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Eixo Temático – BANCA TCC/ERIC – 5º ANO DE DIREITO – sala nº 12

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Academic year: 2021

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XVI ERIC – (ISSN 2526-4230)

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XVI ERIC – (ISSN 2526-4230)

A EFICÁCIA DO MÉTODO APAC NA RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO EM CONSONÂNCIA COM OS PRINCÍPIOS HUMANITÁRIOS

THE EFFECTIVENESS OF THE APAC METHOD IN THE RESOCIALIZATION OF PRISON IN ACCORDANCE WITH HUMANITARIAN PRINCIPLES

Nilson Antoniassi1 Rodrigo Eder Felício2

RESUMO: O presente artigo objetiva estudar a ressocialização do preso em consonância com os princípios humanitários de acordo com o método da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), entidade sem fins lucrativos e com fins religiosos. Serão analisados a eficiência do método APAC na ressocialização do preso objetivando que o condenado não pratica mais conduta delituosa, para tanto apresentar-se-á a legislação vigente consoante aos direitos dos condenados, logo em seguida a originalidade do método APAC e seus resultados obtidos, bem como apresentação de instalação do método nos cinco continentes, destacando instalações no Brasil, com ênfase no Estado do Paraná, será abordado seus principais pontos e relevâncias para o direito e os posicionamentos doutrinários quanto ao tema, e quais são os resultados obtidos nos presídios administrados pela associação, que segundo a FBAC - Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, órgão que controla e direciona todas as APACs existentes no Mundo, enquanto os reincidentes em crimes no Brasil é de 80%, e internacionalmente é de 70%, a média de reincidência em recuperandos da APAC é de 15%, porém durante 29 anos, o índice de reincidência se manteve inferior a 5%, estatística confirmada pela Prison Fellowship International.

PALAVRAS-CHAVE: APAC. Condenado. Ressocialização.

ABSTRACT: This article aims to study the resocialization of prisoners in line with humanitarian principles according to the method of the Association for the Protection and Assistance of the Condemned (APAC), a non-profit and religious organization. The efficiency of the APAC method in the resocialization of the prisoner will be analyzed, aiming that the convict no longer commits criminal conduct, to present the current legislation according to the rights of the condemned, soon after the originality of the APAC method and its results obtained, as well as presentation of installation of the method on five continents, highlighting facilities in Brazil, with emphasis on the

1Acadêmico do 5° ano de Direito da Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mandaguari.

E-mail: antoniassijcm@hotmail.com

2Mestrado em Programa de Mestrado em Direito pela Fundação Eurípedes Soares da Rocha, Brasil (2007).

Profissional Liberal da Ordem dos Advogados do Brasil – Paraná, Brasil. E-mail: rodrigofelicioadv@hotmail.com

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State of Paraná , will be addressed its main points and relevance to the law and doctrinal positions on the subject, and what are the results obtained in prisons administered by the association, which according to FBAC - Brazilian Fraternity of Assistance to the Condemned, body that controls and directs all existing APACs in the World, while the reciincidents in crimes in Brazil is 80%, and internationally is 70% , the average recurrence in recovering from APAC is 15%, but for 29 years, the recurrence rate remained below 5%, a statistic confirmed by Prison Fellowship International.

KEYWORDS: APAC. Condemned. Resocialization.

1 INTRODUÇÃO

Um dos problemas mais agravados no sistema presidiário Brasileiro, é o fato que o direito humano dos presos tem sido cada vez mais subtraído, concorrendo para transformar o homem que cometeu crime em verdadeiro profissional da atividade criminosa. Embora em 1984, passou a vigorar a Lei de Execução Penal, somente passa a ser cumprida com a nova Constituição de 1988, porém o Estado por desinteresse político ignora a legislação vigente, demostrando sua total ineficiência quanto ao homem recluso.

O motivo desta pesquisa é demonstrar ao leitor que um dos principais objetivos da legislação em relação ao preso é proporcionar condições necessárias para que o ser humano recluso seja reincluído à sociedade, retornando ao seu convívio social e familiar, garantindo a sociedade maior segurança.

Porém o Estado não tem proporcionado resposta à altura para assegurar o pleno cumprimento da lei. Neste viés será apresentado a APAC – Associação de Proteção e Assistência ao Condenado, órgão auxiliar da justiça, entidade com personalidade jurídica, sem fins lucrativo, que inconformada com constantes rebeliões e desvalorização do ser humano, através de evangelização, com método específico obediente aos ditames da Constituição de 1988, da Lei de Execução Penal e dos Direito Humanos, oferece ao condenado condições para recuperar-se.

