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CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODOEIRO COM APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ E PÓS-EMERGÊNCIA, NA REGIÃO DE CERRADO

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Academic year: 2021

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CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODOEIRO COM APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ E PÓS-EMERGÊNCIA, NA REGIÃO DE CERRADO

Jairo Melo Castro (UEMS), Germison Vital Tomquelski (Fundação Chapadão / germison@fundacaochapadao.com.br), Gustavo Mamoré Martins (UEMS).

RESUMO - O objetivo deste trabalho foi de avaliar o efeito de algumas táticas de manejo de algumas

plantas daninhas infestantes na cultura do algodão (Gossypium spp.) sob condições de cerrado. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repetições. Os tratamentos foram 1- Testemunha; 2- Staple 280 na dose de 0,25 l/ha; 3- Staple 280 em aplicação seqüencial na dose de 0,15 + 0,15 l/ha; 4- Envoke na dose de 0,010 kg/ha; 5- Trifluralina 600 + Diuron 500 nas respectivas doses de 2,0 + 2,0 l/ha; 6- Dual Gold + Diuron 500 nas respectivas doses de 0,8 + 2,0 l/ha e 7- Gamit + Diuron 500 nas respectivas doses de 1,5 + 2,0 l/ha. Os tratamentos 2, 3 e 4 foram aplicados em pós emergência e os tratamentos 5, 6 e 7 foram aplicados em pré emergência. Os tratamentos com o uso de pré emergentes é uma tática que pode livrar a cultura da competição com plantas daninhas até por volta dos 35 dias da emergência da cultura. Os pós-emergentes testados apresentaram-se eficientes no controle de algumas plantas daninhas. Para cada espécie de planta daninha existe um herbicida de melhor performance que outros.

Palavras-chave: plantas daninhas, controle químico, algodão, cerrado.

WEED CONTROL IN COTTON CROP WTH PRE AND POST EMERGENCY HERBICIDES APPLICATION IN CERRADO REGION

ABSTRACT - The objective of this work was of evaluating the effect of some tactics of handling of some

weeds in the crop of the cotton under “cerrado” conditions. The experimental treatements were in blocks randomized design with four repetitions. The treatments were 1 - Control; 2 - Staple 280 in the dose of 0,25 l/ha; 3 - Staple 280 in sequential application in the dose of 0,15 + 0,15 l/ha; 4 - Envoke in the dose of 0,010 kg/ha; 5 - Trifluralina 600 + Diuron 500 in the respective doses of 2,0 + 2,0 l/ha; 6 - Dual Gold + Diuron 500 in the respective doses of 0,8 + 2,0 l/ha and 7 - Gamit + Diuron 500 in the respective doses of 1,5 + 2,0 l/ha. The treatments 2, 3 and 4 were applied in post emergency and the treatments 5, 6 and 7 were applied in pre emergency. The treatments with the use of emerging-pre are a tactics that can liberate the crop of the competition even with harmful plants about the 35 days of the emergency of the culture. The powder-emerging ones tested they came efficient in the control of some harmful plants. For each species of weed it exists a herbicide of better performance that others.

Key words: weeds, control chemical, cotton, cerrado INTRODUÇÃO

A sustentabilidade na agricultura envolve um manejo integrado de culturas, que visa ser economicamente viável, com a utilização de métodos de cultivo ecologicamente seguros, minimizando riscos secundários indesejáveis a saúde humana e ao ambiente.

A cultura do algodão apresentou um grande avanço nestes últimos anos, através da interação de diversas tecnologias e dentro destas tecnologias está o uso de herbicidas por parte dos produtores das áreas de cerrado. Aquele algodão como era realizado antigamente por parte dos produtores, com

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somente capinas manuais no controle do mato, está diminuindo em área, ficando restrito a pequena agricultura, com mão de obra familiar.

A redução da população rural e o aumento dos encargos trabalhistas, nestes últimos anos, levaram os produtores e as instituições de pesquisa buscar novas alternativas, para este algodão mecanizado e de grandes extensões.

Deve-se compreender que o algodoeiro é extremamente sensível à competição causada por plantas daninhas, pois é uma planta de crescimento inicial lento, apresentando metabolismo fotossintético C3 (ineficiente), elevada taxa de fotorrespiração, baixa taxa de fotossíntese líquida e baixa capacidade de translocação de assimilados. (ASHLEY, 1972 apud MELHORANÇA e BELTRÃO, 2001).

Além da competição por diversos fatores que ocorre na fase inicial da cultura, a planta daninha também danifica o produto final, no caso a pluma, causando desvalorização e gasto no processo da retirada de impurezas, que é muito significativo em comparação com outras culturas, causando um grande transtorno e preocupação para os produtores.

