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1.4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

No documento Sessão Pôsteres (Pátio Coberto Boloco 3) (páginas 48-67)

- Identificar como se deu a inclusão de deficientes no mercado de trabalho; - Apontar a necessidade da legislação inclusiva;

- Destacar o papel da família da pessoa om deficiência na inclusão;

- Relatar os problemas que as empresas tem em relação a inclusão de deficientes fisicos;

- Descrever a importância dessa inclusão;

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – A História da deficiência e a inclusão do deficiente no mercado de trabalho

A maneira de agir dos sujeitos que vivem e convivem em cada grupo social, seus valores e crenças definem determinados conceitos e preconceitos sobre o diferente. Cada sociedade possui uma forma de tratamento à pessoa com deficiência, por falta de conhecimento e por estabelecer seus próprios padrões de normalidade, em muitos destes grupos sociais a deficiência era considerada como anormal, atribuída a causas espirituais e muitas vezes marginalizada.

De acordo com Aranha (2001), as pessoas com deficiência eram consideradas como fracas, incapazes e lentas, ou seja, aqueles que não correspondiam ao parâmetro de existência e produção, seriam "naturalmente" desvalorizados por evidenciarem as con-tradições do sistema, desvendando suas limitações. Segundo Fortes (2001), o conceito de portador de deficiência abrange um conjunto am-plo de características. As deficiências podem ser físicas, sensoriais (da visão ou da audi-ção) ou intelectuais. Podem ser de nascença ou ter surgido em outra época da vida em função de doença ou acidente. Podem ter um impacto brando na capacidade de trabalho e de interação com o meio físico e social ou conseqüências maiores, que requerem apoio e assistência proporcionais. Ao avaliar as alterações ocorridas no mundo do trabalho, os avanços tecnológicos e alterações no comportamento das pessoas, pode-se perceber, embasadas em Antunes (2002), que o sentido dado ao trabalho pelo capital é completa-mente diverso do sentido que a humanidade confere a ele.

O mundo capitalista em que vivemos requer um trabalhador cada vez mais qualificado, ocasionando o aprofundamento das desigualdades sociais e a ampliação do desemprego, o que gera disputas acirradas para garantia de vagas no mercado de trabalho. Este cenário contemporâneo do mundo trabalho dificulta ainda mais a inserção da pessoa com deficiência no mesmo.

As definições conceituais estão diretamente relacionadas com os momentos históricos da humanidade, suas crenças e seus valores. De acordo com o momento, a população acaba definindo "coisas" e "fatos" e dentre elas o conceito de deficientes. Por muito tempo se pensou que a deficiente era de causa espiritual, neste época o individuo era isolado da sociedade, e em casos

da família ser financeiramente estável, vivia com ela sem interpor ao mundo “real”. Esses deficientes jamais voltavam a conviver na sociedade.

Observamos que a sociedade possui uma visão de homem padronizada e classifica as pessoas de acordo com essa visão. Elegemos um padrão de normalidade e nos esquecemos de que a sociedade se compõe de homens diversos, que ela se constitui na diversidade, assumindo de outro modo as diferenças (MATTOS,2002, p.01).

Como historicamente o preconceito e a desinformação predominaram causando a mar-ginalização, privação da liberdade, atendimento inadequado, mendicância e analfabe-tismo, atualmente os portadores de deficiência física têm sua cidadania ferida e enfren-tam vários problemas como, adequações para suas necessidades e acesso a informações referentes aos direitos amparados pela Lei. "As atitudes de rejeição (estigmas e posturas preconceituosas transmitidas culturalmente) criam barreiras sociais e físicas dificultando o processo de integração" (MATTOS, 2002, p.03). Com a influência de movimentos que consideraram outras idéias como as da escola e educação, pais e parentes de pessoas com deficiência organizam-se para buscar a integração do portador de deficiência na sociedade. "A década de 60, por exemplo, testemunhou o boom de instituições especia-lizadas, tais como: escolas especiais, centros de habilitação, centros de reabilitação, ofi-cinas protegidas de trabalho, clube sociais especiais, associações desportivas especiais" (SASSAKI, 1997, p.31).