Para tanto, em primeiro momento será realizado um breve apontamento da legislação a respeito da reinserção do preso à sociedade, inclusive alguns conceitos de doutrinadores da área. Em seguida o foco será apresentar a filosofia e a metodologia do método APAC, bem como números de APACs em funcionamento nos cincos continentes, com ênfase no Brasil e destacaremos as existentes no

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estado do Paraná e as demais que estão em processo de formação, bem como as FBAC - Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, órgão que controla e direciona todas as APACs existentes no Mundo e a possibilidade de retorno das APACs no estado de São Paulo, onde tudo iniciou e por motivo desconhecido deixaram de atuar.

Por fim, apresentar-se-á dados realizados pela FBAC da relevância dessa associação e a surpreendente porcentagem de presos que não reincidiram no crime, concluindo que atualmente é o método ideal e mais eficiente na ressocialização do preso, beneficiando toda a sociedade, pois àqueles que estavam cometendo crimes, os deixaram de fazer e se reintegraram no seio da sociedade.

2 AS NORMAS VIGENTES E SEUS REFLEXOS RESSOCIALIZATÓRIOS

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, inciso XLIX, garante ao cidadão-preso o respeito à integridade física e moral (BRASIL, 2015, p. 16).

Estabelece a Lei nº 7.210/84, Lei de Execução Penal, em seu artigo 1º que “a execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado” (BRASIL, 1984, web).

Dispõe ainda a referida lei em seus artigos 10 e 11, que o preso tem direito a assistência: material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa. (BRASIL, 1984, web).

O Decreto nº 678 de 6 de novembro de 1922, que Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), ao se referir à Integridade Pessoal em seu artigo 5º, aponta: 1. Toda a pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral; 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano; 3. A pena não pode passar da pessoa do delinquente; 4. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, a ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoal não condenadas; 5. Os menores quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal

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especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento; 6. As penas privativas da liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados (BRASIL, 1992, web).

No presente momento o Brasil vive uma democracia, valorizando a dignidade humana como fundamento da República Federativa do Brasil, e diante disso o Estado possui o dever de proteger a Dignidade da Pessoa Humana. Caso contrário, correrá o risco de transgredir suas próprias normas (de acordo com o art. 60, § 4º da Constituição Federal), acarretando inclusive em responsabilidade internacional perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (RIBEIRO, 2016, p. 86-87). Ressalta Falconi (1995, p.48-49) que:

O Estado, ao proclamar a reabilitação daquele que cumpriu ou não a pena, estará atacando a criminalidade em duas frentes, ao menos: a primeira é dar credibilidade à pena, cuja eficácia é questionada, até mesmo empiricamente; a segunda, é o encaminhamento forçoso da reinserção social do ex-convicto, proporcionando a ele condições reais para conviver em sociedade, sem ser estigmatizado por um passado censurável socialmente. Mas, qualquer que seja a orientação que se venha a adotar, entendo tratar-se de direito subjetivo do reabilitando e não de um favor do Estado.

Neste contexto enfatiza Cordeiro (2006, p. 172) que:

o Brasil, adepto da ideia humanística das prisões, é signatário de vários acordos de âmbito internacional pertinentes aos direitos humanos, dentre eles o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, a Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes e a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.

Porém Cordeiro (2006, p. 172) afirma que os compromissos assumidos perante o Direito Internacional não estão sendo honrados pelo Brasil, pois viola a dignidade e direitos primários dos presos que vive em condições subumanas.

Ao se referir sobre o desrespeito ao princípio da pessoa humana pelo próprio Estado, Greco (2011, p. 72) salienta:

Indivíduos que foram condenados ao cumprimento de uma pena privativa de liberdade são afetados, diariamente, em sua dignidade, enfrentando problemas como os da superlotação carcerária, espancamentos, ausência de programas de reabilitação etc. A ressocialização do egresso é uma tarefa quase que impossível, pois que não existem programas de reabilitação etc.

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Para Nucci (2007, p.348) “a pena privativa de liberdade, além de ser indispensável, é a forma mais humanizada de sanção, a qual garantiu e pode garantir a abolição da pena de morte, de castigos cruéis e corporais e outras tantas barbáries”.

