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I S A A A SERVIÇO INTERNACIONAL PARA A AQUISIÇÃO DE APLICAÇÕES EM AGROBIOTECNOLOGIA. Relatórios ISAAA RELATÓRIO 35

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Área global de lavouras GM Em milhões de hectares (1996 a 2006)

Por Clive James

Presidente do Conselho Diretor do ISAAA

Relatórios ISAAA

RELATÓRIO 35

Plantações GM em 22 países Total Países industrializados Países em desenvolvimento

Fonte: Clive James, 2006

Aumento de 13%, 12 milhões de hectares ou 30 milhões de acres entre 2005 e 2006.

Situação Global das Lavouras Geneticamente Modificadas (GM)

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Por Clive James

Presidente do Conselho Diretor do ISAAA

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O ISAAA é grato à Ibercaja e à Rockefeller Foundation pelo apoio à preparação desta súmula e sua livre distribuição nos países em desenvolvimento. O objetivo é fornecer informações e conheci-mentos à comunidade científica e à sociedade, em referência às culturas GM para intermediar uma discussão informada e transparente que se relacione com seu papel para a segurança de alimentos, rações e fibras e para alcançar uma agricultura mais sustentável. O autor, não os co-patrocinadores, assume completa responsabilidade pelos pontos de vista expressos nesta publica-ção e por quaisquer erros, omissões ou interpretações errôneas.

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James, C. 2006. Global Status of Commercialized Biotech/GM Crops: 2006. ISAAA Briefs No. 35. ISAAA: Ithaca, NY.

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Tabelas

Tabela 1. Área global das lavouras GM de 1996 a 2006.

Tabela 2. Área global das lavouras GM em 2005 e 2006: países industrializados e em desenvolvimento (milhões de hectares).

Tabela 3. Área global das lavouras GM em 2005 e 2006: por país (milhões de hectares). Tabela 4. Adoção do algodão Bt na Índia por estados principais (milhares de hectares).

Tabela 5. Utilização de eventos/ híbridos de algodão Bt aprovados por região da Índia em 2006. Tabela 6. Utilização de eventos/ híbridos de algodão Bt aprovados por companhias na Índia

de 2002 a 2006.

Tabela 7. Adoção de culturas GM na África do Sul de 2001 a 2006 (milhares de hectares). Tabela 8. Área global das lavouras GM em 2005 e 2006: por cultura (milhões de hectares). Tabela 9. Área global das lavouras GM em 2005 e 2006: por característica (milhões de hectares). Tabela 10 Culturas GM dominantes em 2006 (milhões de hectares).

Tabela 11. Área Global de Culturas GM, em % da área global das principais culturas, 2006 (milhões de hectares).

Tabela 12. Valor global do mercado de culturas GM de 1996 a 2006.

Tabela 13. Situação global dos produtos GM que receberam aprovação desde 1996. Tabela 14. Número de eventos aprovados por cultura.

Tabela 15. Eventos mais aprovados – Top 8.

Tabela 16. Produção mundial de etanol por país em 2005. Tabela 17. Produção mundial de biodiesel por país em 2005.

Figuras

Figura 1. Área global das lavouras GM de 1996 a 2006 (milhões de hectares). Figura 2. Área global das lavouras GM de 1996 a 2006: países industrializados e em

desenvolvimento (milhões de hectares).

Figura 3. Área global (milhões de hectares) das lavouras GM, de 1996 a 2006: por país, megapaís, e para os oito principais países.

Figura 4. Aprovação de eventos e híbridos de algodão Bt na Índia em 2006.

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• Em 2006, o primeiro ano da segunda década da comercialização de culturas da biotecnologia (No Brasil, o nome mais comum é: culturas GM, usado, a seguir, neste texto. NT) a área global das culturas GM continuou a crescer, pelo décimo ano consecutivo, a uma taxa sustentada de dois dígitos de 13%, ou 12 milhões de hectares (30 milhões de acres), alcançando 102 milhões de hectares (252 milhões de acres). Isso é um marco histórico; pois, pela primeira vez, 100 milhões de hectares de culturas GM são cultivados em um mesmo ano. Para levar em conta o uso de duas ou três “caracte-rísticas acumuladas”, que proporcionam múltiplos benefícios em apenas uma variedade GM, os 102 milhões de hectares, expressos como “hectares por característica”, são 117,7 milhões, ou seja, 15% a mais dos estimados 102 milhões de hectares.

As culturas GM atingiram vários marcos em 2006: a área anual de culturas GM excedeu 100 milhões de hectares (250 milhões de acres); pela primeira vez, o número de produtores desenvolvendo cultu-ras GM (10,3 milhões) excedeu 10 milhões; a área acumulada, de 1996 a 2006, excedeu meio bilhão de hectares, com 557 milhões (1,4 bilhão de acres), em aumento de 60 vezes, sem precedentes, entre 1996 e 2006, tornando-se a tecnologia agrícola mais adotada da história recente.

É notável que o aumento, ano a ano, de 12 milhões de hectares, em 2006, tenha se tornado o segundo maior dos últimos cinco anos em área absoluta, apesar de as taxas de adoção nos EUA, o principal produtor de culturas GM, estarem acima de 80% para soja e algodão. É notável, também, que, em 2006, a Índia, o maior produtor de algodão do mundo, tenha registrado um aumento proporcional, o impressionante resultado de quase três vezes sua área de algodão Bt, alcançando 3,8 milhões de hectares.

Em 2006, o número de países desenvolvendo culturas GM aumentou de 21 para 22, com o país da UE, Eslováquia, plantando milho Bt pela primeira vez, na verdade, um total de 25 países com cultu-ras GM na UE, anteriormente, 6. A Espanha continuou a ser o país líder na Europa, cultivando 60.000 hectares em 2006. É importante notar que a área coletiva de milho Bt nos outros países (França, República Checa, Portugal, Alemanha e Eslováquia) aumentou cerca de cinco vezes: de aproximada-mente 1.500 hectares, em 2005, para aproximadaaproximada-mente 8.500 hectares, embora em pequenas áreas; espera-se que o crescimento nesses cinco países continue em 2007.

10,3 milhões de produtores, em 22 países, plantaram culturas GM em 2006, com 8,5 milhões em 2005. Dos 10,3 milhões, 90% ou 9,3 milhões (significativamente mais que os 7,7 milhões, em 2005) eram pequenos, pobres em recursos, em países em desenvolvimento, cuja renda aumentada pelas culturas GM contribuiu para o alívio da pobreza. Dos 9,3 milhões de pequenos fazendeiros, em sua maioria cultivando algodão Bt, 6,8 milhões estão na China; 2,3 milhões, na Índia; 100.000 nas Filipi-nas; vários milhares na África do Sul, com o saldo em outros sete países em desenvolvimento que plantaram culturas GM, em 2006. Esta modesta contribuição inicial das culturas GM à Meta de

Situação Global das Lavouras GM Comercializadas: 2006

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Desenvolvimento do Milênio, de reduzir a pobreza em 50%, em 2015, é um acontecimento impor-tante, com enorme potencial na segunda década de comercialização, de 2006 a 2015.

Uma nova cultura GM, Alfafa tolerante a herbicida, foi comercializada pela primeira vez nos EUA, em 2006. A alfafa RR® tem a distinção de ser a primeira cultura GM perene a ser comercializada e foi plantada em 80.000 hectares, ou 5% dos 1,3 milhão de hectares de alfafa provavelmente semeados nos EUA, em 2006. O RR® Flex, algodão tolerante a herbicida, foi lançado em 2006, ocupando uma área substancial de mais de 800.000 hectares em seu primeiro ano e foi plantado como característica única e como produto acumulado nos EUA, em uma pequena área na Austrália. Na China, notavel-mente, uma cultura frutícola/alimentar, um mamão resistente a vírus desenvolvido localnotavel-mente, foi recomendado para comercialização no final de 2006.

Em 2006, os 22 países que plantam culturas GM compreendiam 11 países em desenvolvimento, 11 países individuais; eles eram, em ordem de área, EUA, Argentina, Brasil, Canadá, Índia, China, Paraguai, África do Sul, Uruguai, Filipinas, Austrália, Romênia, México, Espanha, Colômbia, França, Irã, Honduras, República Checa, Portugal, Alemanha e Eslováquia. Notavelmente, os oito primeiros plan-taram mais de um milhão de hectares cada –portanto uma ampla e estável base para o crescimento futuro das culturas GM.

Pela primeira vez, a Índia cultivou mais algodão Bt (3,8 milhões de hectares) do que a China (3,5 milhões de hectares) e subiu, na classificação mundial, duas posições, para o 5º lugar, passando a China e o Paraguai.

É notável que mais da metade (55%, ou 3,6 bilhões de pessoas) da população mundial de 6,5 bilhões moram nos 22 países onde as culturas GM foram desenvolvidas em 2006, gerando múltiplos benefí-cios significativos. Do mesmo modo, mais da metade (52%, ou 776 milhões de hectares) do 1,5 bilhão de hectares de terra cultivável no mundo estão nos 22 países onde culturas GM aprovadas foram desenvolvidas em 2006.