Deste modo, devem-se adotar medidas eficientes de controle que visam em inibir a interferência das plantas daninhas na cultura. O objetivo do trabalho foi de apresentar alternativas para o controle de plantas daninhas na cotonicultura da região de cerrado.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na área experimental da Fundação Chapadão, no município de Chapadão do Sul/MS, na safra de 2004/2005, em solo de textura média, preparado convencionalmente com grade aradora. A cultivar utilizada foi a FiberMax 966 tratada as suas sementes com safener Permit, com stand de 10 plantas por metro ao florescimento. O espaçamento utilizado entre linhas foi de 0,9 metros.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com 7 tratamentos e 4 repetições, descritos na tabela 1 a seguir:

Tabela 1. Descrição dos tratamentos, época de aplicação e dose do produto comercial utilizados no

ensaio.

Tratamentos Ingrediente ativo Época de aplicação Dose em l ou kg do p.c./ha

1 – Testemunha - - -

2 – Staple 280 Piritiobac-sodium Pós (1 aplic) 0,25

3 – Staple 280 Piritiobac-sodium Pós (2 aplic) 0,15 + 0,15

4 - Envoke Trifloxissulfurom-sódico Pós (1 aplic) 0,010

5 – Trifluralina 600 + Diuron 500 Trifluralina + Diuron Pré 2,0 + 2,0 6 – Dual Gold + Diuron 500 S-Metalachlor + Diuron Pré 0,8 + 2,0

7 – Gamit + Diuron 500 Clomazone + Diuron Pré 1,5 + 2,0

Foram adicionados os espalhantes adesivos Iharaguen-S para os tratamentos com Staple e Extravon para o tratamento com Envoke, nas doses recomendadas.

As parcelas eram constituídas de 4 linhas da cultura com 10 m de comprimento, totalizando 36 m2 por parcela e 144 m2 por tratamento.

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As aplicações foram realizadas 2 dias após a semeadura para o tratamento 5,6 e 7; e 15 dias após a germinação para os tratamentos 2, 3 e 4; e 25 dag para o tratamento 3, com equipamento de pressão constante (CO2), utilizando volume de calda de 140 l/ha, a pressão de 50 PSI e bicos AXI 11002 (leque). O solo apresentava-se úmido nas aplicações e as condições climáticas foram de temperatura < 30 oC e Umidade Relativa > 55%.

As avaliações foram realizadas utilizando o método do quadrado (0,5 x 0,5m), contando-se o número de plantas daninhas das espécies Commelina benghalensis (trapoeraba), Ipomoea grandifolia (corda-de-viola) e Bidens pilosa (picão preto), no centro da parcela, aos 13, 20, 28 e 35 dias após a germinação.

Os dados foram transformados em √x+0,5, analisados e comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos estão expressos nas tabelas 2, 3 e 4 a seguir:

Tabela 2. Efeito de alguns herbicidas no controle da trapoeraba (C.benghalensis). Total por tratamento

em 1 m2 e % de Eficiência em diversas épocas. Fundação Chapadão – Chap.Sul/MS safra 2004/2005.

13 dag 20 dag 28 dag 35 dag

Tratamentos Dose em l

ou kg/há Total %E Total %E Total %E Total %E

1-Testemunha - 13 a 15 a 13 a 14 a 2-Staple 0,25 9 a * 7 ab 53,3 2 bc 84,6 5 bc 64,3 3-Staple (seqüencial) 0,15 + 0,15 9 a * 7 ab 53,3 4 bc 69,2 3 bc 78,6 4-Envoke 0,01 10 a * 7 ab 53,3 6 bc 53,8 8 ab 42,9 5-Trifluralina 600 + Diuron 500 2 + 2,0 11 a 15,4 7 ab 53,3 4 bc 69,2 5 bc 64,3

6-Dual Gold + Diuron

500 0,8 + 2,0 2 a 84,6 1 b 93,3 1 bc 92,3 1 c 92,9

7-Gamit + Diuron 500 1,5 + 2,0 0 a 100,0 1 b 93,3 0 c 100,0 1 c 92,9

C.V. em % 39,80 23,67 23,64 18,31

* tratamentos não aplicados

No controle de C.benghalensis os tratamentos em usados em pré apresentaram controle satisfatório aos 20, 28 e 35 dias após a germinação, diferindo significativamente da testemunha. No controle com pós emergentes o herbicida Staple na dose de 0,25 l/ha aos 28 dag, apresentou controle acima de 80%, diferindo significativamente da testemunha.

A aplicação seqüencial de Staple mostrou-se com alternativa eficiente somente aos 35 dag, apresentando eficiência próxima a 80%, fato que deve-se pela segunda aplicação realizada aos 25 dag.

Azevedo et al.(2001) observaram que os tratamentos com S-metolachlor + Diuron nas doses de 1,44 + 0,6 kg do i.a./ha e trifluralin + diuron na dose de 1,2 + 0,6 kg do i.a./ha, proporcionaram diferenças significativas no controle de plantas daninhas, porém não diferiram na produção de algodão em caroço.

