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Sessão Pôsteres (Pátio Coberto Boloco 3)

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Academic year: 2021

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XII ERIC – (ISSN 1808-6004) A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM UM

FRIGORÍFICO DE FRANGO NA CIDADE DE MANDAGUARI-PR.

Mateus Francisco Klagenberg – FAFIMAN - mateuskl@gmail.com Prof.ª ME. Kátia Tóffolo - FAFIMAN k-toffolo@yahoo.com.br

1. INTRODUÇÃO

O tempo de existência da espécie humana sobre a face da Terra é irrisório em relação à idade do Planeta, estimada em 4,5 bilhões de ano, e, no entanto já constitui um fator de impacto ambiental de grandes dimensões. Em seu afã de dominar a Natureza e satisfazer suas necessidades, o homem perdeu o controle sobre seu próprio poder de alterar o equilíbrio dos ecossistemas em larga escala. (MOREIRA, 2013, p, 25).

A existência da espécie humana na face da terra é irrisória em relação a idade do Planeta, estimada em 4,5 bilhões de ano, mas já constitui um fator de impacto ambiental de grandes dimensões. O homem perdeu o controle sobre o seu próprio poder de alterar o equilíbrio a partir da necessidade de satisfazer as suas necessidades. (MOREIRA, 2013).

A muito tempo a espécie humana abita o planeta, mas a muito tempo já se vem tendo o deterioramento do meio ambiente, isto se deu devido a necessidade do ser humano satisfazer as suas necessidades.

A gestão ambiental, para que se tenha um desenvolvimento sustentável e ecologicamente correto, precisa de executivos e administradores voltados para que incorporem tecnologias de produção inovadoras para que os recursos necessários não agridam a natureza.

Um sistema de gestão esta relacionado com tudo que é feito por determinada empresa para gerenciar seus processos ou atividades. Em pequenas organizações, pode não existir um sistema, mas pelo menos há uma forma de se fazer as coisas, sendo que tal forma, na maioria das vezes não esta padronizada e documentada, mas sim estabelecida na "cabeça" do proprietário ou do gerente. (FORATO, 2013, p. 11,12).

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O sistema de gestão de uma empresa esta relacionado com seus processos de gerenciar as suas atividades. Nas empresas pequenas este sistema na maioria das vezes não existe, mas pelo menos há alguma forma de se fazer as coisas, sendo que esta forma não esta documentada ou padronizada, mas sim é o gerente ou até mesmo o proprietário que tem ela estabelecida em sua cabeça. (FORATO, 2013).

Na maioria das empresas há um processo de sistema de gestão que faz que tudo que é feito tem suas normas padronizadas e documentadas, sendo que neste processo esta tudo relacionado com os procedimentos executados pela empresa.

A crença de que a natureza existe para servir ao ser humano contribui para a degradação ambiental, mas sim foi o aumento na escala de produção sem nenhum planejamento levou a provocar os problemas ambientais que conhecemos hoje.

Desta forma fica evidente que a formação de profissionais especializados na gestão ambiental nas empresas e extremamente essencial.

Estes profissionais devem ter a capacidade de fazer com que as empresas passem a levar a gestão ambiental como um controle operacional nas empresas e não um problema como é visto por muitos.

O tema é de grande importância tanto para as empresas quanto para a sociedade em geral e é uma preocupação mundial de que a preservação do meio ambiente seja feita o mais breve possível.

A abordagem desse assunto consegue-se uma redução dos custos, diminuição no consumo de água, de energia e de outros insumos; retorno de dinheiro com a reciclagem de produtos descartados e respeitando a legislação evitando-se as multas.

Os benefícios estratégicos são: melhorias na imagem, maior produtividade, comprometimento do pessoal, melhoria nas relações com os órgãos governamentais e melhor adequação aos padrões ambientais.

Segundo o cumprimento do art. 225 da Constituição Brasileira, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e

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à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com a figura n° 1 será apresentado o mapeamento teórico sobre a importância do sistema de gestão ambiental em um frigorífico de aves na cidade de Mandaguari – PR.

Figura 1: Mapeamento de conteúdo da fundamentação teórica

Fonte: O Autor (2016)

Ao analisar a figura nota-se que a gestão ambiental é de grande importância em um sistema produtivo

O abate das aves é estabelecido conforme Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal e no Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitária de Carne de Aves. São tratadas através destes, questões relacionadas ao: pré-abate (captura e transporte) e o abate (insensibilização, sangria, escalda, depenagem, evisceração, pré-resfriamento, resfriamento, gotejamento, classificação, embalagem e tempo de armazenamento).

O pré-abate tem-se início com o jejum e dieta líquida das aves objetivando a limpeza do trato digestivo, evitando contaminação da carcaça e

Abate Sistema de Gestão Ambiental Pré Abate Tratamento de Efluente Geração de Resíduos Tratamento de Água

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casos de ruptura, o tempo ideal é de 8 a12 horas. Período superior a 12 horas pode comprometer a qualidade da carne causando problemas quando a evisceração.

Ainda na fase de pré-abate a captura das aves deve ser rápida e preferencialmente à noite, sob luz azul (as aves não apresentam visibilidade da cor azul). Agrupar o lote e capturar cada ave individualmente, carregando pelas duas pernas e seguradas verticalmente, evitando desconfortos e ferimentos.

Para o transporte são utilizadas gaiolas, sendo que cada metro quadrado no inverno pode transportar 45 kg verão 38 kg. O transporte deverá ser realizado preferencialmente à noite e à ordem de abate, deverá seguir a ordem de chegada dos caminhões ao abatedouro. Em dias muito quentes, é recomendável molhar as aves para a realização do transporte evitando mortes e, ao chegar ao abatedouro, os caminhões devem ficar em plataforma de descanso com ventiladores com aspersão de água.

Ao entrar na parte do abate os processos são divididos em 12 etapas. A insensibilização, dura 7 segundos, poderá ser feito pela técnica do gás (pouco usada devido ao alto custo) ou da eletronarcose (imersão da ave em água com corrente elétrica causando choque), a voltagem dependerá do fabricante. A eletronarcose diminui a eficiência da sangria (principalmente acima de 80 v) e pode, também, inibir parcialmente as reações bioquímicas post-mortem, atuando na maciez do peito.

Na sangria o processo é passivo podendo ser acelerado pelo bombeamento cardíaco, dura em média três minutos, se ultrapassado esse tempo a depenagem será prejudicada, as aves aprisionarão as penas pelos folículos devido ao estado de rigor mortis. Assim, nos 40% do tempo desse processo, os animais devem perder 80% do sangue.

Logo depois da sangria é feita a escalda, o tempo necessário é de dois minutos a uma temperatura de 52ºC ocorrendo afrouxamento das penas. O tempo da escalda não pode ultrapassar os dois minutos, evitando o cozimento da carcaça e dificuldade na depenagem.

No processo de depenagem ocorre a retirada das penas através de um rolo que possui dedo de borracha evitando machucar a carcaça. É preciso

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ajustar a máquina evitando lesões. Após, o trabalho da máquina, ainda será feita uma nova retirada de penas em processo manual.

