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GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO E DO PAISAGISMO: Uma análise do Parque Linear do Sétimo Céu em Passo Fundo, RS.

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GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO E DO PAISAGISMO: Uma análise

do Parque Linear do Sétimo Céu em Passo Fundo, RS.

EVANISA F. R. Q. (01); BORTONCELLO, LAURA (02); CENCI, ÉDHYNA G.

(03); DALLA LIBERA, LUISE T. (04); FRANDOLOSO, MARCOS A. L. (05);

GIGLIOLI, ADILSON (06); GOBB, JANAINE (07); HUTHER, MÁRCIA C. (08);

MARSIGLIO, ISADORA R. (09); MASCHEN, MAKELI (10); MANFRO, SHAUANE

(11); MELO, ADORIAN, MARIANE M. (12); REGINATO, NAUANA DA C. (13).

1. Universidade de Passo Fundo. Curso de Arquitetura e Urbanismo BR 285, Bairro São José, Campus I, Passo Fundo, RS, CEP 99052-900

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RESUMO

Passo Fundo é uma cidade localizada ao norte do estado do Rio Grande do Sul com significativo crescimento populacional e territorial. Tal crescimento demanda uma maior quantidade de espaços públicos de lazer, caracterizados em áreas verdes, parques e praças. Este artigo tem por objetivo fazer uma análise da gestão da arborização, paisagismo e mobiliários na implantação do Parque Linear do Sétimo Céu, localizado no bairro Petrópolis, analisando como a implantação do parque modificou o entorno no bairro impactando positivamente os moradores das imediações. O Parque Linear distribui-se em onze canteiros centrais da Avenida Rui Barbosa, bairro Petrópolis, sendo 12 mil m², atendendo diretamente a uma população aproximada de 20 mil pessoas. A revitalização deste espaço é uma demanda antiga da comunidade, pois o local estava em desuso e sem nenhum atrativo à população, porém, possuía grande potencial paisagístico urbano e agora oferece um local de integração para a comunidade com atividades de lazer e esportes, também nesta área, localiza-se um marco do município no qual é possível contemplar a cidade através de um mirante. Para o desenvolvimento deste estudo foi realizada uma pesquisa analisando as principais características e finalidades de parques lineares, assim como sua função no meio urbano, também, se observou a localização do Parque Linear do Sétimo Céu em relação à cidade de Passo Fundo/RS e o bairro Petrópolis levando em consideração a quantidade de pessoas das imediações que foram atingidas com a reformulação deste espaço, assim como as mudanças que este eixo verde trouxe para os usuários do local. Em uma comparação da antiga com a nova implantação do parque, observou-se que as espécies existentes foram mantidas sendo complementadas com um novo paisagismo, mobiliário e infraestruturas urbanas, fazendo com que o espaço mantivesse algumas características visuais. Constata-se que a remodelação deste espaço foi bem recebida pela população a qual se apropriou de forma positiva no espaço, criando um novo local de lazer e recreação na cidade, trazendo também, benefícios na paisagem urbana por meio do paisagismo implantado qualificando o espaço.

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Introdução

No Brasil cerca de 84,4% da população vive em áreas urbanizadas de acordo com o IBGE (2011), e geralmente estas áreas possuem poucos espaços livres de edificações com possibilidades de integração entre as pessoas e a natureza. A falta destes espaços verdes é decorrência da crescente urbanização, muitas vezes desordenada, tendo como consequência a extinção parcial de áreas verdes originais e substituição destas, por áreas impermeáveis. Este aumento de massa construída quando não planejada de modo a melhor utilizar o solo, pode acarretar consequências, não somente ambientas e geológicas, mas na saúde física e mental das pessoas que vivenciam estes lugares diariamente.