Em 2006, os EUA, seguidos pela Argentina, Brasil, Canadá, Índia e China continuaram a ser os prin-cipais adotantes das culturas GM no mundo, com 54,6 milhões de hectares plantados nos EUA (53% da área GM global) dos quais, aproximadamente, 28% eram de produtos acumulados, contendo duas ou três características. Os produtos acumulados, atualmente em uso nos EUA, Canadá, Austrália, México, África do Sul e Filipinas, são uma tendência importante e crescente, que enfrenta muitas limitações de produtividade dos fazendeiros.

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1 GM Crops: The First Ten Years – Global Socio-economic and Environmental Impact by Graham Brookes and Peter

Barfoot, P.G. Economics.2006.

180%, com um aumento impressionante na área de milho branco e amarelo, e as Filipinas com 100%, também devido a um aumento significativo na sua área de milho GM.

A soja GM continuou a ser a principal cultura GM, em 2006, ocupando 58,6 milhões de acres (57% da área GM global), seguida pelo milho (25,2 milhões de hectares, 25%), algodão (13,4 milhões de hectares, 13%) e canola (4,8 milhões, 5% da área GM global).

Desde o início da comercialização, em 1996, até 2006, a tolerância ao herbicida tem sido dominan-te, seguida pela resistência a insetos e genes acumulados para as duas características. Em 2006, a tolerância ao herbicida, colocado na soja, milho, canola, algodão e alfafa, ocupou 68% ou 69,9 milhões de hectares da área GM global de 102 milhões de hectares, com 19,0 milhões de hectares, (19%) plantados com culturas Bt, e 13,1 milhões de hectares (13%) com as características acumula-das, Bt e tolerância ao herbicida. O produto acumulado foi o grupo de característica de crescimento mais rápido entre 2005 e 2006, em torno de 30%, comparados com 17% para resistência a inseto e 10%, para tolerância ao herbicida.

No período de 1996 a 2006, a proporção da área global de culturas GM plantadas nos países em desenvolvimento aumentou consistentemente todos os anos. Quarenta por cento da área global de culturas GM em 2006, equivalentes a 40,9 milhões de hectares, foram plantadas nos países em de-senvolvimento, onde o crescimento foi substancialmente maior entre, 2005 e 2006, (7,0 milhões de hectares ou 21% de crescimento) do que nos países industrializados (5,0 milhões de hectares ou 9% de crescimento). O crescente impacto coletivo dos cinco principais países em desenvolvimento (Ín-dia, China, Argentina, Brasil e África do Sul), representando os três continentes do sul (Ásia, América Latina e África), é uma tendência continuada e importante para a adoção futura das culturas GM em todo o mundo.

Nos primeiros 11 anos, a área total acumulada de culturas GM foi de 557 milhões de hectares, ou 1,4 bilhão de acres, equivalentes a mais da metade da área terrestre total dos EUA ou da China, ou 25 vezes o total da área terrestre do Reino Unido. Altas taxas de adoção refletem a satisfação dos produ-tores com os produtos, que oferecem benefícios substanciais, variando de maior conveniência e flexibilidade no manejo da cultura, custo mais baixo de produção, maior produtividade e/ou retorno líquido por hectare, benefícios à saúde e sociais, e um ambiente mais limpo por meio do menor uso de pesticidas convencionais, o que contribui coletivamente para uma agricultura mais sustentável. A continuada e rápida adoção das culturas GM reflete os substanciais melhoramentos para grandes e pequenos fazendeiros, consumidores e sociedade, tanto em países industrializados como nos que estão em desenvolvimento.

O levantamento1mais recente do impacto global das culturas GM para a década de 1996 a 2005

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estima que os benefícios líquidos globais das culturas GM para os produtores, em 2005, foram de US$ 5,6 bilhões, e US 27 bilhões (US$ 13 bilhões para os países em desenvolvimento e US$ 14 bilhões para os países industrializados) para os benefícios acumulados durante o período de 1996 a 2005; essas estimativas incluem os benefícios associados com o duplo cultivo de soja GM na Argen-tina. A redução acumulativa de pesticidas para a década de 1996 a 2005 foi estimada em 224.300 toneladas métricas de ingrediente ativo, o que é equivalente a 15% de redução no impacto ambiental associado ao uso de pesticidas nessas culturas, como avaliado pelo Quociente de Impacto Ambiental (QIA) – uma medida composta, baseada em vários fatores do impacto ambiental líquido de um ingre-diente ativo individual.

As sérias e urgentes preocupações sobre o ambiente, levantadas no Relatório Stern sobre Mudança Climática de 20062, implicam culturas GM, que podem contribuir para a redução dos gases estufa e mudança climática de três modos principais. Primeiramente, a economia permanente de emissões de dióxido de carbono, a partir do uso reduzido de combustíveis fósseis, associado a menor número de pulverizações de inseticidas e herbicidas, em 2005, isso constituiu uma economia estimada em 962 milhões de kg de dióxido de carbono (CO2), equivalente a reduzir o número de automóveis, nas estradas, em 0, 43 milhão. Em segundo lugar, o cultivo mínimo (menor ou nenhuma necessidade de araduras para as culturas tolerantes a herbicida) para as culturas GM de alimentos, rações e fibras, levaram a um seqüestro adicional, no solo, equivalente, em 2005, a 8,053 milhões de kg de CO2, ou à remoção de 3,6 milhões de automóveis das estradas. Em 2005, portanto, as economias permanente e adicional, combinadas por meio do seqüestro, foram equivalentes à economia de 9.000 milhões de kg de CO2, ou à remoção de 4 milhões de automóveis das estradas. Em terceiro lugar, o cultivo futuro de uma área adicional significativa de culturas GM para energia, a fim de produzir etanol e biodiesel, substituirá os combustíveis fósseis, reciclando e seqüestrando carbono. Pesquisa recente indica que os biocombustíveis poderiam resultar em uma economia líquida de 65% na exaustão dos recursos energéticos. Uma vez que as culturas para energia, provavelmente, ocuparão uma área de cultura adicional significativa no futuro, a contribuição das culturas de energia GM para a mudança climática seria significativa.

Enquanto 22 países plantaram culturas GM, comercializadas em 2006, 29 países adicionais, em um total de 51, concederam aprovações regulamentares para culturas GM para importação como ali-mento e rações, e para liberação no ambiente, desde 1996. No total, 539 aprovações foram concedi-das para 107 eventos, em 21 culturas. Portanto, as culturas GM são aceitas para importação, como alimento e rações, e para liberação no ambiente em 29 países, incluindo os principais importadores de alimentos, como Japão, que não planta culturas GM. Dos 51 países que concederam aprovações para culturas GM, os EUA ocupam o topo da lista, seguidos pelo Japão, Canadá, Coréia do Sul, Austrália, Filipinas, México, Nova Zelândia, União Européia e China. O milho tem o maior número de eventos aprovados (35), seguido pelo algodão (19), canola (14) e soja (7). O evento que recebeu •

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aprovação regulamentar no maior número de países é o da soja tolerante a herbicida GTS-40-3-2, com 21 aprovações (UE=25, contadas apenas como uma aprovação), seguido por resistência a inse-tos em milho (MON 810) e o milho tolerante a herbicida (NK603), ambos com 18 aprovações, e algodão resistente a insetos (MON 531/757/1076), com 16 aprovações em todo o mundo.

O panorama sobre biocombustíveis, nesta súmula, serve para apresentar o assunto e está focalizado no crescente interesse e investimento em biocombustíveis em relação a dois tópicos específicos: a biotecnologia de culturas em países em desenvolvimento. É evidente que a biotecnologia oferece vantagens significativas para aumentar a eficiência na produção de biocombustíveis, tanto em países industrializados como em desenvolvimento. Espera-se que a biotecnologia e outros melhoramentos permitam aos países industrializados, como os EUA, que continuem a produzir quantidades exceden-tes de alimentos, rações e fibras e, ao mesmo tempo, alcancem metas ambiciosas para os biocom-bustíveis em curto prazo. Qualquer investimento em culturas alimentares para biocombiocom-bustíveis, em países em desenvolvimento sem segurança alimentar, não deve competir, mas complementar os pro-gramas existentes para segurança em alimentos, rações e fibras. Qualquer programa desenvolvido para biocombustíveis deve ser sustentável em termos de práticas agrícolas, manejo florestal, ambien-te, ecossistema e, particularmenambien-te, pelo uso responsável e eficiente da água. A maioria dos países em desenvolvimento, com a exceção de países como o Brasil, em que um líder mundial em biocombustíveis se beneficiaria significativamente pela criação de parcerias com organizações dos setores privado e público, tanto dos países industrializados como dos países em desenvolvimento avançados, tem co-nhecimento e experiência na produção, distribuição e consumo de biocombustíveis. Estes não deve-riam apenas beneficiar a economia nacional de um país em desenvolvimento, mas também favorecer as pessoas mais pobres, principalmente da área rural; na maioria, pequenos fazendeiros de subsistên-cia, desprovidos de recursos, e os trabalhadores sem terra, totalmente dependentes da agricultura e das florestas para sua existência.