Antes da evisceração, as cabeças das aves e após são lavadas em chuveiros de aspersão. Primeiramente é feito o corte da cloaca e a seguir abertura do abdome, depois as vísceras são expostas, examinadas e separadas. A ordem de retirada das víceras é: glândula uropígea, traquéia, cloaca, retirada das víceras não comestíveis, retirada das víceras comestíveis e pulmões, sendo esses extraídos através da pistola de compressão de ar, pois são fixos.

No processo de pré-resfriamento ou pré-chiller, as aves são imersas em tanques de inox, por doze minutos, a uma de temperatura de10 a18ºC, com um litro e meio de água por ave. O processo dará início ao resfriamento, limpeza e reidratação da carcaça.

A finalização do processo se dá a partir do resfriamento por dois chillers em torno de 30 minutos a uma temperatura de 2ºC, é necessário 1 litro de água por ave em cada chiller.

O gotejamento dura 3 minutos e o máximo de água que pode ser absorvida é 8%. Existem carcaças com até 25% de água, o que se mantém fora da legislação brasileira.

A classificação das aves podem ser frangos inteiros ou em cortes. As aves com lesões são aproveitadas as partes para cortes. A tipificação é realizada pelo peso, ou de acordo com o desejo do comprador. Geralmente, as carcaças são embaladas a vácuo, na presença de atmosfera modificada ou em polietileno com grampo. A temperatura de armazenagem de -1 a 1ºC e UR 8085% permite durabilidade de 6 a 8 dias e com temperatura do túnel de 35 a -40ºC por 4 horas permite o armazenamento a -18ºC com durabilidade de 8 a18 meses.

Para que a água doce (proveniente de rios, lagos e poços) seja consumível é necessário que seja pura, algo nem sempre garantido a partir de sua fonte natural. Por esse motivo, processos de Tratamento de Água foram desenvolvidos pelo homem para a purificação da água destinada ao consumo humano.

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O Tratamento de Água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos aplicados à água para livrá-la de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças. Esse tratamento é normalmente realizado nas chamadas Estações de Tratamento de Água (ETA), cumprindo as seguintes etapas:

- Captação: primeiramente a água é captada na sua forma natural (bruta) em mananciais (nascentes de rios) ou poços subterrâneos e direcionada por meio de enormes tubulações para a ETA.

- Coagulação - a ETA é composta por vários tanques. No primeiro deles, a água recebe uma determina quantidade de policloreto de alumínio. Esta substância serve para aglomerar (juntar) as partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.

- Floculação – após a coagulação, a água é encaminhada a tanques de aço que a colocam em movimento. Com isso, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores.

- Decantação – a seguir, a água é distribuída em outros tanques, onde repousa por determinado tempo. Por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo dos tanques, separando-se da água.

- Filtração – já decantada, a água passa por filtros formados por carvão, areia e pedras. Nessa etapa, impurezas minúsculas ficam retidas nos filtros, concluindo a limpeza física da água.

- Desinfecção – a adição de elementos químicos é necessária para desinfetar a água que está, até então, fisicamente limpa. Nessa etapa se aplica cloro ou ozônio para eliminar micro-organismos causadores de doenças.

- Fluoretação – de acordo com padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), à água desinfetada é acrescentado flúor, elemento que ajuda a prevenir a formação de cárie dentária em crianças.

- Correção de PH – finalmente é aplicada havendo necessidade na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir a alcalinidade da água (PH), preservando a rede de encanamento que irá distribuí-la de futuras corrosões.

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O sistema de gestão ambiental apresentado na norma NBR ISO 14001 está dividido em 6 grandes tópicos, por sua vez subdivididos em 17 itens, cada qual podendo ser considerado um dos elos que compõem o sistema. Seu funcionamento proporciona a inter-relação dinâmica entre as partes, indispensável ao alcance dos objetivos comum. (MOREIRA, 2006, p, 86).

Na norma NBR ISO 14001 é apresentado o sistema de gestão ambiental que está dividido em 6 grandes tópicos e estes tópicos são divididos em 17 itens, sendo que os mesmos compõem o sistema. Seu funcionamento proporciona o alcance dos objetivos comuns. (MOREIRA, 2006).

A norma NBR ISO 14001 veio para normatizar o sistema de gestão ambiental, onde proporciona a real complexidade deste trabalho, sendo divido em vários grupos e subgrupos.

A implantação da norma ISO 14000 possibilita a padronização de procedimentos de avaliação e sistematização de processos ambientalmente corretos no âmbito interno das empresas, que tem validade universal. ( DIAS, 2009, p, 89).

Com a implantação da norma ISO 14000, consegue-se a padronização dos procedimentos de avaliação e sistematização de processos que sejam ambientalmente corretos. (DIAS, 2009).

Para que os processos internos das empresas estivessem uma padronização e que não agredissem o meio ambiente foi criado a norma ISO 14000, que vem possibilitar a sistematização dos processos.

As normas ISO são normas ou padrões desenvolvidos pela International Organization for Standartization (ISO), organismo internacional não governamental com sede em Genebra. No Brasil, a única representante da ISO e um dos seu fundadores é a ABNT, também conhecida pelo governo brasileiro com Fórum Nacional de Normalização. (DIAS, 2009, p, 91).

As normas ISO são desenvolvidas pela International Organization for Standartization, que é uma organização não governamental com sede em Genebra. A ABNT e o único representante brasileiro da ISO e um de seus fundadores. (DIAS, 2009).

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No Brasil a ABNT é a representante da ISO, que tem como obrigação realizar a fiscalização das normas e de verificar se as mesmas estão sendo cumpridas. Com sede na Genebra a ISO é uma organização não governamental e atua em vários países.

As Normas ISO 14000 são uma família de normas que buscam estabelecer ferramentas e sistemas para a administração ambiental de uma organização. Buscam a padronização de algumas ferramentas-chave de análise, tais como a auditoria ambiental e a análise do ciclo de vida. (DIAS, 2009, p, 92).

As normas ISO 14000, é um conjunto de normas que busca estabelecer sistemas para a administração ambiental de uma organização. Tem ferramentas chave de análise que buscam a padronização, tais como a auditoria ambiental e a análise do ciclo de vida. (DIAS, 2009).

As organizações possuem um sistema de normas que busca estabelecer uma administração ambiental, a ISO 14000, tem ferramentas que auxiliam neste trabalho e buscam a padronização.

A família de normas ambientais tem como eixo central a norma ISO 14001, que estabelece os requisitos necessários para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). E tem como objetivo conduzir a organização dentro de um SGA certificável, estruturado e integrado à atividade geral de gestão, especificando os requisitos que deve apresentar e que sejam aplicáveis a qualquer tipo e tamanho de organização. (DIAS, 2009, p, 93).

