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CONSUMO DE MEDICAMENTOS EMAGRECEDORES E DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

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LUCAS DOS REIS VIANA

CONSUMO DE MEDICAMENTOS EMAGRECEDORES E DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

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LUCAS DOS REIS VIANA

CONSUMO DE MEDICAMENTOS EMAGRECEDORES E DESENVOLVIMENTO DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Medicina como requisito parcial ao grau de Médico.

Universidade do Sul de Santa Catarina.

Orientadora: Profa. Dra Karina Valerim Texeira Remor

Tubarão 2020

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Consumo de medicamentos emagrecedores e desenvolvimento de transtornos alimentares em universitários da área da saúde

Consumption of substances for weight loss and developing an eating disorder in college students

Lucas dos Reis Viana1, Karina Valerim Teixeira Remor,2

1. Acadêmico do Curso de Graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil. E-mail: viacamlucas@gmail.com. ORCID https://orcid.org/0000-0003-2358-112X 2. Professora doutora do Curso de Graduação em Medicina da Universidade do

Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina, Brasil. E-mail: karinaremor@gmail.com. ORCID https://orcid.org/0000-0003-3161-7102 Autor responsável:

Prof. Dra. Karina Valerim Teixeira Remor

Avenida José Acácio Moreira, 787

Tubarão – Santa Catarina – Brasil CEP 88704-900 e-mail: karinaremor@gmail.com

Este estudo é resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso da Graduação em Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, apresentado em junho de 2020

RESUMO

Introdução: A obesidade é um grave problema de saúde pública, que gera grande ônus ao sistema de saúde, e por esse motivo é necessária que seja estimulada a mudança do estilo de vida. Devido à falta de tempo para práticas de atividades físicas, uma grande parcela da população recorre ao uso de métodos alternativos, como a utilização de produtos emagrecedores, aumentando assim, o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares e a permanência no estilo de vida sedentário. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo, avaliar a prevalência do consumo de medicamentos emagrecedores, e sua relação com o sedentarismo e

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o risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. Metodologia: Foi realizado um estudo de delineamento transversal, aplicado a uma amostra de 334 estudantes, do primeiro e segundo período dos cursos da área da saúde da Universidade do Sul de Santa Catarina. Para coleta de dados, foi utilizado um questionário validado, o EAT-26, e, outro elaborado pelos autores, avaliando características sociodemográficas, uso de medicamentos emagrecedores, realização de dietas, satisfação com o peso corpóreo e prática de atividades físicas. Resultados discussão: O estudo encontrou um total 334 universitários, sendo que destes, 68,3% corresponderam ao sexo feminino, 50,30% apresentaram-se como sedentários e 24,30% utilizaram algum produto a fim de emagrecimento. Não houve relação significativa entre o uso de medicamentos emagrecedores e a prática de atividade física (p=0,358). Conclusão: O estudo mostrou que consumo de produtos emagrecedores é uma realidade nos acadêmicos da área da saúde e tal prática está associada ao desenvolvimento de transtornos alimentares.

Palavras-chave: fármacos antiobesidade, automedicação, comportamento alimentar, estilo de vida.

ABSTRACT

Introduction: Obesity is a serious public health problem, which generates a great burden on the health system, and for this reason it is necessary to stimulate lifestyle changes as a form of primary prevention of this disease. Due to the lack of time to practice physical activities, a large portion of the population resorts to the use of alternative methods, such as the use of weight loss products, thus increasing the risk of developing eating disorders and remaining in a sedentary lifestyle. Objective: the

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present study aimed to assess the prevalence of consumption of weight loss drugs, and their relationship with physical inactivity and the risk of developing eating disorders. Methodology: A cross-sectional study was carried out, applied to a sample of 334 students, from the first and second period of the courses in the area of health at the Universidade do Sul de Santa Catarina. For data collection, a validated questionnaire, the EAT-26, was used, and another one developed by the authors, evaluating sociodemographic characteristics, use of weight loss drugs, dieting, satisfaction with body weight and physical activity. Results and discussion: The study found a total of 334 university students, of which 68.3% were female, 50.30% were sedentary and 24.30% used some product in order to lose weight. There was no significant relationship between the use of weight loss drugs and the practice of physical activity (p = 0.358). Students who reported using a weight loss product had a 70% higher risk of developing eating disorders. Conclusion: The study showed that consumption of weight loss products is a reality in health academics and this practice is associated with the development of eating disorders.

Palavras-chave: fármacos antiobesidade, automedicação, comportamento alimentar, estilo de vida.

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INTRODUÇÃO

A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O desejo pela comida, a ansiedade e a dificuldade de iniciar e manter uma dieta saudável, vem contribuindo para que ocorra um aumento exponencial dos casos de obesidade (Diretrizes Abeso, 2016). Atualmente, tal condição é considerada doença, determinando assim, a necessidade de tratamento, que inclui mudança do estilo de vida, uso de medicamentos e em casos mais severos cirurgia (Diretrizes Abeso, 2016).

