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A importância do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência de filosofia no Colégio Estadual Secretário Francisco Rosa Santos

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Academic year: 2021

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A IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DE FILOSOFIA NO COLÉGIO ESTADUAL

SECRETÁRIO FRANCISCO ROSA SANTOS.

Danila Augusta Andrade Vieira1

Daniel dos Santos Nogueira2

Felipe dos Santos Faria 3

Isabela Andrade Coringa Fonseca4

Maria de Fatima Pina Lima5

Maria Karolyne Reis Santana6

Rayane Ribeiro dos Santos 7

Rodolpho Augusto Limeira Corrêa de Vasconcellos 8

Eduardo Lima Dos Santos 9

Marcos Fonseca Ribeiro Balieiro10

RESUMO

O presente trabalho aborda a questão da importância do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) de Filosofia no Colégio Estadual Secretário Francisco

1 Estudante de graduação do 6º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail: sorvetenosol@gmail.com

2 Estudante de graduação do 4º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail: nogue1908@icloud.com

3 Estudante de graduação do 6º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail: felipesantosss177@gmail.com

4 Estudante de graduação do 6º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe e graduada

em Direito(Unit). Integra o Projeto PIBID/CAPES. E-mail: isabelacoringa@gmail.com

5 Estudante de graduação do 6º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail:fatima.pina.lima08@gmail.com

6 Estudante de graduação do 6º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail: maria.karolyne1@gmail.com

7 Estudante de graduação do 4º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail: rayribeiro425@gmail.com

8 Estudante de graduação do 6º período do curso Filosofia da Universidade Federal de Sergipe. Integra o

Projeto PIBID/CAPES. E-mail: rodolphovascon@hotmail.com

9 Licenciado em Filosofia ( Instituto Salesiano de Filosofia), licenciado em pedagogia (Faculdade de

Filosofia e Ciências de Candeias) e Mestre em filosofia pela Universidade Federal de Sergipe. Professor da SEDUC/SE. Supervisor do Programa Pibid na Escola Estadual Francisco Rosa Santos vinculado ao Projeto PIBID/CAPES

10 Coordenador do Projeto PIBID/CAPES 2018 vinculado ao Programa do Pibid-Filosofia e professor do

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Rosa Santos. O objetivo desse trabalho é expor as experiências dos pibidianos acerca da iniciação à docência no ensino médio. Também é de grande valia expor as atividades desenvolvidas com os alunos secundaristas para o fomento da filosofia e o nosso ponto de partida sobre a relação ensino-aprendizagem e sobre a importância de compartilhar um ambiente que verse sobre filosofia política (nosso foco de ensino), discutindo os seus clássicos e possíveis abordagens e interpretações.

Palavras - Chave: PIBID; Filosofia; Iniciação à Docência.

INTRODUÇÃO

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) tem como objetivo preparar o discente dos cursos de licenciatura para a carreira da docência, introduzindo-o desde cedo ao ambiente escolar. No entanto, agora em um lugar diferenciado e intermediário: ele não é mais aluno do ensino básico, e também ainda não alcançou o estágio de docência plena, e por isso mesmo assiste e participa da sua própria formação a partir de um lugar privilegiado, assistido por supervisores e podendo contribuir para a formação alheia. O pibidiano ocupa um lugar de cumplicidade em relação à educação pública brasileira, como sua observadora e guardiã.

O Programa, que incentiva a formação de professores, a aquisição de habilidades para inovar em sala de aula, bem como aperfeiçoamento da qualidade do discente enquanto docente, também visa estreitar os laços entre Escola- Universidade- Comunidade. Além disso, expõe os pibidianos a situações cotidianas típicas de ensino médio que servem como ricas experiências para progressão na vida profissional da docência.