De acordo com o art. 8º, § 1º, da resolução CONAMA nº 369/2006, considera-se área verde de domínio público "o espaço de domínio público que desempenhe função ecológica, paisagística e recreativa, propiciando a melhoria da qualidade estética, funcional e ambiental da cidade, sendo dotado de vegetação e espaços livres de impermeabilização". A necessidade de áreas verdes em meio às massas construídas é crescente desde o século XIX quando já se discutia a importância da arborização e de espaços verdes nos aglomerados urbanos, mas foi apenas no século XX com o caos da insalubridade vivida nas cidades que estes espaços verdes tiveram de fato o início de implantação. Na metade do século XX iniciou-se a implementação de atividades lúdicas e esportivas nos parques, o que modificou a característica de parque urbano que se tinha anteriormente, tornando um espaço de maior apropriação pela população onde se objetiva não apenas o passeio, mas a prática de atividades de lazer, com quadras, playgrounds, anfiteatros, comércio e outros recursos. Este modelo permanece até hoje em boa parte dos parques brasileiros (Montelli, 2008; Segawa, 2005, p.255).

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De acordo com estudos realizados por Alves e Gouveia (1995), regiões periféricas a áreas verdes urbanas possuem uma valorização imobiliária maior referente a outras áreas onde não possuem uma área pública qualificada. Destaca-se também que moradores de locais próximos a estes espaços públicos apresentam um baixo índice de mudança de residência. Outros elementos relacionados a qualidade de vida das pessoas foram analisados pelos autores onde se percebe que moradores e frequentadores de espaços públicos urbanos como parques, por exemplo, relatam sua satisfação em viver nesta localidade. Estas áreas em geral, apresentam melhores níveis de segurança pública, consequentemente diminuição do vandalismo, bem como apresentar redução do consumo de energia devido aos maciços verdes característicos que diminuem a radiação solar, amenizando o aquecimento excessivo das residências próximas.

Com base nesse conceito de implantação de parques urbanos, pensados para a comunidade e que atendam às suas necessidades e anseios melhorando na qualidade de vida e contribuindo para a formação cultural de cada cidadão, Noal et al. (1998, p.13) traduzem este desafio como a

“necessidade de criação de condições que permitam as transformações culturais e sociais necessárias, as quais devem ocorrer numa relação de recorrência e sinergia: as mudanças dos comportamentos individuais devem se reverter na construção de novas relações sociais que por sua vez resultam em estímulos e condições para a construção de uma nova visão de mundo pelos seres humanos”.

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manejados “espaços para múltiplos propósitos tais como, ecológicos, recreacionais, culturais, estéticos e outros condizentes com o conceito de uso sustentável do solo” (Ahern, 1995). Este conceito de parque linear definido por Ahern encaixa-se nos parâmetros avaliados neste estudo, onde o espaço proposto possui características de funcionalidade e efemeridade compatíveis com as determinações conceituais do autor estudado.

O conceito de parque linear parece novo, no entanto, ele já aparece na Europa ainda no século XIX, como um projeto inovador que objetivava a solução de problemas de planejamento urbano. O arquiteto, paisagista e botânico Frederick Law Olmsted que também era agricultor, é considerado o precursor da ideia da utilização de parques lineares no meio urbano por ter sugerido a ligação através de parques, com outros espaços abertos e sua vizinhança (Carniatto; Cardoso; 2012, p.154-166), Frederick também foi o mentor do Central Parkde Nova Iorque e o parque Mont-Royal de Montréal.

O parque linear em questão se diferencia do conceito de parque linear expresso pelos autores analisados pelo fato de não possuir em sua longitudinalidade um curso d’água como é comum nos casos de parques lineares, porém detêm todas as demais características e funções recorrentes a estes espaços verdes, como a garantia de permeabilidade do solo, atividades esportivas, culturais, lúdicas, contemplativas e de lazer, proporcionando melhor qualidade de vida aos usuários e auxiliando no desenvolvimento sustentável da cidade. Searns (1995, p.65-80 apud Friedrich, 2012), afirma que

‘’parque linear insere as necessidades urbanas de promoção recreacional, educacional e de coesão social, podendo oferecer uma diversidade de atividades de recreação de baixo custo para a população. No que se refere aos aspectos sócio-culturais, o parque deve englobar principalmente ações de educação ambiental, cidadania, culturais e de pesquisa, além dos usos frequentes tais como o lazer ativo e contemplativo e a circulação não-motorizada’’.