O futuro das culturas GM parece encorajador; espera-se o aumento do número de países, da área global e do número de fazendeiros, à medida que a primeira geração de culturas GM seja amplamen-te adotada, e que uma segunda geração de aplicações, tanto de insumos como de produção, torne-se disponível. A perspectiva para a próxima década de comercialização, de 2006 a 2015, aponta para um crescimento continuado na área global de culturas GM, até 200 milhões de hectares, com pelo menos 20 milhões de fazendeiros plantando culturas GM em até 40 países, ou mais, em 2015. Proje-ta-se que genes que conferem um grau de tolerância à seca, que se esperam disponíveis por volta de 2010 a 2011, tenham um impacto substancial com relação às atuais características de insumo, sendo particularmente importantes nos países em desenvolvimento que sofrem mais com a seca, a mais prevalente e importante restrição ao aumento na produtividade em todo o mundo. A segunda década de comercialização, 2006 a 2015, provavelmente apresentará significativamente mais crescimento na Ásia, comparado com o da primeira, que foi a década das Américas, em que haverá crescimento continuado nas características acumuladas na América do Norte e forte crescimento no Brasil. O mix de características nas culturas se ampliará com as características de qualidade fazendo sua esperada estréia, implicando aceitação, particularmente na Europa. Um estudo de 2006, pelo Instituto Interna-•

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cional de Informações sobre Alimentos (IFIC)3 nos EUA, confirmou que a maioria confia na segurança no suprimento de alimentos dos EUA e expressa pouca ou nenhuma preocupação com alimentos ou biotecnologia agrícola e compraria seletivamente produtos baseados em biotecnologia com alto con-teúdo de óleo com ômega-3. Outros produtos, incluindo os farmacêuticos, vacinas orais e produtos especializados, também serão apresentados. De longe, a mais importante contribuição potencial das culturas GM será para as humanitárias Metas para o Desenvolvimento do Milênio (MDM), na inten-ção de reduzir pobreza e fome em 50%, em 2015. O uso da biotecnologia para aumentar a eficiência da primeira geração de culturas de alimento/rações da segunda geração de culturas para energia para biocombustíveis terá impacto, apresentando tanto oportunidades como desafios. O uso não judicioso de culturas para alimento/rações, cana-de-açúcar, mandioca e milho para biocombustíveis em países em desenvolvimento sem segurança alimentar pode pôr a perder metas de segurança alimentar, se a eficiência dessas culturas não puder ser aumentada pela biotecnologia e outros meios, de modo que as metas quanto a alimento, rações e fibras também sejam atingidas. O uso de boas práticas agrícolas com as culturas GM, tais como rotação e manejo de resistência, permanecerá crítico, como o foi durante a primeira década. O manejo responsável continuado deve ser praticado, particularmente pelos países do Sul, os quais têm sido os maiores usuários de culturas GM na segunda década de comercialização de culturas GM, de 2006 a 2015.

Em 2006, o valor global de mercado das culturas GM, estimado por Cropnosis, era de US$ 6,15 bilhões, representando 16% dos US$ 38,5 bilhões do mercado de proteção de culturas em 2006, e 21 % dos cerca de US$ 30 bilhões do mercado global de sementes, em 2006. Os US$ 6,15 bilhões do mercado de culturas GM se constitui de US$ 2,68 bilhões para soja GM (equivalente a 44% do mercado global de culturas GM), US$ 2,39 bilhões para milho GM (39%), US$ 0,87 bilhão para algodão GM (14%) e US$ 0,21 bilhão para canola GM (3%). O valor do mercado global de culturas GM é baseado no preço de venda da semente GM mais taxas de tecnologia aplicáveis. O valor global acumulado para o período de 11 anos, desde que as primeiras culturas GM foram comercializadas em 1996, é estimado em US$ 35,5 bilhões. O valor global do mercado de culturas GM está projetado em US$ 6,8 bilhões, em 2007.

3 International Food Information council, 2006, Food Biotechnology: A Study of U.S. Consumer Attitudinal Trends,

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Por Clive James

Presidente do Conselho Diretor do ISAAA

Introdução

O ano de 2006 indica o início da segunda década de comercialização, 2006 a 2015, das culturas originárias da biotecnologia, conhecidas como geneticamente modificadas (GM) ou transgênicas, agora mais conhecidas por culturas GM, como serão referidas nesta súmula. A experiência da primeira década de comercialização, de 1996 a 2005, durante a qual um total acumulado de 475 milhões de hectares (aproximadamente 1,175 milhão de acres) de culturas GM foram plantadas globalmente em 24 países, confirmou que a promessa inicial da biotecnologia havia sido cumprida. As culturas GM fornecem bene-fícios agronômicos, ambientais, econômicos, sanitários e sociais substanciais para produtores e para a sociedade. A rápida adoção das culturas GM, durante a década inicial de comercialização, de 1996 a 2005, reflete os múltiplos benefícios substanciais conseguidos por pequenos e grandes fazendeiros, em países industrializados e em desenvolvimento, que plantaram culturas GM comercialmente. Entre 1996 e 2005, um total de 24 países, 12 em desenvolvimento e 12 industrializados, contribuiu para um aumento superior a 50 vezes na área global de culturas GM, de 1,7 milhão de hectares, em 1996, para 90,0 milhões de hectares, em 2005. Taxas de adoção para as culturas GM, durante o período de 1996 a 2005, são sem precedentes, pelos padrões recentes da indústria agrícola; elas são as mais altas taxas de adoção para culturas melhoradas, por exemplo, significativamente mais altas do que a adoção do milho híbrido em seu auge no meio-oeste dos EUA. Altas taxas de adoção refletem a satisfação dos produtores com os produtos, que oferecem benefícios substanciais, indo de um manejo da cultura mais conveniente e flexí-vel, menor custo de produção, maior produtividade e/ou retornos líquidos por hectare, benefícios à saúde e sociais, e um meio ambiente mais limpo por causa da diminuição do uso de pesticidas conven-cionais. Coletivamente, esses benefícios contribuem para uma agricultura mais sustentável. Há um cres-cente corpo de evidências consistentes ao longo dos anos, países, culturas e características, gerado pelas instituições públicas, o que demonstra claramente os benefícios das culturas GM: melhor controle do mato e de pragas de insetos conseguidos com culturas GM tolerantes a herbicidas e culturas Bt resistentes a insetos, que também se beneficiam do menor uso, insumos e custos de produção; as culturas GM também oferecem vantagens econômicas substanciais aos produtores, se comparadas às corresponden-tes culturas convencionais. A severidade do mato, pragas de insetos e doenças variam de ano para ano e de país a país, causando impacto diretamente nos custos de controle de pragas e doenças, e nas vanta-gens econômicas das culturas GM, em determinado tempo ou local.

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desde 1996, devido aos múltiplos e significativos benefícios que as culturas GM oferecem. Essa alta taxa de adoção é um forte voto de confiança nas culturas GM, refletindo a satisfação do produtor, tanto em países industrializados como em desenvolvimento. Cerca de 8,5 milhões de fazendeiros plantaram cultu-ras GM, em 2005, e obtiveram múltiplos benefícios, que incluíram vantagens agronômicas, ambientais, sanitárias, sociais e econômicas. A Revisão Global do ISAAA 2005 predisse que o número de produtores plantando culturas GM assim como a área global das culturas GM continuarão a crescer em 2006. A população global era de 6,5 bilhões em 2005 e espera-se que chegue a 9,2 bilhões em 2050, quando aproximadamente 90% da população global residirão na Ásia, África e América Latina. Hoje, 852 mi-lhões de pessoas nos países em desenvolvimento sofrem de desnutrição e 1,3 bilhão está afetado pela pobreza. As culturas GM representam tecnologias promissoras que podem dar uma contribuição vital, mas não a solução para a segurança global em alimentos, rações e fibras, cooperando com o alívio da pobreza, o maior desafio da sociedade mundial, uma promessa da Meta de Desenvolvimento Mundial para diminuir pobreza, fome e desnutrição pela metade, até 2015, o que também marca o término da segunda década de comercialização de culturas GM, de 2006 a 2015.

O fator mais convincente da biotecnologia, mais especificamente das culturas GM, é sua capacidade de contribuir para:

aumentar a produtividade das culturas, portanto, contribuir para a segurança mundial em ali-mentos, rações e fibras, com benefícios para produtores, consumidores e sociedade, em geral;

conservar a biodiversidade, como tecnologia de economia de terras ,capaz de maior produtivida-de no atual 1,5 bilhão produtivida-de hectares produtivida-de terra arável, impedindo o produtivida-desmatamento e protegendo a biodiversidade nas florestas e em santuários da biodiversidade;

usar eficientemente insumos externos, contribuindo para um ambiente seguro e sistemas agríco-las mais sustentáveis;

aumentar a estabilidade da produtividade para diminuir o sofrimento durante fome causada por estresses abióticos e bióticos, particularmente a seca, que é a maior limitação ao aumento da produtividade no 1,5 bilhão de hectares de terra arável do mundo;

melhorar os benefícios econômicos, sanitários e sociais, a segurança alimentar, de rações e fibras, aliviando a pobreza abjeta, a fome e a desnutrição da população rural dependente da agricultura nos países em desenvolvimento;

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fornecer benefícios significativos e importantes, múltiplos e mútuos para produtores, consumi-dores e sociedade mundial.