Diante disso, após reuniões e discussões entre pibidianos, supervisores e coordenador do Programa Pibid-Filosofia(UFS) chegou-se a um consenso de trabalhar na primeira etapa (por 1 ano aproximadamente) nas 3 escolas públicas circunscritas ao Programa a temática da Filosofia Política. Em relação à bibliografia inicial foi estabelecido que seu pilar seriam cinco obras clássicas: O Príncipe, de Maquiavel; Leviatã, de Thomas Hobbes; Segundo Tratado sobre o Governo Civil, de John Locke; Discurso sobre a origem e os fundamentos da Desigualdade, de Rousseau; e o Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx. A partir dos pensamentos políticos destes filósofos, em conjunto com a turma das Escolas, foi possível trabalhar os conhecimentos adquiridos através dos aulões e estudos.

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Inicialmente foram feitas reuniões e debates, antes de começarmos a atuar em sala de aula nas Escolas, para sabermos informações técnicas, expectativas sobre o Projeto e sobre a experiência de ensino, o que seria possível de realizar dentro das limitações físicas e temporais, além de, é claro, quais propostas e projetos seria a nós designados, quais turmas e metodologias iríamos trabalhar. Dessas reuniões resultou um consenso com o supervisor da Escola Francisco Rosa, o professor Eduardo Lima, em que nós pibidianos atuaríamos como professores assistidos e passaríamos o conteúdo que obtemos no curso inicial dado pelo professor Marcos Balieiro, coordenador do programa, bem como conteúdo relativo aos nossos próprios estudos e bibliografias complementares que pudessem auxiliar.

Nosso supervisor Eduardo Lima juntamente à coordenação do colégio Francisco Rosa nos apresentou todo o colégio e sua estrutura, que nos seria disponibilizada durante a execução do Programa. Além disso, foi proposto como culminância do projeto a escrita de um livro, composto por artigos de experiências dos pibidianos e textos para ampliar o interesse filosófico secundarista.

METODOLOGIA

A metodologia de ensino aplicada em sala de aula foi mediante dois métodos: o primeiro é o método tradicional (aula expositiva) e o segundo método foi o do Construtivismo (aula expositiva dialogada), tendo como ponto principal o aprofundamento do segundo. Na aula expositiva, mesmo tendo autonomia da figura do professor, não tivemos participação dos alunos, colocando-os em uma posição de passividade em relação a aula e o conteúdo dado. A partir disso pudemos perceber que a aula expositiva dialogada foi muito interativa, contendo as participações dos alunos com perguntas, debates, objeções que acrescentaram no conhecimento, tanto do professor, como do aluno. Para provar que o segundo método foi de fato mais efetivo, foi feito por parte dos pibidianos, questionamentos e dinâmicas com alunos que diante disso puderam correlacionar a temática da aula com o cotidiano, bem como refletir sobre os assuntos atuais. Portanto, vemos como método mais eficaz o de aula expositiva dialogada, uma vez que favorece tanto os alunos como os professores no desenvolvimento do conhecimento a partir do jogo dialético e do diálogo.

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1.1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E ESTRUTURA DO COLÉGIO O Projeto Político Pedagógico(PPP) foi o ponto de partida para iniciarmos a nossa jornada no Colégio Estadual Francisco Rosa, pois acreditamos que conhecer o universo do aluno primeiro, a estrutura e a realidade do colégio antes mesmo de começarmos as atividades em sala é um ponto bastante relevante. A partir da análise do PPP notamos que o prédio onde está localizado o centro de excelência Francisco Rosa está em boas condições e dispõe de espaços para ensino de diversas disciplinas, assim como laboratório de ciências e informática, espaços de vivência, recreação e esportes e também fomento do desenvolvimento da cultura e arte em seus espaços. Paulo Freire em sua obra nos mostra que devemos enquanto docentes nos colocar na realidade dos outros, conhecer o que tange a realidade da escola e dos alunos nela inserida. Dito isto, compreendemos que ensinar/ se iniciar à docência não é apenas dar aulas, é preciso uma imersão no ambiente da aprendizagem: antes de iniciarmos nossos planos de aulas, conhecermos a realidade socioeconômica, afetiva e estrutural dos alunos, bem como da escola que estamos nos inserindo.