A ISO 14001, e a norma ambiental central, que estabelece quais serão os requisitos para a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Busca conduzir as organizações com um SGA estruturado e integrado à atividade geral de gestão. Tem como objetivo especificar os requisitos, que deve apresentar e que sejam aplicáveis para a obtenção de um SGA certificável. (DIAS, 2009).

As organizações buscam através das normas as certificações para a obtenção de ISO. A ISO 14001 estabelece os requisitos para se buscar a certificação do Sistema de Gestão Ambiental, conduzindo as organizações num SGA estruturado e que buscam a integração geral da gestão.

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A gestão ambiental é o principal instrumento para se obter um desenvolvimento industrial sustentável. O processo de gestão ambiental nas empresas está profundamente vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas sobre o meio ambiente.(DIAS, 2009, p, 89).

Um dos principais instrumentos para se obter um desenvolvimento industrial sustentável é a Gestão Ambiental. Aonde o mesmo esta profundamente vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas sobre o meio ambiente.

Quais os benefícios que uma empresa pode perceber com um SGA?

Redução de desperdício, prevenção de riscos (acidentes ambientais, multas, ações judiciais, etc.), disseminação da responsabilidade sobre o problema ambiental para toda a empresa, homogeneização da forma de gerenciamento ambiental em toda a empresa, especialmente quando as suas unidades se acham dispersas geograficamente, possibilidade de demonstrar consciência ambiental ao mercado nacional e internacional (competitividade), boa reputação nos órgãos ambientais, na comunidade e ONGs, possibilidade de obter financiamento e taxas reduzidas ao atendimento a requisitos dos bancos, possibilidade de reduzir custos de seguro, benefícios intangíveis, tais como melhoria do gerenciamento, em função da cultura sistêmica, da padronização dos processos, treinamento e capacitação de pessoal, rastreabilidade de informações técnicas, Garantia de melhor desempenho ambiental.

(MOREIRA, 2006).

O Sistema de Gestão Ambiental trás vários benefícios a empresa como: um melhor desempenho industrial, redução nos desperdícios, a demonstração da consciência ambiental, taxas reduzidas em bancos que um dos critérios é obter um SGA, faz que toda a empresa se torne mesma indiretamente responsável com os problemas ambientais, custos de seguros menores.

A empresa atual, sintonizada com as tendências mundiais, completa as dimensões da qualidade, inserindo a variável ambiental na gestão de seu

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negócio, mesmo porque esta variável já integra o conjunto de fatores que fazem diferença na competitividade. (MOREIRA, p. 56, 2006).

As empresas que estão sintonizadas com as tendências mundiais, tem inserido em sua gestão para complementar suas dimensões de qualidade a variável ambiental, mesmo que esta variável já esta integrando os fatores que fazem diferença na competitividade. (MOREIRA, 2006).

Com as tendências mundiais aumentando, as empresas estão buscando inserir em suas gestões o meio ambiente, tendo em vista que a Gestão Ambiental já vem sendo um diferencial na competitividade.

Hoje em dia, face a crescente concorrência global, as expectativas dos clientes não se restringem à procura de determinado nível de qualidade ao menor custo. Eles estão cada vez mais informados e predispostos a comprar e usar produtos que respeitem o meio ambiente. (TINOCO e KRAEMER, p. 119, 2003).

Os benefícios da gestão ambiental podem ser evidenciados em face à crescente concorrência global, ocorrendo que as expectativas dos clientes não se restringem à procura de determinado nível de qualidade ao menor custo. Eles estão cada vez mais informados e predispostos a comprar e usar produto que respeitam o meio ambiente. (TINOCO e KRAEMER, 2003).

Hoje, os clientes buscam não somente produtos com custo baixo, cada vez mais eles buscam empresas que respeitam o meio ambiente, tornando assim a concorrência maior, fazendo com que as empresas busquem uma melhor

Sabe-se que o lançamento de resíduos (ou efluentes) não tratados, ou insuficientemente trata- dos, além de ir contra a legislação ambiental brasileira, provoca impactos desastrosos ao meio ambiente como acúmulo de gorduras deterioradas, mau cheiro, mortandade de peixes em cursos d’água, infestação de insetos (moscas e mosquitos, por exemplo), entupimentos, comprometimento da área poluída e até riscos à saúde pública. Assim, as unidades de abate e de processamento de aves precisam ter instalações e sistemas para fazer o tratamento de seus efluentes antes de transferi-los ao meio ambiente. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, toda unidade

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frigorífica industrial precisa de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) para reduzir ao máximo o impacto ambiental gerado pelos seus resíduos.

O abate e o processamento de frangos geram, diariamente, toneladas de resíduos. Toda unidade frigorífica industrial precisa de uma Estação de Tratamento de Efluentes para reduzir ao máximo o impacto ambiental gerado pelos seus resíduos

Etapas do tratamento de efluente.

1. Separação dos sólidos em peneiras rotativas; 2. Homogeneização do efluente;

3. Separação do lodo por flotação; 4. Lagoas anaeróbicas;

5. Lagoas facultativas; 6. Lagoa de polimento;

1 – Separação dos Sólidos.

- Peneira Rotativa: é utilizada para retenção e separação de sólidos em suspensão, sendo usualmente aplicada como unidade preliminar nas plantas de tratamento de efluentes. Tem a capacidade de reter partículas de tamanho maiores que 1,5mm com regulagem até 0,25mm de acordo com a abertura da tela.

Tem como princípio de funcionamento a rotação contínua de uma tela cilíndrica acionada por meio de um moto redutor. O efluente entra diretamente na tela de filtração, que por estar em movimento contínuo permite que o líquido esteja sempre em contato com uma zona limpa de tela. Os sólidos que são retidos pela tela são direcionados para a saída através de um guia fixado internamente na tela. O líquido filtrado sai pela parte inferior do equipamento. A filtração deste equipamento é do lado interno para o externo.

- Homogeneização do efluente:

Neste tanque, é recebido todo o efluente liquido gerado no abatedouro, com capacidade para 5000 m³, este serve para homogeneizar o efluente, devido que no decorrer do dia o efluente muda de característica constantemente, depois e bombeado para o flotador.

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- Flotador.

No flotador, a separação do resíduo constante na água é feito por flotação, onde e dosado policloreto de alumínio e depois polímero sendo que se tem duas bombas que tem a função de criar microbolhas. Com a dosagem destes produtos, é feita a separação do lodo e sua retirada e feita através das microbolhas, sendo que as mesmas fazem que o lodo suba para a superfície da água, e um raspador coleta este lodo. Este lodo e bombeado para um tanque que é injetado vapor até o mesmo chegar a uma temperatura de 96 °C, e depois e bombeamento para uma tridecanter, onde a mesma faz a separação da água, do óleo e do lodo seco.