A opção tecnológica mais promissora para aumentar alimentos, rações e fibras é combinar as vantagens do antigo e do novo, integrando o melhor da tecnologia convencional (germoplasma adaptado) e das aplicações da biotecnologia (novas características). Esse produto integrado deve ser incorporado como componente tecnológico em estratégia global de segurança em alimentos, rações e fibras, além de con-siderar outras questões críticas, como controle de população e melhor distribuição de alimentos, rações e fibras. A adoção de tal estratégia holística permitirá que a sociedade continue a se beneficiar da contri-buição vital que tanto o melhoramento convencional como o moderno oferece à população global.

O autor publicou revisões globais sobre culturas GM, anualmente, desde 1996, como súmulas do ISAAA. Esta publicação fornece a mais recente informação sobre a situação mundial das culturas GM comer-cializadas. Um detalhado conjunto de dados mundiais sobre a adoção das culturas GM comercializadas é apresentado para o ano de 2006, e as mudanças que ocorreram entre 2005 e 2006 são realçadas. As tendências de adoção global durante os últimos 11 anos, de 1996 a 2006, também estão ilustradas. Em seguida, à volta das aprovações das culturas GM na Europa, após a moratória de 1998, há um otimismo cauteloso de que sua aceitação na Europa será paralela à aceitação global, inicialmente com os produtos importados de fibra, rações e alimentos e, crescentemente, com culturas, seguindo a liderança da Espanha, que cultiva e se beneficia do milho Bt há oito anos. Em 2005, três outros países da UE se reuniram à Espanha e à Alemanha: França, Portugal e República Checa, todos cultivando milho Bt, elevando a cinco o total de países que desenvolvem culturas GM, em 2005, o equivalente a 20% do total de 25 países da UE. A área de milho Bt nos países da UE, como França e Portugal, deve aumentar em 2006, acompanhan-do a satisfação acompanhan-dos produtores com a tecnologia, em 2005. Notavelmente, o Irã comercializou arroz GM em 2005, apesar da modesta área de 4.000 hectares, fato significante, porque o arroz é a cultura alimen-tar mais importante no mundo, sobretudo do 1,3 bilhão de pobres, de que os fazendeiros desprovidos de recursos são significativos.

Esta súmula documenta o banco de dados sobre adoção mundial e distribuição das culturas GM em 2006, e uma seção introdutória sobre biocombustíveis, que têm recebido prioridade em muitos países, onde a biotecnologia provavelmente se tornará importante para aumentar a eficiência e o volume de etanol e biodiesel. Ela também contém uma listagem compreensiva dos produtos de culturas GM que receberam aprovação regulamentar para importação, como alimento e ração, e para liberação no ambi-ente, incluindo plantio, em países específicos.

Note que as palavras colza, canola e canola argentina, assim como culturas modificadas, culturas transgênicas e culturas GM são usadas como sinônimas, refletindo o uso desses vocábulos em diferentes partes do mundo. Similarmente, milho (corn), usado na América do Norte, e milho (maize), usado em outros locais do mundo, são sinônimos, sendo milho (maize) usado consistentemente nesta súmula, exceto para nomes comuns, como broca da raiz do milho (corn), que determina emprego da palavra milho (corn). Dados globais e hectares plantados comercialmente com culturas GM foram arredondados

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para os próximos 100.000 hectares e, em alguns casos, levam a aproximações insignificantes, com pe-quenas variações em algumas estimativas de dados totais e percentuais. É importante notar que países do hemisfério sul plantam suas culturas no último trimestre do ano calendário. As áreas das culturas GM relatadas nesta publicação são as plantadas, não necessariamente as colhidas no ano declarado. Por exemplo, a informação de 2006 para Argentina, Brasil, Austrália, África do Sul e Uruguai são, na realida-de, os hectares geralmente plantados no último trimestre de 2006 e colhidos no primeiro trimestre de 2007, com alguns países, como Filipinas, plantando mais de uma safra por ano.

Nos últimos dez anos, o ISAAA esforçou-se para consolidar os dados sobre a adoção mundial de culturas GM oficialmente aprovadas; o banco de dados não inclui os plantios de culturas GM que não são ofici-almente aprovadas. O banco de dados usa um grande número de fontes de culturas GM aprovadas, tanto pelo setor público, como pelo privado. As fontes variam em cada país, e incluem, onde disponíveis, estatísticas do governo, levantamentos independentes, estimativas de grupos de commodities, associa-ções de sementes e outros grupos, além de uma série de bancos de dados particulares. As estimativas publicadas do ISAAA são, sempre que possível, baseadas em fontes múltiplas, que facilitam acesso, veri-ficação e validação de uma estimativa específica. O banco de dados “particular” do ISAAA sobre ras GM é único por sua natureza global e fornece continuidade, do início da comercialização das cultu-ras GM, em 1996, até o presente. Este banco de dados ganhou aceitação internacional como referência para a situação global das culturas GM e é largamente citado na literatura científica e pela imprensa internacional.

Área Global das Culturas GM em 2006

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Aumento de 13%, 12 milhões de hectares (30 milhões de acres), entre 2005 e 2006. Fonte: Clive James, 2006.

Tabela 1. Área Global das Lavouras GM de 1996 a 2006

Hectares Acres (milhões) (milhões) 1996 1,7 4,3 1997 11,0 27,5 1998 27,8 69,5 1999 39,9 98,6 2000 44,2 109,2 2001 52,6 130,0 2002 58,7 145,0 2003 67,7 167,2 2004 81,0 200,0 2005 90,0 222,0 2006 102,0 252,0 TOTAL 576,6 1.425,3

Para pôr a área das culturas GM em 2005 no contexto adequado, 102 milhões de hectares de culturas GM são equivalentes a mais de 10% da área total terrestre da China (956 milhões de hectares) ou dos EUA (981 milhões de hectares) e mais de quatro vezes a área terrestre do Reino Unido (24,4 milhões de hectares). O aumento da área entre 2005 e 2006, de 13%, é equivalente a 12 milhões de hectares ou 30 milhões de acres.

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Fonte: Clive James, 2006.

Figura 1. Área Global das Lavouras GM de 1996 a 2006 (Milhões de Hectares)

Enquanto os EUA relatam o maior aumento absoluto em culturas GM, com 4,8 milhões de hectares, a Índia registrou o maior aumento proporcional, de quase três vezes (192% de aumento) na área de algo-dão Bt, de 1,3 milhão de hectares em 2005 para 3,8 milhões de hectares em 2006; como resultado, a Índia passou do número 7 da lista para número 5, ultrapassando tanto a China como o Paraguai. Notavel-mente, grandes aumentos proporcionais nas culturas GM também foram relatados pela África do Sul (aumento de 180%, equivalentes a 0,9 milhão de hectares), pelas Filipinas (aumento de 100% e 0,1 milhão de hectares), pelo Uruguai (aumento de 33% e 0,1 milhão de hectares) e pelo Brasil (aumento de 22%, equivalentes a significativos 2,1 milhões de hectares em área absoluta). De fato, os únicos dois países a registrarem decréscimo foram Austrália, devido à severa seca, e México, por problemas de im-portação, o que levou a uma falta de sementes de algodão GM para a primeira época de plantio.

Em resumo, no período de 1996 a 2006, 577 milhões de hectares, ou 1,4 bilhão de acres, foram cultiva-dos com sucesso, acumuladamente desde 1996, como resultado de 45 milhões de decisões repetidas pelos fazendeiros de plantar as culturas GM (Tabela 1 e Figura 1). Os fazendeiros sinalizaram seu forte voto de confiança na biotecnologia de culturas, aumentando seu plantio de culturas GM em taxas de dois dígitos, todos os anos, desde as culturas GM inicialmente comercializadas em 1996, elevando o número de países GM de 6 para 22, no mesmo período de 11 anos. Entretanto, a significativa área de 102 milhões de hectares não reflete com precisão a área de culturas GM plantadas com características acumuladas,

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Fonte: Clive James, 2006.

Figura 2. Área Global das Lavouras GM de 1996 a 2006: Países Industrializados e em Desenvolvimento (Milhões de Hectares)

Total

Países industrializados Países em desenvolvimento

que são mascaradas quando a área de culturas GM é expressa simplesmente com hectares GM em vez de “hectares por característica”. Levando em conta que 15% dos 102 milhões de hectares, plantados princi-palmente nos EUA, mas de modo crescente no Canadá, Austrália, México, África do Sul e Filipinas, tinham duas ou três características, a verdadeira área global das culturas GM, em 2006, expressa em “hectares por característica” foi de 117,7 milhões, comparados com 102 milhões de hectares.

Distribuição das culturas GM em países industrializados e em desenvolvimento

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Fonte: Clive James, 2006.