A ideia de privatizar o sistema prisional brasileiro é considerada inconstitucional por parte dos políticos e cientistas do Direito, encontrando resistência em diversos segmentos da sociedade, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público, neste sentido realça Cordeiro (2006, p.120-121) que, para driblar a inconstitucionalidade, alguns Estados da Federação vêm buscando implementar a parceria, firmada entre o Estado e a iniciativa privada, por meio da terceirização de alguns serviços. Esclarece que essa nova forma de gerenciamento conta com o incentivo do Ministério da Justiça, que se responsabiliza pelo custeio de 80% da obra da construção das penitenciárias a serem administradas pela iniciativa privada.

Ao referir-se em forças auxiliares Maquiavel (2005, p. 91), concluiu que:

nenhum príncipe pode ter segurança em seu próprio exército. Os sábios sempre souberam e proclamaram que quod nihil sit tam infirmum aut

instabile quam fama potentiae non sua vi nixa .[...] Nada é tão fraco e

instável quanto a fama de uma potência que não se apóia na própria força.

Contudo observar-se-á resultados favoráveis através de convênios com empresas e Penitenciárias que aplicam a laborterapia aos presos, conforme o Diretor (2010?,

web) da Penitenciária Industrial de Joinville/SC:

a Penitenciária Industrial Jucemar Cesconetto de Joinville é considerada modelo no país; por meio das 13 empresas conveniadas, o apenado reduz um dia da sua pena a cada três dias trabalhados, obtendo ainda uma renda mensal de R$ 510,00, que é repassada às suas famílias. A instituição conseguiu, através de seus projetos, reduzir de 83% para 12% o índice de reincidência criminal. Com esse modelo de gestão prisional que aproxima os detentos da comunidade, o Estado pode concentrar-se em áreas que realmente interessam como fiscalização e orientação.

Neste viés publicou Vasconcellos (2011, web) para a agência CNJ de notícias sobre:

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, afirmou, durante abertura do Encontro Nacional do programa Começar de Novo, nesta segunda-feira (05/09), em São Paulo, que a indiferença da sociedade para com os detentos e egressos do sistema carcerário contribui para o aumento da

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criminalidade. Ao destacar que o Brasil tem uma das maiores taxas de reincidência criminal do mundo, da ordem de 70%, o ministro Peluso defendeu que o Estado e a sociedade devem criar políticas de reinserção social e de conscientização dos detentos sobre a possibilidade de começar uma vida nova.

Para entender que é possível colocar em prática a legislação vigente, aplicando uma metodologia onde reina compromisso e amor, com a participação da sociedade, apresentar-se-á o método APAC, já comprovado eficiente como alternativa aos problemas carcerários, sem a necessidade de privatização.

3 APAC – ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS

Um dos autores do Método APAC, Senhor Mário Ottoboni (2001, p.29, 79), através de seu livro “Vamos Matar o Criminoso?”, é quem melhor didaticamente expõe em que esse Método consiste. Ele define APAC como “um método de valorização humana, portanto de evangelização, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se, logrando, dessa forma, o propósito de proteger a sociedade e promover a justiça”. Explica o autor que o Método APAC proclama a necessidade imperiosa de o recuperando ter uma religião, crer em Deus, amar e ser amado, não impondo este ou aquele credo.

Ainda nos dizeres de Ottoboni a APAC trata-se:

de uma metodologia que rompe com o sistema penal vigente, cruel em todos os aspectos e que não cumpre a finalidade precípua da pena: “preparar o condenado para ser devolvido em condições de conviver harmoniosa e pacificamente com a sociedade” (OTTOBONI, 2001, p.30).

Neste sentido adverte Bitencourt (2017, web):

a prisão é uma fábrica de delinquentes, sendo impossível alguém nela entrar e de lá sair melhor do que entrou! Até para sobreviver nesse meio altamente criminógeno o indivíduo é obrigado a optar de imediato por uma facção criminosa, que é o vestibular para o crime. Não há alternativa: opta ou morre! E aqui fora nossos ingênuos legisladores qualificam, majoram ou criminalizam a simples conduta formal de integrar facção criminosa, como se fosse possível voluntariamente permanecer fora dela no interior das prisões.

Relata Ottoboni que, juridicamente, a APAC surgiu em 1974, na cidade de São José dos Campos, SP, por um grupo de voluntários cristãos que se denominava “Amando o Próximo, Amarás a Cristo” (APAC), e diante das

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dificuldades viu-se forçado a transformar o trabalho, que era apenas de Pastoral Penitenciária, em uma entidade civil de direito privado, com finalidade definida, mantendo os mesmos objetivos, propiciando condições de defesa da própria equipe, que passou a valer-se do remédio jurídico adequado para que fossem respeitados os direitos dos presos (OTTOBONI, 2001, p.31).