- Lagoas Anaeróbicas

As lagoas anaeróbias é normalmente profunda, variando entre 4 a 5 metros. A profundidade tem a finalidade de impedir que o oxigênio produzido pela camada superficial seja transmitido às camadas inferiores. Para garantir as condições de anaerobiose é lançado uma grande quantidade de efluente por unidade de volume da lagoa. Com isto o consumo de oxigênio será superior ao reposto pelas camadas superficiais. Como a superfície da lagoa é pequena comparada com sua profundidade, o oxigênio produzido pelas algas e o proveniente da aeração atmosférica são considerados desprezíveis. No processo anaeróbio a decomposição da matéria orgânica gera subprodutos de alto poder energético (biogás) e, desta forma, a disponibilidade de energia para a reprodução e metabolismo das bactérias é menor que no processo aeróbio. - Lagoas Facultativas

O processo de tratamento por lagoas facultativas é muito simples e constitui-se unicamente por processos naturais. Estes podem ocorrer em três zonas da lagoa: zona anaeróbia, zona aeróbia e zona facultativa.

O efluente entra por uma extremidade da lagoa e sai pela outra. Durante este caminho, que pode demorar vários dias, o efluente sofre os processos que irão resultar em sua purificação. Após a entrada do efluente na lagoa, a matéria orgânica em suspenção (DBO particulada) começa a sedimentar formando o lodo de fundo. Este sofre tratamento anaeróbio na zona anaeróbia da lagoa. - Lagoa de Polimento

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O principal objetivo é a remoção de organismos patogênicos. Com a profundidade reduzida a penetração da luz solar na massa líquida é facilitada e a atividade fotossintética acentuada. Bactérias e vírus são inativados pela irradiação solar – Raio UV – sendo letal, há uma elevada concentração de O. D., elevação do pH. Como eficiência atinge 99,99% há uma grande remoção de bactérias e vírus, consequentemente ótimo para o corpo receptor. Depois de todo este processo, o efluente tratado é bombeado para o rio.

2.6. GERAÇÃO DE RESÍDUOS

Os frigoríficos têm como principal característica o fato de realizarem o processamento e armazenamento de produtos de origem animal, gerando seus derivados e subprodutos. No caso dos matadouros frigoríficos, estes também englobam as funções dos abatedouros e também realizam abate dos animais, separando suas carnes e vísceras e assim fazem todo o processo desde o abate até o processamento.

Como consequência das operações de abate para obtenção de carne e derivados, originam-se vários subprodutos e/ou resíduos que devem sofrer processamentos específicos: couros, sangue, ossos, gorduras, aparas de carne, tripas, animais ou suas partes condenadas pela inspeção sanitária, etc.

Normalmente, a finalidade do processamento e/ou da destinação dos resíduos ou dos subprodutos do abate é função de características locais ou regionais, como a existência ou a situação de mercado para os vários produtos resultantes e de logística adequada entre as operações. Por exemplo, o sangue pode ser vendido para processamento, visando a separação e uso ou comercialização de seus componentes (plasma, albumina, fibrina, etc), mas também pode ser enviado para graxarias, para produção de farinha de sangue, usada normalmente na preparação de rações animais. De qualquer forma, processamentos e destinações adequadas devem ser dadas a todos os subprodutos e resíduos do abate, em atendimento às leis e normas vigentes, sanitárias e ambientais.

Algumas destas operações podem ser realizadas pelos próprios abatedouros ou frigoríficos, mas também podem ser executadas por terceiros.

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Animais mortos e carcaças condenadas devem ser dispostos ou tratados de forma a garantir a destruição de todos os organismos patogênicos. Todos os materiais ou partes dos animais que possam conter ou ter contato com partes condenadas pela inspeção sanitária são consideradas de alto risco e devem ser processadas em graxarias inspecionadas e autorizadas, para garantia dos processos que levam à esterilização destes materiais.

3. METODOLOGIA

O trabalho foi realizado em uma empresa de abate de aves, localizada em Mandaguari. Utilizou-se além da análise vivencial, livros de autores de Administração Financeira como apoio ao trabalho, e fontes da Empresa, para o estudo de aprofundamento do assunto teórico e prático utilizando organogramas, planilhas, orçamentos e outros métodos que for útil em uma empresa.

Neste trabalho foi adotado o tipo de pesquisa bibliográfica tais como livros, artigos, jornais, trabalhos de conclusão de curso e etc. De acordo com Figueiredo (2009, p 83) a pesquisa bibliográfica é a revisão que permite uma compreensão adequada de qual estado atual e o que já tem sido feito na área de sua pesquisa.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho permitiu avaliar os aspetos ambientais numa empresa de abate de aves para implementar os requisitos necessário para a obtenção do sistema de gestão ambiental, adequado às suas necessidades. Assim, foram identificados vários aspetos ambientais, que foram avaliados por meio de uma metodologia desenvolvida no âmbito do presente projeto.

REFERÊNCIAS

FORATO, Cleverson. Sistema de Gestão Ambiental - Uma Ferramenta Gerencial. 1ª Edição. Londrina/PR: Edição do Autor, 2013.

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MOREIRA, Maria Suely. Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão Ambiental. 4ª Edição. Nova Lima: INDG, 2013.

TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Contabilidade e Gestão Ambiental/ João Eduardo Prudêncio Tinoco; Maria Elisabeth Pereira Kraemer. – São Paulo: Atlas, 2004.

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XII ERIC – (ISSN 1808-6004) FERRAMENTAS DE CUSTEIO: UMA REVISÃO

Ivisson de Souza Tasso – UEM – ivisjs@gmail.com Isabella Tamine Parra Miranda – UTFPR - professoraisabella@gmail.com

Pôster

Resumo

Em mundo globalizado, onde muitos tem acesso a informação de forma instantânea, a pesquisa de preço está a distância de um computador e/ou smartphone, com essa facilidade a competitividade se torna cada vez mais acirrada e essa prática tem chamado a atenção dos gestores das empresas, os quais se preocupam cada vez mais querendo ter os produtos mais procurados, tanto pela qualidade quanto pelo preço. Sabe-se que os custos são a chave para essa formação de preço, pois destes são retiradas todas as informações para a formação do preço de venda, e nele devem ser concentrados os esforços para que o preço de venda seja o mais competitivo. Observando a importância dos custos a pesquisa teve o objetivo de descobrir e comentar sobre as ferramentas de custeio mais utilizadas na formação de preço, fomentar sobre a gestão de custos e para isso utilizou-se dos periódicos da CAPES, numa pesquisa bibliométrica. Os custeios mais citados na pesquisa foram por: absorção, variável, baseado nas atividades (abc), padrão e alvo. Pode-se notar que cada tipo de custeio atende características específicas e que todos tem vantagens competitivas na formação do preço e fornecendo dados para os gestores o que facilita na tomada de decisões.

Palavras chave: Gestão de custos, Custeio, Formação de preço.

1 – Introdução

As empresas buscam obter todo e qualquer tipo de diferencial, mas sabem que um dos fatores que mais exercem efeito sobre o consumidor final é

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o preço do produto. O preço de venda vem se transformando numa das principais ferramentas de competição, sua correta formação poderá ser utilizada como estratégia em qualquer estrutura de mercado, principalmente naquelas altamente competitivas

Com o objetivo de se ter produtos competitivos o custo é avaliado de todas as formas, em busca de fornecedores melhores, no frete econômico, aumento do rendimento produtivo e diminuição das perdas, qualquer gasto desnecessário precisa ser avaliado na formação do preço.