Tabela 2. Área Global das Lavouras GM em 2005 e 2006: Países Industrializados e em Desenvolvimento (Milhões de Hectares)

2005 % 2006 % +/- %

Países industrializados 56.1 62 61.1 60 5.0 +9

Países em desenvolvimento 33.9 38 40.9 40 7.0 +21

TOTAL 90.0 100 102.0 100 12.0 +13

crescimento continuou forte, comparado com 11 países industrializados que cultivam plantas GM (Tabe-la 2). Os países em desenvolvimento que mostraram um crescimento proporcional, excepcionalmente forte, incluem a Índia e as Filipinas, na Ásia, o Uruguai e o Brasil, na América Latina, e a África do Sul, no continente africano. É digno de nota que, pelo segundo ano consecutivo, o crescimento absoluto na área das culturas GM, entre 2005 e 2006, foi quase uma vez e meia maior nos países em desenvolvimento (7,0 milhões de hectares) do que nos países industrializados (5,0 milhões de hectares). Igualmente importante de se notar é que o crescimento percentual foi três vezes maior (21%) nos países em desenvolvimento do Sul, comparado aos países industrializados do Norte.

Distribuição das culturas GM por país

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juntou à Espanha, o maior plantador de milho Bt na UE, com França, República Checa, Alemanha e Portugal, e coletivamente cultivaram, aproximadamente, 70.000 hectares de milho GM, em 2006.

Os cinco países com a maior aumento em área absoluta de culturas GM de 0,5 milhão ou mais, entre 2005 e 2006, foram os EUA, com 4,8 milhões de hectares; Índia, com 2,5 milhões de hectares de aumen-to; Brasil, com 2,1 milhões de hectares; Argentina, 0,9 milhão de hectares e África do Sul, com um aumento de mais de 0,9 milhão de hectares. Crescimento modesto na área de culturas GM foi relatado no Canadá, Filipinas, China e Uruguai. De fato, a Austrália e o México foram os únicos países a relatar crescimento negativo em culturas GM, devido a uma seca severa e continuada, que reduziu drasticamen-te os plantios de algodão na Austrália e os problemas de importação de semendrasticamen-tes no México.

Baseando-se no crescimento proporcional, ano a ano, na área de culturas GM, três países (todos megapaíses em desenvolvimento), Índia, África do Sul e Filipinas, tiveram taxas excepcionalmente altas de cresci-mento, resultando na duplicação ou mais na área de culturas GM. A Índia, pelo segundo ano consecuti-vo, teve a maior porcentagem de crescimento proporcional de um ano para outro, entre todos os países, em 2006, com aumento de quase três vezes, de 192%, na área de algodão Bt, em relação a 2005. A África do Sul aumentou sua área em 2,8 vezes, ou 180%, em 2006, principalmente pelo dobro de milho branco GM usado como alimento, e milho amarelo GM usado para rações animais. As Filipinas, o único país da Ásia que desenvolve uma cultura GM para rações, mais do que duplicou sua área de milho GM para 200.000 hectares, apresentando as três classes de milho GM, milho Bt, milho tolerante a herbicida, características acumuladas de Bt e tolerância a herbicida.

Os seis países que mais ganharam economicamente com as culturas GM durante o período de 1996 a 2005 são, em ordem descendente de magnitude: os EUA (US$12,9 bilhões), Argentina (US$5,4 bilhões), China (US$5,2 bilhões), Brasil (US$1,4 bilhão), Canadá (US$1,0 bilhão), Índia (US$0,5 bilhão) e outros (US$0,5 bilhão), no total de US$27 bilhões: US$13 bilhões para os países em desenvolvimento e US$14 bilhões para os países industrializados.

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Tabela 3. Área Global das Lavouras GM em 2005 e 2006: por País (Milhões de Hectares) País 2005 % 2006 % +/- % 1. EUA* 49,8 55 54,6 53 +4,8 +10 2. Argentina* 17,1 19 18,0 18 +0,9 +5 3. Brasil* 9,4 10 11,5 11 +2,1 +22 4. Canadá* 5,8 6 6,1 6 +0,3 +5 5. Índia* 1,3 1 3,8 4 +2,5 +192 6. China* 3,3 4 3,5 3 +0,2 + 6 7. Paraguai* 1,8 2 2,0 2 +0,2 + 11 8. África do Sul* 0,5 1 1,4 1 +0,9 +180 9. Uruguai* 0,3 <1 0,4 <1 +0,1 + 33 10. Filipinas* 0,1 <1 0,2 <1 +0,1 + 100 11. Austrália* 0,3 <1 0,2 <1 - 0,1 - 33 12. Romênia* 0,1 <1 0,1 <1 <0,1 -13. México* 0,1 <1 0,1 <1 <0,1 -14. Espanha* 0,1 <1 0,1 <1 <0,1 -15. Colômbia <0,1 <1 <0,1 <1 <0,1 -16. França <0,1 <1 <0,1 <1 <0,1 -17. Irã <0,1 <1 <0,1 <1 - - -18. Honduras <0,1 <1 <0,1 <1 <0,1 -19. República Checa <0,1 <1 <0,1 <1 <0,1 -20. Portugal <0,1 <1 <0,1 <1 <0,1 -21. Alemanha <0,1 <1 <0,1 <1 <0,1 -22. Eslováquia - - - - <0,1 <1 <0,1 -TOTAL 90,0 100 102,0 100 +12,0 +13

Fonte: Clive James, 2006.

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África do Sul Figura 3. Área Global (Milhões de Hectares) de Lavouras GM de 1996 a 2006:

por País, Megapaís, e para os Oito Principais Países.

Milhões de Hectares EUA Argentina Brasil Canadá Índia China Paraguai África do Sul Uruguai Filipinas Austrália Romênia México Espanha Aumento em relação a 2005

22 países adotaram lavouras GM Em 2006, a área global de culturas GM foi de 103 milhões de hectares, representando um aumento de 13% sobre 2005, equivalente a 12 milhões de hectares.

Colômbia Irã Eslováquia Portugal Alemanha Honduras República Checa França

54,6 milhões 18,0 milhões 11,5 milhões 6,1 milhões 3,8 milhões 3,5 milhões 2,0 milhões 1,4 milhão 0,4 milhão 0,2 milhão 0,2 milhão 0,1 milhão 0,1 milhão 0,1 milhão

50 mil hectares ou mais

Menos de 50 mil hectares

Mega-Países GM

Fonte: Clive James, 2006.

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EUA

Os EUA são um dos seis “países funda-dores GM”, tendo negociado milho, soja, algodão e batata GM, em 1996, o primei-ro ano de comercialização de culturas GM no mundo. Os EUA continuaram a ser o país líder em 2006, com um cresci-mento continuado impressionante, o se-gundo em aumento absoluto de área nos últimos cinco anos. A área total plantada com soja, milho, algodão, canola, alfafa (plantada pela primeira vez em 2006), abóbora e mamão GM foi de 54,6 mi-lhões de hectares, 4,8 mimi-lhões de hecta-res, ou 10%, em relação aos 49,8 milhões de hectares plantados em 2005. Este é o maior aumento em termos absolutos para qualquer país, em 2006.

O plantio total de milho nos EUA, em 2006, foi de 32,3 milhões de hectares (o sexto maior em 20 anos), menos 3% em relação a 2005, de 33,0 milhões de hec-tares. O plantio começou vagarosamen-te na Grande Planície, uma vez que a chuva atrasou o progresso até abril, quan-do esquentou, e a condição quente e seca, que continuou em maio e junho, favore-ceu a seqüência do plantio e a emergên-cia, mas com escassez de umidade em algumas áreas. O plantio total de soja,

População: 296,4 milhões PIB: US$ 12,456 bilhões % empregada na agricultura: 1% Participação da agricultura no PIB: 1% PIB Agrícola: US$ 124,56 bilhões Terra Arável (TA):

178 milhões de Ha

Proporção de TA/População*: 2,6 Principais Culturas:

• Milho • Soja • Trigo

• Cana-de-açúcar • Algodão • Beterraba açucareira

Lavouras GM comercializadas:

• Milho TH/Bt/TH-Bt • Soja TH • Canola TH • Algodão TH/Bt/TH-Bt • Abóbora RV

• Mamão RV • Alfafa HT

Área total de lavouras GM e % de aumento em 2006: 54,6 milhões de hectares / +10% em 2006

Aumento da renda agrícola com biotecnologia, 1996 - 2005: US$ 12,9 bilhões

EUA

*Proporção: % TA global / % população global

TH – Tolerância a Herbicida RV – Resistência a Vírus Bt – Resistência a insetos

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foram Dakota do Norte, com 365.000 hectares, e Minnesota, com 47.000 hectares. Estimativas do plan-tio de alfafa em 2006 não estarão disponíveis junto ao USDA até janeiro de 2007, mas não é provável que sejam muito diferentes do plantio de 2005. Em 2005, a área total de alfafa forrageira (inclui a alfafa colhida para feno, feno-silagem e corte verde) foi de 1,3 milhão de hectares, semeados tanto na primave-ra, como no outono. A alfafa é semeada como cultura forrageira e para pastejo ou colhida e dada aos animais.