A obesidade pode ser diagnosticada através do cálculo de índice de massa corpórea (IMC), realizando uma razão entre o peso e o quadrado altura do paciente, considerando sobrepeso ou pré-obeso, o IMC de 25 a 29,9 e obeso, o paciente cujo IMC calculado seja maior ou igual a 30 (Diretrizes Abeso, 2016). Os dados são consistentes na literatura quanto aos prejuízos que a obesidade pode causar. Um estudo de coorte, realizado no sul brasileiro, constatou que as consequências do peso considerado não saudável podem variar, sendo as principais: hipertensão, diabetes, esteatose hepática entre outros. Tal estudo ainda destacou o impacto da obesidade sobre a saúde mental(Assunção e colaboradores, 2013).

O sobrepeso possui vários fatores etiológicos, entre eles, os genéticos, emocionais, ambientais e estilo de vida. Dentre os maus hábitos que contribuem para o descontrole do peso está o sedentarismo, que é uma das principais causas

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desse problema (Neves, Souza, Fujirana, 2017). Considerando-se a necessidade de controle da obesidade e sua correlação com o sedentarismo, há urgência em modificar o estilo de vida dos indivíduos, promovendo assim, além do bem-estar e melhora na saúde populacional, vantagens econômicas para o Sistema Único de Saúde (SUS), pois prevenir as doenças causadas e/ou exacerbadas pela obesidade exige menor investimento financeiro que o tratamento destas. Por isso o governo cria diversas campanhas e slogans na tentativa de manter o peso da população dentro da faixa de peso considerada normal ou eutrófico (IMC = 18,5-24,9) (Diretrizes Abeso, 2016; Hallal e colaboradores, 2006).

No entanto, aderir a uma rotina de atividade física pode ser trabalhoso (Santos e colaboradores, 2010) e assim, muitas pessoas buscam emagrecer com facilidade e em pouco tempo e acabam sendo atraídos por medicações que prometem resultados rápidos, muitas vezes, sem considerar a necessidade destes produtos (indicação terapêutica) e os riscos associados ao consumo indevido destes (Araújo, Pena, Freitas, 2015; Witt, Schneider, 2011).

Um medicamento muito usado é o Sibutramina, um inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina, que leva a uma sensação de saciedade e com isso a diminuição da ingestão de alimentos. No entanto, tal medicamento pode causar sérios efeitos colaterais, tais como cefaleia, constipação, boca seca e insônia (Alcenio, Stenor, 2017; Diretrizes Abeso, 2016).

Outro medicamento bastante utilizado por adolescentes é o Orlistate, inibidor da lipase gastrointestinal, cuja atuação terapêutica ocorre no lúmen do estômago e do intestino delgado diminuindo a absorção de gordura em até 30%. Apresentando efeito emagrecedor, porém tem como efeitos colaterais, o aumento do número de

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flatulência, o aumento no número de evacuações e bastante desconforto gástrico (Andressa e colaboradores; Diretrizes Abeso, 2016).

A agonista da GLP-1, Liraglutida, é um antidiabetogênico com efeito incretinonérgico. Utilizado para o tratamento da diabetes mellitus 2, além de agir como um hipoglicemiante, ele vem sendo utilizado como um medicamento antiobesidade, mostrando associação com a prevenção de doenças cardiovasculares, a diminuição de lipídios e ação anti-inflamatória. É utilizado na forma subcutânea e possui como efeito colaterais náuseas e vômitos (Carolina, Renata, 2017).

O consumo de substâncias para perda de peso, vem se tornando comum entre adolescentes, principalmente do sexo feminino, como mostra um estudo realizado com estudantes da área da saúde de uma faculdade do sul de Santa Catarina. O uso sem cautela de tais fármacos se torna, extremamente preocupante, pois jovens estão se submetendo a utilização de substâncias com os mais variados efeitos colaterais e muitas vezes sem um acompanhamento médico, levando prejuízos a saúde, a curto e longo prazo (Piovezan e colaboradores 2016; Soares, Sá, Baracti, 2017).

Os transtornos alimentares são doenças multifatoriais, tendo relação com fatores socioculturais, familiares e pessoais. Ainda, tais transtornos têm seu diagnóstico realizado a partir de características psicológicas, comportamentais e fisiológicas, que se produzem perturbações no comportamento alimentar e imagem corporal (Bitar, Soan, 2020). As atitudes alimentares das pessoas que possuem transtornos alimentares podem ser das mais diversas, como por exemplo, dietas extremamente restritivas, seletividade alimentar, compulsão alimentar entre outros hábitos (Souza e colaboradores, 2014)

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O consumo abuso de substâncias que podem diminuir o peso corpóreo associado às dietas restritivas e a busca por emagrecimento podem estar relacionado ao desenvolvimento de transtornos alimentares (Souto, Ferro Bucher, 2016).

