grupo e, em outros momentos atuando como verdadeiras equipes. É importante que você compreenda bem este assunto, pois ele é à base do entendimento de como uma equipe atua.

Antes de tratarmos especificamente sobre os métodos de treinamento precisamos entender que existe uma diferença entre treinamento e desenvolvimento. Você sabe qual a diferença entre treinamento e desenvolvimento?

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O treinamento em uma organização é algo muito mais específico e significa, sinteticamente, preparar um funcionário ou um grupo de pessoas para uma determinada função. Já desenvolvimento é algo muito mais amplo, como preparar alguém para toda a vida.

SAIBA MAIS

Para saber mais sobre treinamento e desenvolvimento, interrompa neste momento a leitura deste eBook e leia este excelente artigo: “Avaliação do Sistema de Treinamento e Desenvolvimento em Empresas Paulistas de Médio e Grande Porte”, escrito por Campos, Barduchi, Marques, Ramos, Dos Santos e Becker, publicado em 2004. Clique aqui.

O gestor de um projeto deve ter claro em sua mente que, embora possa desejar desenvolver um determinado profissional ou uma determinada equipe, uma vez que já estudamos que de forma geral as empresas trabalham com grupos e equipes, ele precisa perceber que o desenvolvimento só acontecerá se houver o desejo por parte do indivíduo ou da equipe que será treinada.

Um erro muito comum dos gestores é a falsa impressão que ao treinar determinado grupo de funcionários ele provocará desenvolvimento deste grupo. Reforço, se o funcionário ou um grupo de funcionários não tiver interesse no treinamento e no desenvolvimento profissional, o desenvolvimento não acontecerá.

Entendendo a importância do treinamento e do desenvolvimento vamos estudar agora os principais métodos de treinamento.

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Os principais métodos de treinamento são: treinamento no trabalho, treinamento formal interno, treinamento formal externo, treinamento à distância, integração de novos empregados, trainees e estágios. O gestor deve ter a sensibilidade de perceber qual o método de treinamento mais adequado para diferentes circunstâncias.

Se preciso treinar um grupo de funcionários e este treinamento deve se dar apenas com os funcionários da própria organização e não deve ser realizado dentro da própria empresa, deve se utilizar o método de treinamento formal interno.

Já se o treinamento for com a própria equipe de trabalho e dentro da organização, o método de treinamento mais adequado é o treinamento no trabalho.

Hoje as organizações já realizam muitos treinamentos a distância. Esta modalidade passou a incorporar os programas de treinamentos organizacionais, dada sua flexibilidade e, muitas vezes, eliminando custos de transporte (até o local do treinamento).

RESUMINDO

Não há nada mais problemático do que uma equipe desmotivada e incapaz de funcionar de forma coesa e em equipe. Portanto, a principal responsabilidade do gerente de projeto é garantir uma abordagem profissional em relação à gestão de pessoas.

Treinar e desenvolver pessoas, gerenciar a equipe de forma integral, é crucial para o bom funcionamento da empresa, dos diversos setores, para o bem-estar de cada integrante da equipe e para o alcance dos objetivos da empresa.

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REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1999.

DARNALL Russel; PRESTON John. Project Management from Simple to Complex. University of Minnesota Libraries Publishing, 2016.

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2008.

KERENER, H. Gestão de projetos: as melhores práticas. São Paulo: Bookman, 2002.

VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. 4. ed. Rio de janeiro: Brasport, 2002.

WOILER, S., MATHIAS, W.F. Projetos: planejamento, elaboração e análise. São Paulo: Atlas.

Referências

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