A pessoa com deficiência começava a ser inserida nos sistemas sociais como educação, o trabalho, a família e lazer, porém também precisava se adaptar ás normas e regras sociais, ficando como responsável pela sua participação na sociedade, impulsionando um processo de normalização que conforme Mendes (apud SASSAKI, 1997, p.31) "[...] tinha como pressuposto básico a idéia de que toda pessoa portadora de deficiência, tem o direito de experenciar um estilo ou padrão de vida que seria comum ou normal à sua própria cultura".

Na década de 1970 as instituições trabalhavam para que o comportamento das pessoas parecesse o mais "normal" possível, ou seja, o

indivíduo era aceito apenas se conseguisse se enquadrar aos padrões da sociedade. A integração social era apenas para aqueles que superassem as barreiras físicas e acadêmicas estabelecidas, permitindo apenas uma inserção parcial do portador de deficiência na sociedade, "[...] a integração do indivíduo com deficiência dependerá do processo de relações dialéticas constituído desde as primeiras vivências no seu grupo de referência" (MATTOS, 2002, p.03).

Na década de 1980 ocorreram grandes transformações sociais em todo mundo, no Bra-sil, o avanço das políticas sociais no atendimento as pessoas portadoras de deficiência foi significativo. "Foi nos anos 80, na chamada "década perdida", que os brasileiros mais tomaram consciência das profundas desigualdades sociais que entre eles existiam" (ALMEIDA, 1997, p.12). O processo de integração da pessoa com deficiência na sociedade brasileira ocorre de forma lenta e através de um padrão de normalidade estabelecido pela sociedade que considera o trabalho como atividade fundamental para que este seja plenamente inserido na sociedade.

De acordo com Iamamoto (1998, p.60) "O trabalho é uma atividade fundamental do homem, pois mediatiza a satisfação de suas necessidades diante da natureza e de outros homens. Pelo trabalho o homem se afirma como um ser social e, portanto, distinto da natureza". A revolução tecnológica foi um dos fatores que teve maior participação para a precarização do trabalho, somando-se a revolução do capital, fez transbordar o agravamento da exclusão social, o aprofundamento da desigualdade e o crescente índice de pobreza.

A pessoa com deficiência luta de várias formas para conquistar sua inserção no mercado de trabalho. Para Carmo (1997, p.68):

Uma destas formas é a procura individual, através da qual a pessoa com deficiência re-corre ás empresas, aos centros de recrutamento ou outros órgãos destinados á seleção de profissionais. Outra forma é buscar de entidades que oferecem cursos profissionalizantes especializados. Geralmente ligado a empresas de grande porte que absorvem os melhores profissionais ali preparados. Uma terceira forma é através das Associações de "Deficientes", as

quais lutam, junto à comunidade empresarial, para obtenção de vagas nos diferentes setores de produção.

A época atual propicia o despertar de novas preocupações globais. Questões relativas aos problemas sociais, ambientais, econômicos e humanitários estão emergindo com força em resposta aos efeitos provocados por diversos fatores, dentre eles a globalização (PASTORE, 2000). Em meio a esses temas, emerge a questão da inclusão no mercado de trabalho de pessoas portadoras de deficiência. A questão da inclusão é atual, polêmica, ampla e de suma importância para as organizações. O potencial dos deficientes está além do percebido pela sociedade, e a compreensão de sua capacidade de trabalho resultará no direito a seu ingresso no mercado, que deve atentar-se à questão. Na maioria das vezes, desperdiçam-se talentos em função de as pessoas não estarem preparadas para lidar com a diferença (PASTORE, 2000).

A competência profissional dos portadores de deficiência, respeitando-se suas limitações, pode ser desenvolvida em todos os campos do mercado de trabalho: indústria, serviços, cargos públicos e comércio, dentre outros. A abertura do mercado de trabalho da pessoa portadora de deficiência resulta em diversos aspectos positivos, em especial na integração deste à sociedade, proporcionando sua independência econômica, social e cultural (SENAC, 2002). Uma forma de promover essa independência é oferecer subsídios que garantam a inclusão das pessoas portadoras de deficiência no mercado de trabalho (PASTORE, 2000). A questão da inserção profissional dos portadores de deficiência só passou a ser assunto de relevância legal a partir da promulgação da Lei nº 8.213 de 24 de julho de 1991, que determina cotas de contratação de pessoas portadoras de deficiência a partir do número de funcionários não portadores (SENAC, 2002). Verifica-se que, atualmente, o processo de inclusão não ocorre somente pelos aspectos legais, mas há outros fatores envolvidos: preocupação em promover a imagem institucional; apoio de instituições profissionalizantes; isenção e benefícios fiscais; formação e capacitação profissional; apoio de universidades na colocação profissional; influência da liderança; responsabilidade social (INSTITUTO ETHOS, 2002).