A tarefa de formar o preço é algo complexo devido aos inúmeros custos que devem ser embutidos no preço final, além da necessidade de se obter lucro satisfatório para a sobrevivência do empreendimento, para a satisfação do empreendedor, aceite e fidelização do consumidor. Descobrir qual a melhor método de custeio também tem suas dificuldades, existem inúmeras ferramentas para formar esse custo e chegar a um preço final adequado.

Um preço final competitivo é obtido através de várias medidas como pesquisa de preço de matéria-prima, controle dos valores de frete, impostos e os custos de produção. Querendo identificar quais as ferramentas mais utilizadas na gestão de custos este estudo utilizou-se dos periódicos da CAPES para fazer tal avaliação e descobrir quais informações são relevantes dentro deste contexto.

2 - Referencial teórico 2.1 – Formação de preço

O aumento da concorrência junto a necessidade de garantir recursos para bancar seus processos e remunerar os colaboradores, faz com que as empresas busquem incansavelmente otimizar os gastos. A preocupação dos gestores com a formação dos preços de seus produtos e serviços deu-se início no século passado, pois o preço está em destaque dentre as funções gerencias devido ao seu caráter estratégico. O preço de um produto pode quantificar, através do valor de um produto acabado, todos os gastos embutidos no processo de transformação. Desse modo, um dos principais objetivos

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organizacionais que preocupam as entidades neste cenário, tem sido a prática de políticas que sejam adequadas para a formação de preços de seus produtos e serviços, visando dar um passo a frente da concorrência, mantendo uma solidez satisfatória e assegurando a empresa no mercado (BRUNI, 2010).

A formação do preço de vendas é uma ferramenta de suma importância na empresa, principalmente do ramo industrial, onde busca-se através de um estudo de toda produção, analisando vários fatores, estipular o valor do produto, onde tenha uma grande força de mercado, ou seja, possa estabelecer um preço com boa concorrência sendo satisfatório para o gestor mais que também esteja ao alcance do consumidor (BRUNI e FAMÁ, 2009).

Estabelecer um preço de venda adequado e favorável tanto ao fornecedor de um produto ou serviço quanto ao consumidor não é uma atividade das mais simples, pois nela conglomeram-se inúmeros fatores distintos. A última variável que pondera o processo de precificação são os custos. O processo do preço de venda abrange uma grande quantidade de gastos que são fundamentais para a produção dos custos que são fatores relevantes na formação desse preço, deste modo podemos observar que a empresa dependerá de seus métodos de custeio para que possa ter uma abordagem mais detalhada dos custos e no sistema de produção, auxiliando os gestores no planejamento, controle e na tomada de decisão (CREPALDI, 2011).

Para Horngren (1997 apud SANTOS, 2004), há três influências sobre as decisões de o preço:

 Clientes: o aumento de preço pode fazer com que os clientes rejeitem o produto da empresa e prefiram o produto de um concorrente ou o substituam;

 Concorrentes: as reações dos concorrentes influenciam a formação dos preços. Num extremo, os preços e os produtos de um rival podem forçar uma empresa a reduzir seus custos, para ser competitiva; no outro, uma empresa, sem concorrência, numa dada situação pode estabelecer preços altos;

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 Custos: os preços dos produtos são fixados de modo a superar os respectivos custos de fabricação. A teoria econômica e pesquisas de como os executivos tomam decisões sobre os preços revelam que as companhias ponderam diferentemente clientes, concorrentes e custos.

A maneira pelas quais as informações de custo são utilizadas depende de como a empresa está posicionada no mercado, pois uma empresa líder, pode influenciar nos preços, já em uma empresa secundária acompanha os preços da empresa líder no mercado (SANTOS et al, 2004)

Para Martins (2010) o custo é descrito como um gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Beulke e Bertó (2005) tem definição semelhante dizendo que custos constituem a expressão monetária dos insumos e consumos ocorridos para a produção e venda de um determinado bem ou serviço.

O Custo se torna imprescindível para uma empresa, a ele é atribuído uma enorme relevância devido a sua abrangência e transformações nas várias etapas do processo de criação de um produto ou serviço.

2.2 – Gestão dos Custos

A gestão de custos desempenha um papel essencial como função informativa a nível econômico e financeiro. Representa ainda uma função capital na gestão da informação, suportando e influenciando as decisões empresariais e podendo inclusive ser encarada como um apoio à tomada de decisão (ALMADA, 2008).

Um dos fatores-chave de sucesso nas empresas é a gestão dos custos que identifica e analisa como estão sendo alocados os custos aos produtos. Essa gestão do processo de custeio se torna importante na identificação e controle desses custos como forma de crescimento da produtividade, melhoria na tomada de decisões sobre preços e investimentos, e ainda na melhoria contínua do processo produtivo. (SANTOS, 2004)

A gestão de custos pretende produzir informação para os gestores dentro da organização. Contempla os processos de identificar, medir,

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acumular, analisar, preparar, interpretar e disponibilizar informação de suporte à concretização dos objetivos da organização, assegurando o uso eficiente dos recursos (HORNGREN et al, 2008).

A implementação de um sistema de Gestão de custos implica em gastos. A resposta de qual o melhor sistema contabilístico a adotar depende da percepção que cada Administração tem nos benefícios esperados em relação aos seus custos, do tamanho de cada organização e dos objetivos pretendidos. (HORNGREN et al, 2008).

Para além dos custos inerentes a esta escolha é necessário ter em conta que irão ser alterados certos comportamentos dentro da organização e que irão ser exigidos registos que provavelmente antes não seriam efetuados. Caso estes registos tenham um custo elevado, irá perder-se a confiança no sistema e não servirão para melhorar as decisões (HORNGREN et al, 2008).

2.3 – Sistemas de Custeio

No atual cenário o mercado, cada vez mais globalizado e competitivo, faz com as organizações se mantenham sempre buscando a perfeição, no qual a apuração de custos se tornou mais complexa, surgiu a necessidade de métodos de custeio, conforme Martins (2010), significa apropriação de custos.

Os métodos de custeios foram desenvolvidos por Cooper e Kaplan em 1987 com a proposta de reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos, provocado pelos métodos de custeios conhecidos como tradicionais. As mudanças na economia moderna refletiram no aumento da diversidade de produtos, na crescente demanda por produtos customizados, na concorrência de mercado e no aumento dos custos indiretos de produção. Tais mudanças repercutiram em questionamentos acerca da aplicação dos métodos de custeio tradicionais, que já não mais subsidiavam as decisões estratégicas e de formação de preço de venda com tanta precisão. Assim entende-se que os métodos de custeio é uma ferramenta onde os gestores poderão ter uma visão ampla de todo processo de fabricação, podendo detecta determinadas falhas no processo e ao mesmo tempo podendo corrigir no andamento da produção

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para que possa obter um resultado satisfatório (HORNGREN, DATAR e RAJAN, 2011 apud SILVA, 2014).