Ao se referir sobre assistência e proteção ao condenado, Falconi (1998, p. 183) destaca que o método não oferece atenção especial e conforto ao preso, que chegam a faltar ao homem trabalhador e honesto, mas prepara o ser humano recuperando a voltar ao convívio da sociedade evitando que ela seja novamente oprimida, demonstrando mudança em sua personalidade, agindo com humanidade.

Como já noticiamos a APAC se iniciou em São José dos Campos e se espalhou por várias cidades paulistas, porém 30 anos mais tarde, a experiência em São Paulo, por razões diversas, foi encerrada. Levada para Minas Gerais, pelas mãos do Diretor da FBAC, Valdeci Ferreira, e devidamente assessorados pelo idealizador Mário Ottoboni, com o apoio institucional do TJMG e do Governo Estadual de Minas Gerais, as APACs floresceram e se multiplicaram, inclusive, em outros Estados da Federação. No dia 1 de Abril de 2019, a APAC de Itaúna e a FBAC, receberam o Secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Senhor Nivaldo Cesar Restivo e outros representantes da Administração Penitenciária daquele Estado. O objetivo da visita foi conhecer in loco a metodologia APAC e os bons resultados apresentados (FBAC, 2019, web).

O Secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Sr. Nivaldo, após conhecer as dependências da APAC, dialogar com os recuperandos e com funcionários, afirmou: “Fiquei muito impressionado com o trabalho realizado pela APAC. Vocês, recuperandos, estão de parabéns e esperamos poder encontrá-los em liberdade, vivendo de modo digno. Essa idéia precisa ser multiplicada” (FBAC, 2019, web).

O Diretor da FBAC, Senhor Valdeci Ferreira, muito emocionado, disse aos visitantes: “Eu esperei, ansiosamente, por mais de 30 anos, a visita do Senhor Secretário de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo. Esta é uma das visitas mais importantes que já recebemos na APAC de Itaúna, porque sabemos que pelas suas mãos, Senhor Secretário, e pelas mãos generosas de sua equipe, a APAC poderá retornar, finalmente, para o Estado de São Paulo” (FBAC, 2019, web).

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4 FILOSOFIA DA APAC:

Esclarece Mário Ottoboni (2001, p. 53) para obter orientação metodológica de como iniciar uma APAC, foi criada a FBAC (Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados), órgão coordenador e fiscalizador das APACs.

Geralmente para iniciar o processo de instalação da APAC são necessários os seguintes passos: Realização de audiência pública na comarca; Criação jurídica da APAC; Visita dessa comissão à uma APAC em funcionamento mais próxima; Realização de Seminário de Estudos sobre o Método APAC para a comunidade; Organização de equipe de voluntários; Instalação física da APAC, construção do Centro de Reintegração Social (CRS); Formação de parcerias; Realização do Curso de Formação de Voluntários (longa duração - 4 meses); Estágio de recuperandos; Estágio para funcionários em outras APACs consolidadas; Celebração de convênio de custeio com o Estado; Inauguração do CRS e transferência dos recuperandos; Constituição do Conselho de Sinceridade e Solidariedade (CSS), formado por recuperandos; Realização do Curso de Conhecimento sobre o Método APAC e Jornadas de Libertação com Cristo; Desenvolvimento periódico de aulas de valorização humana, de espiritualidade, de prevenção às drogas, bem como reuniões de celas coordenadas por voluntários; Participação de eventos anuais promovidos em conjunto pelo Programa Novos Rumos do TJMG e FBAC, visando formar multiplicadores; Estabelecer comunicação permanente com a FBAC e coordenação do Programa Novos Rumos do TJMG; Realização de novas audiências públicas, seminários ou cursos de formação de voluntários (FBAC, 2018, web).

5 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MÉTODO APAC

O método APAC baseia-se em doze elementos fundamentais, e o seu êxito depende da efetividade deste conjunto de elementos na preparação do condenado para retornar ao convívio da sociedade, pois o Estado já se revelou incapaz de cumprir essa função essencial da pena. O chamamento da sociedade faz-se cumprir o contido na Constituição Federal, em seu artigo 144 de que a segurança pública, embora sendo dever do Estado é de responsabilidade de todos. Segundo o idealizador, o amor incondicional e a confiança, que devem se manifestar o tempo

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todo por parte dos voluntários, sobrepõem-se aos 12 elementos fundamentais, pois devem ser virtudes cultivadas com todo o vigor cristão na aplicação da metodologia (OTTOBONI, 2001, p.64).

