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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA-GERAL CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

PROCURADORIA-GERAL

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

Processo PGT/CCR/PP nº 16092/2013

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Origem:

PRT 2ª Região – São Paulo/SP

Interessado(s) 1:

Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro,

Restaurantes e Similares de São Paulo (SINTHORESP)

Interessado(s) 2:

ALL Parmegiana Franqueadora & Operadora de

Restaurante LTDA e outros

Assunto(s):

Liberdade e Organização Sindical 08 - 08.03.

RECURSO

ADMINISTRATIVO.

REPRESENTAÇÃO SINDICAL. Não configura

hipótese de intervenção qualificada do Ministério

Público do Trabalho questão afeta à disputa de

representação sindical. Recurso administrativo

conhecido e não provido.

VOTO

Trata-se de recurso administrativo interposto pelo Sindicato dos

Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes e Similares de São Paulo e

Região em face da decisão de indeferimento de representação apresentada em

face ALL Parmegiana Franqueadora & Operadora de Restaurante LTDA e

outros.

O i. Procurador oficiante promoveu o arquivamento do

procedimento às fls. 1294/1296, sob os seguintes fundamentos:

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Trata-se de representação formulada pelo Sinthoresp em face do Sindicfast e outras 20 empresas localizadas na cidade de São Paulo - SP.

Segundo o denunciante, a representação tem por finalidade a interrupção imediata do conluio entre o sindicato denunciado e as empresas que venham usufruindo da prestação de seus serviços.

Alega que vem denunciando diversas irregularidades cometidas pelo sindicato denunciado, tais como, adoção de jornada móvel, formação irregular do sindicato denunciado, dentre outras.

Houve distribuição por prevenção.

Efetuamos despacho nos autos, antes da apreciação prévia, determinando o desmembramento da representação em face de cada empresa, de acordo com as regras estabelecidas na Coordenação de Primeiro Grau, acolhido pelo coordenador.

Trata-se de mais uma representação formulada pelo Sinthoresp em face do Sindifast alegando que o denunciado vem praticando atos que se caracterizam como antissindicais, acrescentando outros fatos tais como adoção de jornada móvel e variada, irregularidades na formação do sindicato denunciado e conluio entre o sindicato e as empresas em detrimento de direitos dos trabalhadores.

No entanto, entendo que deva ser indeferida a instauração de inquérito civil.

Os fatos alegados pelo denunciante não se constituem em novidade, tendo este Procurador do Trabalho arquivado outra representação versando sobre o mesmo objeto, tendo sido

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objeto de homologação pela Câmara de Coordenação e Revisão, nestes termos:

“Conforme bem ressaltou o órgão oficiante, a questão diz respeito a uma disputa entre as duas entidades sindicais no tocante à representatividade dos empregados que trabalham em empresas de alimentação fast food. O Sindicato denunciante detém legitimidade para buscar eventual reparação, podendo intentar o remédio jurídico adequado, a teor da previsão contida no inciso III do artigo 8º da Constituição Federal, que assegura tal legitimidade de forma ampla e irrestrita, sendo já sedimentado na jurisprudência do Excelso Supremo Tribunal Federal.

Não obstante os argumentos trazidos pelo recorrente, o Ministério Público do Trabalho não possui estrutura para atuar em todo e qualquer caso que é solicitado, especialmente quando este é passível de ser levado a juízo pelo próprio interessado, devendo o órgão ministerial priorizar sua atuação nos casos de lesão a direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos, com relevante interesse social, observando sempre as metas de atuação prioritária.

Ademais, o tema já foi objeto de análise desta Câmara de Coordenação e Revisão:

RECURSO. SINDICATO. LEGITIMIDADE CONCORRENTE. O Sindicato tem legitimidade concorrente para atuar na defesa dos interesses de trabalhadores de sua categoria, não sendo necessário, no particular, a atuação Ministerial. Recurso a que se nega provimento. (Processo PGT/CCR/10517/2012), Relatora Eliane Araque dos Santos)

RECURSO. ASSÉDIO MORAL. ARQUIVAMENTO LIMINAR. LEGITIMIDADE CONCORRENTE. PRECEDENTES DA

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CCR. Em se tratando de legitimidade concorrente do MPT e não excludente da atuação do sindicato profissional, pode Órgão oficiante deixar de receber a denúncia ou de propor as medidas judiciais cabíveis, dando ciência de sua decisão à entidade denunciante/co-legitimada, se esta apresenta plenas condições de promover a defesa do interesse coletivo. Recurso conhecido e não provido. Promoção de arquivamento que se homologa. (Processo PGT/CCR/10710/2012, Relator Antonio Luiz Teixeira Mendes)

COMPETÊNCIA CONCORRENTE DE SINDICATO. Sindicato denunciante detém legitimidade para a tutela dos interesses mencionados na representação, não se justificando a intervenção do Ministério Público do Trabalho. (Processo PGT/CCR/Nº 7654/2010 – Relatora Maria Aparecida Gugel)

Portanto, entendo correto o indeferimento de instauração de Inquérito Civil de fls. 18/19.” (PROCESSO PGT/CCR/15852/2012)

Quanto à adoção da jornada móvel, este tema foi tratado em Ação Civil Pública por nos proposta (0000323-78.2012.5.02.0074) – 74ª Vara do Trabalho de São Paulo) que assim decidiu quanto ao pedido:

“V – DA JORNADA MÓVEL E VARIÁVEL

O art. 444 da CLT permite que as partes pactuem livremente as condições de trabalho, sempre observando as demais regras do sistema (normas de ordem pública), razoabilidade e proporcionalidade. Não é, portanto, uma regra absoluta.

Nesse ínterim, a adoção de cláusula prevendo a jornada móvel e variável, torna-se prejudicial à categoria, uma vez que os trabalhadores ficam à mercê do empregador, impossibilitando

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qualquer organização no âmbito particular de suas vidas. Ademais, há a incerteza do quanto será percebido no mês, pois incerto as quantidade de horas que será trabalhada.

Esclarecendo. Pode ocorrer, por exemplo, que alguns empregados, se ativarem na semana somente 8 horas, na semana seguinte 3 horas, tendo, com isso, seus ganhos mensais serão reduzidos.

Desta feita, a previsão normativa de jornada móvel e variável caracteriza condição puramente potestativa (aquela em que o seu implemento depende da exclusiva e arbitrária vontade de uma delas). Ou seja, “uma das partes se sujeita ao domínio da vontade da outra e se torna mero expectador, em permanente expectativa, enquanto a outra parte se reveste de irrestritos poderes para decidir como bem lhe aprouver” (STJ. REsp 291631-SP, rel. Min. Castro Filho).

A Presença de tal cláusula retira a seriedade do negócio jurídico, pois é inadmissível que alguém queira obrigar-se e reservar-se no direito de não se obrigar (RSTJ 45/329).

Na mesma linha:

RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO – EXTRA PETITA -. Evidenciados a causa de pedir e o pedido, não se há que falar em julgamento para além dos limites da lide. DIFERENÇAS SALARIAIS. JORNADA MÓVEL E VARIÁVEL. INVALIDADE. Conforme consignado pelo Tribunal Regional, foi pactuada com a reclamante uma remuneração por hora trabalhada, na qual a mesma estaria sujeita a uma jornada móvel e variável, recebendo remuneração apenas. Neste caso, há uma transferência do risco de empreendimento, pois a reclamante irá trabalhar e receber de acordo

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com a necessidade e interesse da empresa, ficando à disposição da reclamada durante as 44 horas semanais, mesmo podendo vir a laborar por apenas 8 horas. Os dispositivos relativos à jornada de trabalho são de ordem pública, e sua violação fere o disposto no artigo 9º da CLT. Portanto, correto o Regional ao entender como inválida a cláusula contratual que estabeleceu a jornada de trabalho da reclamante como móvel e variável. Precedentes desta Corte. MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT. HOMOLOGAÇÃO TARDIA. O art. 477, § 6º, da CLT estabelece apenas os prazos para o pagamento das verbas rescisórias, e não para a homologação do termo de rescisão contratual perante a autoridade do Ministério do Trabalho ou o sindicato profissional. Na hipótese em comento embora o TRCT não tenha sido homologado pela entidade sindical, o pagamento das verbas rescisórias ocorreu dentro do prazo legal. Precedentes. Decisão regional que merece reforma. Recurso de revista de que se conhece parcialmente e a que se dá provimento.” (RR – 1000-77.2010.5.03.0001, Relator Ministro: Pedro Paulo Manus, Data de Julgamento: 30/05/2012, 7ª Turma, Data da Publicação: 15/06/2012).

Assim, considero tal cláusula nula (art. 9º da CLT), sendo ilícita a adoção de tal “modalidade” de jornada de trabalho. Condeno, ainda, os Sindicatos publicarem em jornal de grande circulação em sua base territorial, aviso ao trabalhadores sobre a nulidade de tal cláusula e a ilicitude da adoção de tal jornada, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 ao dia, até o limite de R$ 10.000,00, a partir de 10 dia do trânsito em julgado da presente decisão.”

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Quanto ao pedido formulado para que as empresas não adotem as normas coletivas firmadas pelo SINDIFAST, também não há prosperar.

A Constituição Federal vetou a intervenção nos sindicatos, através de seu artigo 8º, podendo ser trazido entendimento da Comissão de Peritos da OIT quanto ao tema:

“La Comisión de Expertos considera que la liberad de constituir organizacionais es el derecho sindical más importante y el elemento medular de las demas garantias consagradas em los convênios núms. 87 y 98.

Tres derechos configuran esta libertad: el derecho a qu no se establezca distinción alguna entre los titulares del derecho de sindicación; el derechod e constituir organizaciones sin autorización previa, y el derecho de elegir libremente la organización a la que uno deseee afiliarse.” (Organização Internacional do Trabalho. GUÍA PRÁCTICA DE LA LIBERDAD SINDICAL, p. 14)

Apesar de não ratificada pelo Brasil, a Convenção nº 87, da OIT, é clara ao dispor em seu artigo 2º que “os trabalhadores e os empregadores, sem nenhuma distinção e sem autorização prévia, têm o direito de constituir as organizações que estimem convenientes, assim como o de filiar-se a estas organizações, com a única condição de observar os estatutos das mesmas.”

Pela análise das razões apostas na representação e dos documentos juntados, não vislumbro o alegado conluio entre empresas e sindicato, pois as partes tem liberdade para formulação das normas coletivas, respeitadas as limitações constitucionais do tema.

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Além do mais, o SINDIFAST detém a carta sindical, expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, habilitando-o para a atividade sindical, nos termos do citado documento.

Trata-se, na realidade, de mais um capítulo da disputa sindical que existe entre os dois sindicatos, buscando solidificar a atuação junto às empresa de alimentação do tipo “fast food” e que, salvo engano, encontra-se judicializada.

A Atuação e a disputa entre os dois interessados pode e deve ser feita diretamente, sem a interferência do Ministério Público do Trabalho, ainda mais considerando-se que ambas entidades sindicais contam com departamentos jurídicos e seus próprios advogados.”

Intimado do arquivamento proposto (fl. 1297), o denunciante

apresentou recurso administrativo às fls. 1300/1328.

O Membro oficiante manteve seu entendimento anterior (fl.1330),

notificando o SINDIFAST

– Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de

Refeições Rápidas do Município de São Paulo para oferecer contrarrazões ao

recurso interposto.

Contrarrazões às fls 1355/1338.

Distribuído o feito a minha relatoria, passo ao exame.

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FUNDAMENTAÇÃO

O apelo é tempestivo (intimação em 01.08.2013, protocolo da

petição em 12.08.2013).

Recorre o SINTHORESP alegando, em suma, que a

representação, ao contrário da ótica destacada pelo Procurador oficiante, não

versa sobre a regularidade da criação do SINDIFAST, mas sobre o desvio de

finalidade do sindicato em questão, que atuaria em prejuízo dos seus

representados, e em favor das empresas do ramo de fast food, conduta esta que

justificaria a atuação do Ministério Público do Trabalho.

Alega o recorrente ser indevida a aplicação do art. 8º, I, da CF,

diante da necessidade de intervenção do MPT em face da suposta postura

desleal do SINDIFAST, ao tempo que reforça que a presente representação não

cuida da personalidade sindical do SINDIFAST, a qual já está sendo discutida

judicialmente, mas do aviltamento das condições de trabalho dos empregados

das empresas de fast food.

Afirma que a entidade representativa dos trabalhadores

SINDIFAST estaria a favorecer a retração dos direitos trabalhistas de seus

representados, por meio de um conluio com as empresas de fast food.

Assevera ter demonstrado tal conluio ao citar a opção unilateral das empresas

pelo SINDIFAST, como entidade representante da categoria dos seus

empregados; a veiculação no sítio eletrônico daquele sindicato de logotipos de

empresas do ramo da fast food; a defesa pelo SINDIFAST na legitimação da

jornada móvel e variável; a assistência do referido sindicato à empresa Mc

Donald’s em ação judicial, em detrimento dos trabalhadores; e o assédio do

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sindicato a empresa do ramo de fast food para que reconhecesse o denunciado

com a entidade representativa dos empregados, conforme notícia veiculada em

meio de comunicação impresso.

Nas contrarrazões, o SINDIFAST expõe que a matéria atinente à

representação sindical dos trabalhadores nas empresas de refeições rápidas já

foi objeto de apreciação judicial, em todas as esferas e instâncias, com decisão

favorável ao recorrido no sentido de sua legitimidade para representação da

categoria em questão.

Consoante os termos da representação e do recurso, não se

vislumbra êxito ao apelo. Isto porque, em que pese o SINTHORESP afirmar que

não está a discutir a regularidade da criação do SINDIFAST ou sua legitimidade

sindical, os fatos trazidos nos autos, ainda que divirja o recorrente, não se

afastam da discussão da representação sindical.

Data vênia, a questão atinente ao reconhecimento do sindicato

denunciado pelas empresas do ramo de fast food como entidade representativa

de seus empregados, ao invés do recorrente, deriva da contenda pela legítima

representação da categoria. Assim também se conclui da leitura do documento

trazido pelo recorrente para comprovação da alegação de que o sindicato

denunciado estaria prestando assistência em ação judicial à empresa do

segmento de fast food, em detrimento dos direitos dos trabalhadores.

Constata-se da peça colacionada que o SINDIFAST apreConstata-sentou, de fato, oposição nos

autos de ação proposta pelo SINTHORESP em face de Arcos Dourados

Comercio de Alimentos LTDA – Mc Donald’s, versando a petição sobre a disputa

pela representação da categoria dos trabalhadores nas empresas de refeições

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rápidas. A mesma ilação se chega quanto à questão da suposta abordagem

pelo SINDIFAST a empresas de fast food com objetivo de ver reconhecida a

entidade como legítimo representante da categoria dos trabalhadores das

empresas de refeições rápidas.

Portanto, como dito, ainda que divirja o recorrente, não há como

se afastar a questão posta na denúncia da controvérsia acerca da representação

sindical dos trabalhadores, matéria que já se encontra sob o crivo do Poder

Judiciário, como bem informa em seu recurso, e que refoge ao âmbito de

intervenção do Ministério Público do Trabalho, conforme entendimento

consolidado pela Câmara de Coordenação e Revisão do MPT, atestado pelo

seguinte precedente:

“RECURSO. SINDICATO. A disputa de representatividade sindical é assunto de interesse das partes envolvidas, não cabendo qualquer intervenção do Parquet a respeito. Recurso a que se nega provimento.” (Processo PGT/CCR 244/2013 – Relatora Eliane Araque dos Santos).

Ademais, quanto à adoção da jornada móvel, como destacado

pelo douto Procurador oficiante, a questão é objeto da Ação Civil Pública

0000323-78.2012.5.02.0074, ajuizada pela Procuradoria Regional do Trabalho

da 2ª Região, a qual se encontra no Tribunal Regional do Trabalho para

apreciação. Pontue-se que, por vezes, o processo de autocomposição em que

se configuram as negociações coletivas resulta em cláusulas que, pautadas por

uma flexibilização demasiada, incorrem em prejuízo aos trabalhadores, e é para

estas cláusulas, que flexibilizam direitos trabalhistas além do permitido, tal como

a que prevê a adoção de jornada móvel e variável, é que se dirige a atuação do

Ministério Público.

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Adiante, registre-se que não foi detectada a alegada exposição

de logotipos de empresas do segmento de fast food no sítio eletrônico do

entidade.

Nesses termos, não se identifica o alegado conluio entre as

empresas de refeições rápidas e o sindicato denunciado.

Pela homologação do arquivamento proposto pelo douto

Procurador oficiante.

CONCLUSÃO

Pelo exposto, voto no sentido de conhecer e não prover o

recurso administrativo interposto pelo ora denunciante, e de homologar a

promoção de arquivamento às fls. 1294/1296, subscrita pelo Procurador do

Trabalho Dr. Bernardo Leôncio Moura Coelho, pelos seus próprios fundamentos,

determinando o retorno dos autos à origem.

Dê-se ciência aos interessados, ao Procurador oficiante e à

Chefia da Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região.

Brasília, 7 de novembro de 2013.

IVANA AUXILIADORA MENDONÇA SANTOS SUBPROCURADORA-GERAL DO TRABALHO

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