RECOMENDAÇOES
CONSIDERANDO
1 - que a situação atual do e.nsino de enfermagem exige dos docentes partipação ativa nos órgãos colegiados, a fim de que estes possam elaborar diretrizes em harmonia com a filosofia e os objetivos da educação de en fermagem ;
2 - a) que a preparação do estudante deve estar de acordo com as funções específicas da en fermeira ;
b ) que, no momento atual, as atividades exercidas pela nfer meira situam-se predominante mente na área administrativa ;
3 - a ) que, em face da reali dade brasileira, os atuais campos de prática são deficientes em quantidade e qualidad� ;
O XXIV CONGRESSO BRASI LEIRO DE ENFERMAGEM RE COMENDA :
Aos docentes de enfermagem
1 - a) que se preparem para assumir atitude de liderança junto aos órgãos colegiados aos quais pertençam ;
b ) que, nos colegiados, pro curem aproveitar as oportunida des surgidas, para conseguirem que sejam considerados os obje tivos da educação de enfermagem.
As Escolas de Enfermagem
2 - que nas matérias "Adimi nistração Aplicada à Enferma gem" e "Administração de Ser viços de Enfermagem" seja dada maior ênfase aos aspectos de su pervisão e desenvolvimento do pessoal .
As escolas e cursos de enferma gem, dos três níveis
40 REVISTA BRASILEIRA DE EN FERMAGEM
b) que o entrosamento entre as escolas de enfermagem e os campos de prática está longe de ser satisfatório, com prejuízo para o ensino ;
4 - que a orientação dos do centes recém-admitidos contribui muito para o seu ajustamento às funções que irão exercer ;
5 - que o aumento da expec tativa de vida do brasileiro está criando novas áreas de assistên cia de enfermagem .
6 - que grande parte do tem po das enfermeiras chefes é uti lizado em tarefas burocráticas, em detrimento daquelas que lhes s ão específicas ;
b ) que envidem esforços no sentido de conseguir melhor r lacionamento entre docentes e enfermeiras das unidades das instituições utilizadas para a prá tica das estudantes ;
4 - a ) que obtenham a cola boração de orientador pedagógi co ou de professor experiente para orientação dos novos do centes ;
b ) que adotem um plano es crito de orientação, adaptado às necessidades individuais dos do centes e aos objetivos da insti tuição ;
c ) que ofereçam aos docen tes recém-admitidos oportunidade para aprimoramento de seus co nhecimentos e desenvolvimento de suas habilidades ;
. á - que sejam incluídas no
currículo dos cursos, experiên cias educativas em geriatria ;
A os serviços de enfermagem
6 - a) que incentivem o tra balho de suas enfermeiras chefes no sentido de prestarem · assis tência direta ao paciente, como atividade específica de suas funções ;
REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM 4 1
7 - que a auditoria de servi ços de enfermagem visa melhorar a qualidade da assistência de en fermagem ;
8 - que a determinação do grau de dependência é de grande importância para o planejamento d a assistência de enfermagem ;
9 - que o preparo do campo de estágio e o exemplo do tra balho desempenhado por docen tes e enfermeiros são condições fundamentais para a aprendiza gem .
1 0 - que, segundo o Código de Ética, é dever precipuo da en fermeira salvaguardar a vida e a saúde da pessoa humana ;
1 1 - que a atuação das Seções da ABEn no programa tio PIPMO é realizada de modo de sigual e que há necessidade de normas para fins de racionaliza ção dos recursos humanos e ma teriais ;
7 - que procurem estudar a possibilidade de integração da auditoria de enfermagem em suas atividades administrativas .
As escolas e serviços de enfermagem
8 - que estimulem trabalhos de investigação relativos ao grau de dependência dos pacientes ;
9 - a ) que os campos de es tágio sejam preparados adequa mente a fim de elevar o nível de assistência de enfermagem, con dição essencial para maior de senvolvimento do estudante ;
b ) que os departamentos das escolas de enfermagem partici pem na manutenção tios campos de estágio .
As enferm eira!
1 0 - que procurem atentier integralmente aqueles a quem prestam assistência de enferma gem, ajudando-os a reassumir a responsabilidade de suas vidas e de seus dependentes, não obstan te as limitações conseqüentes da doença .
A ABEn
4 2 R E V I STA BRASILEIR A D E ENFERMAGEM
1 2 - que os Téc.nicos de En
fermagem representam nova ca tegoria profissional, cuj a existên cia é ainda pouco conhecid a por muitos ;
1 3 - - que o estudo, d e âmbito local, sobre o ensino teórico c prático da enfermagem obstétri ca revelou que há necessidade de p reparar os estudantes do sexo masculino para esse ramo de en fermagem ;
14 - que j á foram constata das deficiências quantitativas e qualitativas da assistên cia d e en
fermagem p restada nos hospitais d o INPS .
As Seções da ABEn
12 - a) que promovam cam panha de divulgação sobre o Téc nico de Enfermagem ;
b ) que incentivem li realiza
ção de trabalho para fins de de fin ição d a s funções do Técnico n a equipe de enfermagem ;
A Com issão de Educação da A REn
13 - - que promova estudos de
grande a mplitlHk, n o sentido de
inycstiga r :
I - a 0IHnlao de profissio ,nais do sexo masculino, dos três
níveis, sobre a utilidade do ene
s i no teórico c prático de enfer magem obstétrica ;
11 --- o grau de aceitação ou nj eição das pacientes com rela ção ao atendimento por estudan tes do Sexo m a s culin o ;
. t S e cre taria de Assistência
Médica do INPS
1 4 - que sej am implantadas
normas concernentes à supervi são e inspeção, realizadas por enfermeiras/os, da assistência de enfermagem prestada aos be.ne ficiários do INPS nos hospitais
c ontratados .
Belo Horizonte, 22 de julho de 1972 .
A Comissão d e Recomen d a çie';
C' elina A rruda Camurgo