5.1 Participação da comunidade

Nos dizeres de Bitencourt (2001, p. 136), para que haja a ressocialização deve existir um processo interativo e comunicativo entre indivíduo e sociedade, promoção do intercâmbio, uma relação dialética, a convivência social, própria da natureza humana.

Argumenta Cury (2016, p. 119) sobre o quarto código da inteligência que o “altruísmo é o segredo da afetividade social, da capacidade de se doar e de proteger e expressa a grandeza da alma, a generosidade, a bondade, a compaixão, a indulgência e o desprendimento”.

5.2 O recuperando ajudando o recuperando

Salienta Muñoz (2017, web): “A violência carcerária está enraizada na incapacidade das autoridades de fornecer condições humanas e manter o controle dentro das instalações”.

Diferentemente do que ocorre em muitos presídios, na metodologia da APAC prepara o condenado (Recuperando) para tratar os demais recuperandos com humanidade. Assegura Ottoboni (2001, p. 67) “É fundamental ensinar o recuperando a viver em comunidade, a acudir o irmão que está doente, a ajudar os mais idosos e, quando for o caso, a prestar atendimento no corredor do presídio, na copa, na cantina, na farmácia, na secretaria, etc”.

5.3 Trabalho

Falconi (1998, p. 71) assevera que “sem dúvida, a laborterapia é uma das formas mais eficazes de reinserção social, desde que dela não se faça uma forma vil de escravatura e violenta exploração do homem pelo homem, principalmente este homem enclausurado”.

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Adverte Foucault (2014, p. 264) que o trabalho não pode ser considerado como forma de agravar a pena, ao contrário, podendo suavizar, pois o detento além de aprender um ofício poderá obter recursos para sua família, o qualifica como uma das peças essenciais da transformação e da socialização progressiva dos detentos.

5.4 A religião e a importância de se fazer a experiência de Deus

No seminário do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ocorrido em data de 12 de novembro de 2018, um preso testemunhou sobre fazer a experiência com Deus:

José de Jesus, um presidiário que por várias vezes fugiu dos estabelecimentos prisionais onde cumpria pena, um dia foi transferido para uma Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), onde cumpriu o restante de sua dívida com a justiça, sem sequer uma tentativa de escape. Quando questionado pelo juiz por que da Apac ele não havia fugido, o rapaz respondeu: porque do amor ninguém foge, doutor. Foi contando esse caso que o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Nelson Missias de Morais, abriu o seminário “Sistema prisional, direitos humanos e metodologia Apac: desafios e perspectivas”, (MINAS GERAIS, 2018, web).

Ao se referir sobre a religião, Beccaria (2005, p.110 – 111) a chama de um dom sagrado do céu, e que o Evangelho espalhou por toda parte, luz sobre toda humanidade e demonstra respeito aos sacerdotes da Igreja Católica pela suavidade e humanidade recomendando-os.

5.5 Assistência jurídica

Destaca Sabadell (2013, p.198), ao se referir sobre as barreiras pessoais que:

a falta de informações sobre direitos de proteção judiciária e, principalmente, sobre possibilidades de assistência gratuita impedem pessoas oriundas de classes desfavorecidas de exercerem seus direitos. Além disso, a inferioridade cultural dificulta a comunicação com os advogados e os juízes, criando ulteriores desvantagens.

No método APAC, conforme Ottoboni (2001, p. 82) adverte “deve se evitar que a entidade se transforme num escritório de advocacia, prestando tão-somente assistência jurídica àqueles confirmadamente pobres, e nada mais”.

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5.6 Assistência à saúde

Explica Ottoboni (2001, p. 83) que: “Para bem aplicar o método, é preciso que haja preocupação de atrair à equipe médicos, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras, dentistas, etc., para que não falte assistência aos que estão privados da liberdade”.

Neste viés, a Portaria Interministerial nº 1, de 2 de janeiro de 2014, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. Inclui a população penitenciária no âmbito do SUS, facilitando a assistência aos reclusos (BRASIL, 2014, web).