2.2 – A importância da Inclusão do deficiente no mercado de trabalho

Considerando que o trabalho colabora no processo de estruturação e formação do mundo psíquico do adulto influenciando sua autoestima e garantindo-lhe respeito como cidadão, precisa fazer parte da vida das pessoas com deficiência para que não se sintam vivendo à margem da sociedade como pessoas incapazes e improdutivas. A ruptura dessa visão ultrapassada de incapacidade que não permite que haja uma verdadeira inclusão social destas pessoas precisa começar na escola, já que as crianças vão se estruturando e se preparando para o mundo do trabalho através do brincar. Segundo Tomazini (1996, p. 45): Todo homem é em potencial um trabalhador. O trabalho se constitui na atividade vital do homem. É a fonte de objetivação do ser humano e através dele os homens transformam o mundo e se transformam, enquanto sujeitos sociais. O trabalho define a condição humana e situa a pessoa no complexo conjunto das representações sociais, defi-nindo a posição do homem nas relações de produção, nas relações sociais e na sociedade como um todo. Percebe-se, portanto, o quanto o trabalho está integrado à formação do homem como sujeito social e o quanto é importante para dar um sentido à sua vida. Não se pode ignorar as capacidades das pessoas portadoras de deficiência e considerar apenas as suas limitações, conforme ressalta Borges (1997) ao afirmar que o trabalho é de fundamental importância para o indivíduo porque lhe proporciona aprendizagem, crescimento, transformação de conceitos e atitudes, aprimoramento e remuneração; contribuindo para a autoestima e confiança. Assim sendo, o que deve ser considerado é o seu treinamento, suas qualidades pessoais e sua vontade de trabalhar. Ao se falar em inclusão social não basta garantir que as pessoas com deficiência recebam tratamento clínico e frequentem uma instituição educacional, pois se não forem incluídos no mercado de trabalho devido às suas limitações ainda estarão sendo marginalizados e discriminados. De acordo com Maciel (2000), a exclusão das pessoas portadoras de deficiência é um processo ocorrido com a socialização do homem e as estruturas das sociedades. O fato de pessoas deficientes terem

vivido por muito tempo 3 segregados fez com que a sociedade reforçasse seus preconceitos e acostumasse a mantê-los isolados. Claro que o trabalho manual é importante, mas não se pode ignorar que o portador de deficiência pode realizar outro tipo de atividade se tiver oportunidade de se preparar para este fim. Ele pode pensar, criar e crescer profissionalmente. Ethos (2002, p. 12) considera que: A inclusão no mercado de trabalho e de consumo é parte de um resgate maior: o da cidadania. As pessoas com deficiência passam a ter, além das suas necessidades especiais, desejos, vontades, necessidades de consumo que, quando confinadas em casa não existiam. Mais do que isso, descobrem que muitas atividades que realizavam isoladamente podem ser feitas em grupo.

A participação ativa através de um emprego acarreta na inclusão também no mercado de consumo e leva o portador de deficiência a interagir com outras pessoas, ampliando a sua noção de mundo que ultrapassará os limites de sua casa. Uma função remunerada traz independência à pessoa e aumenta a confiança na sua capacidade e sua autoestima. Para Barbosa (2008), um dos enclaves encontrados é a qualificação profissional, já que o sistema educacional para o portador de deficiência física é de péssima qualidade. A forma como são atendidas na escola fundamental não as prepara para a vida profissional e as empresas sempre dão preferência a umas deficiências do que outras, que eles julgam mais leves. Portanto, praticamente todo o sistema necessita de uma capacitação com preparação de programas específicos pelas empresas, adequando arquitetura e comunicação para facilitar o acesso dos novos funcionários, oferecendo treinamento, capacitação e conscientizar os outros funcionários para aceitação destes. De acordo com Souza (2008), "A intenção é promover uma sociedade igualitária, inserindo estas pessoas como cidadãos efetivos que têm direito ao trabalho".