Levando em conta estas considerações, vê-se a necessidade de estudos que avaliem a realidade dos acadêmicos em termos de consumo de substâncias emagrecedoras, sedentarismo e risco de transtornos alimentares. O conhecimento deste panorama local pode, inclusive, possibilitar a elaboração de estratégias educativas para intervir de forma positiva neste contexto. Assim, o presente estudo se propõe a avaliar o consumo de substâncias para a redução do peso corpóreo, bem como sua relação com o sedentarismo e transtorno alimentar em universitários da área da saúde.

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MÉTODOS Estudo de delineamento transversal.

Foram estudados todos os acadêmicos, maiores de 18 anos, da primeira e segunda fase dos cursos da área da saúde (Enfermagem, Medicina, Nutrição, Odontologia, Cosmetologia e Estética, Medicina Veterinária, Ciências Biológicas, Farmácia, Psicologia, Educação Física e Fisioterapia) que estavam presentes, em uma disciplina obrigatória dos cursos supracitados, durante a aplicação do questionário e aceitaram assinar o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE, apêndice 1). A pesquisa foi realizada na UNISUL, no estado de Santa Catarina, no município de Tubarão, sendo excluídos os questionários ilegíveis ou incompletos.

O total de participantes do estudo foi de 344 alunos (amostra elegível), sendo que houve uma perda de 10 casos, por questionário incompleto.

Realizou-se contato com as coordenações dos cursos na área da saúde e a autorização de acesso à sala dos acadêmicos se deu pela assinatura de cada coordenador “Declaração de Ciência e Concordância das Instituições Envolvidas” (Anexo 1). Depois do Aceite dos coordenadores e a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisas (CEP UNISUL), foram aplicados dois questionários, o primeiro elaborado pelos os pesquisadores (Apêndice 2) e o segundo um questionário validado Eating Attitudes Test 26 (EAT) (anexo 2). Esse teste é composto por um total de 26 questões na forma de escala Likert de pontos (sempre = 3; muitas vezes = 2; frequentemente = 1; poucas vezes, quase nunca e nunca = 0). A questão 25 apresenta pontuação invertida, ou seja, as alternativas sempre, muitas vezes e frequentemente são avaliadas com peso 0, a resposta poucas vezes

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apresenta peso 1, quase nunca peso 2 e nunca valor 3. O escore maior que 21, possui risco de transtorno alimentares, quanto maior o escore maior o risco (Bigheti, Santos, Santos, 2004).

As variáveis utilizadas foram as seguintes: Utilização de produtos para emagrecer, sedentarismo, idade, gênero, condição civil, moradia em Tubarão – SC, com quem mora, satisfação com o peso corpóreo, substâncias utilizadas, pessoa que recomendou tal substância ou automedicação referida, opinião se chegou ao peso desejado e Eating atitudes test.

O projeto seguiu as Diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa científica sob a resolução 466/12 do conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo número: 2.620.762, no dia 25 de Abril de 2018, pelo CEP UNISUL.

Métodos de Processamentos e Análise de Dados

Os dados obtidos foram compilados em planilhas utilizando-se o programa Excel, posteriormente, exportados para o software SPSS 20.0, analisados e descritos na forma de frequência absoluta e relativa. Para apresentação dos dados foi utilizada a estatística descritiva, sendo expressas as variáveis quantitativas em medidas de tendência central e dispersão enquanto as categóricas foram expressas em números e porcentagem. O teste do qui-quadrado (x²) foi utilizado para avaliar a associação estatística. Sendo estabelecido um nível de significância com valor p<0,05.

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RESULTADOS

Os resultados referem-se aos 334 acadêmicos que efetivamente participaram do presente estudo. Do total de participantes, a maioria foi do sexo feminino 228 (68,30%) e solteiros 290 (86,80%).

O índice de massa corporal (IMC) médio foi de 23,85 (±4,42), com mínimo de 15,82 e máximo de 42,24.

Os participantes realizavam em média 134,09 (±142,66) minutos de atividade física semanal. A meta de perda de peso referida entre os acadêmicos estudados foi de 3,81 (±6,69) quilogramas.

Quanto ao consumo de produtos para a perda de peso corpóreo, os participantes do estudo, 81 (24,30%) alegaram estar utilizando algum produto emagrecedor. Na tabela 1, este consumo está apresentado de acordo com o perfil do acadêmico participante.

Tabela 1 – Consumo de produto emagrecedor estratificado de acordo com o perfil do participante (n=334). Característica N % Sexo Masculino 106 31,70 Feminino 228 68,30 Estado Civil

Solteiro ou sem companheiro 290 86,80

Casado ou com companheiro 44 13,20

Curso Ciências Biológicas 8 2,40 Cosmetologia e Estética 32 9,60 Educação Física 60 18,00 Enfermagem 24 7,20 Farmácia 24 7,20 Medicina 67 20,10 Medicina Veterinária 35 10,50 Nutrição 32 9,60 Odontologia 19 5,70 Psicologia 33 9,90

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Praticamente metade dos participantes que utilizava produtos emagrecedores revelou estar se automedicando (39; 49,40%). Na tabela 2, constam os produtos utilizados e quem realizou a indicação. Para apenas 10 indivíduos (12,70%), os produtos emagrecedores foram indicados por médicos.

Tabela 2 – Perfil de consumo dos produtos emagrecedores.

Consumo de produtos emagrecedores n=81

(indivíduos)

% Classes dos produtos referidos (n= 80)

Suplementos 19 23,80 Termogênicos 33 41,30 Fitoterápico 12 5,00 Outros 16 20,10 Quem indicou/receitou (n= 40) n=40 % Médico 10 12,70 Nutricionista 10 12,70 Outros 20 25,30

No item “outros” dos produtos referidos, estão os “medicamentos” (20 vezes no total), entre eles a Sibutramina, o Orlistate e a Liraglutida.

A maior parte dos participantes referiu ter chegado ao resultado desejado (49; 61,50%) e pretende parar a utilização do produto (59; 73,10%).

Em relação a satisfação do peso corpóreo, 171 (51,20%) dos alunos referiram não estarem satisfeitos com seu peso corpóreo.

Dos participantes do estudo, 183 (54,80%) referiram nunca ter realizado dietas e 207 (62,0%) relataram estar realizando atividade física.

A tabela 3 mostra o perfil dos participantes relacionado à alimentação e às atividades físicas.

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Tabela 3 – Caracterização dos participantes quanto à realização de dietas, a prática de atividades físicas e risco de desenvolvimento de transtorno alimentar, de acordo com o EAT (n=334).

n=334 %

Realização referida de dietas

Sim 151 45,20

Não 183 54,80

Prática referida de Atividade física

Sim 207 62,00

Não 127 38,00

Eating Atitudes Test (EAT-26)

>=21 152 45,50

<21 182 54,50

Dos participantes, 41 (12,30%) alegaram praticar alguma atividade física, mas ainda são considerados sedentários (pois o critério utilizado no presente trabalho para o “não sedentarismo” foi a prática de no mínimo 150 minutos semanais de atividade física).

O EAT-26 é um questionário validado, que se caracteriza em avaliar o risco de uma pessoa desenvolver transtornos alimentares, o teste possui 26 questões. Sendo que o participante pode pontuar de 0 a 78, se pontuação for maior que 21 pontos, significa que o participante que realizou o teste tem um risco de desenvolver algum transtorno alimentar.

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Dos alunos que praticavam atividade física, 26,20% utilizaram produtos para emagrecimento, no entanto não houve associação entre a prática de atividade física (p=0,358).

Os alunos que referiram a prática de atividade física tiveram uma prevalência 30,00% maior de transtornos alimentares (RP: 1,32; IC95%: 1,03 a 1,72; p=0,032).

Os alunos que referiram o uso de produto para emagrecimento tiveram um risco 70,00% maior para desenvolver transtornos alimentares (RP=1,73; IC95%: 1,39 a 2,15; p<0,0001). Não se pode afirmar que os alunos que utilizavam produtos emagrecedores têm aumento do risco de desenvolvimento de transtorno alimentares, pois o transtorno alimentar pode aumentar o risco de consumo de substancias emagrecedoras.

Os alunos do sexo feminino apresentaram uma prevalência 50,00% maior de risco de desenvolver transtornos alimentares (RP=1,55; IC95%: 1,15 a 2,09; p=0,002).

Os cursos de Estética e Farmácia juntos apresentaram as maiores taxas de transtornos alimentares (maior que 70,00%). Esses dois cursos juntos tiveram uma prevalência quase 60% maior de transtorno alimentares em relação aos outros cursos da área da saúde (RP: 1,59; IC95%: 1,26 a 2,01; p<0,0001).

Os alunos que referiram satisfação com o peso tiveram o risco 62,00% menor de transtorno alimentares (RP: 0,38; IC95%: 0,24 a 0,60; p<0,0001).

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O tratamento para o sobrepeso e a obesidade se baseia em mudanças do estilo de vida, através de dietas e alterações nos hábitos alimentares associados à prática de exercício físico. Após tentativa e falha destas medidas, pode ser adicionado ao tratamento a terapia medicamentosa. As substâncias emagrecedoras utilizadas pertencem à distintas classes farmacológicas e devem ser utilizadas conforme orientação médica e avaliação psicológica, porém, frequentemente estas etapas são negligenciadas (Diretrizes Abeso, 2016; Maqueli, Roberto, Liciane, 2016). No presente trabalho, a média de IMC apresentou um valor considerado dentro da classificação “normal ou eutrófico” (Diretrizes Abeso, 2016). Este achado sugere que os participantes apresentavam “em média” um peso saudável. No entanto, praticamente um quarto dos participantes referiu consumo de produtos para emagrecer, o que pode estar relacionado a um uso “não racional” destes produtos. Ainda, o uso destas substâncias emagrecedoras esteve associado a um possível sedentarismo e foi associada ao risco de desenvolvimento de transtornos alimentares.

No presente estudo, a insatisfação com o peso corpóreo foi referida por metade dos participantes, e alunos satisfeitos com seu peso apresentaram menor risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. Em um trabalho realizado em uma universidade pública de Pernambuco avaliando também estudantes de áreas da saúde, os autores Silva e colaboradores associaram a insatisfação corporal como risco para desenvolver transtornos alimentares. Segundo tais autores, a insatisfação corporal pode ser atribuída a imposição social sobre os estudantes da área, devido a relação entre corpo magro ser sinônimo de beleza e saúde, servindo como exemplos para os futuros pacientes. Os autores também encontraram associação de consumo

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de formulações emagrecedoras e risco para transtorno alimentar (Silva e colaboradores, 2018). O presente estudo corrobora o trabalho supracitado, pois os estudantes que fizeram uso de substâncias emagrecedoras tiveram associação ao risco de desenvolver transtornos alimentares, e aqueles satisfeitos com peso corpóreo, risco menor.

Neste trabalho, a maioria dos participantes afirmou não ter realizado dieta para perda de peso. Em um posicionamento oficial do American College of Sports Medicine, a restrição calórica leve é um dos pilares mais importantes para a perda de peso e para a sustentação desta perda a longo prazo, devendo ser orientada por profissionais habituados com tal prática, como os nutricionistas (Rev. Bras. Med. Esporte,1997). Em um estudo realizado na Espanha, onde avaliou-se a qualidade da dieta de estudantes universitários, concluiu-se que a qualidade inferior da dieta estava relacionada a índices de massa corporal mais elevados nos participantes. Logo, uma dieta equilibrada envolve não apenas restrição de alimentos, mas um consumo balanceado de alimentos (Arroyo e colaboradores, 2011). Por outro lado, Bernardo e colaboradores mostraram que estudantes universitários consumiam alimentos poucos saudáveis, baseado em fast foods, lanches, doces e bebidas gaseificadas, além de baixo consumo de frutas e vegetais. Tais práticas foram atribuídas à questão de moradia, pois muitos estudantes universitários passam a morar sozinhos ao ingressar na universidade (Bernardo e colaboradores, 2017).

A automedicação foi encontrada em 49% dos estudantes que fizeram uso de produtos para emagrecimento neste estudo. Carvalho Martins e colaboradores em sua pesquisa com estudantes universitários que consumiam substâncias emagrecedoras encontraram que 57,2% dos participantes não tiveram orientação médica e atribuem este comportamento à variedade de produtos disponíveis no

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mercado farmacêutico, à vasta publicidade investida nestes produtos, às poucas campanhas de orientação sobre uso racional de produtos emagrecedores, além de informações distorcidas encontradas em meios como a internet (Martins e colaboradores, 2011). Estes fatores não foram estudados no presente estudo, mas também poderiam estar associados à esta frequência de automedicação encontrada.

No presente estudo, houve associação entre a os participantes que praticavam atividades física e o risco de transtornos alimentares segundo a escala de EAT. Em um estudo realizado na cidade de cidade de São Paulo, os autores afirmam que a dependência psicológica de alguns exercícios físicos, como corrida, pode predispor o praticante a desenvolver transtornos alimentares (Teixeira e colaboradores, 2011). Sousa Fortes e Morgado avaliaram a prática de atividade física regular em adolescentes e o risco de desenvolvimento para transtorno alimentar, porém estes pesquisadores não encontraram associação e atribuíram o possível desenvolvimento de transtorno alimentar não à prática de exercício físico, mas à insatisfação corporal (Fontes e colaboradores, 2013). Em uma revisão sistemática, Teixeira e Fernandes da Costa alegam que a prática de exercício físico em pacientes com transtorno alimentar deve ser individualizada, sendo que para os que possuem excesso de peso pode ser benéfica como tratamento complementar. Porém, em pacientes em fase de recuperação de peso, tal prática deve ser contraindicada. Sendo assim, esta população deve ser orientada de forma sempre personalizada (Teixeira e colaboradores, 2011).

Quanto ao tipo de medicações utilizadas, em uma análise de medicamentos dispensados em uma farmácia em Minas Gerais, evidencia-se medicações fitoterápicas como principal classe dispensada (Silva e colaboradores, 2017),

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diferente do padrão encontrado neste trabalho, onde apenas 12% dos medicamentos foram fitoterápicos.

No presente estudo, os termogênicos constituem a classe que mais predominou. Os termogênicos são tidos como produtos utilizados por praticantes de exercícios físicos que objetivam manter o metabolismo acelerado com a finalidade de obter uma queima calórica maior. No Brasil, é possível encontrar algumas substâncias termogênicas, em venda livre, como por exemplo a cafeína. Outros termogênicos, como a Efedrina, são permitidas no Brasil, porém sujeitas à controle especial; embora o comércio ilegal seja frequente devido à fiscalização precária. Além disso, é comum encontrar substâncias termogênicas como acréscimos não declarados e adulterações em produtos, favorecendo seu uso (Braga, 2011). Assim, ao avaliar os resultados do presente estudo à luz da literatura, percebe a necessidade de orientação dos participantes sobre os riscos da automedicação e utilização destes produtos emagrecedores. Não somente para o benefício dos mesmos mas também pensando que futuramente, como profissionais educadores em saúde, precisarão ter uma prática coerente com a sua formação.

No presente trabalho, os medicamentos emagrecedores foram pouco citados pelos participantes, entre eles Sibutramina, Orlistate e Liraglutida. Vale destacar que apesar de serem considerados agentes antiobesidade, somente devem ser utilizados com orientação médica e apenas em situações específicas associadas a sobrepeso e à obesidade (Diretrizes Abeso, 2016).

Este estudo possui algumas limitações. O uso dos produtos emagrecedores citados poderia ter sido mais estudado visando caracterizar a forma de obtenção dos mesmos e o padrão de consumo. Também os fatores associados a prática de

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automedicação. Bem como, a realização das atividades físicas poderia ter sido categorizada quanto a intensidade e frequência das mesmas. No entanto, estes não eram objetivos do presente trabalho e por outro lado, podem motivar a realização de futuros estudos.

CONCLUSÃO

O presente estudo mostrou que consumo de produtos emagrecedores é uma realidade nos acadêmicos da área da saúde e tal prática está associada ao desenvolvimento de transtornos alimentares e pode estar relacionada a um possível sedentarismo.

Ainda, o estudo traz achados importantes sobre a insatisfação referida com o peso corpóreo por muitos dos participantes.

Por fim, este trabalho também mostra a prática de automedicação e possivelmente o consumo não racional de produtos emagrecedores.

Assim, estes achados podem servir de alerta para a necessidade de adoção de estratégias para educação em saúde destes indivíduos, que no momento e futuramente, podem atuar como multiplicadores de informação e formadores de opinião.

AGRADECIMENTOS

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REFERÊNCIAS

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15. Martins M. C. C.; Souza F. M. D.; Moura F. S.; Carvalho J. S. R.; Müller M. C.; Neves R. V.; et al. Uso de drogas antiobesidade entre estudantes universitários. Rev. Assoc. Med. Bras. São Paulo Vol. 57. Num. 5. 2011. p. 570-576.

16. Neves J. C. J.; Souza A. K. V.; Fujisawa D. S. Controle postural e atividade física em crianças eutróficas, com sobrepeso e obesas. Rev Bras Med Esporte. São Paulo. Vol. 23. Num. 3. 2017. p. 241-245.

17. Piovezan A. P.; Charlene F. T. X.; Cristina B. B.; Sakae T. M.; Remor K. V. T. Remor Fatores associados ao uso de substancias para reduzir peso entre universitários. Tubarão: Associação Medica Brasileira. Tubarão. Vol. 45. Num. 1. 2016. p. 55-65.

(24)

18. Programas adequados e inadequados para redução de peso. Rev Bras Med Esporte. Niterói. Vol. 3. Num. 4. 1997. p. 125-130.

19. Santos M. S.; Hino A. A. F.; Reis R. S.; Rodriguez-Añez C. R. Prevalência de barreiras para a prática de atividade física em adolescentes. Rev. bras. epidemiol. São Paulo. Vol. 13. Num. 2010. p. 94-104.

20. Silva G. A.; Ximenes R. C. C.; Pinto T. C. C.; Cintra J. D.S.; Santos A. V.; Nascimento V. S. Consumo de formulações emagrecedoras e risco de transtornos alimentares em universitários de cursos de saúde. J. bras. Psiquiatr. Rio de Janeiro Vol. 67. Num. 4. 2018. p. 239-246.

21. Silva N.C.S.; Viana A.R.; Nunes L.D.R.A.; Souza A.F.; Paula D. S. Análise da utilização de medicamentos emagrecedores dispensados em farmácias de manipulação de Ipatinga/MG. Ipatinga Vol. 3. Num. 3. 2017. p. 1-8.

22. Soares J. J. M.; Sá M. F. S.; Baracat E. C. Resistência insulínica na Síndrome dos Ovários Policísticos deve ser sempre tratada?. Rev. Bras. Ginecol. São Paulo. Vol. 35. Num. 1. 2017. p. 47-49.

23. Souto S.; Ferro-Bucher J.S. N. Práticas indiscriminadas de dietas de emagrecimento e o desenvolvimento de transtornos alimentares. Rev. Nutr. Campinas. Vol. 15. Num. 6. 2006. p. 693-704.

24. Souza A. C.; Pisciolaro F.; Polacow V. O.; Cordás T. A.; Alvarenga M. S.; Atitudes em relação ao corpo e à alimentação de pacientes com anorexia e bulimia nervosa. J. bras. psiquiat. Rio de Janeiro. Vol. 63. Num. 1. 2014. p. 1-7.

25. Teixeira P. C.; Hearst N.; Matsudo S. M. M.; Cordás T. A.; Conti M. A. Adaptação transcultural: tradução e validação de conteúdo da versão brasileira do Commitment Exercise Scale. Rev. psiquiatr. clín. São Paulo. Vol. 38. Num. 1. 2011. p. 24-28.

26. Witt J. S. G. Z.; Schneider A. P. Nutrição Estética: valorização do corpo e da beleza através do cuidado nutricional. Ciênc. Saúde coletiva. Rio de Janeiro Vol.16. Num. 9. 2011. p. 3909-3016.

(25)

APÊNDICES Apêndice 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) para participar, como voluntário, em uma pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento e rubrique todas as suas páginas deste documento que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável, que também assinará e rubricará todas as vias.

INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título do Projeto: Consumo de medicamentos emagrecedores e sua relação com o sedentarismo em universitários adolescentes da área da saúde.

Pesquisador Responsável: Karina Valerim Teixeira Remor Telefone para contato: (48) 9 9952-3197

E-mail para contato: karina.remor@unisul.br Pesquisador: Lucas Dos Reis Viana

Telefone para contato: (45) 9 8807-7307 E-mail para contato: viacamlucas@gmail.com

Este é um projeto, intitulado " consumo de medicamentos emagrecedores e sua relação com o sedentarismo em universitários da área da saúde" que tem por objetivo avaliar o consumo de substancias para a redução do peso corpóreo bem sua relação com o sedentarismo em adolescentes universitários da área da saúde

Trata-se de um estudo transversal. A população desta pesquisa será constituída por acadêmicos do primeiro e segundo semestre da área da saúde (Enfermagem, Medicina, Nutrição, Odontologia, Cosmetologia, Medicina veterinária, Ciências biológicas, Farmácia, Psicologia, educação física, Fisioterapia e Estética). Calcula-se que a média de tempo para responder ao questionário é de 10 minutos, em um único encontro.

Os riscos da pesquisa são mínimos. Entre eles, um dos riscos é de o participante da pesquisa se sentir constrangido em responder algumas perguntas sobre sua vida e práticas pessoais, mas esse risco pode ser minimizado pelos pesquisadores ao garantir ao participante o seu anonimato e sua desistência da pesquisa em qualquer momento. O participante poderá fazer o pedido de indenização, caso se sinta ofendido ou quebra do código de ética de anonimato.

O risco de possível identificação dos participantes será minimizado através da maneira como serão recolhidos os questionários. Primeiro será entregue as participantes da pesquisa o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), após concordar participar da pesquise através da sua assinatura, será recolhido pelo pesquisador o TCLE e em seguida será entregue os questionários, garantindo assim seu anonimato na pesquisa.

(26)

Os resultados do estudo serão disponibilizados aos participantes que tiverem interesse por email ou por outro meio decidido pelo participante. Qualquer dúvida poderá ser respondida pelos pesquisadores, que se colocam disponíveis através dos contatos supracitados.

Todos os dados obtidos serão guardados em sigilo. O participante poderá recusar-se a tomar parte da pesquisa ou retirar o seu consentimento a qualquer tempo, sem penalidade alguma. É garantida a manutenção do sigilo e da privacidade dos participantes da pesquisa durante todas as fases da pesquisa, bem como é garantido que o participante da pesquisa receberá uma via do TCLE.

Os benefícios da Pesquisa se estendem ao participante e a toda a comunidade. A conscientização sobre os riscos da automedicação, a importância da atividade física e os efeitos prejudiciais que o sedentarismo pode causar. Interferindo diretamente na vida profissional e pessoal do acadêmico. Sendo assim esse projeto visa que o participante repense suas atitudes a fim de ganhar qualidade de vida e de ser um bom exemplo para o restante da comunidade. Ao final da pesquisa, será disponibilizado um panfleto educativo (elaborado pelos autores da presente pesquisa) para as coordenações dos cursos participantes, para que então repassem para os acadêmicos participantes. O material educativo terá como objetivo a educação em saúde em relação aos malefícios que a obesidade, sedentarismo e automedicação

Os participantes poderão solicitar o esclarecimento sobre a pesquisa a qualquer momento e poderão tomar conhecimento dos resultados desta pesquisa a partir de dezembro de 2018, período correspondente a conclusão da pesquisa, via pedido de e-mail (citado acima).

Nome e Assinatura do pesquisador responsável: ____________________________ Karina Valerim Teixeira Remor

Nome e Assinatura do pesquisador que coletou os dados: ____________________ Lucas Dos Reis Viana

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo como sujeito. Fui informado(a) e esclarecido(a) pela pesquisador _____________________________ sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo. Nome por extenso: _______________________________________________ RG: _______________________________________________

Local e Data:_______________________________________________ Assinatura: _______________________________________________

(27)

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – Universidade do Sul de Santa Catarina Avenida Pedra Branca, 25, Cidade Universitária Pedra Branca, Palhoça, SC Fone: (48) 3279-1036 Apêndice 2 QUESTIONÁRIO 1. Idade_____ 2. Sexo____ 3. Curso___ 4. Peso____ 5. Altura____ 6. Estado civil____

7. Mora sozinho ( )sim ( ) não . Com quem _______

8. Você está satisfeito com seu peso corpóreo?( )Sim ( )Não

9. Você já utilizou algum produto para emagrecer (medicamento, suplemento alimentar, fitoterápico, termogênico, outro) ? ( )sim ( )não. Se respondeu não na resposta anterior, pule para a questão 13.

10.Quais foram as classes do produto que você utilizou? Favor, especificar!

OBS: marque todas as classes de produtos que utilizou. Qual___________________

Quem indicou/receitou?

( ) médico ( ) nutricionista ( ) outros ________________ ( ) automedicação

Qual___________________ Quem indicou/receitou?

( ) médico ( ) nutricionista ( ) outros ________________ ( ) automedicação

Qual___________________ Quem indicou/receitou?

( ) médico ( ) nutricionista ( ) outros ________________ ( ) automedicação

11.Chegou ao resultado desejados?( ) sim ( ) não

(28)

13.Você faz ou já fez regime ou dieta?( ) sim () não Qual (is)? ________________

14.Você já fez uso de medidas compensatórias? ( ) sim ( ) não Qual (is)? ________

15.Você pratica alguma atividade física?( ) sim ( ) não 16.Quantas vezes na semana? ____ vezes.

17.Qual é atividade física que você pratica? ____________

18.Dentre os dias escolhidos para a prática de atividade física, qual o tempo médio gasto na(s) atividade(s) de escolha? ________ minutos semanais.

19.Você pretende perder quantos kg? ______

ANEXOS Anexo - 1

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL1

DECLARAÇÃO DE CIÊNCIA E CONCORDÂNCIA DAS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS

1COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA.

(29)

Local e data:

Com o objetivo de atender às exigências para a obtenção de parecer do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP-UNISUL, os representantes legais das instituições envolvidas no projeto de pesquisa intitulado "Consumo de medicamentos emagrecedores e sua relação com o sedentarismo em universitários adolescentes da área de saúde" que tem como objetivo avaliar o consumo de substancias para a redução do peso corpóreo bem sua relação com o sedentarismo em adolescentes universitários da área da saúde , DECLARAM estarem cientes e de acordo com seu desenvolvimento nos termos propostos desde que os pesquisadores executem o referido projeto de pesquisa com observância do que dispõe a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

___________________________________________________ Assinatura do pesquisador responsável (UNISUL)

Karina Valerim Teixeira Remor

___________________________________________________ Assinatura do responsável pela instituição proponente (UNISUL)

Coordenadora do curso de Medicina Maria Zélia Baldessar

__________________________________________________ Assinatura do responsável da instituição co-participante Coordenador do curso:

Nome:

ANEXO 2 - Teste de atitudes alimentares Responda as perguntas a baixo, sendo: 0 = poucas vezes/ quase nunca/nunca 1= frequente

2 = muitas vezes 3 = sempre

Perguntas 0 1 2 3

1. Costumo fazer dieta

2. Come alimentos dietéticos.

3. Se sente mal após comer doces. 4. Gosto de experimentar novas comidas engordantes.

5. Evita alimentos que contenham açúcar.

6. Evita particularmente alimentos com alto teor de carboidratos (pão, batata, arroz, ... )

(30)

7. Está preocupado(a) com o desejo de ser mais magro(a).

8. Gosta de estar com o estômago vazio. 9. Quando faz exercício pensa em queimar calorias.

10. Se sente extremamente culpado(a) depois de comer.

11. Fica apavorado(a) com o excesso de peso. 12. Se preocupa com a possibilidade de ter gordura no meu corpo.

13. Sabe quantas calorias têm os alimentos que come.

14. Tem vontade de vomitar após as refeições. 15. Vomita depois de comer.

16. Já passou por situações em que comeu demais achando que não ia conseguir parar.

17. Passa muito tempo pensando em comida 18. Se acho uma pessoa preocupada com a comida.

19. Sente que a comida controla a sua vida. 20. Corta suas comida em pedaços pequenos. 21. Leva mais tempo que os outros para comer. 22. As outras pessoas acham que você é magro(a) demais.

23. Sente que os outros prefeririam que você comesse mais.

24. Sente que os outros te pressionam a comer. 25. Evita comer quando estou com fome.

Referências

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