5.7 Valorização humana, base do Método APAC

O Objetivo do Método APAC é colocar em primeiro lugar o ser humano, e todo o trabalho deve ser voltado para reformular a auto-imagem do homem que errou, se referir a ele pelo nome, conhecer sua história, visitar sua família, atendê-lo em suas justas necessidades (OTTOBONI, 2001, p.85).

5.8 A família

Para alcançar esse objetivo, o Método APAC oferece aos familiares retiros espirituais e cursos regulares de Formação e Valorização Humana, buscado ainda proporcionar todas as facilidades possíveis para o estreitamento dos vínculos afetivos (OTTOBONI, 2001, p.87).

5.9 O voluntário e o curso para sua formação

A este respeito Foucault vai além ao afirmar que:

[...] entre o princípio contratual que rejeita o criminoso para fora da sociedade e a imagem do mostro ‘vomitado’ pela natureza, onde encontrar um limite, senão na natureza humana que se manifesta, não no rigor da lei, não na ferocidade do delinquente, mas na sensibilidade do homem razoável que faz a lei e não comete crimes (FOUCAULT, 2014, p.90).

Enfatiza Ottoboni (2001, p. 89) que todo trabalho realizado pelos apaqueanos (termo utilizado aos voluntários filiados à APAC) é gratuito, e que

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todos devem estar bem preparados, independente se os condenados cumpram pena recluso ou na comunidade, que é preciso estender as mãos àquele que caiu e precisa se levantar. O voluntário deve ser exemplar em sua espiritualidade, pois adquirirá confiança do recuperando.

5.10 Centro de Reintegração Social (CRS)

Destaca Ottoboni (2001, p. 95-96) que: “A criação do CRS oferece ao recuperando a oportunidade de cumprir a pena no regime semi-aberto próximo de seu núcleo afetivo, além de favorecer a reintegração social, respeitando a lei e os direitos do sentenciado”.

5.11 Mérito

A Fraternidade Brasileira de Assistência ao Condenado (FBAC) conceitua o mérito como:

conjunto de todas as tarefas exercidas, bem como as advertências, elogios, saídas, etc, constantes da pasta prontuário do recuperando -, passa a ser o referencial, o pêndulo do histórico da vida prisional. Não vale, portanto, se o condenado é “obediente” ou “ajustado” às normas disciplinares, porque será sempre pelo Mérito que ele irá prosperar, e a sociedade e ele próprio, serão protegidos (FBAC, 2015, web).

Esclarece Ottoboni (2001, p. 97) que não é apenas na conduta do recuperando que busca seu mérito, mas também na sua pasta-prontuário, pois ali é anotado toda tarefa por ele exercida, as advertências, elogios, saídas, etc.

5.12 Jornada de Libertação com Cristo

Nasceu da necessidade do recuperando adotar uma nova filosofia de vida, após 15 anos de estudos, apresentando uma sequência lógica, do ponto de vista psicológico, das palestras, testemunhos, músicas, mensagens e demais atos (OTTOBONI, 2001, p. 98).

Destaca Falconi (1998, p. 185) sobre APAC: “honestamente, não sabemos por que continuar a pesquisar mais. Tudo fica resumido na filosofia do trabalho desses idealistas, que deveria ser adotada e guindada ao status de norma jurídica constitucional de eficácia plena”.

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Não obstante a questão política, o baixo índice de reincidência de recuperandos da APAC é surpreendente, o que leva a novas instalações em vários estados da federação, inclusive com possibilidade de reiniciar suas atividades no estado de São Paulo.

6 ATUAÇÃO DA APAC, COM ÊNFASE NO ESTADO DO PARANÁ

A APAC está hoje presente em vários países. Estes países aplicam parcialmente a metodologia, buscando adaptar o método APAC à sua realidade e cultura, sem perder a essência. A Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) é filiada à Prison Felowship International (PFI) que é o órgão consultivo da ONU para assuntos penitenciários. A FBAC assessora estes países que querem iniciar o movimento APAC, oferecendo material didático, cursos, visitas, etc (FBAC, 2016, web).

Em conformidade com os continentes, os países com a presença do movimento APAC estão assim distribuídos: a) na África: Nigéria, Senegal, Uganda e Zimbabue; b) na América: Bolívia, Brasil, Canadá, Chile e Colômbia; c) na Ásia: Kyrgyzston, Paquistão e Rússia; d) na Europa: Alemanha, Belarus, Itália, Latívia, Lituânia, Portugal e Ucrânia; e) Na Oceania: Austrália e Nova Zelândia, totalizando vinte e um países nos cincos continentes (FBAC, 2016, web).