As empresas podem ajudar nesta luta contra a discriminação e exclusão social empregando os trabalhadores portadores de deficiência. Estarão contribuindo com eles e com sua imagem perante a sociedade, conforme ressalta Ethos (2002) ao afirmar que quando uma empresa oferece oportunidade ao portador de deficiência física no quadro de funci-onários, a

empresa é bem focada pela sociedade e ao âmbito comercial, por transparecer o interesse na responsabilidade social.

2.2.1 – A Importância de a inclusão começar na família

Para que se possa construir uma sociedade inclusiva é preciso antes de qualquer coisa, de toda uma mudança no pensamento das pessoas e na estrutura da sociedade, isso requer certo tempo, mas o que irá realmente nortear e desencadear essas mudanças nas pessoas é em um primeiro momento a real aceitação das pessoas com necessidades especiais, essa aceitação deve começar pela própria família. Como ressalta Aranha, (2004) sabe-se, entretanto, que a família tem se encontrado, historicamente, numa posição de dependência de profissionais em diferentes áreas do conhecimento, no sentido de receberem orientações de como proceder em relação às necessidades especiais de seus filhos.

Para Alves (2011) a família deve buscar toda orientação que conseguir, no entanto, não podem transferir toda a responsabilidade de criação do filho a esses profissionais, tirando-a de suas costas, afinal de contas, o trabalho dos profissionais só irá obter sucesso se tiver o apoio e participação da família em casa. é difícil, sabe-se disso, com certeza não é fácil mesmo, mas é preciso haver esse enfrentamento e essa vontade para que se possa auxiliar essa criança que irá esperar e confiar plenamente nos pais para que possa melhor se desenvolver.

Antigamente os pais não colocavam seus filhos especiais cedo na escola, pois achavam que não teriam capacidade de aprender, de se desenvolver, viviam no achismo de que a criança era repleta de limitaçõe, que o máximo que poderiam fazer era levá-la regularmente a médicos para acompanhar seu estado de saúde. Quando descobriam que eles precisavam também freqüentar escolas, espaços sociáveis, de interação, muitas vezes já era um pouco tarde e diversas habilidades que poderiam ter sido desenvolvidas, limitações que poderiam ter sido superadas não foram, pois o acesso a esses ambientes especializados foi tardio.

Para Soares apud Gil (2001) hoje na tentativa de assegurar a permanência de algumas crianças com necessidades especiais no ensino regular, percebo mais fortemente a importância de um trabalho junto às mães da população de baixa renda, uma vez que pobreza, infelizmente, está associada à falta de escolaridade e de acesso a determinadas informações, visando ao esclarecimento acerca da deficiência de seus filhos. Em meu dia-a- dia, tenho encontrado desde mães que acham que o problema de seu filho não tem solução, àquelas que acha que seu filho não tem problema algum, o que é muito mais grave. Os pais que não aceitam a deficiência de seu filho e nem acreditam em sua capa-cidade para superar as limitações, impedem que este tenha acesso à estimulação e ao atendimento educacional especializado.

Hoje em dia, os próprios médicos já fornecem os diagnósticos necessários e orientam as famílias a procurarem as escolas, APAEs, etc para fazerem o acompanhamento da criança desde sua mais tenra idade até o momento que for considerado necessário. As APAEs, principalmente, trabalham com bebês com poucos dias de vida, fazendo o tra-balho que chama-se de estimulação precoce e também apoio aos pais.

Segundo Aranha (2004), A estimulação sensorial é essencial para seu desenvolvimento e contribui para prevenção de parte dos comprometimentos, quando ele tem, por exemplo, O que ocorria há alguns anos era que alguns "médicos", (entre aspas mesmo, pois nem poderiam ser assim chamados), descreviam aos pais um pré-diagnóstico para a vida inteira da criança, diziam de suas limitações com total segurança, desestimulando dessa forma os pais a procurarem ajuda. Eles acabavam se conformando que a criança tinha limites muito claros (ditos pelo médico) e que não adiantava investir no filho (a). Felizmente, hoje, dificilmente encontra-se esse tipo de "profissional", pelo contrário o que se vê é a cada dia mais, pessoas de diversas áreas dispostas a estudarem e buscarem soluções para tornar a vida das pessoas com necessidades especiais cada dia mais próxima da dita "normal".

