NÃO SERÃO COTADAS
Cálculo 1 / Exame final 2ª Época
27 Janeiro de 2007
Duração: 2 horas e 30 minutosResolva os grupos do exame em folhas separadas.
O uso de máquinas de calcular e telemóveis não é
permitido.
Não serão feitos esclarecimentos individuais sobre questões
durante a prova.
Não se esqueça que tudo é para justificar.
Os cálculos são para simplificar ao máximo.
NOTAS AFIXADAS
31 de Janeiro, às 13.00
CONSULTA PEDAGÓGICA
ÚNICA
Grupo 1 (2 valores)
Comente num máximo de 5 linhas (SE ESCREVER MAIS RISCAMOS!!) as seguintes proposições:
1 (1 valor) O facto de uma certa função f(x) não ser continua num ponto x=x0 pode não impedir a sua aproximação por um polinómio de Taylor de ordem n nesse ponto.
De facto na fórmula n n x x x f n x x x f x x x f x f x f ( )( ) ! 1 ... ) )( ( '' ! 2 1 ) )( ( ' ) ( ) ( ≈ 0 + 0 − 0 + 0 − 0 2 + ( ) 0 − 0
o valor de f(x0) pode ser concretizado, desde que exista.
2 (1 valor) Uma sucessão divergente oscilante tem de ter todos os seus elementos diferentes. De outra forma não apresenta sublimites.
Grupo 2 (3 valores)
Considere a sucessão cujo termo geral é:
∫
−∞ −
=
1e
dx
U
n nx .a) (1 valor) Represente graficamente U1 e U2 enquanto integrais e determine os seus valores.
b) (0.75 valores) Mostre que o termo geral da sucessão é dado por: n n
ne U = 1 .
c) (0.5 valores) Calcule limUn.
d) (0.75 valores) Resolva a inequação em n:
n Un < 1.
Grupo 3 (3 valores)
A AE-FEUNL levou a cabo um estudo que permitiu formular a seguinte relação implícita entre as mesadas M auferidas pelos alunos e o consumo de Tabaco, T, (em certas unidades):
3 3 ln . e M M T =
O comportamento dos alunos está em equilíbrio no ponto M =e. Considere que T = f(M) e )
(T g
M = existem numa vizinhança do ponto de equilíbrio. a) (1 valor) Calcule a expressão genérica de T'= f'(M). b) (1 valor) Calcule a expressão genérica de M'= g'(T).
Determine as seguintes primitivas: a) (1 valor) 2 1 x x P + b) (2 valores) 2 ln x x x P + Grupo 5 (4.5 valores)
Considere os conjuntos assim definidos
{
∈ :1≤ 2 ≤4}
= x R x
A B=
{
x∈R:( )
0.5 2x−4 >2}
a) (1.5 valor) Determine o conjunto A∩B e represente-o em linguagem de intervalos.
b) (1.5 valor) Seja o conjunto D=
(
A∩Z)
∪(B∩Q); determine o interior, a fronteira, o exterior, a aderência e o conjunto derivado de D. Diga ainda se D é aberto ou fechado.c) (1.5 valor) Mostre que a função 1 3 ) ( 2 6 − − = x x x
f tem exactamente dois zeros no conjunto A.
Grupo 6 (1.5 valores)
Considere a função f(x)= x+sinx. Determine os seguintes limites: a) (0.75 valores) lim f(x) x→+∞ . b) (0.75 valores)
(
)
x x f x / 1 ) ( lim +∞ → Grupo 7 (3 valores)O Ministro das Finanças reuniu os seus conselheiros mais próximos e fez-lhes o seguinte briefing :
• Os valores do PIB português são dados por uma função f(x)em que x é o ano.
• Sobre esta função só temos uma informação muito parcial.
• O valor do PIB português foi em 2006 de 138 mil milhões de EUR.
• Sabemos que f'(2006)=0.12.
• Sabemos ainda que
f
''
(
2006
)
=
0
.
3
. E o Ministro concluiu:”sei que pelo menos os alunos da FEUNL são capazes de apresentar num abrir e fechar de olhos uma aproximação ao valor para o PIB de 2007 incorporando toda esta informação”.
a) (2 valores) Por favor não nos deixe ficar mal. Calcule num abrir e fechar de olhos o valor aproximado de f(2007).
Grupo 1 (2 valores)
Falso. Se uma função não é continua não é diferenciável. Pode eventualmente ter um valor para f(x0) mas o que não tem de certeza serão os valores de f'(x0), f ''(x0), etc.
Falso. Pense na sucessão Un =
( )
−1n que tem duas sub sucessões com limites 1 e –1 e cujos termos sãoapenas de dois tipos, 1 e –1.
Oferta: o que a sucessão não tem são pontos de acumulação!
Grupo 2 (3 valores) a) -2 -1 0 1 2 3 -4 -2 2 4 x
[ ]
e e e dx e dx e U x a a a x a x 1 0 1 lim lim 1 1 1 1 = = = = − = − −∞ → − −∞ → − ∞ −∫
∫
-2 0 2 4 6 8 -4 -2 2 x 4[ ]
2 2 1 2 1 2 1 2 2 2 1 0 2 1 lim 2 1 lim e e e dx e dx e U x a a a x a x = = = − = = − −∞ → − −∞ → − ∞ −∫
∫
b)[ ]
n n na n a a nx a a nx a nx n ne n e n e e e n dx e dx eU lim lim 1 1 lim 1
d) n Un 1 < ⇔ n nen 1 1 < ⇔ 1n <1 e ⇔ >1 n
e : esta desigualdade é sempre verificada dado que por definição n≥1.