Em 2006, os EUA continuaram a desenvolver mais culturas GM (54,6 milhões de hectares) do que qual-quer outro país no mundo, equivalentes a 53% da área global com culturas GM. Comparado com 2005, quando o rendimento foi de 2,2 milhões de hectares, o ganho em 2006 foi mais do que o dobro, com 4,8 milhões de hectares, equivalentes a um crescimento de 10%, de ano para ano. O aumento é maior do que no passado, por várias razões. Em primeiro lugar, houve um aumento substancial no milho GM, refletindo o forte crescimento em características acumuladas e tolerância a herbicida, com menor área no milho Bt e gene único. Em segundo, houve aumentos significativos no total de plantio de soja e algodão, e a porcentagem de adoção de ambas as culturas GM estão agora em níveis muito altos, de aproximada-mente 90% de adoção. Foi também lançado o algodão RR® Flex, uma introdução significativa em 2006, contribuindo para o aumento geral nos EUA. O algodão RR® Flex dá flexibilidade no controle de ervas daninhas e fornece uma janela mais ampla para o seu controle. Em terceiro lugar, a alfafa GM contribuiu com 80.000 no primeiro ano de lançamento. Entretanto, mesmo o significativo crescimento de 4,8 mi-lhões de hectares em 2006 não reflete totalmente a área aumentada com culturas GM, plantada com características acumuladas, que é mascarada quando a área de culturas GM é expressa simplesmente com “hectares” GM, em vez de “hectares características” – o mesmo conceito como a expressão do tráfego aéreo como “passageiros milhas” em vez de “milhas”. Portanto, dos 54,6 milhões de hectares de culturas GM plantadas em 2006, nos EUA, 15,3 milhões de hectares, equivalentes a 28%, tinham duas características acumuladas ou dois genes diferentes para resistência a insetos (para controle da broca européia do colmo e broca da raiz do milho), ou duas características acumuladas para resistência a insetos e para tolerância a herbicida na mesma variedade, ou três características acumuladas, duas para controle de insetos e uma para tolerância a herbicida. De acordo com isso, o total ajustado dos “hectares características” para os EUA, em 2006, foi de 69,9 milhões de hectares, comparados com 54,6 milhões de “hectares” de culturas GM.

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O maior aumento nas culturas GM, nos EUA, foi o do milho, com um ganho de 15%, comparado com 2005, equivalente a aproximadamente 2,5 milhões de hectares. Em 2006, a área de soja GM aumentou em 1,5 milhão de hectares, que agora tem a mais alta taxa de adoção que qualquer cultura GM nos EUA, com 92%, a maior em todos os tempos. O aumento no algodão GM foi de 675.000 hectares, equivalentes a 15% de aumento, atualmente ocupando 88% da área de algodão de sequeiro nos EUA. O total de plantio de canola nos EUA foi menor que 12%, em 2006, comparados com 2005, e a área de canola GM também decresceu proporcionalmente, em aproximadamente 30.000 hectares, em 2006.

É digno de nota que uma nova cultura GM, a alfafa RR® tolerante a herbicida, tenha sido aprovada para comercialização nos EUA, em junho de 2005. Os primeiros plantios pré-comerciais (20.000 hectares) foram, na realidade, plantados no outono de 2005, seguidos por maiores plantios comerciais (40.000 hectares) na primavera de 2006. Outro plantio de 20.000 hectares no outono de 2006 resultou em um total de 80.000 hectares semeados no lançamento da alfafa RR®, nos EUA. Embora haja aproximadamen-te 11 milhões de hectares de alfafa perene nos EUA, apenas 1,3 milhão de hectares são provavelmenaproximadamen-te semeados em 2006. Portanto, os 60.000ha. a 80000ha. de alfafa RR® representam, aproximadamente, 5% de toda a alfafa semeada em 2006. A alfafa RR® goza da distinção de ser a primeira cultura GM perene aprovada em todo o mundo, e espera-se que a tolerância a herbicida seja a primeira de várias caracterís-ticas incorporadas a essa importante cultura forrageira. A alfafa RR® foi bem recebida pelos fazendeiros nos EUA, com toda a semente disponível vendida em 2006, e espera-se que a demanda cresça com o tempo. Os benefícios incluem um controle do mato melhor e mais conveniente, resultando em aumentos significativos em quantidade e qualidade da forragem de alfafa, assim como as vantagens na segurança da cultura e da ração oferecidas pelo produto. O fluxo de genes foi bem estudado e 300 metros fornecem um isolamento adequado entre a alfafa convencional e a GM, e 500 metros para campos de sementes. As plantas da alfafa RR® foram produzidas, pela primeira vez, em 1997, e os campos de teste foram iniciados em 1999, seguidos de testes em múltiplos locais para determinar as variedades de melhor comportamen-to. A aprovação de importações já está garantida para a alfafa RR® nos principais mercados de exportação para o feno de alfafa, incluindo México, Canadá, Japão e Filipinas, e está pendente na Coréia do Sul e na Austrália – são países que representam mais de 90% do mercado exportador de feno de alfafa dos EUA, um dos principais exportadores de feno de alfafa, ocupando aproximadamente 9 milhões de hectares, com uma produtividade média de 7,59 toneladas por hectare de feno seco, a US$ 105, por tonelada, com valor de US$ 7 bilhões por ano. Além disso, há aproximadamente 2 milhões de hectares de alfafa usada para feno/silagem/corte verde, com uma produtividade de aproximadamente 14,9 toneladas por hectare. A cultura é semeada tanto na primavera como no outono, com 1 a 4 cortes por safra, dependendo do local. Mais de 90% da alfafa dos EUA foram usadas na alimentação animal, com cerca de 7% para consumo humano. A Monsanto desenvolveu uma alfafa GM em associação com a Forage Genetics

International. A alfafa RR®, provavelmente, será mais uma cultura GM de nicho do que outras culturas de plantio em fileiras.

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População: 39,1 milhões PIB: US$ 183,2 bilhões % empregada na agricultura: 1%

Participação da agricultura no PIB: 11%

PIB Agrícola: US$ 20,15 bilhões Terra Arável (TA):

33,2 milhões de Ha

Proporção de TA/População*: 3,7 Principais Culturas:

• Soja • Cana-de-açúcar • Trigo • Milho • Girassol • Algodão Lavouras GM comercializadas:

• Soja TH • Algodão TH/Bt • Milho TH/Bt Área total de lavouras GM e % de aumento em 2006: 18,0 milhões de Ha / +5% em 2006

Aumento da renda agrícola em US$ 5,4 bilhões entre 1996-2005

ARGENTINA

*Proporção: % TA global / % população global

TH – Tolerância a Herbicida RV – Resistência a Vírus Bt – Resistência a insetos

4 Sankula, S. 2006. Quantification of the impact on the US agriculture of biotechnology derived crops planted in 2005,

Available at www.ncfap.or/whatwedo

5 Frisvold, G.B., Reeves, jeanne M., and Tronstad, R. Bt Cotton Adoption in the United States and China: International

Trade and Welfare effects, Agbioforum.

O relatório mais recente do Centro Naci-onal para Alimentos e Política Agrícola (NCFAP) estimou um aumento de renda para os produtores em US$ 2,0 bilhões, para 20054.

Em 2006, o Estudo de Impacto Global por Brookes e Barfoot estimou que as cultu-ras GM aumentaram a renda do fazen-deiro em US$ 12,9 bilhões na primeira década de comercialização, 1996 a 2005. Outro estudo pela Universidade do Arizona5 examinou o impacto do algo-dão Bt nos EUA e na China, em 2001. Os dois países aumentaram a produção mun-dial de algodão em 0,7% e reduziram o preço mundial em 0,31 por kg. Os efei-tos econômicos líquidos globais foram de US$ 838 milhões, com os consumidores se beneficiando em US$ 63 milhões. Em relação ao algodão, os fazendeiros chi-neses ganharam US$ 428 milhões e os fazendeiros dos EUA lucraram US$ 179 milhões, enquanto os demais produtores do mundo perderam US$ 69 milhões de-vido a seu preço reduzido.

Argentina

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Argentina é de soja tolerante a herbicida. O plantio total de milho na Argentina, em 2006, aumentou significativamente de 2,5 milhões de hectares, em 2005, para um total de 3,1 milhões de hectares em milhões de hectares, em 2006, dos quais 2,8 milhões eram híbridos. A maior área do plantio nacional de milho em 2006 resultou em aproximadamente 250.000 hectares a mais em milho GM. Dos 2,8 milhões de hectares de milho híbrido, 1,7 milhão de hectares foram plantados com milho Bt e 150.000, com milho tolerante a herbicida. A taxa de adoção nos 2,8 milhões de hectares de milho híbrido foi de apro-ximadamente 62% para Bt e 5% para milho tolerante a herbicida.

É notável que a Argentina aumentasse significativamente sua área comunicada de algodão GM, em 2006, para aproximadamente 360.000 hectares, dos quais mais de 270.000 foram de algodão Bt e 90.000 de algodão tolerante a herbicida. O aumento em algodão GM está relacionado com vários fatores, incluindo a disponibilidade de variedades GM mais adaptadas, melhores retornos e maior conscientização dos produtores dos benefícios associados com a tecnologia, além de melhor comunicação. Sementes guarda-das pelos produtores, que são prevalentes na Argentina, podem levar a problemas com algodão Bt, se a pureza cair a um ponto em que as larvas podem se estabelecer em plantas de algodão não Bt e começar uma infestação que comprometa as estratégias de manejo da resistência a insetos.