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Metodologia

O trabalho foi desenvolvido na cidade de Passo Fundo/RS, especificamente no Parque Linear do Sétimo Céu no Bairro Petrópolis. O desenvolvimento do artigo se deu a partir da realização de estudos referentes aos conceitos de parques lineares e suas principais características e aplicações ao longo da história dos parques no Brasil e no mundo. Tais conceitos são essenciais para a realização do trabalho tendo em vista a importância da existência destes parques nos centros urbanos, cada vez mais massificados e pouco arborizados. As análises partem da teoria para a prática, ou seja, dos conceitos escritos para a execução do parque no bairro da cidade de Passo Fundo.

Como base de dados para a realização do estudo, foi realizada a identificação e caracterização da área de implantação do parque, através da localização na malha urbana da cidade, evidenciandoo local onde está inserido o Parque Linear do Sétimo Céu, bem como sua abrangência no bairro. Esta identificação foi importante para iniciar as análises acerca da implantação do parque e analisar a proposta de revitalização dos canteiros centrais da Avenida Rui Barbosa.

Na nova implantação do parque foi avaliada como a revitalização dos onze canteiros foi recebida pela população e como as novas atividades propostas estão influenciando na apropriação deste espaço público e na melhoria da qualidade de vida dos usuários, assim como na promoção da vida em sociedade, através do convívio nas áreas de lazer do parque. Também, foi analisada a qualidade da infraestrutura instalada, mobiliários e equipamentos urbanos, assim como a acessibilidade universal dos espaços, tanto na realização das atividades como na nova pavimentação proposta. Estes itens são fundamentais em um parque, visto que se trata de um espaço público e teoricamente deve estar apto a receber as pessoas de todas as faixas etárias, com infraestrutura adequada e segurança aos usuários. Outro item observadofoi a forma de concepção da comunicação visual em toda a extensão do parque, a maneira como foi tratada para atender às pessoas portadoras de necessidades espaciais e as informações contidas nas placas e totens. Em sequência as análises dos equipamentos e mobiliários, foi apresentada uma avaliação da vegetação já existente antes da reformulação do parque, e que permaneceu após as revitalizações, mostrando de que forma esta vegetação que caracteriza o local, em relação aos moradores das proximidades, foi valorizada no novo paisagismo proposto no projeto do parque.

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dos resultados alcançados com a implantação deste parque no município de Passo Fundo, caracterizando as mudanças que a execução do parque causou para o entorno do mesmo.

Caracterização da área de estudo

O Parque Linear do Sétimo Céu está localizado no município de Passo Fundo/RS, ao norte do estado do Rio Grande do Sul, conforme Figura 1, Passo Fundo é o maior município do norte do estado com área territorial de 783.421km² (IBGE, 2015), classificando-se como cidade de porte médio. Segundo informações do IBGE (2010), o município conta com uma população 196.739 habitantes e sendo uma das cidades mais densas do estado com 235,92 pessoas/Km². Também, é conhecida como "Capital do Planalto Médio" e a "Capital Nacional da Literatura". Dentro da malha urbana o Parque Linear do Sétimo Céu, localiza-se no bairro Petrópolis conforme mostra a Figura 2. O bairro Petrópolis é o segundo bairro mais valorizado e importante da cidade, possui cerca de 20 mil habitantes, 10,16% do total do município; o bairro possui dois importantes delimitadores territoriais que são: o rio Passo Fundo e a BR 285, os mesmos se cruzam em duas posições geográficas diferentes.

Figura 1. Localização do Rio Grande do Sul e Passo Fundo.

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O local onde foi implantado o Parque Linear trata-se de onze canteiros centrais da Avenida Rui Barbosa no bairro Petrópolis, com 1,5 Km de comprimento linear e compreendendo uma superfície de 28.723,02m² (Figura 3). A área está inserida no mapa de zoneamento urbano da cidade de Passo Fundo/RS, parcialmente na Zona de Transição (ZT) na sua extensão e, sendo que no início leste da Avenida Rui Barbosa, o zoneamento do local configura-se como Zona de Ocupação Intensiva 02 (ZOI2). Isso significa que o parque está inserido em duas zonas com níveis de ocupação do solo consideravelmente elevados, chegando a até 80% em uma das zonas, o que possibilita à área um adensamento bastante grande nas imediações do parque, justificando ainda mais esta reformulação e transformação dos onze canteiros centrais transformando-os em um parque linear que liga dois importantes pontos da cidade de Passo Fundo/RS e proporcionam a esta população imediata um local de descontração e lazer melhorando na qualidade de vida urbana.

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Resultados

Análise da implantação do parque no bairro

O Parque Linear do Sétimo Céu consiste na revitalização dos onze canteiros centrais da Avenida Rui Barbosa (Figura 4), a proposta foi de transformá-los em uma área de lazer e contemplação para a população local. O desejo da implantação do parque era uma antiga demanda da comunidade, com objetivos de manter o meio ambiente preservado, promover a educação ambiental e proporcionar aos habitantes um novo ambiente de lazer e desporto próximos de suas casas, além de melhorar a mobilidade de quem utiliza este espaço periodicamente.

Figura 4: Implantação proposta ao Parque Linear do Sétimo Céu, Passo Fundo, RS, 2016.

Autor: Adaptado de PMPF, 2016.

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ao ar livre, bicicletário público, bancos, lixeiras, estacionamento para o comércio local, placas informativas e um belo paisagismo que integrou a vegetação existente às novas espécies propostas. Como se pode observar na Figura 5, pessoas de diversas faixas etárias se apropriam do espaço durante o dia todo para a realização de caminhadas, esportes radicais, atividades na academia ao ar livre, ou apenas utilizando como passagem e espaço de contemplação.

Figura 5. Apropriação das pessoas no parque, 2016.

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Tal apropriação é feita não só por adultos, mas também pelas crianças (Figura 6), que receberam um playground equipado com diferentes brinquedos e podem usufruir do mesmo durante todo o dia, para que se obtivesse segurança do espaço destinado às crianças, há uma grade metálica que separa os brinquedos da ciclovia e da avenida, criando um espaço semiaberto, porém seguro para as crianças e seus acompanhantes.

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Figura 6. Playground permeável e protegido em apenas uma lateral, Passo Fundo, 2016.

Tendo em vista a função social do parque de integrar as pessoas a um espaço público, a falta de acessibilidade limita o acesso daqueles que possuem algum tipo de mobilidade reduzida, seja ela temporária ou permanente, tornando-se um ponto negativo na implantação deste importante eixo integrador do bairro.

A comunicação visual do Parque é feita a partir de placas informativas em toda a extensão do parque, a Figura 7 retrata uma placa com instruções sobre o uso da academia, percebe-se que houve uma preocupação com instruções da correta forma de utilização dos equipamentos a fim de que não ocorram acidentes, assim como a advertência para que sempre se procure um profissional que possa instruir os exercícios adequadamente dependendo da capacidade física de cada indivíduo. A comunicação visual também está exposta nas cores dos pisos, onde é possível o direcionamento do público, a informação de outros equipamentos, ou a criação de barreira visual, instruindo as pessoas a seguir pelas áreas de calçamento.

Figura 7. Placa informativa do Parque

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em toda a extensão do parque. Nas áreas de playground foi utilizada grama tornando um espaço de infiltração das águas pluviais, conforme Figura 8.

Figura 8. Aspecto da pavimentação permeável do parque linear, Passo Fundo, 2016.