Ou seja, o valor numérico de U é sempre inferior ao inverso da ordem. n
Grupo 3 (3 valores)
a)
Para calcular T'= f'(M)vamos considerar a função T = f(M) definida implicitamente e derivar a expressão dada tendo em linha de conta que T é função de M:
3 3 ln . e M M T =
⇒
3 2 3 ' . ln 1 . e M T M M T + =⇒
M
M
T
e
M
T
ln
3
3 2 '−
=
b)Para calcular
M
'
=
g
'
(
T
)
vamos considerar a funçãoM
=
g
(T
)
definida implicitamente e derivar a expressão dada tendo em linha de conta que M é função de T:3 3 ln . e M M T =
⇒
3 2'
3
'
ln
e
M
M
M
M
T
M
+
=
⇒
M T e M M M − = 3 2 3 ln ' c)Primeiro há que determinar o ponto de equilíbrio. Se M =e
⇒
T =1. Em (T,M)=(1,e) vem então Pela alínea a) e e f T'= '( )= 2 Pela alínea b) e g M 2 1 ) 1 ( ' '= =Não, não é uma surpresa. É sabido que teria de ser
(
x x)
P x P x x x P x x x x P x x x P ln2 2 ln2 1 −2ln 1+ −2ln = + = + = + Como x C x P = + ln 1(
)
C x x x x P x x x x P x x x x P =− − + + − = − − − = − − − ln ln 1 ln 1 ln 1 2 1 1 2 Logo C x x x x x x x P x x x x P x x x P = − − + + = + = +ln ln 1 −2ln ln ln 1 2 2 2 Grupo 5 (4.5 valores) a) Sobre A 1≤x2 ≤4 ⇔ −2≤ x≤−1 ∨ 1≤x≤2 donde A=[
−2,−1] [
∪ 1,2]
Sobre B( )
0
.
5
2x−4>
2
2 4 1 2 2 > ⇔ − x+ 1 4 2 + > − x ⇔ 2 3 < x donde =−∞ 2 3 , B Então ∩ =[
− −]
∪ 2 3 , 1 1 , 2 B Ab) Por palavras: D é o conjunto
Derivado de D: −∞ 2 3 ,
O conjunto D não é aberto (pois não coincide com o seu interior) nem fechado (pois não coincide com a sua aderência).
c) A função 1 3 ) ( 2 6 − − = x x x
f tem o seguinte comportamento no conjunto A Em
[
−2,−1]
f(−2)>0f(−1)<0
donde pelo corolário do Teorema de Bolzano, terá pelo menos um zero em
[
−2,−1]
pois a função é contínua.Em
[ ]
1,2 f(1)<0 f(2)>0donde pelo corolário do Teorema de Bolzano, terá pelo menos um zero em
[ ]
1,2 pois a função é contínua. A unicidade das raízes em cada intervalo conclui-se pelo estudo da monotonia da função nos intervalos através da derivada f'(x)=2x5 −2x.Zeros de 'f : 0 2
2x5 − x= ⇔x=0∨x=−1∨x=1. Vê-se facilmente que f é decrescente até x=−1 e crescente a partir de x=1, donde a impossibilidade de existirem outras raízes além das detectadas pelo referido corolário.
0 5 10 15 20 -4 -2 2 4 x
A título
mais do que complementar
oferecem-se as famigeradas raízes
+
+
+
+
±
=
2
12
4
5
12
4
5
4
5
4
12
2
2
2 3 3 3x
Esta expressão, inatingível para o comum dos mortais, mostra o poder do corolário: não sabemos determinar uma raiz mas sabemos que ela lá está e podemos partir à sua procura por métodos mais sofisticados!!!
Caso no futuro aprofunde estudos onde apareçam equações como 1 0 3 2 6 = − −x x
a) =
(
+)
=(
+)
=+∞ +∞ → +∞ → +∞ → f x x x x x x xxlim ( ) lim sin lim sin
b) lim
(
( ))
1/ = lim(
+sin)
1/ =+∞0+∞ → +∞ → x x x
x f x x x que é uma indeterminação. Segundo o padrão, devemos
calcular o logaritmo do limite.
(
)
(
)
(
)
(
)
x x x x x x x x x x x x x x x x sin ln lim sin ln 1 lim sin ln lim sin lim ln + 1/ = + 1/ = + = + +∞ → +∞ → +∞ → +∞ → , uma novaindeterminação a levantar pela regra de Cauchy
(
)
0 sin cos 1 lim 1 sin cos 1 lim sin ln lim . . = + + = + + = + +∞ → +∞ → +∞ → x x x x x x x x x x x C Rx pois é o quociente entre uma função limitada e
um infinitamente grande. Portanto
(
sin)
1 lim + 1 = 0 = +∞ → x x e x x Grupo 7 (3 valores) a) 2)
1
)(
2006
(
''
2
1
)
1
)(
2006
(
'
)
2006
(
)
2007
(
f
f
f
f
≈
+
+
27
.
138
3
.
0
2
1
12
.
0
138
)
2007
(
≈
+
+
=
f
b)O resto de Lagrange, único que estudámos, é
(
(
)
)
(
)
!
1
)
(
( 1) 1c
f
n
a
x
x
R
n n n + ++
−
=
que neste caso seconcretiza assim, já com o necessário módulo para encontrar o majorante: