1
MB ASSOCIADOS
ABAG
O fim do alimento barato
08 de Agosto de 2011
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 1 9 1 3 1 9 1 8 1 9 2 3 1 9 2 8 1 9 3 3 1 9 3 8 1 9 4 3 1 9 4 8 1 9 5 3 1 9 5 8 1 9 6 3 1 9 6 8 1 9 7 3 1 9 7 8 1 9 8 3 1 9 8 8 1 9 9 3 1 9 9 8 2 0 0 3 2 0 0 8 U S $ /u n it
Source: USDA, Bureau of Labor Statistics. Elaboration: MB Agro. (Deflator: CPI USA) USA farm price
Soybean (US$/bu) Corn (US$/bu) Rice (US$/cwt) Wheat (US$/bu)
II Word War 1939 - 1945 I World War
1914 - 1918 Petroleum crash 1973
Preço dos alimentos
2
A história agrícola do século XX foi ditada pela lado da oferta: o preço real dos alimento caiu de forma consistente. Desde o início século XXI houve uma reversão da tendência de queda nos preços dos alimentos
Evolução do índice CRB Foodstuffs Sub-index
150 250 350 450 550jul/75 jul/79 jul/83 jul/87 jul/91 jul/95 jul/99 jul/03 jul/07 jul/11
Fonte: CRB. Elaboração: MB Associados. 1967 = 100
Evolução dos preços reais da cesta de
produtos da agropecuária
4 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2jan/75 jan/79 jan/83 jan/87 jan/91 jan/95 jan/99 jan/03 jan/07 jan/11
Fonte: FIPE. Elaboração: MB Associados. DEZ/74 = 1
Dez/1999 Ago/2006 Dez/1989
Evolução dos preços reais da cesta de
produtos da agropecuária
0,22 0,24 0,26 0,28 0,3mai/01 mai/03 mai/05 mai/07 mai/09 mai/11
Fonte: FIPE. Elaboração: MB Associados. DEZ/74 = 1
Indutores dos preços agrícolas: Demanda
1.
Crescimento da população e taxa de urbanização;
2.
Aumento de renda e mudanças nos padrões
alimentares;
3.
Biocombustíveis;
4.
Desvalorização do Dólar;
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 1 9 7 0 1 9 8 0 1 9 9 0 2 0 0 0 2 0 0 5 2 0 1 0 2 0 1 5 2 0 2 0 2 0 2 5 2 0 3 0 B il li o n p e o p le Source: ONU
Oceania North America Europe Latin America and Caribean Africa Asia
Indutores de demanda: crescimento da população
e taxa de urbanização
7 0 10 20 30 40 50 60 70 1 9 7 0 1 9 7 5 1 9 8 0 1 9 8 5 1 9 9 0 1 9 9 5 2 0 0 0 2 0 0 3 2 0 0 5 2 0 0 7 2 0 1 0 2 0 1 5 2 0 2 0 2 0 2 5 2 0 3 0 U rb a n iz a ti o n r a teSource: Onu. Elaboration: MBA gro world
China India
Indutores de demanda : crescimento da renda nos
países em desenvolvimento
8 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016 Brasil China Índia Rússia Tailândia Vietnam Indonésia FilipinasFonte: FMI. Elaboração: MB Associados.
US$ (correntes) Brasil Filipinas Indonésia Tailândia China Índia Vietnã Rússia
Indutores de demanda: mudanças nos
padrões alimentares
9
Source: FAO 2006. Elaboration MBAgro
USA Canada Japan Latin America Eastern Europe Western Europe India China Sub-Saharan Africa
Survival Commodities Variety Quality High technology functional and dietary foods convenience and snakcs meats, dairy, sugar, fruits and vegetables grains, roots, rice and beans
Source: USDA, FMI, Projection Agroconsult
Indutores de demanda: Mudanças nos
hábitos alimentares
Per capita meat consumption (Poultry, Pork and Beef)
Indutores de demanda: biocombustíveis
11
U.S. Biofuel program Targets
85 99 112 119 124 129 137 142 142 142 142 142 142 142 142 0 20 40 60 80 100 120 140 160 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 B ill io n s li te rs
Source: Energy Act 2007
Biomass diesel Others avanced biof uels
Celulosic ethanol Corn ethanol
12
Indutores de demanda: biocombustíveis
0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 M il li o n li te rs
Ethanol (except BRA) Ethanol BRA (sugarcane) Biodiesel (world)
Indutores de demanda: Desvalorização do Dólar e
Fundos em commodities agrícolas
13
Long position Share in agricultural commodities Funds Dólar Index 15% 20% 25% 30% 35% 40% 0 4 /0 1 /2 0 0 5 0 4 /0 1 /2 0 0 6 0 4 /0 1 /2 0 0 7 0 4 /0 1 /2 0 0 8 0 4 /0 1 /2 0 0 9 0 4 /0 1 /2 0 1 0 0 4 /0 1 /2 0 1 1 st o ck /u se
Source CFTC. Elaboration MB Agro 65 70 75 80 85 90 2 0 0 6 -0 1 -0 1 2 0 0 6 -0 6 -0 1 2 0 0 6 -1 1 -0 1 2 0 0 7 -0 4 -0 1 2 0 0 7 -0 9 -0 1 2 0 0 8 -0 2 -0 1 2 0 0 8 -0 7 -0 1 2 0 0 8 -1 2 -0 1 2 0 0 9 -0 5 -0 1 2 0 0 9 -1 0 -0 1 2 0 1 0 -0 3 -0 1 2 0 1 0 -0 8 -0 1 2 0 1 1 -0 1 -0 1 Ín d ic e ( 1 9 7 3 = b a se 1 0 0 )
Fonte: Fed (Major Currencies (TWEXMMTH)). Elaboração: MB Agro 1 9 7 3 = 1 0 0
Certas condições na oferta reforçam a tendência
nos preços
• As mudanças no clima, acentuando os extremos têm machucado
a produção de forma recorrente;
• A área cultivada na China cai 0.6% ao ano nos últimos 5 anos, em
virtude da urbanização; a oferta de água é cada vez mais restrita. Tudo indica que a importação de alimentos pela China vai continuar a crescer, mesmo suavemente;
• A África ainda precisa de muito tempo para ampliar bem a
oferta. Antes terá que atender sua própria demanda, que é
A demanda no Brasil seguirá
crescendo em volume e em qualidade
Participação do número de domicílios por classe
Participação da massa salarial por classe
Massa real familiar salarial por mês
Classe A: acima de R$ 9.300 Classe B: de R$ 2,327 a R$ 9,300 Classe C: de R$ 1,395 a R$ 4,650 Classe DE: abaixo de R$ 1395
20.4% 20.1% 44.9% 15.0% 10% 20% 30% 40% 50% 2004 2006 2008 2010 2012 2014 Forecast 3.1% 6.8% 44.1% 46.0% 0% 20% 40% 60% 80% 2004 2006 2008 2010 2012 2014 F Forecast
Fonte: IBGE (PNAD). Elaboração: MB Associados.
(*) Massa real total= Massa real por família e classe multiplicado pelo número de famílias por classe.
Massa real total*
(Bilhões de R$) 346 463 1.035 462 0 200 400 600 800 1.000 1.200 2004 2006 2008 2010 2012 2014 ForecastProjeção Projeção Projeção
A demanda no Brasil seguirá
crescendo em volume e em qualidade
63
12
12
12
2
52
15
16
16
2
Casal com
Filhos
Casal sem
Filhos
Pessoas
Sozinhas
Mãe com
Filhos
Pai com
Filhos
1992 2007A demanda no Brasil seguirá
crescendo em volume e em qualidade
10.000 14.000 18.000 22.000 26.000
Brasil (crescimento médio de 5% aa) EUA (crescimento médio de 0,5% aa)
Fonte: ABIC/USDA. Elaboração e projeções: MB Agro
1.000 sacas
2015/16
Consumo mundial de café (Brasil x EUA)
A crise internacional altera este quadro?
• Certamente que não, embora tenhamos mais volatilidade e, no
curto prazo, certa queda nas cotações;
• Apenas uma queda mais forte do crescimento em nações da Ásia
(China e Índia, em particular) alteraria o quadro;
• O petróleo pode ceder para a faixa de US$ 80-100, mesmo com a
Ásia crescendo, dada a nova situação americana. Neste caso, a queda no custo de transporte e de fertilizantes compensaria
parcialmente as coisas. Alguma valorização do real também pode ocorrer;
A crise internacional altera este quadro?
(continuação)
•
No caso da China, podemos ter mais a médio prazo alguma
correção no crescimento;
•
Entretanto, o conjunto dos emergentes continuará
crescendo. O dólar continuará fraco.
O Brasil está preparado para o desafio de atender a
demanda?
Até aqui o setor foi muito bem sucedido. Entretanto, os
problemas adiante não são triviais. Coloco a seguir os que
me parecem mais relevantes:
1.
Reduzir a dependência da China: elevar a produção de
energia renovável avançando nos biocombustíveis de
segunda geração e toda a álcoolquímica, especialmente os
plásticos biodegradáveis. Mesmo com a crise o mercado dos
países ricos é francamente comprador destes produtos.
O Brasil está preparado para o desafio de atender a
demanda? (Continuação)
2.
O custo de produção (mão de obra, fertilizantes, tranporte,
porto)
em reais está subindo muito. Em dólares é pior
ainda.
3.
Novas restrições:
• Água;• Queima da floresta;
• Regulação está piorando de qualidade:
=> (continua no próximo slide)
O Brasil está preparado para o desafio de atender a
demanda? (Continuação)
A regulação está piorando de qualidade (continuação):
– O viés ideológico do conjunto MARA/INCRA/FUNAI cria problemas (ex. elevada produção de índios);
– OGMs;
– Aquisição de terras por estrangeiros;
– O Código Florestal;
– A defesa da cocorrência: demora nos julgamentos;
– A defesa sanitária;
– A política comercial e a abertura de mercados;
– A intervenção no mercado cambial: o exportador foi tributado;
O Brasil está preparado para o desafio de atender a
demanda? (Continuação)
4. Novas fronteiras:
• Produção de combustíveis e plástico de segunda geração
• O biodiesel a partir da soja não é viável sem a ajuda do govêrno, Precisamos de outra matéria prima.
• A crescente interligação entre as indústrias de alimentos, farmacêutica e de bem estar.
• A exploração sustentável da floresta.