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I CONFERENCIA INTERNACIONAL CPLP DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E ERRADICAÇÃO DA POBREZA POR MEIO DA AGRICULTURA UBERABA, 13 DE FEVEREIRO 2017

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I CONFERENCIA INTERNACIONAL CPLP

DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E ERRADICAÇÃO DA POBREZA POR MEIO DA AGRICULTURA

UBERABA, 13 DE FEVEREIRO 2017

Saudações e Agradecimento:

- Ministro Blairo Maggi –

- António Andrade – Vice-Governador Minas Gerais - Perfeito de Uberaba - Paulo Piau

- Presidente da CCIBM – Sinfrónio Silva Júnior

- Representante da FAO junto da CPLP – Francisco Sarmento - Diretor da Cooperação e CPLP – Manuel Lapão

- Caras e Caros colegas Ministros e Chefes de Delegações da EM da CPLP

Começo por agradecer o honroso convite para participar neste evento e felicitar a CCIBM, a CPLP e a FAO por esta iniciativa. É um prazer e um dever nela participar.

Gostaria de reafirmar o empenho de Portugal no reforço da CPLP e da cooperação agrícola em particular, formulando votos e reiterando disponibilidade para traduzir boas vontades em ações concretas, com impacto positivo nas populações em especial daquelas que sofrem os efeitos da fome e da malnutrição.

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Fazemos parte de uma comunidade de cuja dimensão social, económica e politica, muitas vezes não temos a verdadeira noção, nem dela tiramos o partido devido.

A CPLP é uma Comunidade com 270 milhões de habitantes, representando 3,3 % da população mundial. Trata-se de um espaço com uma língua comum, uma matriz sociocultural comum e um passado de vivência comum, o que lhe confere enormes vantagens de entendimento dos diversos países que compõe a CPLP. A esta realidade acresce a miscigenação da sua população e uma diversificação geográfica global, o que lhe confere uma grande vantagem na capacidade para entender o Mundo.

Espalhada por 4 continentes e com um peso crescente à escala mundial, a CPLP suscita um interesse progressivo dos mais diversos países nos mais diversos cantos do planeta.

A CPLP pode ser um instrumento facilitador de relações com outras nações e blocos, capaz de proporcionar desenvolvimento social e económico. As relações que poderão ser facilitadas entre os membros da CPLP com a UE, o Mercosul e os BRICS, é uma realidade que importa ter em conta. Por isso todo o esforço que possamos desenvolver no seu reforço e na sua afirmação, a nível mundial, constitui um fator potenciador do papel que pode desempenhar em favor dos seus membros. É importante que a CPLP organize e reforce a sua participação nas Organizações Internacionais, visando um fortalecimento e reconhecimento da Comunidade a nível internacional, e no que nos diz respeito como Ministro da Agricultura, desde logo, a FAO.

Desde a sua fundação em 1996, a FAO tem apoiado a CPLP e o fato do seu atual Diretor Geral ser brasileiro, constitui um momento de orgulho lusófono e oportunidade que ajuda ao

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reconhecimento e reforço internacional da nossa Comunidade. O período de gestão do Dr. Graziano Silva termina em 2020 e devemos cerrar fileiras no sentido de valorizar ao máximo a CPLP naquela Organização. A recente admissão da CPLP como observador no Comité de Segurança Alimentar Mundial, junto da FAO, constitui uma oportunidade importante para expressar a opinião lusófona nas iniciativas globais de melhoria da segurança alimentar mundial. Para o efeito, a CPLP deverá estruturar-se para dar resposta às responsabilidades do estatuto adquirido junto do Comité de Segurança Alimentar Mundial.

A Agenda 2030, acordada em Setembro de 2015 no âmbito da ONU, constitui um compromisso e uma oportunidade fundamental, à escala mundial, para acabar com a fome no mundo, que atingia no final de 2015 cerca 795 milhões de pessoas. A principal causa da subnutrição é a pobreza. A agricultura é o setor de atividade que pode proporcionar de forma mais imediata uma alívio da situação através:

- de uma maior da disponibilidade de alimentos, e - de um melhor rendimento das populações

Apesar do esforço desenvolvido durante a vigência dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, em que foi possível alcançar um bom resultado através da diminuição para quase metade a população em situação de carência alimentar, existem ainda cerca de 19 milhões na CPLP que ainda padecem de fome (7% ainda da população da CPLP).