6.1 APACS EM FUNCIONAMENTO E EM PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO NO BRASIL

Atualmente existe 53 APACs que administram Centro de Reintegração Social (CRS) sem polícia no Brasil, em funcionamento, estando assim distribuídos: Minas Gerais 39; Maranhão 07; Paraná 03; Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Espírito Santo 01; e existe 80 APACs em processo de implantação, assim distribuídas: Minas Gerais 47; Paraná 13; Rondônia 06; Espírito Santo e Rio Grande do Sul 03; Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal, Santa Catarina, Ceará e Amapá 01; totalizando 133 APACs Registradas Juridicamente no Brasil (FBAC, 2020b, web).

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6.2 APACS NO PARANÁ

No Estado do Paraná, no ano de 2012, o Governador Carlos Alberto Richa sancionou a Lei Estadual nº 17.138, que autoriza o Governo do Estado a firmar convênio com as entidades sem fins lucrativos e Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – APAC, as quais poderão funcionar como administradoras de estabelecimentos penais, mediante convênio com o Estado, Municípios ou Consórcios Públicos, ficando reservado ao Estado as funções de diretor, vice-diretor e chefe de segurança (PARANÁ, 2012, web).

As APACs que administram Centro de Reintegração Social (CRS) no estado do Paraná, em funcionamento estão nos municípios de Pato Branco, Barracão e Ivaiporã, e em processo de implantação nos municípios de Cascavel, Cruzeiro do Oeste, Jacarezinho, Londrina, Maringá, Matelândia, Marilândia do Sul, Ponta Grossa, Prudentópolis, Palotina, Santo Antonio da Platina, Sarandi e Toledo (FBAC, 2020a, web).

Enfatiza a Excelentíssima Doutora Juíza Branca Bernardi, ao referir-se a APACs:

a Juíza Branca Bernardi, coordenadora da implantação das APACs no Paraná, esteve em Sarandi e falou da importância do método e dos resultados que vem trazendo para as comarcas. Foi uma semana muito importante para as APACs com a implantação de mais duas unidades. Chegamos agora à marca de 43 associações já em atividade, com resultados que impressionam (PARANÁ, 2017, web).

Em que pese a Juíza Branca se referir a quantidade de 43 associações no Brasil no ano de 2017, cita o município de Barracão no Estado do Paraná, onde o método há quatro anos estava implantado, destacando que já liberou 139 presos para o meio aberto e que 137 desses são pessoas consideradas idôneas e disciplinadas e que não praticaram mais crimes (PARANÁ, 2017, web).

7 RELATÓRIO SOBRE AS APACs E ESCALA DE RECUPERAÇÃO

Para melhor ilustrar esse trabalho, apresentar-se-á tabelas com os relatórios sobre o funcionamento das atividades desenvolvidas pela APAC, com números de recuperandos em cumprimento de penas segundo o regime,

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estudando e desenvolvendo atividades profissionais, bem como a porcentagem de reincidência em crimes cometidos pelos presos que aderiram a associação.

Tabela 1 - Informações quanto ao gênero das APACs em funcionamento

APACs QUANTIDADE

Femininas 8

Masculinas 45

TOTAL 53

Fonte: FBAC, 2020

Tabela 2. Número de recuperandos/as cumprindo pena nas APACs

REGIME FEMININA MASCULINO TOTAL

Fechado 267 2.365 2.632

Semiaberto 53 1.088 1.141

Aberto 15 163 178

TOTAL 335 3.616 3.951

Fonte: FBAC, 2020

Tabela 3 – Número de Recuperando Estudando

TIPO DE ENSINO QUANTIDADE

Fundamental 552 Médio 423 Superior 164 Cursos Profissionalizantes 162 TOTAL 1.301 Fonte: FBAC, 2020

Tabela 4 – Número de Recuperandos Trabalhando

TIPO DE TRABALHO QUANTIDADE

Laborterapia 2.369

Oficinas e Unidades Produtivas 1.027

Trabalho para a APAC 377

Trabalho externo 178

TOTAL 3.951

Fonte: FBAC, 2020

Sintetizando, argumenta Ottoboni (2001, p. 105):

vamos enunciar, a seguir, a escala de recuperação aplicada pela APAC, cujos resultados positivos superam as mais otimistas previsões. Durante 29 anos, o índice de reincidência se manteve inferior a 5%, estatística confirmada recentemente pela Prison Fellowship International (PFI), após minunciosa pesquisa realizada nos arquivos da APAC pelo doutor Byron Johnson, pesquisador americano da Vanderbilt University. Essa escala,

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adotada por mais de cem cidades no Brasil e várias no exterior, foi se transformando em realidade, à medida que a prática demonstrava seu acerto.