Estima-se que a Argentina melhorou a renda dos fazendeiros em US$ 5 bilhões na primeira década de comercialização das culturas GM, de 1996 a 2005. As culturas GM também são creditadas com a criação de 200.000 empregos, o que foi uma contribuição muito importante para o decréscimo da alta taxa de desemprego nacional. Outra análise6 por Eduardo Trigo e Eugenio Cap estimou que os benefícios da soja RR® foram de US$ 19,7 bilhões para a Argentina, de 1996 a 2005. O estudo estima os benefícios com base nos aumentos de produção, que podem ser identificados como resultantes da adoção das novas tecnologias, incluindo o impacto da produtividade aumentada em produção animal relacionada com a soja RR®.

Brasil

Após os dois decretos presidenciais, em 2003 e 2004, para aprovar o plantio de sementes guardadas pelo produtor da soja GM para as safras de 2003/04 e 2004/05, o Congresso Brasileiro passou a Lei de Biossegurança (Lei Nº 11,105), em março de 2005, que inicia um arcabouço legal para facilitar a aprova-ção e a adoaprova-ção de culturas GM no Brasil. Pela primeira vez, a lei permitiu a venda comercial de soja RR® certificada e o uso aprovado do algodão Bt (evento BC 531) da variedade inicial registrada DP9B. Entre-tanto, o último não será plantado, já que sementes registradas, oficialmente aprovadas em 2005, não estavam disponíveis.

Projetar a taxa de adoção de soja RR® no Brasil, para 2006/07, continua sendo uma tarefa difícil e o desafio não está relacionado com as culturas GM per se. As maiores incertezas se devem ao déficit

(29)

População: 174,7 milhões PIB: US$ 795,7 bilhões % empregada na agricultura: 20%

Participação da agricultura no PIB: 9,9%

PIB Agrícola: US$ 78,77 bilhões Terra Arável (TA):

59,6 milhões de Ha

Proporção de TA/População*: 1,4 Principais Culturas:

• Cana-de-açúcar • Soja • Milho • Mandioca • Laranja • Algodão Lavouras GM comercializadas:

• Soja TH • Algodão Bt

Área total de lavouras GM e % de aumento em 2006: 11,5 milhões de Ha / +22% em 2006

Aumento da renda agrícola com a biotecnologia, 2003 – 2005: US$ 1,4 bilhão

BRASIL

*Proporção: % TA global / % população global

TH – Tolerância a Herbicida RV – Resistência a Vírus Bt – Resistência a insetos

significativo acumulado com as perdas na produção de soja nas safras de 2004/ 05 e 2005/06, estimado em aproximada-mente US$ 2 bilhões. Como resultado, o plantio nacional total deve decrescer no-vamente em 2006, como aconteceu em 2005. A falta de crédito e a força do Real face ao US Dólar aumentam essas incer-tezas. A situação no estado de Mato Gros-so é fundamental, por ser um estado crucial em termos de produção de soja, e reagir fortemente a acontecimentos fi-nanceiros, tanto positivos como negati-vos. Embora haja pouca dúvida de que o Brasil ofereça mais potencial para as cul-turas GM do que, possivelmente, qual-quer outro país do mundo em longo pra-zo, limitações de curto prazo relaciona-das com crédito, preço da soja e a força do Real têm impacto significativo no ní-vel de adoção da soja RR®, em 2006/07. A soja RR® é menos suscetível a perdas econômicas pela Ferrugem Asiática da Soja, devido ao efetivo controle do mato, o que permite a entrada de mais ar entre as fileiras, diminuindo a umidade, o que, por sua vez, atrasa o desenvolvimento de epifitia da doença, que resulta em

per-das severas. A ferrugem da soja é uma per-das principais limitações econômicas em estados importantes como Mato Grosso, exigindo até seis aplicações de fungicidas a US$ 25 por aplicação, o que pode tornar a produção de soja não lucrativa.

(30)

Em março de 2006, houve um acontecimento significativo, quando as autoridades brasileiras confirma-ram que a China havia autorizado a importação de soja brasileira para os próximos cinco anos, ao contrário da licença anual costumeira. Foi um acontecimento importante e dá ao Brasil a segurança de mercados em prazo longo e suprimento de alimento básico à China. As exportações de soja respondem, atualmente, por 25% do total de exportações brasileiras para a China, no valor de US$ 1,7 bilhão, em 2005, e, de acordo com a China, a soja brasileira responde por 30% da importação total de soja.

Em 2006, alguma área de soja RR® foi plantada, virtualmente, em todos os estados brasileiros, com os maiores plantios nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Apesar de várias limitações relacionadas com o suprimento de semente de soja, dadas as opções dos fazendeiros e a lucratividade das culturas alternativas, espera-se que o plantio total de soja no Brasil, em 2006/07, seja de aproximadamente 20,6 milhões de hectares, cerca de 1 milhão de hectare a menos do que os 21,6 milhões de hectares em 2005. O plantio de soja no Brasil se inicia nos estados do Norte, em setembro, e termina nos estados do Sul, de meados a fim de dezembro. Por ocasião da ida desta súmula para o prelo, em novembro de 2006, aproximadamente dois terços da cultura de soja haviam sido plantados no Brasil.

Projeta-se provisoriamente que a soja GM ocupará perto de 11,4 milhões de hectares dos 20,1 a 20,6 milhões de hectares na safra de 2006/07, equivalentes a aproximadamente 55% da área plantada com soja em 2006/07 – isso é mais de 20% do que a área de 9,4 milhões hectares de soja RR® plantada no Brasil, em 2005/06. Esta avaliação está de acordo com as estimativas da EMBRAPA, a organização naci-onal de pesquisa do Brasil, que avalia um aumento de 2 milhões de hectares da soja RR®, no Brasil, em 2006. Este é o primeiro ano em que uma quantidade significativa de soja RR® certificada está disponível, incluindo um sistema no Sul do país, que permitiu que fazendeiros trocassem sementes não certificadas por sementes certificadas. A maior limitação que provocou impacto no plantio de soja RR® em 2006 foi a alta dívida agrícola e a severa falta de crédito. Outras limitações incluem suprimentos limitados de vari-edades adaptadas às áreas que não o Sul, e o custo muito alto do transporte das áreas de produção longe dos portos. No passado, a maior parte da soja RR® foi cultivada no estado do Rio Grande do Sul, e espera-se que os aumentos nesespera-se estado continuem em 2006/07. No total, 57 variedades foram aprovadas para uso, no Brasil, em 2006. A falta de variedades aprovadas adequadas para estados fora do Sul limitou, até certo ponto, sua adoção em 2006/07, mas elas estão se tornando crescentemente disponíveis.

(31)

maior plantador de algodão no mundo, em área, após a Índia, EUA, China, Paquistão e Uzbequistão. A adoção do algodão GM no Brasil, em 2006/07, foi rápida e espera-se que alcance altas taxas de adoção de curto prazo, na medida em que variedades mais adaptadas de algodão se tornem disponíveis e sejam aprovadas para registro. O algodão é plantado tanto por grandes como por pequenos fazendeiros, o algodão Bt oferece aos pequenos e pobres fazendeiros do Brasil benefícios sócio-econômicos significati-vos, similares aos experimentados na China, e crescentemente na Índia. O potencial do algodão GM no Brasil é significativo, porque as perdas econômicas por pragas de insetos causaram uma redução na área de algodão, de 4 milhões de hectares, ao atual 1 milhão de hectares. Há, portanto, um potencial de reversão no declínio da área de algodão no Brasil com a adoção do algodão Bt. A área de algodão no Brasil, em 2005, foi de 857.000 hectares e aumentou para 1,2 milhão de hectares em 2006, dos quais 120.000 foram plantados com algodão Bt.

Em 2006, o Brasil reteve sua posição como o terceiro maior em área de culturas GM no mundo, proviso-riamente estimada em 11,5 milhões de hectares, dos quais 11,4 milhões de hectares foram plantados com soja RR® e 120.000 hectares plantados com algodão Bt, oficialmente, pela primeira vez, em 2006. O crescimento ano a ano, entre 2005 (9,4 milhões de hectares) e 2006 (11,5 milhões de hectares), é de 22%. O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, após os EUA, o terceiro produtor de milho, o sexto produtor de algodão, o décimo produtor de arroz e o único grande produtor de arroz fora da Ásia (3,7 milhões de hectares). O Brasil é também o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, com 6,2 milhões de hectares e, em 2005, usou aproximadamente a metade da produção de 31,3 milhões de toneladas de açúcar para a produção de 16 bilhões de litros do biocombustível etanol. Bloomberg (no-vembro de 2006) projetou que a área de cana-de-açúcar e a produção crescerão 55% nos próximos seis anos, com as exportações de etanol subindo dos atuais 3,1 bilhões de litros para 7 bilhões de litros.