Os sistemas de custeio são sistemas de apuramento dos custos de produção, que se desenvolvem combinando conceitos relativos à variabilidade dos gastos e considerando os gastos alocados – reais ou básicos (CAIADO, 2008).

Existem diversos métodos de apropriação de custos e cada um emprega diferentes critérios. Cada um desses métodos possui campos de aplicação específicos, podendo-se dizer que um não substitui o outro, mas se complementam (MEGLIORINI, 2001).

Segundo Kaplan e Cooper (2000), as empresas utilizam sistemas de custos aperfeiçoados para:

 Projetar produtos e serviços que correspondam às expectativas dos clientes e possam ser produzidos e oferecidos com lucro;

 Sinalizar onde é necessário realizar aprimoramentos contínuos ou descontínuos (reengenharia) em qualidade, eficiência e rapidez;

 Auxiliar os funcionários ligados à produção nas atividades de aprendizado e aprimoramento contínuo;

 Orientar o mix de produtos e decidir sobre investimentos;

 Escolher fornecedores, negociar preços, características de produtos, qualidade, entrega e serviço com clientes;

 Estruturar processos eficientes e eficazes de distribuição e serviços para os mercados e público-alvo.

Pode-se exemplificar a importância da gestão de custo citando empresas de produção por encomenda, onde os custos influenciam grande parte das decisões de seus gestores, muitas delas, de enorme importância estratégica, tais como terceirização de serviços, prorrogação de contratos, e investimentos em máquinas e materiais (SOUZA et al., 2005).

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2.3.1 – Custeio por absorção

De acordo com o estudo Sato (2008) o sistema de custeio por absorção consiste na verificação de todos os custos envolvidos da produção dos bens ou serviços prestados, sejam eles fixos ou variáveis. Portando além dos custos de produção como matéria prima, mão de obra e outros, os custos indiretos como manutenção, planejamento, controle de qualidade também são rateados dentro do custo do produto seguindo o critério estabelecido pela empresa.

Neves e Viceconti (2003) definem custeio por absorção como um processo de apuração de custos cuja finalidade está em ratear todos os seus elementos, tanto fixos como variáveis, em cada fase da produção, sendo assim, um custo será absorvido quando for atribuído a uma atividade ou a um produto específico.

Para Megliori (2006) o custeio por absorção é caracterizado por apropriar custos fixos e custos variáveis aos produtos. Desse modo, os produtos fabricados “absorvem” todos os custos incorridos no período.

Moura (2005) destaca que a principal vantagem do custeio por absorção é que ele está de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e com as leis tributárias. Ele também pode ser menos oneroso para sua implantação, pois não existe necessidade de separação dos custos fixos e variáveis.

A principal limitação do método de custeio por absorção, segundo Eyerkaufer et al. (2007), é a atribuição de todos os custos aos produtos ou serviços, por meio de critérios, muitas vezes arbitrários, tais como os chamados rateios, que consistem na apropriação de determinado custo a um produto, baseado em referências como hora máquina, hora mão-de-obra, entre outros. Os critérios de rateio, se utilizados de forma indevida, poderão gerar resultados finais inconsistentes, ou seja, determinação de valores não condizentes com o verdadeiro custo de um produto.

Esse tipo de custeio normalmente é utilizado em empresas que têm fluxo contínuo de produção, como Coca-Cola (refrigerantes), Sherwin-William (tintas) e Dow Chemical (produtos químicos) (MAHER, 2001 apud PACHECO;

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CALARGE, 2005). Os mesmos autores citam que este custeio está presente nas grandes manufatureiras, porque atende a chamada produção contínua, caracterizada pelo processo produtivo de inúmeras atividades.

Martins (2010) explica a metodologia de aplicação do custeamento por absorção por meio de três passos básicos:

 1º passo - Separação entre custo e despesas, uma vez que despesas não podem ser alocadas aos produtos, pois pertencem ao período em que incorrem.

 2º passo - Apropriação dos custos diretos, por meio da identificação dos custos que estão diretamente relacionados com os produtos.

 3° passo - Apropriação dos custos indiretos, por meio de bases de rateio, já que estes custos não são identificáveis diretamente aos produtos.

2.3.2 – Custeio variável

O Custeio Variável fundamenta-se na ideia de que os custos e despesas inventariáveis são aqueles identificados diretamente com a atividade produtiva e que sejam variáveis em relação a uma medida, como o volume, dessa atividade (LEONE, 2000). O Custeio Variável também conhecido por Custeio Direto, é identificado assim pois esse método significa apropriação de todos os custos variáveis diretos ou indiretos. Custeio Direto pode dar a impressão de que só se apropriaram os custos diretos, mas isso não é verdade (PONTE; RICCIO; LUSTOSA, 2000).

Segundo Martins (2010), o Custeio Variável aloca apenas os custos variáveis aos produtos, separa os custos fixos e os consideram despesas que irão compor o resultado. O estoque só representará os custos variáveis de produção. A adoção deste método se faz em função da existência de custos fixos independentemente da fabricação ou não do produto. A distribuição à base de rateio que contém um maior ou menor grau de arbitrariedade e o valor do custo fixo por unidade depende do volume de produção, aumentando o volume tem-se um custo de produção menor por unidade. Custos dos produtos são, exclusivamente, os custos variáveis no Custeio Variável. Custos fixos,

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mesmo que sejam custos diretos, são reconhecidos como encargos do período (MARTINS; ROCHA, 2010). Megliorini (2001) cita definição semelhante do deste custo dizendo que neste método os produtos receberão somente os custos decorrentes da produção, isto é, os custos variáveis (matéria-prima, embalagem), Os custos fixos (aluguel, limpeza), por não serem absorvidos pela produção, são tratados como custos do período.

Para Brunstein (2005), no Custeio Direto ou Variável os custos fixos são custos de período e não mantêm relação com as atividades do período. Eles estão associados a aspectos de flexibilidade, tempo de resposta, eficiência, qualidade e condição de prontidão para o sistema operar, enquanto os custos variáveis são os insumos gastos para transformá-los em produtos.

Beulke e Bertó (2005) afirmam que no Custeio Direto não existe o conceito de custo total e o resultado do produto, existe um custo variável e uma margem de contribuição do produto, mercadoria ou serviço. A margem de contribuição decorre da confrontação entre o preço de venda com o custo e despesa variável do produto. A existência da margem de contribuição ocorre quando o preço de venda é maior que o custo variável e se pode afirmar que a margem de contribuição é a parcela com que cada produto contribui para cobertura dos custos e despesas fixas.