Além dos benefícios à população, o parque também trouxe segurança aos estudantes da faculdade existente nas imediações, visto que foi colocada uma nova parada de ônibus junto ao parque e mais iluminação ao longo de sua extensão. O tempo de implementação do parque linear foi de oito meses de obras, que modificaram a paisagem urbana do local a fim de atender os objetivos propostos, principalmente o de integrar as pessoas da comunidade a esse importante espaço público.

Análise da vegetação do parque

A crescente urbanização desenfreada priva os habitantes da área urbana de áreas verde, com isso, quando um espaço urbano ocioso é revertido em uma área verde urbana qualificada, aumenta o número de opções de lazer ao ar livre a todos os usuários diretos e indiretos. O Parque Linear do Sétimo Céu é um exemplo característico de uma área urbana que estava em desuso e possuía um grande potencial de se tornar um elemento de encontro entre as pessoas e proporcionar um contato mais direto da população com a natureza em meio à paisagem urbana bastante densa e consolidada.

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sombreamento criado ou pela contemplação destas. Com o projeto do parque, tais espécies de plantas foram mantidas e um novo paisagismo foi implantado, com flores e árvores, realizando o manejo necessário nas espécies arbustivas e arbóreas. A permanência desta vegetação existente na nova implantação do parque, fez com que não se perdesse algumas características que o espaço já possuía, como forma das copas mais altas e cor das flores destas árvores. Este é um ponto positivo, pois não descaracteriza a pré-existência, mas assim a valoriza e a utiliza em prol da nova implantação.

Discussões

A análise da implantação do Parque Linear do Sétimo Céu traz como resultados imediatos a importância da gestão urbana de áreas verdes nas cidades em dias atuais, uma vez que estas áreas são importantes para o desenvolvimento saudável dos habitantes e, no âmbito da cidade, para tornar a paisagem urbana agradável, melhorar a qualidade do ar e de convívio entre as pessoas. Proporcionar à população locais públicos de lazer e esportes faz com que o município se destaque na integração entre seres humanos e natureza e na valorização e conscientização das pessoas para o cuidado e manutenção destes espaços. Para tanto, a comunicação entre a população e o poder público foi essencial para que se obtivesse como resultado a revitalização dos canteiros, considerando que o parque foi idealizado pelos moradores do bairro Petrópolis, e que, com o empenho e exposição das ideias foi possível chegar a resultados positivos que hoje abrangem uma população bem maior que apenas as imediações do parque.

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Conclusões

Pelos resultados encontrados pode-se concluir a evidente apropriação do espaço pela população e sobre a forma de gestão dessa área verde que se tornou ponto de encontro principalmente no bairro Petrópolis. Verificou-se pelo incentivo na criação e preservação de eixos verdes lineares em áreas urbanas consolidadas a importância destes espaços públicos presentes e disponíveis a todos os habitantes da cidade, proporcionando atrativos com qualidade que permitam os usuários criar novas relações com os espaços públicos, assim como, apropriar-se do mesmo de modo a cuidá-lo como uma extensão do pátio de sua casa. Estes locais visam à integração do homem com a natureza, a recreação, a realização de esportes ao ar livre, a melhoria da situação física e mental dos usuários destas áreas, assim como a possibilidade contemplativa destes espaços que possibilita relaxamento em meio ao caos que se percebe hoje nas cidades de maior porte. Estes conceitos de utilização de espaços públicos, aliados a preservação ambiental e a obtenção de áreas permeáveis nas cidades são muito defendidos por diversos autores estudados e se pode observar a implementação na prática, executada no Parque Linear do Sétimo Céu comprovando que estes locais podem sim ser qualificados nas cidades, basta ter planejamento e gestão destes espaços.

É as pessoas que dão vida a cidade e é a elas que a gestão urbana deve estar voltada, de modo que seja possível sentir-se seguro em ambientes públicos e respeitar o que é de todos apropriando-se destes espaços que também fazem parte da responsabilidade de todos os cidadãos como a extensão de suas casas.

Referências

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