A reinstalação da autoridade da CTNBio para aprovar a soja RR® e o algodão Bt, em março de 2005, foi certamente o acontecimento recente mais importante no Brasil. O desafio da CTBio é lidar com o extenso número de pedidos em atraso que se acumulou, enquanto o longo debate sobre sua autoridade atrasou a aprovação das culturas GM. A área de milho no Brasil é a terceira maior do mundo, com 13 milhões de hectares e pedidos estão pendentes tanto para milho Bt como milho resistente a herbicida, que têm o potencial de aumentar a produtividade significativamente. Longa demora na aprovação dos pedidos pendentes poderia resultar na perda, pelo Brasil, dos benefícios da tecnologia de primeira geração, tendo que atrasar sua incorporação até que a segunda geração de tecnologia se torne disponível. Os pedidos pendentes para testes de campo na CTNBio incluem novas variedades de soja tolerante a herbicida, milho Bt e tolerante a herbicida, quatro variedades de cana-de-açúcar GM, batatas resistentes a vírus da EMBRAPA e eucalipto com baixo teor de lignina.

(32)

exportação importante do país. O Brasil faz investimentos significativos na biotecnologia da cana-de-açúcar e completou o seqüenciamento do genoma da cultura em 2003, envolvendo mais de 200 cientis-tas de 22 instituições no Brasil. Esse acontecimento abre novas e importantes oportunidades para a melhoria da produtividade do biocombustível da cana-de-açúcar por meio da aplicação de biotecnologia. A extinção dos subsídios na UE para os processadores de açúcar dá ao Brasil a oportunidade de se tornar o líder dominante no mercado mundial de açúcar, que já exporta açúcar no valor de mais de US$ 2 bilhões por ano. O potencial dos biocombustíveis, nas próximas décadas, e o papel da biotecnologia são discutidos em outro lugar desta revisão.

Em resumo, o Brasil está a ponto de se tornar um líder mundial na adoção de culturas GM em médio prazo, com o crescimento significativo continuado da área de soja RR®, rápida expansão do algodão Bt suplementado com tolerância a herbicida, substanciais oportunidades nos 13 milhões de hectares de milho e seus 3,7 milhões de hectares de arroz, assim como a utilização de feijão resistente a vírus e mamão em desenvolvimento pela EMBRAPA, uma forte organização nacional de pesquisa agrícola, com investimentos do setor público em biotecnologia de culturas.

(33)

População: 32,3 milhões PIB: US$ 1.129,5 bilhão % empregada

na agricultura: 3%

Participação da agricultura no PIB: 2,3%

PIB Agrícola: US$ 25,98 bilhões Terra Arável (TA):

49,9 milhões de Ha

Proporção de TA/População*: 6,6 Principais Culturas:

• Trigo • Cevada • Milho

• Colza • Batata Lavouras GM comercializadas:

• Canola TH • Milho TH/Bt/TH-Bt • Soja TH

Área total de lavouras GM e % de aumento em 2006: 6,1 milhões de Ha / +5% em 2006

Aumento da renda agrícola com biotecnologia, 1996 - 2005: US$ 1 bilhão

CANADÁ

*Proporção: % TA global / % população global

TH – Tolerância a Herbicida RV – Resistência a Vírus Bt – Resistência a insetos

Canadá

O Canadá é outro membro dos seis “pa-íses fundadores das culturas GM”, tendo comercializado canola tolerante a herbicidas em 1996, o primeiro ano de transação global das culturas GM. Em 2006, o Canadá reteve sua quarta posi-ção no mundo, em área de culturas GM. O crescimento da área de culturas GM continuou no Canadá em 2006, com um ganho líquido de 300.000 hectares, apro-ximadamente o mesmo do último ano e equivalente a um crescimento, de ano a ano, de 5%, com uma área total de cul-turas GM de 6,1 milhões de hectares para as três culturas GM: canola, milho e soja. A maior cultura GM é canola tolerante a herbicida, a maior parte da qual é culti-vada no oeste, onde a taxa de adoção é muito alta. Em 2006, a taxa de adoção nacional para a canola GM foi de 84%, subindo de 82%, em 2005, e 77%, em 2004, e equivalente a 4,5 milhões de hectares; isso se compara com a área de canola GM de 4,2 milhões de hectares, em 2005. Em Ontário e Quebec, as pro-víncias mais importantes quanto à área

de milho e soja, o milho GM subiu de 700.000 para 850.000 hectares e a soja continuou com 750.00 hectares.

O Canadá é um dos três países (os outros são os EUA e as Filipinas) que cultiva milho com características acumuladas, tolerante a herbicidas e Bt para resistência a insetos. A área de milho com características acumuladas, no Canadá, em 2006, foi aproximadamente 200.000 hectares, comparada com mais de 2 milhões de hectares de milho com características acumuladas nos EUA. O crescimento continuado de culturas GM, no Canadá, em 2006, ocorreu com uma leve diminuição do plantio total de canola (5,3 milhões de hectares) e um leve aumento no plantio de milho (1,1 milhão de hectares) e soja (1,2 milhão de hectares).

(34)

População: 1,09 bilhão PIB: US$ 719,8 bilhões % empregada na agricultura: 60% Participação da

agricultura no PIB: 22% PIB Agrícola: US$ 158 bilhões

Terra Arável (TA): 177,5 milhões de Ha Proporção de TA/População*: 0,7 Principais Culturas:

• Cana-de-açúcar • Arroz irrigado • Trigo • Hortaliças frescas • Batata • Algodão Lavouras GM comercializadas:

• Algodão Bt

Área total de lavouras GM e % de aumento em 2006: 3,8 Milhões de Ha / +192 % em 2006

Aumento da renda agrícola com biotecnologia, 2002 - 2005: US$ 463 milhões

ÍNDIA

*Proporção: % TA global / % população global

TH – Tolerância a Herbicida RV – Resistência a Vírus Bt – Resistência a insetos

e o desenvolvimento de variedades GM de trigo resistentes a Fusarium poderi-am ser um acontecimento importante para o Canadá. Milho com maior teor de lisina está sob testes de campo. A alfafa RR® nos EUA foi recentemente aprovada para importação no Canadá.

Estima-se que o Canadá tenha aumen-tado a renda agrícola com as culturas GM em US$ 1 bilhão na primeira déca-da de comercialização, 1996 a 2005.

Índia

A Índia, a maior democracia da Terra, altamente dependente da agricultura, gera quase um quarto do seu PIB e for-nece um meio de sobrevivência a dois terços de sua população. A Índia é uma nação de pequenos fazendeiros, pobres em recursos, a maioria sem renda sufi-ciente para cobrir humildes despesas e necessidades básicas. O último National

Sample Survey7, conduzido em 2003, relatou que 60,4% das famílias rurais estavam envolvidas com cultivo,

notan-7 National Sample Survey: Organization’s Situation Assessment Survey of Farmers (NSS, 59th Round, India, 2003).

(35)

Aproximadamente 65% do algodão da Índia são produzidos em sequeiro, e 35%, em terra irrigada. Os híbridos ocupam 70% (6,3 milhões de hectares) da área de algodão e 30% (2,7 milhões de hectares) são variedades. A porcentagem dedicada aos híbridos tem aumentado significativamente nos últimos anos, uma tendência acentuada pela introdução, em 2002, de híbridos de algodão Bt de alto desempenho, que ultrapassam os híbridos convencionais. O algodão é uma cultura de produção de renda importante na Índia, e responde por 75% da fibra usada na indústria têxtil, a qual tem 1.063 fiações e representa 4% do PIB. O algodão tem impacto na vida de estimados 60 milhões de pessoas na Índia, incluindo fazendeiros que plantam a cultura, e uma legião de trabalhadores envolvidos na indústria do algodão, do processamento à comercialização.

A Índia é o único país que planta as quatro espécies de algodão cultivado: Gossypium arboreum e

herbaceum (algodão asiático), G, barbadense (algodão egípcio) e G, hirsutum (algodão de sequeiro

ame-ricano). Gossypium hirsutum representa 90% da produção de algodão híbrido na Índia, e todos os atuais híbridos de algodão Bt são G, hirsutum.

O algodão Bt, que confere resistência a importantes pragas de insetos do algodão, foi adotado primeira-mente na Índia como híbrido em 2002. A Índia cultivou aproximadaprimeira-mente 50.000 hectares de algodão Bt híbrido, oficialmente aprovado pela primeira vez em 2002, e dobrou sua área de algodão Bt para quase 100.000 hectares em 2003. A área de algodão Bt aumentou novamente em quatro vezes em 2004, para alcançar meio milhão de hectares. Em 2005, a área plantada com algodão Bt, na Índia, continuou a subir, alcançando 1,3 milhão de hectares, um aumento de 160% sobre 2004.

Tabela 4. Adoção de Algodão Bt na Índia por Estados Principais, em 2004, 2005 e 2006 (mil Hectares)

Estado 2004 2005 2006 Maharashtra 200 607 1840 Andra Pradesh 75 280 830 Gujarat 122 150 470 Madhya Pradesh 80 146 310 Zona Norte * — 60 215 Karnataka 18 30 85 Tamil Nadu 5 27 45 Outros — — 5 Total 500 1.300 3.800

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