Para Moura (2005), as vantagens do Custeio Direto estão relacionadas à geração de informação para tomada de decisão, em permitir extrair a margem de contribuição e na não adoção de critérios de rateio para apropriação de custos fixos. O sistema de Custeio Variável traz um conceito muito importante, o da margem de contribuição, que é a diferença entre as receitas e os custos e despesas variáveis, significando a sobra gerada pelas vendas suficiente para cobrir os custos e despesas fixas e formar o resultado da empresa (CAVENAGHI et al., 2006). Souza e Clemente (2007) entendem que o Custeio Direto é um método que destaca o peso da estrutura organizacional e produtiva da empresa e força o confronto entre a capacidade instalada e o nível de atividade, orientando a elaboração de estratégias que buscam otimizar o uso dessa estrutura.

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2.3.3 – Custeio baseado nas atividades (ABC)

O custeio ABC (Activity Based Costing) insere-se nas novas filosofias de gestão que têm sido desenvolvidas nos últimos anos, tendo sido especialmente desenvolvido para indústrias com fabricações complexa (ALMADA,2008)

O custo ABC é um método de custeio baseado nas atividades, o que significa que o cálculo de custos assenta na análise das atividades desenvolvidas pela empresa, por serem estas os verdadeiros fatores geradores de custos. Assim, as atividades constituem o primeiro objeto de cálculo de custo. Os custos destas atividades são imputados a outros objetos de custo, tais como produtos, serviços, encomendas, segmentos de mercado, clientes ou projetos, sendo esta imputação efetuada com base na utilização que estes objetos de custo nas atividades. (Rodrigues, 2004)

O custeio ABC baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos, este método permite uma melhor mensuração dos custos, primeiramente os recursos são atribuídos a cada atividade, depois as atividades a cada objeto de custo com base no seu uso, ou seja, reconhece os responsáveis pelos custos das atividades e minimiza as distorções pelo uso do rateio da lógica da absorção de custos (MEGLIORINI 2006).

Os benefícios do método, segundo Figueiredo (2014) se dão pelo fato deste não se limitar a identificar qual o custo do produto, mas apresentar a possibilidade de custear todas as atividades que são desenvolvidas na empresa, dessa forma permite uma visão de quais delas podem ou precisam melhorar e até serem eliminadas do processo produtivo. Assim, o ABC pode otimizar o desempenho da entidade, trazendo informações mais precisas, pois o método ao invés de utilizar o rateio na segregação dos gastos utiliza direcionadores de custos, os cost drivers

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2.3.4 – Custeio Padrão

Esse método de custeio constitui-se numa ferramenta que depende de outros sistemas para que sejam confrontadas as informações desse método que mostrará aos gestores uma maior visão dos gastos reais com os que foram pré-estabelecidos na organização, para que as empresas tenham resultados positivos dos seus negócios, pois atualmente o gestor deve dar muita importância há esses métodos para que assim possa ter um posicionamento e posicionar-se estrategicamente para enfrentar a concorrência e buscar a excelência no que se refere a gestão de custos de uma organização (SILVA, 2014).

Martins e Rocha (2010) afirmam o custeio padrão terá uma maior capacidade de gerar informações mais precisas, de acordo com o produto que esteja na linha de produção, fornecendo informações reais, de modo que possa estabelecer uma comparação das informações que possibilitará aos gestores visualizar se as metas traçadas estão sendo alcançadas com êxito.

Silva (2014) cita que este custeio baseia-se nas condições normais ou ideais de eficiência e volume, especialmente com respeito à despesa indireta de produção, que a partir desses levantamentos podemos afirmar, que a análise desses métodos de custeio e de fundamental relevância em uma determinada empresa no intuito de um melhor processamento de informações onde mostram aos gestores de uma forma mais detalhada sobre os custos de produção e auxiliando a desenvolver estratégicas que visam a obtenção de vantagem competitiva sobre o mercado e um melhor gerenciamento desses custos, exigindo assim uma melhor captação de recursos para que os gestores possam alcançar seus objetivos de forma detalhada e com um melhor controle de produção.

2.3.5 – Custeio alvo

Criado pela empresa Toyota em 1965 no Japão e com contribuições de empresas como Sony, Nissan e Sharp, o Custeio Alvo (Target Costing) foi

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desenvolvido por meios não acadêmicos, sendo adotado por mais de 80% da indústria Japonesa (SAKURAI, 1991 apud NASCIMENTO, 2014).

Segundo Rocha e Martins (1998 apud PETER et al 2001) O Custo-alvo é o custo máximo admissível de um produto para que, dado o preço de venda que o mercado oferece, seja possível alcançar o nível de rentabilidade desejada. Em outras palavras, é o montante de custo no qual a produção pode incorrer e ainda obter o lucro para determinado produto (PETER et al, 2001).

Ansari, Bell e Okano (2007) contribuem afirmando que o Custeio Alvo é o resultado da subtração do preço alvo pelo lucro alvo, sendo que as variáveis independentes preço alvo, o quanto os clientes estão dispostos a pagar, e lucro alvo, retorno exigido pelo investidor, são exógenas enquanto a variável Custo Alvo é endógena, está ligado a performance.

Para Lin et al. (2005), desde o início da década de 90, as empresas chinesas implantaram o Custeio Alvo integrando a um sistema de compensação de incentivos, o que fomentou grande vantagem competitiva. Entretanto, a despeito do histórico de sucesso relatado em inúmeras firmas ao redor do globo, muitos gestores tendem a subestimar o poder do Custeio Alvo, encarando-a como uma ferramenta de redução de custos em detrimento de sua amplitude estratégica (ANSARI; BELL; OKANO, 2007).

3 - Considerações finais

O objetivo deste artigo foi pesquisar a gestão de custos, qual a sua importância na formação de preço e suas ferramentas de custeios, para isso foi utilizado dados existentes na plataforma de periódicos da CAPES. Foram utilizados todos os tipos de periódicos, independente da época e com associação entre as palavras chaves “gestão de custos”, “custeio” e “formação de preço”.

A partir dessa pesquisa pode-se identificar que a gestão de custos é uma das maiores aliadas para a tomada de decisão dos gestores, já que através desta eles podem identificar, medir, acumular, analisar, preparar,

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interpretar e disponibilizar informação de suporte à concretização dos objetivos da organização, assegurando o uso eficiente dos recursos.

As ferramentas de custeio são o ponto forte deste estudo, já que identificou-se que as mais utilizadas são o custeios por: absorção, variável, baseado nas atividades (abc), padrão e alvo. Cada custo tem sua peculiaridade e valor e nenhuma pode ser dita como superior a outra, afinal a melhor ferramenta de custeio é a que melhor se adequa a realidade da empresa.

Vale como sugestões para pesquisas futuras a pesquisa de campo em empresas para avaliar qual a gestão de custo que mais se adequa a realidade da empresa tentar criar um padrão avaliando porte, tipo de produção, idade média, faturamento, dentre outros.

4 – Referências

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XII ERIC – (ISSN 1808-6004) ANALISE DA ÁREA/FUNÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTARIA DE UMA

EMPRESA DO SETOR DE PEÇAS AUTOMOTIVAS DA CIDADE DE MANDAGUARI – PARANÁ: UMA PROPOSTA DE VIABILIDADE DE

PROJETOS.