Tabela 3. Efeito de alguns herbicidas no controle da corda-de-viola (I.granfifolia). Total por tratamento

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13 dag 20 dag 28 dag 35 dag

Tratamentos Dose em l

ou kg/ha Total %E Total %E Total %E Total %E

1-Testemunha - 11 a 5 a 6 a 8 a 2-Staple 0,25 1 b * 0 b 100,0 3 ab 50,0 3 ab 62,5 3-Staple (sequencial) 0,15 + 0,15 1 b * 0 b 100,0 0 b 100,0 2 ab 75,0 4-Envoke 0,01 3 b * 1 b 80,0 0 b 100,0 0 b 100,0 5-Trifluralina 600 + Diuron 500 2 + 2,0 2 b 81,8 1 b 80,0 0 b 100,0 4 ab 50,0

6-Dual Gold + Diuron

500 0,8 + 2,0 6 ab 45,5 2 ab 60,0 1 ab 83,3 3 ab 62,5

7-Gamit + Diuron 500 1,5 + 2,0 0 b 100,0 0 b 100,0 0 b 100,0 1 b 87,5

C.V. em % 28,36 23,17 27,66 26,05

* tratamentos não aplicados

Os resultados obtidos no controle da corda-de-viola (Tab. 3), os tratamentos Gamit + Diuron e Trifluralina + Diuron nas doses testadas, usados em pré-emergência, apresentaram diferenças significativas em relação a testemunha, proporcionando controle acima de 80% da planta daninha estudada.

Dos tratamentos usados em pós emergência da cultura, Staple em aplicação seqüencial e Envoke nas suas respectivas doses apresentaram bom controle da corda-de-viola, diferindo significativamente da testemunha aos 28 dias após a germinação.

Na avaliação de 35 dag, os tratamentos com Envoke (pós) e Gamit + Diuron (pré), diferiram significativamente da testemunha apresentando controle acima de 80% da planta daninha.

Nesta planta daninha estudada houve grande variabilidade da sua presença nos tratamentos, mas segundo Oliveira Junior (2001), os herbicidas do grupo das sulfoniluréias apresentam certa persistência no solo, que pode assim impedir a emergência de novas plantas daninhas.

Tabela 4. Efeito de alguns herbicidas no controle do picão preto (B.pilosa). Total por tratamento em 1

.m2 e % de Eficiência em diversas épocas. Fundação Chapadão – Chap.Sul/MS safra 2004/2005

13 dag 20 dag 28 dag 35 dag

Tratamentos Dose em l

ou kg/ha Total %E Total %E Total %E Total %E

1-Testemunha - 15 a 11 a 12 a 14 a 2-Staple 0,25 4 a * 2 a 81,8 2 a 83,3 1 ab 92,9 3-Staple (seqüencial) 0,15 + 0,15 12 a * 7 a 36,4 1 a 91,7 0 b 100,0 4-Envoke 0,01 2 a * 1 a 90,9 0 a 100,0 0 b 100,0 5-Trifluralina 600 + Diuron 500 2 + 2,0 1 a 93,3 0 a 100,0 3 a 75,0 4 ab 71,4

6-Dual Gold + Diuron 500

0,8 + 2,0

1 a 93,3 1 a 90,9 3 a 75,0 4 ab 71,4

7-Gamit + Diuron 500 1,5 + 2,0 0 a 100,0 0 a 100,0 0 a 100,0 1 ab 92,9

C.V. em % 60,10 49,78 46,08 45,02

* tratamentos não aplicados

Através dos resultados obtidos na Tabela 4, pode-se observar que somente aos 35 dag, os tratamentos com aplicação seqüêncial de Staple e a aplicação única de Envoke diferiram significativamente da testemunha.

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CONCLUSÃO

Existem diversas espécies de plantas daninhas infestantes na cultura do algodão, o produtor e seu assistente técnico, devem estar atentos à condição de sua área e, analisar qual o seu principal problema. A partir disso, trabalhos como este, servem para dar um indicativo na melhor tática ou estratégia a ser executada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, D. M. P.; NOBREGA, L. B.; VIEIRA, D. J.; BEZERRA, J. R. C.; ALVES, I. Efeito de misturas de herbicidas no controle de plantas daninhas em algodoeiro irrigado no sertão paraibano. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 3., 2001, Campo Grande. Anais... Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2001. p.968-970.

MELHORANÇA, A. L.; BELTRÃO, N. E. M. Plantas daninhas: importância e controle. In: EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE. Algodão: tecnologia de produção. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2001. p.227-237.

OLIVEIRA JUNIOR, R. S. Mecanismos de ação de herbicidas In: OLIVEIRA JUNIOR, R. S.; CONSTANTIN, J. Plantas daninhas e seu manejo. Guaíba: Agropecuária, 2001. p.207-260.

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