Em relatório apresentado em data de 28 de setembro de 2020, enquanto a média de condenados reincidentes em crimes cometidos no Brasil é de 80%, registra-se também as reincidências de crimes cometidos internacionalmente na porcentagem de 70%, enquanto que a média de reincidência em recuperandos da APAC é de 15% (FBAC, 2020c, web).

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora a legislação vigente no Brasil, garante ao preso direitos assegurados para manter sua dignidade enquanto cumpridor de pena, e tendo assumido compromissos perante o Direito Internacional, observa-se que na prática o Estado não demonstra interesse e se mostra ineficiente, pois os presos vivem em condições subumanas, em presídios que não oportunizam ao ser humano recluso, condições para voltar ao convívio da sociedade, ao contrário, os presídios se tornaram universidades do crime, em que o recluso não tendo escolha acaba por se filiar em facções criminosas, e ao deixar o presídio retorna à sociedade mais perigoso, o que é um risco eminente.

A Constituição Federal de 1988, instituiu o Estado Democrático e Social de Direito, que trouxe como um de seus fundamentos primordiais a defesa da Dignidade da Pessoa Humana. Determinou que a República Federativa do Brasil tenha como objetivos fundamentais, dentre outros, a erradicação da pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais, a promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação; estabeleceu que um dos princípios que deve reger suas relações internacionais é a “prevalência dos direitos humanos”.

Nesse prisma, conclui-se que a situação atual do sistema penitenciário do Brasil, fere um dos princípios Constitucionais a de que ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante, e que o apenado deverá apenas perder o seu direito à liberdade, vez que descumpriu o pacto social, porém os demais direitos sociais devem ser assegurados. Não é o que ilustra o sistema carcerário vigente no Brasil.

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A sociedade descontrolada psicologicamente, desesperada clama por segurança, uma vez que se sente acuada, residências fechadas em altos muros, cercas elétricas, câmaras de seguranças, e um código penal ultrapassado, numa sensação de inversão de valores, que facilita a ação de criminosos, induzindo políticos a ignorar a situação carcerária e as condições subumanas dos reclusos, num achismo de que o preso não tem solução, é caso perdido, muitos ainda se vangloriam em campanhas eleitorais usando o termo “tem que matar”.

Cativado por um amor consubstancial, um grupo de religiosos da Pastoral Penitenciária, sob a direção do Digníssimo Senhor Mário Ottoboni, na cidade de São José dos Campos, cria a APAC (Amando ao Próximo Amarás a Cristo), que após registro jurídico passou a denominar (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), que atua junto as penitenciárias, em acordo firmado com os Estados Membros da Federação. Estando presentes nos cincos continentes, modelo revolucionário digno de reconhecimento pelo PFI – Prision Fellowship International, órgão consultivo da ONU para assuntos penitenciários.

Numa metodologia em que é necessário “Matar o Criminoso e Salvar o Ser Humano”, a APAC tem apresentado resultados surpreendentes, demonstrando que o preso “tem jeito”, e diante ainda que a ideia encontre resistência em alguns setores sociais e políticos, a expectativa de mudança é geral e necessária, pois mostra eficiência em que nenhum outro sistema apresenta.

Conclui-se, que embora a Constituição Federativa do Brasil garante os Direitos Individuais e a Lei de Execuções Penais traz o espírito inovador da inclusão social, a responsabilização do Estado na ressocialização dos condenados é nítida, porém o Estado não oferece condições suficientes para devolver o ser humano recluso a viver em sociedade com dignidade, sem que haja o envolvimento de outras organizações. Talvez, com o modelo “APAQUEANO”, mais grupos aliados à defesa do ser humano, como as igrejas e os demais seguimentos sociais abracem essa associação e transformem a realidade da comunidade carcerária em oportunidades e condições de ressocializar, pois é surpreendente o baixo número de recuperando reincidente no crime que experimentaram o Método APAC, nos cinco continentes, onde apenas 15% dos presos reincidiram no crime, diferentemente dos números atingidos pelo Estado, onde no Brasil 80% reincidem no crime.

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