Para Alves (2012), A mãe tem que cuidar da casa, dos demais filhos, às vezes tem que trabalhar fora, tem que acompanhar o filho (a), e todos sabem que um filho assim requer visitas constantes a fonoaudióloga, fisioterapeuta,

psicólogo, médico, entre outros profissionais que às vezes faz-se necessário. Não se está querendo generalizar dizendo que todas as crianças com necessidades precisam de todos esses profissionais para atendê-los, mas com certeza a procura por ajuda de outras pessoas e profissionais é maior do que uma pessoa aparentemente saudável precise com tanta freqüência.

Neste sentido, podemos afirmar que a inclusão social começa em casa, uma vez que a criança om deficiência possa se ver como um individuo com necessidades especiais sim, mas inútil jamais.

2.3 - Responsabilidade Social

A relação entre as empresas e a sociedade baseia-se num contrato social que evolui conforme as mudanças sociais e as conseqüentes expectativas da sociedade. Nesse contrato a sociedade legitima a existência da empresa, reconhecendo suas atividades e obrigações, bem como estabelecendo limites legais para sua atuação. A sociedade tem o direito de mudar suas expectativas dos negócios como instrumento da própria sociedade. Com as mudanças ocorridas no século XXI, a transformação no contrato social entre a sociedade e os negócios fez-se necessária e as organizações passaram então a entender que era preciso assumir responsabilidades a fim de atender às novas exigências e desta forma, começam a questionar seu posicionamento sobre isso. As dúvidas permeiam em distinguir quais são efetivamente as responsabilidades da empresa para com a sociedade e qual o limite da ação empresarial sobre estas.

A teoria sobre Responsabilidade Social surgiu na década de 1950 sendo um de seus precursores Bowen (1957, p.03). O autor baseou-se na idéia de que os negócios são centros vitais de poder e decisão e que as ações das empresas atingem a vida dos cidadãos em muitos pontos, questionou quais as responsabilidades com a sociedade que se espera dos “homens de negócios”, e defendeu a idéia de que as empresas devem compreender melhor seu impacto social, e que o desempenho social e ético deve ser avaliado por meio de auditorias e devem ainda ser incorporados à gestão de negócios. Nos anos

70, a Responsabilidade Social das empresas passou a fazer parte do debate público dos problemas sociais como a pobreza, desemprego, diversidade, desenvolvimento, crescimento econômico, distribuição de renda, poluição, entre outros. Em consequência disso, houve nova mudança no contrato social entre os negócios e a sociedade, o que gerou o envolvimento das organizações com os movimentos ambientais, preocupação com a segurança do trabalho e regulamentação governamental. De acordo com Carrol (1999, p.282), essa alteração no contrato estava presente no relatório Social Responsabilities of Business Corporation Report, formulado pelo Comitee for Economic Development, entidade formada pelos administradores de empresas e educadores, como segue: “Os negócios estão sendo chamados para assumir responsabilidades amplas para a sociedade como nunca antes e para servir a ampla vari-ação de valores humanos (qualidade de vida além de quantidade de produtos e serviços). Os negócios existem para servir a sociedade; seu futuro dependerá da qualidade da gestão em responder as mudanças de expectativas do público”. Um significado mais amplo da responsabilidade social surgiu em 1979 quando o mesmo autor Carrol (1999, p.282), propõe um modelo conceitual onde inclui uma variedade de responsabilidades das empresas junto à sociedade, e esclarece os componentes de responsabilidade social empresarial que estão além de gerar lucros e obedecer à lei. Dentro deste contexto de responsabilidade social pode se subdividir em quatro grupos basicamente:

Responsabilidade Econômica: as empresas têm uma responsabilidade de natureza econômica, onde produz bens e serviços que a sociedade deseja e os vende para obter lucro sendo isto a base do funcionamento do sistema capitalista. Nesse âmbito da responsabilidade econômica o que a sociedade espera é que os negócios realizem lucros.

Responsabilidade Legal: a sociedade espera que as empresas realizem sua missão econômica dentro dos requisitos estabelecidos pelo sistema legal. Obedecer à lei é uma das condições para a existência dos negócios. Espera-se

No documento Sessão Pôsteres (Pátio Coberto Boloco 3) (páginas 48-67)

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