Camilla Rafaeli Theodoro. 1 INTRODUÇÃO

A empresa vista como um sistema aberto, possui uma missão, um modelo de gestão, uma estrutura organizacional, um processo de planejamento e controle e um sistema de informações, que se inter-relacionam buscando atingir a eficácia. Gestão Financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos monetários derivados da atividade operacional, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo. Entretanto que ela não é função exclusiva do gestor da... "Área financeira", mas de todos os gestores das diversas áreas de responsabilidade (CHENG; MENDES, 1989). A importância do planejamento financeiro e orçamentário, está na viabilidade de lucros a curto, médio e longo prazo, mediante a um planejamento que pode ser com ações isoladas ou conjuntas, ao qual torna muito mais fácil a administração gerencial. Segundo Trindade (2013), a organização, independente da demonstração de resultado positivo, deverá ter com certeza capacidade de gerar caixa, ou seja, ter no mínimo fluxo de caixa positivo em condições de honrar com todos os compromissos para não expor-se a riscos de concordata e falência. Independente de ser uma pequena, média ou uma grande empresa, lucros e caixa devem ser muito bem controlados e geridos para sustentabilidade e perenidade da empresa.

Segundo Macedo (2008) de forma geral, as pessoas físicas e jurídicas devem decidir onde investir sua renda, de acordo com o risco e com o retorno esperado de cada alternativa de investimento disponível. Assim sendo, o investidor que decide empregar seus recursos financeiros na atividade produtiva deverá fazer uma ampla análise, que pressupõe o uso de uma série de técnicas econômico financeiras para que se analise a viabilidade dos projetos de investimento que um investidor teria disponível para escolha. Para

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Nardelli (2008) a questão da análise e seleção de projetos, ou, numa perspectiva mais ampla, da escolha entre alternativas de investimento disponíveis para um investidor é, sem dúvida, uma das questões cruciais da teoria econômica aplicada. Mediante as possibilidades infinitas de projetos que possam viabilizar e maximizar os lucros que este tema será abordado. Administração Financeira e Orçamentária: Uma Proposta de viabilidade de projetos.

Este trabalho propõe o desenvolvimento de ações que permitam obter o pleno controle das ações financeiras e orçamentaria, com a finalidade de aperfeiçoar o processo de tomada de decisões na J.A Theodoro Peças, uma empresa que busca sempre melhorar seu ambiente de trabalho para satisfazer seus colaboradores e mantê-los sempre motivado, e tem como principal característica atender todas as necessidades propostas, tendo como missão a qualidade nos seus produtos e no atendimento, buscando manter sempre seus preços de acordo com mercado econômico sempre oferecendo produtos de alta qualidade. Tendo uma vasta linha de produtos como: amortecedores, molas, chave de seta, homocinetica, ventoinha, toda parte de injeção e suspenção automotiva. A área financeira e orçamentária e umas das mais importantes da empresa onde cuida da parte financeira e dos orçamentos onde tem que ter funcionários capacitados para que não tenha prejuízos futuros, sendo que na empresa Theodoro peças tem um responsável e auxiliar que cuida de toda a parte financeira como as vendas, os recebimentos o lucros e os prejuízos.

Com iniciador da pesquisa científica, este projeto será desenvolvido como parte da avaliação da disciplina Administração Financeira e Orçamentaria. Diante de uma ampla possibilidade de temas para serem pesquisados, optou-se pela analise de uma empresa de pequeno porte, mais especificamente da área de peças automotivas, o qual acredita-se, ser uma empresa que busca a viabilidade de projetos para seu crescimento dentro dos parâmetros legais impostos.

O motivo de se ter escolhido a empresa especificamente deste ramo citados ocorreu, em primeiro lugar, pelo interesse pessoal, devido a ser uma empresa

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familiar e idônea, situada na cidade de origem dos desenvolvedores da pesquisa, de ser de estremo interesse em saber como a empresa alcançou em tão pouco tempo um destaque tão significativa nesse mercado altamente competitivo, no dizer de James Cameron, Se você traçar metas absurdamente altas e falhar, seu fracasso será muito melhor que o sucesso de todos.

OBJETIVOS

O principal objetivo desta pesquisa é realizar um diagnóstico da empresa, busca viabilizar projetos a fim de que possa entender a estrutura dos departamentos de compra e venda dos produtos oferecidos pela mesma. Assim também, mostrar a parte orçamentaria da empresa, identificando a estrutura organizacional da empresa.

Objetivos Gerais:

Analisar a área/função financeira e orçamentário de uma empresa de peças automotivas da cidade de Mandaguari - Paraná, a fim de apresentar proposta de viabilidade de projetos.

Objetivos Específicos:

 Identificar prazos estipulados para recebimentos de mercadorias compradas e vendidas;

 Analisar a rotina financeira e orçamentária da empresa;

 Verificar a quantidade de mercadorias no período atual;

Organizar documentos para controles de compra e venda de mercadorias.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A seguir são apresentadas algumas vertentes sobre o assunto referido no presente trabalho, tendo como base autores renomados na área da Administração Financeira e Orçamentaria.

Segundo com Gitman (1997), Finanças pode ser definida como "a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente, todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem.

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Finanças ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos". Assim, a análise financeira fornece os meios para tornar flexíveis e corretas as decisões de investimento, no momento apropriado e mais vantajoso. Para Gitman (1997), as principais áreas de finanças podem ser divididas em duas amplas partes de acordo com as oportunidades de carreira: Serviços Financeiros e Administração Financeira. Serviços Financeiros é a área das finanças voltada à concepção e à prestação de assessoria, tanto quanto à entrega de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governo. Segundo Feminick (2003), é necessário, ainda, que se estabeleça quais relatórios o sistema de orçamento deve emitir, pois é a sua utilização efetiva que proporcionará aos administradores meios para melhor controlar os resultados e desempenhos dos diversos departamentos e gerências e, principalmente, dos seus resultados financeiros, de forma a adequar a organização ao mercado que em atua.

A dimensão e a importância da função da Administração Financeira dependem do tamanho da empresa. Em pequenas empresas, a função financeira é geralmente exercida pelo departamento de contabilidade. À medida que a empresa cresce, a importância da função financeira conduz, em geral, à criação de um departamento próprio. Se as vendas ou compras internacionais são importantes para a empresa, ela poderá contar com um ou mais profissionais de finanças incumbidos de monitorar e administrar sua exposição a perdas decorrentes de flutuações de câmbio. Quase todas as decisões financeiras implicam a avaliação dos benefícios marginais versus os custos marginais, daí a importância de um conhecimento básico da Economia. E a Administração Financeira está totalmente envolvida com estes compartimentos da atividade econômica, pois é ela quem administra e destina os recursos da empresa. Além disso, vários dos princípios econômicos norteiam a administração financeira, como o princípio da análise marginal, que fundamenta este trabalho. Segundo Gitman (1997), o princípio segundo o qual devem ser tomadas decisões financeiras e realizadas ações, somente quando os benefícios adicionais superam os custos adicionais. A Administração

Referências

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