Visando reforçar a melhoria da segurança alimentar e erradicar a fome, os Chefes de Estado aprovaram em 2011 a Estratégia de

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Segurança Alimentar da CPLP. A ESAN CPLP constitui um projeto pioneiro de combate à fome e má nutrição em todos os países do mundo lusófono, sendo a primeira experiencia alargada deste tipo que mereceu de imediato o reconhecimento e apoio da FAO. Trata-se de um esforço conjunto, que dignifica os países da CPLP e os diversos parceiros envolvidos, projetando uma boa imagem da CPLP no mundo. Os 3 eixos previstos de desenvolvimento da ESAN CPLP proporcionam um grande potencial de cooperação entre os seus membros que devemos de desenvolver.

Portugal é membro da União Europeia gozando de todos os deveres e direitos inerentes desse facto. Para além do impacto direto que a Politica Agrícola Comum tem nos Estados Membros, ela desempenha também um papel importante no aumento da produção global de alimentos de que a humanidade necessita no futuro. Para além disso, a União Europeia tem procurado desenvolver um modelo de agricultura multifuncional visando a sustentabilidade, iniciativa pioneira, em linha com os acordos recentemente assinados na ONU e em Paris. A Política Agrícola Comum pós 2020, cuja discussão se iniciou agora, irá reforçar esta vertente. Por outro lado, a política de cooperação da UE pode ajudar ao desenvolvimento dos países e da CPLP como um todo. Portugal está disponível para ser um elemento facilitador do desenvolvimento da relação UE – CPLP nos domínios da Agricultura, Florestas e Alimentação.

A UE e a PAC tiveram um papel fundamental na evolução da agricultura portuguesa nos últimos 30 anos, permitindo-nos passar de uma agricultura atrasada para uma agricultura moderna e competitiva, com vocação exportadora. Tal deveu-se, certamente, aos importantes apoios financeiros da EU, mas

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sobretudo também, ao grande esforço dos agricultores e suas organizações.

Foi possível dar saltos gigantescos na formação dos técnicos e dos agricultores, investir fortemente em infraestruturas (regadios, caminhos, eletrificações, adegas, lagares, centrais hortofrutícolas, plantações, máquinas, equipamentos, etc..), na sanidade animal e vegetal, para além de outros apoios como seguros e ajudas ao rendimento.

Contudo, a aplicação da PAC nos Estados Membros da UE tem gerado injustiças, marginalizado a pequena agricultura, cuja situação temos procurado melhorar. No último ano, fixámos em 600€ o pagamento mínimo anual para os pequenos agricultores e fixámos 40.000€ o apoio elegível nos pequenos investimentos, concedendo cerca de 50% a fundo perdido, para além de termos aumentado em 50€ por hectare, os apoios aos primeiros 5ha de todas as explorações.

Apesar do período de contenção financeira que Portugal tem atravessado desde a deflagração da crise de 2008, estamos disponíveis para ir mais longe no domínio da cooperação agrícola no seio da CPLP. Portugal tem capacidade técnica e cientifica que poderá ser posta ao serviço das ações de cooperação que identificámos. Temos que procurar todas as fontes de financiamento possíveis, designadamente no âmbito da UE.

No programa de Desenvolvimento Rural que temos em curso em Portugal, reservámos uma dotação para a cooperação transnacional no montante de 5 milhões de Euros que podemos passar a executar imediatamente, logo que identificadas as entidades parceiras em cada um dos Estados membros da CPLP interessados, e definida a estratégia e o Plano de Ação.

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Termino, agradecendo, uma vez mais a hospitalidade brasileira e felicitando os promotores desta iniciativa, donde sairá, certamente, reforçada a nossa caminhada de países independentes com interesses e projetos comuns que urge concretizar.

Referências

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