Nesses termos, Paulo Freire (2003):

O educando precisa assumir-se como tal, mas assumir-se como educando significa reconhecer-se como sujeito que é capaz de conhecer o que quer conhecer em relação com o outro sujeito igualmente capaz de conhecer, o educador e, entre os dois, possibilitando a tarefa de ambos, o objeto de conhecimento. Ensinar e aprender são assim momentos de um processo maior – o de conhecer, que implicar re-conhecer. (FREIRE, 2003, p. 47)

Assim, Freire deixa claro que o processo de ensino-aprendizagem pede algo além da mera teoria: reconhecer-se como sujeito, reconhecer o outro como sujeito, e reconhecer-se um no outro. A partir disso, desse reconhecimento, o que se pode oferecer? Quais pontes são necessárias possibilitar a partir do processo educativo? Parece que muitas são as respostas possíveis.

É de conhecimento da grande maioria que a realidade educacional brasileira não tem sido muito favorecida, tão pouco a realidade socioeconômica das escolas de bairros considerados periféricos. Mesmo a escola tendo diversos espaços para desenvolver projetos e aulas diferenciadas, possuía problemas com equipamentos de áudio, vídeo (datashow) e transmissão para aulas expositivas, que foram adaptadas ao longo do tempo por nossa equipe através do material tradicional de ensino (quadro e giz).

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1.2 PLANOS DE AULA E SUA EXECUÇÃO

Todas as aulas foram lecionadas na sala de aula normalmente, onde os alunos de forma convencional se sentavam em fileiras (a não ser que pedíssemos uma organização diferente para a execução de dinâmicas, por exemplo) e os pibidianos com a supervisão ao lado possibilitavam os espaços das aulas. Inicialmente a ênfase em questão, foram aulas sobre o início da política moderna, com explicações desde o clássico O príncipe, de Nicolau Maquiavel (1515) até O manifesto do partido comunista (1848), passando também por Hobbes, Rousseau e Locke.

A partir da leitura e compartilhamento dessas obras foram suscitadas algumas questões e debates, solicitadas algumas atividades. Perguntas sobre a natureza do poder e da política, sobre participação popular, legitimação e justificação do Estado, sobre as relações entre sociedade e Estado, sobre poder do indivíduo e liberdade, assim como questões de justiça e direito foram bastante presentes na temática das aulas, se conectando profundamente com o tema dos clássicos de filosofia política e gerando inquietações e dúvidas frutíferas e saudáveis ao aprendizado e ao debate.

Em todas as aulas realizamos a escrita de um plano de aula, frequentes atividades ao final da exposição, no qual constava a biografia do autor e obras importantes dele, assim como a sua importância para a filosofia e para a sociedade. Foram realizadas diversas aulas expositivas com intuito principal de repassar a importância dos estudos dos clássicos para a constituição da política moderna e atual. Assim como foram realizadas comparações entre acontecimentos distintos que os alunos percebiam conexão entre si e com o contexto histórico e com os livros que apresentávamos. Para além disso, todas as aulas dos pibidianos do Colégio Francisco Rosa foram documentadas através de fotografias e registros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O saldo do programa para nós pibidianos foi de grande ganho, grandes aprendizados e grandes trocas. Perceber a riqueza que há no processo dialético de ensino-aprendizagem é também perceber que a busca por conhecimento e educação faz muito mais sentido quando é feita coletivamente, e compartilhada por grupos. O Programa de Iniciação à Docência, o ensino da filosofia, e em especial, da filosofia política, nos mostrou um pouco

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do universo da docência, suas nuances, zelos, dificuldades e prazeres, nos possibilitando um universo novo de trocas e aprendizados.

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. & HORTON, Myles. O caminho se faz caminhando: conversas sobre educação e mudança social. 4 ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2003.

MAQUIAVEL, Nicolau. O Principe. Versão para eBook. Ed. eletronica: ed. Ridendo Castigat Mores (www.jahr.org), 1515.

Referências

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